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,,i: ;tj 7 -Thonron De.v-Lr.n'- Hi '-,it.a cia célula eucartottca VISÃO GERAL: CÉLULAS E COMPARTIMENTOS OELU LARES 2 1,1 Há mais de três bilhÕes de anos' sob condições não inteiramente claras e num instante do tempo difícii de compreender, elementos como carbono' hidrogênio, oxigênio' nitrogênio, enxofre e fÓsforo formaram compostos qutmicos simpies. Eles combinaram-se, dispersaram-se e recombi- naram-se. formando várias moléculas maiores, até surgir uma combinação capaz dese auto-replicar. Essas macromoléculas consisLiram c.le moléculas mais simples, unidas por ligaçÕes quÍmicas. Com a contínua evolução e a formação de moléculas ainda mais complexas, o meio aquoso ao redor de muitas dessas moléculas auto-replicativas foi envolto por uma mem- brana. Esse desenvolvimento proporcionou a essas estruturas primordiais a capacidade de controlar seu próprio meio' até certo grau. Uma forma de vida tinha se desenvolvido e a unidade de espaço tridimensional - a célula - tinha se estabelecido. Com o passar do tempo, diversas células se desenvolveram e tanto a quÍmica como a esirutura destas células tornaram-se mais compiexas. Elas conseguiam extrair nutrientes do meio, converter quimicamente estes nutrientes em fonte de energia ou em moléculas mais complexas' controlar os processos químicos que catalisavam e fazer a replicação celular. Desse modo, a vasta diversidade de vida tro;e observada, comeÇou' A célula é a unidade básica da vida em todas as formas de organismos vivos, da mais simples bactéria ao mais comPlexo animal. A membrana externa que delimita as céiulas, a membrana plasmática, delineia o espaÇo ocupado pela céiula e separa o variável, e potencialmente hostil, meio externo do meio interno, relativamente constante. E o elo de comunicação entre a célula e os seus arredores. Com base em diferenÇas microscópicas e bioquÍmicas' as células são divididas em duas classes importantes: pro- cariotos, que incluem bactérias, algas azuis e rickettsiae' e eucariotos, que incluem células de leveduras, fungos' '.,egetais e animais. Procariotos têm várias formas e tamanhos' ra iraroria dos casos tendo 1/l .000 a 1/1 0'000 do tamanho :a:áiula eucariolica. Eles não possuem as estruturas aeiii:iiiaoas por membranas intracelulares, visíveis ao rnirrcsccpic (Figura 1 '1). O ácido desoxirribonucléico (DNA) de !r:ca:i;:os esta, freqüentemente, segregado em uma discie:a i:5:sa, a região nucleoide' que não é envolta por nreii,'l:ara a: en':elooe. A membrana plasmatica e' frecüei:eir::l:3, in'.'aginada' Em contraste' células eucarioiicas -.ên 'lr,a i-nembrana bem definida' envolvendo um nÚciec celiial e r'árias estruturas e organelas intraceiulare s iFigu:-a 1 .1b). Sistemas de membranas inlracelulai-e-sde:=:::iila::compartimentossubcelulares distinlos, como iesci::: :.2 ,a:a- i 4 que permitem um grau singular de especiait,.zcZ: s:ocelular' Através da compartimentaiização, cl;::=:'::= reaçÔes químicas' que requerem diferentes meio.. ccc:l-: l(rri:r simultaneamente' Muitas reações ocorrem ern nreinalai:as especííicas ou sobre elas, criando mais um meio para as ci'iersas ilnçÕes da célula' Além dessas variaçÔes ÊsiIri:Ji-a: enrre células procarioticas e eucariólicas (Figura 1a e 1c;' ia olierenÇas em composição quÍmica e atividades bioquÍnricas Pr-ocarioios FIGUBA I.T"Oigunirrça, celular de células procarioticas e eucar!!!!311'. iu) "úi.ror.ópiu eletrônica de Escherrchia col/, um procarioto Íepresentatlv0; L,]*.rtã-ápi.rimado x 30 000 Existe pouca organizaqão intracelular e ;;À;; ,,ganetu cit0plasmática A cromatina está condensada numa z0na irrtitãt, ,àJ -at envolvicla por membrana Células procariÓticas são muito ;;n;;;t que células eucariÓticas ib) MicrograÍia eletrÔnica cle um corte ilrà ã. tÀr-roiula do Íígado (hepatÓcito cie rato)' uma célula eucariÓtica reoresentativa; aumento aproximado x 7 500 Note a membrana nucleat ili.in,;, ;ii;;.iãt otguntiut clelimitaclas por membranas ou vesÍculas e ã-t.,-ii. sistema de membranas Várias membranas criam vários "nmnartimentos intracelulares. Fotografia (a) gentilmente fornecida por Dr Mt E: à;v;, É;; à;;;, cancer tnsiiture, Pnitactetpnia' pa' fotosrafia (b'iooiuii ii, 'rnnissàa de Dr. K fr' Porter, de Porter' K R e Bonneville' M"ir*,\iÀ Si,itrure of Cells and ftssues Philadélphia Lea & Febiger' 1972 *,ri:: ' .iJ l*]"t . ,:'''-1: -' .':, - 'r"- . à.., .:.'" 'i, f; :-'ro.' d 'lê .*3- tr i' ;ri ';.,. * i;,'#.:.; l '*d". '' . *:{ -ffi3s hd*'.,', :+Õ;+ê*.1;. :;: * ... "E' i,#'.:' .,r'é -*: 'vl , q'"-..i :'h -i +" t&'' ., *T{,-:._. *Ftr ., ,s1 {lr) =,*.-."--=,s+g+*tt Ambienie celular; água e solutos TABEU 1.1 - ComponenEs Auímicas de Células Biológicas Companente Faixa de Pesas Molecslares 3 ro possuem histonas, uma classe de proteÍnas que se ,inplexam com o DNA em eucariotos. Existem importanles rerenças estruturais nos complexos ácido ribonucléico- rteÍna. envolvidos na biossíntese de proteÍnas, entre os tipos : célula, bem como diferenças nos mecanismos de transporte iavés da membrana plasmática e no conteúdo enzimático. . muitas semelhanças, porém, são igualmente ripreendenles. Neste livro, enfatizamos a quÍmica de :lariotos, em particular. células de mamíferos, mas grande ,ite do nosso conhecimento de bioquímica de células vivas rrn do estudos de células procarioticas e de células ,:arioticas que não São de mamíferos. 0s componentes rimicos básicos e as reaçÕes químicas fundamentais de todas células vivas são muito semelhantes. A disponibilidade de rtas populaçÕes de células, por exemplo, bactérias em ,trtraste com fÍgado humano.j guiaram nosso conhecimento .,-a aigumas células; en1 algumas áreas nosso conhecimento rroveniente, quase exclusivamente, de estudos de :cariotos. A universalidade de muitos fenômenos ,químicos, porém. permite muitas extrapolaçÕes da bactéria rfa o homem. Antes de dissecarmos as complexidades das células e dos ,:idos de mamíferos nos capÍtulos subseqüentes, é :rveniente rever algumas das características químicas e ;jcas do ambiente no qual vários fenômenos bioquímicos ilrrem. Esse ambiente impÕe muitas restrições sobre as ividades da cálula. A seção fina! esboça as atividades e as rções dos compartimentos subcelulares. AMBIEI{TE CELULAR: AGUA E SOLUTOS Todas as céluias biológicas contêm, basicamente, as i:smas unidades e os mesmos tipos de macromoléculas. As ,:sses gerais de substâncias celulares são apresentadas na ,oela 1 .1 . Há variaçÕes slgnificativas na concentração de tnponentes específicos em tipos de células diferentes e em ganelas de células eucarióticas. Microambientes são, rnbém, criados por macromoléculas e membranas cuja ,mposição difere da do meio circunvizinho. As células r]endem do ambiente para a obtenção dos nutrientes ,í\ ,'J" \\./. ..+., 'Y-íY ---r=.-__--l- H '104,50 fro lons inorgânicos Na' K', Cl-, S0í., HC03, Ca;', Mgr', etc Moléculás orgânicas pequenas Carboidratos, aminoácrdos, I ipídeos, nucleotídeos, peptídeos Macromoléculas Proteínas, polissacarÍdeos e ácidos nucléicos 10 23-1 00 1 00-i 200 50.000-1 .000.000.000 L i;UfrA 't.2 - Estrutura de uma molécula de água.,ngulo da ligação H-O-H é 1 04,5". 0s dois átomos de hidrogênio carregam a carga positiva parcial, e o oxigênio uma caÍga negativa parcial, criando ,ciipolo. necessários à reposição de componentes, crescimento e necessidades energéticas. Elas têm vários mecanismos para compensar as variaçÕes na composição do .meio externo. A água é o único componente comum a todos os ambientes. É o solvente no qual as substâncias necessárias à existência da célula estão dissolvidas ou suspensas. As propriedades físico- químicas singulares da água tornam possível a vida na Terra. Pontes de Hidrogênio Formam-se entre Moléculas de Agua Dois átomos de hidrogênio compartilham seus elétrons com um par de elétrons não-compartilhado de um átomo de oxigênio, formando uma molécula de água. 0 núcleo do oxigênio exerce uma atração mais forte sobre os elélrons compartilhados do que o hidrogênio, eos núcleos de hidrogênio, carregados positivamente, compartilham desigualmente os elétrons, criando uma carga positiria parcial em cada hidrogênio, e uma carga negativa parcial no oxiqênio. O ângulo da ligação entre os hidroqêrios e o oxigênio é 104,5', tornando a molécula eleiricai:elie assimétrica e produzindo um dipolo elétrico (Figura I .2). As moiéculas de água interagem porque os átomos cie nidrogênio de uma molécula, carregados positivamenie, são airaídos peio átomo de oxigênio de outra molécula, cariegacc negativamente, com a formação de uma ligação fiaca Enlre as duas moléculas de água (Figura 1.3a). Essa ligaçã0, indicada por uma linha tracejada, e uma ponte de hidrogênio. Uma discussão detalhada de inieraçÕes não-covalentes entre moléculas, incluindo interaçÕes eieirostáticas, de van der Waals e hidrofóbicas, ó apreseniado na página 52. Cinco moléculas de água formam uma eslrutura tetraédrica (Figura I .3b) porque cada oxigênic compartilha seus elétrons com quatro átomos de hidrcgênio e cada hidrogênio, com outro oxigênio. Uma rede tetraedrica é formada no gelo, criando uma estrutura crisralina. Algumas pontes de hidrogênio quebram- se quanoo o gelo transforma-se em água líquida. Cada Iigação é relaiivamente fraca, quando comparada à ligação covaiente, mas o grande