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HISTÓRIA TEMA 2

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• APRESENTAÇÃO 
• MÓDULO 01 
• MÓDULO 02 
• MÓDULO 03 
• MÓDULO 04 
• CONCLUSÃO 
CONCLUSÃO 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#definicao
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#Conclusao
 
Definição 
ducação na Europa Ocidental no período 
da Idade Média (entre os séculos V e XV). Legados 
medievais na forma de pensar a Educação: Artes 
Liberais, “monopólio” do campo educacional pelo 
clero, influência árabe para a cultura europeia, 
método de ensino da Escolástica e aparecimento das 
universidades. 
Propósito 
emonstrar que a base da Educação 
ocidental é fortemente influenciada pelas tradições 
educacionais desenvolvidas na Idade Média, em 
especial o papel da Igreja e a formação moral do 
sujeito, marca recorrente ainda na maneira como a 
Educação é vista e empreendida no Brasil e no 
mundo. 
Objetivos 
Identificar as principais características da transição da 
Educação entre a Antiguidade e a Idade Média 
Descrever a importância das artes liberais para a 
formação dos sujeitos na Idade Média 
 
Comparar aspectos da Reforma Carolíngia e da 
Educação islâmica na Europa Ocidental 
 
Determinar a importância da Escolástica para as 
escolas urbanas e universidades na Baixa Idade Média 
 
Introdução 
Como você imagina a Idade Média? 
 
Castelos e princesas, lembrando as histórias 
infantis? 
 
Lutas de espadas e as ações da Igreja, como nos 
filmes e séries? 
 
Professores que explicam que a Idade Média era a 
Idade das Trevas? 
 
Essas visões construídas fazem parte do nosso 
cotidiano e têm relação com os iluministas, que 
queriam se afirmar contra o pensamento da Igreja. 
Além disso, há o Romantismo, que idealizou as figuras 
do cavaleiro e da donzela e, por fim, o cinema e a 
literatura contemporânea que veem com certo fascínio 
a Idade Média. 
tarefa de resumir a Idade Média a esses 
conceitos é difícil, pois um milênio não é representado por 
uma coisa só. De fato, esse olhar europeu só tem sentido se 
pensamos nos legados medievais. As sociedades atuais são 
frutos de influências europeias e do seu auge, que gerou o 
colonialismo e o imperialismo. Esse período fez com que as 
instituições europeias e suas diversas formações dessem 
base às nossas estruturas sociais, políticas e, principalmente, 
educacionais. 
A Idade Média concentra os fundamentos da moral ocidental, 
marcados pela tradição judaico-cristã da Igreja. As 
referências da Antiguidade foram reconstruídas e marcam 
nossa forma de ver o mundo. Apesar de ter sido reconhecida 
de maneira pejorativa como apenas um período de transição, 
uma época de trevas, a Idade Média apresenta práticas que 
fazem parte de nosso cotidiano mesmo que nós não 
percebamos. 
Nosso objetivo, portanto, é demonstrar que as tais trevas 
tinham intelectuais importantes, debates vigorosos, além 
de disputas entre grupos sociais para organizar e manter 
a Educação. 
1º MÓDULO 
Identificar as principais características da transição da 
Educação entre a Antiguidade e a Idade Média 
Contexto 
A Idade Média é um período marcado pelo surgimento de um 
novo tipo de intelectual na Europa Ocidental: os padres 
cristãos. Esse grupo foi o principal responsável por manter 
uma Educação formal (escolas) na Europa entre os séculos V 
e XV. Os primeiros a inaugurarem esse novo pensamento são 
conhecidos como membros da Patrística. 
 
A Igreja Cristã foi a única instituição que 
atravessou todo o período de transição 
da Antiguidade para a Idade Média. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
m meados do século III, o Império Romano 
apresentava graves sinais de crise econômica e política. Na 
busca de reformulações que permitissem sua permanência, 
foram procuradas novas formas de governo – chega-se a ter 
quatro imperadores de uma só vez. 
Outra tentativa foi a organização das mensagens e preceitos 
religiosos que dessem sentido à nova construção imperial. 
Quando o Imperador Constantino se converteu ao 
cristianismo, houve um movimento que pode ser 
interpretado como uma tentativa de coesão pela religião. 
Mesmo assim, após a fragmentação do Império Romano 
Ocidental, a Educação foi creditada à Igreja, já que valorizava 
os princípios educacionais herdados da Antiguidade para 
ocupação dos seus quadros e para sua pregação. 
Constantino, primeiro imperador cristão, foi canonizado pela Igreja 
Ortodoxa. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
 
Scriptorium - Copiste au travail. Bibl. nat. de France, manuscrit 
français n°9198, f. 19. 
 
A Igreja, por meio de seus membros, transmitiu uma mistura 
das culturas antigas (greco-romana) cristianizadas. Sua 
pregação era levada às praças, para o cotidiano dos reis, para 
todos que ouviam a Igreja, fazendo com que a Educação fosse 
difundida por meios não formais. No entanto, sua estrutura 
de manutenção era formal, organizada em centros de 
formação desses clérigos. 
O saber antigo preservou-se nos livros que os mosteiros e as 
igrejas agasalharam carinhosamente (NUNES, 2018). 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
O clero impulsionou fundamentalmente o fenômeno de 
latinização nos séculos IV e V, o que representou o embrião 
das línguas neolatinas, fio condutor que fez possível também 
a transmissão de elementos culturais da Antiguidade Clássica 
até a Baixa Idade Média. 
Conceitos 
essa época, a Igreja Católica foi muito 
importante para o desenvolvimento da ciência e para a 
preservação da cultura. Além disso, foi fundamental na 
manutenção da Educação. Os monges copistas foram 
responsáveis pela armazenagem do saber, pois copiavam e 
guardavam os registros escritos. Assim, toda a produção de 
conhecimento nas civilizações antigas – principalmente dos 
sábios gregos – foi preservada e retomada no período 
do Renascimento. 
Mesmo com a expansão do cristianismo, ainda na 
Antiguidade, bem como nos séculos subsequentes, os jovens 
romanos e cristãos frequentavam as mesmas escolas, liam os 
mesmos textos, recebiam a mesma instrução. O ensino da 
cultura clássica era necessário, sobretudo para aqueles 
oriundos das classes médias e altas, que formariam os 
quadros das carreiras administrativas. 
Por conta dessa característica, a cultura clássica influenciava 
os principais intelectuais da Igreja de forma intensa. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
 
O modelo educacional da Igreja era uma 
cópia do modelo do Império Romano. 
 
A arte da transição é um bom exemplo dessa mistura. De 
um lado, a forma é romana, de outro, o discurso é cristão. 
Repare nesta imagem. A Bíblia e a cruz, o pergaminho em 
grego e as roupas da nobreza. 
 
As obras clássicas foram adotadas, seus pensadores 
reconhecidos, sua forma de educar valorizada, mas os 
objetivos e formas universalistas foram abandonados e 
substituídos por elementos cristãos 
Por outro lado, a cultura romana também foi muito 
influenciada pelo catolicismo. As pinturas, as esculturas e os 
livros eram marcados pela temática religiosa. Os vitrais das 
igrejas apresentavam cenas bíblicas, pois essa era uma 
forma didática de transmitir o evangelho a uma população 
quase toda formada por iletrados. Assim como os romanos 
faziam com seus monumentos e afrescos, a Igreja repaginou e 
permaneceu com sua utilização. 
 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
Gregório (papa entre os anos 590 e 604) criou o cantogregoriano – outra forma de disseminar as informações e os 
conhecimentos religiosos por meio de um instrumento 
simples e interessante da tradição romana: a música. 
Quer entrar no clima da Idade Média? 
Clique abaixo e ouça o canto gregoriano. 
 
 
Correntes filosóficas 
medievais 
Pode-se dividir, de forma generalista, a Idade Média, no que 
diz respeito à Educação, em duas linhas principais: 
Agostinho de Hipona 
 
Patrística 
Pretende expor racionalmente a doutrina religiosa, com 
destaque para Agostinho de Hipona. 
Tomás de Aquino 
 
Escolástica 
Predominante nos espaços escolares durante o Renascimento 
Carolíngio e readaptada a partir do racionalismo cristão e de 
Tomás de Aquino. 
 
