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Documentos cientificos e tecnicos 2017

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Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 1
NORMAS PARA A ELABORAÇÃO DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS
resumo consolidado e comentado do conjunto das principais normas brasileiras e internacionais
referentes a artigos, trabalhos acadêmicos, relatórios técnico-científicos e projetos de pesquisa
Eneida Duarte Gaspar
Texto produzido para divulgação livre por meio digital. - 2. ed. rev. e ampl. - dez. 2012
Esta obra está licenciada sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Não Adaptada.
Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/.
SUMÁRIO
Definições gerais 2
Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos 3
Tipos de documentos científicos e técnicos 6
Projeto de pesquisa 6
Pré-projeto 6
Projeto de pesquisa 7
Artigo científico 11
Trabalho acadêmico (monografia) 13
Relatório técnico-científico 15
Detalhamento dos elementos dos documentos 19
Apêndices e anexos 19
Chamadas (como fazer chamadas de referências bibliográficas no texto) 20
Citações 22
Elementos especiais do texto (siglas, fórmulas, datas, termos estrangeiros) 23
Ilustrações 24
Índices 24
Listas (de ilustrações, abreviaturas, siglas, símbolos, glossários) 26
Lombada 28
Notas 29
Numeração progressiva 30
Palavras-chave 31
Referências 31
Resumo 41
Sumário 42
Tabelas 43
Unidades de medida 46
Unidades de medida de tempo 48
Referências 49
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 2
DEFINIÇÕES GERAIS
NBR
• Conceito - é a parte inicial da sigla de cada um dos documentos elaborados pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), transformando em Normas Brasileiras as normas
internacionais para os diversos campos de atividade (produtos, processos, informação etc.).
A parte "NBR" é seguida por um número que identifica a norma específica.
• Finalidade das Normas - aplicar à produção científica, técnica, industrial etc. do país um
padrão internacional que permita comparar essa produção com a de outros países. Seu uso
favorece a aceitação internacional dos produtos nacionais.
• Como usar as Normas - as Normas ABNT não são leis, mas recomendações normativas.
Elas apresentam princípios gerais a serem seguidos. Dentro desses princípios, cada
instituição acadêmica, editora, organização etc. pode definir regras personalizadas para os
trabalhos produzidos por ela ou a ela entregues, como um tipo de letra específico ou um
modelo padrão de documento.
• Documentos científicos e técnicos - as normas da área de Informação e Documentação
definem princípios para a apresentação de projetos de pesquisa, trabalhos acadêmicos,
artigos científicos e relatórios técnico-científicos, entre outros tipos de documentos. A
aplicação dessas normas favorece a aceitação dos trabalhos acadêmicos por publicações
científicas e instituições de ensino e pesquisa de alto nível, em âmbito internacional.
Língua dos documentos
• Regra geral - de modo geral, o trabalho deve ser escrito na língua em que o documento será
apresentado ou entregue. Mas às vezes deve incluir informações numa língua estrangeira
escolhida pelo(s) autor(es).
• Escolha da línga estrangeira - depende da língua em que será mais conveniente divulgar
internacionalmente o trabalho, por ser aquela em que existem mais publicações na área de
conhecimento, mais grupos e instituições de pesquisa etc.
• Uso da língua estrangeira - a língua escolhida (e somente ela, de forma consistente) deve
ser usada para apresentar a versão estrangeira do resumo, das palavras-chave e, se for o
caso, do título do documento.
Norma ABNT x regra institucional
É importante distinguir entre as recomendações das normas ABNT e as regras definidas por
uma instituição específica.
É comum que algumas regras sejam apresentadas como oriundas das normas ABNT para um
tipo de documento, quando na verdade são destinadas a outro tipo. Por exemplo, nas regras,
elaboradas por instituições de ensino superior, para a apresentação de trabalhos acadêmicos, é
comum encontrar recomendações específicas para relatórios técnico-científicos.
Também acontece que quem não leu a norma original, pensa que uma regra específica de
uma determinada instituição pertence à NBR, e então reproduz o conjunto de regras dessa
instituição como se fosse a própria norma ABNT.
As regras assim apresentadas são supostas universais e obrigatórias; mas isso não é verdade.
O autor é livre para adotar regras diferentes, desde que em concordância com as normas ABNT, em
documentos que não vão ser entregues a essa instituição, ou em situações que são casos omissos ou
opcionais em suas regras.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 3
ESTRUTURA E FORMATO DOS DOCUMENTOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS
Estrutura geral dos documentos
O conteúdo de todos os tipos de documentos técnicos e científicos se divide em elementos
pré-textuais, textuais e pós-textuais. Embora sejam diferentes uns dos outros, os tipos de
documentos aqui abordados apresentam elementos básicos em comum. Além destes, cada tipo de
documento tem outros elementos obrigatórios e opcionais, dependendo da sua finalidade específica.
A estrutura desses documentos está definida nas NBRs 6022 (ABNT, 2003a), 10719 (ABNT,
1989d), 14724 (ABNT, 2002c) e 15287 (ABNT, 2005).
Elementos pré-textuais
Antecedem o texto e ajudam na identificação e utilização do documento (indexação em
bibliotecas e bases de dados, formação de referências). NÃO são organizados com numeração
progressiva. Os elementos comuns a todos os tipos de documentos aqui abordados são:
• Elementos obrigatórios
◦ Título (e subtítulo, se houver) - na página de abertura do documento. Devem ser:
▪ escritos na língua do texto. Ver Definições gerais, Língua.
▪ diferenciados tipograficamente (um em maiúsculas e outro em minúsculas, ou o
mesmo tipo de letra em tamanhos diferentes) ou separados por dois-pontos (:).
◦ Autor(es) - nome(s) completo(s), também na página de abertura do documento.
▪ é o nome que o autor utiliza oficialmente: pode ter nomes abreviados ou suprimidos.
▪ exceção - se o nome exato e completo é necessário para a comprovação de autoria.
◦ Sumário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Sumário.
• Elementos opcionais
◦ Listas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
Elementos textuais
Formam o corpo do texto, a parte do trabalho que expõe a matéria. Contém componentes
obrigatórios e opcionais comuns a todos os tipos de documentos.
• Elementos obrigatórios
◦ Introdução - parte inicial do documento. NÃO utiliza numeração progressiva. 
▪ De acordo com as necessidades específicas, nessa parte o autor pode apresentar:
• delimitação do assunto do trabalho;
• objetivos do trabalho, razões de sua elaboração e sua relação com outros;
• hipóteses (se se aplicar à natureza do trabalho);
• outros elementos necessários para definir o tema;
• referencial teórico em que se baseia;
• revisão da produção teórica recente sobre o tema;
• termos técnicos e/ou conceitos que irá utilizar.
▪ Embora as normas não citem, é costume, especialmente nas monografias maiores,
que a introdução termine com uma descrição breve da estrutura da parte textual
(títulos das divisões principais e o que será tratado em cada uma delas).
▪ A introdução não deve repetir nem parafrasear o resumo, detalhar teoria e métodos,
nem antecipar resultados e conclusões.
◦ Desenvolvimento - parte principal do documento. Expõe o assunto tratado.
▪ organização - o Desenvolvimento deve ser dividido em seções e subseções usando
numeração progressiva. Ver Detalhamento dos elementos do documento, Numeração
progressiva.
▪ definição das seções - as NBRs 10719 (ABNT, 1989d), 14724 (ABNT, 2002c)e
6022 (ABNT, 2003a) dizem explicitamente que a DIVISÃO DA PARTE TEXTUAL EM
SEÇÕES E SUBSEÇÕES VARIA EM FUNÇÃO DA ABORDAGEM DO TEMA E DO MÉTODO. Não
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 4
existem regras fixas sobre isso: o autor define o que mais convier ao seu trabalho.
▪ ABNT x regras institucionais - é comum que as instituições de ensino apresentem
como obrigatórias seções intituladas "Objetivos", "Definição de hipóteses",
"Material e métodos", "Resultado" etc., ou mesmo um número fixo de seções, como
se somente um trabalho com essa estrutura pudesse ser considerado científico. Mas
as normas ABNT NÃO DEFINEM ISSO. Um modelo específico será exigência da
instituição, e só precisará ser adotado nos trabalhos apresentados a ela.
◦ Conclusão - parte final do documento. NÃO utiliza numeração progressiva. Deve se ater
estritamente aos resultados do trabalho e apresenta, conforme o tipo de documento:
▪ síntese e discussão dos resultados; 
▪ conclusões referentes aos objetivos e às hipóteses; 
▪ comparação com outros estudos;
▪ recomendações finais;
▪ contribuições que o trabalho aporta à área de conhecimento;
▪ sugestões de desdobramentos possíveis do trabalho.
• Elementos opcionais
◦ Ilustrações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Ilustrações.
◦ Tabelas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Tabelas.
Elementos pós-textuais
Complementam o trabalho. Existem elementos comuns obrigatórios e opcionais.
• Elemento obrigatório
◦ Referências - ver Detalhamento dos elementos do documento, Referências.
• Elementos opcionais
◦ Glossário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
◦ Apêndice(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
◦ Anexo(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
Formato geral dos documentos
A NBR 14724 (ABNT, 2002c) e a NBR 15287 (ABNT, 2005) apresentam recomendações
detalhadas sobre o formato do trabalho acadêmico e do projeto de pesquisa, uma vez que esses
documentos são tipicamente impressos. Essas recomendações costumam ser seguidas por
instituições de ensino que solicitam artigos como trabalhos de disciplinas, a serem entregues na
forma impressa. Os relatórios também seguem, em linhas gerais, as mesmas regras, embora a norma
sobre eles tenha algumas orientações específicas.