número de pontes de hidrogênio entre as moléculas, na água líquida, é a razão para a estabilidade da água. Na realidade, a água lÍquida tem uma estrutura definida, derrida às pontes de hidrogênio que estão em estado /inâmico, quebrando-se e restabelecendo-se. ,As pontes de hidrogênio, ffi ffi lsirutura da célula eucariótica (a) *t ,* i I I I I FIGURA 1.3 - Ponte de hidrogênio. {ai Ponte de hidrogênio, indicada pela linha tracejada, entre duas moléculas de água, 1b) Ligação de cinco moléculas de água por pontes de hidrogênio tetraédricas. As moleculas de água 1,2 e 3 estão no plano da página, a 4 está acima e a 5, abaixo. na água, têm meia-vida menor que 1 x 10-10s. A água líquida contém um número significativo de pontes de hidrogênio, mesmo a 100oC, o qual responde pelo seu alto calor de vaporização; na transformação do estado líquido para vapor, pontes de hidrogênio são rompidas. Mloléculas de água estabelecem pontes de hidrogênio com diferentes estruluras químicas. Pontes de hidrogênio também ocorrem entre outras moléculas e dentro de uma molécula. onde um oxigênio ou um nitrogênio eletronegativo esteja próximo a um hidrogênio, covalentemente ligado a outro átomo eletronegativo. Pontes de hidrogênio represenlativas são apresentadas na Figura 1.4. Pontes de hidrôqênio intramoleculares ocorrem amplamente em macromoléculas grandes. tais como proteínas e ácidos nucléicos, e são parcialmente responsáveis por sua estabilidade estrutural. Muitos modelos para a estrutura da água líquida têm sido propostos, mas nenhum explica adequadamente todas as suas propriedades. A Agua Tem Propriedades Singulares como Solvente ,A naiureza polar e a capacidade de formar pontes de hidrogênio são a base para as propriedades solventes singulaies da água, Moléculas polares dispersam-se facilmente em água. Sais. nos quais uma rede cristalina é mantida pela atfação entre grupos positivos e negativos, dissolvem-se na água, porque forças eletrostáticas no cristal são superadas pela atração de cargas com o dipolo da água. NaCl é um exemplo onde a atraÇão eletrostática individual entre os átomos Na+ e Cl- é superada pela interação, do Na+, com as cargas negativas dos átomos de oxigênio, e do CI-, com as cargas positivas dos átomos de hidrogênio. Assim, uma camada de água circunda os íons individuais. O número de interaçÕes fracas carga-carga entre água, e os íons Na+ e cl-, é suficiente para separar os dois Íons carregados. Muitas moléculas orgânicas, que contêm grupos não- iônicos, mas grupos fracamente polares, são solúveis em água, graças à atração desies grupos pelas moléculas de água. Os açúcares e os álcoois são facilmente solúveis em água, por essa razão. As moléculas anfipáticas, compostos que contêm tanto grupos polares como não-polares, dispersam-se em água se a atração do grupo polar pela água conseguir superar as interaçÕes hidrofóbicas das porções não-polares das moléculas: Moiéculas muito hidrofóbicas, como compostos que contêm cadeias hidrocarbônicas longas, porém, não se dispersam facilmente em moléculas individuais, mas interagem uma com a outra, excluindo as moléculas polares de água. Algumas Moléculas D,issociam-se Formando Cátions e Anions As substâncias que se dissociam na água em um cátion (íon carregado positivamente) e um ânion (Íon carregado negativamente) são ciassificadas como eletrólitos. A presença de íons carregados facilita a condutância de uma corrente elétrica através da solução aquosa. Açúcares ou álcoois, que se dissolvem facilmente em água. mas não são carregados nem dissociam-se em espécies carregadas, são classificados como não-eletrólitos. Os sais de metais alcalinos (p.ex., Li, Na, e K) dissolvidos em água em baixas concentraçÕes. dissociam-se com- pletamente; em altas concenlrações, porém, há um aumento na interação potencial entre ânions e cátions. Com sistemas biológicos, é comum considerar tais cornpostos como total- mente dissociados, porque suas concentraçÕes são baixas. Sais de ácidos orgânicos, por exemplo, lactato de sódio, também (b) H,H 'o' : a ff "l il\ lÃO4ô -l ,,,/ Hn o i I o H 3O I H Timina no DNA CHe C I c \ H lN-H c/ I HR. ,ttN-"\ I 6'P-'*' I ! H: \ zN-r C' tl*-", H I N 1t I H I N R R C lt o li o '. n] o o l L;arbon r I a Grupo hidroxila CH I h R' R' Cadeia peptídica Cadeia peptídica .o. HH Agua FiGüfrA 1.4 - Ponies tie hidrogênio representaiivas, importantes em sisÍemas Adenina no DN N R' N il -C st (lissociam totalmente e são classificados como eletrólitos: c ilion dissociado, Íon lactato, reage, até certo ponto, com o p rton, formando o ácido não dissociado (Figura 1.5). Quando 'i; r.r sais são dissolvidos em água, íons individuais estão p lsentes na solução, ao invés de sal não-dissociado. Se uma si 'ução foi preparada com sais diferentes (p. ex., NaCl, KrSOo. e ,ctato de sódio), as moiéculas originais não existem como 1.i 5 em solução, apenas os íons (p.ex., Na+, K+. SOoz- e 1e 'tato-). iúuitos ácidos, porém, quando dissolvidos em água não se dr ,sociam totalmente, mas estabelecem um equilíbrio entre o: iomponentes não-dissociados e os dissociados. Assim, o aL iio láctico, importante intermediário metabólico, dissocia- sr parcialmente em ânions lactato e H+, da seguinte forma: CH3-CH0H-C00H - . CH3-CHOH-COO- + H+ )evido à sua dissociação parcial, porém, tais compostos tá :r menor capacidade de conduzir carga elétrica, em base r: rjar, quando comparados àqueles que se dissociam tc ;lmente: são denominados eletrólitos fracos. ffi etrólitos Fracos Dissociam-se parcialmente i'Ja dissociação parcial de um eletrólito fraco, representado pi ' HA, a concentração das várias espécies pode ser ct erminada pela equação do equilíbrio: K' _ [H.][A ]''eo IHAI .i representa o ânion dissociado e os colchetes indicam a cc.rcentração de cada componente, em unidades de ci rcentração como mol por Iitro (mot L-r;ou milimol L-i..A at vidade de cada espécie, ao invés da concentração, deveria se ulilizada na equação de equilíbrio, mas já que a maioria di i compostos de interesse nos sistemas biológicos está pi ,sente em baixas concentraçÕes, o valor para atividade é pr.r,limo da concentração. Assim, a constante de equilíbrio é ir' :ada por K"o, para indican que é uma constante aparente, D: itada nas concentraçÕes. O termo K.o é uma função da t3 iceratura do sislema, aumentando com o aumento das te rDeraturas. O grau de dissociação do eletrólito depende cil ;finidade do ânion por H+. Haverá mais dissociação se as íL ;as forças de interação, entre o dipolo de água e o ânion e o i ;iion, forem mais fortes que as forças eletrostáticas entre o irion e H+. Da equação de dissociação, é visível que K.n se ; pequeno se o grau de dissociação deuma substância foi pe iÍreno, mas será grande, se o grau de dissociação for gi- nde. Obviamente, para compostos que se dissociam to almente, K'uo não pode ser determinado, porque, no eq ilÍbrio, não há nenhum soluto não-dissociado.  *,gua é um Eletrólito Fraco i água dissocia da seguinte forma: HOH -; H+ + 0H- 1m próton que se dissocia interage com o oxigênio de ora molécula de água, formando o Íon hidrônio, HrO*. por Ambiente celular: água e solutos 5 FIGUfrA L5 - Reações que ocorrem quando lactato de sódioé dissolvido em água. conveniência, neste Iivro, o próton será apresentado como H+, ao invés de HrO=, mesmo que o último seja a espécie química realmente presenie. A ZS"C, o valor de K"^ para dissociação da água é muito pequeno e é cerca Oe t ,g x j O-ro: K * =1.Bx tO-1i - iH-ltOH-l" [Hro] (1.1) Com essa K.o tão pequena, um número insignificante de moléculas de água realmente se dissociam, em relação ao número de molóculas não dissociadas. Assim, a concentração de água, que é 55,5 M, praticamente não se modifica. A equação 1 .1 pode ser reescrlta como se segue: K'"0 xlHrOl: [H-][OH-] (1.2) A K., x [55,5] é uma constante e é chamada o produto iônico da água. Seu valor, a ZS"C, é 1 x l0-r4. Em água pura, a concentração de H+ é igual à de 0H- e, substituindo- se IH+l por [OH-] na equação acima. [H*] é 1 x l0-7 M. Do mesmo modo, [0H-]também é I x l0-7 N/.0 equitíbrio en_ tre H.O, H+ e 0H- sempre existe nas soluçÕes diiuídas, independentemente da presenÇa de substâncias dissolvidas. Se o material dissolvido alterar a concentração de H+ ou OH-, como ocorre na adição de um ácido ou uma base, uma mudança concomitanLe no outro íon deve ocorrer, para satisfazer a relação de equilíbrio. Usando-se a equação do produto iônico, IH*] ou [0H-] podem ser calculados, se a concentração de um dos Íons for conhecida. A importancia dos Íons hidrogênio nos sistemas biológicos aparecerá nos capítulos subseqüentes. Por conveniência, IH*] é sempre expresso em termos de pH. calcuJgdo como segue: ..t Dll = loq - - IH-] (1.3) Na água pura, [H=] e lOH-l são 1 x 10*7 M e o pH = 7,0. tOH-] é expressa como pOH. Pela equação que descreve a dissociação da água, i x l0-ra = lH+l[0H-]; passando-se para o logaritmo negativo dos dois lados, a equaÇão torna-se 14 = pH + pOH. A Tabela 1.2 apresenta a relação entre pH e lH*]. 