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NÃO POSSUI 100% DE ACERTIVIDADE 1 - No dia 03 de abril de 2020, por volta das 11h, os irmãos Jones, Jaldes, Jonildes, Joildes, Joneides e Vital invadiram, mediante ameaça ao caseiro que ali vivia, um imóvel localizado no Lago Norte/DF, cuja proprietária é a Dona Deolinda. Ao tomar conhecimento da invasão, Dona Deolinda ligou para a Polícia Militar e uma equipe de policiais foi até o local. Ao chegarem lá, os policiais capturaram o grupo e os conduziram para a delegacia mais próxima. Ao apresentá-los para a autoridade policial, este entendeu que o grupo praticou o crime de esbulho possessório, descrito no artigo 161, §1º, inciso II do CP. Com base na situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: a. Dona Deolina somente poderá oferecer queixa crime se a denúncia não for oferecida no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. b. Em razão da obrigatoriedade do inquérito policial com relação à autoridade policial, o IP deverá ser iniciado de ofício pelo delegado, mediante a lavratura do auto de prisão em flagrante. c. Por se tratar de um crime de ação penal privada, Dona Deolinda terá 30 dias para dar início à ação penal. d. Se Dona Deolinda não der início à ação penal no prazo determinado em lei, os irmãos Jones, Jaldes, Jonildes, Joildes, Joneides e Vital não poderão mais ser processados pelo fato descrito, em razão da extinção da punibilidade pela renúncia. e. O grupo até poderia ser capturado e conduzido para a delegacia, mas o delegado de polícia não poderá instaurar inquérito policial, em razão da natureza do crime praticado. 2 - Catupyan registrou ocorrência policial em que relata que Nostradamus teria tido relação sexual com sua melhor amiga, Pombinha, sabendo estar infectado por moléstia venérea, com o objetivo de contaminá-la. Catupyan apresentou alguns prints de conversas de WhatsApp dele com um amigo em comum das meninas que indicavam a prática do crime. Com base na situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: a. Em até 30 dias da instauração do inquérito policial, a autoridade policial deverá fazer um minucioso relatório do que foi apurado e caso entenda pelo indiciamento de Nostradamus, ele deverá representar pelo ato ao juiz competente, por ser uma hipótese de cláusula de reserva de jurisdição. b. O(A) advogado(a) de Nostradamus poderá ter acesso aos autos do inquérito policial, independentemente de procuração e poderá requerer a realização de qualquer diligência, ficando a cargo da autoridade policial a análise da necessidade e conveniência da diligência requerida. c. Em até 30 dias da instauração do inquérito policial, a autoridade policial deverá fazer um minucioso relatório do que foi apurado e caso entenda pelo indiciamento de Nostradamus, ele deverá representar pelo ato ao juiz competente, por ser uma hipótese de cláusula de reserva de jurisdição. d. Considerando as imagens apresentadas por Catupyan, a autoridade policial poderá determinar de ofício a realização de busca no domicílio de Nostradamus para apreensão do celular, a qual será realizada de dia ou, se Nostradamus consentir, poderá ser realizada à noite. e. Em razão da obrigatoriedade do inquérito policial, a autoridade policial deverá instaurar o procedimento investigativo de ofício, por meio de uma portaria. 3 - No dia 30 de maio de 2020, a agência do Banco do Brasil, localizada no Setor de Autarquias Sul – Brasília/DF, foi roubada por Kiko, Chaves e Nhonho, os quais levaram aproximadamente 2 milhões de reais. No dia 01 de junho de 2020, graças à perseguição policial ininterrupta, os autores foram presos na cidade de Unaí/MG, uma grande quantidade de dinheiro e armas apreendidas. Com base na situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: a. Kiko, Chaves e Nhonho serão julgados no mesmo processo em razão da regra de conexão intersubjetiva concursal. b. Se o delegado entender necessária a realização de perícia datiloscópica no dinheiro e nas armas, a coleta dos vestígios será feita preferencialmente por perito oficial. Os vestígios serão acondicionados