Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 1. OBJETIVO Padronizar a rotina diária para a coleta de materiais biológicos. 2. DOCUMENTOS ASSOCIADOS PI-001 – Higienização das mãos. 3. DEFINIÇÕES 3.1. PRODUTO FORNECIDO PELO CLIENTE No laboratório Ocean Lab, o produto fornecido pelo cliente é a amostra biológica. 3.2. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI Utilizado na coleta de materiais biológicos conforme descritos no PCMSO e Manual de Biossegurança. 3.3. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC Utilizado na coleta de materiais biológicos conforme descritos no Manual de Biossegurança. 4. RESPONSABILIDADES Coletores / Auxiliar de Biodagnóstico / Auxiliar de Enfermagem 5. METODOLOGIA 5.1. INTRODUÇÃO A realização do exame laboratorial passa por três etapas diferentes. Os colaboradores do laboratório devem ficar atentos a cada uma delas e buscar aperfeiçoá-las. O maior objetivo é determinar a concentração ou a atividade de analitos em um material biológico, a obtenção de um laudo de qualidade e evitar que os pacientes recebam um PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA um resultado incorreto. Durante a primeira fase, conhecida como fase pré- analítica, a atenção para com o paciente e o cuidado com os procedimentos para obtenção do material, ou amostra são formas de garantir a qualidade no laboratório. A obtenção da amostra biológica se dá mais frequentemente pela coleta de sangue e pode ser o momento de maior tensão para o paciente. Os colaboradores devem agir com cuidado e atenção, seguindo os protocolos específicos de coletas (instruções de trabalho) visando a diminuição de erros que poderiam ocorrer durante a fase pré-analítica. Caso falte algum dado necessário para o bom desempenho, deve-se sanar o problema ou adiar a coleta até que todas as informações estejam corretas. O preparo e organização dos materiais e do profissional também são de suma importância para a qualidade do trabalho fornecido neste momento. As falhas mais comuns são: · Amostra insuficiente; · Amostra em tubo incorreto; · Amostra inadequada; · Identificação incorreta (do paciente e da amostra). PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 5.2. CUIDADOS PRLIMINARES · Organizar seu local de trabalho no início e ao final de sua rotina; · Realizar a Lavagem das mãos no início e, em todos os procedimentos com pacientes e/ou materiais biológicos conforme protocolo institucional (PI-001); · Portar seus Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, conforme necessidade de cada coleta, bem como utilizar os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPCs; · Realizar ao final da rotina a reposição dos insumos. 5.3. LIMPEZA DA BANCADA DE TRABALHO Deve ser realizada com álcool 70% no início e no término das atividades ou sempre que houver necessidade. 5.4. DESCAPARCK Caixas para Descarte de Perfurocortantes: · Nas caixas de descarte dos perfurocortantes (tipo descarpack) deve constar o nome do responsável pela montagem, bem como, a data de abertura; · Ficar atento à linha pontilhada da caixa que determinará o momento do descarte; · Não prender as abas laterais, bem como, a tampa no suporte, evitando acidentes. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 5.5. PROCEDIMENTOS DE COLETA Sequência correta de coleta de sangue em tubo de plástico: Em dezembro de 2003, a ordem de coleta do CLSI foi reformulada contemplando também a coleta de tubos plásticos. Pois os tubos plásticos para soro (tampa vermelha e amarela com gel separador) contém ativador de coágulo em seu interior, o que pode alterar os resultados dos testes de coagulação. Devido a este componente estes tubos devem ser coletados depois do tubo para coagulação (tampa azul), como descrito a seguir.Nos casos em que a coleta for realizada com escalpe, e o primeiro tubo a ser colhido for o tubo de citrato ou um tubo de menor volume de aspiração, deve-se primeiro colher um tubo de descarte. O tubo de descarte deve ser usado para preencher o espaço morto do tubo vinílico do escalpe com sangue, assegurando a manutenção da proporção sangue/anticoagulante no tubo e também o volume exato de sangue que foi colhido dentro do tubo. Sequência ordem de coleta: 1- Frascos para hemocultura. 2- Tubos com citrato( tampa azul) 3- Tubos para VHS (tampa preta) 4- Tubos para soro com Ativador de coágulo, com ou sem Gel separador (tampa vermelha ou amarela). 5- Tubos com gel separador a base de heparina (tampa laranja) 6- Tubos com heparina de lítio ou sódio, com ou sem gel separador de plasma (tampa verde) 7- Tubos com EDTA (tampa roxa) 8- Tubos com EDTA K 2 (Tampa cinza clara, meio perolada) 9- Tubos com fluoreto (tampa cinza) PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 5.5.1. COLETA 1- Ler o pedido do exame solicitado para o paciente se possível; 2- Verificar se a guia de requisição está devidamente preenchida (data, nome completo,matrícula,data de nascimento, medicamentos em uso, exames solicitados); 3- Chamar o paciente pelo nome completo e verificar o documento com foto, pulseira do hospital, etc. 4- Apresentar-se ao paciente e acompanhante e encaminha-lo até a sala de coleta; 5- Solicitar que o paciente confirme o nome completo e número do documento; 6- Realizar higienização das mãos (conforme PI-002 Higienização das Mãos); 7- Separar uma bandeja para o procedimento; 8- Separar todo o material a ser utilizado para a coleta, colocando-os na bandeja; 9- Definir os tubos de exames necessários de acordo com o exame solicitado; 10- Identificar os tubos com etiqueta impressa contendo dados completos (nome, data de nascimento, pedido e registro). Na ausência da etiqueta impressa, fazer etiqueta manual contendo todos os mesmos dados. 