• Folha - papel branco tamanho A4, impresso em preto somente no anverso.
• Projeto gráfico - as normas dizem que é responsabilidade do autor.
◦ As normas NÃO definem regras para detalhes como indentação, posição nas páginas e
tipologia dos títulos das seções, etc. O que ocorre é que as instituições de ensino criam
um padrão gráfico obrigatório para os trabalhos de seus alunos, com todos esses
detalhes. Mas o modelo de uma instituição não é necessariamente igual ao de outras, e
não deve ser considerado "O" padrão universal de trabalho acadêmico.
◦ As normas dizem que o projeto gráfico escolhido deve ser usado de forma consistente
em todo o texto. Uma forma de conseguir isso é fazer todo o trabalho sem formatação, e
só no final aplicar os formatos no documento inteiro (diferenciação de títulos etc.). Outra
forma é criar um "esqueleto" do documento, só com os títulos (ou indicadores de
títulos), já com os formatos aplicados, e ir inserindo o texto de cada seção.
• Fonte - tamanho 12 para o texto; menor para citações de mais de três linhas, notas de
rodapé, numeração de páginas e legendas de ilustrações e tabelas.
◦ As normas NÃO DETERMINAM uma fonte específica a ser usada.
◦ De acordo com os princípios da indústria editorial, deve ser preferida uma fonte com
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 5
serifa (como a Times New Roman), em que os riscos de acabamento dos caracteres
facilitam a leitura, marcando mais os limites das letras e evitando ambiguidades entre
caracteres. A experiência mostra que letras sem serifa (como a Arial) tornam a leitura
mais cansativa; a Arial se tornou um costume porque é a primeira fonte que aparece na
lista de seleção dos editores de texto, e por isso é a mais escolhida, por inércia.
◦ Não devem ser usadas fontes artísticas, cuja leitura é mais difícil.
◦ A fonte escolhida deve ser usada consistentemente em todo o trabalho: a mudança de
fonte não é uma forma aceita para diferenciação de títulos e partes do texto.
• Margem - esquerda e superior com 3 cm; direita e inferior com 2 cm.
• Espacejamento - varia com as partes do texto:
◦ espaço 1 1/2 (ABNT, 2005) ou duplo (ABNT, 2002c ) - texto em geral e separação entre
referências consecutivas na seção Referências. 
◦ espaço simples - citações com mais de 3 linhas (parágrafo independente), notas, linhas
de referências que ocupam mais de uma linha (espacejamento interno da referência),
legendas de ilustrações e tabelas, ficha catalográfica, linhas adicionais dos elementos da
folha de rosto (natureza do trabalho, objetivo, instituição, área de concentração).
• Classificação do texto (indicativos de seção) - deve ser feita com a numeração progressiva.
Ver Detalhamento dos elementos do documento, Numeração progressiva.
• Posicionamento dos títulos das seções:
◦ Títulos com indicativo de seção - são alinhados à esquerda. Não devem ser usados
recuos para distinguir os títulos de diferentes níveis.
◦ Títulos sem indicativo numérico - ficam centralizados. São: errata, agradecimentos,
listas, resumos, sumário, referências, glossário, apêndices, anexos e índices.
◦ Sem título e sem indicativo numérico - são: folha de aprovação, dedicatória, epígrafe.
• Paginação - a contagem e numeração de páginas deve ser feita da seguinte forma:
◦ capa - nem contada nem numerada;
◦ demais elementos pré-textuais - contados sequencialmente, mas não numerados;
◦ elementos textuais e pós-textuais - contados e numerados. A numeração segue as
seguintes regras:
▪ posição - canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior da folha e com o
último algarismo (unidades) a 2 cm da borda direita.
Nenhuma das normas recomenda, sugere ou permite o posicionamento da
numeração no rodapé da página, ou no centro (ou esquerda) do cabeçalho.
▪ forma - algarismos arábicos.
Nenhuma das normas recomenda, sugere ou permite o uso de algarismos
romanos para numerar as páginas de qualquer parte do documento.
▪ sequência - colocada a partir da primeira folha da parte textual, sendo que essa folha
continua a contagem da parte pré-textual. Ou seja, seu número não será 1, mas o
número seguinte na contagem que vem desde a folha de rosto. A numeração continua
a mesma sequência na parte pós-textual, incluindo apêndices, anexos etc.
▪ volumes múltiplos - sequência única de numeração, do primeiro ao último volume.
• Ilustrações e tabelas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Ilustrações;
Detalhamento dos elementos do documento, Tabelas.
• Siglas e abreviaturas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Elementos
especiais do texto.
• Equações e fórmulas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Elementos
especiais do texto.
• Citações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Citações.
• Notas de rodapé - ver Detalhamento dos elementos do documento, Notas.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 6
TIPOS DE DOCUMENTOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS
PROJETO DE PESQUISA
Pré-projeto
• Conceito - também chamado de plano de estudo, é um documento anterior ao projeto de
pesquisa, mais resumido que ele (com cerca de 2 a 4 páginas), que costuma ser pedido
principalmente para inscrição em cursos de mestrado e doutorado.
• Finalidade - submeter a ideia do pesquisador a uma avaliação inicial, de modo que ele só
irá ter o trabalho de desenvolver o projeto de pesquisa detalhado depois de fazer os ajustesrecomendados e ter seu pré-projeto aprovado. O pré-projeto também é usado para seleção de
alunos, por ser um indicador do potencial de desempenho do candidato durante o curso.
• Caraterísticas - O pré-projeto não é objeto de norma própria, mas as instituições costumam
ter orientações para a sua apresentação. Ele geralmente segue as mesmas regras de
formatação do projeto e, em linhas gerais, inclui:
◦ Identificação - título provisório da pesquisa, autor, finalidade (instituição, curso ou
programa a que se destina), data (ano, período etc.). Dependendo da orientação da
instituição, essas informações podem estar num capa ou apenas no alto da primeira
página (se a instituição não quiser capa no pré-projeto).
◦ Introdução - delimitação do objeto de estudo:
▪ tema - o que pretende estudar. Especificar o enfoque (abordagem, ponto de vista etc.)
que pretende seguir, situando-o dentro da área de conhecimento.
▪ justificativa - de onde surgiu a questão e a razão para o seu estudo: resumo do
conhecimento na área e explicitação da lacuna ou oportunidade de desenvolvimento
identificada, relevância do tema, sua ligação com o objetivo do programa de estudo
ou pesquisa em que o projeto se insere.
Exemplo: Mortalidade por tuberculose no Brasil, 1980-2004 (BIERRENBACH, 2007).
 O controle da tuberculose depende da identificação eficiente de casos novos, da intervenção rápida em
grupos de risco e da adesão adequada ao tratamento, especialmente nas áreas de maior incidência da
doença.
 O esquema moderno de quimioterapia reduziu muito a letalidade da doença (CAMINERO LUNA,
1992). Com esse tratamento sendo usado no Brasil desde a década de 1970, os indicadores de saúde do
país inicialmente melhoraram (ANTUNES; WALDMAN; MORAES, 2000), mas, a partir de 1980, houve
aumento da mortalidade por tuberculose (CAMPOS; MELO, 2000).
 Dadas as características da doença no país, supõe-se que os óbitos por tuberculose se devem à
associação com a AIDS, ao diagnóstico tardio, ao uso irregular e ao abandono da quimioterapia
(OLIVEIRA; MARIN-LEON; CARDOSO, 2004). Assim, torna-se prioritário o acompanhamento dos
pacientes atendidos pelo programa de controle da tuberculose.
◦ Objetivos - tradução do tema em uma ou mais proposições operacionais. No exemplo:
O objetivo do presente estudo será analisar o perfil da doença e a tendência da mortalidade por
tuberculose no Brasil, no período entre 1980 e 2004.
◦ Metodologia - descrever como pretende fazer a pesquisa na prática:
▪ método - esboço do projeto, indicando o que será estudado, como será feita a coleta
de dados e o que espera gerar ao fim do trabalho: um panorama do tema, uma
resposta para a pergunta, um protótipo ou modelo etc.
▪ referencial teórico - linha de pensamento, autor ou proposta de estudo que irá
orientar a análise dos dados, indicando, se for o caso, a hipótese investigada.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 7
No exemplo:
▪
 Será feito um estudo descritivo da tuberculose como causa básica ou associada de óbito do Brasil. A
fonte de dados será o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Serão coletados
os óbitos por tuberculose, AIDS e todas as outras doenças (estas em conjunto), ocorridos entre 1980 e
2004, registrando-se os casos de comorbidade.
 Os dados serão transformados em taxas de mortalidade para a população estimada pelo IBGE para os
anos considerados, o que permitirá a análise dos dados através de séries temporais.
◦ Referências - apenas a bibliografia usada para escrever o pré-projeto. No exemplo:
◦
ANTUNES, J.L.F.; WALDMAN, E.A.; MORAES, M. A tuberculose através do século: ícones canônicos
e signos de combate à enfermidade. Cienc. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 367-79, 2000.
CAMINERO LUNA, J.A. Tratamiento de la tuberculosis. Neumologia, [s.l.], v. 1, n. 8, p. 15-25, 1992.
CAMPOS, H.; MELO, F.A. Fiuza de. Efetividade do esquema 3 no retratamento da tuberculose na rotina
das unidades de saúde. Bol. Pneumol. Sanit., Rio de Janeiro, n. 8, p. 7-14, 2000.