O termo patrística foi criado para designar os 
primeiros intelectuais da Igreja Romana, como Justino, 
Tertuliano, Orígenes, Atenágoras, Clemente. No 
entanto, dedicaremos nosso olhar a um membro tardio, 
mas fundamental para a Educação na Idade Média: 
Agostinho de Hipona 
A Patrística se configurou como uma corrente de pensamento 
fundada pelos padres da Igreja Católica que procuravam 
estabelecer uma concepção racional dos fundamentos dos 
dogmas da fé cristã e uma resposta às suas perspectivas 
antagônicas, que eles denominavam de heresias. 
Educação 
base do pensamento educacional na Idade 
Média é o neoplatonismo cristão. Essa corrente filosófica 
misturava traços da leitura de Platão e princípios diversos 
filosóficos do Mediterrâneo, como estoicismo, e os preceitos 
da religião cristã. 
O nome mais importante para a Educação formulada para a 
Igreja e para além dela é o bispo africano Agostinho de 
Hipona (354-430). Ele estruturou seu pensamento como os 
demais membros da Patrística, isto é, combinando elementos 
da fé a princípios filosóficos de nomes importantes da cultura 
clássica, como Platão (428 a.C.-347 a.C.) e Plotino (204 d.C.-
270 d.C.). 
A influência de Agostinho de Hipona no campo educacional 
foi notória na Idade Média com suas obras: 
A doutrina cristã 
De Magistro 
Clique para ver as obras. 
Um dos legados é a ideia de que religião e Educação podem 
ser tratadas como elementos indissociáveis, isto é, a 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#collapse01-01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#collapse02-02
formação educacional e a formação religiosa podem e devem 
ser feitas com base nos mesmos instrumentos e para o 
mesmo fim. Veja que as escolas de matriz religiosa, por 
exemplo, continuam fortemente reconhecidas no nosso 
cotidiano. Além disso, os pastores, padres e afins assumem 
funções didáticas com seus fiéis nas pregações e 
nas homílias, demonstrando a proximidade, que bebe, sem 
dúvida, na tradição inaugurada por Agostinho. 
Vimos que para Agostinho o conhecimento era 
advindo de Deus, mas para quem se destinava os 
ensinamentos? 
Quem eram os alunos? 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
 
Quem estudava, nesse momento, era a elite. 
Essa escola servia para formar novos quadros de 
clérigos, mas acabava também servindo à elite local. 
Resumo 
Neste vídeo, veremos um resumo dos principais tópicos deste 
módulo, com foco no principal representante da corrente 
filosófica Patrística: Agostinho de Hipona. 
 
O professor Rodrigo Rainha explica a importância de 
Agostinho de Hipona na formação da educação na 
Idade Média. 
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ENVIAR 
Figuras relevantes 
Vamos conhecer alguns dos sujeitos que foram apresentados 
ao longo deste módulo. 
 
Primeiro imperador romano a professar a religião cristã. 
 
Criador do canto gregoriano. 
 
Representante da corrente Patrística que influenciou 
fortemente a Educação medieval. 
 
Representante da corrente Escolástica, com influências na 
Filosofia e Teologia. 
 
Disseminou a religião entre os gentios. 
 
Traduziu a Bíblia para a primeira versão em latim, chamada 
de Vulgata. 
 
Alcançou multidões com suas pregações, expandido a doutrina 
cristã. 
Verificando o 
Aprendizado 
 
Atenção! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
1. Quando o historiador medievalista Ronaldo Amaral 
afirma que, “para predicar a verdade contida na 
literatura cristã, sobretudo a bíblica, poder-se-ia usar as 
doutrinas dos pagãos, sendo tal postura apenas 
permissível, caso preparassem para o entendimento 
daquela (...)”, possibilita que compreendamos o 
processo em que se deu a transição da Idade Antiga 
para a Medieval. Neste sentido, podemos afirmar: 
 
a) As obras clássicas foram destituídas de suas essências e 
sentido abrangente, sendo utilizadas conforme as 
necessidades do cristianismo. 
 
b) O cristianismo conquistou a história e nesta se colocou em 
decorrência de seu Deus ter encarnado. 
 
c) Autores como Platão foram utilizados, ganhando 
características cristianizadas em suas proposições. 
 
d) Os padres da Igreja não fizeram uso de absolutamente 
nada da cultura clássica porque consideravam que ela era 
imprópria para os desígnios divinos. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
Você reconheceu a Maiêutica, método de Sócrates, provando, 
então, saber identificar essa característica da Filosofia da 
Grécia Clássica. 
2. O latim “foi o fundamento da unidade cultural que 
viria a ser proporcionada pelas escolas mantidas pela 
Igreja” (Arminda Campos). Ao entendermos a frase no 
contexto do processo educacional que se concebe no 
início da Idade Média, como podemos resumir a 
posição de Agostinho de Hipona? 
 
a) A ideia de que o homem deve seguir sua natureza, explorá-
la e melhorá-la como processo educacional. 
 
b) A ideia de que o imperador romano era uma liderança 
política e deveria ser tratado como tal. 
 
c) A ideia de usar autores não cristãos, o que poderia 
configurar uma heresia, para explicações religiosas. 
 
d) A ideia de formular debates teológicos, uma vez que a 
divindade e a mensagem divina não deveriam ser discutidas. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
A força do pensamento patrístico é a associação e diálogo 
com as tradições romanas. Dessa forma, somente aquilo que 
fosse dogmaticamente inaceitável seria criticado, uma vez 
que é base do pensamento religioso que o homem deve 
resistir às tentações e que não é por si que alcança a Salvação, 
mas por Jesus. Noções como reconhecimento das autoridades 
seculares, uso de autores da tradição clássica e introdução às 
dinâmicas de debates – inclusive nos concílios – foram 
adaptadas e bem vistas por Agostinho e pelos principais 
membros da Igreja, como a própria manutenção do uso do 
latim deixa claro. 
O conteúdo ainda não acabou. 
Clique aqui e retorne para saber como desbloquear. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#modulo-01
 
Você conseguiu 
desbloquear o 
segundo módulo! 
E, com isso, você conquistou: 
 A capacidade de identificar as principais características da 
transição da Educação entre a Antiguidade e a Idade 
Média. 
2º MÓDULO 
Descrever a importância das artes liberais para a 
formação dos sujeitos na Idade Média 
Introdução 
oa parte do conhecimento originário da 
Antiguidade foi preservado graças ao papel desempenhado 
pelos mosteiros e igrejas, que reproduziram manuscritos 
clássicos e elaboraram manuais e enciclopédias. Depois da 
Patrística, uma nova geração de bispos se notabilizou por 
escrever, defender e disseminar a Educação, como Marciano 
Capela, Cassiodoro, Boécio, Isidoro de Sevilha e Beda. 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
No século IV, houve o aparecimento do códice, que levou ao 
desaparecimento do papiro – formato depergaminho. Tal 
invenção teve consequências psicológicas fundamentais, pois 
permitiu dispensar um escravo leitor quando havia 
necessidade de se tomar nota. Podia-se estudar o texto com 
uma das mãos e escrever com a outra, ou seja, ler e escrever 
simultaneamente, o que reforçou a prática da leitura mental. 
Também ofereceu a facilidade de copiar um texto ou 
comparar vários exemplares ao mesmo tempo. 
 
evemos lembrar que o pensamento de 
Agostinho é referência na orientação dos estudos nessa fase, 
o que significa que continuamos com a figura dos mestres e 
dos discípulos, com a relação pessoal e com a Educação como 
um caminho para a Salvação. Por outro lado, os 
conhecimentos do mundo antigo permanecem vivos e 
presentes. 
O modelo patrístico é um dos mais longos e presentes. Por 
isso, neste segundo módulo, estudaremos seu modelo 
“curricular”. As aspas não são à toa, pois seria anacronismo 
imaginar a existência de um currículo escolar nesse 
momento. Porém, há conteúdos que são centrais para a 
Educação ao longo de toda Idade Média e um legado que 
ainda nos influencia atualmente. 
Antes de nos aprofundarmos, vamos conhecer melhor o 
contexto histórico. 
 
O professor Rodrigo Rainha nos explica os principais 
pontos da Alta Idade Média, expondo os motivos que 
levaram à conversão dos povos pagãos ao 
cristianismo. 
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ENVIAR 
As Sete Artes Liberais 
uando falamos em Educação no período em 
questão, notamos a prevalência do modelo chamado de Sete 
Artes Liberais, que foi criado por Marciano Capela. Essa 
divisão é marcada por três artes da alma (Trivium), 
inspiradas por Deus, e quatro artes humanas (Quadrivium), 
como veremos a seguir. 
Trivium 
A capacidade de bem falar, bem escrever e bem 
argumentar é atribuída à Santíssima Trindade – Pai, Filho e 
Espírito Santo. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
 
DIALÉTICA 
Exercício filosófico do convencimento, o ponto preciso para 
se atingir a verdade. É uma das grandes bases de relação 
entre o exercício da cultura greco-romano e a religião. 
 
RETÓRICA 
Exercício do bem falar, da praça pública, e lida com estilo, 
com o envolvimento. 
 
