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Questões de direito processual penal I

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NÃO POSSUI 100% DE ACERTIVIDADE 
1 - No dia 03 de abril de 2020, por volta das 11h, os irmãos Jones, Jaldes, Jonildes, Joildes, Joneides e 
Vital invadiram, mediante ameaça ao caseiro que ali vivia, um imóvel localizado no Lago Norte/DF, cuja 
proprietária é a Dona Deolinda. Ao tomar conhecimento da invasão, Dona Deolinda ligou para a Polícia 
Militar e uma equipe de policiais foi até o local. Ao chegarem lá, os policiais capturaram o grupo e os 
conduziram para a delegacia mais próxima. Ao apresentá-los para a autoridade policial, este entendeu que 
o grupo praticou o crime de esbulho possessório, descrito no artigo 161, §1º, inciso II do CP. Com base na 
situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
a. Dona Deolina somente poderá oferecer queixa crime se a denúncia não for 
oferecida no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la 
e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer 
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do 
querelante, retomar a ação como parte principal. 
 
b. Em razão da obrigatoriedade do inquérito policial com relação à autoridade 
policial, o IP deverá ser iniciado de ofício pelo delegado, mediante a lavratura do 
auto de prisão em flagrante. 
 
c. Por se tratar de um crime de ação penal privada, Dona Deolinda terá 30 dias para 
dar início à ação penal. 
 
d. Se Dona Deolinda não der início à ação penal no prazo determinado em lei, os 
irmãos Jones, Jaldes, Jonildes, Joildes, Joneides e Vital não poderão mais ser 
processados pelo fato descrito, em razão da extinção da punibilidade pela renúncia. 
 
e. O grupo até poderia ser capturado e conduzido para a delegacia, mas o delegado de 
polícia não poderá instaurar inquérito policial, em razão da natureza do crime 
praticado. 
 
2 - Catupyan registrou ocorrência policial em que relata que Nostradamus teria tido relação sexual 
com sua melhor amiga, Pombinha, sabendo estar infectado por moléstia venérea, com o objetivo de 
contaminá-la. Catupyan apresentou alguns prints de conversas de WhatsApp dele com um amigo 
em comum das meninas que indicavam a prática do crime. Com base na situação exposta, assinale 
a alternativa CORRETA: 
 
a. Em até 30 dias da instauração do inquérito policial, a autoridade policial 
deverá fazer um minucioso relatório do que foi apurado e caso entenda pelo 
indiciamento de Nostradamus, ele deverá representar pelo ato ao juiz 
competente, por ser uma hipótese de cláusula de reserva de jurisdição. 
 
b. O(A) advogado(a) de Nostradamus poderá ter acesso aos autos do inquérito 
policial, independentemente de procuração e poderá requerer a realização de 
qualquer diligência, ficando a cargo da autoridade policial a análise da 
necessidade e conveniência da diligência requerida. 
 
c. Em até 30 dias da instauração do inquérito policial, a autoridade policial 
deverá fazer um minucioso relatório do que foi apurado e caso entenda pelo 
indiciamento de Nostradamus, ele deverá representar pelo ato ao juiz 
competente, por ser uma hipótese de cláusula de reserva de jurisdição. 
 
d. Considerando as imagens apresentadas por Catupyan, a autoridade policial 
poderá determinar de ofício a realização de busca no domicílio de 
Nostradamus para apreensão do celular, a qual será realizada de dia ou, se 
Nostradamus consentir, poderá ser realizada à noite. 
 
e. Em razão da obrigatoriedade do inquérito policial, a autoridade policial 
deverá instaurar o procedimento investigativo de ofício, por meio de uma 
portaria. 
 
3 - No dia 30 de maio de 2020, a agência do Banco do Brasil, localizada no Setor de 
Autarquias Sul – Brasília/DF, foi roubada por Kiko, Chaves e Nhonho, os quais levaram 
aproximadamente 2 milhões de reais. No dia 01 de junho de 2020, graças à perseguição 
policial ininterrupta, os autores foram presos na cidade de Unaí/MG, uma grande quantidade 
de dinheiro e armas apreendidas. Com base na situação exposta, assinale a alternativa 
CORRETA: 
 
 
a. Kiko, Chaves e Nhonho serão julgados no mesmo processo em razão 
da regra de conexão intersubjetiva concursal. 
 