em recipientes selados com lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e a idoneidade do vestígio, e encaminhados para a central de custódia, devendo ser documentados todos os procedimentos utilizados até o descarte daqueles. c. Kiko, Chaves e Nhonho foram presos em flagrante, tratando-se de flagrante presumido. d. Compete à justiça comum federal julgar Kiko, Chaves e Nhonho. e. Caso Kiko assuma a sua responsabilidade e ajude as autoridades a desmantelarem a organização criminosa comandada por um terceiro ainda não identificado pela polícia, possibilitando seu desmantelamento, ele terá direito a redução de pena, tratando-se, nesse caso, de uma confissão qualificada. 4 - Sudário entrou em uma loja demonstrando estar eufórico e pediu para falar com o proprietário do comércio. Ubiratan, um jovem turco que acabara de mudar para o Brasil, saiu de seu escritório e foi conversar com Sudário que afirmou ter em suas mãos um bilhete com os números que foram sorteados na Mega Sena no dia anterior. Sudário mostrou para Ubiratan o bilhete premiado e os números sorteados e este confirmou. Sudário perguntou se Ubiratan não queria comprar o bilhete sorteado por R$ 20.000,00 (vinte mil reais), mesmo o prêmio sendo de 3 milhões de reais, pois não poderia cobrar o prêmio por ter restrições na polícia. Apesar de inicialmente ficar desconfiado, Ubiratan viu na proposta de Sudário uma grande oportunidade de ganhar dinheiro e aceitou a proposta, entregando para ele a quantia naquele momento. No dia seguinte, Ubiratan foi até a agência da Caixa Econômica Federal mais próxima para resgatar o prêmio e recebeu a notícia de que pagou por um bilhete falso, de um sorteio da loteria que não havia acontecido. Ubiratan saiu da CEF e voltou para sua loja e contou o ocorrido para seu amigo e gerente, Adamastor. Este aconselhou Ubiratan a registrar ocorrência policial, mas ele não quis por estar muito envergonhado de ter caído em um golpe como este. Diante da resposta de Ubiratan, Adamastor foi pessoalmente até a delegacia policial da região e registrou ocorrência policial, relatando os fatos à autoridade policial. Com base na situação descrita e na legislação em vigor, assinale a alternativa INCORRETA: a. Apesar da obrigatoriedade do inquérito policial com relação à autoridade policial, o IP só poderá ser instaurado após a manifestação de Ubiratan. b. A autoridade judicial não poderá decretar a prisão temporária de Sudário, ainda que exista representação da autoridade policial ou requerimento do Ministério Público neste sentido. c. O(A) advogado(a) de Sudário poderá ter acesso aos autos do inquérito policial, independentemente de procuração e poderá requerer a realização de qualquer diligência, ficando a cargo da autoridade policial a análise da necessidade e conveniência da diligência requerida. d. A autoridade policial poderá colher todas as provas que servirem para o esclarecimento dos fatos narrados por Adamastor, podendo, inclusive, proceder ao reconhecimento de pessoas e à acareação entre Ubiratan e Sudário, independentemente de autorização judicial. e. Após a conclusão do IP, caso o membro do parquet entenda pelo arquivamento do inquérito por falta de elementos para a denúncia e Ubiratan não concorde com essa decisão, este poderá recorrer à instância de revisão ministerial. 5 - No dia 11/01/2020, Franklinberg agrediu Queiroga com pauladas em suas pernas e braços, enquanto estavam em um bar na Cidade Estrutural, por acreditar que este estaria dando emcima de sua esposa Exupéria. Depois do ocorrido, por medo, Queiroga decidiu mudar do DF. As agressões sofridas por ele o tornaram incapaz permanentemente para o trabalho. Franklinberg foi denunciado pela prática do crime do Art. 129, § 2º, inciso IV, do Código Penal e ao ser interrogado, confessou a prática do crime. No entanto, consta nos autos apenas o laudo de exame de corpo de delito realizado em Queiroga no dia dos fatos. As testemunhas confirmaram ter visto Franklinberg agredindo Queiroga, mas não souberam informar quais lesões ele sofreu. Com base na situação exposta, assinale a alternativa