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Apostila_Modulo_01_Capitulo_01

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E ENGENHARIAS 
DISCIPLINA GEOMÁTICA II- ENG 05272 
 
 
 
APOSTILA 
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE 
GEOTECNOLOGIAS 
MÓDULO 01 – ELEMENTOS DE CARTOGRAFIA 
 
AUTORES: 
DR. ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS 
Ma. ROSANE GOMES DA SILVA 
Ma. KAÍSE BARBOSA DE SOUZA 
 
 
Alegre- ES 
Agosto de 2016 
 
2 
 
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA 
 
SUMÁRIO 
1. DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 3 
2. BREVE HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA........................................................................ 3 
3. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS E FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
DOS MAPAS ............................................................................................................................. 6 
3.1. CONCEITO DE MAPA .............................................................................................. 6 
 Mapas físicos: .............................................................................................................. 7 
 Mapas econômicos: ..................................................................................................... 8 
 Mapas demográficos: ................................................................................................... 8 
 Mapas políticos: ........................................................................................................... 8 
 Mapas históricos: ......................................................................................................... 8 
 Mapas estilizados: ........................................................................................................ 9 
3.2. PLANTAS E CARTAS ............................................................................................... 9 
3.3. FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MAPAS .................................................... 10 
4. DIVISÃO DA CARTOGRAFIA, COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA E 
INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E CARTOGRÁFICA ......................................................... 12 
 4.1. COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA ..................................................................... 14 
 4.2. INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E CARTOGRÁFICA .......................................... 16 
5. ESCALA, ESCALAS E SÉRIES CARTOGRÁFICAS ................................................... 17 
Escala numérica ................................................................................................................ 19 
Escala gráfica ou de barra ................................................................................................. 19 
6. ERRO E PRECISÃO GRÁFICA ...................................................................................... 19 
6.1. ESCOLHA DA ESCALA ......................................................................................... 20 
6.2. DETERMINAÇÃO DA ESCALA DE UM MAPA .................................................. 21 
7. SÉRIES CARTOGRÁFICAS ........................................................................................... 21 
 
 
 
3 
 
1. DEFINIÇÕES 
 
Etimologicamente Cartografia é uma palavra derivada do grego - “graphein”, significando 
escrita ou descrita e do latim “charta”, com o significado de papel. Dessa forma há uma estreita 
ligação com a apresentação gráfica da informação, através da sua descrição em papel. Foi criada 
em1839 pelo historiador português Visconde de Santarém, em carta escrita em Paris e dirigida 
ao historiador brasileiro Adolfo Varnhagen. (MENEZES e FERNANDES, 2013). 
O conceito da Cartografia, hoje aceito sem maiores contestações, foi estabelecido em 1966 
pela Associação Cartográfica Internacional (ACI), e posteriormente, ratificado pela UNESCO 
no mesmo ano: 
“A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e 
artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou a análise de 
documentação, se volta para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou 
representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem 
como a sua utilização”. 
Segundo CASTROGIOVANNI (2000) a cartografia é o conjunto de estudos e operações 
lógico-matemáticas, técnicas e artísticas que, a partir de observações diretas e da investigação 
de documentos e dados, intervém na construção de mapas, cartas, plantas e outras formas de 
representação, bem como no seu emprego pelo homem. Assim a cartografia é uma ciência, uma 
arte e uma técnica. 
Ribeiro e Ghizzo (2012) definem a cartografia como a ciência responsável pela 
representação dos fixos e fluxos que integram a organização do espaço assim como a arte de 
construir mapas e cartas a partir das observações que podem ser realizadas in loco, com o 
emprego de dados auferidos de modo primário, ou por pesquisas secundárias, ou ainda através 
das mais recentes inovações tecnológicas: as imagens de satélites. 
 
2. BREVE HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA 
 
A história da cartografia confunde-se com a própria história da humanidade, tornando-se 
por essa razão, um tema bastante amplo e complexo (DUARTE, 2002). 
Raisz (1969) afirma que a história dos mapas é mais antiga do que a própria História da 
humanidade, tendo e em vista que a confecção dessas representações antecede a própria 
invenção da escrita. Antigos exploradores e estudiosos de povos primitivos evidenciaram que 
4 
 