b. Se o delegado entender necessária a realização de perícia datiloscópica 
no dinheiro e nas armas, a coleta dos vestígios será feita 
preferencialmente por perito oficial. Os vestígios serão acondicionados 
em recipientes selados com lacres, com numeração individualizada, de 
forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio, e 
encaminhados para a central de custódia, devendo ser documentados 
todos os procedimentos utilizados até o descarte daqueles. 
 
c. Kiko, Chaves e Nhonho foram presos em flagrante, tratando-se de 
flagrante presumido. 
 
d. Compete à justiça comum federal julgar Kiko, Chaves e Nhonho. 
 
e. Caso Kiko assuma a sua responsabilidade e ajude as autoridades a 
desmantelarem a organização criminosa comandada por um terceiro 
ainda não identificado pela polícia, possibilitando seu 
desmantelamento, ele terá direito a redução de pena, tratando-se, nesse 
caso, de uma confissão qualificada. 
4 - Sudário entrou em uma loja demonstrando estar eufórico e pediu para falar com o 
proprietário do comércio. Ubiratan, um jovem turco que acabara de mudar para o Brasil, saiu 
de seu escritório e foi conversar com Sudário que afirmou ter em suas mãos um bilhete com 
os números que foram sorteados na Mega Sena no dia anterior. Sudário mostrou para 
Ubiratan o bilhete premiado e os números sorteados e este confirmou. Sudário perguntou se 
Ubiratan não queria comprar o bilhete sorteado por R$ 20.000,00 (vinte mil reais), mesmo 
o prêmio sendo de 3 milhões de reais, pois não poderia cobrar o prêmio por ter restrições na 
polícia. Apesar de inicialmente ficar desconfiado, Ubiratan viu na proposta de Sudário uma 
grande oportunidade de ganhar dinheiro e aceitou a proposta, entregando para ele a quantia 
naquele momento. No dia seguinte, Ubiratan foi até a agência da Caixa Econômica Federal 
mais próxima para resgatar o prêmio e recebeu a notícia de que pagou por um bilhete falso, 
de um sorteio da loteria que não havia acontecido. Ubiratan saiu da CEF e voltou para sua 
loja e contou o ocorrido para seu amigo e gerente, Adamastor. Este aconselhou Ubiratan a 
registrar ocorrência policial, mas ele não quis por estar muito envergonhado de ter caído em 
um golpe como este. Diante da resposta de Ubiratan, Adamastor foi pessoalmente até a 
delegacia policial da região e registrou ocorrência policial, relatando os fatos à autoridade 
policial. Com base na situação descrita e na legislação em vigor, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
 
a. Apesar da obrigatoriedade do inquérito policial com relação à 
autoridade policial, o IP só poderá ser instaurado após a manifestação 
de Ubiratan. 
 
b. A autoridade judicial não poderá decretar a prisão temporária de 
Sudário, ainda que exista representação da autoridade policial ou 
requerimento do Ministério Público neste sentido. 
 
c. O(A) advogado(a) de Sudário poderá ter acesso aos autos do inquérito 
policial, independentemente de procuração e poderá requerer a 
realização de qualquer diligência, ficando a cargo da autoridade 
policial a análise da necessidade e conveniência da diligência 
requerida. 
 
d. A autoridade policial poderá colher todas as provas que servirem para 
o esclarecimento dos fatos narrados por Adamastor, podendo, 
inclusive, proceder ao reconhecimento de pessoas e à acareação entre 
Ubiratan e Sudário, independentemente de autorização judicial. 
 
e. Após a conclusão do IP, caso o membro do parquet entenda pelo 
arquivamento do inquérito por falta de elementos para a denúncia e 
Ubiratan não concorde com essa decisão, este poderá recorrer à 
instância de revisão ministerial. 
 
 
 5 - No dia 11/01/2020, Franklinberg agrediu Queiroga com pauladas em suas pernas e braços, enquanto 
estavam em um bar na Cidade Estrutural, por acreditar que este estaria dando emcima de sua esposa 
Exupéria. Depois do ocorrido, por medo, Queiroga decidiu mudar do DF. As agressões sofridas por ele o 
tornaram incapaz permanentemente para o trabalho. Franklinberg foi denunciado pela prática do crime do 
Art. 129, § 2º, inciso IV, do Código Penal e ao ser interrogado, confessou a prática do crime. No entanto, 
consta nos autos apenas o laudo de exame de corpo de delito realizado em Queiroga no dia dos fatos. As 
testemunhas confirmaram ter visto Franklinberg agredindo Queiroga, mas não souberam informar quais 
lesões ele sofreu. Com base na situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
 
 
a. Caso o fato tivesse sido filmado por câmeras de segurança, tal prova não seria 
suficiente para definir a extensão da lesão sofrida por Queiroba. 
 