GRAMÁTICA 
Exercício de escrever, dominar os aspectos do que já havia 
sido escrito, reproduzir e construir a escrita com perfeição. O 
latim era uma língua entendida como sagrada. 
Quadrivium 
As artes humanas tinham relação direta com a mão humana, 
trabalhos artesanais e com a interpretação do mundo. 
 
ARITMÉTICA 
Representa a interpretação do mundo, a base matemática de 
explicação das coisas. Ela fez com que muitos clérigos 
virassem contadores, ou controladores dos reinos. Os 
números são seu principal objeto. 
 
GEOMETRIA 
Era usada nos exercícios de medida, normalmente voltados à 
prática e à interpretação da prática, como construção de 
moinhos, rodas de transportes e construções como igrejas e 
muralhas. Envolve também a medida de distâncias, rios e 
trajetos diversos. 
 
MÚSICA 
Muitos não sabem, mas existiam escalas e teoria musical na 
Idade Média. No entanto, é importante destacar que, para a 
Igreja, só era música aquilo que tinha as escalas corretas, 
tocadas nos ambientes corretos e com o objetivo de 
aproximar o homem de Deus. Músicas de festa e cantos de 
guerra eram duramente recriminados. 
 
ASTRONOMIA 
A mais contestada das artes. Muitos defendiam que era 
perigosa por ser confundida com relações pagãs, pois era 
responsável pelas colheitas, marcação de datas e calendários 
e ainda efeitos 
Todas as artes eram adaptações ordenadas de estudos que já 
existiam no mundo grego. De alguma forma, é como se 
tivessem criado um currículo. 
 
O homem comum aprendia o quadrivium, mas 
o trivium era para aqueles que gostariam de assumir 
uma outra condição, de líderes, de próximos à Igreja. 
Ao passo que as instituições escolares oficiais e a dos mestres 
particulares (literatores) iam sumindo, a Igreja passou a 
adotar medidas para garantir a formação dos pretendentes 
ao sacerdócio, com o objetivo de promover a instrução básica 
indispensável para o ofício do ministério sacerdotal. A fase 
inicial desse ensino era realizada nas escolas paroquiais, 
enquanto o nível superior nas episcopais/catedralícias. 
ambém devemos destacar as escolas 
monásticas. Estas se originaram a partir dos mosteiros, ainda 
sem a adesão dos estudos filosóficos. A regra agostiniana, por 
exemplo, recomenda muitas horas de estudo, enquanto 
a Regula Monachorum, de São Jerônimo, sugere instruir-se 
com os filósofos segundo a sua utilidade religiosa. Por fim, os 
mosteiros beneditinos, na prática, podem ser avaliados como 
“escola”, afinal, a própria Regra de São Bento indica duas 
noções pedagógicas em seu capítulo 30: 
 
“Cada idade e cada inteligência deve ser tratada segundo 
medidas próprias e os que cometem faltas serão punidos com 
muitos jejuns ou refreados com ásperas varas, acris 
verberibus”. 
São Bento. 
 
É importante informar que a cultura intelectual estava 
monopolizada pela Igreja. Isso fazia da Educação um campo 
feito de sacerdotes para sacerdotes, com os conteúdos 
orientados às necessidades do culto. Desse modo, nas escolas 
paroquiais, episcopais e, especialmente, nas monásticas – 
diga-se de passagem, na realidade, as únicas existentes –, 
lecionava-se as denominadas Sete Artes Liberais. 
Você sabe por que 7 é um número tão importante 
para o cristianismo? 
O numeral é a referência da perfeição, são as idades do 
mundo, é marca do escolhido. 
 
Philosophia et septem artes liberales (Filosofia e As Sete 
Artes liberais) Herrad de Landsberg, da obra Hortus 
Deliciarum (século XII) 
 
Ainda não entendeu o conceito e o papel das artes 
liberais? Veja os exemplos a seguir: 
1 
O bispo Isidoro de Sevilha, pensador visigodo da passagem do 
século VI para o VII, em sua obra Etimologias, definiu as artes 
liberais da seguinte forma: 
“As artes liberais consistem em sete disciplinas. A primeira é 
a gramática, isto é, a capacidade de falar. A segunda, a 
retórica, que, pela elegância e recursos da eloquência, é 
considerada extremamente essencial nos assuntos civis. 
Terceiro, a dialética, também chamada de lógica, que, com os 
argumentos mais sutis, separa o verdadeiro do falso. Quarta, 
aritmética, cujo conteúdo são os fundamentos e divisões dos 
números. A quinta é a música, que lida com esquemas e 
métricas. O sexto, a geometria, que inclui as medidas e 
dimensões terrestres. E a sétima, astronomia, que lida com as 
leis das estrelas”. 
Isidoro de Sevilha. 
 
Mas por que elas eram tão importantes para o bispo? 
Ele era um conselheiro do rei, líder de uma das cidades mais 
importantes do reino. Assim, mostrar o quanto era educado 
para seus pares e para o povo indicava o quão diferente ele 
era. 
 
Na Alta Idade Média, a erudição e o domínio das Sete 
Artes Liberais eram considerados fatores de 
diferenciação e importância dentro e fora da Igreja. 
2 
Teodorico, o Grande - Rei dos Ostrogodos. 
 
O reino ostrogodo tinha, ao longo do século VI, a referência 
do monarca Teodorico, seguidor de uma versão herética do 
cristianismo conhecida como arianismo. Depois de vencer os 
romanos, negociou com o bispo de Roma, Gregório Magno. 
Para que uma certa autonomia fosse dada à Igreja na cidade 
de Roma, ao mesmo tempo, a Igreja deveria legitimar e 
reconhecer o seu poder. 
Para facilitar esse trabalho, foi chamado Boécio, retórico 
importante, membro vinculado à Igreja, que deveria 
comandar a construção legislativa nas negociações com as 
lideranças locais e na articulação política de Teodorico. 
Teodorico adotou práticas dos antigos imperadores romanos 
e, como forma de garantir essa disseminação, permitiu a 
ampliação das escolas – escolas de bispos e monásticas que 
formavam novos clérigos e um corpo burocrático cristão para 
administrar querelas que remetessem à atuação econômica, 
como cobrança de impostos, e mediadores em questões 
políticas.Os “currículos” dessas escolas eram todos pautados nas 
Sete Artes Liberais. 
Histórias arturianas 
urante a Alta Idade Média, os reinos viviam um 
quadro de constante disputas, quedas e substituição das 
estruturas políticas. Nesse momento, aparece uma das 
principais iconografias representativas da Idade Média: as 
histórias arturianas. 
Nos séculos anteriores, as ilhas britânicas eram o verdadeiro 
fim do mundo romano. As muralhas de 
Adriano representavam, de alguma forma, o fim da civilidade. 
A ideia de fim do mundo acaba sendo um processo dúbio. Por 
um lado, o centro-sul da Ilha se afirmava com um bastião 
romano. O norte e a Irlanda, por sua vez, eram um espaço 
místico, bárbaro e iconográfico. Durante as “invasões 
saxônicas” à ilha, passaram a coexistir três tradições – as 
locais, tidas como místicas, as romanas e a dos novos grupos, 
entendidos como bárbaros. 
Tapeçaria retratando Arthur usando uma vestimenta com 
um brasão geralmente atribuído a sua figura. 
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Ainda que derrotados pelos saxões, a ideia de que um 
libertador reuniria as forças locais e expulsaria os inimigos 
passa a ser fortemente construída. A figura de Arthur só 
ganhou seus contornos mais típicos nos textos franceses do 
século XII, mas já revelava um certo espírito das ilhas 
britânicas em imaginar um salvador político. 
 
Por que essa história é importante para a Educação? 
A ideia de um unificador, um salvador que uniria aqueles 
povos, também seria utilizada pela religião, mas de forma 
diferente. Se um une pela espada, o outro une pela palavra, 
pela proposta de unir as pessoas sob uma mensagem de 
cunho religioso. A Educação teria a função de mostrar esse 
papel. Existem muitos “mitos” britânicos nesse sentido, mas o 
mais famoso é Beda, o Venerável, que, na Irlanda, fundou 
mosteiros, recuperou Patrício como herói que trouxe o 
cristianismo aos bárbaros e explicou como a Educação, 
pautada nas Sete Artes Liberais, era o caminho para a religião 
e, por consequência, para a Salvação. 
Estudo da Teologia 
inalizadas as etapas do Trivium e 
do Quadrivium, passava-se para o último nível: o estudo 
da Teologia. Vale lembrar que a Teologia era considerada na 
Idade Média o saber capital, ao qual os eclesiásticos se 
voltariam por toda a vida. Em razão do ambiente cultural e do 
próprio objetivo que se conferia ao conhecimento, o pleno 
desenvolvimento das “ciências investigativas” ficava restrito. 
Prevalecia o princípio de que o fim último do homem era 
chegar ao Reino de Deus e que a Revelação se encontrava nas 
Sagradas Escrituras. Dessa maneira, não se procurava 
contemplar a natureza com o intuito de formular deduções 
explicativas ou mesmo elaborar hipóteses, mas unicamente 
para procurar os símbolos dos desígnios divinos. 
Bíblia medieval. 
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Figuras relevantes 
Vamos conhecer alguns dos sujeitos que foram apresentados 
ao longo deste módulo. 
 