OLIVEIRA, H.B.; MARIN-LEON, L.; CARDOSO, J.C. Perfil de mortalidade de pacientes com
tuberculose relacionada à comorbidade tuberculose-AIDS. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 4, p.
503-510, 2004.
Projeto de pesquisa
• Conceito - é um documento curto que descreve a estrutura de uma pesquisa, incluindo suas
proposições, métodos a serem usados e plano de trabalho. O projeto é frequentemente
utilizado, com ou sem alterações, como parte introdutória do relatório final da pesquisa.
• Extensão - depende da complexidade do trabalho. Para os trabalhos mais simples, como o
TCC, as instituições costumam recomendar um projeto com no máximo 10 páginas; para
uma dissertação, tese ou programa de pesquisa, pode ter 12 a 20 páginas.
• Padronização - feita pela NBR 15287 (ABNT, 2005).
• Justificativa - a padronização dos projetos de pesquisa apresentados a uma instituição de
ensino, um órgão financiador etc. facilita sua avaliação e a comparação com outros projetos.
Estrutura do projeto de pesquisa
Para mais informações, ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
• Elementos pré-textuais
◦ Capa - opcional. Apresenta as informações na seguinte ordem:
▪ nome da entidade à qual o projeto deve ser entregue, se for exigido;
▪ nome(s) do(s) autor(es);
▪ título (e subtítulo, se houver);
▪ local (cidade) da entidade onde o projeto deve ser entregue;
▪ ano de entrega.
◦ Lombada - opcional.
◦ Folha de rosto - obrigatória. Apresenta as informações na seguinte ordem:
▪ nome(s) do(s) autor(es);
▪ título (e subtítulo, se houver);
▪ tipo de pesquisa (TCC, dissertação de mestrado etc.);
▪ nome da entidade a que o projeto deve ser entregue (curso, instituição);
▪ local (cidade) da entidade onde o projeto deve ser entregue;
▪ ano de entrega.
◦ Dados curriculares do(s) autor(es) - se forem exigidos pela instituição, devem ser
postos em folha(s) distinta(s) logo após a folha de rosto.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 8
◦ Lista de ilustrações - opcional.
◦ Lista de tabelas - opcional.
◦ Lista de tabelas - opcional.
◦ Lista de abreviaturas e siglas - opcional.
◦ Lista de símbolos - opcional.
◦ Sumário - obrigatório.
• Elementos textuais
◦ Introdução
A norma indica uma lista de itens essenciais que a introdução deve conter, mas não
especifica sua sequência nem recomenda títulos para as seções que os desenvolvem.
Cada instituição costuma criar um modelo próprio, indicando quais seções, e em qual
sequência, devem estar contidas na introdução dos projetos a ela apresentados. Os itens
essenciais são descritos a seguir.
▪ tema - é o assunto que se deseja estudar. Alguns documentos de orientação sobre
trabalhos acadêmicos sugerem que o tema tem relação com o título da pesquisa.
Exemplo: Avaliação de um serviço de Saúde Escolar (GASPAR, 1975). 
▪ problema - é a formulação clara, específica e operacional do problema a ser
examinado: qual é a dificuldade exata, o objetivo central da questão.
• Um problema válido deve poder:
◦ ser enunciado como pergunta;
◦ relacionar entre si fatos e variáveis;
◦ ser objeto de investigação sistemática e crítica;
◦ ser verificado empiricamente em suas consequências.
 Em relação ao tema exemplificado no item anterior, um problema poderia ser: o
serviço de Saúde Escolar é eficiente para diagnosticar e encaminhar para solução os
problemas de saúde das crianças que ingressam nas escolas da rede pública?
• Algumas instituições de ensino exigem a formulação do problema na forma de
pergunta, mas isso não é necessário.
• Problemas muito amplos (como o do exemplo) são melhor estudados se forem
subdivididos em questões menores.
No exemplo: existem fatores que influenciam o cumprimentodo
encaminhamento feito aos escolares?
• A amplitude do problema deve ser definida de acordo com o tipo de trabalho,
sua finalidade, o tempo e os recursos disponíveis para sua realização, e o esforço
que exigirá do pesquisador. Por exemplo, um projeto para um curso deve
focalizar um problema limitado e que possa ser estudado no menor prazo e com o
mínimo de recursos possíveis, ao contrário de um projeto inserido em um grande
programa de pesquisa, em que os pesquisadores, mais experientes, determinam a
duração do projeto e podem buscar financiamentos para os recursos necessários.
▪ objetivo(s) - identificar claramente o problema e apresentar sua delimitação.
Apresentam-se os objetivos de forma geral e específica.
• objetivo geral - define o fim que o pesquisador quer atingir com a investigação.
No exemplo: Realizar uma avaliação preliminar do serviço de Saúde Escolar da IX
região administrativa da cidade do Rio de Janeiro.
• objetivos específicos - definem etapas ou partes do trabalho a ser realizada para
que se alcance o objetivo geral. Podem ser:
◦ Exploratórios - conhecer, identificar, levantar, descobrir;
◦ Descritivos - caracterizar, descrever, traçar, determinar;
◦ Explicativos - analisar, avaliar, verificar, explicar.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 9
 No exemplo: verificar a ocorrência ou não de fatores capazes de influenciar no
cuprimento da orientação fornecida aos responsaveis pela criança, tais como: observação
médica prévia; reforço da professora no sentido do cumprimento da orientação;
sintomas; tipo de encaminhamento.
▪ hipótese(s) - devem ser apresentadas no caso de estudos explicativos. A hipótese é
uma afirmação que apresenta uma resposta provisória para o problema estudado, de
acordo com o que o pesquisador supõe que deve ocorrer, à luz de seu conhecimento
prévio do assunto. é comum que se teste a chamada hipótese nula, que afirma a não
existência de relação entre os fenômenos estudados. Ou seja, procura-se provar a
falsidade da relação. Caso a hipótese nula não seja verdadeira, aceita-se a hipótese
alternativa (a relação existe).
No exemplo: as hipóteses nulas a serem testadas afirmam a não existência de associação
entre os quatro fatores citados e o cumprimento da orientação fornecida.
▪ justificativa(s) - por que vale a pena fazer esse estudo: sua relevância para a área de
conhecimento do tema, para a sociedade como um todo, para uma intervenção
específica na realidade, para um desenvolvimento tecnológico etc.
▪ referencial teórico - consiste numa revisão sumária do conhecimento existente sobre
o assunto, incluindo vários pontos de vista, priorizando a literatura mais recente e
destacando o modelo teórico que será adotado como referencial para o estudo. Essa
parte necessariamente inclui citações diretas e indiretas das obras estudadas. Ver
Detalhamento dos elementos do documento, Citações.
◦ Desenvolvimento
▪ metodologia - listagem e descrição sucinta de técnicas e procedimentos a serem
empregados, incluindo:
• amostra - é um subgrupo da população em que o fenômeno estudado ocorre.
Pode ter um único elemento (como no estudo de caso) ou um certo número de
elementos, calculado por métodos estatísticos.
No exemplo: crianças que ingressaram em 1974 nas escolas da rede estadual da
IX RA (matrículas novas).
• variáveis - uma variável é um atributo ou característica cujo valor será verificado
nos elementos estudados. As variáveis são extraídas das hipóteses.
No exemplo: dano diagnosticado, encaminhamento para atendimento médico,
causa de não cumprimento do encaminhamento, fator de reforço.
• indicadores - são valores calculados pela combinação de dados empíricos, com o
fim de mostrar uma informação complexa e facilitar as descrições e
comparações.
• No exemplo: proporção de crianças com problemas (morbidade); proporção de
cumprimentos do encaminhamento; precisão das técnicas de exame usadas
(comparação de duas realizações).
• instrumentos de coleta dos dados - incluem modelos de formulários,
questionários, entrevistas, técnicas de laboratório, captação de dados por
medidores, e qualquer outro que seja adequado ao tipo de dados e de estudo.
• instrumentos de análise dos dados - incluem os procedimentos de apuração, as
categorias de classificação, os testes estatísticos, os critérios de validação
(margens de erro etc.) e qualquer outro adequado aos dados e ao estudo.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 10
▪ recursos - listagem, especificação e quantificação dos materiais e outros recursos
necessários. Dependendo da natureza da pesquisa, este item pode incluir recursos
humanos, instrumental e material de consumo a serem adquiridos, serviços
contratados, transportes etc.
▪ orçamento - especificar custo unitário e total de todos os recursos descritos. Para
projetos maiores e que solicitam financiamento, os recursos devem ser especificados
detalhadamente, na forma de tabelas como as seguintes:
• Recursos permanentes existentes (instalações e equipamentos da instituição)
Descrição Horário semanal de uso Duração prevista
recurso 1...
• Recursos permanentes a adquirir (instrumentos, equipamentos)
Descrição Valor estimado Período de aquisição
recurso 1...
• Materiais de consumo
Descrição Unidade de medida Custo unitário Quantidade Custo total
recurso 1... (peso, unidades, volume etc.)
• Recursos humanos
Descrição Custo por unidade de medida Total por profissional Custo unitário Quantidade Custo total
profissional 1... (horas-profissional etc.)
• Serviços contratados
Descrição Valor estimado Período de aquisição
recurso 1...
• Fontes financiadoras dos recursos e serviços
Descrição Fonte 1 Fonte 2 Total
recurso 1... (quantia 1) (quantia 2)
▪ cronograma - planejamento da distribuição temporal das atividades da pesquisa.
