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relatório psicologia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
DEPARTAMENTO: Formação Pedagógica em História 
DISCIPLINA: Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem 
TÍTULO: Revisando a História da Educação e Projetando Perspectivas Futuras
NOME E MATRÍCULA: Igor Feitosa Moreira Pinto | 201907117059
DATA: 21/11/2019
OBJETIVO
Observação do desenvolvimento físico-motor, afetivo-emocional, intelectual ou social em crianças. Relacionando teoria e prática.
INTRODUÇÃO
Jean Piaget (1896-1980) introduziu ideias que gerou uma revolução às antigas concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo. Segundo ele a inteligência constrói-se progressivamente ao longo do tempo, por estágios ou etapas. Em seus estudos introduziu a observação e a prática de entrevistas com crianças. 
A evolução de todas as ciências sempre foi influenciada pelas questões políticas e sociais de cada período histórico, por isso é de grande importância conhecer as construções teóricas de forma contextualizada. Infelizmente, quando a Psicologia, a Educação e demais ciências deixam de compreender o indivíduo no mundo e nas relações sociais e políticas de cada momento histórico, contribuem para a ideologia das classes dominantes que não desejam um indivíduo conhecedor de suas possibilidades e potencialidades. 
O processo educacional é, sempre foi e sempre será um grande desafio para os profissionais da Educação. Ou seja, compreender o indivíduo, suas relações histórico-sociais e cognitivas para uma aprendizagem cada vez mais significativa e emancipatória. A psicologia da educação vem contribuindo com a educação ao realizar estudos na busca de solução para os problemas educacionais, embasadas nas diversas abordagens teóricas que compõem a área.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Dados coletados de uma criança de 12 meses de idade, foram cinco horas de observação para análise de campo. A criança não frequenta creche e é cuidada diariamente pela mãe, observa-se que existe um grande vínculo e apego a mãe, a criança ainda não anda sozinha perfeitamente, ela engatinha e arrisca alguns passos segurando-se em algo para não cair, ela gesticula bastante com os braços e as mãos principalmente quando quer algo, suas expressões faciais também pode ser uma forma de comunicação entre ela e a mãe. Na alimentação a criança é muito distraída a mãe precisa chamar sua atenção para inserir o alimento. 
A primeira infância de 0 a 2 anos. Essa é a fase do desenvolvimento na qual o indivíduo mais se desenvolve em menos tempo. No início o bebê é totalmente dependente para realizar todas as funções básicas e vai avançando em autonomia com o passar do tempo, adquirindo controle da alimentação e excreção. 
O desenvolvimento físico e motor nos dois primeiros anos de vida pode ser dividido em habilidades locomotoras (andar, correr, saltar e pular), não locomotoras (inclinar, puxar e empurrar) e manipulativas (arremessar, pegar, agarrar e chutar). Hormônios, emoções, saúde, nutrição e hereditariedade são fatores que podem alterar o desenvolvimento físico e motor ao longo dessa etapa. Papalia, Olds e Feldman (2006) apresentam algumas características motoras comuns na primeira infância: 
• 1 mês: Segurar objetos quando colocados na mão.
• 2-3 meses: Bater em objetos que estão ao alcance.
• 4-6 meses: Rolar em superfícies, alcançar e segurar objetos.
• 10-12 meses: Ficar em pé com apoio, andar sem ajuda, agachar, inclinar-se, segurar uma colher.
• 13-18 meses: Caminhar para trás e para os lados, correr, rolar bolas, empilhar blocos e guardar objetos em um recipiente.
Comparando a característica descrita acima dos autores, a criança que foi observada nesse relatório, observa-se que se difere no quesito “andar sem ajuda” pois mesmo com 12 meses ela ainda não anda totalmente sozinha. 
O desenvolvimento cognitivo nessa fase é equivalente ao período sensório- motor de Piaget, ao longo desse período a criança vai construindo esquemas, a noção de permanência de objeto e o início do pensamento representativo. O período sensório-motor pode ser dividido em seis subestágios: 
• 0 a 1 mês: Construção dos primeiros esquemas e reflexos inatos, como sugar e olhar.