povos pré-históricos dominavam a habilidade do traçado de mapas muito antes de tomarem 
conhecimento da escrita textual. 
Tanto a historiografia tradicional quanto as abordagens mais modernas em história da 
Cartografia mostram a utilização das representações cartográficas em diferentes épocas e 
lugares do mundo por diferentes povos 
 Desde épocas remotas o homem vem utilizando-se da confecção de mapa como meio 
de armazenamento de conhecimentos sobre a superfície terrestre como principais finalidades 
conhecer, administrar e racionalizar o uso do espaço geográfico. Esses documentos no passado 
eram muito rudimentares, confeccionados de acordo com a técnicas e materiais disponíveis, 
caracterizando assim o começo da Cartografia. (DUARTE, 2002) 
Raisz (1969) faz relatos importantes acerca da existência de rudimentos ou esboços do 
que viria a ser a Cartografia entre os povos primitivos, como os habitantes da antiga Babilônia, 
os índios nativos das Ilhas Marshall, os esquimós, os astecas, os chineses e outros. 
O mapa mais antigo que se tem notícia é o de Ga-Sur, feito na Babilônia (Figura 1). Era 
um tablete de argila cozida contendo traços que indicam a presença de um rio ladeado por 
montanhas, datado de aproximadamente 2400 a 2200 a.C. Representa um vale, representação 
da antiga Mesopotâmia (atual Iraque) (Carvalho e Araújo, 2008). 
 
 
Figura 1. Placa de barro de Ga-Sur. 
A história da Cartografia e o estudo dos mapas históricos permitem inferir o 
conhecimento do espaço geográfico, assim como sua ampliação motivadas pelas técnicas de 
locação, transporte e domínios de espaço. 
Na Idade Antiga, os gregos deram impulso a Cartografia influenciando na elaboração 
de mapas como os atuais incluindo linha do equador, trópicos, círculos polares, meridianos e 
paralelos. Na idade média há pouca referências de evolução da cartografia e as mesmas são 
caracterizadas por esboços e croquis desprovidos de beleza e funcionalidade. Na Alta Idade 
5 
 
Média a curiosidade geográfica torna-se perigosa visto que não se conheciam as antigas 
fronteiras do Império Romano e quais fronteiras delimitavam os Estados da Europa 
propriamente dita. No fim da Idade Média e início da Moderna, surgem os portulanos (carta 
com a posição do portos de diferentes países com indicação de norte e sul). 
Na Idade Moderna trouxe a necessidade de conhecimentos mais precisos da regiões. 
Surgiram modelo matemáticos geométricos perfeitos de representaçãoterrestre, utilização 
correta da topografia, aperfeiçoamento da litografia, fotografia e impressão de cores que 
auxiliaram no desenvolvimento da cartografia. Neste período desenvolveu se a fotogrametria 
gerando mapas mais precisos de grandes áreas (MENEZES e FERNANDES, 2013). 
 
Ilustrações de mapas antigos 
 
Figura 2. O mapa de Catal Hoyük em seu local original(a) e Representação gráfica do 
original (b). 
 
 
Figura 3. Mapa dos nativos das Ilhas Marshall (a) e Carta Pisana (b) 
 
6 
 
 
Figura 4. Mapa de Ptolomeu 
 
Figura 5. Carta Portulana 
 
3. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS MAPAS E FORMAS DE 
APRESENTAÇÃO DOS MAPAS 
 
3.1.CONCEITO DE MAPA 
 
Mapa é definido como a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos 
aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma 
figura planetária, delimitada por elementos físicos, político administrativos, com diversos fins 
e destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos (IBGE, 1998). 
Os mapas podem ser considerados tão importantes quanto a linguagem escrita, pois se 
7 
 
caracterizam como uma forma eficaz de armazenamento e comunicação de informações 
espaciais que abordam aspectos naturais, sociais, culturais e políticos (Figura 6) (MENEZES e 
FERNANDES, 2013). 
Dessa forma mapa é uma importante ferramenta de identificação da organização do 
espaço, avaliação das alterações na forma de sua ocupação e como instrumento de expressão 
dos resultados compilados (PASSINI, 1994). 
Podemos entender o mapa como qualquer representação, geralmente plana, pois existem 
também representações em alto relevo e representações sobre uma superfície redonda como o 
globo), parcial ou total da superfície mostrando em escala reduzida. 
Os mapas possuem diversas classificações conforme diversos autores, mas as mais 
adaptadas quanto a comunidade cartográfica se dividem em mapas de referência e mapas 
temáticos. 
 Raisz (1969) por exemplo, que classificou os mapas em gerais e especiais, sendo que os 
mapa gerais seriam exclusivamente de representação da superfície da Terra, com os acidentes 
geográficos, planimétricos e topográficos, independentemente da escala e os os mapas especiais 
seriam os políticos, urbanos, de comunicações científicas, econômicos, artísticos, de 
propaganda, de navegação aérea e marítima e os mapas cadastrais 
 Define como mapas temáticos todos os mapas que representam qualquer tema, além da 
representação do terreno. A elaboração de mapas temáticos abrange algumas etapas como 
coleta de dados, análise, interpretação e representação. Os procedimentos de levantamento, 
redação e comunicação de informações por meio de mapas, diferem de acordo com a formação 
e especialização dos profissionais em cada campo, a exemplo dos geólogos, geomorfólogos, 
geógrafos, entre outros, que se expressam na forma gráfica (ARCHELA e THÉRY, 2008). 
Segundo Pena (2016) os mapas temáticos são divididos em: 
 Mapas físicos: são mapas que representam a superfície física da terra, como as formas 
de relevo, a hipsometria (as altitudes da terra divididas em cores), a hidrografia, o clima, 
entre outros (Figura 6). 
8 
 