Costuma ser apresentado na forma de uma tabela com a listagem das atividades do
projeto e o período previsto para a realização do estudo, dividido em unidades de
tempo (geralmente meses). Exemplo:
Atividades / Meses 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
atividade 1 x x x x x
▪ cronograma de desembolso - projetos destinados à solicitação de financiamento para
a pesquisa geralmente precisam incluir um cronograma de desembolso dos valores
que estão sendo pedidos, especificando qual valor será gasto, em que tipo de recurso,
em cada período, ao longo da execução do projeto. Exemplo:
Recursos / Meses 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
recurso 1 x x x x x x
• Elementos pós-textuais
◦ Referências - obrigatórias.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 11
◦ Glossário - opcional.
◦ Apêndice - opcional.
◦ Anexo - opcional.
◦ Índice - opcional.
Regras de apresentação do projeto de pesquisa
• Formato - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos; Detalhamento dos
elementos do documento, Elementos especiais do texto.
• Organização - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Numeração progressiva.
• Notas - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Notas.
• Citações - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Citações.
• Abreviaturas e siglas - ver Elementos especiais do texto.
• Equações e fórmulas - ver Elementos especiais do texto.
• Ilustrações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Ilustrações.
• Tabelas - ver Detalhamento dos elementos do documento, Tabelas.
ARTIGO CIENTÍFICO
Conceito
É uma parte de uma publicação, com autoria declarada, que apresenta e discute ideias,
métodos, técnicas, processos e resultados em uma área de conhecimento.
• Tipos de artigos:
◦ De revisão - resume, analisa e discute o conhecimento já existentesobre um tema.
◦ Original - apresenta temas ou abordagens originais: estudo experimental, de caso etc.
• Extensão - tem duas abordagens diferentes:
◦ Quando o artigo vai ser submetido para publicação em periódicos - cada um define
limites de tamanho para que um artigo seja aceito para avaliação. Não pode haver
padronização porque, dependendo do estilo gráfico adotado, um mesmo artigo irá ficar
com dimensões distintas em diferentes publicações. Além disso, existem publicações que
aceitam trabalhos bem curtos, outras que só aceitam trabalhos a partir de um certo
tamanho, outras que só aceitam trabalhos até um certo tamanho. O bom senso diz que o
artigo tem de ser bem menor que um trabalho acadêmico, pois precisa compartilhar o
espaço limitado de uma revista com diversos outros artigos.
◦ Quando o artigo é um trabalho de curso - as instituições de ensino costumam definir seu
tamanho como: três a oito laudas, quatro a dez laudas, 12 a 18 páginas, cinco a 20
páginas, até 40 páginas.
▪ Frequentemente o termo lauda é confundido com página. Como termo técnico da
área editorial, lauda se refere a um determinado número de caracteres digitados. O
tamanho mais comum da lauda de textos acadêmicos é 1400 caracteres. Os editores
de texto têm esse dado nas propriedades do documento.
▪ Quando a referência é a página, esta deve seguir o modelo descrito nas regras da
instituição a que o artigo será entregue.
• Padronização - feita pela NBR 6022 (ABNT, 2003a).
• Justificativa - a padronização do artigo visa adequá-lo à inserção em uma publicação
periódica científica (revista, boletim, anuário etc.) impressa ou digital.
Estrutura do artigo
• Elementos pré-textuais
◦ Título (e subtítulo, se houver) - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e
técnicos.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 12
◦ Nome(s) do(s) autor(es) - acompanhado(s) por breve currículo, que deve aparecer, junto
com endereço postal e/ou eletrônico, como nota no rodapé da página de abertura ou,
opcionalmente, no fim dos elementos pós-textuais.
◦ Resumo na língua do texto - ver Detalhamento dos elementos do documento, Resumo.
◦ Palavras-chave na língua do texto - ver Detalhamento dos elementos do documento,
Palavras-chave.
• Elementos textuais
◦ Introdução - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
◦ Desenvolvimento - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos..
◦ Conclusão - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos..
 Essas três partes devem ser necessariamente "enxutas", objetivas e sucintas.
• Elementos pós-textuais
◦ Título (e subtítulo, se houver) em língua estrangeira - elemento obrigatório. Ver
Definições gerais (Língua).
◦ Resumo em língua estrangeira - elemento obrigatório. Ver Detalhamento dos
elementos do documento, Resumo; Definições gerais (Língua).
◦ Palavras-chave em língua estrangeira - obrigatório. Ver Detalhamento dos elementos
do documento, Palavras-chave; Definições gerais (Língua).
◦ Nota(s) explicativa(s) - opcional. Ver Detalhamento dos elementos do documento,
Notas.
◦ Referências - ver Detalhamento dos elementos do documento, Referências.
◦ Glossário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
◦ Apêndice(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
◦ Anexo(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
◦ Currículo do(s) autor(es) - posição opcional, em vez de ser nota na primeira página.
◦ Agradecimentos do(s) autor(es) - opcional.
◦ Data de entrega do original para publicação - elemento obrigatório.
Regras de apresentação do artigo
• Formato - A NBR 6022 (ABNT, 2003a) NÃO estabelece regras de formato para o artigo
científico (fonte, tamanho de folha, espacejamento, margens etc.). Essa tarefa cabe à
instituição que vai receber o artigo.
◦ Instituições de ensino - como recebem artigos de alunos produzidos e impressos no
computador, costumam adotar as regras da NBR 14724 (ABNT, 2002c), referente a
trabalhos acadêmicos. Ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
◦ Editoras de periódicos científicos - irão definir, no seu regulamento para publicação, o
formato em que querem receber o artigo. Na verdade, essa é uma tradução das unidades
de medida usadas pela editora (número de toques, por exemplo) para as unidades
conhecidas e usadas pelo autor (tamanho da página e da letra, espacejamento, margens).
Escolha de um periódico para submissão do artigo
Esta informação não faz parte da norma ABNT. É uma ajuda adicional para o passo seguinte
à produção do artigo, que é a busca de um periódico ao qual enviá-lo para publicação.
• Para que publicar um artigo - a publicação do artigo pode ser:
◦ a divulgação de um estudo - para intercâmbio de conhecimentos no meio acadêmico.
◦ o registro da produção intelectual do(s) autor(es) - que contribui para o enriquecimento
de seu(s) currículo(s) e protege sua propriedade intelectual.
◦ uma exigência institucional - para a conclusão de curso de pós-graduação.
 Existe uma tendência entre as universidades no sentido de exigir, para que o aluno
conclua o mestrado ou o doutorado, que ele tenha pelo menos um artigo publicado num
periódico de uma determinada categoria, segundo uma classificação padrão.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 13
• A classificação dos periódicos:
◦ O que é - a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do
MEC, faz uma classificação dos periódicos naconais e estrangeiros em que os programas
de pós-graduação do país divulgam sua produção.
◦ Para que serve - Como a qualidade e a reputação de cada publicação tem uma relação
direta com o rigor de seus critérios de avaliação dos artigos a ela submetidos, o fato de
um artigo ser publicado num periódico indica que ele cumpre os requisitos mínimos de
qualidade que a instituição de ensino pretende da produção de seus alunos.
• Como descobrir a classificação de um periódico, ou um periódico da categoria exigida:
◦ A classificação dos periódicos avaliados está disponível no site da CAPES, na página do
Qualis. Nessa página, com informações sobre o programa de avaliação, há um link para
o aplicativo WebQualis, no qual o pesquisador pode consultar on-line um periódico
específico ou a lista de periódicos de uma área, com suas classificações.
▪ ULR: <http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis>
▪ se o link estiver desatualizado, basta buscar na Internet: < capes qualis >
TRABALHO ACADÊMICO (MONOGRAFIA)
Conceito
Monografia é um termo genérico que designa qualquer documento que apresenta o resultado
do estudo aprofundado de um único tema bem delimitado. Esse termo não é objeto de
normatização, e foi substituído, para este fim, pela denominação "trabalho acadêmico". Este é
definido como um documento que apresenta o resultado de um estudo originado de uma disciplina,
módulo, estudo independente, curso, programa de estudo etc. Exige um orientador e se destina à
apresentação a uma instituição de ensino, onde será avaliado por banca ou comissão examinadora,
especialistas convidados etc.
• Tipos de trabalhos acadêmicos:
◦ Trabalho disciplinar - apresenta o resultado de um trabalho de conclusão de uma
disciplina de curso de graduação ou pós-graduação. É resultado de estudo do assunto,
visa demonstrar conhecimento na disciplina e o tema deriva obrigatoriamente dessa
disciplina. Pode ser individual ou de grupo.
◦ TGI (trabalho de graduação interdisciplinar) - apresenta o resultado de um estudo
aprofundado de uma área de conhecimento que envolve mais de uma disciplina de um
curso. É feito frequentemente como conclusão de um período de um curso de
graduação, abordando o conjunto de disciplinas desse período,mas pode ser também o
trabalho final da graduação, abrangendo todas as disciplinas do curso. Pode ser
individual ou de grupo.
◦ TCC - apresenta o resultado de um trabalho de conclusão de curso de graduação ou pós-
graduação lato sensu (especialização). Pode ser um projeto experimental, um estudo de
caso ou um trabalho de revisão sobre um tema. Pode ser individual ou de grupo.
◦ Dissertação - apresenta o resultado de um trabalho de conclusão de curso de Mestrado.
Resulta de uma investigação (experimental ou de revisão) que não precisa ser uma
contribuição original para a área de conhecimento. Visa comprovar o conhecimento da
literatura sobre o assunto e a capacidade de reunir, sistematizar, analisar e interpretar
informações. É necessariamente individual.
◦ Tese - apresenta o resultado de um trabalho de conclusão de curso de Doutorado.