b. Cabe a Franklinberg provar que seus atos não configuraram lesão de natureza 
gravíssima, uma vez que é adotado no Brasil o sistema de distribuição do ônus da 
prova, já tendo o MP comprovado a materialidade e autoria delitiva nos autos. 
 
c. A ação penal contra Franklinberg só poderia ter sido iniciada mediante 
representação de Queiroga. 
 
d. Em razão das lesões sofridas por Queiroba exigirem a realização de exame 
complementar para a constatação da extensão da lesão, trata-se de uma perícia 
complexa. 
 
e. O juiz poderá considerar a confissão de Franklinberg como meio de prova para 
condená-lo pelo crime descrito na denúncia. 
 
6 - Catabriga sequestrou Generosa em Sobradinho/DF e a levou para um cativeiro 
em Goiânia. Após análise das câmeras de segurança do local da abordagem, a 
PCDF conseguiu identificar Catabriga e solicitou a quebra dos seus dados 
telefônicos e a autorização de interceptação telefônica ao juiz da Vara Criminal de 
Sobradinho/DF, os quais foram deferidas. Depois de 2 dias do sequestro, Catabriga 
ligou para o marido de Generosa para exigir resgate no valor de R$ 500.000,00 
(quinhentos mil reais), momento em que foi possível a identificação do local do 
cativeiro. Em uma ação conjunta entre PCDF e PCGO, os policiais encontraram o 
cativeiro, mas Catabriga já teria fugido do local. Benvinda foi resgatada sem 
ferimentos. Esgotado o prazo sem o fim das investigações sobre o caso, a 
autoridade policial encaminhou os autos para o Judiciário, requerendo apenas a 
renovação do prazo. Com base na situação exposta, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
 
 a. 
A competência para julgar Catabriga será exclusivamente da Vara Criminal de 
Sobradinho/DF. 
 
 b. 
Se a autoridade policial entender necessário para a elucidação dos fatos, ele poderá 
proceder à reprodução simulada dos fatos, independentemente de autorização 
judicial. 
 
 c. 
Se da interceptação telefônica realizada, a autoridade policial descobre que 
Catabriga está envolvido com um grande esquema de tráfico de armas, consistirá 
em serendipidade de objetiva de 2ª grau. 
 
 d. 
O magistrado, antes de encaminhar o feito ao Ministério Público, verificando a 
gravidade do crime praticado, poderá decretar a prisão preventiva de Catabriga, 
independentemente de representação do delegado ou requerimento do MP. 
 
 e. 
Para o MP oferecer denúncia contra Catabriga, não é necessário constar a completa 
qualificação deste, podendo constar apenas esclarecimentos pelos quais se possa 
identificá-lo. 
 
7 - Mulher é presa com 30 kg de maconha em mala no DF 
 
Apreensão foi na Rodoviária Interestadual. Droga foi encontrada por Edy, cão 
farejador da PM. 
 
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu nesta quarta-feira (1º) uma 
mulher de 28 anos, por tráfico de drogas, na Rodoviária Interestadual de Brasília. 
Ela foi detida, em flagrante, com 30 kg de maconha dentro de uma mala. 
 
Os militares contaram com ajuda do cão Eddy, do Batalhão de Policiamento de 
Cães (BPCães). Foi o cachorro que encontrou a droga dividida em 19 pacotes. 
 
O nome da mulher não foi divulgado. Na delegacia, ela disse que estava apenas 
“vigiando” a mala. 
 
Segundo a PM, a mulher que embarcaria para Teresina (PI). Ela vai responder por 
tráfico interestadual de drogas e pode pegar até 15 anos de prisão. 
 