 
Figura 6. Mapas físicos 
 
 Mapas econômicos: são mapas que representam a produção do espaço econômico, isto 
é, as atividades econômicas de uma determinada área, bem como a distribuição de dados 
estatísticos, por exemplo: a receita financeira dos estados brasileiros, o índice de 
População Economicamente Ativa (PEA) de uma região etc. 
 Mapas demográficos: trata-se da representação espacial das populações, como índices 
populacionais, taxas de analfabetismo, migrações etc. 
 Mapas políticos: representam as divisas e fronteiras entre países e/ou entre unidades 
federativas estabelecidas e consolidadas politicamente (Figura 7). 
 
 
Figura 7. Mapa político 
 
 Mapas históricos: são mapas utilizados para representar algum acontecimento em 
algum período histórico, como as áreas colonizadas no Brasil até o século XVII. 
9 
 
 Mapas estilizados: são mapas em que não há a representação fiel das proporções das 
diferentes áreas do espaço geográfico, alterando suas formas conforme as informações. 
Um exemplo desse tipo de mapa é a projeção de anamorfose demonstrado pela Figura 
8 onde os países mais populosos ficaram maiores e os menos populosos, menores. 
 
 
Figura 8. Mapas estilizados 
Os mapas também podem ser classificados quanto a forma de representação. Rosa 
(1996) classifica os mapas em três categorias a seguir: 
 Escala grande - mapas urbanos em 1:500, 1:1.000, 1:2.000 e 1:5.000; 
 Escala média - mapas topográficos em 1: 25.000, 1:50.000, 1:100.000 e 1:250.000; 
 Escala pequena - mapas geográficos em escalas 1:500.000 e menores. 
 
3.2.PLANTAS E CARTAS 
 
Outras formas de apresentações dos mapas são as cartas e as plantas. A carta é uma 
representação de parte da superfície terrestre em escala média ou grande, dos aspectos artificiais 
e naturais de uma área, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos 
e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de detalhes, com grau de precisão 
compatível com a escala. As observações e informações tais como título, escala e fonte, 
aparecem fora das linhas que fecham o quadro da representação, ou seja, a linha que 
circunscreve a área objeto de representação espacial (ARCHELA e THÉRY, 2008). 
A Planta é uma representação, geralmente em escala grande, destinada a fornecer 
informações muito detalhadas, visando diversos fins como o cadastro urbano, a certos fins 
econômicos-sociais militares (OLIVEIRA, 1983). 
O IBGE (2016) aborda claramente as características dos mapas, carta e planta: 
10 
 
 
MAPA (Características): 
-representação plana; 
-geralmente em escala pequena; 
- área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político-
administrativos; 
- destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos. 
 
CARTA (Características): 
-representação plana; 
-escala média ou grande; 
-desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática; 
- limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de 
direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes. 
PLANTA - a planta é um caso particular de carta. A representação se restringe a uma área 
muito limitada e a escala é grande, consequentemente o número de detalhes é bem maior. 
 