Resulta obrigatoriamente de investigação original (trabalho experimental, estudo
científico), e visa proporcionar uma contribuição nova para a sua área de conhecimento.
É necessariamente individual.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 14
• Extensão - não há definição na norma; cada instituição define suas regras. A extensão varia
de acordo com o tipo de trabalho:
◦ Trabalho disciplinar - tende a ter cerca de 5 páginas.
◦ TGI - alguns cursos solicitam que seja feito na forma de um artigo científico, com menos
de 20 páginas; outros seguem as indicações para o TCC.
◦ TCC - tende a ter cerca de 30 a 60 páginas.
◦ Dissertação - tende a ter cerca de 80 a 120 páginas.
◦ Tese - tende a ter cerca de 200 a 250 páginas.
• Padronização - feita pela NBR 14724 (ABNT, 2002c).
• Justificativa - a padronização permite a troca de informações entre pesquisadores do mundo
inteiro e facilita a avaliação e comparação dos trabalhos.
Estrutura
Os elementos em cada parte devem aparecer na ordem em que estão listados. Para mais
detalhes, ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos
Elementos pré-textuais
• Capa - obrigatória. Contém as seguites informações (na ordem apresentada):
◦ nome da instituição - opcional;
◦ nome do(s) autor(es);
◦ título - deve ser claro e preciso, permitindo a indexação e recuperação da informação;
◦ subtítulo, se houver;
◦ número de volumes (se for mais de um - especificar o nº do volume corrente na capa);
◦ cidade da instituição onde o trabalho vai ser apresentado;
◦ ano de entrega do trabalho.
• Lombada - ver em Detalhamento dos elementos do documento, Lombada.
• Folha de rosto - obrigatória. Tem conteúdo impresso nas duas faces:
◦ Anverso - tem os seguintes elementos, nessa ordem:
▪ nome do autor;
▪ título, como na capa;
▪ subtítulo, se houver, como na capa;
▪ número de volumes, como na capa;
▪ cidade da instituição onde o trabalho vai ser apresentado;
▪ ano de entrega do trabalho.
◦ Verso - se for pedido, ficha catalográfica, obtida pela biblioteca da instituição. Algumas
instituições, permitem que seja impressa em outra folha, posta após a folha de rosto.
• Errata - opcional, incluída caso haja necessidade de correções de última hora. Montada
como uma tabela, com as colunas: Folha; Linha; Onde se lê; Leia-se.
• Folha de aprovação - obrigatória. Inclui:
◦ nome do autor;
◦ título, como na capa;
◦ subtítulo, se houver, como na capa;
◦ natureza do trabalho (tcc, dissertação etc.);
◦ objetivo (obtenção do grau de mestre, conclusão do curso de graduação etc.);
◦ nome da instituição a que será entregue;
◦ área de concentração do curso;
◦ data de aprovação - preenchida após a apresentação do trabalho;
◦ nome, titulação, assinatura e instituições a que pertencem os componentes da banca
examinadora. A assinatura é posta após a apresentação do trabalho.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 15
• Dedicatória - opcional.
• Agradecimentos - opcional.
• Epígrafe - opcional.
• Resumo na língua vernácula - ver Detalhamento dos elementos do documento, Resumo.
• Palavras-chave em língua vernácula - ver Detalhamento dos elementos do documento,
Palavras-chave.
• Resumo em língua estrangeira - elemento obrigatório. Ver Detalhamento dos elementos do
documento, Resumo; Definições gerais (Língua).
• Palavras-chave em língua estrangeira - elemento obrigatório. Ver Detalhamento dos
elementos do documento, Palavras-chave; Definições gerais (Língua).
• Lista de ilustrações - opcional. Ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Lista de tabelas - opcional. Ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Lista de abreviaturas e siglas - opcional. Ver Detalhamento dos elementos do documento,
Listas.
• Lista de símbolos - opcional. Ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Sumário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Sumário.
Elementos textuais
• Introdução - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
• Desenvolvimento - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
• Conclusão - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos. Neste tipo de
trabalho, além de apresentar conclusões correspondentes aos objetivos e hipóteses, essa
parte pode incluir comentários sobre a importância do estudo, sua repercussão,
desdobramentos futuros etc.
Elementos pós-textuais
• Referências - ver Detalhamento dos elementos do documento, Referências.
• Glossário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Apêndice(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
• Anexo(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
• Índice(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Índices.
Regras de apresentação do trabalho acadêmico
• Formato - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos; Detalhamento dos
elementos do documento, Elementos especiais do texto.
• Organização - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Numeração progressiva.
• Notas - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Notas.
• Citações - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Citações.
• Chamadas - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Chamadas.
RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
• Conceito - É um documento que relata os resultados parciais ou finais de um trabalho de
pesquisa ou desenvolvimento, ou descreve o estado atual de um conhecimento científico ou
técnico.
• Características - o relatório se distingue de outros documentos técnicos e científicos por
algumas características:
◦ é um documento típico de organizações - empresas, órgãos governamentais, instituições
de pesquisa etc. -, sendo produzido sob sua responsabilidade.
◦ pode ter classificação de segurança - dependendo do seu conteúdo, da conveniência de
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 16
limitar mais ou menos sua divulgação, a entidade responsável pelo relatório lhe atribuirá
um grau de sigilo. Organizações que desenvolvam pesquisas de interesse nacional são
obrigadas a fazer essa classificação, com base no Decreto 79.099 de 06/01/1977.
• Extensão - a norma só diz que os relatórios costumam ser extensos e complexos. Sua
extensão vai depender das necessidades específicas e do nível de complexidade do assunto.
• Padronização - feita pela NBR 10719 (ABNT, 1989d).
• Justificativa - a padronização do relatório visa adequá-lo à sua apresentação a leitores
qualificados (organizações ou indivíduos), aos quais fornece informações técnicas,
conclusões e recomendações.
Estrutura do relatório
Elementos pré-textuais
• Capas anteriores - primeira (frente) e segunda (verso).
◦ primeira - contém os elementos de identificação do relatório:
▪ autoria - nome e endereço do organismo responsável.
▪ número do relatório - código institucional.
▪ título e subtítulo.
▪ data - mês e ano.
▪ classificação de segurança- quando for necessária.
◦ segunda - em branco.
• Folha de rosto - é a fonte principal de informação sobre o relatório. Pode substituir a capa;
o conteúdo pode ser substituído pela ficha de identificação do relatório. Seus elementos são:
◦ Anverso:
▪ nome do órgão responsável - autor coletivo, nível hierárquico mais alto.
▪ divisão específica do órgão responsável - departamento, divisão etc.
▪ número do relatório
▪ título e subtítulo
▪ nome(s) do(s) responsável(is) pelo relatório, com os respectivos títulos e/ou filiação
científica - autor pessoal: quem fez a pesquisa ou projeto e elaborou o relatório.
▪ número da parte com o respectivo título, se houver.
▪ número do volume, se houver
▪ número da edição, a partir da segunda
▪ classificação de segurança, se houver
▪ local (cidade) e data da publicação
◦ Verso:
▪ informação sobre direitos autorais e autorização de reprodução
▪ associação do trabalho com outros, vínculo com projetos, contratos etc.
• Prefácio - texto com esclarecimento, justificação ou apresentação do documento. Exclusivo
para relatórios a serem publicados, geralmente elaborado por pessoa diferente do autor.
• Resumo - ver Detalhamento dos elementos do documento, Resumo. Regras específicas:
◦ Deve ter no máximo 500 palavras, deve ficar no anverso de uma página e não deve ter
ilustrações de nenhum tipo (incluindo tabelas, gráficos etc.).
◦ Se o relatório tiver vários volumes, o resumo só aparece no primeiro; se for dividido em
partes, cada uma tem seu próprio resumo.
◦ Em trabalhos muito importantes, deve vir na língua original do relatório, seguido por
uma versão numa língua internacional adequada ao trabalho.
• Listas de símbolos, unidades, abreviaturas etc. - ver Detalhamento dos elementos do
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 17
documento, Listas.
• Lista de ilustrações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Sumário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Sumário.
◦ Se o relatório tiver vários volumes, o sumário só aparece no primeiro; se for dividido em
partes, cada uma tem seu próprio sumário. Neste caso, é conveniente colocar um
sumário geral na última parte.
Elementos textuais
• Introdução - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
• Desenvolvimento - ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
◦ Como se trata de uma pesquisa, deve ser dividida em seções e subseções que permitam
descrever métodos, teorias, procedimentos experimentais, resultados etc.
◦ Não deve se estender em minúcias de procedimentos experimentais ou testes dos
resultados; esses detalhes, se forem necessários, deverão ser postos em anexos.
◦ Citações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Citações.
◦ Notas de rodapé - ver Detalhamento dos elementos do documento, Notas. No caso dos
relatórios, devem se reduzir ao mínimo essencial.
◦ Ilustrações e tabelas - devem ser simples, claras e preparadas de modo a facilitar a
impressão do documento.
• Tabelas - ver a seção Detalhamento dos elementos do documento, Tabelas. A
norma faz recomendações específicas para tabelas de relatórios:
◦ devem conter apenas os pontos considerados no relatório.
◦ as muito largas devem ser sempre dispostas em páginas confrontantes.
◦ quando não puder ficar na posição normal do texto, a tabela deve ser
rotacionada, ficando deitada na página.
◦ unidades de medida e seus símbolos devem obedecer rigorosamente ao
disposto no Quadro geral de unidades de medida (CONMETRO, 2012).