Considerando as notícias colacionadas acima, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
 a. 
Na audiência de custódia, se o Magistrado tomar conhecimento que a presa está 
grávida de 5 meses do seu 5º filho e encontrava-se cumprindo pena em regime 
aberto pelo crime de roubo há menos de 1 ano, ele poderá substituir a prisão em 
flagrante em prisão preventiva e depois convertê-la em prisão domiciliar, podendo 
fixar, cumulativamente, medidas cautelares diversas da prisão. 
 
 b. 
O processo criminal seguirá perante a justiça comum estadual. 
 
 c. 
O Ministério Público terá prazo de 5 dias para o oferecimento da denúncia a contar 
da data em que os autos do inquérito policial foram recebidos no órgão. 
 
 d. 
O delegado de polícia deverá, no prazo de 24h, entregar para a presa, mediante 
recibo, a nota de culpa, assinada por ele, com exposição do motivo da prisão, o 
nome do condutor e das testemunhas. 
 
 e. 
A mulher será conduzida para a delegacia e lá a autoridade policial deverá ouvir o 
condutor do flagrante e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este a 
cópia do termo e recibo de entrega da presa; em seguida, ouvirá as testemunhas que 
acompanharam o ato flagrancial e procederá ao interrogatório dela. 
 
8 - O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) recebeu duas 
comunicações sobre operações financeiras atípicas que estariam sendo realizadas 
por um grupo de empresários do Estado de Sergipe, o qual era comandando por 
Epílogo, um homem de grande influência da região. Eles estariam fazendo 
inúmeras movimentações em dinheiro vivo e enviando para o exterior ilegalmente, 
através de uma agência do Branco do Nordeste (BNBR) localizada em Penedo/AL, 
Município há 151km da Capital, Maceió/AL. Em março de 2020, ao tomar 
conhecimento que Darckson era o conselheiro do COAF responsável pela 
investigação do caso, Epílogo contratou Brucili para executá-lo. Em 08 de maio de 
2020, Darckson foi até a cidade de Penedo/AL para acompanhar a operação de 
apreensão de documentos no BNBR e ao encerrar a operação policial, na saída da 
cidade, o carro que ele estava foi alvejado por mais de 18 tiros desferidos por 
Brucili. Ele foi socorrido de helicóptero para um hospital em Maceió, mas não 
resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte. Após um intenso trabalho de 
investigação, os policiais chegaram até Brucili e ele disse que crime havia sido 
encomendado por Epílogo. Com base na situação hipotética apresentada, assinale 
a alternativa CORRETA: 
 
 a. 
Em sendo os 2 denunciados pelo homicídio de Darckson, caso Brucili venha a 
falecer no curso do processo, para que seja declarada extinta a punibilidade nos 
autos, poderá ser produzido qualquer meio de prova admitida em juízo capaz de 
comprovar o falecimento dele, inclusive a prova testemunhal, uma vez que todas 
as provas no processo penal têm valor relativo. 
 
 b. 
Darckson foi vítima de um crime plurilocal e, por isso, a competência será firmada 
pela prevenção, devendo ser considerada como lugar do crime tanto o da ação 
quanto o do resultado. Logo, tanto o Juízo de Penedo, quanto a Juízo de Maceió 
poderão julgar o caso, firmando a competência daquele juízo que primeiro tomar 
conhecimento do fato. 
 
 c. 
Caso Brucili assuma a sua responsabilidade e ajude as autoridades a desmantelarem 
a organização criminosa comandada por Epílogo, possibilitando seu 
desmantelamento, ele terá direito a redução de pena, tratando-se, dessa forma, de 
uma confissão qualificada. 
 
 d. 
A competência para processar e julgar Brucili e Epílogo é da Justiça Federal e eles 
serão julgados no mesmo processo em razão da regra de continência subjetiva. 
 
 e. 
Por ter sido um crime não-transeunte, é necessária a realização de exame de corpo 
de delito no veículo,podendo ser suprido, no caso do desaparecimento dos 
vestígios, pela confissão de Brucili. 
 
 
 
 9 - Tatiane Spitzner foi encontrada morta no último dia 22 de julho após cair do 
4º andar do prédio onde morava, em Guarapuava, região central do Paraná. 
 
Luis Felipe Manvailer, marido de Tatiane, foi preso acusado de feminicídio. A 
defesa de Luis alegava que ele era inocente, até que imagens de câmeras de 
segurança do condomínio revelaram o que aconteceu. 
 
Em depoimento à polícia após a prisão, o professor negou o crime e disse que a 
advogada se jogou depois de uma discussão “normal” de casal. 
 
Momentos antes da advogada cair, as gravações mostram que os dois chegam ao 
prédio de carro. Segundo a polícia, ainda dentro do veículo, o marido comete 
agressões contra ela. 
 