3.3.FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS MAPAS 
 
 Até o início da década de 80, os mapas em papel eram considerados um dos poucos 
meios cartográficos de representação e armazenamento da informação geográfica, mas com 
desenvolvimento tecnológico ampliou a capacidade de representação e armazenamento da 
informação, incorporando conceitos de exibição de mapas em telas gráfica de monitores de 
vídeo, mapas voláteis, bem como caracterizando os meios magnéticos de armazenamento da 
informação, tais como: CD-ROM, discos rígidos, fitas magnéticas, disquetes, etc, como uma 
forma numérica de representação (MENEZES e FERNANDES, 2013). 
Os mapas podem ser classificados conforme Meneguette (2012): 
 Mapas podem ser descritos como: permanentes (em meio analógico, como o papel) ou 
virtuais (em forma cognitiva ou em meio digital), visíveis (podem ser vistos) ou 
invisíveis (armazenados em uma base de dados), tangíveis (podem ser manuseados ou 
tateados) ou intangíveis (existir apenas na mente das pessoas ou estar armazenado em 
meio digital). 
11 
 
 
 Mapas podem existir em várias formas: no papel (permanente, visível e tangível), na 
tela do computador (virtual, invisível e tangível), no disco do computador (virtual, 
invisível, tangível), na rede de computadores em uma base de dados (virtual, invisível, 
intangível). 
 
 Mapas têm funcionalidades adicionais, podendo ser: dinâmicos (animados em tempo 
real), interativos (contendolinks para conectar com informação adicional dentro da base 
de dados relacionada, oferecendo fontes de informação que vão além do conteúdo 
visível), interfaces com links que ajudam os usuários a navegar pelo geoespaço (através 
de redes associadas de bases de dados contendo informação relacionada 
geoespacialmente), sonoros (uma nova variável incorporada). 
 
 Mapas podem ser usados como: imagens virtuais únicas ou coleções de imagens virtuais 
acessíveis em CDs ou pela rede de computadores; parte de um sistema interativo no 
qual o usuário/tomador de decisão pode selecionar a interagir com os mapas 
previamente elaborados; interface para acessar bases de dados a fim de se realizar 
buscas e customizar o que for necessário. Mapas podem ser interfaces interativas, com 
funcionalidades que permitem o processo de visualização para ser utilizado em 
mineração de dados e exploração a partir das bases de dados, bem como em análise de 
dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
4. DIVISÃO DA CARTOGRAFIA, COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA E 
INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E CARTOGRÁFICA 
 
O quadro 1 adaptado por Sanchez (1981) citado por Carvalho e Araújo, 2008, permite 
compara os ramos da Cartografia a partir de qualidades ou atributos inerentes a cada um deles. 
Quadro 1 - Principais diferenças entre Cartografia Sistemática e Cartografia Temática 
Atributos Cartografia Sistemática Cartografia temática 
Conteúdo Mapas topográficos com a 
representação do terreno 
Mapas temáticos que 
representam qualquer tema 
Objetivos Atendem a uma ampla 
diversidade de propósitos 
Atendem usuários 
específicos 
Validade Podem ser utilizados por 
muito tempo 
Geralmente os dados são 
superados com rapidez 
Preparo do usuário Leitura simples. Não 
requerem conhecimentos 
específicos para sua 
compreensão. 
Interpretação complexa. 
Requerem conhecimentos 
específicos para sua 
compreensão. 
Quem elabora Elaborados por profissionais 
especializados em 
cartografia 
Geralmente elaborados por 
pessoas não especializadas 
em cartografia 
Uso das cores Utilizam cores de acordo 
com as convenções 
estabelecidas para mapas 
topográficos. 
Utiliza cores de acordo com 
as relações entre os dados 
que representa. 
Simbolismo Uso generalizado de palavras 
e números para mostrar os 
fatos 
Uso de símbolos gráficos, 
especialmente planejados 
para facilitar a compreensão 
de diferenças qualitativas e 
quantitativas 
Derivação Sempre servem de base para 
outras representações 
Dificilmente podem servir de 
base para outras 
representações. 
Fonte: Baseado em Sanchez, 1981 
 
A cartografia sistemática é a ciência responsável pela representação genérica da 
13 
 
superfície tridimensional da Terra no plano e a cartografia temática tem como preocupação 
básica a elaboração e o uso dos mapeamentos temáticos, abrangendo a coleta, a análise, a 
interpretação e a representação das informações sobre uma carta base (ROSA, 1996). 
Duarte (1991) também divide a Cartografia em dois grandes ramos, a Cartografia Geral 
e Temática, onde a primeira, incluem-se os mapas de uso geral e segundo, os mapas destinados 
a um público especifico ou especial. A cartografia geral ou base é definida pela precisão das 
medições na confecção dos mapas e procura representar com perfeição as feições de interesse 
com apoio da fotogrametria, geodésia e topografia tendo como exemplo as carta náuticas 
enquanto que a Cartografia temática são derivados diretamente de trabalhos de levantamentos 
básicos ou seja depende de um grupo de referência ou base ao representar as feições tendo como 
exemplo os mapas de ensino, pesquisa, atlas (MENEZES e FERNANDES, 2013) 
Muitos autores assim como Sanchez (1981) afirmam ser impossível estabelecer uma 
linha divisória entre a cartografia sistemática e a temática pois, em muitos casos, as diferenças 
são sutis. Assim dependendo da situação um mapa pode ser classificado como temático ou 
sistemático. 
Regras básicas para representação temática segundo Duarte (2002): 
 Um fenômeno se traduz somente por um sinal. 
Ex: A representação da presença de carvão, assim como outros elementos em uma 
região, será feita por um único símbolo. 
 Carvão Ouro Prata 
 