Organizador de um casamento entre a cultura clássica e os 
saberes cristãos, estabelecendo-o em um modelo que pudesse 
ser disseminado. 
 
Primado do reino visigodo – uma espécie de arcebispo – educou 
reis e organizou uma escola importante em Sevilha. Sua obra 
mais importante são as Etimologias – que buscavam reunir todo 
o conhecimento do mundo até aquele momento. 
 
Monge, fundador do mosteiro de Vivarium. Foi conselheiro de 
Teodorico e, com a queda deste, se refugiou em Constantinopla, 
onde foi acusado de traição. 
 
Líder romano e cristão da península Itálica durante grande 
parte do governo Ostrogodo. Organizou bibliotecas, escolas e 
criou uma nova dinâmica de relação com os “bárbaros”. Por 
conta de intrigas foi julgado e condenado à morte. 
 
Consolidador do cristianismo nas ilhas britânicas a partir de 
um modelo de criação de mosteiros. Pregava em língua local, 
traduzindo textos, organizando uma teologia que fizesse 
sentido para aqueles povos. 
 
Considerado um dos primeiros santos ocidentais do 
cristianismo. Criador da Regra Beneditina, um dos 
regulamentos de vida monástica mais importantes e utilizados. 
 
Monarca ostrogodo conhecido como O Grande, era um 
estrategista militar de excelência. Permitiu a ampliação das 
escolas de bispos e monásticas que formavam novos clérigos. 
Verificando o 
Aprendizado 
 
Atenção! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
1. Herdadas da Antiguidade Clássica e organizadas na 
Idade Média, as artes liberais eram divididas em: 
 
a) Trivium (Dialética, Gramática e Música) 
e Quadrivium (Aritmética, Lógica, Química e Filosofia). 
 
b) Quadrivium (Música, Química e Retórica) 
e Trivium (Dialética, Astronomia, Filosofia e Geometria). 
 
c) Trivium (Astronomia, Música e Retórica) 
e Quadrivium (Química, Filosofia, Gramática e Geometria). 
 
d) Trivium (Dialética, Gramática e Retórica) 
e Quadrivium (Aritmética, Astronomia, Música e Geometria). 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
 
 
As Sete Artes Liberais, que representavam as disciplinas 
acadêmicas, eram desempenhadas por homens livres, 
devidamente direcionados pelos membros da Igreja. 
Lembrando que o Trivium corresponde às artes do espírito e 
o Quadrivium, às artes do corpo. 
2. Marciano Capela foi um dos que mais contribuiu para 
o desenvolvimento e consolidação das Sete Artes 
Liberais. O conjunto conhecido como Quadrivium tem 
no seu entorno um grupo de conhecimentos que 
listamos, cujo fim era: 
 
a) Treinar e preparar o homem para as práticas do século. 
 
b) Fazer com que o sujeito pudesse se desenvolver neste 
mundo. 
 
c) Dominar o mundo conforme o desejo expresso na Criação. 
 
d) Liderar os homens para que pudessem alcançar a Salvação. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
 
O “currículo” escolar medieval era dividido em duas fases. Na 
primeira parte, estudava-se o Trivium (Gramática, Retórica e 
Dialética). Na segunda fase, aprendia-se as disciplinas que 
compõem o Quadrivium (Aritmética, Geometria, Astronomia 
e Música). O objetivo desse currículo era preparar o homem 
para o mundo, sendo uma herança das artes mecânicas. 
 
Você conseguiu 
desbloquear o 
terceiro módulo! 
E, com isso, você conquistou: 
 A capacidade de descrever a importância das artes liberais 
para a formação dos sujeitos na Idade Média. 
3º MÓDULO 
Comparar aspectos da Reforma Carolíngia e da Educação 
islâmica na Europa Ocidental 
Introdução 
gora vamos falar da segunda grande reforma da 
Educação na Idade Média: a Escolástica. Muitos manuais de 
História da Educação citariam Tomás de Aquino e a 
recuperação de textos aristotélicos, um movimento chamado 
de racionalismo cristão. Mas falta uma peça desse quebra-
cabeça, pois, é claro, que não foi uma mudança repentina a 
ideia de mudar o caminho filosófico que seguíamos e, com 
isso, a Educação. 
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A Escolástica é um movimento que vem de diversas 
influências. Optamos por duas delas: 
 
REFORMA CAROLÍNGIA 
Termo histórico inventado para mostrar como 
importantes mudanças da Educação na corte de 
Carlos Magno foram iniciadas e abriram caminho 
para a Escolástica. 
 
INFLUÊNCIA DOS MUÇULMANOS 
Maomé não trouxe só outra religião. A partir da sua 
fundação, um novo mundo, um novo sistema de 
governo e uma nova forma de ver a Educação foram 
criados. O tamanho e o poder dessa presença foram 
tão grandes que fizeram com que eles dominassem 
norte da África, sul da Europa e partes importantes 
da Ásia. Mas não era pela espada, era uma expansão 
que tinha muito comércio e cultura. 
Contexto: Império 
carolíngio x 
Islamismo 
ssas duas culturas desempenharam importante 
papel na História da Educação e a junção dessas influências 
possibilitama compreensão do surgimento da Escolástica. A 
seguir, identificaremos o ponto de vista dessas culturas tão 
diferentes e muito importantes para o desenvolvimento 
da Educação. 
 