CORRETA: a. Caso o fato tivesse sido filmado por câmeras de segurança, tal prova não seria suficiente para definir a extensão da lesão sofrida por Queiroba. b. Cabe a Franklinberg provar que seus atos não configuraram lesão de natureza gravíssima, uma vez que é adotado no Brasil o sistema de distribuição do ônus da prova, já tendo o MP comprovado a materialidade e autoria delitiva nos autos. c. A ação penal contra Franklinberg só poderia ter sido iniciada mediante representação de Queiroga. d. Em razão das lesões sofridas por Queiroba exigirem a realização de exame complementar para a constatação da extensão da lesão, trata-se de uma perícia complexa. e. O juiz poderá considerar a confissão de Franklinberg como meio de prova para condená-lo pelo crime descrito na denúncia. 6 - Catabriga sequestrou Generosa em Sobradinho/DF e a levou para um cativeiro em Goiânia. Após análise das câmeras de segurança do local da abordagem, a PCDF conseguiu identificar Catabriga e solicitou a quebra dos seus dados telefônicos e a autorização de interceptação telefônica ao juiz da Vara Criminal de Sobradinho/DF, os quais foram deferidas. Depois de 2 dias do sequestro, Catabriga ligou para o marido de Generosa para exigir resgate no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), momento em que foi possível a identificação do local do cativeiro. Em uma ação conjunta entre PCDF e PCGO, os policiais encontraram o cativeiro, mas Catabriga já teria fugido do local. Benvinda foi resgatada sem ferimentos. Esgotado o prazo sem o fim das investigações sobre o caso, a autoridade policial encaminhou os autos para o Judiciário, requerendo apenas a renovação do prazo. Com base na situação exposta, assinale a alternativa INCORRETA: a. A competência para julgar Catabriga será exclusivamente da Vara Criminal de Sobradinho/DF. b. Se a autoridade policial entender necessário para a elucidação dos fatos, ele poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, independentemente de autorização judicial. c. Se da interceptação telefônica realizada, a autoridade policial descobre que Catabriga está envolvido com um grande esquema de tráfico de armas, consistirá em serendipidade de objetiva de 2ª grau. d. O magistrado, antes de encaminhar o feito ao Ministério Público, verificando a gravidade do crime praticado, poderá decretar a prisão preventiva de Catabriga, independentemente de representação do delegado ou requerimento do MP. e. Para o MP oferecer denúncia contra Catabriga, não é necessário constar a completa qualificação deste, podendo constar apenas esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo. 7 - Mulher é presa com 30 kg de maconha em mala no DF Apreensão foi na Rodoviária Interestadual. Droga foi encontrada por Edy, cão farejador da PM. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu nesta quarta-feira (1º) uma mulher de 28 anos, por tráfico de drogas, na Rodoviária Interestadual de Brasília. Ela foi detida, em flagrante, com 30 kg de maconha dentro de uma mala. Os militares contaram com ajuda do cão Eddy, do Batalhão de Policiamento de Cães (BPCães). Foi o cachorro que encontrou a droga dividida em 19 pacotes. O nome da mulher não foi divulgado. Na delegacia, ela disse que estava apenas “vigiando” a mala. Segundo a PM, a mulher que embarcaria para Teresina (PI). Ela vai responder por tráfico interestadual de drogas e pode pegar até 15 anos de prisão. Considerando as notícias colacionadas acima, assinale a alternativa INCORRETA: a. Na audiência de custódia, se o Magistrado tomar conhecimento que a presa está grávida de 5 meses do seu 5º filho e encontrava-se cumprindo pena em regime aberto pelo crime de roubo há menos de 1 ano, ele poderá substituir a prisão em flagrante em prisão preventiva e depois convertê-la em prisão domiciliar, podendo fixar, cumulativamente, medidas cautelares diversas da prisão. b. O processo criminal seguirá perante a justiça comum estadual. c. O Ministério Público terá prazo de 5 dias para o oferecimento da denúncia a contar da data em que os autos do inquérito policial foram recebidos no órgão. d. O