0s valores de pH de diferentes fluidos biológicos estão apresentados na Tabela 1 .3. No plasma sangüÍneo, IH*] é 0,00000004 M, ou pH igual a 7,4.Outros cátions es|ão en- tre 0,001 e 0,10 M, concentrações bem mais que 10.000 vezes maiores que a de [H+]. Um aumento de Íon hidrogênio para 0,0000001 M (pH 7,0), resulta em conseqüências médicas sérias e em risco de vida; uma discussão detalhada i ttl CH3-CHOH-CHOONa+ i lactato de sódio I i Na+ + CH3-CHOH-COO- i íon lactato (2) CH3-CHOH -COO- + H+ : íon lactato 6 EstrutLtra da cétuta eucariótica TABELA 1.2 - Belações Entre ftfl e pH e [0tf] e pOH como se segue: ácido láctico -, lactato- + H+ O ácido láctico é um ácido fraco. 0 ânion é uma base porque aceita um próton e refaz o ácido. o ácido fraco e a base formada na dissociação são designados como um par conjugado; outros exemplos estão apresentados na Tabela 1 .4. 0 Íon amônio (NHi) é um ácido porque se dissocia, produzindo H+ e amônia (NH.), uma espécie não carregada, que é uma base conjugada. 0 ácido fosfórico (H.POr) é um ácido e o P0; é uma base, mas HrPO; e HPO!- são base ou ácido. dependendo do grupo fosfato estar aceitando ou doando um próton. A tendência de um ácido conjugado dissociar H+ pode ser avaliada pela Kuo. Quanto menor o valor de Kuo, menor a tendência de doar um próton e mais fraco é o ácido; quanto maior a K.o, maior a tendência de dissociar um próton e mais forte é o ácido. A água é um ácido muito fraco, com K.odel X 10-14, a25"C. Um método conveniente de expressar a K "oé na forma rje pK, como; ttt.lM) pH t0tfi W) pAtl 1,0 0,1 {i x 1Ori {1x 10{) (1 x 10{) {1 x 10+) {1 x lg-s1 (1 x 10{} {1 x 10') {1 x 104) (1 x 10{) ('1 x 10-to1 (i x i0 11) {1 x t0-tz1 {1 x 10j3) {1 x 10-14} (1 x 10 la) {1 x 1g-ts1 ('1 x 10 12) 11 x 1011) (1 x 10-to; (1 x 104) (1 x 104) {1 x 10r} (1 x 10{) (1 x 10{) (1 x 10<) (1x103) (1 x 10r) 0,1 {1 x 10-1) 1,0 0 1 ? 3 4 E J t) 7 I ô 10 11 IL IJ 14 14 13 12 1'l 10 I I 7 6 tr 4 3 Z 1 0 dos mecanismos pelos quais o organismômantém o pH intra e extra-celular é apresentada no capítulo 25. Muitas Moléculas Biologicamente Importantes São Acidos ou Bases As definições de ácido e base, propostas por Lowry e Bronsted, são muito convenientes, quando se consideram sistemas biológicos. Ácido é um doador de prótons e base é um aceptor de prótons. 0 ácido clorídrico (HCl) e o ácido sulfúrico (H,SO4) são ácidos fortes porque se dissociam completamente, enquanto o íon 0H- é uma base, porque aceik um próton, deslocando o equilíbrio. 0H-+H*-llrQ Quando um ácido forte e OH- se combinam, o H+ do ácido e OH' interagem e entram em equilíbrio com a água. A neutralização de H* e OH- ocorre porque o produto iônico da água é muito pequeno. 0s ânions produzidos quando ácidos fortes dissociam-se compietamente, como Cl- do HCl, não são bases porque não se assoclam com prótons em solução. Quando um ácido orgânico, como o ácido láctico, é dissolvido em água, só dissocia-se parcialmente, estabelecendo um equilíbrio entre o ácido (doador de próton), o ânion do ácido, e o próton TABEU 1.3 - pH de Alguns Fluidos Biologicos Fluida oK' = loo 1 " tr(;l (1.4) NoLe a semelhança dessa definição com aquela de pH; como para pH e [H*],a relação entre pK'e Kuo é inversa, quanto menor K.o, maior pK'. Valores representativos de Kuo e pK' para ácidos coryugados de importância em sistemas biológicos são apresentados na Tabela I.5. Um caso especial de ácido fraco importante em medicina é o ácido carbônico (H,CO3). 0 dióxido de carbono, quando dissolvido em água, está envolvido nas seguintes reações de equilíbrio: Jí2 CO2 +HrO : Ki HzC03 -- H* + HC.l O ácido carbônico é um ácido relativamente forte, com pK, de 3,77. A equação de equilíbrio para essa reação é TABELA 1.4 - Alguns Pares Conjugados Acido-Base delmp ortân ci a nos §isÍemas B io I ó g i c os Doador de Prótan ficido] Aceptor de Proton (BaseJ Plasma sangüheo Fluido lntersticial Fluido intracelular Citosol (fígado) Matrix lisossomal Suco gástrico Suco pancreático Leite humano Saliva Urina cHí-cH0H-c00H (ácido láctico) cH3_c0-c00H {ácido pirúvico) H00c-cH2-cH2-c00H (ácido succínico) *H3NCH2-C00H (glicina) H3P04 H2P04 HP0í Glicose 6-P0rH- H2C03 NHi Hro H- + CHr{H0H*C00- {lactato) H- + CH.*C0-C00- (piruvato) 2H* + -0OC-CH2-CH2-C00- ( succinato) H+ + +HrN*CHr-C00- {glicinato} H+ + HrP0; H'+ HPOÍ* H* + P0Í- Ht + Glicose 6-P0{ H* + HCO; H+ + NH, H* +0H pH 1,4 1A O,Y inferior a 5,0 1,5-3,0 7,8-8,0 7,4 6,4-7,0 5,0-8,0 ---****atge** 0 ácido carbônico está, porém, em equilíbrio com o C0, dissolvido, e a equação de equilíbrio para essa reação é Ambiente celular: água e solutos 7 (1.5) A Equação de Henderson-Hasselbalch Define a Reiaçáo entre pH e Concentrações de Ácido e Base Conjugados (1.6) Uma mudança na concentração de qualquer componente na reação de equilíbrio necessita de uma concomitante mudança em todos componentes. Por exemplo, um aumento na [H*] diminuirá a concentração da base conjugada (p. ex., íon lactato) com equivalente aumento no ácido conjugado (p. ex., ácido láctico). Essa relação é convenientemente expressa pelo rearranjo da equação de equilíbrio e resolução para H*, como mostrado para a seguinte dissociação: (1.7) Ácido conjugado : base conjugada + H+ Resolvendo a equaÇão 1.6 para HrCO, e substituindo por H.CO3, na equação 'l.5, as duas equações de equilíbrio são combinadas numa equação: lH*llHCoãl "t = [Hrco.J IHr-C03]r\a = - ' [c0r][Hr0] [H+]lHCo;l ^t = (jç6l1grpl K:K:tH"O1_ Ã' _ tH l[HCoá]' [COz ] Rearranjando para combinar as constantes, incluindo a concentração de HrO, simplifica-se a equaçã0, surgindo uma nova constante combinada,K=, como se segue: tI, [H'][base conjugada]q Iacido coryiugado] RearrarllanOo a equação L9, dividindo tudo K.o, teremos 1 __ 1 . lbase coruugada] lH*l K!, [acido coryugado] Aplicando os logaritmos nos dois lados teremos: , 1 1 lbaseconjugada]Ioo-= loo-+ looL''v ffi ''e lac'ldo conjugado] (1'11) (r.8) (1.e) por [H+] e (1.10) É comum referir-se ao C0, dissolvido como um ácido conjugado: é o anidrido do ácido H,CO3. O termo K, tem valor 7,95 x 10-7 e pK: - 6,'l . Se o sistema aquoso estiver em contato com o ar, o CO, dissolvido estará em equilíbrio com o C0, do ar. Uma diminuição ou um aumento de um dos componentes - isto é, CAz (ar), C0, (dissolvido). HzC03,H+ ou HCO; - causará alteração em todos os outros componentes. TABEU 1.5 - Constantes de Dissociação Aparente e pK'de Alguns Gomponentes de Importância em Bioquimica Composto K',"q{M) pK' Acido acético Alanina Ácido cítrico Acido glutâmico Gllcina Acido láctico Ácido pirúvico Acido succínico Glicose 6-P0rH- H3P04 H2Po4- HP0oz- H2C03 NHu* Hr0 (cH3-cooH) (cH3-cH-cooH) I NH. ( HOOC-CHzCOH-CH2-C0OH ) I COOH ( H OOC-CH2-CH2-CH-COOH) I NH.* (cH2-cooH) I NH.* (cH3-cHoH-cooH) (cH3,co-cooH) (HOOC-CH2-CH2-COOH) 1,74 X 10's 4,57 X 103 2.04 x 10"10 8,12 X 10'4 1,77 X 10-5 3,89 X 10'6 6,45 X 10'3 5,62 X 10-5 2,14 X 1010 4,57 X 10 3 2,51 X 10-10 1,38 X 10'4 3,16 X 10'3 8,46 X 10'5 3,31 X 10-6 7,16 X l}l 1,00 x 10, 2,00 x 10.i 3,40 X 10'13 1,70 X 10-4 5,62 X 10.10 1,00 x 10'14 4,16 2,34 (C00H) 9,69 {NH3-) 3,09 3,7 4 É Àa 2,19 {C00H) 4,2s (C00H) 9,67 (NH3-) 2,34 (CooH) 9,60 {NH3-} 3,86 2,50 4,19 5,48 6,11 2,00 6,70 1a É I L,J 3,71 s,25 14,0 ístrutura da celula eucariottca HPOoz- 111rr,o- LâctetolLáctico NH3iNH4+ pH :iUBA 1.6 - Razão entre o coniugado [base]/[ácido], em*ção do pll. ,rnd0 a razão lbase]l[ácido] é 1, o pH iguala ao pK'do ácido fraco Sendo pH = log 1/[H*] e pK = log llKlo a equação 1.1 l rna-se pH = pK'* ros ,..Éff$§*3qf (1.r2)I croo conJugaoo] \ equação 1 .1 2, desenvoivida por Henderson e Hasselbalch, ,m modo conveniente de visualizar a relação entre o pH de :a solução e as quantidades relativas de base e ácido coryugados .sentes. A análise da equação 1. l 2 demonstra que, quando a r-ão entre [base]/[ácido] é i:1, o pH iguala-se ao pK'do ácido, ,que log 1 = 0 e, assim, pH = pK'. Se o pH for uma unidade i.ror que pK', a razão [base]/[ácido] é 1:10 e, se o pH for ja unidade acima do pK', a razão [base]/[ácido] é 10:1. A rlra 1.6 mostra a curva das razões entre base coryugada e .lo coryugado versus pH de muitos ácidos fracos; observe :, as razÕes estão em escala logarítmica. ? ;ilponâmento É Importante !., rra 0 Oontrole do pH '),rando Na0H é adicionado a uma solução de ácido fraco, . 'ic c ácido láctico, arazão base coryugadalácido coryugado .. reiada. Na0H dissocia-se totalmente e o OH- formado é i . :ializado pelo H+ existente, formando HzO. A diminuição .: 'H-1 ca,-isará maior dissociação do ácido fraco, para pH l:; iUfrA 1.7 - Curvas de titulação ácida-base para o ácidola:tico {pK' 3,86} e NHo* (pl(' 9,25). f,.1r pHs iguais aos respectivos valores de pK', haverá quantidades iguais ci rcido e base para cada par conjugado. obedecer ao que estabelece sua reação de equilíbrio. A quantidade de ácido fraco dissociado será tão próxima à concentração de 0H- adicionado, que é considerada igual. Assim, a diminui-ção na quantidade de ácido conjugado é rgual a quantidade de base conjugada formada. Essa seqüência de eventos está representada nas curvas de titulaÇão de dois ácidos fracos, apresentadas na Figura 1.7. Quando 0,5 equivalente de 0H- é adicionado, 50o/o do ácido fraco é dissociado e a razão [ácido]/[base] e 1,0; o pH neste ponto é igual ao pK' do ácido. As formas das curvas de titulação individuais são semelhantes, mas deslocadas devido às diferenças nos valores de pK'. Existe uma elevação rápida no pH quando apenas 0,1 equivalentes de 0H são adicionados, mas entre 0,1 e 0,9 equivalentes de 0H- adicionados. a mudança de pH é de apenas -2. Assim, uma grande quan- tidade de OH- é adicionada com uma alteração relativamente pequena no pH. lsso é chamado tamponamento e é definido como a capacidade da solução de resistir a uma alteração de pH, quando Lrm ácido ou uma base é adicionado. Se ácidos fracos não estivessem presentes, o pH seria muito alto, com uma pequena quantidade de OH-, porque não existiria nenhuma fonte de H* para neutralizar o 0H-. A melhor faixa de tamponamento para o par conjugado é em pH próximo ao pK'do ácido fraco. Começando com o pH uma unidade abaixo, até uma unidade acima do pK', -82a/o do ácido fraco em solução se dissociará e, por essa razAo, uma quantidade de base equivalente a cerca deBZo/o do ácido original pode ser neutralizada, com alteração no pH de Z unidades. A faixa de máximo tamponamento para o par conjugado é considerada entre uma unidade de pH acima e abaixo do pK'. O ácido láctico, com pK'= 3,86, é tampão efetivo na faixa de pH entre 3 e 5, mas não tem nenhuma capacidade de tamponamento no pH 7,0. 