CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO

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CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
As células que servem a papéis especializados nas respostas imunes inata e adaptativa incluem fagócitos (células que fazem fagocitose), células dendríticas, linfócitos específicos para antígeno e vários outros leucócitos que agem para eliminar os antígenos.
Fagócitos
Os fagócitos (células que fagocitam), incluindo neutrófilos e macrófagos, são as células cuja função primária é ingerir e destruir microrganismos e se livrar dos tecidos danificados.
Etapas:
1) Recrutamento das células para locais de infecção;
Migram para o local da infecção 
2) Reconhecimento e ativação pelos microrganismos;
Reconhecer se é um microrganismo
3) Ingestão dos microrganismos por processo de fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos.
Em algumas exceções, mesmo após a ingestão os microrganismos conseguem resistir e o sistema imunológico precisará agir de uma outra maneira. 
Atenção: essas funções dos fagócitos são importantes na imunidade inata e na fase efetora de algumas respostas imunes adaptativas. 
Os macrófagos também são APCs, por isso também estão presentes na imunidade adaptativa. 
Neutrófilos (1° recrutados para o local infecção)
Os neutrófilos, também chamados de leucócitos polimorfonucleares (núcleo segmentado), constituem a população mais abundante de células brancas sanguíneas circulantes e medeiam as fases iniciais das reações inflamatórias.
Morfologia:
- O núcleo de um neutrófilo é segmentado em três a cinco lóbulos conectados;
- Tamanho: 12 a 15 mm de diâmetro com numerosas projeções membranosas.
- O citoplasma contém grânulos de dois tipos:
· Grânulos específicos: enzimas, lisozima, colagenase e elastase;
· Grânulos aurofílicos: enzimas microbicidas, incluindo defensinas e catelicidina.
Atenção: os neutrófilos são produzidos na medula óssea e surgem de precursores que também dão origem a fagócitos mononucleares. 
Atenção 2: A produção dos neutrófilos é estimulada pelo fator estimulador de colônias (G-CSF). Esse estimulador, estimula a produção dos neutrófilos, que acontece na medula óssea. 
Vida curta: 1 a 2 dias, por isso a sua grande produção. 
Um humano adulto produz mais de 1x10 elevado a 11 neutrófilos por dia, cada qual circulando no sangue por horas ou poucos dias.
(Foto)
Fagócitos Mononucleares
O sistema fagócito mononuclear inclui as células circulantes denominadas monócitos (células que vão amadurecer no local da infecção formando os macrófagos) e células residentes teciduais denominadas macrófagos (presente nas fases iniciais das respostas imunes inata). 
Formas de produção de macrófagos:
1) Órgãos hematopoiéticos fetais (saco vitelino, fígado)
Célula tronco-hematopoiética – tecidos embrionários precursores de macrófago – sangue – tecido – diferenciação:
· Cérebro: células da micróglia;
· Fígado: célula de Kuppfer;
· Pulmão: macrófago alveolar;
· Baço: macrófagos sinusoidais.
2) Medula óssea 
Célula-tronco hematopoiética – monócito/precursor da célula dendrítica – monoblasto – monócito – macrófago – ativação – macrófagos ativados. 
Células precursoras na medula óssea proteína denominada fator estimulador de colônia de monócito (ou macrófago) (M-CSF). 
Os monócitos amadurecem para formar os macrófagos. 
Macrófagos
Funções:
1) Ingerir e matar microrganismos. Os mecanismos de morte, incluem a geração enzimática de espécies reativas de oxigênio e nitrogênio que são tóxicas aos microrganismos e digestão.
1) Ingerem células mortas do hospedeiro, incluindo células que morrem nos tecidos por causa de trauma ou suprimento sanguíneo interrompido e neutrófilos que se acumulam nos locais de infecção.
Ele faz uma limpeza geral
3) Os macrófagos também reconhecem e englobam células apoptóticas antes que as células mortas possam liberar seus conteúdos e induzir respostas inflamatórias. 
4) Macrófagos promovem o reparo de tecidos danificados pela estimulação do crescimento de novos vasos sanguíneos (angiogênese) e síntese de matriz extracelular rica em colágeno (fibrose).
5) Macrófagos servem como APCs que apresentam antígenos e ativam os linfócitos T.
Os macrófagos podem adquirir capacidades funcionais distintas, dependendo dos tipos de estímulos ativadores aos quais são expostos.
Algumas citocinas produzidas pelos subgrupos de células T ativam macrófagos para estes se tornarem eficientes em matar microrganismos, o que é chamado de ATIVAÇÃO CLÁSSICA.
O linfócito T auxiliar dá um estímulo para os macrófagos ficarem mais “fortes” para destruit os microrganismos. Essa ativação se dá através de citosinas (proteínas produzidas pelo linfócito T). 