11- Orientar o paciente e/ou acompanhante quanto ao procedimento; Escolha da agulha: · A agulha deve ser determinada de acordo com o acesso venoso do paciente, para adultos indicam-se agulhas 25 X 7, 30 X 7 ou escalpe Nº 23 e 21. · Para crianças recomenda-se o procedimento com escalpe Nº 25 para melhor estabilização da veia. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA Escolha do local de punção: · Local de maior facilidade de higienização e garantia de assepsia; · Não se deve colher de áreas com terapia ou hidratação intravenosa de qualquer espécie; · Locais com cicatrizes de queimaduras; · Membro superior próximo ao local onde foi realizada mastectomia, cateterismo ou qualquer outro procedimento cirúrgico; · Áreas com hematomas; · Fístulas artério-venosas; Veias que já sofreram tromboses, pois são pouco elásticas, podem parecer um cordão e têm paredes endurecidas. Locais para venopunção no antebraço e dorso da mão PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 12- Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento, instruindo-o para que estenda o braço, que deverá permanecer reto, ao nível do cotovelo; 13- Colocar luvas de procedimento; 14- Inspecionar o local para visualizar a veia, incluindo o braço, a área anticubital, o antebraço, o punho, o dorso da mão, como demonstrado na figura; 15- Palpar a veia; 16- Preparar o material na frente do paciente para que ele veja que está tudo estéril; 17- No sistema aberto, conectar a agulha na seringa, sem retirar a capa protetora. Não toque na parte interior da agulha. Movimente o êmbolo da seringa e pressione-o para retirar o ar. No sistema fechado conectar a agulha a vácuo no “canhão”. 18- Colocar o garrote no membro a ser puncionado, para produzir congestão venosa; 19- Fazer assepsia da área a ser puncionada seguindo o mesmo sentido, utilizando swab de álcool a 70%, do centro para fora; 20- Aguardar a secagem natural do antisséptico sem assoprar; 21- Não tocar no local que foi realizado a antissepsia; 22- No sistema aberto e fechado, puncionar a veia de melhor acesso, com bisel da agulha voltado para cima; 23- Afastara pele e introduzir a agulha para punção; PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 24- Em caso de sistema aberto: puxar o êmbolo da seringa até colher a quantidade de sangue necessário, com o auxílio de um algodão seco e o lenço umedecido com álcool, pressionar o local da punção por alguns segundos, desconectar a agulha no local próprio (caixa perfuro cortante) e distribuir o sangue colhido nos tubos, conforme solicitação médica. No sistema a vácuo: devem-se introduzir os tubos um a um, de forma que o sangue escorra pela parede do tubo. Aguardar o completo enchimento do tubo para retirar do sistema e seguir a ordem de coleta dos tubos representada na figura da pagina 5. Homogeneizar os tubos por inversão seguindo a recomendação do fabricante, mantendo o tubo sempre em posição vertical; as demais orientações seguem conforme sistema aberto. 25- Retirar o garrote assim que a veia for localizada e o sangue começar a fluir, retire antes de remover a agulha do local de punção para evitar hematoma; Nota: Caso não tenha o coletor próximo, colocar a seringa com agulha não encapada na bandeja e desprezar quando chegar próximo ao coletor perfuro-cortante; 26- Fazer o curativo; 27- Retirar as luvas de procedimento; 28- Higienizar as mãos (conforme PI-002 Higienização das Mãos); 29- Manter a organização da sala; 30- Desprezar o material utilizado nos locais apropriados; 31- Realizar as anotações necessárias, assinando na guia quem executou a coleta; PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 32- Encaminhar as amostras para os setores correspondentes, juntamente com a guia dos exames em até no máximo 15 minutos, quando esse tempo não for possível manter a amostra refrigerada de 2ºC a 8ºC por até 2 horas. 5.6. TIPOS DE TUBOS PARA COLETA DE MATERIAL BIOLÓGICO PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA 5.7. USO CORRETO DO TORNIQUETE (GARROTE) Este dispositivo tem a função de evidenciar a veia, seu manejo adequado evita situações que induzam ao erro diagnóstico (como hemólise, que pode elevar o nível do potássio, hemoconcentração, alterações na dosagem de cálcio, entre outras), bem como complicações de coleta (hematomas, parestesias) e novas coletas. Portanto, deve-se: · Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo a partir da altura do ombro. · Posicionar o torniquete com o laço para cima, evitando contaminações com a área puncionada. · Não aplicar o procedimento de ¨ bater na veia ¨, a fim de evidenciar a mesma, pois este procedimento provoca hemólise capilar, alterando o resultado de certas análises. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO P O P - 0 1 C O H E COLETA · Se o torniquete for utilizado preliminarmente para visualização da veia, este procedimento deve ser o mais breve possível, solicitar que o paciente abra e feche a mão. Localizar a veia e em seguida afrouxar o torniquete. Esperar cerca de 2 minutos para usa-lo novamente. · Deve ser aplicado cerca de 8 cm acima do local da punção. · Não usar o torniquete por mais de 1 minuto; · Não apertar intensivamente, pois pode interromper o fluxo sanguíneo; · Fazer assepsia com algodão e álcool 70% a cada uso e para casos de sujidade aparente e contato com materiais biológicos o mesmo deverá ser substituído imediatamente; · Sempre perguntar se o paciente apresenta alergia a látex, caso o torniquete contenha látex.
Compartilhar