0 par HPO.2TH.,POo, com pK'= 6,7, entretanto, é um tampão efetivo em pH 7,0. Desse modo, no pH do citosol das céluias (-7,0), o par lactato- ácido láctico não é tampão efetivo, mas o sistema fosfato é. A capacidade de tamponamento também depende das concentraÇões de ácido e base conjugados. Quanto maior a concentração de base coryugada, maior a quantidade de H+ adicionado, com a qual pode reagir. Quanto mais ácido conjugado, mais OH- adicionado pode ser neutralizado pela dissociação do ácido. Um caso assim é o plasma sangüíneo, no pH 7,4. ?aru H?A|-/H.PO1, o pK' de 6,7 sugeriria que este par coqjugado fosse um tampão efetivo; a concentração do par fosfato, porém, e baixa quando comparada a do sistema HCO;/CO,, com pK'de 6,1 e que está presente em concentração 20vezes maior, respondendo pela maior parte da capacidade de tamponamento. Em relaÇão à capacidade de tamponamento, tanto o pK'como a concenlração do par conjugado devem ser considerados. A maioria dos ácidos orgânicos são relativamente sem importância como tampÕes nos fluidos celulares, porque seus valores de pK'são muitas unidades de pH menores do que o pH da célula e suas concentraçÕes são baixas, em comparação a tampôes como HPOfi lHr?O; e o sistema HCO31C0,. A imporLância de pH e tampões em bioquímica e em medicina clínica ficará clara, particularmente, nos Capítulos 2.4, e25. A Figura 1 .8 apresenta alguns problemas típicos, usando a equação de Henderson-Hasselbalch e a Corr. Clín. 1.1 é um problema representativo, encontrado na prática médica. o E 1oo/1 'd o E ,§ ton §L ?g 1/1 Qo o 3 1/10 Êo ,3 tnoo N (ú rf 1410 t: ai i' - .t .:1 a =: ^^ = !-:.5 n i -^ a 3 o c a v v.'5 ú II pK'= 9,25 @* -:':.i ff Organizaçâo e comaosiçac rá,§ tjr:iiás eucarióticas I 1 Catcule a razãa Hp0fr-/ Hrp0; (pK= 6,7) nos pHs i,j,6,7 , e 8,7. Sotução: pH = pff+ 10, j!P=oÍ-l " [H, Po;l 5,7 = 6,7 + log da razão; rearranjando 5,7 -6,1 = -l = log da razão C rntilog de -1 = 0,1 ou 1/10. Assim Hp0[_ / Hrp0l = l/10 no pH5 : Usando 0 mesmo procedimento, u ru)aoná ú o,z = 1/1 e nop 8,7 = 10011. 2 Se o pH do sangue é7,1 e a-concentraÇão de HC0,_ é g mM,qual é a c0ncentraçã0 de C0, no ,unjr. (p,(.para HCe/ C0, = 6,'1 1z Soiução: pH = p/í+ toql-!=p4- [cor] 7,1 = 6,1 + log g mM / [C0ri; rearranjando - 7,.: -6,1 = 1 = los 8 mM/ic02lC ntilos de I é i0. Assim, 10= a mnlltCOrl, ou [C0zj = B mM/ 10= ImM. 3. lrlo pH normal do sângue 7,a, 1 s91a Oe tHCOrj+ [C0r] = 25.2;nM. Oual é a concenrração de HCe. bO, tfi,fnrrr.HCOI7iOr= 6,112 3otução: pH = pff+ loo t!=ci{ " [co2] 7 , 6J + tog IHC0J / [C0r]; rearraniando ,4 = 6,1 = 1,3 = tog [HC0;l/ tCQrJ ü antitos de 1,3 é 20..Asiim tHôO;tl [C0r]= 20. Dado que [H Ql+ [C02] = 2s.2, resolva estas duãs,qrr[0., para [COrj ere anjando a primeira equação: lHC03-l = 20[C0J :lubstituindo na segundã equação, 20 [C02] + [C0r] = 25,2 -u [C0r]= I.2 mM .. "n1ã0, substituindo por Cbr, 1,2 + [HC0ã] =25,2, eresolvendo,lhr ;l = 24 mM. FlGi r:A t.8 * prohtemas típicos de pH e tamponamento.Coneentração Sangüínea de Bicarbonato na Acidose Metahotica os tamíões do sangue "* u.n ;;;; normarcontro_l3m_o RH do sangue em cerca de7,4;se o pH .ãir. ,OrX-o !" r,??,a condição é chamada j" ,.iãoã'ü;";;sangüíneo próximo a 7,0, poderia levar a sériasconseqüências e, possivelmente, à morte. A;";:';; acidose, particularme.nte a causad, pàirru atteraçào l?jiuf] ^"_. : e i m po rtante mo n iro ra r ., p, ia, "1iãlacrdo-base do sangu.e d.o paciente. Os valores ae iÀte_ resse para o clínico incluem o pH e u" "on"untruçúde HCo; e co^. o" ,;i;;; ÃJ.Áã," ,ã", ;ú:-ffi,tHCoJ = zq,o Â\A . tco2l-= i,ió';;:. ""' Os valores sangüíneos ãe um paciente com acidose metabólica foram: pH = 7,03 e tCO2l = 1,10;ú. ô;;jé a [HCoã] no sangue do paciente ";ru;i;;;;;õõ;j 11rmal foi us.ad-o, no tampona."nio Oo ácido quãcausou a conf,ição? r-- 1. A equação de Henderson-Hasselbalch é pH = pK,+ tos IHCO;I/ tCO^l O vator de pK, para tHCoJ z tôo,t-Já,r o 2. Substituindo os valores dados na equação 7,03 = 6,10. r;s úHõõ;ii ;õ;úl- ou 7,03 * 6,10 = 0.93 = tog {[HCOã] / 1,10 mM)o anritog de 0,93 e e,s, õ;a";'" " " B.S = ([HCOã] I 1,1A mM] , ou IHCO;I = 9,4 mM , 9:T:,," vator_normat de tHCOãl é 24 mM, houveuma dtminuição de 14,6 mmol de HCO; por litro de :i:g.l1nes-se paciente..Se muito ma"is nCôa t*perotcto. um ponto seria atíngido em que esseimportante tampão seria incJpa. J" ,urnponr. :q_rqFr",. ácido no sangue,' " ã- pH ;;i;i;rapidamente. No Capítulo 25 há ,ma'OiscussaÀ l:1111i0, sobre as causas " u, "o.np"Ã.õ;ü;ocorrem em tais condiçôes. tais como proteínas e ácjdos nucléicos, não atravessam as membranas biológicas, a menos que exista um mecanismo específico para seu transporte ou a membrana estejadanificada. Desse modo, o fluido da matriz de vários compartimentos celulares tem composiÇão distinta em íons inorgânicos, moléculas orgânicas e macromoléculas. A partição de atividades e componentes em compartimentos delimitados por membranas e organelas tem numerosas vantagens para a economia da célula. lsso inclui o seqüestro de substratos eco-fatores onde são necessários e qlusies de pH e composição iônica, para a máxima atividade dã processos biológicos. As atividades e a composição das estruturas e organelas celulares têm sido determinadas com células intactas, por vários métodos histoquímicos, imunoiogicos e de coloração fluorescente. A observação contínua. ir. ,rrnpo real, de 1.-E 0RGANTZAÇÃ0 E c0MPosrcÃo DAS CELULAS EUCANIÓTIChS C tro descrito acima, as células eucarÍóticas estãoorga izadas em compartimentos, cada um delineado por uma me,ir rrana (Figura 1.9) . são organeras cerurares bemdefii :;as, como o núcleo, as mitocôndrias, os lisossomos, e os pr ',txissomos. As membranas também formam uma rede de ti. rtlos peia célula, englobando um espaço interconectado ou ci -ernas, como é o caso do retÍculo endtplasmatico e docoffri lxo de Colgi. Como descrito na Seção I.4, essescomi :itimentos têm funções e atividades especÍficas. atureza semi-permeável das membranas celulares impe' I' a difusão de muitas macromoléculas Je um taOo pa.a 0 or,l 'c. Mecanismos específicos, nas membranas, paratran: ,rrte de moléculas grandes e pequenas, carregadas ounão, rrmitem às membranas modularem as concentraçÕes de su slâncias em vários compartimentos. As macromoiéculas. 1 * Es?rutura da célula eucariótica ê. :nros celulãres em células intactas viáveis, é possÍvel. Lemplos são estudos que envolvem alteraÇões na c{ iceiltração do íon cálcio no citosol, pelo uso de indicadores C, cálcio fluorescentes. As organelas individuais, as nembranas e os componentes do citosol podem ser isolados e nalisados, após rompimento da membrana plasmática. A pr rmeabilidade da membrana plasmática pode ser alterada, pi,rmitindo a liberação de componentes subcelulares. As técnicas para romper as membranas incluem o uso de dr tergentes, choque osmótico e homogeneização de tecidos, orrde o atrito quebra a membrana plasmática. Em meio de is .rlamento apropriado, as organelas celulares e os sistemas di membrana podem ser separados por centrifugação, graças a diferenças no tamanho e na densidade. Procedimentos cr:matográficos têm sido empregados para o isolamento de frações celulares individuais e de componentes. Essas técnicas pt rmitiram o isolamento de frações celulares da maioria dos te :idos de mamíferos. AIém disso, componentes de organelas c( mo o núcleo e as mitocôndrias, podem ser isolados após o rr mpimento da membrana da organela. Em muitos casos, as estruturas isoladas e as frações cr iulares parecem reter as características químicas e brriógicas são estruturas muito sensíveis, sqieitas a lesões mesmo sob condiçÕes brandas, e alteraçÕes podem ocorrer d,rrante o isolamento, que podem causar mudanças na cr mposição da estrutura. A mínima lesão na membrana altera sr as propriedades de permeabilidade, permitindo que sr bstâncias, que normalmente seriam excluídas, atravessem a rarreira da membrana. Além disso, muitas proteínas estão fr:camente associadas à membranas e facilmente se dissociam q:;ando ocôrre uma lesão (ver p. 