 Um valor forte ou fraco se traduz por um sinal forte ou fraco. 
Ex: Ao representar a densidade demográfica, as áreas menos densas são mostradas com 
cores claras e as mais densas com cores escuras. 
 Menos densa Mais densa 
 As variações qualitativas se traduzem pela variação da forma dos sinais. 
Ex: Se representamos a presença de ouro, prata e carvão em uma região cada um desses 
elementos será representado por um símbolo bem distintos entre si ou quando 
apresentarem o mesmo símbolo as cores devem ser distintas. 
 
 As variações quantitativas se traduzem pela variação do tamanho dos sinais. 
 
 
14 
 
 
 
 As cores exercem influência sobre a pessoas provocando diversas reações. Juntamente 
com os símbolos, traços e letras devem ajudar para uma composição harmoniosa com 
os elementos e respeitando o bom senso. 
 
4.1.COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA 
 
Segundo Menezes e Fernandes (2013) os mapas são abstrações e simplificações do 
mundo real se tornando um meio de comunicação gráfica ou visual. A cartografia é então um 
meio de comunicação gráfica que exige um mínimo de conhecimento por parte daqueles que a 
utilizam. 
O mapa é um meio de comunicação gráfica ou visual e deve ser tratado como tal, devendo para 
isso considerar: 
 Cartógrafo; 
 Mapa; 
 Tema e 
 Usuário 
Menezes e Fernandes (2013) também afirma o cartógrafo faz a leitura e interpretação do 
mundo real e codifica as informações para o documento de comunicação, o mapa. O usuário 
por sua vez sem contato com o mundo real realiza a leitura e interpretação das informações 
contidas nele para que ao decodifica-las possa reconstituir o mundo real pelo cartógrafo (Figura 
9) sendo importante ressaltar em qualquer uma das etapas pode ocorrer ruídos. 
 
15 
 
 
Figura 9. Esquema do Ciclo ideal de comunicação cartográfica 
 
Martinelli (1991) citado por Rodrigues e Souza (2008) enfatiza que ao elaborar um 
documento cartográfico, é colocado em prática o processo de comunicação representado pela 
Figura 10. 
 
Figura 10. Processo de comunicação proposto por Martellini (1991). 
 
 
16 
 
4.2.INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA E CARTOGRÁFICA 
 
A informação geográfica possui algumas características como informação sobre locais 
na superfície da Terra, conhecimento sobre onde alguma coisa está, conhecimento sobre o que 
está em uma dada localização podendo ser muito detalhada (FERREIRA, 2008) ou seja que 
possuam relacionamento com um sistema de referência sobre a superfície terrestre. 
Fernandes e Graça (2014) enfatiza que geográfica pode ser definida por qualquer 
informação física, social, biológica, econômica, ecológica, ambiental, entre outras que possua 
a possibilidade de ser associada ou relacionada a um posicionamento sobre a superfície terrestre 
e possuindo três atributos básicos: 
 espacial: que se refere ao posicionamento, forma e relações geométricas entre as 
entidades espaciais; 
 descritivo: características definidoras da entidade geográfica ou os atributos que a 
qualificam; 
 temporal: que se refere à época de ocorrência do fenômeno geográfico. 
Conforme Menezes e Fernandes (2013), a informação cartográfica deve ser entendida como 
informação do mapa de origem estritamente cartográfica (paralelos, meridianos, pontos 
cotados) e representa a informação geográfica submetida ao processo de transformação. Assim 
uma informação cartográfica é uma informação geográfica capaz de ser representada em um 
mapa, após ter sido submetida ao processo de transformação cartográfica. Envolve basicamente 
três transformações: 
 As transformações geométricas correspondemàquelas posicionarão os sistemas de 
coordenadas terrestres e do mapa, bem como relacionará o tamanho do mapa com a 
superfície terrestre. Assim podem ser caracterizadas as transformações de rotação, 
translação e escala. Exemplo: 
 