Especialistas debatem o ponto de vista de cada uma 
das culturas. 
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Veremos, a seguir, como cada cultura, cristã e islâmica, se 
desenvolveu, além de suas influências na Educação durante a 
passagem da Alta Idade Média para a Baixa Idade Média. 
Cultura cristã x 
islâmica 
Será que é possível comparar as duas culturas? Sim, é. Vamos 
perceber as características de um modelo e de outro e, dessa 
forma, mostrar como a Escolástica bebe desta relação. 
Erudição 
ISLAMISMO 
Essa cultura teve dois tipos de escola: elementar e superior. 
Na escola elementar, o foco do ensino era o Alcorão, que 
possui um conteúdo interdisciplinar, pois aborda, além da 
questão religiosa, assuntos sobre direito, política, sociedade e 
noções básicas sobre ciências. Já no ensino superior, além da 
abordagem religiosa, havia várias áreas do saber, como a 
Química e a Erontologia, estudo do sexo, e a Medicina – 
inclusive com o desenvolvimento de cirurgias. 
A erudição se manifestava pela tradução de intelectuais de 
diversas religiões e partes do mundo para o árabe, 
permitindo que suas ideias circulassem. 
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CRISTIANISMO 
O que dá legitimidade a algum elemento, ou seja, o que deixa 
algo reconhecido de forma viva e valorizada? Mostrar que 
existem antecessores importantes e pares poderosos. Esse é 
um traço da cultura escolar construída. O tempo todo afirma-
se por meio de herdeiros de santos, herdeiros de intelectuais, 
pares de reis, bispos, ou seja, criando uma rede, que é 
valorizada ao dizer que um estudou com o outro e isso foi 
tônica durante o Renascimento Carolíngio. 
A pregação é feita sempre usando as Sagradas Escrituras, mas 
nunca apenas elas. Primeiramente, o pregador mostra como é 
erudito e busca as palavras de um clérigo importante que 
tenha comentado sobre a mesma passagem. 
Escrita 
O sentimento de que o mundo falava árabe era comum aos 
cronistas que, ao andar pelo mundo, sempre encontravam 
alguém que conhecia o idioma. A expansão do islamismo teve 
diversos desafios, mas um dos maiores foi integrar povos tão 
diversos. Os muçulmanos não impunham a sua religião, no 
entanto, davam vantagens a quem se convertia. 
Mesmo para grupos tão diferentes, todos os que buscavam a 
conversão precisavam escrever e falar em árabe. O 
entendimento era de que o Alcorão não era 
uma revelação só pela mensagem, mas na forma. O árabe era 
a língua em que a mensagem se manifestou. 
Assim, durante a aquisição das primeiras letras, nas escolas 
fundamentais, a instrução aos jovens começava pelo mesmo 
caminho: ensino da língua e domínio da escrita árabe. 
Para mostrar e difundir este olhar sobre a Educação, não 
basta uma revisão superficial do texto bíblico, que já tinha 
sido modificado no decorrer dos séculos. Era preciso ir além. 
Assim, duas inovações foram seguidas. A primeira foi a 
adoção de uma escrita de melhor qualidade. Dessa forma, os 
clérigos carolíngios generalizam o uso da minúscula 
carolíngia, espécie de letra menor e mais elegante, que foi 
utilizada nos séculos precedentes. Essa mudança tornou os 
livros mais manuseáveis e legíveis. 
A segunda mudança, também na época carolíngia, foi a 
adoção do hábito de separar as palavras e as frases umas das 
outras com um novo sistema de pontuação em oposição ao 
modo antigo de escrita que o ignorava completamente. 
Essas duas alterações, acrescidas de uma melhor 
organização dos scriptoria favoreceu a popularização da 
escrita. 
Língua 
O crescimento de seu domínio e o despertar do interesse de 
governos gerava uma ampla circulação de pessoas, que 
desejavam conhecer e dominar a língua e os ensinamentos. O 
reino do Gana, por exemplo, vai aos principais intelectuais 
pedir ajuda para se converter. Turcos e mongóis, que surgem 
como inimigos da religião e do domínio muçulmano, acabam 
sendo convertidos pelos seus líderes à nova religião. 
Professores e intelectuais eram contratados nas cidades 
maiores e circulavam pelo mundo muçulmano dedicados a 
ensinar a língua e outros fundamentos da cultura e da 
religião. Esse interesse se dava pelo que representava seus 
conhecimentos. Sua expansão fazia com que o mundo 
conhecesse seus domínios de medicina, leis, navegação etc. As 
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trocas constantes e intensas geraram uma rica dinâmica 
comercial e cultural. Não é exagero dizer que, durante a Idade 
Média, o mundo muçulmano representava os mais 
importantes centros de cultura, pesquisa e comércio, 
atraindo vários povos. 
Outra forma de divulgação das obras antigas é a perpetuação 
de um conhecimento regular das regras do latim, que faz com 
que a gramática e a retórica sejam as principais disciplinas da 
erudição carolíngia. Vale lembrar que estamos em um 
período em que a língua latina evolui de maneira distinta em 
cada região. Nesse momento, os eclesiásticos carolíngios 
adotam uma decisão que conduziu o futuro linguístico da 
Europa. Eles admitiam que as línguas faladas pelas 
populações se distanciavam irrevogavelmente do latim 
clássico, a ponto de aconselharem que os sermões fossem 
traduzidos para as distintas línguas vulgares. 
De um lado, havia uma multiplicidade de línguas vernáculas 
faladas localmente pela população e, de outro, uma língua 
erudita, aquela do texto sagrado e da Igreja, incompreensível 
para os fiéis. 
Escolas 
A instrução básica ocorria em centros formados dentro das 
mesquitas. Deveria ser ensinado a todos uma formação 
básica no idioma e alguns rudimentos de filosofia/religião 
islâmica. 
Os estudos avançados eram realizados em centros maiores 
conhecidos como “Casas de Cultura” chamados por muitos de 
embriões das universidades medievais. Esses espaços 
reuniam escritos, sábios de regiões diversas e o ensino era 
marcado pelo ecletismo. Só poderiam participar muçulmanos 
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ou povos dos livros – salvo quando cristãos e muçulmanos 
estavam em conflito. 
As escolas cristãs eram organizadas principalmente nos 
mosteiros. A partir dos oito anos, as crianças seguiam para 
esses locais e, ao completarem 18 anos, poderiam escolher se 
seguiriam a vida eclesiástica ou não. No período do governo 
Franco de Carlos Magno, surgem as primeiras escolas nas 
cidades, com profissionais que ofereciam seus serviços como 
professores particulares. Esses locais eram reconhecidos 
como escolas menores. Elas eram depreciadas pelas grandes 
escolas monacais e, por isso, tratadas com desdém, como 
escolinhas ou Escolástica. Em pouco tempo, esses professores 
e as escolas dos centros urbanos motivaram uma importante 
mudança no pensamento medieval. 
 
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Podemos dizer que os francos salvaram a cultura 
ocidental? 
Claro que não! Há outros povos importantes. Quer 
conhecer mais? Leia o texto Os visigodos no Explore +. 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
Muitos imaginam que somente os homens escreviam e que as 
mulheres estavam fora desse processo, mas não era bem 
assim. Alcuíno, conselheiro de Carlos Magno, é também o 
conselheiro de Gisele, irmã de Carlos Magno e abadessa 
de Chelles. Ela foi estimulada a desenvolver uma vida 
intelectual e uma intensa atividade de cópia de manuscritos 
em seu mosteiro. Uma grande aristocrata da Aquitânia, 
Dhuoda, longe da corte, transmitiu saber, no começo do 
século IX, ao seu filho Bernardo, duque de Septimânia, 
redigindo para ele um manual educativo. 
 
Abadessa de Chelles. 
Desenvolvimentoda 
Educação na cultura 
islâmica 
povo árabe foi, de alguma forma, aquele que 
reinseriu a cultura clássica no Ocidente. Esse fato foi possível 
em virtude, do entendimento que tiveram da ciência grega, o 
que não se caracterizou como imitação. Dessa maneira, ao 
inserir seus elementos religiosos e científicos, acabaram 
difundindo elementos gregos que tinham sido remodelados. 
O ensino árabe também recebeu forte influência das escolas 
gregas e romanas. 
Escola Islâmica. 
 
Em parte, isso se deu pelo ensinamento de Maomé que 
mandou que seu povo fosse atrás do conhecimento não 
importando onde tivesse que chegar. Trilhando esse 
princípio, filósofos e sábios árabes edificaram uma grande 
civilização que incorporou a cultura e o conhecimento de 
outros povos. Foi dessa maneira que os árabes transmitiram 
grande conhecimento à Europa, como ocorreu, por exemplo, 
com a bússola, o astrolábio, o papel e a pólvora (PILETTI; 
PILETTI, 2012, p. 51-52). 
A religião islâmica se expandiu para além das fronteiras do 
mundo árabe. Em 711, consolidava seu domínio na península 
Ibérica, dominando uma parte importante deste território, 
como mostra o mapa a seguir. 
Expansão do Islã na península Ibérica. 
 
A expansão muçulmana cessa com a vitória de Carlos Martel 
em Poitiers. Ainda que os carolíngios sejam exaltados por 
essa vitória, não devemos imaginar anos de conflito na 
relação entre cristãos e muçulmanos. Depois da expansão no 
século VIII, os séculos seguintes foram marcados pela intensa 
troca comercial entre esses povos. Como sabemos, o comércio 
leva bem mais que seus produtos. Dessa forma, elementos da 
cultura árabe-islâmica se difundiram e influenciaram o 
pensamento cristão. 
Durante o domínio muçulmano na península Ibérica, os 
cristãos que permaneceram em suas regiões aprenderam a 
falar e escrever em árabe e nas línguas locais. Essa troca 
permitiu que tradutores recuperassem textos da Grécia 
Clássica – Aristóteles, principalmente –, que só existiam, até 
então, em árabe para as línguas conhecidas, fundamentando 
o caminho para o racionalismo cristão no século XII. 
Normalmente, imaginamos um mundo de conflito, em 
especial quando começam os movimentos das Cruzadas, em 
1095, mas a relação de troca no mundo mediterrânico foi 
intensa. Em um primeiro momento, os textos gregos 
traduzidos para o árabe ajudam a consolidar os espaços 
culturais muçulmanos conhecidos como casas de 
cultura. Depois, esses mesmos materiais foram traduzidos do 
árabe para as línguas românticas (início das línguas 
modernas). 
Desenvolvimento da 
Educação na cultura 
cristã 
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s reformas realizadas por Carlos Magno e seus 
conselheiros foram importantes. A principal delas foi a 
reforma da escrita. A nova escrita, minúscula carolíngia, é 
clara, normalizada, elegante, mais fácil de ler e escrever. 
Podemos dizer que foi a primeira escrita europeia. Numa 
intensa atividade de cópia de manuscritos 
nos scriptoria monásticos, reais e episcopais, Alcuíno 
introduziu uma nova preocupação com a clareza e a 
pontuação. 
Exemplo de minúscula carolíngia. 
 
Carlos Magno também buscou corrigir o texto da Bíblia. Esse 
cuidado de correção, que animará a grande atividade de 
exegese bíblica no Ocidente Medieval, é uma preocupação 
importante que concilia o respeito pelo texto sagrado 
original e a legitimidade das emendas devidas ao progresso 
dos conhecimentos e da instrução. 
 