delegado de polícia deverá, no prazo de 24h, entregar para a presa, mediante recibo, a nota de culpa, assinada por ele, com exposição do motivo da prisão, o nome do condutor e das testemunhas. e. A mulher será conduzida para a delegacia e lá a autoridade policial deverá ouvir o condutor do flagrante e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este a cópia do termo e recibo de entrega da presa; em seguida, ouvirá as testemunhas que acompanharam o ato flagrancial e procederá ao interrogatório dela. 8 - O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) recebeu duas comunicações sobre operações financeiras atípicas que estariam sendo realizadas por um grupo de empresários do Estado de Sergipe, o qual era comandando por Epílogo, um homem de grande influência da região. Eles estariam fazendo inúmeras movimentações em dinheiro vivo e enviando para o exterior ilegalmente, através de uma agência do Branco do Nordeste (BNBR) localizada em Penedo/AL, Município há 151km da Capital, Maceió/AL. Em março de 2020, ao tomar conhecimento que Darckson era o conselheiro do COAF responsável pela investigação do caso, Epílogo contratou Brucili para executá-lo. Em 08 de maio de 2020, Darckson foi até a cidade de Penedo/AL para acompanhar a operação de apreensão de documentos no BNBR e ao encerrar a operação policial, na saída da cidade, o carro que ele estava foi alvejado por mais de 18 tiros desferidos por Brucili. Ele foi socorrido de helicóptero para um hospital em Maceió, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte. Após um intenso trabalho de investigação, os policiais chegaram até Brucili e ele disse que crime havia sido encomendado por Epílogo. Com base na situação hipotética apresentada, assinale a alternativa CORRETA: a. Em sendo os 2 denunciados pelo homicídio de Darckson, caso Brucili venha a falecer no curso do processo, para que seja declarada extinta a punibilidade nos autos, poderá ser produzido qualquer meio de prova admitida em juízo capaz de comprovar o falecimento dele, inclusive a prova testemunhal, uma vez que todas as provas no processo penal têm valor relativo. b. Darckson foi vítima de um crime plurilocal e, por isso, a competência será firmada pela prevenção, devendo ser considerada como lugar do crime tanto o da ação quanto o do resultado. Logo, tanto o Juízo de Penedo, quanto a Juízo de Maceió poderão julgar o caso, firmando a competência daquele juízo que primeiro tomar conhecimento do fato. c. Caso Brucili assuma a sua responsabilidade e ajude as autoridades a desmantelarem a organização criminosa comandada por Epílogo, possibilitando seu desmantelamento, ele terá direito a redução de pena, tratando-se, dessa forma, de uma confissão qualificada. d. A competência para processar e julgar Brucili e Epílogo é da Justiça Federal e eles serão julgados no mesmo processo em razão da regra de continência subjetiva. e. Por ter sido um crime não-transeunte, é necessária a realização de exame de corpo de delito no veículo,podendo ser suprido, no caso do desaparecimento dos vestígios, pela confissão de Brucili. 9 - Tatiane Spitzner foi encontrada morta no último dia 22 de julho após cair do 4º andar do prédio onde morava, em Guarapuava, região central do Paraná. Luis Felipe Manvailer, marido de Tatiane, foi preso acusado de feminicídio. A defesa de Luis alegava que ele era inocente, até que imagens de câmeras de segurança do condomínio revelaram o que aconteceu. Em depoimento à polícia após a prisão, o professor negou o crime e disse que a advogada se jogou depois de uma discussão “normal” de casal. Momentos antes da advogada cair, as gravações mostram que os dois chegam ao prédio de carro. Segundo a polícia, ainda dentro do veículo, o marido comete agressões contra ela. Em seguida, Luis retira Tatiane do carro, ainda sob agressões. O casal entra no prédio. A advogada entra correndo no elevador para tentar fugir. De acordo com o relatório da PM, o caso foi atendido por volta das 3h da madrugada. Os agentes receberam a informação de que uma mulher “teria pulado ou sido jogada da sacada de um edifício, caindo