 
17 
 
 As transformações projetivas caracterizam o processo de transformação entre o mundo 
real tridimensional sobre uma superfície curva, a superfície terrestre, para uma 
representação bidimensional plana. Exemplo: 
 
 
 As transformações de natureza cognitiva, que tratam da modelagem do mundo real pelo 
cartógrafo, implicando na modelagem gráfica. São caracterizadas pelas transformações 
de generalização (seleção, classificação, simplificação) e a simbolização: Exemplo: 
 
 
5. ESCALA, ESCALAS E SÉRIES CARTOGRÁFICAS 
 
O conceito de escala torna-se essencial para qualquer tipo de representação espacial, pois 
para possibilitar a visualização gráfica do mundo real, torna-se necessário uma alteração nas 
medidas do mesmo. 
A escala do mapa é a razão entre uma medida efetuada no mapa e a medida 
correspondente ao real, na superfície terrestre. Isso significa que as medidas de comprimento e 
área efetuadas no mapa representam diretamente seus valores reais no terreno. Com a escala 
cartográfica, a informação geográfica poderá ser visualizada de acordo com diferentes níveis 
de detalhamento, proporcionando diferentes possibilidades de interpretação. Veja o exemplo da 
Figura 1. 
18 
 
 
Figura 11. Visualização do município de Alegre-ES de acordo com diferentes escalas no mapa. 
No primeiro mapa da figura, não é possível identificar o município de Alegre, localizado 
no estado do Espírito Santo, porém, se o objetivo for visualizar a localização do estado do 
Espírito Santo em relação aos demais estados brasileiros, a escala utilizada é adequada. No 
segundo mapa, vemos um nível maior de detalhamento, onde é possível identificar o município 
de Alegre e sua localização no estado do Espírito Santo. Porém, se o objetivo for um maior 
detalhamento à nível de município, esse mapa não é adequado, tornando-se necessária a 
utilização de uma escala maior. O último mapa possibilita visualizar melhor os detalhes para o 
município de Alegre-ES, como as manchas urbanas, por exemplo, representadas pela cor cinza 
na imagem. 
 
 
 
 
 
 
O milímetro, o centímetro, o metro e o quilômetro são medidas de distância. Um 
milímetro corresponde, mais ou menos, à largura de um alfinete, um centímetro a 10 mm, um 
decímetro a 10 cm , um metro a 10 dm ou 100 cm e, um quilômetro 100.000 cm ou 1000 m. 
Dominar essas noções é importante para se trabalhar com mapas, pois eles normalmente são 
feitos em medidas de centímetros ou milímetros, correspondendo na realidade mapeada a 
quilômetros ou metros. 
A escala pode ser numérica ou gráfica: 
Nota: É importante fazer as seguintes associações!! 
 Quanto menor o número da escala, maior é a escala. Por exemplo, uma escala de 1: 
400 possui um número maior (número 400) em relação a uma escala de 1: 5 (número 
5) e, portanto, pode ser considerada uma escala menor; 
 Quanto maior a escala, maior o nível de detalhes visualizados. Seguindo o exemplo 
anterior, uma escala de 1:5 apresenta maiores detalhes em relação à uma escala de 
1: 400. 
 
19 
 
Escala numérica 
 Representada por uma fração, sendo o numerador a distância no mapa e o denominador, 
a distância no terreno. Pode ser expressa das seguintes formas, exemplo: 1:50.000 = 1/50.000 
= 
000.50
1
 
Escala gráfica ou de barra 
 Representada por uma linha dividida em partes que mostram os comprimentos na carta 
diretamente em termos da unidade do terreno. Esse tipo de escala é muito comum nas 
representações cartográficas encontradas em livros e atlas, pois acompanha facilmente as 
reduções sofridas pelo mapa ao se ajustar nas dimensões do papel. Além disso, em estudos 
histórico-cartográficos, a linha graduada tem um peso grande em análises de cartas e mapas 
produzidos décadas atrás, pois acompanha as deformidades sofridas pelo papel. São exemplos 
de escalas gráficas (Figura 12): 
 
Figura 12. Exemplos de escala gráfica. 
Na Figura acima, os quatro exemplos de escala gráfica ilustrados podem ser utilizados caso a 
medida no mapa (representada pelo desenho da escala inteira) seja correspondente a 100 km no 
terreno. 
6. ERRO E PRECISÃO GRÁFICA 
 