A renascença carolíngia impõe-se ainda hoje, sobretudo 
pela riqueza de sua ilustração, as iluminuras. 
Alguns evangeliários ou saltérios (salmos) são obras de arte 
carolíngia. O gosto pelo texto dos salmos, que atravessará a 
Idade Média, fez nascer na Europa um atrativo pela poesia 
bíblica que dura até hoje. 
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Rumo à Escolástica 
A Educação urbana, considerada menor, que passou a se 
organizar e se difundir a partir da Reforma Carolíngia, é 
fortalecida com o crescimento das cidades. Assim, 
aumentaram as trocas comerciais e culturais com o mundo 
muçulmano. A soma destes dois fatores criou um terreno 
fértil para outra cultura educacional. 
Por isso, o movimento intelectual conhecido como 
Escolástica, que marca a mudança do pensamento 
educacional medieval, só pode ser compreendido a partir do 
entendimento deste novo mundo. 
Figuras relevantes 
Vamos conhecer alguns dos sujeitos que foram apresentados 
ao longo deste módulo. 
 
O profeta dos muçulmanos. Como portador da mensagem, 
lidera o processo político-religioso de fundamentar a umma – 
união dos seguidores do profeta – sua ação praticamente 
unifica a península Arábica e, com suas propostas, fundamenta 
os pilares da nova religião. 
 
Foi coroado pelo papa em Roma e aclamado como imperador. 
Manteve uma apurada política de vitórias militares e não se 
afastou dos ideais políticos francos, deixando o reino para 
todos seus filhos. 
 
Foi importante conselheiro de Carlos Magno, fundamentando a 
organização das principais escolas do reino, tanto para formar 
nobres como para organizar os mosteiros – femininos e 
masculinos. 
 
Filósofo e teólogo que fundamenta um movimento aristotélico 
no mundo muçulmano, atuando na aproximação entre as 
questões políticas e filosóficas. O conhecimento é algo 
integrado. 
 
Filósofo que fundamentava seu olhar em Aristóteles, estudou 
Teologia, Medicina, Direito, Filosofia e Matemática. Sua grande 
contribuição foi por seus comentários às obras de Aristóteles, 
que foram de suma importância para o Renascimento na 
Europa medieval. 
Verificando o 
Aprendizado 
 
Atenção! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
1. O povo árabe teve grande relevância para a cultura 
ocidental e, na questão educacional, contribuiu muito 
para o avanço da ciência e filosofia do período 
medieval. O ensino do árabe e sua difusão era parte 
fundamental deste processo, ainda que as populações 
islâmicas não fossem necessariamente de origem 
árabe. O domínio da língua árabe como base do 
fundamento da educação constituiu-se por qual motivo? 
 
a) Os árabes acreditavam que a sua grafia era divina, 
inspirada por Alá para difundir a religião e, por isso, 
precisava ser preservada. 
 
b) A tradição árabe exigia que a sua língua étnica fosse 
mantida para garantir uma unidade política. 
 
c) OAlcorão foi revelado em árabe e envolvia o domínio da 
língua para sua compreensão, passando a ser a base da 
alfabetização das regiões de expansão da religião. 
 
d) O Alcorão conta a história dos povos árabes e as ações de 
Alá e, por isso, era exigida a manutenção da língua árabe para 
identidade de grupo. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
Os árabes foram aqueles que colaboraram para inserir a 
cultura clássica no Ocidente. Esse fato foi possível em virtude 
do entendimento que tiveram da ciência grega, que não se 
caracterizou como imitação. O ensino árabe também recebeu 
forte influência das escolas gregas e romanas. 
2. O Império Carolíngio, com Carlos Magno, cercou-se 
de letrados e de sábios, os chamados “intelectuais do 
Palácio”. Entre os nomes estão, por exemplo, o 
lombardo Paulo, o Diácono, o italiano Paulino de 
Aquileia, o espanhol Teodulfo de Orleans, o abade de 
Fleury-sur-Loire e, sobretudo, o anglo-saxão Alcuíno. 
Esse movimento ficou conhecido por Renascimento 
Carolíngio por ter promovido uma série de avanços na 
questão cultural e educacional que impactaram a 
Europa medieval. Com base nisso, identifique quais 
foram os dois principais avanços desse período: 
 
a) Redefinir usos litúrgicos e normatizar a vida monástica do 
império. 
 
b) Fizeram uso de uma escrita de melhor qualidade, a 
minúscula carolíngia, e os escribas adotaram uma escritacom a separação das palavras, ou seja, um sistema de 
pontuação. 
 
c) Expandiu a Educação para as mulheres e criou o francês, 
língua que até hoje é utilizada. 
 
d) Introduziu elementos da cultura germânica na Educação 
como a prática da oralidade e o resgate das práticas da 
retórica das escolas romanas. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
 
No plano educacional, o Renascimento Carolíngio foi muito 
além do que uma simples revisão dos textos sagrados. Eles 
desenvolveram uma nova maneira de escrever, com letras 
menores e uma escrita mais elegante, bem como 
desenvolveram um novo sistema de pontuação. 
 
Você conseguiu 
desbloquear o 
quarto módulo! 
E, com isso, você conquistou: 
 A capacidade de comparar aspectos da Reforma Carolíngia 
e da Educação islâmica na Europa Ocidental. 
4º MÓDULO 
Determinar a importância da Escolástica para as escolas 
urbanas e universidades na Baixa Idade Média 
Introdução 
A Escolástica não é algo fácil de entender. Para facilitar a 
compreensão, veja algumas chaves de explicação: 
 
Ela é um movimento relacionado ao crescimento do 
comércio e dos centros urbanos na Europa e, 
consequentemente, marcado pela disputa de 
intelectuais. 
 
Ela muda o lugar de Deus. Sim! Se Deus era algo a 
ser alcançado, agora Ele está dentro de cada um de 
nós e alcançá-lo é uma operação racional. 
 
O papel da Educação nisso é preparar o sujeito para 
que ele possa ativar sua centelha divina, seu lugar 
de razão e mergulhar em si para poder alcançar a 
Deus e explicar o mundo. 
Neoplatonismo x 
Neoaristotelismo 
e um lado, temos uma tradição histórica, 
monástica, que bebe nos chamados pais da Igreja, com uma 
forma reconhecida e reafirmada: o modelo neoplatônico. Do 
outro lado, aparecem os movimentos urbanos e as novas 
tendências educacionais recebidas pelo mundo árabe. As 
cidades se tornam um local de debates públicos e valorização 
da razão. Lembrando que é uma razão cristianizada. 
Filosoficamente, esses modelos têm questões fundamentais 
com a Educação: 
 
 
NEOPLATONISMO 
Herdeiro da Patrística, partindo especialmente de Agostinho 
– Deus deve ser sentido, ele não precisa de uma explicação 
racional. Precisamos de mestres para conduzir os sujeitos 
pela prática, pela repetição de nomes da Igreja para alcançar 
Deus. Como Deus é tudo, inclusive todo o conhecimento, a 
busca por Ele é um exercício constante de alcançar a verdade 
em algum lugar. 
 
NEOARISTOTELISMO 
Herdeiro da Escolástica, em especial de Tomás de Aquino – 
Deus deve ser explicado. Todo homem tem uma essência, um 
caminho racional que explica tudo. Essa essência, no caso dos 
homens, é divina. Logo, Deus não está em um lugar que deva 
ser alcançado, mas deve ser buscado dentro de cada um. Se 
minha capacidade de pensar e entender o mundo é centelha 
divina e a razão é divina, é divino fomentar o conhecimento e 
o racionalismo. Deus deve ser conhecido. 
Veja, a seguir, uma comparação entre essas duas correntes 
filosóficas. 
 
O professor Rodrigo Rainha explica as principais 
diferenças entre Patrística e Escolástica. 
 
Mas por que isso acontece? Vamos ver o 
contexto. 
século XIII europeu, caracterizado pelo 
crescimento urbano e comercial, foi também, no ambiente 
citadino, o século da Europa escolar e universitária. Assistiu-
se, a partir do século XII, beneficiadas pelos burgueses, a 
multiplicação das escolas urbanas. Por extensão, criou-se 
uma fundação capital para o ensino na Europa, o nascimento 
mais extraordinário e que introduziu uma tradição ainda viva 
atualmente: a das “escolas superiores”, também chamadas de 
universidades. 
Essas escolas superiores ganharam, ao término do século XII, 
a denominação de stadium generale (escola geral), que 
significava uma condição superior e uma instrução de traço 
enciclopédico. As universidades, localizadas em regiões de 
grande presença de organização de ofícios urbanos, 
aparelharam-se em corporação como os outros ofícios e 
adotaram a terminação “universidade”, que expressava 
corporação. Tal vocábulo foi usado pela primeira vez em 
Paris, no ano de 1221, para indicar o grupo de mestres e de 
estudantes parisienses (universitas 
magistrorum et scholarium). 
Manuscrito medieval mostrando uma reunião de doutores 
na Universidade de Paris. BNF, Français 1537, fol. 27v. 
 