na calçada”. Ao chegar ao local, os policiais encontraram muito sangue na calçada e foram informados que um homem tinha carregado a vítima no colo para dentro do prédio, ainda conforme o boletim. O relatório de investigação preliminar da Polícia Civil detalha que, na escada de entrada do prédio, foi encontrado um par de botas femininas e que no segundo elevador havia um brinco no chão. O relatório informa ainda que “um casal de moradores no apartamento ao lado, relatou que ouviu gritos de uma discussão, vindos do apartamento e que ouviram a mulher gritando por socorro, a qual foi vista pela vizinha, chorando na sacada”. A porta do apartamento foi arrombada e os policiais encontraram a advogada no chão, com muito sangue na região da cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas ela já estava morta, diz o boletim. Marido é denunciado à Justiça por morte de advogada no PR O Ministério Público do Paraná denunciou o professor Luis Felipe Manvailer à Justiça na tarde desta segunda-feira (6) pela morte de sua mulher, a advogada Tatiane Spitzner, em Guarapuava, no Paraná. Além do homicídio com quatro qualificações (meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo fútil e feminicídio), cuja pena varia de entre 12 a 30 anos de prisão, ele também responderá por fraude processual por ter tentado mudar o local do crime, que pode levar a até dois anos de reclusão, e por cárcere privado, por impedir que a vítima fugisse, com pena de até cinco anos. Manvailer está preso desde o dia 22 de julho. Considerando as notícias colacionadas acima, assinale a alternativa CORRETA: a. Considerando que Luis Felipe Manvailer teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, a autoridade policial teve até 10 dias improrrogáveis para a conclusão do inquérito policial. b. Para que Manvailer fosse preso provisoriamente, o juiz analisou se a medida extrema era necessária para garantir a ordem pública, para a conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal. Além disso, foi necessária a análise quanto a existência de indícios da existência do crime e de sua autoria. c. Analisando apenas a última reportagem, não é possível concluir se Manvailer encontra-se preso preventiva ou temporariamente. d. A prisão cautelar de Luis Felipe Manvailer tornar-se-á ilegal, devendo ser relaxada e, consequentemente, ser ele colocado em liberdade, caso a audiência de instrução e julgamento não seja realizada em até 90 dias após o oferecimento da denúncia. e. O Ministério Público teve o prazo de 15 dias para o oferecimento da denúncia a contar da data em que os autos do inquérito policial foram recebidos no órgão. 10 - Quanto às provas, analise os casos descritos em cada alternativa e assinale a alternativa correta: a. Eddie Murphy foi denunciado pelo crime de homicídio. Na primeira fase do júri, não foi possível ouvir as testemunhas indicadas pelas partes, pois nenhuma delas foi encontrada. Eddie Murphy fez uso do seu direito constitucional de permanecer em silêncio. A única prova juntada aos autos que vinculava Eddie Murphy à cena do crime, é o laudo de identificação de vestígios datiloscópicos em que indica que ele esteve no local do crime e pegou na arma do crime, pois suas digitais foram ali encontradas. No entanto, o laudo foi assinado por apenas um perito oficial. Por esse motivo, o laudo pericial é nulo, conforme o entendimento sumulado do STF. b. Géquiçom foi intimado a comparecer a uma audiência de um processo criminal, por ter sido indicado como testemunha pela defesa do réu. Ao chegar no local, dia e hora determinados, Géquiçom foi conduzido à sala de audiência, local em que estavam presentes o juiz, o promotor de justiça, a advogada do acusado, o acusado algemado e a escolta policial. Para iniciar a oitiva de Géquiçom, o magistrado deverá qualificá-lo, momento em que as partes poderão contraditá-lo, sob pena de preclusão. As perguntas serão feitas diretamente pelas partes, uma vez que o sistema de inquirição adotado no processo penal é o cross examination, e primeiramente pela advogada, depois pelo membro do MP e, caso entenda