'l 51). Não é surpreendente que existam diferenças em estrutura, cr mposição e atividades das células de diferentes tecidos, d,rrridas às diversas funÇÕes dos tecidos. As principais ar ividades bioquímicas das organelas celulares e dos sistemas ci' membranas, porém, são constantes de tecido para tecido. Á sim. vias bioquímicas do fígado estão, freqüentemente, n tsentes em outros tecidos. As diferenças entre tipos l i'.:lares estão, geralmente, em atividades especializadas d ;criminatórias. Mesmo em um tecido, células de diferentes c lgens iêm diferenças qualitativas e quantitativas, quanto à sr I composiÇão em organelas celulares. {*mposição Química das Células Cada compartimento tem um fluido aquoso ou matriz que cr niém vários íons, moléculas orgânicas de baixo peso mo- le:ular, diferenies proteínas e ácidos nucléicos. A localização d: macromoiéculas específicas, como enzimas, tem sido d rterminada. mas a composição iônica exata da matriz de o ganelas é, ainda, incerta. Cada uma tem composição iônica e lH distintos. A composição iônica totài do fluido intracelular, crnrl6.rrd, como representativa do citosol, comparada ao p asma sangüíneo, eslá apresentada na Figura 1.10. Na+ é o p incipal cátion extíaclluiar, com concentração de - i 40 meq L i (mM); muito pouco Na+ está presente no fluido ir iracelular. K+ é o principal cátion intracelular. Mgz+ está p-esente nos compartimentos extra e intracelular, em c rncentraçÕes muito menores que Na= e K*. Os principais Nucleólo Cromatina Centríolos Complexo de Golgi livres Hetículo endoplasmático Mitocôndria isossomos Membrana celular FIGUBA 1.9 (a) Micrografia eletrônica de uma célala de íígada de rato, marcada para indicar os principais componentes das células eucarióticas e (h) desenho esquemátieo de uma eélula animal. Note o número e a variedade de organelas subcelulares e a rede de membranas interconectadas que delimitam canais. isto é, cisternas. Nem todas as células eucarióticas são tão complexas em sua aparência, mas a maioria contÉm as principais estruturas mostradas na figura. EB, retículo endoplasmático; G, zona do Golgi, Ly, lisossomos; P, peroxissomos; M, mitocôndrias. Fotografia (a) copiada com permissãa de Dr. K. fr. Parter de Porter, K. 8., e Banneville, M. A. en: Fine Structure of Cells and Tissues. Phíladelphia: Lea & Febiget I 972; esquena (b) copiada con pernissão do Voet, D., e Vaet, J. G. Biochemistry, 2u ed., New Yark, Wiley, 1995 Núcleo â ,ions extracelulares são CI- e HCO;, com quantidades n :rnores de fosfato e sulfato" A maioria das proteínas tem c, iga negativa em pH 7,4 (Capítulo Z), sendo ânions no pH d ,s fluidos teciduais. Os principais ânions intracelulares são fr:fato inorgânico, fosfatos orgânicos e proteínas. Outros â ions e cátions inorgânicos e orgânicos estão presentes em c, ncentrações muito menores que o nível de miliequivalentes p,,r litro (mM). Exceto por diferenças muito pequenas, criadas p ias membranas e quelevam ao desenvolvimento de p ,renciais de membrana , a concentração total de ânions iguala a :oncentração total de cátians nos diferentes ftuidos. As concentraçÕes intracelulares da maioria de moléculas o lânicas de baixo peso molecular, como açúcares, ácidos o Eânicos, aminoácidos e intermediários fosforilados. estão n faixa de 0,01-1,0 mM, mas podem ter concentraÇÕes si rnificativamente menores. Coenzimas, moléculas orgânicas n ressárias para a atividade de algumas enzimas, estão na fi jsma faixa de concentração. 0s substratos para as enzimas e:;'ã6 p..ran,es em concentraçÕes relativamente baixas, em cr '.ltraste com íons inorgânicos, mas sua localização numa o -lanela específica ou em um microambiente celular pode ai r'rentar significativamente sua concentração. Plasma sangüíneo Fluido celular §i;uBA 1.10 Ft ,'t'tcipais eomponentes químicos do plasma sangüíneo e do í1, ido celular. A liura da metade esquerda de cada coluna indica a concentração total de c? ons; a da direita, as concentraÇões de ânions. Ambos são expressos em ril, rquivalentes por litro (meq L'l) do Íluido. Note que os valores de cloreto e : rdio no fluido celular são questionáveis. E provável que, pelo menos n0 r-n, ,lculo, o citosol contenha sódio, mas nã0 cloreto. Ai ,1iltada de Gregersen, M. L Em: P. Bard {Ed.), Medical Physiology, l l, ed., 5i louis, M0; Mosby, 1961, p 307. Papel funcional de organelas subcelulares e dos srsÍemas de membrana 11 Não tem muito sentido determinar a concentração de proteínas individuais nas células. Em muitos casos, elas locaiizam-se em estruturas específicas ou ficam combinadas a outras proteínas, para criar uma unÍdade funcional. É num compartimento restrito que as proteínas individuais realizam suas funçÕes. seja estrutural, catalítica ou regulatória. I1.4 PAPEL rÚUCIOIIRI DE ORGANETAS SUBCELULARES E DOS SISTEMAS DE MEMBRANA A localizaçãc surc:lular de várias vias metabólicas será descrita ao longo oesie Iivro. Em alguns casos, uma via inteira está localizada num único compartimento, mas muitas estão divididas em duas locallzaÇões, com os intermediánios da via movendo-se ou senio iiansportados de um compartimento para o outro. Em geral. ;s oiganelas têm funçÕes muito especÍficas e as atividades ei-rziináiicas envolvidas são uUlizadas para identificá-las durante isolarnenio. A seguir, temos uma. brerre desrrjÇão das principals funções das estruturas da iéiula eu.uiiólica, para indicar a compiexidade e a organização cias cé:i-;las. Um sumário das funçÕes e da divisão de trabaiho nas i:luias eucarióticas é apresentado na Tabela 'l.6 e as esiritiuias. ra Fioura 1 g. A Membrana Plasmática É a Fronteira que Delimita a Célula A membrana plasmática de todas as cel::ias desempenha uma função singular na manutenção da iniegriciade da célula. Uma superfície está em contato com um ambienre exiêrno variável e a outra, com um ambiente relativa=e::i: ccnstante, proporcionado pelo citoplasma da célula. Corro sej-á cjiscuiido no Capítulo 5, os dois lados da membrana plasmáiica e rle todas as membranas intraceluiares têm composlçào química e funções diferentes. Uma função muiio importante da mem- brana plasmática é permitir a enirada de :lgui"nas substâncias, mas não de muitas 0utras. Juniamenie com eiementos do citoesqueleto, a membrana plasn']áiica está envolvida em forma e movimento celulares. Através dessa membrana, as células se comunicam; a membrana contém muitos receptores específicos para sinais quínricos, como hormônios (Capítulo 20), liberados por ouiras células. A superfície interna da membrana plasmálica e o local para a ligação de algumas enzimas, envolvidas em vários processos metabólicos. As membranas plasmáticas de várias células foram isoladas e intensamente estudadas; detalhes de sua estrutura e bioquímica e de outras membranas são apresentados no Capítulo 5. 0 Núcleo É o Localda Síntese de DNA e RNA 0s primeirosmiroscopistas dividiam o interior da células em núcleo, o rnaior compartimento delimitado por mem- brana, e o citoplasma. 0 núcleo é envolvido por duas membranas, chamadas envelope nuclear, com a membrana externa sendo contínua com as membranas do retículo endoplasmático. O envelope nuclear tem numerosos poros HPoo'- 1'so;- Acido 174 160 150 140 130 120 110 ? 1oo J Hso E 80 70 bU 50 4A 30 10 lü A de diâmetro' que permitem o fluxo de todas as :Écllas, exceto as maiores, entre a matriz nuclear e o ,::rlesma. O nÚcleo contém um subcompartimento' visto ramente em micrografias eletrÔnicas, o nucléolo' A -rme quantldade de ácido desoxirribonucléico (DNA) ri .,lar está localizada no núcleo, como complexo proteÍna- L] !\, cromatina, que é organizada em cromossomos' O DNA e , repositorio da informação genética e a importância do n, :leo na divisão celular e no controle da expressão fenotÍpica c informação genética está bem estabelecida' As reações 'n ;quÍmicas no nÚcleo são a replicação de DNA durante a ii rose, o reparo de DNA após lesão (Capítulo 15) e a ir :lsriÇão da informação armazenada no DNA' em uma fr ,.rna que possa ser traduzida em proteínas celulares ii 3pítulo 1 6). A transcrição de DNA envolve síntese de ácido r, ,cnucléico (RNA), que é processado de várias formas apÓs a .intese. Parte desse processamento ocorre no nucléolo' que É 'luito rico em RNA. ": : l:.:,..tra da célula eucariótica j SELA 1.6 - Eesumo dos Çompartimentos da Célula Eucariótica Çuas Principais Funções tsmpartimento Principais funções , .'eL_rr',..@,!4ryfÁ@'ry-ry!t1!,ii:gé+j:ail::ril;l1ffi+ qf{€'3Ér_:? rembrana plasmática Transporte de Íons e moléculas Beconhecimento Receptores para moléculas pequenas e grandes Morfologia e movimenro celular Síntese e reparo de DNA Síntese de BNA Processamento de HNA e sÍntese de rii:ossomos Síntese de membranas Síntese de proteÍnas e lipídeos para algumas organelas e Para exPortação SÍntese de liPídeos Reações de desintoxicação Modificação e separação de proteínas para incorporação em organelas e exportação Exportação de Proteínas Conservação de energia Bespiração celular Oxidação de carboidratos e Iipídeos Síntese de uréia e heme !igesião celular. hidrólise de proteínas, iarboidratos, lipídeos, e ácidos nucléicos l-:ações oxidatlvas envolvendo 0, l:il;:r.