 
MODELO BOLONHÊS 
Apenas os alunos constituíam juridicamente a universitas. 
 
MODELO PARISIENSE 
Mestres e estudantes compunham uma única comunidade. 
 
Somente o exemplar parisiense chegou 
aos dias atuais. 
As universidades 
A primeira universidade foi a de Bolonha, ainda que tenha 
sido regulamentada pelo papa apenas em 1252. Desde 1154, 
o Imperador Frederico Barba Ruiva conferira prerrogativas 
aos mestres e aos estudantes de Bolonha. Só para 
entendermos, há várias associações de mestres que 
transformavam as cidades em polos de atração de alunos. 
Esses alunos eram famosos pelas bebedeiras, festas e pelo 
conhecimento, mas estas escolas não eram reconhecidas 
como nada diferente do que um centro de cultura. 
Universidade Escolástica. 
(VOLTOLINA, Laurentius. Liber ethicorum des Henricus de Alemannia. The Yorck Project 
(2002) 10.000 Meisterwerke der Malerei (DVD-ROM)) 
 
A partir do final do século XII, principalmente ao longo do 
XIII, vemos a consolidação de uma instituição, com regras e 
cátedras (cadeiras) reconhecidas pelo papa. Seu modelo era 
semelhante ao de um mosteiro, mas, ao invés de um abade, 
havia um rector (reitor). Além disso, o reconhecimento do 
título passa a ter uma cerimônia em que o mestre, 
representando ser o portador do conhecimento, dá a outorga 
ao aluno, transformando-o em um novo portador do dom. 
 
Para entender isso melhor, olhe para os cerimoniais de 
formatura que ainda existem hoje. Todos ainda se 
baseiam na tradição e sua reprodução. O magnífico 
reitor outorga o grau – não mais por Deus, mas pelo 
Estado e pela instituição – colocando o aluno na 
condição de membro da Universitas. 
A Universidade de Bolonha é um exemplo. Podemos ver 
processos parecidos destas duas fases – organização 
e status formal de universidade – igualmente em Paris: 
• 1174 
• 1200 
• 1215 
• 1231 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#pills-01
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#pills-02
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#pills-03
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#pills-04
Clique para ver as obras. 
1174 
Mestres e estudantes de Paris ganham privilégios do Papa 
Celestino III. 
 
As novas universidades não nasceram do nada. 
São filhas das escolas que se formaram desde Carlos 
Magno, mas seu modo de pensar e operar, sua 
formalização, dependeu do novo momento político, 
vivido no século XIII. As universidades são campos 
abertos para novas ideias. Não à toa, são espaços vitais 
da Escolástica e do pensamento aristotélico. 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
A Bula Universitas Parens Scientiarum conferida à 
Universidade de Paris pelo Papa Gregório IX continha um 
elogio famoso a respeito da instituição universitária e da 
Teologia, que se tornara na universidade, segundo expressão 
do Padre Chenu, uma “ciência”. 
Fundamento 
aristotélico da 
Escolástica 
Dois grandes nomes se destacam na corrente Escolástica. São 
eles: 
 
 
ARISTÓTELES 
De certo modo, foi o principal teórico das universidades do 
século XIII e, especialmente, da Universidade de Paris. Apesar 
de seus textos já terem sido traduzidos para o latim há 
muitos séculos, foi a partir do século XIII que se destacaram 
nessas traduções oriundas do árabe para 
línguas vernáculas a sua metafísica, sua ética e sua política. 
Assim, podemos afirmar que houve um aristotelismo 
medieval por volta de 1260-1270, pois suas ideias estavam 
presentes em quase todo o ensino universitário. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.htmlTOMÁS DE AQUINO 
Foi um dos grandes introdutores do pensamento aristotélico 
nas universidades. No entanto, aproximadamente em 1270, o 
aristotelismo recuou por causa da condenação de 
tradicionalistas, como Estêvão Tempier, e pelos ataques de 
mestres mais “modernos”, que opunham a ele ideias mais 
místicas e menos racionalistas, tais como os franciscanos João 
Duns Escoto (1266-1308) e Guilherme de Ockham (1285-
1347), além do dominicano Meister Eckhart (1260-1328). 
 
O legado da ação intelectual, especialmente a 
universitária, do século XIII, foi a série de métodos e de 
textos que foram categorizados como Escolástica, 
inicialmente no século XII, e, mais profundamente, nas 
universidades no século XIII. 
Escolástica deriva do desenvolvimento 
da Dialética, uma das artes que compõem o Trivium, “a arte 
de argumentar por perguntas e respostas numa situação de 
diálogo”. O fundador da Escolástica é Anselmo de 
Cantuária (1033-1109), para quem a Dialética é o 
procedimento principal da sustentação da reflexão 
ideológica. O objetivo da Dialética é a inteligência da fé, cuja 
fórmula ficou famosa desde o período medieval: fé em busca 
de entendimento (fides quaerens intellectum). 
Esse método era baseado em três etapas: 
1 
 
QUAESTIO 
Elaboração de um problema, ou seja, na exposição 
de uma questão. 
2 
 
A DISPUTATIO 
Discussão do questionamento entre mestres e 
alunos. 
3 
 
A DETERMINATIO 
Resolução do problema por parte do mestre. 
Vale lembrar que, no século XII, no programa das 
universidades, havia um exercício cujo fim era 
a demonstração do talento intelectual dos mestres. Nessas 
oportunidades, duas vezes ao ano, os discentes propunham 
ao mestre uma questão de qualquer temática. O renome e 
o status dos mestres, muitas vezes, se faziam em cima de sua 
competência de replicar a esses assuntos. 
 Clique na tocha para visualizar o conteúdo. 
 
Curiosidade histórica 
No século XIII, o filósofo que promoveu a transição real do 
platonismo para uma forma mais sofisticada de Filosofia foi 
Tomás de Aquino (1225-1274): o grande nome da Escolástica. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html
Sua obra-prima, Summa Theologica (1485), é o maior 
exemplo desse método de aprendizagem. 
 
Escolástica ampliou-se quando Tomás de 
Aquino introduziu ao método elementos da Filosofia de 
Aristóteles. Historicamente, na Idade Média latina, a partir da 
segunda metade do século XIII e no século XIV, a Filosofia 
apresentava-se de duas formas distintas. Vejamos: 
 
 
FILOSOFIA ARTICULADA À TEOLOGIA 
Sob a regência normativa da Teologia – ou, como diria Tomás 
de Aquino, subalternada a essa ciência –, tal Filosofia era 
oficialmente praticada nas Faculdades de Artes das 
universidades. Esse era o degrau necessário para atingir a 
Faculdade de Teologia. 
 
FILOSOFIA VOLTADA À TRADIÇÃO ANTIGA 
Esta Filosofia retomava, pela mediação do ideal de vida 
filosófica – renascido em terras do Islã –, a tradição antiga do 
exercício de filosofar como fonte do mais alto prazer e da 
felicidade. 
As universidades foram fundadas a partir das disciplinas 
disponíveis nas faculdades. Existiam quatro faculdades que 
faziam parte de todas as universidades: 
 
DIREITO 
Elaboração de um problema, ou seja, na exposição 
de uma questão. 
 
TEOLOGIA 
Estudo da exegese bíblica e da fundamentação 
filosófica de Deus. 
 
MEDICINA 
Dava à Medicina uma aparência mais livresca e 
teórica do que experimental e prática. 
 
ARTES 
Onde se lecionavam as Artes, principalmente as 
do Quadrivium. 
 
Mas vale lembrar que, acima de todas 
elas, no que tange ao status e ao 
reconhecimento social, impunha-se a 
faculdade suprema: a de Teologia. 
Com muita frequência, uma faculdade prevalecia por sua 
importância sobre as outras da universidade. Nesse sentido: 
• Bolonha foi prioritariamente uma Faculdade de 
Direito; 
• Paris foi uma Faculdade de Teologia. 
• Montpellier foi uma Faculdade de Medicina. 
 
Representação dos jograleses – prática comum entre os estudantes 
durante o período. Fonte: Livro Germânico de Música – ilustrado por 
Heinrich von Meißen. 
 
avia uma hierarquia pelo lugar no curriculum e 
pela reputação entre uma faculdade de base propedêutica. Na 
prática, a Faculdade de Artes foi frequentemente dominada 
pelas disciplinas que hoje chamaríamos de científicas. Do 
ponto de vista social, a faculdade foi povoada por estudantes 
mais jovens, mais turbulentos, menos ricos, e só uma minoria 
deles prosseguia seus estudos em uma faculdade superior 
(Direito, Teologia e Medicina). 
Assista ao vídeo a seguir, que trata das universidades e suas 
características na Idade Média. 
 