Em seguida, Luis retira Tatiane do carro, ainda sob agressões. O casal entra no 
prédio. A advogada entra correndo no elevador para tentar fugir. 
 
De acordo com o relatório da PM, o caso foi atendido por volta das 3h da 
madrugada. Os agentes receberam a informação de que uma mulher “teria pulado 
ou sido jogada da sacada de um edifício, caindo na calçada”. 
 
Ao chegar ao local, os policiais encontraram muito sangue na calçada e foram 
informados que um homem tinha carregado a vítima no colo para dentro do prédio, 
ainda conforme o boletim. 
 
O relatório de investigação preliminar da Polícia Civil detalha que, na escada de 
entrada do prédio, foi encontrado um par de botas femininas e que no segundo 
elevador havia um brinco no chão. 
 
O relatório informa ainda que “um casal de moradores no apartamento ao lado, 
relatou que ouviu gritos de uma discussão, vindos do apartamento e que ouviram a 
mulher gritando por socorro, a qual foi vista pela vizinha, chorando na sacada”. 
 
A porta do apartamento foi arrombada e os policiais encontraram a advogada no 
chão, com muito sangue na região da cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (Samu) foi chamado, mas ela já estava morta, diz o boletim. 
 
 
 
 
 
Marido é denunciado à Justiça por morte de advogada no PR 
 
O Ministério Público do Paraná denunciou o professor Luis Felipe Manvailer à 
Justiça na tarde desta segunda-feira (6) pela morte de sua mulher, a advogada 
Tatiane Spitzner, em Guarapuava, no Paraná. Além do homicídio com quatro 
qualificações (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo fútil e feminicídio), 
cuja pena varia de entre 12 a 30 anos de prisão, ele também responderá por fraude 
processual por ter tentado mudar o local do crime, que pode levar a até dois anos 
de reclusão, e por cárcere privado, por impedir que a vítima fugisse, com pena de 
até cinco anos. Manvailer está preso desde o dia 22 de julho. 
 
 
Considerando as notícias colacionadas acima, assinale a alternativa CORRETA: 
 
 
 
 a. 
Considerando que Luis Felipe Manvailer teve sua prisão em flagrante convertida 
em prisão preventiva, a autoridade policial teve até 10 dias improrrogáveis para a 
conclusão do inquérito policial. 
 
 b. 
Para que Manvailer fosse preso provisoriamente, o juiz analisou se a medida 
extrema era necessária para garantir a ordem pública, para a conveniência da 
instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal. Além disso, foi 
necessária a análise quanto a existência de indícios da existência do crime e de sua 
autoria. 
 
 c. 
Analisando apenas a última reportagem, não é possível concluir se Manvailer 
encontra-se preso preventiva ou temporariamente. 
 
 d. 
A prisão cautelar de Luis Felipe Manvailer tornar-se-á ilegal, devendo ser relaxada 
e, consequentemente, ser ele colocado em liberdade, caso a audiência de instrução 
e julgamento não seja realizada em até 90 dias após o oferecimento da denúncia. 
 
 e. 
O Ministério Público teve o prazo de 15 dias para o oferecimento da denúncia a 
contar da data em que os autos do inquérito policial foram recebidos no órgão. 
 
 
 10 - Quanto às provas, analise os casos descritos em cada alternativa e assinale a 
alternativa correta: 
 
 a. 
Eddie Murphy foi denunciado pelo crime de homicídio. Na primeira fase do júri, não foi 
possível ouvir as testemunhas indicadas pelas partes, pois nenhuma delas foi encontrada. 
Eddie Murphy fez uso do seu direito constitucional de permanecer em silêncio. A única prova 
juntada aos autos que vinculava Eddie Murphy à cena do crime, é o laudo de identificação de 
vestígios datiloscópicos em que indica que ele esteve no local do crime e pegou na arma do 
crime, pois suas digitais foram ali encontradas. No entanto, o laudo foi assinado por apenas 
um perito oficial. Por esse motivo, o laudo pericial é nulo, conforme o entendimento sumulado 
do STF. 
 
 b. 
Géquiçom foi intimado a comparecer a uma audiência de um processo criminal, por ter sido 
indicado como testemunha pela defesa do réu. Ao chegar no local, dia e hora determinados, 
Géquiçom foi conduzido à sala de audiência, local em que estavam presentes o juiz, o 
promotor de justiça, a advogada do acusado, o acusado algemado e a escolta policial. Para 
iniciar a oitiva de Géquiçom, o magistrado deverá qualificá-lo, momento em que as partes 
poderão contraditá-lo, sob pena de preclusão. As perguntas serão feitas diretamente pelas 
partes, uma vez que o sistema de inquirição adotado no processo penal é o cross examination, 
e primeiramente pela advogada, depois pelo membro do MP e, caso entenda necessária o juiz 
complementará. 
 