Àn dp H-{l- 'lr::aslleieio celular iil:r,,r:!ta ceiular i'i"::iliaJe l;l'liar lvlovimcnlcs I n:racel u lares Metaboiismo ce carboidratos, lipídeos, aminoácidos e nucieotídeos SÍntese de Prcteínes 0 Retículo Endoplasmático Participa de Muitas Vias de Síntese O citoplasma da maioria das células eucariÓticas contém uma rede de membranas interconectadas que delimitam canais, cisternasr--que se estendem desde o envelope peri- nuclear até a membrana plasmática' Essa extensa estrutura subcelular. chamada retículo endoplasmático' consiste de membranas com aparência lugosa' em algumas áreas' e lisa' em outras. A aparência rugosa é devida à presença de partículas de ribonucleoproteína, isto é' os ribossomos' iigaOos ao lado citosÓiico da membrana' 0 retículo eídoplasmático liso não contém ribossomos ligados' Durante o fracionamento celular, a rede do retÍculo endoplasmático é rompida e a membrana se refaz, em pequenas vesículas chamadas microssomos, que podem ser isoladas por centrifugaÇão diferencial. Os microssomos per se não ocorrem nas células. Uma função muito importante dos ribossomos no retículo TABELA 1.7 - Enzimas lisossomais RepresentaÍivas e Seus Suhstratos Tipos de Subs'tratos e Emimas Substrata Específico rcleo .:cléolo :'iícu lo doplasmático ENZIMAS OUE HIDBOLIZAM POLISSACABÍDEOS u-Glucosidase o-Fucosidase p-Galactosidase cr-Manosidase B-G lucuronidase Hialuronidase ArilsulÍatase Lisozima ENZIMAS OUE HIDBOLIZAM PBOTEíNAS Catepsinas Colagenases Elastase Peptidases ENZIMAS OUE HIDHOLIZAM ACIDOS NUCtÉICOS Fibonuclease Desoxi rribonuclease ENZIMAS OUE HIDFOLIZAM Lipase Esterase Fosfolipase FOSFATASES FosÍatase FosÍod iesterase SULFATASES Heparam sulÍato Dermatam sultato Glicogênio tucose de membrana GalactosÍdeosManosídeos Glucuronídeos Acido hialurÔnico e condroitim sulfato Sulfatos orgânicos Parede celular de bactérias ProteÍnas Colágeno Elastina Peptídeos RNA DNA LIPÍDEO Triglicerídeos e ésteres de colesterol Ésteres de ácidos graxos FosÍolipídeos FosÍomonoósteres Fosfodiésteres 'niiexo de Golgi ..^t---,-.,-:il i^ ]-_:' !-_ "4icrotúbulos e i ricrof ilamenios rlitosol Papel funcicnal de organelas subcelulares _- ii_< -<,-<:;l.r.js ja nembrana ,l 3 ei.: :rplasmático rugoso e a biossíntese de proteínas para e),i .ritar para fora da ceiula e para a incorporação às organelascÊi lires, como o retícuio endopiasmático, t complexo deGL; r:, a membrana plasmática e os lisossomos. O retÍculo e11 i:)plasrnático Iiso está envolvido na síntese de 1ipídeosdr- :tembrana e contém uma importante classe de enzimas ch,, ::adas citocromo p4S0, que catalisam a itiOroxilaçao Oevá: rs compostos endógenos e exógenos. Essas enzimas sãoiml ritantes na blossíntese de holmônioi ÀsteroiOes e narer-; :ção de substâncias tóxicas (ver CapÍtulo 23). O retÍculoen. rf,iasmático, .juntamente com o complexo de Colgi,de:, ;npsnfis um papel na formação O* outrm organelasceii .;res, como os lisossomos e os peroxissomos. 0 i:r,.:plexo De üolgi Está Envolvido na §e; aração de Froteínas I romprexo de colgi é uma rede de membranas iisasach:, ldas e de vesículas, responsável pela secreção, pur, ãme:r :xterno. de várias proteínas sintetizadas no retÍculoenc ülasmático. As membranas do Colgi catalisam atrarr ierência de carboidratos e de pr..rrro'ruu de IipÍdeospar.: :i^oteÍnas, formando glicoproteínas e lipoproteÍnas, e éum , '.ar importante para a formação de novas memb[anas. §3aenças Mitocandsíars; §oearga rle LuftUir: doença envoivendo especiíicamente atra. .lCução de energia mitoconclriat foi relataOa, petapr!: eira vez, em 1962. Um paciente de-30 ano, d*ide, : foi descrito com fraqueuu g"n*rutLada, suoreXi; 5siy6, alta ingestão catórica ,*à uu*"nto cle pesoe r: ,:iabolismo basal muito aumentado [meclida dautii! ação de oxigênio). Demonstror-"L quà o paciente âpi-i ,961sy6 um defeito no mecanismo que controla autiri .:çáo de oxigênio pela mitocônOriu-(*, Capítulo 6). . .:ondiÇão ó chamada doença ou iurt. ijJ.o" entãc,mai de 100 doenças mitocondriai" ;;;n.r ictenti-fiç;r: ;-:5, incluincjo u, quu envolvem várias enzimas esisír ,ras de transporte necessários para a manutençãocor:' .-a e o controle da conservaçáo de energia. Muitasafe,t ,r o músculo esquelético-e o siste-m"a nervoso 3?f . u,l: A replicaçáo das mitocônOrias JepenOe ctoDNr ritocondrial (mtDÍrJA) e a heranca O1ãitocOnctriaé p'- transmissão materna. ,As muiaçóes, tanto nonrtf; r,A quanto no DNA nuclear, f"uinr ã doençasger:i: .icas. Lesoes mitocondriais tambóm podemoÇc: +r devido à formação de radicais livres(su;; .óxidos), que podem lesar o Àtnf,ln. Desse moi:r, . doenças degenerativas relacionaclas ccrn idacie.com a doença de parkinson e a cle Alzheimer, eca,rci: .:-niopatias podem ter um componente de iesáomitr,, .,ndrial. para deiaíhes Oe ooençãs *rf à"ifi"u. r"r.eor,, .iín. 12.4 e 14.Ç. .,uft, The developn-ient cf mltochondrtai n,tedicine. proc. Natl.Ácac ::i. úSA 9t: 82,31 1992Í. Vesículas de membrana são formaoas itc .cnolexo de Colgi,nas quais várias proteÍnas e enzimas são encapsulacias para serem secretadas da céiula, após sinal apropiiado. ^, .nri*u,digestivas, sintetizadas pelo pâncreas,'sãó arrnazenadas emvesículas intracelulares formadas pelo compiexo cie Colgi eIiberadas quando necessárias no proa.r* digestivo (ver p.891). Seu papel na síntese Çe membranas também inclui aformação de organelas celuíares, como os lisossomos e osperoxissomos.  l\flitocôndria Fornece a Maior parte do ATp que a eétrula f{ecessita As mitocôndrias aparecem como esferas, bastôes oucorpos filamentosos, geralmente, com cerca de 0,S_i mm dediâmetro e até 7 mm de comprimento. n ,utr,, interna, omitosor, é envorta por duas membranas, diferentes emaparência e função bioquímica. A membrana interna invagina_ se na matriz, formando cristas, e contém inúmeras esferaspequ,enas, ligadas por hastes, à superfície interna. Asmembranas interna e externa contêm diferentes enzimas. Oscomponentes da cadeia respiratória e o mecanismo para síntese de ATp são parte da membrana interna e sâo descritos,em detalhes, no CapÍlulo 6. As principais vias metabolicasenvolvidas na oxidação de carboidratos, lipÍdeos eaminoácidos, bem como paries de vias biossintéticas especiais,envolvendo a síntese de uréia e de heme, localizam-se nomitosol. A membrana exlerna é relativamente permeável, masa membrana inierna é altamente seletiva e contém váriossistemas de lransporte transmembrânicos. As mitocôndrias contêm DNA específico, com informaçãogenética para algumas cias proteínas mitocondriais, eequipamento bioquÍmico para síntese limitada de proteínas. ,A presença dessa capacidade biossintética inJia o papel sin_gular que as mitocôndrias exercem sobre seu frOprio destino.Ver Corr. Clín. 1 .Z para descriçÕ.s Oe Oo.nirs atribuídas adefeitos na função mitocondrial. 0s Lisossomos são Necessários para ã DigeStão Intracelular A digestão intracelular de várias substâncias ocorredentro de estruturas chamadas Iisossomos. Sâo delimitadospor uma membrana única e mantêm um pH mais baixo namatriz Iisossomal que no citosol. Encapsulado nos jisossomos está um grupo de enzimas glicoprotéicas _ hidroiases _ que catalisam a clivagem hidrolítica de iigaçÕes carbono_ oxigênio, carbono-nitrogênio, carbono-.n*áf.. e oxigênio_ I:rrofg em proteínas, Iipídeos, carboidratos elcidos nuctéicos. Uma Iista parcial de enzimas iisossomais toi apresentaOa naTabela 1 .7. Como na digestão gastrointestinal, as enzimas lisossomaÍs quebram moléculai complexas eÀ compostos simples de baixo peso moiecular, que podem ier utilizadospelas vias metabólicas da célula. As enzimas do lisossomo caracterizam-se por serem mais ativas quando o pH do meioé ácido. isto é, pH S,0 ou inferior. n'refaiio enrre pH eatividade enzimática é discutida no Capíiulo O.'ó On do citosol é próximo de 7.0 e as enzimas lisossomais rO* pouca atividade neste pH. : 4 Estrutura da célula eucariótica 0 conleúdo em enzimas dos lisossomos. nos diferentes :cidos, varÍa e depende das necessidades específicas de cada ecido. A membrana lisossomal é impermeável a moléculas 'equenas e grandes e mediadores protéicos especÍficos na ,rembrana são necessários para 0 iransporte de substâncias. isossomos isolados cuidadosarne lrte não calalisam a hidrólise iÊ substratos enquanio sua nembrana não for rompida. As 'iividades das enzimas IÍsossomais são ditas latentes. 0 i:mpimenlo da mernbr-ana in siiu pode levar à digestão celular , várias condiçoes parológicas têm sido atribuídas à liberação ri: enzimas lisossoiiie is, i lcl ui ncjo artrite, respostas alergicas, 'arias doença: n:u:rulei-es e destruição teciduai induzida por 'ogas l\'çl- f:r:. Ci:i. 1.37. Os iisossr-:nos estão envolvidos na digestão normal de ,bs::icies ;nir-a e extracelulares, que devem ser removidas ..li uiia célrla. etrarrés de endocitose, material externo é ip:;cc pei; célula e encapsulado em vesículas envoltas por . ei-nbi-ai':a (Figura 1.11). A membrana plasmática invagina ,:l ieior- cie substâncias estranhas com forma, como .'ici-o:ganismos. por fagocitose, e capta o fluido extracelular i-r:riencjo materiai suspenso, por pinocitose. As vesículas :niendo material externo fundem-se com os lisossomos, 'rrnrando organelas que contêm o material a ser digerido e rrl enzimas, que realizam a digestão. Esses vacúolos são i.lentificados microscopicamente por seu tamanho e, :eqüentemente, pela presenÇa de pedaços de estruturas com ',:rmas. em processo de digestão. 