• Ilustrações - ver Detalhamento dos elementos do documento, Ilustrações. A
norma faz recomendações específicas para relatórios:
◦ Ilustrações que não sejam referidas no texto podem ser postas em anexo, mas
não devem ser inseridas na parte textual.
• Conclusão - ver Estrutura geral dos documentos. No caso dos relatórios, essa parte:
◦ deve conter as deduções resultantes dos resultados do trabalho ou das discussões do
assunto, de forma clara e ordenada.
◦ não deve conter dados quantitativos nem resultados sujeitos a discussão.
◦ deve conter recomendações (declarações concisas de ações) consideradas necessárias a
partir das conclusões, que possam ser usadas no futuro.
◦ dependendo da extensão, as conclusões e recomendações podem ser divididas em
subseções, para garantir objetividade e clareza do texto.
Elementos pós-textuais
• Anexo(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Apêndices e anexos.
• Agradecimentos - elemento opcional, usado somente quando há contribuições excepcionais
(não rotineiras) à realização do trabalho e elaboração do relatório.
• Referências - ver Detalhamento dos elementos do documento, Referências.
◦ No caso de relatórios muito extensos e com muitas referências, é permitida (não
obrigatória nem recomendada) a divisão das referências em grupos colocados no fim de
cada capítulo, de acordo com sua utilização.
◦ Só devem ser referenciadas fontes explicitamente citadas no texto.
◦ Se for considerado conveniente referenciar fontes que não foram citadas, elas devem ser
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 18
colocadas numa seção após as Referências, intitulada 'Bibliografia recomendada'.
• Glossário - ver Detalhamento dos elementos do documento, Listas.
• Índice(s) - ver Detalhamento dos elementos do documento, Índices.
• Ficha de identificação do relatório - elemento obrigatório dos relatórios.
◦ Costuma ser apresentada como um formulário, com blocos para inserir os dados:
 Classificação de segurança Documento nº
 Data (mês e ano) Projeto nº
 Título e subtítulo nº do volume
nº da parte
 Título do projeto
 Entidade executora (autor coletivo) Autor(es)
 Entidade patrocinadora (cliente ou destinatário principal)
 Resumo (Abstract)
 Palavras-chave
 nº de edição nº de páginas ISSN Class. CDU ou CDD
 Distribuidor nº de exemplares Preço
 Observações
▪ se o relatório tiver várias partes, deve ter uma ficha para cada parte.
▪ se o relatório tiver vários volumes, deve ter uma ficha para cada volume.
• Capas posteriores
◦ Terceira capa - pode ter os seguintes dados opcionais:
▪ se o relatório for de circulação restrita, a terceira capa pode conter uma lista de
destinatários e informações sobre a forma de aquisição do relatório.
▪ informações sobre a impressão: endereço da gráfica, formato, número do exemplar
etc.
◦ Quarta capa - parte externa da capa traseira, em branco.
Regras de apresentação e reprodução de relatórios
A NBR 10719 (ABNT, 1989d) estabelece regras visando particularmente a impressão e a
reprodução do relatório.
Deve-se considerar que essa norma foi elaborada antes do advento dos computadores
pessoais. Por isso, suas recomendações se referem ao uso de máquinas de escrever e equipamentos
de reprodução, com recursos bem mais limitados que as impressoras atuais. Para as regras gerais,
ver Estrutura e formato dos documentos científicos e técnicos.
Os aspectos específicos para relatórios descritos na norma, e que ainda são uteis, são os
seguintes:
• papel 
◦ Deve ser adequado ao método de reprodução a ser usado, levando em conta qualidade da
impressão, opacidade (para permitir boa impressão de frente e verso) etc.
◦ O papel deve ser branco, para qua a sua cor não interfira na qualidade da reprodução de
fotocópias, fotografias, mapas, documentos antigos etc.
• cor da impressão 
◦ É recomendado o uso exclusivo de tinta preta.
◦ Só serão usadas outras cores se for muito necessário, e atentando para a qualidade da
impressão.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 19
• processo de reprodução 
◦ Deve gerar cópias limpas, claras e duráveis.
• encadernação 
◦ A norma permite a escolha entre os vários sistemas existentes, desde que a encadernação
fixe de forma firmee durável o lado esquerdo do relatório, permitindo que seja aberto
para leitura sem danificar a lombada.
◦ Não é aceitável o uso de um único ponto de fixação no alto à esquerda (grampo).
◦ Ver Detalhamento dos elementos do documento, Lombada.
• capas
◦ Devem ser resistentes e razoavelmente duráveis.
◦ Se forem coloridas, devem permitir bom contraste entre as cores de fundo e texto,
próximo do preto sobre branco.
DETALHAMENTO DOS ELEMENTOS DOS DOCUMENTOS
APÊNDICES E ANEXOS
São elementos pós-textuais opcionais, que adicionam material acessório, complementar ou 
ilustrativo ao trabalho, cuja inserção no texto prejudicaria sua unidade.
• Características:
◦ Apêndice(s) - texto ou documento elaborado pelo autor do trabalho.
▪ Tipos:
• ilustrações feitas pelo autor, não diretamente citadas no texto ou cujas dimensões 
não permitem que sejam inseridas no texto;
• descrições de técnicas, processos, equipamentos; modelos de ferramentas de 
coleta de dados etc.
• materiais que devem acompanhar o documento, mas cujas dimensões e forma de 
apresentação não permitem inserir no texto: tabelas, gráficos, esquemas etc.
◦ Anexo(s) - texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, 
comprovação e ilustração. No caso dos relatórios, são parte essencial do documento.
▪ Tipos:
• ilustrações de outras fontes, não diretamente citadas no texto;
• materiais de outras fontes que devem acompanhar o documento: mapas, plantas, 
fotografias, documentos originais etc.
• Identificação:
◦ Os apêndices e anexos são identificados por letras maiúsculas consecutivas, seguidas por
travessão e os respectivos títulos:
 APÊNDICE A - Ficha de coleta de dados
 ANEXO A - Documento original de posse da área estudada
◦ Se o número de apêndices ou anexos for maior que as letras do alfabeto, podem ser 
usadas, depois da sequência básica, letras maiúsculas dobradas: Z, AA, AB, e assim por 
diante.
• Organização interna:
◦ classificação das seções dentro de um anexo ou apêndice - combina a letra 
identificadora do apêndice ou anexo com a numeração progressiva, formando um 
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 20
identificador seguido pelo título da seção.
 Exemplo: A.1 Introdução
 Obs.: esse tipo de organização de apêndice ou anexos é recomendada 
especialmente para os relatórios técnico-científicos, que tipicamente usam muitos anexos
extensos e/ou complexos.
◦ ilustrações - figuras, tabelas etc. incluídas nos apêndices ou anexos devem ter 
classificação própria, com uma numeração sequencial para cada apêndice ou anexo, 
precedida pela letra indicativa do anexo. 
 Exemplos: Figura B.4
 Tabela A.6
• Sequenciamento:
◦ Os apêndices e anexos, se existirem, devem formar duas sequências separadas, e assim 
devem ser agrupadas e identificadas:
▪ todos os apêndices identificados de A a Z ou mais, e dispostos consecutivamente;
▪ todos os anexos identificados de A a Z ou mais, e dispostos consecutivamente.
◦ As normas indicam que os apêndices devem ser postos antes dos anexos.
CHAMADAS
Chamada é a identificação, no texto, da fonte de onde uma informação foi tirada, o que 
permite ao leitor localizá-la nas referências do documento, numa biblioteca ou no próprio texto.
Chamadas de referência
São definidas pela NBR 10520 (ABNT, 2002b), e podem usar dois sistemas: nome-data ou 
numérico.
Sistema nome-data
Usado em conjunto com a organização das referências em ordem alfabética. A norma 
recomenda explicitamente que se use o sistema autor-data para a chamada das fontes das citações 
no meio do texto, deixando o numérico para notas.
• Regra geral
A indicação da fonte é feita basicamente por dois elementos:
◦ o último sobrenome do autor (exceto Jr., Filho ou equivalente, que, quando existem, vêm
após o sobrenome de referência), ou outro termo usado para identificar a obra na lista de 
referências (como a instituição responsável ou a primeira palavra do título), seguido por 
vírgula e um espaço. Exemplo: MORAIS FILHO,
◦ a seguir vem o ano da publicação da edição registrada nas referências da obra.
 Exemplo: BARBOSA, 1958
◦ Se for citação direta (ver Citações), deve ter também o número da página de onde foi 
tirado o trecho citado.
▪ notação: "p. xxx" - não importa o número de páginas referidas.
▪ NÃO devem ser usadas as formas pág., págs. ou pp.
◦ Se for um volume de uma coleção que está nas referências como uma única obra, 
informa-se o número do volume, precedido da abreviatura "v." (não "vol.")
 Exemplos: MORAIS, 1955, p. 57
 BRANDÃO, 1986, v. 1
• Forma específica da chamada - depende da localização:
◦ inserida na sentença - o nome do autor é grafado com inicial maiúscula e o resto 
minúsculo, e é seguido por parênteses com o ano e a página (se for o caso), separados 
por vírgulas. Exemplo:
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 21
 Segundo Brandão (1986, v. 1, p. 186), o Tártaro é o lugar...
◦ não inserida na sentença, mas dentro do texto, junto à citação - nome do autor em 
maiúsculas, ano e página, tudo dentro dos parênteses. Exemplo:
"[...] é no Tártaro que as diferentes gerações divinas lançam sucessivamente seus 
inimigos, como os Ciclopes e depois os Titãs." (BRANDÃO, 1986, v. 1, p. 186).
