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VIVÊNCIAS EDUCATIVAS

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10
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO, A INCLUSÃO 
DIGITAL E O TRABALHO NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Luciane Coyado Pexe¹ 
Taiana Madalena Ertel Henz de Lima¹ 
Jessica Teske¹ 
Prof. Daniela Cristina Gadotti Fronza²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo caracterizar os principais pontos referentes ao lúdico no processo de ensino e aprendizagem. Este, no entanto voltado para a área da educação infantil, ira falar sobre o conceito de ludicidade e suas respectivas teorias. No que se refere à ludoeducação, define-se qual a importância para as crianças, também reconhecer que o jogo na educação deve respeitar a natureza do ato lúdico. A ludicidade no processo de ensino e aprendizagem possibilita desbloquear resistências e a desenvolver ações que provoquem reflexões nas crianças. À partir das pesquisas realizadas e apresentadas neste trabalho percebe-se, portanto, a importância do lúdico no desenvolvimento das crianças.
Palavras-chave: Lúdico. Ludoeducação. Desenvolvimento. 
1. INTRODUÇÃO
Falar sobre a ludicidade, na educação infantil, significa que no processo de desenvolvimento da criança a experiência do brincar está relacionada a diferentes tempos e espaços. Para as crianças, o brincar constitui-se em um conjunto de práticas, conhecimentos e fatos construídos e acumulados, e que facilitam a aprendizagem. 
A partir desse contexto, percebe-se que ao longo dos tempos a educação tem apresentado a necessidade de implantar uma nova pedagogia. O presente estudo pretende mostrar que a prática educativa lúdica serve como ferramenta facilitadora na aprendizagem da educação infantil e é importante para adquirir outras estratégias de ensino. 
O objetivo geral é analisar a prática educativa lúdica como ferramenta facilitadora da aprendizagem na educação infantil. E os específicos são: estudar as concepções de teóricos sobre a ludicidade no cotidiano escolar; verificar de que maneira a ludoeducação pode ser aplicada no ambiente escolar; verificar de que maneira as brincadeiras podem ser inseridas ao planejamento escolar, também como a ludicidade contribui para o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. 
Para o desenvolvimento da investigação fez-se necessário realizar uma pesquisa bibliográfica. A realização desse tipo de pesquisa justifica-se pela necessidade de mobilização de uma base teórica e dados empíricos, cujas inferências e categorizações possibilitaram resultados aproximativos das questões investigativas do presente trabalho. Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica para fundamentar teoricamente o desenvolvimento do trabalho, para compreender a problemática em questão, e Marconi e Lakatos (2001) afirmam que ela envolve a utilização materiais já elaborados e publicados relacionados ao tema de estudo como livros, revistas, jornais, monografias, teses, etc. A abordagem que norteou este estudo foi de cunho qualitativo, que para Richardson (1999), além de ser uma opção do investigador, justifica-se, sobretudo, por ser uma forma adequada para entender a natureza de um fenômeno social. 
Este estudo está organizado em três seções, sendo que a primeira apresenta a introdução. A segunda seção aborda o referencial teórico sobre o tema, discorrendo sobre as concepções teóricas sobre o lúdico, passando pela ludoeducação, abordando o jogo na educação, bem como a ludicidade no ensino e aprendizagem. A terceira seção discorre sobre o percurso metodológico utilizado no estudo em foco. E a quarta seção versa sobre os resultados e discussão, além das considerações finais e referencias bibliográficas. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. LÚDICO – CONCEITOS E TEORÍAS
O significado da palavra lúdico é definido por Michaelis (2012) como “que se refere a jogos ou brinquedos”. Neste sentido estão incluídos além dos jogos, brinquedos, os divertimentos e é relativo também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte. Por sua vez, a função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo, seu saber, seu conhecimento e sua compreensão de mundo. 
 Dessa forma, segundo Santos (2010), estaríamos presos ao conceito de que lúdico é apenas o jogo, porém, todo ser humano sabe o que é brincar, como se brinca e por que se brinca, mas a grande dificuldade é formular um conceito claro sobre o lúdico. Podemos dizer que é impossível teorizar sobre ele usando somente a razão, pois seu conceito é sentido pela emoção.