0s lisossomos em que as §nzimas Lisassomais e Êota O catabolismo de purinas, compostos heterocíclicos contendo nitrogênio encontrados em ácidos nuclêicos, promove a formação de ácido úrico, que é secretado na urina (ver Capítulo 12 para detalhes). Gota é uma anormalidade em que há produção excessiva de ácido úrico, com âumento do ácido úrico no sangue e deposiçãode cristais de urato nas articulaçóes. As conseqüências são manifestaçóes clínicas nas â rticu laÇÕes.,-_ particu la rmente no g ra nde artel ho, inc{uindo infiamação, dor, inchaço e aumento de iei-riperatura. O ácido úrico não é muito solúvel e alguns dos sintomas clínicos da gota podem ser atribuídos à lesão causada pelos cristais de urato. Os cristais são fagocÍtados pelas células nas articulaçóes e acumuiam-se nos vacúolos digestivos, que contêm enzimas lisossomais. Os cristais causam iesão física aos vacúolos. iiberando enzimas lisossomais no citosol. Mesmo quê o pH ótimo das enzimas lisossomais seja menor que o pH do citosol, elas têm alguma atividade hidrolítica *nr pil mais alto. Essa atividade qausa digestão de componentes celulares, liberação de substâncias da célula e ar-rtolise. Weissnann, G. Crystals, by'sosamÇs, and gaut. Adv. lntern- Med. 19:239, 1974; e Burt, H. i;À., Kaiknan, P. lJ., e Mauldin, D. Membranotytic effects af c,vstet!ine nanasodium urate monohydrate. J. Rheumaí.o:. 10.. 4,tJ 1963. enzimas ainda não estão envolvidas no processo digestivo são chamados lisossomos primários, ao passo que aqueles em que a digestão do material está em processo são os Iisossomos secundários ou vacúolos digestivos, que variam em tamanho e aparência. Os constituintes celularegsão sintetizados e degradados continuamente e os lisossomos digerem esses restos celulares. A dinâmica de síntese e degradação inclui proteínas e ácidos nucléicos, assim como estruturas como mitocôndrias e retículo endoplasmático. Durante esse processo normal de auto- digestão, isto é, autólise, substâncias celulares são encapsuladas denlro de vesículas delimitadas por membranas que se íundem com os Iisossomos, para completar a degradação. O processo geral é chamado autofagia e também está representado na Figura 1.1 1. Os produtos da digestão lisossomal difundem-se através das membranas Iisossomais e são reutilizados pela célula. O material não digerido acumula-se em vesículas chamadas corpos residuais, cqios conteúdos são removidos da célula por exocitose. Em alguns casos, corpos residuais que contêm altas concentraçÕes de lipídeos permanecem por longo período de tempo. O lipídeo é oxidado e uma substância pigmentada, que é quimicamente heterogênea e contém ácidos graxos poli- FIGUBA I,T1 frepresentação diagramática do papel de lisossomos na digestão intracelular de substâncias internalizadas por fagocitose (heterofagia) e de componenÍes celalares (autofagia). Nos dois processos, as substâncias a serem digeridas são encapsuladas numa vesícula e, em seguida, ocorre fusão com lisossomo primário, formando o Iisossomo secundário. ;àr!w,Ér4â{É} (1) 2H2O2-ZH2O+ A2 Papel funcionar de orga,eras subcerurares e dos srsÍemas cre mentbrana ,r s l I FIGURA 1.12 freações catalisadas pela catalase. insaturados e proteínas, acumura-se na cérura. Esse materiar, lipofuscina, é também chamado o ,.pigmento da idade,,ru "pigmento do desgaste,, (wear ãnd tear pignent), rorque acumula-se em células de indivíduos idosos. Ocorre 3m todas as células, mas principalmente em neurônios e:élulas musculares, e está implicado no processo de :nvelhecimento, Sob condições contnoladas, as enzimas iisossomais sãojecretadas da célula para digestão de material extracelular; rma função exrracerurar para argumas enzimas risossomaisioi demonstrada em tecido coneãtivo, glândula prostática e:o processo de embriogênese. Assim, desempenham um papella morte celular programada ou apoptose. A ausência de enzimas lisossomàis específicas ocorre emrárias doenças genéticas em que há acúmulo, na célula, de romponentes celulares específicos, que não são digeridos. Osiisossomos de células afetadas toinam_se maiores com ornaterial não digerido, interferindo com os processos normaisla célula. As doenças de acúmuio risossomar são discutidas:ro CapÍtulo i0 (ver p.353); ver Corr. Clín. 1.4 para uma descrição da deficiência de Iipase lisossomal. )s Peroxissomos Contêrn Enzimas Oxidativas involvendo Peróxido de ttridrogênio (2) RH2 + H2O2a R+ 2H2Oz_ n+ 1n2w l_---'--_''------_l tleficiêncía de Lipase Ãcida Lisossamal Duas formas fenotípicas de uma deficiência genética da lipase ácida lisossomal sáo conhecidas. Adoença de Wolman ocorre em criançás e é, geralmente, fatalcom 1 ano de idade, enquanto a doença de arma_zenâmento de coiesterol éster, geralmente, é diagnosticada na idacle adulla. Ambãs são doenças autossômices recessivas. Há depósÍto de triacilglieerol e ésteres de colesterol nos tecidos, particularmente no fígado. Na última cloença, há o estabelecimento precoce de ateroscierose severa. A lipase ácida catalisa a hidrólíse de mono-. di- e triacilgliceróis, bem comode ésteres de colesterol. E umã enzima crítica no metabolismo do colêsterol, servindo ó"r, Oirp"ri bilizar colesterol livre pâra as necessidades da càlula. Hegele, R. A., Little, J. A....,.!ezira. C., et at., Hepatic tipasedeficiency: clinicat, biocrer,ca: and ntotecuí[r genetics characteristics. Atheroscieics;s a::: -l:::olr,bcsis 7i: 720, 1gg3. ,A maioria das células eucarióticas originárias de mamíferos :ru de.protozoários e plantas têm org-anelas, denominadas ueroxissomos ou microcorpúsculos, que contêm enzimas tue produzem ou utilizam peróxido de hidrogênio iHrO.j.:;ão pequenos (0,3-1,S mm de diâmetro), de f"orma esférica ru. oval, com matriz granuiar e, em alguns casos, com inclusão -ristalina chamada nucleóide. Os peroxissomos contêm :rnzimas que oxidam D-aminoácidos, ácido úrico e várÍos Z- ,ridroxiácidos, usando O. molecular. com formação de HrOr.+ catalase, enzima preiente em peroxissomos, catalisa a :ir.r::r.d: HrO, em água e oxigênio e a oxidação, por1zuz, oe vanos compostos (Figura 1 .12). por haverem tanto :nzimas que produzem como que utilÍzam peróxido num',rêSrrto compartimento, as células se protegem da toxicidade ,o Hr0r. 0s peroxissomos também contêm enzimas envolvidas no ,retabolismo de Iipídeos, particularmente oxidação de ácidos rraros de cadeias muito longas, e sÍntese de glicerolipídeos e ipídeos de glicerot éter (ptasmatogênios) (ví CapÍtulo 10). ,'er Corr. CIín. 1 .S para a discussão da síndrome de Zellweger, m que há ausência de peroxisossomos. 0s peroxissomos de diferentes tecidos contêm diferentes cmplementos de enzimas e o conteúdo em peroxissomos ras células pode varíar, dependendo das condiçÕes celulares. Síndrome de Zeilweget e a A$sêficia de pe rox iss omas Fu n c i ç * a i s Síndrome de Zellweger é uma doença rara, autossômica recessiva, caracterizada por anomalías no fígado, no rim, no cérebro e no sistema esquelético. .E.m geral, resulta em morte aos 6 rneses de idade. Várias anomalias bioquímicas, aparentemente não relacionadas, foram descritas, incluindo diminuição dos níveis de lipídeos de glicerol éter (plasmalogênios) e aumento nos níveis de ácidos graxos de cadeias muito longas (C-24 e C-26) e de derivados dc ácidocolestanóico (precursores do ácido biliar). Essas anomalias são devidas à ausência de peroxissomos funcionais nas crianças afetadas. Os peroxissomos são responsáveis pela síntese de glicerol éteres, pelo encurtamento dos ácidos graxos de cadeia muito longa, para que a mitocôndria possa oxidá_los completamente, e pela oxidação da cadeia lateral do colesterol, necessária a síntese de ácidos biliares. Umà evidência indica que haja um defeito no transporte de enzimas peroxissomais, entre o citosol e o interior dosperoxissomos. durante a síntese. es cetutas Jãs indivíduos atingidos contêm,,espectros,, de pe_ roxissomos vazios. O diagnóstico prà_natal da doença é possível através de ensaio de células do líquido amniótico, para enzimas peroxissomais, ou da anátise de ácidos graxos no fluido. Datt1, Í! 5., Witson, G. N., e lajya, A K. Deficiency of enzyrnescatal.yzing the biosynthesis^o-f glycerol ether tpids' iÀ Zetwege: syndrome. ll Engl. J. NÍed. 31 1 : i 080. t 9B4; Màser .A f . S,rir.l , 9ryryn, F. R., Satish, G. t., Ketrey, n. t., Aenii,- p''3:. s ,icser, I W, fne c9rebrohepatorenat (Zeltweger) synd:oc.: : =r..,tevets and tntpaired degradationof ve4, locg c-:.^ -;::. ;:;:s 1n! tleir y?e for prenata!diasnosrs. N. Énst.7 lrti". i;à;, ii;i. 1^984;.e Wandgrs, R. J., §chutgrrs. ã. B ; ia:in, Z O.Pçroxissomal dísorders: a revíevy. _j. r,ç;;3,--,.1:,:i;. ,,.i. Nr"rãti54 726. 1995 Estrutura da celula eucarrótíca : eitoesqueleto Organiza o eonteúdo *tracelular As células eucarióticas contêm microiúbulos e filamentos r aclina (microfilarnenrcs) corno parte da trama do i.:oesqueleto. 0 citoesqueleto ciesempenha uma função na ranutenção da morfologia ceiular, no transporte intracelular, a motilidade celular e na dir,risão celular. 0s microtúbulos, ruitímeros da proieire tubulina, podem ser rapidamenle rcntados e desnoniados, dependendo da necessidacle da .'