Entrevista com o professor Rodrigo Rainha sobre as 
quatro faculdades existentes na Idade Média, e a 
comparação entre as universidades medievais e 
atuais. 
Adicione um comentário 
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ENVIAR 
Figuras relevantes 
Vamos conhecer alguns dos sujeitos que foram apresentados 
ao longo deste módulo. 
 
A proximidade com a península Ibérica e as traduções de 
Aristóteles acabam por transformar Anselmo no fundador da 
Escolástica. 
 
Principal nome da Escolástica, foi um dos grandes introdutores 
do pensamento aristotélico nas universidades. 
 
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Morreu 
partindo para as Cruzadas antes mesmo de lutar. 
 
Filósofo escocês que seguiu a Escolástica e explicou a origem 
filosófica de Deus. 
 
Defendia que a única forma de atingir a verdade era a adoção 
da razão para chegar a fé. 
 
Papa que “convocou” a primeira Cruzada. 
Verificando o 
Aprendizado 
 
Atenção! 
Para desbloquear o próximo módulo, é necessário que 
responda corretamente uma das questões a seguir. 
1. A cultura europeia no período conhecido como Baixa 
Idade Média pode ser caracterizada pelo(a): 
 
a) Esforço de Santo Isidoro de Sevilha em estruturar os 
conceitos da Filosofia Clássica. 
 
b) Aparecimento e difusão da cultura muçulmana. 
 
c) Difusão do dogma escolástico baseado na negação da união 
entre a fé e a razão para a busca da verdade. 
 
d) Decadência do ensino urbano seguido de sua ruralização. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
 
 
As universidades medievais apareceram em um contexto de 
crescimento urbano e comercial, marcas da Europa do século 
XII. Vale lembrar que foi nessa centúria que as escolas 
superiores ganharam a denominação de stadium 
generale (escola geral), que significava uma condição 
superior e uma instrução de traço enciclopédico. 
As universidades, localizadas em regiões de grande presença 
de organização de ofícios urbanos, aparelharam- se como os 
outros ofícios e adotaram a terminação “universidade”, que 
expressava corporação. 
2. O fundador da Escolástica foi Anselmo de Cantuária, 
para quem a Dialética era o procedimento principal que 
sustentava a reflexão ideológica. O objetivo da Dialética 
era a inteligência da fé, cuja fórmula ficou famosa – fé 
em busca de entendimento. De acordo com o que foi 
visto, como se dava a aplicação desse método nas 
universidades: 
 
a) Elaborar uma questão, discutir essa questão entre mestre e 
alunos e, por último, chegar a uma solução. 
 
b) Elaborar uma tese, depois escrevê-la e, por último, 
apresentá-la por meio de uma defesa. 
 
c) Discutir com os alunos sobre todo e qualquer assunto até 
se esgotarem as possibilidades positivas e negativas do 
assunto debatido. 
 
d) Elaborar uma questão para que, em seguida, o mestre 
imponha a solução finalizada sobre o assunto, fazendo com 
que os alunos aprendam segundo a visão de seus mestres. 
Responder 
Comentário 
 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
 
 
A valorização do debate como forma central de construir o 
argumento. Com isso, a questão era levantada. Esse método 
tinha dois efeitos: dava nova roupagem à dialogia que existia 
emAgostinho – substituição da condução pelo embate 
racional – e fomentava a disputa entre os mestres sobre 
quem tinha mais erudição. 
 
Você alcançou 
o Santo Graal! 
E, com isso, você conquistou: 
 A capacidade de determinar a importância da 
Escolástica para as escolas urbanas e universidades 
na Baixa Idade Média. 
 Retornar para o início do módulo 4 
CONSIDERAÇÕE
S FINAIS 
inalizamos nossa jornada sobre a Educação na 
Idade Média estudando os elementos que a Igreja Católica 
resgatou da Antiguidade e as características das escolas 
romanas e do Trivium e Quadrivium e a readequação desses 
princípios da cultura clássica pela Patrística, com destaque 
para Agostinho de Hipona, o Renascimento Carolíngio e o 
contraponto da cultura do Islã e sua influência na Europa 
medieval até chegarmos nas universidades e o método da 
Escolástica com destaque para Tomás de Aquino. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0393/te0005/index.html#modulo-04
evemos pensar a Educação como um evento 
que pode assumir formas e maneiras diversas dependendo 
dos diferentes grupos humanos e suas correspondentes 
etapas de organização. Dessa forma, a Educação resulta em 
intencionalidade, bem como em imposição para alcançar seus 
propósitos, procurando que seus elementos cheguem a todas 
as partes que compõem a sociedade, como modo de se 
legitimar, buscando, assim, determinar uma série de valores 
e práticas particulares. No nosso caso, o período medieval. 
Esse percurso não se finda aqui, pois a caminhada pela 
Educação é só o começo. 
 
Podcast 
0:00 
23:14 
 
Conquistas 
Adquiridas 
 A capacidade de identificar as principais características da 
transição da Educação entre a Antiguidade e a Idade Média. 
 A capacidade de descrever a importância das artes liberais 
para a formação dos sujeitos na Idade Média. 
 A capacidade de comparar aspectos da Reforma Carolíngia e 
da educação islâmica na Europa Ocidental. 
 A capacidade de determinar a importância da Escolástica 
para as escolas urbanas e universidades na Baixa Idade 
Média. 
SÍNTESE 
VISUALIZAR 
Referências Bibliográficas 
DI BERNARDINO, A. D. (Org.). Dicionário Patrístico e de 
Antiguidade Cristã. Petrópolis: Vozes, 2002. 
GARCÍA DE CORTÁZAR, J. A. História de España. 2. La 
época medieval. Madrid: Alianza Editorial, 2004. 
LE GOFF, Jacques. As raízes medievais da 
Europa. Petrópolis: Vozes, 2007. 
LOPEZ, Roberto. Nascimento da Europa. Lisboa: Cosmos, 
1965. 
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MELO, J. J. P. A educação em Santo Agostinho. In: Luzes 
sobre a Idade Média. Maringá: UEM, 2002, pp. 65-78. 
NUNES, R. A. C. História da Educação na Antiguidade 
Cristã: O pensamento educacional dos mestres e escritores 
cristãos no fim do mundo antigo. São Paulo: Universidade de São 
Paulo, 1978. 
NUNES, R. A. C. História da educação na Idade 
Média. São Paulo: EPU: Universidade de São Paulo, 1979. 
NUNES, R. A. C. História da Educação na Idade Média. 2. 
ed. Campinas: Kírion, 2018. 
PILETTI, C; PILETTI, N. História da Educação: De Confúcio a 
Paulo Freire. São Paulo: Contexto, 2012. 
RUCQUOI, A. História medieval da Península 
Ibérica. Lisboa: Editorial Estampa, 1995. 
SANTOS, B. S.; COSTA, R. da. História da Filosofia 
Medieval. Vitória: Universidade Federal do Espírito Santo, 2015. 
SÃO BENTO. Regra. São Paulo: Grafa, 2004. 
SAYAS ABENGOCHEA, J. J; GARCÍA MORENO, L. 
A. Romanismo y germanismo el despertar de los 
pueblos hispânicos (siglos IV-X). Barcelona: Editorial 
Labor, 1982. 
VELASQUEZ SORIANO, I. Ambitos y ambientes de la 
cultura escrita en Hispania (s. VI) : De Martín de Braga a 
Leandro de Sevilla. In: Studia Ephemeridis Augustinianum, Roma, 
N° 46, 1994, pp. 329-351. 
 
Explore+ 
• Se quiser conhecer mais sobre a vertente Patrística, leia o 
livro Introdução à Teologia Patrística, de Luigi Padovese. 
• Para entender melhor as artes liberais, leia o texto O sentido 
da Filosofia Medieval. 
• Os carolíngios se destacaram em muitos aspectos no final da 
Alta Idade Média, inclusive no campo educacional. Porém, 
não foram os únicos. Para enriquecer o debate, veja um 
pouco mais sobre os visigodos. 
• Assista ao filme O Físico, que, apesar de ser uma obra de 
ficção, ilustra o desenvolvimento do ensino superior. 
• Assista também ao filme O Nome da Rosa, onde Sean 
Connery interpreta um monge franciscano. 
• Em Nome de Deus é outro filme interessante, baseado em 
fatos reais. retrata o romance medieval francês do século XII 
entre Pedro Abelardo e Heloísa. 
 
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