 c. 
Xilderico foi denunciado pelo crime de tráfico de drogas. O laudo preliminar foi apresentado 
juntamente com a denúncia. Após a fase de instrução, o laudo definitivo foi juntado aos autos. 
Ao sentenciar, o magistrado por falta de provas suficientes para a condenação, por considerar 
o laudo pericial insuficiente, pois não constam ilustrações com fotografias da droga 
apreendida, que são obrigatórias. Agiu corretamente o magistrado. 
 
 d. 
Zurivel foi denunciado pelo crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo (art. 155, 
§4º/CP). Na fase de instrução, a vítima e uma testemunha confirmaram que Zurivel arrombou 
a janela da sala para entrar na residência. Compulsando os autos, o magistrado percebeu que 
não constava nos autos o laudo pericial que comprovasse o arrombamento, pois a perícia não 
foi realizada, sem qualquer justificativa, embora fosse possível a sua realização. O fato da 
vítima e da testemunha terem confirmado o arrombamento, supre a falta do exame pericial. 
 
 e. 
Valones, delegado de polícia, foi cumprir um mandado de busca e apreensão na casa de 
Zitelman, investigado por crime contra a fauna. Ao adentrar a residência, Valones e sua equipe 
encontraram inúmeras armas de uso permitido e restrito sem autorização e em desacordo 
com determinação legal. Nesse caso, é pacífico o entendimento jurisprudencial acerca da 
possibilidade de utilização de prova encontrada fortuitamente por Valones. 
 
 
11 - Kaelisson, deputado federal, foi vítima do crime de roubo praticado por Kevinson, 
tendo seu aparelho celular subtraído, ao sair da Câmara dos Deputados. Kevinson saiu em 
disparada em uma moto em direção à Estrutural. Kaelisson narrou o ocorrido uma equipe de 
policiais militares e passou a placa da moto que Kevinson estava. Kalisson ainda abordou 
Janice já no Pistão Norte, em Taguatinga, subtraindo o seu celular, no mesmo modus operandi 
do roubo perpetrado contra Kaelisson. Com base na informação de Kaelisson, a polícia 
abordou Kevinson já na Ceilândia/DF, ainda na posse dos celulares de Kaelisson e Janice e com 
uma arma em sua cintura, tendo sido preso em flagrante. Qual o juízo competente para julgar 
Kevinson? 
 
 a. 
STF, em razão da prerrogativa de foro pelo cargo exercido. 
 
 b. 
Exclusivamente a Circunscrição Judiciária de Ceilândia/DF. 
 
 c. 
Exclusivamente Circunscrição Judiciária de Brasília/DF. 
 
 d. 
Circunscrição Judiciária de Brasília ou Taguatinga,uma vez que todos são igualmente 
competentes, firmando a competência naquela que tiver praticado primeiro algum ato do 
processo ou inquérito. 
 
 e. 
O juízo de qualquer uma das 3 circunscrições (Brasília, Taguatinga ou Ceilândia), uma vez que 
todos são igualmente competentes, firmando a competência naquela que tiver praticado 
primeiro algum ato do processo ou inquérito. 
 
12 - Prisão preventiva de ex-presidente do Banco Prosper é substituída por medidas 
cautelares 
 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar em Habeas 
Corpus (HC 161706) impetrado pela defesa de Edson Figueiredo Menezes, ex-presidente do 
Banco Prosper, preso preventivamente em razão das investigações da Operação Golias. A 
prisão será substituída por medidas cautelares (proibição de contato com os demais 
investigados e de deixar o país, com a entrega do passaporte). 
 
O juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro havia decretado a prisão de Menezes pela 
suposta prática dos delitos de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. 
Segundo o decreto prisional, ele participaria de esquema montado pelo ex-governador do Rio 
de Janeiro Sérgio Cabral, que teria contratado a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para repassar 
valores ao Banco Prosper, que, por sua vez, repassaria parte desses valores a Cabral. 
 