 Quando falamos do lúdico estamos nos referindo a algo muito mais profundo que o significado atribuído a ele, e talvez por isso alguns teóricos acreditam que o brincar não se define com palavras, pois se trata de atividades que tem origem na emoção. Vemos que outros definem o brincar como uma atividade espontânea, natural e descomprometida de resultados. Ainda há aqueles que diferenciam o brincar do jogar, colocando que o brincar é uma atividade espontânea e sem regras e o jogar se caracteriza pelo cumprimento das regras (SANTOS, 2010). 
É através do brincar, que a criança terá condições de construir sua identidade, socializar-se, enquanto parte integrante de um grupo, conhecer e reconhecer-se, amar e ser amada. O brincar é um ato cultural e para que o brinquedo exista é preciso que um grupo da sociedade lhe dê sentido e significado. Segundo Santos (2010, p.13): 
O brinquedo é um objeto material que carrega em seu contexto questões de ordem: educacional, porque o brinquedo educa; pessoal, porque a ação de brincar deixa sua marca na vida das pessoas; social, porque ele é o “presente” destinado à criança e, por isso, tornou-se uma atividade ritualizada entre pais e familiares; psicológica, porque, no brincar, as pessoas de revelam como são; filosófica, porque a atividade lúdica faz pensar, refletir e questionar sobre a origem das coisas; mística, porque o brincar tem um caráter mágico; histórica, porque através dos brinquedos pode-se descobrir o modo de brincar das crianças em épocas distantes; econômica, porque é um dos produtos mais vendidos no mundo. Tudo isso confere ao brinquedo um valor cultural. 
O brincar é uma atividade fundamental para crianças pequenas e que, segundo Piaget (1978), “brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades”, é brincando que elas desvendam o mundo, se comunicam e se inserem em um contexto social. A brincadeira, seja ela qual for, é algo de sumo importância na infância. Pelos pais, ela deve ser vista não apenas como um momento de entretenimento e lazer de seus filhos, mas também como uma oportunidade de desenvolver nas crianças hábitos e atitudes que os façam amadurecer se tornando responsáveis.
 Vygotsky (1998) partiu do princípio que o sujeito se constitui nas relações com os outros, por meio de atividades caracteristicamente humanas, mediadas por ferramentas técnicas e semióticas. Sendo assim, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que esta é uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. O mesmo autor ainda se refere à brincadeira como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos papéis dos adultos. A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos, surge, nas crianças, através do brincar. A criança, por intermédio da brincadeira, das atividades lúdicas, atua nas diferentes situações vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes, podendo, assim, preparar-se para a vida e seus diversos desafios. 
 Santos (2010) propõe que a ludicidade seja uma necessidade da criança, mas para que ela se desenvolva integralmente é preciso que o brincar seja livre, o que não significa que o educador não precise planejar, acompanhar, observar e avaliar essa atividade. Há uma confusão por parte da escola quando se trata do brincar livremente, pois muitos educadores entendem que se a brincadeira for intencional, a criança não é livre para brincar, quando na verdade é ele (o educador) que não fica livre no momento do jogo propostopela criança. 
Para que o jogo possa desempenhar a função educativa é necessário que este seja pensado e planejado dentro da sistematização do ensino. 
2.2. LUDOEDUCAÇÃO
Para desenvolver um raciocínio em favor das vantagens do uso do lúdico na educação, precisamos considerar que o brincar faz parte do cotidiano da criança, é isso que ela gosta de fazer. Brincando ela fantasia, imita os adultos, desafia e testa suas habilidades. Enquanto brinca, a criança está crescendo e adquirindo experiências para a sua vida adulta. As atividades lúdicas estimulam a participação, criam um ambiente agradável, de cumplicidade entre o educador e o aluno, aumentando a aceitação e o interesse.
Nos dias de hoje, a sociedade moderna valoriza a criatividade, a iniciativa e o senso crítico, e a escola precisa preparar seus alunos de forma a despertar esses potenciais. Daí a crescente importância do uso do lúdico no processo educacional, que instiga à participação, à crítica, à busca da novidade e da ousadia, sem desprezar a importância do respeito e da cooperação entre os elementos de um grupo, por que a disciplina e a obediência fazem parte de qualquer jogo.