necessária o juiz complementará. c. Xilderico foi denunciado pelo crime de tráfico de drogas. O laudo preliminar foi apresentado juntamente com a denúncia. Após a fase de instrução, o laudo definitivo foi juntado aos autos. Ao sentenciar, o magistrado por falta de provas suficientes para a condenação, por considerar o laudo pericial insuficiente, pois não constam ilustrações com fotografias da droga apreendida, que são obrigatórias. Agiu corretamente o magistrado. d. Zurivel foi denunciado pelo crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo (art. 155, §4º/CP). Na fase de instrução, a vítima e uma testemunha confirmaram que Zurivel arrombou a janela da sala para entrar na residência. Compulsando os autos, o magistrado percebeu que não constava nos autos o laudo pericial que comprovasse o arrombamento, pois a perícia não foi realizada, sem qualquer justificativa, embora fosse possível a sua realização. O fato da vítima e da testemunha terem confirmado o arrombamento, supre a falta do exame pericial. e. Valones, delegado de polícia, foi cumprir um mandado de busca e apreensão na casa de Zitelman, investigado por crime contra a fauna. Ao adentrar a residência, Valones e sua equipe encontraram inúmeras armas de uso permitido e restrito sem autorização e em desacordo com determinação legal. Nesse caso, é pacífico o entendimento jurisprudencial acerca da possibilidade de utilização de prova encontrada fortuitamente por Valones. 11 - Kaelisson, deputado federal, foi vítima do crime de roubo praticado por Kevinson, tendo seu aparelho celular subtraído, ao sair da Câmara dos Deputados. Kevinson saiu em disparada em uma moto em direção à Estrutural. Kaelisson narrou o ocorrido uma equipe de policiais militares e passou a placa da moto que Kevinson estava. Kalisson ainda abordou Janice já no Pistão Norte, em Taguatinga, subtraindo o seu celular, no mesmo modus operandi do roubo perpetrado contra Kaelisson. Com base na informação de Kaelisson, a polícia abordou Kevinson já na Ceilândia/DF, ainda na posse dos celulares de Kaelisson e Janice e com uma arma em sua cintura, tendo sido preso em flagrante. Qual o juízo competente para julgar Kevinson? a. STF, em razão da prerrogativa de foro pelo cargo exercido. b. Exclusivamente a Circunscrição Judiciária de Ceilândia/DF. c. Exclusivamente Circunscrição Judiciária de Brasília/DF. d. Circunscrição Judiciária de Brasília ou Taguatinga,uma vez que todos são igualmente competentes, firmando a competência naquela que tiver praticado primeiro algum ato do processo ou inquérito. e. O juízo de qualquer uma das 3 circunscrições (Brasília, Taguatinga ou Ceilândia), uma vez que todos são igualmente competentes, firmando a competência naquela que tiver praticado primeiro algum ato do processo ou inquérito. 12 - Prisão preventiva de ex-presidente do Banco Prosper é substituída por medidas cautelares O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu liminar em Habeas Corpus (HC 161706) impetrado pela defesa de Edson Figueiredo Menezes, ex-presidente do Banco Prosper, preso preventivamente em razão das investigações da Operação Golias. A prisão será substituída por medidas cautelares (proibição de contato com os demais investigados e de deixar o país, com a entrega do passaporte). O juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro havia decretado a prisão de Menezes pela suposta prática dos delitos de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo o decreto prisional, ele participaria de esquema montado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que teria contratado a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para repassar valores ao Banco Prosper, que, por sua vez, repassaria parte desses valores a Cabral. Contra o decreto, os advogados de Menezes impetraram habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As duas cortes indeferiram os pedidos de liminar. No HC 161706, a defesa apontou a ausência de fundamentos idôneos para a manutenção da prisão, alegando que não há elementos fáticos que vinculem o ex- presidente do banco à prática dos delitos