De acordo com Menezes e Fernandes (2013), a escala de representação está relacionada 
ao conceito de evolução espacial e de precisão de observação. O olho humano é capaz de 
distinguir uma medida linear de aproximadamente 0,1 mm. Um ponto, porém, só poderá ser 
percebido caso os valores estejam em torno de 0,2 mm de diâmetro. Esse valor (0,2 mm) é 
adotado como a precisão gráfica percebida pela maioria dos usuários e caracteriza o erro gráfico 
20 
 
vinculado à escala de representação. Neste sentido, a precisão gráfica poderá ser calculada 
utilizando-se uma regra de três simples, a partir da escala do mapa, na forma como se segue: 
Exemplo: Considerando uma escala de 1: 20.000 e sendo a precisão gráfica representada por 
X, tem-se: 
 
 
 
Quanto menor a escala de observação, maior será o erro relativo associado. Geralmente, 
quando se faz a representação de uma parte da superfície terrestre, entende-se que a escala a ser 
aplicada será de redução. Essa redução traz o erro gráfico aplicado à escala de representação. 
Sendo assim, o erro gráfico já é o componente final de outros erros inerentes ao processo de 
construção do mapa. 
Existe uma legislação brasileira (BRASIL, 1984), relacionada ao erro e precisão e define 
os padrões de exatidão cartográfica (PEC), conforme tabela 1. Apesar de antiga, ainda é 
utilizada como parâmetro de definição da exatidão cartográfica de um documento. 
Tabela 1. Padrões de exatidão cartográfica estabelecidos 
Origem do dado 
Planimétrico Altimétrico 
Classe Tolerância Erro padrão Tolerância Erro padrão 
A 0,5 mm 0,3 mm 
1/2 equidistância das 
curvas de nivel 
1/3 equidistância das curvas 
de nivel 
B 0,8 mm 0,5 mm 
3/5 equidistância das 
curvas de nivel 
2/5 equidistância das curvas 
de nivel 
C 1 mm 0,6 mm 
3/4 equidistância das 
curvas de nivel 
1/2 equidistância das curvas 
de nivel 
 
6.1.ESCOLHA DA ESCALA 
 
A escala varia em função da finalidade da carta e da sua conveniência. As condições 
básicas para a escolha de uma escala de representação são: 
1. Dimensões da área do terreno que será mapeado; 
2. Tamanho do papel em que será representado o terreno; 
1 - 20.000 
0,2 - X 
X= 4.000 mm ou 4 m 
 
21 
 
3. A orientação da área; 
4. Erro gráfico; 
5. Precisão do levantamento e/ou das informações a serem plotadas no mapa. 
Pela dimensão do terreno e tamanho do papel, pode-se fazer uma primeira aproximação 
para a escolha da escala ideal de representação. A partir dessa primeira aproximação, deve-se 
arredondar a escala para o valor inteiro mais próximo. O tamanho do papel a ser considerado, 
neste caso, deve descontar o espaço utilizado pelas margens e legenda. 
6.2.DETERMINAÇÃO DA ESCALA DE UM MAPA 
Caso não seja fornecida a escala de um mapa, é possível obter uma aproximação da 
mesma por meio da medição do comprimento de um arco de meridiano entre dois paralelos. O 
comprimento médio de um arco de meridiano é 111,111 km, bastando dividir a distância 
encontrada no mapa por esse valor. 
7. SÉRIES CARTOGRÁFICAS 
Para se mapear sistematicamente um determinado espaço geográfico, como é o caso de 
um estado ou país, geralmente é necessário dividir a área em folhas de formato uniforme numa 
mesma escala. Segundo Oliveira (1998), o mapeamento básico tem por objetivo elaborar cartas 
destinadas à cobertura sistemática de um país das quais outras cartas podem ser derivadas. 
O melhor exemplo de uma série cartográfica é a Carta do Brasil ao Milionésimo (esc. 
1:1.000.000). Cada folha da carta deve abranger,como regra, uma área de 4º em latitude por 6º 
em longitude. As folhas serão limitadas por meridianos espaçados de 6º em 6º, a partir do 
meridiano internacional, e por paralelos espaçados de 4º em 4º, a partir do Equador. Para cobrir 
o território brasileiro são necessárias 46 folhas desse formato. A partir da Carta Internacional 
ao Milionésimo - CIM - derivam outras séries de cartas, como as discriminadas abaixo com 
seus respectivos formatos. 
 