Contra o decreto, os advogados de Menezes impetraram habeas corpus no Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região (TRF-2) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As duas cortes indeferiram 
os pedidos de liminar. No HC 161706, a defesa apontou a ausência de fundamentos idôneos 
para a manutenção da prisão, alegando que não há elementos fáticos que vinculem o ex-
presidente do banco à prática dos delitos apontados. Sustentou ainda a ausência de 
contemporaneidade das condutas que justificaram a medida, uma vez que os fatos ocorreram 
entre 2008 e 2009. 
 
No exame do pedido de liminar, o ministro Gilmar Mendes concluiu que a prisão preventiva 
não atendeu aos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP), especialmente no 
que diz respeito à indicação de elementos concretos que, no momento da decretação, a 
justificassem. Entre outros pontos, o ministro apontou contradições entre os fatos imputados 
a Menezes e as datas em que as decisões governamentais foram tomadas e o fato de haver 
graves imputações à FGV sem qualquer prova e sem que se indicasse qualquer providência 
para confirmá-las. “A jurisprudência desta Corte é consolidada no sentido de exigir a existência 
de elementos concretos ou base empírica idônea a amparar o decreto prisional”, ressaltou. 
“Da leitura do decreto prisional não é possível identificar uma base empírica idônea apta à 
decretação da prisão preventiva”. 
 
Ainda segundo o ministro, os fatos imputados ao investigado teriam sido praticados sem 
violência ou grave ameaça e não haveria contemporaneidade entre condutas (2008-2009) e a 
decretação da prisão cautelar. “O perigo que a liberdade do paciente representa à ordem 
pública ou à aplicação da lei penal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas 
do que a prisão”, afirmou. 
 
(Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=388914) 
 
 
 
Considerando a notícia colacionada acima, assinale a alternativa CORRETA: 
 
 a. 
Caso Edson Figueiredo Menezes tivesse praticado os crimes que lhe estão sendo imputados 
mediante o uso de violência, a decretação da prisão preventiva do ex-presidente do Banco 
Prosper seria obrigatória, ante a gravidade da infração cometida, como forma de garantia da 
ordem pública. 
 
 b. 
Além das medidas cautelares fixadas, o Ministro Gilmar Mendes poderia também ter 
determinado o cumprimento de outras medidas cautelares, como por exemplo o recolhimento 
domiciliar no período noturno e nos dias de folga; o comparecimento periódico em juízo, para 
informar e justificar atividades; monitoração eletrônica; dentre outras. 
 
 c. 
Caso Edson Figueiredo Menezes tenha um filho menor de 12 (doze) anos de idade, sua prisão 
preventiva poderia ter sido substituída por prisão domiciliar, ainda que tivesse outra pessoa 
responsável pelos cuidados do menor. 
 
 d. 
Se Edson Figueiredo Menezes deixar de entregar seu passaporte à autoridade competente, o 
judiciário não poderá decretar sua prisão preventiva novamente, por ser uma decisão in malan 
partem. Poderá, contudo, ser impostas outras medidas, em cumulação. 
 
 e. 
Edson Figueiredo Menezes poderia ficar preso preventivamente por até 30 dias, prorrogável 
por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade, conforme o disposto no 
Código de Processo Penal. 
 
13 - O delegado Izuperiu instaurou um inquérito policial após o registro do boletim de 
ocorrência em que Nísia relata que Maria, sua vizinha, teria furtado alguns objetos de sua 
residência. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa INCORRETA: 
 
 a. 
Trata-se de notitia criminis indireta, também chamada de mediata ou de cognição provocada e 
a instauração de inquérito policial é obrigatória, por tratar da comunicação de um crime de 
ação penal pública incondicionada. 
 
 b. 
Caso o promotor de justiça requisite o indiciamento de Maria, Izuperiu estará obrigado a 
realizar tal ato, uma vez que o membro do Ministério Público é o destinatário imediato do 
Inquérito Policial. 
 
 c. 
Considere que o Ministério Público tenha entendido pela atipicidade da conduta praticada por 
Maria, visto que essa teria furtado apenas algumas calcinhas de Nísia, tendo sido ordenado o 
arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária. Nesse caso, Izuperiu não poderá 
proceder a novas pesquisas sobre o fato em comento, ainda que tenha notícias de outras 
provas, não podendo o IP ser desarquivado. 
 
 d. 
Ainda que Izuperiu entenda pela inexistência de indícios de materialidade de crime cometido 
por Maria, não cabe a ele o arquivamento do inquérito.

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