apontados. Sustentou ainda a ausência de contemporaneidade das condutas que justificaram a medida, uma vez que os fatos ocorreram entre 2008 e 2009. No exame do pedido de liminar, o ministro Gilmar Mendes concluiu que a prisão preventiva não atendeu aos requisitos do artigo 312 do Código de Processo Penal (CPP), especialmente no que diz respeito à indicação de elementos concretos que, no momento da decretação, a justificassem. Entre outros pontos, o ministro apontou contradições entre os fatos imputados a Menezes e as datas em que as decisões governamentais foram tomadas e o fato de haver graves imputações à FGV sem qualquer prova e sem que se indicasse qualquer providência para confirmá-las. “A jurisprudência desta Corte é consolidada no sentido de exigir a existência de elementos concretos ou base empírica idônea a amparar o decreto prisional”, ressaltou. “Da leitura do decreto prisional não é possível identificar uma base empírica idônea apta à decretação da prisão preventiva”. Ainda segundo o ministro, os fatos imputados ao investigado teriam sido praticados sem violência ou grave ameaça e não haveria contemporaneidade entre condutas (2008-2009) e a decretação da prisão cautelar. “O perigo que a liberdade do paciente representa à ordem pública ou à aplicação da lei penal pode ser mitigado por medidas cautelares menos gravosas do que a prisão”, afirmou. (Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=388914) Considerando a notícia colacionada acima, assinale a alternativa CORRETA: a. Caso Edson Figueiredo Menezes tivesse praticado os crimes que lhe estão sendo imputados mediante o uso de violência, a decretação da prisão preventiva do ex-presidente do Banco Prosper seria obrigatória, ante a gravidade da infração cometida, como forma de garantia da ordem pública. b. Além das medidas cautelares fixadas, o Ministro Gilmar Mendes poderia também ter determinado o cumprimento de outras medidas cautelares, como por exemplo o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga; o comparecimento periódico em juízo, para informar e justificar atividades; monitoração eletrônica; dentre outras. c. Caso Edson Figueiredo Menezes tenha um filho menor de 12 (doze) anos de idade, sua prisão preventiva poderia ter sido substituída por prisão domiciliar, ainda que tivesse outra pessoa responsável pelos cuidados do menor. d. Se Edson Figueiredo Menezes deixar de entregar seu passaporte à autoridade competente, o judiciário não poderá decretar sua prisão preventiva novamente, por ser uma decisão in malan partem. Poderá, contudo, ser impostas outras medidas, em cumulação. e. Edson Figueiredo Menezes poderia ficar preso preventivamente por até 30 dias, prorrogável por igual período, em caso de extrema e comprovada necessidade, conforme o disposto no Código de Processo Penal. 13 - O delegado Izuperiu instaurou um inquérito policial após o registro do boletim de ocorrência em que Nísia relata que Maria, sua vizinha, teria furtado alguns objetos de sua residência. Diante da situação hipotética apresentada, assinale a alternativa INCORRETA: a. Trata-se de notitia criminis indireta, também chamada de mediata ou de cognição provocada e a instauração de inquérito policial é obrigatória, por tratar da comunicação de um crime de ação penal pública incondicionada. b. Caso o promotor de justiça requisite o indiciamento de Maria, Izuperiu estará obrigado a realizar tal ato, uma vez que o membro do Ministério Público é o destinatário imediato do Inquérito Policial. c. Considere que o Ministério Público tenha entendido pela atipicidade da conduta praticada por Maria, visto que essa teria furtado apenas algumas calcinhas de Nísia, tendo sido ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária. Nesse caso, Izuperiu não poderá proceder a novas pesquisas sobre o fato em comento, ainda que tenha notícias de outras provas, não podendo o IP ser desarquivado. d. Ainda que Izuperiu entenda pela inexistência de indícios de materialidade de crime cometido por Maria, não cabe a ele o arquivamento do inquérito.
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