A criança gosta de brincar, de fantasiar, de atender a desafios, de participar. O brincar faz parte de sua vida, é um exercício de viver em sociedade, assim é o lúdico, através dos jogos, das histórias e das diversas formas de trabalhar com as artes, o veículo indicado para ser usado para a transmissão da mensagem educacional que desejamos.
A ludoeducação é uma forma eficiente de entrelaçar uma atividade agradável e motivadora com o conteúdo educacional que desejamos ou necessitamos transmitir. Trabalhar com ludoeducação pode ser mais simples do que parece: é analisar um jogo pelo exercício de sociabilidade que ele provocará, preocupar-se em adaptar ou criar um jogo para despertar a vontade de conhecer determinada disciplina, de treiná-la ou mesmo avaliá-la.
Contar uma história dando especial valor ao conteúdo ético que ela transmite. Aplicar uma dramatização preocupando-se com as interações existentes entre os participantes, como está se manifestando a liderança, como estão despontando as diversas potencialidades e limitações, enfim, como esta apresentação, aparentemente simples, irá influenciar no desenvolvimento das crianças.
Para Holtz (1998, p.12), a aprendizagem para as crianças pequenas é inevitável, pois 
o brincar deve ser valorizado por aqueles envolvidos na educação e na criação das crianças pequenas, fazendo a escolha dos materiais lúdicos que são reservados no brincar, cujo objetivo deve ter seu efeito sobre o desenvolvimento da criança. Porque muitas crianças chegam à escola maternal incapazes de envolver-se no brincar, em virtude de uma educação passiva que via o brincar como uma atividade barulhenta, desorganizada e desnecessária.
Para que isso aconteça, as atividades lúdicas, em suas diversas manifestações, têm que ser vistas como uma ferramenta educacional. Para isso, devem-se conhecer os diversos tipos (jogos, histórias, dramatizações, canções, artesanatos, etc.), as características e potencialidades educacionais de cada um deles, bem como as suas formas de aplicação. E, sobretudo, deve fazer parte de um planejamento onde cada intervenção está encadeada com a outra, com o seu significado próprio, mas entrelaçado com o conjunto de forma a permitir efeitos previstos e mensuráveis.
2.3. O JOGO NA EDUCAÇÃO
Muitas dúvidas persistem entre educadores que procuram associar o jogo à educação: se há diferença entre o jogo e o material pedagógico, se o jogo educativo empregado em sala de aula é realmente jogo e se o jogo tem um fim em si mesmo ou é um meio para alcançar objetivos. 
Se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua utilização deverá criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais prevalece a incerteza do ato e não se buscam resultados. Porém, se os mesmos objetos servem como auxiliar da ação docente, buscam-se resultados, em relação à aprendizagem de conceitos e noções ou, esmo, ao desenvolvimento de algumas habilidades. Nesse caso, o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica, deixa de ser brinquedo para tornar-se material pedagógico. Um mesmo objeto pode adquirir dois sentidos conforme o contexto em que se utiliza: brinquedo ou material pedagógico.
Platão, em Les Lois (1948), comenta a importância do “aprender brincando”, em oposição à utilização da violência e da repressão. Da mesma forma, Aristóteles sugere, para a educação de crianças pequenas, o uso de jogos que imitem atividades sérias, de ocupações adultas, como forma de preparo para a vida futura. 
O jogo, entendido como objeto e ação de brincar, caracterizado pela liberdade e espontaneidade, passa a fazer parte da história da educação infantil através de Froebel. Manipulando e brincando com materiais como bolas e cilindros, montando e desmontando cubos, a crianças estabelece relações matemáticas e adquire conhecimentos de Física e Metafísica, além de desenvolver noções estéticas. Embora Froebel, em sua teoria, enfatize o jogo livre como importante para o desenvolvimento infantil, mesmo assim introduz a ideia de materiais educativos, como recursos auxiliares necessários à aquisição de conhecimento, como meio de instrução. 
Para Kishimoto (1996), 
As brincadeiras permitem que a criança desenvolva capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação, além de favorecer a socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação e regras e papéis sociais. 