Outras citocinas ativam os macrófagos para promover o remodelamento e reparo tecidual, o que se denomina ATIVAÇÃO ALTERNATIVA.
Funciona basicamente como um reparo tecidual, ocasionado pela entrada dos microrganismos. 
Mastócitos
Os mastócitos são células derivadas da medula e presentes na pele e mucosa epitelial, contendo abundantes grânulos citoplasmáticos cheio de histamina (sinalizadores que algo está errado) e outros mediadores.
Função:
- Os mastócitos funcionam como sentinelas nos tecidos, onde eles reconhecem produtos microbianos (antígenos) e respondem produzindo citocinas e outros mediadores que induzem inflamação. 
- Estas células fornecem defesa contra helmintos (vermes) e outros microrganismos, mas também são responsáveis pelos sintomas das doenças alérgicas.
Fique atento: o fator de citocina de célula-tronco (também denominado ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento do mastócito. 
Basófilos
Basófilos são granulócitos sanguíneos com muitas similaridades estruturais e funcionais com os mastócitos.
Os basófilos são derivados de progenitores da medula óssea (uma linhagem diferente da dos mastócitos). Amadurecem na medula óssea e circulam no sangue. 
Fique atento: os basófilos constituem menos de 1% dos leucócitos sanguíneos.
- Os basófilos expressam receptores para imunoglobulinas IgE, ligam IgE e podem ser ativados por antígeno ligado à IgE. 
Eosinófilos (parasitas)
Os eosinófilos são granulócitos sanguíneos que expressam grânulos citoplasmáticos contendo enzimas que são danosas às paredes celulares de parasitas, mas também podem danificar os tecidos do hospedeiro (eosinofilia, pesquisar).
São derivados da medula óssea 
Geralmente presente nos tecidos periféricos, geralmente nas mucosas do trato respiratório, tratogastro intestinal e geniturinário e podem migrar para o local da inflamação.
As citocinas GM-CSF, IL-3 e IL-5 (interleucinas/citosinas) promovem a maturação do eosinófilo a partir de precursores mieloides. 
Células apresentadoras de antígenos (APCs)
As células apresentadoras de antígenos (APCs) capturam microrganismos e outros antígenos, apresentam-nos aos linfócitos e fornecem sinais que estimulam a proliferação e diferenciação dos linfócitos.
- O principal tipo de APC que está envolvido na iniciação das respostas da célula T é a célula dendríticas. 
- Um tipo células especializado, chamado de célula dendrítica folicular, apresenta antígenos aos linfócitos B durante fases particulares das respostas imunes humorais. 
Outras células apresentadoras de antígeno
Em adição às células dendríticas, macrófagos e linfócitos B são importantes células apresentadoras de antígenos para as células T auxiliares CD4.
Macrófagos: apresentam antígenos para os linfócitos T auxiliares nos locais de infecção, o que leva à ativação da célula T auxiliar (dar uma “força” para que o macrófago aumente sua atividade microbiana para destruir os microrganismos). 
Esse processo tem o objetivo de erradicar os microrganismos que são geridos pelos fagócitos, porém eles ainda não morreram. 
Células B: apresentam antígenos às células T auxiliares, o que é um passo importante na cooperação das células T auxiliares com as células B para as respostas de anticorpos aos antígenos proteicos.
Células dendríticas
As células dendríticas são as APCs mais importantes para a ativação das células T imaturas e têm papel principal nas respostas inatas às infecções e na ligação das respostas imunes inata e adaptativa.
Células dendríticasclássicas (ou convencionais): a maioria das células dendríticas na pele, mucosa e parênquima de órgãos. 
Atuam respondendo aos microrganismos migrando para os linfonodos onde elas apresentam antígenos proteicos microbianos aos linfócitos T. 
Células dendríticas plasmocitoides: uma subpopulação de células dendríticas, consiste em respondedores celulares precoces à infecção viral.
Reconhecem os ácidos nucleicos dos vírus e produzem proteínas solúveis para destruir os vírus. 
Fique atento: maturação das células dendríticas
Produção das células dendríticas:
Maturação das células dendríticas: Citocina denominada ligante Flt3, que se liga ao receptor tirosinoquinase Flt3 nas células precursoras. 
Os monócitos além de se transformarem em macrófagos, eles podem se tornar células dendríticas inflamatórias no local da infecção, quando é produzida na medula óssea.
Células dendríticas foliculares (FDCs) – ativação do linfocito B
As células dendríticas foliculares (FDCs) são células com projeções membranosas encontradas entremeadas em coleções de células B ativadas nos folículos linfoides de linfonodos, baço e tecidos linfoides mucosos.
Função:
As FDCs ligam e apresentam antígenos proteicos em suas superfícies para o reconhecimento pelos linfócitos B. 
Ativa o linfócito B – que posteriormente fará a produção de anticorpos.