• 1 a 4 meses: Apresentações de reações circulares primárias, que são repetição de esquemas recém-construídos como olhar um objeto, sugar chupeta ou língua e movimentar braços e pernas em ritmo constante.
• 4 a 8 meses: Apresentação de reações circulares secundárias nas quais um evento interessante, que ocorreu ao acaso, faz a criança repetir o esquema para rever a situação: puxar um cordão para ver o movimento de um brinquedo em seu berço, por exemplo.
• 8 a 12 meses: Construção da noção de permanência do objeto quando a criança compreende a existência de um objeto fora da sua visão. 
•12 a 18 meses: Apresentação de reações circulares terciárias, que consistem em um processo de experimentação do bebê em relação aos objetos, tentando diferentes formas de brincar e manipulá-los.
• 18 a 24 meses: Transição para o estágio seguinte (início do pensamento representativo). A criança começa a utilizar símbolos para representar objetos e eventos e o surgimento da linguagem é um marco importante nesse processo.
O desenvolvimento afetivo-emocional tem como tarefa nessa fase importante o desenvolvimento na noção do eu, quanto corporal quanto psicológico. A partir dessa noção, a criança consegue diferenciar que as sensações individuais (fome) e a sensação que advém da resposta de um adulto (alimento) não são a mesma coisa. Os cuidados recebidos por um bebê nessa etapa promovem o desenvolvimento da confiança básica, a certeza de que suas necessidades serão atendidas. Quanto as necessidades de um bebê (ser acariciado, pegar no colo, fome, sono etc.) não são atendidas, cria-se sentimentos de isolamento, abandono, medo e ansiedade, tornando o mudo externo fonte de ameaça e frustração. 
O desenvolvimento social também envolve diferentes etapas como descrito abaixo:
• 0 a 1 mês: Sorriso social espontâneo.
• 2 a 3 meses: Primeiros sinais de apego, a criança para de chorar com aproximação de pessoas e choram quando se afastam.
• 6 meses: Apego definido.
• 8 meses: Medo de estranhos e ansiedade da separação.
• 12 meses: Brincadeiras de esconde-esconde, fingir dormir, dar adeus e bater palmas.
• 16 a 18 meses: Brincadeiras de competição com outras crianças.
• 24 meses: Ingresso no ambiente social para além do familiar. 
Durante a observação da criança de 12 meses de idade, ela segura os objetos firmemente em suas mãos, principalmente na alimentação, mesmo sua mãe colocando alimento em sua boca ela pega a colher que dar a entender que ela sabe para que serve.
Quando pessoas estranhas visitam sua casa, as expressões faciais dela mudam, como se ela estivesse irritada ela observa um por um, fica tímida e com o tempo ela normaliza e começa a se acostumar com a presença dos indivíduos em sua casa, eles começam a interagir com a criança ela sorrir bastante, gesticula com os braços e joga os objetos que estavam em suas mãos, as visitas devolvem o objeto para ela e ela joga novamente, observa-se que ela se diverte ao fazer isso, dando risadas e pulos.
 
RESULTADOS E CONCLUSÕES 
Durante a pesquisa de campo pela observação, vários fatores foram avaliados. A criança de 12 meses demonstrou várias características físico-motor, afetivo-emocional e intelectual. A criança engatinha bastante, mas ainda não anda perfeitamente, pôde se observar que a mãe estimula a criança a andar sem segurar em algo, a criança demonstra sorriso fácil sempre que interage com alguém. Pude notar que em cada movimento da criança existe uma comunicação, ela usa seus braços e expressões faciais para demonstrar algo. 
É de grande importância a observação dos pais em cada etapa da criança, desde 0 a 1 mês de idade, pois a cada mês existe um avanço e nesses estágios pode-se identificar se a criança está acompanhando cada evolução ou não. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREITAS, Márcia de Fátima Rabello Lovisi de; PINTO, Rosângela de Oliveira; FERRONATO, Raquel Franco. Psicologia da educação e da aprendizagem. Londrina: Editorae Distribuidora Educacional S.A., 2016.

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