◦ em nota de referência - nome do autor em maiúsculas, ano e página, sem parênteses; a 
chamada é colocada após o número da nota e tem ponto no final.
 Exemplo: 3 BRANDÃO, 1986, v. 1, p. 186.
• Casos especiais
◦ coincidência de sobrenomes - acrescentam-se as iniciais dos prenomes de cada autor. Se 
mesmo assim houver coincidência, usam-se os prenomes por inteiro. Exemplos:
 (BARBOSA, C., 1958)
 (BARBOSA, O., 1959)
 (BARBOSA, Cássio, 1965)
 (BARBOSA, Celso, 1965) 
◦ chamada de diversos documentos do mesmo autor:
▪ do mesmo ano - distingir acrescentando letras minúsculas após o ano (sem espaço), 
seguindo a ordem em que estão na lista de referências.
Exemplo:(RAMOS, 1927a) 
 (RAMOS, 1927b)
▪ de anos diferentes, citados juntos - colocar o nome uma única vez e depois todos os 
anos em ordem crescente, separados por vírgulas.
 Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)
◦ chamada simultânea de diversos documentos de vários autores: separados por ponto-e-
vírgula, em ordem alfabética.
 Exemplo: (CRUZ, 1984; SILVA, 1986; MOREIRA, 1991)
Sistema numérico
Consiste em fazer a chamada por números, em vez do nome do autor e ano de publicação.
◦ sistema - a indicação das fontes é feita por uma numeração única e consecutiva, na 
ordem em que elas são citadas no texto. Não se inicia a numeração das citações a cada 
página.
◦ numeração - utiliza algarismos arábicos, e números inteiros em ordem crescente.
▪ posição do número - sempre colocado após a pontuação que fecha a citação.
◦ indicação da numeração - pode ser feita de duas formas:
▪ número entre parênteses, alinhado ao texto: (1)
▪ número um pouco acima da linha do texto, na forma de expoente: 1
◦ deve ser usado - para a chamada de notas (explicativas ou de referência).
◦ DEVE SER EVITADO - na chamada de referências no texto, por causa das notas, que 
usam esse sistema como padrão. Só é admissível (não recomendado) na chamada de 
referências quando o texto não tem notas.
◦ Esse sistema costuma ser usado para chamar referências postas no final do texto, as 
quais são dispostas na ordem de chamada e identificadas pelo número da chamada. Esse 
método é ruim quando há chamadas repetidas de uma referência, que vai aparecer 
diversas vezes desnecessariamente.
Chamadas para o próprio documento
As normas nada falam sobre isso; pelo que é visto em obras impressas, são postas entre 
parênteses no texto (como o sistema autor-data), mas sem especificar a obra,o que indica que é para
buscar na própria que está sendo lida.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 22
• sem numeração progressiva - deve-se indicar a página: (p. 258)
◦ pode ser dito o parágrafo (p. 258-§3) ou um subtítulo (p. 258-3) dentro da página.
• com numeração progressiva - usá-la: (seção 2.4.1)
Regras sobre chamadas repetidas:
Estão detalhadas na NBR 10520 (ABNT, 2002b) que trata das notas de rodapé, mas valem 
para as chamadas repetidas dentro do texto. É essencial notar que as formas resumidas opcionais de 
chamadas repetidas só se aplicam a chamadas que aparecem na mesma página impressa. Uma 
repetição em outra página deve aparecer por extenso. Por isso, a forma resumida só deve ser usada 
se o trabalho for entregue na forma impressa. Artigos entregues a periódicos ou originais entregues 
a editora, para serem diagramados conforme o projeto gráfico escolhido posteriormente, devem ter 
todas as chamadas por extenso.
◦ PRIMEIRA CITAÇÃO DE UMA OBRA NUMA PÁGINA - deve ter a sua referência 
completa (se for nota de rodapé) ou a chamada completa para a obra na lista de 
referências. Exemplos:
2 REBELO, Marques. Contos reunidos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
2 REBELO, 2002.
◦ OBRAS REPETIDAS NUMA MESMA PÁGINA - neste caso (e só nele), é permitido 
(não obrigatório) o uso de uma forma abreviada a partir da segunda chamada, usando as 
seguintes siglas:
▪ 2 chamadas seguidas (consecutivas) do mesmo autor, mas outra obra: Id. (idem). 
Exemplo: 
4 IBGE, 1950.
5 Id., 2000, p. 19.
▪ 2 chamadas seguidas (consecutivas) da mesma obra exata: Ibid. (ibidem). Exemplo: 
4 FOUCAULT, 1994, p. 25.
5 Ibid., p. 190.
▪ 2 chamadas seguidas (consecutivas) da mesma página da mesma obra de um autor: 
loc. cit. (locus citato). Exemplo: 
4 TOMASELLI; PORTER, 1992, p. 33-46. 
5 TOMASELLI; PORTER, loc. cit.
▪ chamadas de autores diferentes e depois repetição da primeira obra exata de um 
autor (ou seja, citações iguais mas não consecutivas): op. cit. (opus citatum) 
precedida do nome do autor. Exemplo: 
4 ADORNO, 1996, p. 40.
5 FOUCAULT, 1994.
6 ADORNO, op. cit., p. 40.
• Outras situações:
◦ chamada a diversas passagens da obra, que seria inútil e extenso especificar: passim 
(aqui e ali). Exemplo: RIBEIRO, 1997, passim.
◦ chamada a trecho longo a partir de uma página: et seq. (sequentia, seguinte).
 Exemplo: FOUCAULT, 1994, p. 17 et seq.
◦ conferir ou confrontar a afirmação com o pensamento de outro autor: Cf.
 Exemplo: Cf. CALDEIRA, 1992.
◦ referência citada por outro autor - apud (conforme, segundo).
 Exemplo: (SILVA, 1983 apud ABREU, 1999, p.3)
CITAÇÕES
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Citação é a menção a uma informação extraída de uma fonte. É definida pela NBR 10520 
(ABNT, 2002b), e pode ser direta, indireta ou citação de citação.
• Citação direta - é a transcrição literal de um trecho da obra consultada.
◦ até 3 linhas - é incluída no texto (no meio do texto do parágrafo), cercada por aspas 
duplas (aspas simples substituem as aspas duplas que existirem dentro da citação).
◦ mais de 3 linhas - deve ficar em parágrafo próprio, destacada com recuo de 4 cm da 
margem esquerda, com letra menor que a do texto e SEM aspas de início e fim.
◦ indicação de supressões - quando parte do texto é suprimida, usa-se o sinal [...] separado 
do texto antes e depois por um espaço. NÃO SÃO USADOS PARÊNTESES.
◦ indicação de interpolações - um texto inserido na citação pelo autor do trabalho é posto 
entre colchetes [texto] e separado do texto antes e depois por um espaço.
◦ ênfase ou destaque - para destacar trechos da citação, usa-se negrito ou itálico. Deve ser 
escrito entre parênteses: (grifo nosso) para o que não for destaque do texto original.
◦ chamada da referência da citação - é obrigatória, com a indicação da página específica 
de onde o trecho foi copiado, segundo a norma apresentada para as chamadas.
• Citação indireta - é um texto elaborado pelo autor do trabalho, baseado na obra consultada.
◦ Em geral, exige apenas a chamada da referência segundo as regras descritas adiante.
◦ Não é preciso informar a página, pois não houve cópia de texto, a não ser em algum caso
especial, onde convém localizar melhor o trecho usado como base.
• Citação de citação - citação direta ou indireta de um texto a que não se teve acesso direto, 
mas foi citado por um autor consultado.
◦ Usa-se o termo "apud" (conforme, segundo) na chamada da referência. Exemplo:
Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p.3) ou
(SILVA, 1983 apud ABREU, 1999, p.3)
Direitos autorais das citações
O autor deve ter cuidado com as citações que, se forem muito extensas, podem exigir, para 
seu uso, a obtenção de autorização dos detentores dos direitos de propriedade da obra citada.
• tempo de proteção - A Convenção de Berna da World Intellectual Property Organization 
(WIPO, 2012), que o Brasil adota, determina a proteção dos direitos de propriedade, uso e 
ganho sobre uma obra durante a vida do(s) autor(es) e por 50 anos após sua morte (ou a 
morte do último autor vivo), tornando-se a obra de domínio público a partir do dia 1º de 
janeiro do ano seguinte.
• no Brasil - a lei nº 9610 (BRASIL, 2012) determina, de acordo com a regra adotada por 
muitos países (o que é facultado pela WIPO), que essa proteção se estende por 70 anos, nas 
mesmas condições definidas pela Convenção de Berna.
• matérias de jornal, noticiários etc. - a proteção não se aplica.
ELEMENTOS ESPECIAIS DO TEXTO
São elementos que precisam tratamento especial mas são citados rapidamente nas normas.
• Siglas e abreviações
◦ explicação no texto - quando a sigla ou abreviação aparece pela primeira vez no texto, a 
forma completa do nome precede a sigla, colocada entre parênteses.
 Exemplo: Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
◦ lista de siglas e abreviações - as normas não dizem se, ao usar uma lista, a regra acima 
continua valendo. Ver LISTAS mais adiante.
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 24
◦ plural de siglas - embora não haja uma regra formalmente escrita sobre isso, é 
recomendado seguir a regra básica de formação do plural da língua, acrescentando um 
"s" no fim da sigla: NBRs; CDs; CPIs.
▪ É ERRADO separar o "s" com apóstrofo.
▪ É ERRADA a afirmação de alguns de que se faz o plural de uma sigla duplicando 
cada uma de suas letras porque, na forma por extenso, cada palavra fica no plural.