-lula. Dois flian:iics celulares muito importantes, actina e riosina. occrie:., ro rnúsculo estriado e são responsáveis pela '-;ntração :-ii..:sci.;lar (ver Capítulo 22). Três proteínas recanoquímicas - miosina, dineína e cinesina -nvei.ei: energia química em energia mecânica para o rvi:rerto dcs componentes celulares. Esses motores '--l€auiares estão associados com o citoesqueleto; o .:carisrno real para a conversão de enÊrgia, porém, não foi :.finido completamente. A dineína está envolvida nos t,r'"iimenios ciliar e flagelar, ao passo que a cinesina é a força :e determina o movimento de vesículas e organelas ao longo ':s microtúbulos. I Citosol eontém Cornponentes eeÍulares ialúveis A menos complexa em estrutura. mas não em química, é a ;iva da célula, sem crganelas, ou citosol. E aqui que muitas --ações químicas do metabolismo ocorrem e onde substratos ,;o-fatores interagem com várias enzimas. Embora não haja *nhuma estrutura aparente no citosol, seu alto conieúdo ;otéico impede que seja uma mistura homogênea de -'mponentes solúveis. Muitas reaçÕes localizam-se em áreas ,:lecionadas, onde a disponibilidade de substrato é mais rvorávei. 0 estado físico-quÍmico real do citoso) é pouco ,,nhecido. Um importante papel do citosol é sustentar a rrtese de proleínas no retículo endoplasmático, pelo ,,i-necimento de co-fatores e energia. O citosol também .ntém ribossomos livres, freqüentemente em forma de ,;l!ssomo, para a sÍntese de proteínas intraceluiares. Fsiudos com citosol isolado sugerem que muitas reaçÕes .larn caralisadas por enzimas solúveis mas, nas células :ai:as, :truiias destas enzimas podern estar fracamente -:adas a un:; das muitas estruturas d,e- membrana ou a ,mpcnenres do ciicesquelelo e são rapidamente tiberadas, :-ros o i-ornDimenio da céiula. .0nclusã0 Uma céiula eucai-ictica e uma estrutura complexa cujos iljetivos são: replicar-se ouando necessário, manter um meio rlracelular que permita a ocoi-iência de milhares de reaçÕes :implexas, com a major eficiência pcssí,,re1. e proteger-se dos irigos oferecidos pelo ambienie QUÊ a cerca. As células de iganismos multicelulares larnbém pariicipam cia manutenção r bem-estar de todo o organismo, exercendo influências rras sobre as out.ras, para manter todas as atividades :'ciduais e celulares em equilÍbrio. Assim, à meciida que progredimos no estudo dos componentes químicos e das atividades das células, nos capítulos subseqüenles, é importante mantet em mente as atividades concomitantes e vizinhas, as IimitaçÕes e as influências do meio. Só conciliando todas as parles e atividades da célula, isto é, montando um quebra-cabeça, é que iremos apreciar a maravilha que são as células vivas. - BHELIO§R,qFiA Agua e Eletrólitos Dick, D. A,. T. Cell Warer. Washington, DC: Butterworths, 1 966. Eisenberg, D., e Kausmann, W 7he Structures and proper- ties of Water. Fairlawn,. NJ: Oxford University press, 1 969. Morris, J. C. 4 Biologist's Physical Chemistry. Reading, MA: Addison-Wesley, 1968. Stillinger, F.H. Water revisited. ScÍence2Og:451, 1980. Westof, 8"., Water and Biological MacromoÍecules. Boca Raton, FL: CRC Press, I 993. Estrutura Celular ,AIberts,8,, Bray, D., Lewis, J., Raff, M., Roberts, K., e Watson. J. D. Molecular Bioloqy of the Cell. New york: Carland, 1989. Becker, W M., e Deamer, D. 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E. a diferença na força de ligação entre as pontes de hidrogênio e as ligações covalentes. 3. Pode-se esperar que pontes de hidrogênio se formem apenas entre átomos eletronegativos, como oxigênio ou nitrogênio, e um átomo de hidrogênio Iigado a: A. carbono. B. um átomo eletronegativo. C. hidrogênio. D. iodo. E. enxofre. 4. Qual dos seguintes é menos provável que seja solúvel em água? A. composto não polar B. composto fracamente polar C. composto fortemente polar D. eletrólito fraco E. eletrólito forte 5. Qual.dos seguintes é mais provável que esteja parcialmente assocÍado, numa sotução aquoia fraca? A. álcool B. ácido láctico C. sulfato de potássio (K2SOr) D. cloreto de sódio (NaCl) E. tactato de sódio 6. 0 produto iônico da água: A. é independente da temperatura. B. tem valor númérico de 10-1a aZS"C. C. é a constante de equilíbrio para a reaÇão HOH . - H* +-OH-. D. necessita que [H+] e tOH I sejam sempre idênticas. E. é uma aproximação que não leva em conta a presença do íon hidrônio, H=0+. 7. Quais dos seguintes é tanto um ácido como base de Bronsted na água? A. HrPO; B. H2C03 c. NH3 D. NHâ E. CI Referir às seguintes informaçÕes, para as Questão g e g. A. ácido pirúvico ptí = 2,S0 B. ácido acetoacético p/f = 3,60 C. ácido láctico pK = 3,86 D. ácido p-hidroxibutírico pK = 4,70 E. ácido propiônico pK = 4,86 B. Qual ácido fraco estará 9Úo neutralizado, em pH 4.86? 9. Assumindo-se que a soma de [ácido fraco] + [base cor[ugada] seja idêntica para o§ sistemas tampÕ-es, com base na lista de ácidos listados acima, qual tem a maior capacidade de tamponamento em pH 4,86? 1 0. Todas as seguintes estruturas subcelulares podem ser isoladas basicamente intactas, EXCETO: A. retículo endoplasmático. B. lisossomos. C. mitocôndrias. D. núcleo. E. peroxissomos. 1 1. Membranas biológicas estão associadas a todas as seguintes afirmaçÕes, EXCETO: A. impedem livre difusão dos solutos iônicos. B. liberam proteínas, quando lesadas. C. contêm sistemas específicos para transportede moléculas não carregadas. D. são local para reações bioquímicas. E. proteínas e ácidos nucléicos atravessam-nas livremente. 12. Mitocôndrias estão associadas com todas asseguintes, aflrmações, EXCETO: A. síntese de ATP. B. síntese de DNA, C. síntese de proteínas. D. hidrólise de várias macromoléculas em pH baixo. E. duas membranas diferentes. 13. A análise da composição do principal compartimento líquido do corpo mostra que: A. o principal cátion do plasma sangüíneo é o K*. B. o princÍpal cátion do fluido celulãr é o Na+. C. um dos principais ânions intracelulares é Cl-. D. um dos principais ânions intracelulares é fosfato. E. o plasma e o fluido celular são muito similares em composição iônica. Referir ao seguinte, para as QuestÕes l4-17 A. peroxissomo B. núcleo C. citoesqueleto D. retÍculo endoptasmático E. complexo de Golgi 14. Consiste de microtúbulos e filamentos de actina. 15. Oxida ácidos graxos de cadeias muito longas. 16. Conectado à membrana plasmática por uma rede de canais membranosos. 1 7. Transfere precursores de carboidratos a proteínas, durante a síntese de glicoproteínas- I Estrutura da celula eucailótica E espostas :L ;C 0 DNA procariótico está organizado numa estrutura que também contém RNA e proteína, chamada nucleóide. A, B e D são encontradas em células eucarioticas e E é elemento de células procarióticas e eucarióticas (p. 2). A água é uma molécula polar porque os elétrons da ligação são atraÍdos mais fortemente pelo oxigênio que pelo hidrogênio. 0 ângulo da ligação origina uma assi- metria na disiribuição da carga; se a água fosse li- near, não seria um dipolo (p.3)" A: o hidrogênio e o oxigênio rêm afinidades muÍto diferentes por elétrons. B e D são conseqüências da estrutura da água, não faiorEs responsáveis por isso. Sc átomos de hidrogênio ligados a um elemento ele- ironegalrvo (0, N, F) podem formar pontes de hi- drogênio (p. 3). Um átomo de hidrogênio que participe da ponte de hidrogênio deve ter um elemento elelronegativo de cada Iado. Em gerai, compostos que interagem com o dipolo da água são mais solúveis que os que não interagem. Assim, compostos ionizados e compostos polares tendem a ser solúveis. Compostos não-polares preferem interagir um com outro composto, a interagir com solventes polares como a água (p. 4). O ácido láctico é ácido fraco e ácidos fracos dissociam- se parcialmente em solução aquosa (p. 5). A: álcool é completamente associado. C-E: estes são sais e são considerados completamente dissociados sob condiçÕes fisiológicas, embora em alta concentração alguma associação ocorra. A constante é função da temperatura e é numericamente igual à constante de equilíbrio para a dissociação da água, dividida pela concentração molar da água (p.5). D: [H*] = [OH-] na água pura, mas não em soluçÕes de solutos que contribuem com H+ ou 0H-. 7 . A, 0 HrPOl pode doar um próton, tornando-se HPOoz.Também pode aceitar um próton, tornando-se HrPOr. B e D são ácidos de Bronsted; C é uma base de Bronsted. O íon Cl na água não é nenlzum nem outro. 8. C Se um ácido fraco está 91o/o neutralizado, 91 partes estão presentes como base conjugada e 9 partes permanecem como ácido fraco. Portanto, a razão base conjugada/ácido conjugado é 10:1. Substituindo na equação de Henderson-Hasselbalch, 4,86 = p/( + log (10/1), e resolvendo para pH, teremos a resposta. 9. E A capacidade de tamponamento de qualquer sistema é máxima no pH = pK (p. 9). A concentração do tam- pão também afeta sua capacidade de tamponamento, mas neste caso as concentraÇões são iguais. 10. A Rompimento leve das células não destruirão B-E. 0 retí- culo endoplasmático, porém, é rompido e forma pequenas vesículas. Essas vesículas, não a estrutura original das quais elas derivaram, podem ser isoladas (pp. 9, I2). 11. E (p. 13). 12. D Esta é uma função lisossornal (p 13).As propriedades mitocondriais são descritas na p. 13. 13. D Fosfato e proteína são os principais ânions intracelulares. A, B, e E: o plasma e o fluido celular são muito diferentes. 0 íon Na* é o principal cátion do plasma. C: .A maior parte do cloreto é extracelular (p. 11,Figura 1..10). 14. C (p. 15). 15. A A oxidação de ácidos graxos ocorre nas mitocôndrias, mas a oxidação de ácidos graxos de cadeias muito longas envolve os peroxissomos (p. 15). I 6. B Isto descreve só o núcleo (p. 12). 17. E Lipídeos também estão ligados covalentemente a certas proteínas no complexo de Colgi (p 13).
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