 
 
 
 
 
Escala Formato 
1:1.000.000 6º x 4º 
1: 500.000 3º x 2º 
1: 250.000 1º30’ x 1º 
1: 100.000 30’ x 30’ 
1: 50.000 15’ x 15’ 
1: 25.000 7’30’’ x 7’30’’ 
 
22 
 
 
Nenhuma folha impressa deverá exceder de 100 centímetros por 80 centímetros. 
Articulação sistemática das folhas: segundo o IBGE (1993), a articulação das folhas é 
apresentada de acordo com o seguinte esquema: 
 
1) A primeira parte consiste de uma letra dada pela divisão dos hemisférios para a latitude, 
isto é, N, para a latitude norte, e S, indicando latitude sul; 
2) A segunda parte consiste na divisão por zonas de intervalo de 4º, determinadas pelas 
letras A, B, C, D, E,..., V, respectivamente. Isto é válido até o paralelo 88º norte ou sul e as duas 
calotas polares levarão a letra Z; 
3) A terceira parte é determinada pela fórmula (a ou b), que indicará o fuso correspondente 
da área abrangida na escala 1:1.000.000, sendo este estabelecido a partir do antimeridiano de 
Greenwich, a cada 6º de intervalo. 
 
(a) N = [(180° ±l )/6° ] + 1 
(b) N = [(180° ±l )/6° ] 
Considera-se (a) para as longitudes que não são múltiplas de seis e para (b), caso 
contrário. No cálculo, vale-se do sinal (-) para as longitudes a oeste de Greenwich e (+) para as 
situadas a leste do mesmo meridiano. Para os demais elementos segue a divisão estabelecida a 
partir da folha ao milionésimo: 
- Dividindo-se a folha ao milionésimo nas metades de sua latitude e longitude serão 
geradas 4 folhas num formato 3° x 2° cuja escala será 1:500.000. - da folha 1:500.000 serão 
geradas 4 folhas num formato 1° 30’ x 1° sendo a escala igual a 1:250.000. - da folha 1:250.000 
teremos 6 folhas num formato 30’ x 30’ cuja escala será 1:100.000. Da folha 1:100.000 serão 
geradas 4 folhas num formato 15’ x 15’ cuja escala será 1:50.000. - da folha 1:50.000 serão 
geradas 4 folhas num formato 7’30’’ x 7’30’’ cuja escala será 1:25.000. Quando a folha situar-
se na zona prevista, porém limitada por meridianos que não são os próprios do fuso, os 
meridianos limites este e oeste serão indicados entre parêntesis, após o índice de nomenclatura. 
Exemplo: NL-21* (60° - 53° ). Cabe salientar, ainda, que as folhas nas escalas maiores que 
1:25.000 não são normatizadas até o momento. A Figura 3 representa todas as folhas expostas 
acima. 
23 
 
Mapa índice: segundo o IBGE (1993), além do índice de nomenclatura, dispomos de 
outro sistema de localização para folhas. Nesse sistema numeramos as folhas de modo a poder 
referenciá-las através de um simples número. Assim: 
- Para as folhas de 1:1.000.000, usamos a numeração de 1 a 46; 
- Para as folhas de 1:250.000, usamos a numeração de 1 a 550; 
- Para as folhas de 1:100.000, usamos a numeração de 1 a 3036. 
Este último é conhecido como MI, que significa mapa índice, e os dois primeiros como 
MIR, mapa índice reduzido. O número MI substitui a configuração do índice de nomenclatura 
para escalas de 1:100.000. Por exemplo, a folha SD-23-Y-C-IV corresponderá ao MI 2215. 
 
Figura 13. Articulação sistemática da nomenclatura de cartas. 
24 
 
Para as folhas em escala de 1:50.000, o MI vem acompanhado de um dos algarismos 1,2,3 
ou 4, correspondente ao quadrante de uma folha 1:100.000. Por exemplo, a folha SD-23-Y-C-
IV-3 corresponderá ao MI 2215/3, ou seja, terceiro quadrante da folha 1:100.000 (MI 2215). 
Para as folhas de 1:25.000, acrescenta-se o indicativo (NO,NE,SO ou SE) conforme a 
situação da folha em relação à anterior. Por exemplo, a folha SD-23-Y-C-IV-3-NO 
corresponderá ao MI 2215/3-NO, ou seja, o quadrante noroeste da folha 1:50.000 (MI 2215/3). 
O número MI deve ser indicado no canto superior direito das cartas topográficas nas escalas 
1:100.000, 1:50.000 e 1:25.000, obedecendo à norma cartográfica hoje em vigor, conforme 
recomendam as folhas-modelo publicadas pela DSG, órgão responsável pelas normas técnicas 
referentes às séries de cartas gerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
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