• Equações e fórmulas - devem aparecer destacadas no texto, para facilitar sua leitura.
◦ Na sequência normal do texto, é permitido (não obrigatório) o uso de entrelinha maior 
que comporte seus elementos (expoentes, índices etc.).
◦ Quando aparecem em parágrafo independente, devem ser centralizadas na página.
◦ Sendo divididas em mais de uma linha, devem ser interrompidas antes de um sinal de 
igualdade ou depois de um sinal de soma, subtração, multiplicação ou divisão.
◦ As equações e fórmulas podem ser numeradas sequencialmente, colocando-se após cada 
uma um número, em algarismos arábicos, dentro de parênteses. Para facilitar a leitura, 
essa numeração deve ser alinhada em todo o documento pelo número que ficar mais à 
direita, e que deve ficar afastada da equação ou fórmula, para facilitar a leitura.
• Datas e horas - Ver Detalhamento dos elementos do documento, Unidades de medida de 
tempo.
• Palavras e expressões em outras línguas
 Embora nada seja dito sobre isso nas normas ABNT, o padrão brasileiro recomenda que 
os termos em língua estrangeira sejam destacados, de preferência em itálico (MENDES; 
FORSTER JÚNIOR, 2002, p. 46-47). Isto só se aplica ao corpo do texto, não a referências.
ILUSTRAÇÕES
Podem ser figuras, esquemas, fluxogramas, gráficos, fotografias, mapas, organogramas,plantas, fórmulas etc. As normas NBR 10719 (ABNT, 1989d), NBR 14724 (ABNT, 2002c) e NBR 
6022 (ABNT, 2003a) definem normas para a apresentação de ilustrações em documentos.
◦ Localização - deve ser inserida o mais próximo possível do trecho do texto a que se 
refere, de acordo com o projeto gráfico do documento.
◦ Normas de apresentação:
▪ identificação - aparece na parte superior da ilustração. É formada por:
• palavra designativa do tipo de ilustração (Gráfico, Figura, Esquema etc.);
• número na ordem de ocorrência do tipo de ilustração, em algarismos arábicos;
• título - descrição textual da figura.
▪ legenda explicativa - opcional; deve ter forma breve e clara, dispensando consulta ao
texto para o entendimento da ilustração.
▪ fonte - informação sobre onde a ilustração foi obtida (referência completa ou outra 
forma de descrição adequada). Fica abaixo da identificação.
ÍNDICES
Um índice é uma listagem de entradas ordenadas segundo um determinado critério, que 
permite localizar no texto as referências a assuntos, episódios, personagens etc. Ele tem utilidade 
especial em documentos extensos, complexos e que podem servir como referência para estudos de 
certos temas.
Definições gerais
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 25
• Distinções - o índice é diferente do sumário (enumeração das divisões principais do 
documento, na sua ordem de ocorrência) e da lista (enumeração de elementos de um certo 
tipo que ocorrem no texto, como figuras, tabelas, esquemas, siglas etc.).
• Padronização - a NBR 6034 (ABNT, 1989c) define critérios para a compilação e 
apresentação de índices de publicações. A norma tem indicações para a construção de 
índices para finalidades diferentes; as informações apresentadas a seguir são as que se 
aplicam aos documentos aqui discutidos.
• Finalidade - visa padronizar um instrumento que agilize a localização de informações no 
texto de documentos técnicos e científicos extensos e complexos. Não se aplica a índices 
automatizados, que seguem regras próprias.
Estrutura do índice
• Entrada - é a unidade do índice, composta de:
◦ cabeçalho - palavra, expressão ou símbolo que ocorre no texto. Exemplo:
 Água
 Indústria
◦ subcabeçalhos
▪ quando as referência de um cabeçalho são muitas, pode ser conveniente dividi-lo em 
subcabeçalhos. Exemplo:
Água
- doce
- salgada
- potável
▪ quando um cabeçalho exige muitas divisões, pode ser transformado em novo 
cabeçalho com referências cruzadas nos subcabeçalhos. Exemplo:
Indústria
- alimentícia
- elétrica
- siderúrgica ver Siderurgia
O formato usado nos exemplos é o adotado pela norma: notar o uso dos hífens, do 
itálico e das iniciais maiúsculas e minúsculas.
• Regras para escolha das palavras dos cabeçalhos e subcabeçalhos:
◦ os termos devem ser extraídos do próprio texto: devem ser termos que 
ocorrem no texto, e não temas a que trechos do texto se referem.
◦ os termos devem ser precisos, específicos e uniformes em todo o índice, 
sendo recomendado padronizar inclusive variações de singular e plural.
◦ a norma recomenda evitar adjetivos, conjunções, artigos etc. no início dos 
cabeçalhos.
◦ o cabeçalho pode ser particularizado por uma expressão adicional aposta, 
separada por vírgula. Exemplo: Pedro II, Imperador do Brasil (poderia ser um
imperador ou rei de outro país, um papa, o nome de uma cidade etc.).
◦ indicativo - é o número de páginas, volumes, seções, parágrafos etc. onde o item ocorre.
▪ uma série de páginas consecutivas - números das páginas inicial e final ligados por 
hífen. Exemplo: 18-21
▪ uma série de páginas salteadas - todas as páginas são listadas, separadas por vírgulas.
Exemplo: 12, 23, 42, 75
▪ se o documento tem mais de um volume ou parte - o indicativo é formado pelo 
número do volume (ou parte da obra) seguido pelo(s) número(s) de página(s), 
segundo as regras acima.
▪ texto com numeração progressiva - o índice deve remeter para os números das 
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 26
seções segundo a numeração progressiva.
• Referência cruzada - remete de um cabeçalho para outro através de dois tipos de 
referência:
◦ "ver" - é a remissiva: anula um cabeçalho, enviando dele para outro, que é considerado 
o item principal do tema. Exemplo:
 Rio Branco, Avenida ver Avenida Rio Branco
◦ "ver também" - não anula o cabeçalho, mas amplia a consulta ao índice, remetendo para 
assuntos relacionados. Exemplo:
 Comércio popular ver também Camelô; Feira livre
Notas sobre as referências cruzadas:
◦ a norma põe os termos ver e ver também em itálico.
◦ a norma sugere indexar os nomes próprios (pessoas, lugares etc.) pela forma mais 
conhecida, fazendo remissiva das formas alternativas.
◦ a norma sugere indexar expressões pelo termo mais característico (o centro da ideia), 
fazendo remissiva das formas alternativas.
◦ deve-se sempre fazer remissiva de:
▪ sinônimos para um cabeçalho escolhido. Exemplo: Aviação ver Aeronáutica
▪ termos populares para científicos. Exemplo: Sarna ver Escabiose
▪ termos antiquados para mais atuais. Exemplo: Disco voador ver Objeto voador não 
identificado
▪ siglas para nomes por extenso. Exemplo: ONU ver Organização das Nações Unidas
Organização do índice
Deve ser feita de modo a ser facilmente entendida pelo leitor. Se for preciso, pode ser 
inserida uma nota inicial explicando os critérios de organização do índice.
Pontos a considerar:
• Título - o título deve indicar a natureza do índice: onomástico, toponímico, cronológico, de 
assunto etc.
• Disposição das entradas - cada entrada fica numa linha separada, com o cabeçalho 
alinhado à esquerda.
◦ Os subcabeçalhos são dispostos com recuo progressivo a partir da esquerda.
◦ Se os subcabeçalhos de uma entrada passarem para outra página, o cabeçalho (e, se 
necessário, subcabeçalho) deve(m) ser repetido(s), seguido(s) pelo termo "continuação", 
por extenso ou abreviada, entre parênteses ou em itálico.
• Ordenação das entradas - a norma sugere várias opções:
◦ básica - ordem alfabética de todos os cabeçalhos em uma sequência única. É a 
aconselhada para a maioria dos casos.
◦ combinada - se for conveniente, os cabeçalhos serão ordenados alfabeticamente e os 
subcabeçalhos podem seguir outro critério de ordenação, como a cronológica, que seja 
mais conveniente e/ou lógica para o tópico em questão. Exemplo:
 Era Geológica
 - paleozoica
 - mesozoica
 - terciária
 - quaternária
◦ temática - se for conveniente, o índice pode ser dividido em categorias (temas): lugares, 
datas, personalidades, produtos, costumes etc. As entradas dentro de cada categoria serão
Eneida D. Gaspar - 2017 Normas para a Elaboração de Documentos Científicos e Técnicos 27
postas em ordem alfabética.
LISTAS
São elementos opcionais que podem ser usados para facilitar o entendimento do texto e a 
localização de elementos, sempre que isso for conveniente. Seu uso é mais comum em documentos 
extensos e complexos, e são descritas nas normas NBR 10719 (ABNT, 1989d) e NBR 14724 
(ABNT, 2002c).
 Listas de ilustrações
Sua finalidade é informar a localização de cada ilustração no documento, o que é útil no 
caso de documentos extensos e com muitas ilustrações importantes. Seguem as regras descritas a 
seguir.
◦ São consideradas ilustrações:
▪ figuras - desenhos, esquemas, fluxogramas, fórmulas (matemáticas, físicas, 
químicas), fotografias, gráficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos. O 
modo recomendado de listar depende do tipo de documento:
• A NBR 14724 (ABNT, 2002c), referente a trabalhos acadêmicos, recomenda que 
seja feita uma lista específica para cada tipo de figura (Figura, Gráfico, Esquema
etc.), se isso for conveniente;
• a NBR 10719 (ABNT, 1989d), referente a relatórios técnico-científicos,

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