Influenciada pela experiência froebeliana dos jardins-de-infância, Kergomard adota a ideia do jogo livre e espontâneo como o eixo da educação infantil. A ideia de uma escola infantil sem a interferência do professor cria um debate. Discute-se então, a adequação do jogo livre proposto por Froebel. As interpretações apontam para a necessidade de um jogo controlado como suporte da ação docente. Assim, nasce o jogo educativo: mistura de jogo e de ensino.
O jogo educativo, metade jogo e metade educação, toma o espaço da escola maternal francesa a tal ponto que Chamboredon e Prévot (1986) chegam a dizer que esta se transforma em um grande “brinquedo educativo”.
O objetivo do jogo educativo é o equilíbrio entre as duas funções, a função lúdica (o jogo propicia a diversão, o prazer e até o desprazer, quando escolhido voluntariamente) e a função educativa (o jogo ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo).
O jogo na escola favorece o aprendizado pelo erro e estimula a exploração e a solução de problemas. O jogo, por ser livre de pressões a avaliações, cria um clima adequado para a investigação e a busca de soluções. O benefício do jogo está nessa possibilidade de estimular a exploração em busca de respostas, em não constranger quando se erra. A criança, que brinca livremente, passa por um processo educativo espontâneo e aprende sem constrangimento de adultos, em interação com seu ambiente. 
Ao permitir a manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente, a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança. Nesse sentido, qualquer jogo empregado pela escola, desde que respeite a natureza do ato lúdico, apresenta o caráter educativo e pode receber também a denominação geral de jogo educativo.
2.4. A LUDICIDADE NO ENSINO-APRENDIZAGEM
Vygotsky (1998) afirma que o brincar é um espaço de aprendizagem onde a criança age além do seu comportamento humano. No brincar, ela age como se fosse maior do que é na realidade, realizando simbolicamente, o que mais tarde realizará na vida real. A criança quando brinca, aprende a se subordinar às regras das situações que reconstrói. Dessa forma, pode-se observar que o uso de materiais lúdicos é muito significativo para o processo de ensino aprendizagem dos educandos.
O lúdico é uma dimensão da linguagem humana, que possibilita a expressão do sujeito criador que se torna capaz de dar significado à sua existência.A ludicidade é uma possibilidade e uma capacidade de se brincar com a realidade. Ou seja, o educando ao interagir com o conhecimento concreto e através da brincadeira ele constrói e reconstrói o seu próprio conhecimento, e dessa forma transforma o mundo ao seu redor.
Cunha (2014, p.35) ressalta que,
nas séries iniciais, é mais comum que os professores compreendam a ludicidade como um processo cotidiano de aprendizagem, pois é natural à criança aprender brincando. Dessa forma podemos dizer que o ensino por meio do lúdico é de suma importância para o aprendizado. 
Quando há prazer na aprendizagem, há ludicidade. O lúdico significa fazer por gosto, dar gosto para o que se faz por obrigação. Através das brincadeiras as crianças se comunicam, e essa comunicação é constante entre elas e são capazes de um maior vínculo com os adultos. Nas atividades lúdicas, trocam informações importantes.
A criança busca sozinha a descoberta do brincar, descobre várias formas e possibilidades que sugerem interesse que realizam tanto os aspectos emocionais como sociais dentro da sala de aula. Vários foram os estudiosos que contribuíram para explicar a importância do lúdico, jogos, brincadeiras e recreações no desenvolvimento da criança, mas as contribuições primordiais para que outros estudiosos começassem a ver as crianças como seres em desenvolvimento foi através dos estudos de Vygotsky e Piaget.
As crianças devem ser aceitas como um ser em desenvolvimento e que a recreação e jogos façam parte de sua formação. O lúdico, ou seja, o jogar, o brincar envolvem emoções, reações e aprendizagens e a esta capacidade de aprender através do lúdico que deve ser enfatizada e valorizada pelas pessoas envolvidas no processo de formação da criança, seja na escola ou em outro espaço em que a criança se encontre. O que define o jogo é a situação imaginária criada pela criança, é a imaginação em ação.
O desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem na relação que as crianças estabelecem entre o significado, o meio e a ação. A criança expressa através do lúdico seus sentimentos, seus aprendizados e angustias, por isso devem ser valorizados e observados de forma diferenciada tanto pela escola como pela família. No contato com o outro é que a criança aprende a brincar, conhecer limites, aprende a conviver com as derrotas e vitórias, a lidar com as decepções, é através do brincar da criança que a aprendizagem se torna prática para o crescimento pessoal e interiorização das relações existentes no meio social em que esta convive.
A vida da criança está entregue a imaginação. Para a criança o viver é brincar, a brincadeira para a criança é algo considerado sério, comparado ao trabalho do adulto. Quanto mais a criança brinca e interage com os outros, mais chance tem de aprender.
A vida infantil é constituída pelo mundo do brinquedo. E este caráter lúdico da vida infantil deve ser preservado. A brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade humana e social, as crianças recriam a realidade através da utilização deste sistema.
Os educadores cumprem um papel fundamental nas escolas quando interagem com as crianças através das ações, ou seja, das práticas pedagógicas lúdicas. O lúdico é uma necessidade do ser humano, que proporciona a integração com o ambiente em que vive, sendo considerado assim um meio de expressão e aprendizado.
Através do lúdico, a criança demonstra e encontra equilíbrio entre o real e o imaginário, oportuniza o desenvolvimento da aprendizagem de maneira prazerosa. As atividades lúdicas possibilitam a incorporação de valores, assimilação de novos conhecimentos, desenvolve a parte social e criativa de cada ser humano. O brincar é um ato que deve ser mais aproveitado no ambiente escolar. O lúdico estimula as varias inteligências, permitindo que o aluno se desenvolva em tudo que esteja realizando de forma significativa. Através do lúdico o educador pode desenvolver atividades que sejam divertidas e que, sobretudo ensine os alunos a descobrir valores éticos e morais, formando cidadãos conscientes dos seus deveres e de suas responsabilidades, além de aproximar e proporcionar uma interação maior entre o professor e o aluno.
Quando as atividades lúdicas são elaboradas com uma intencionalidade, a fim de estimular a aprendizagem, surge uma educação eficaz que desenvolve na criança o gosto em aprender novos conhecimentos. Por isso, toda brincadeira vivenciada pela criança transforma e desenvolve emoções.
As experiências lúdicas enriquecem o universo da criança, que ao incorporar representações da realidade, da fantasia, experimentam novas habilidades, avançando para novas etapas na construção do conhecimento. A brincadeira, o lúdico é algo essencial na vida da criança, sem ela não teria alegria e o prazer da convivência. É a ação lúdica que concretiza o jeito de ser cada ser humano.
No contexto das ações pedagógicas, o lúdico possibilita desbloquear resistências e a desenvolver ações que provoquem reflexões nas crianças. Mas, para isso, é necessário que o professor tenha conhecimento e vivência com atividades lúdicas, instrumentalizando seu planejamento para aquela criança de forma adequada.
Considerando que não existe aprendizagem sem transformação, a educação através do lúdico, além de ajudar a influenciar na formação da criança, possibilita um crescimento sadio, levando para toda a vida um enriquecimento pessoal e intelectual.
Para que o objetivo final seja realmente alcançado através de qualquer atividade, o professor deve ter em mente os objetivos que quer atingir com aquela atividade lúdica, o tempo de duração e respeitando o nível em que aquela criança se encontra.
O lúdico é um ato indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Ele sempre esteve presente desde os mais remotos tempos. Através dele, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de uma sociedade equilibrada. Segundo Piaget (1978), o desenvolvimento do jogo está ligado aos processos puramente individuais e de símbolos inerentes à estrutura mental da criança e que só por ela podem ser explicados. Assim como no desenvolvimento infantil, o autor analisa o desenvolvimento do jogo de forma espontânea, ou seja, conforme se organizam as novas formas de estrutura, surgem novas modificações nos jogos que, por sua vez, vão se integrando ao desenvolvimento do sujeito por intermédio de um processo denominado assimilação. 
A utilização dos jogos auxilia na aprendizagem e fixação do conteúdo. Para Piaget (1975), o jogo é um meio poderoso para a aprendizagem tanto da leitura como do cálculo ou da ortografia. Na educação infantil, vemos que o jogo auxilia no processo de ensinar e aprender, tanto no desenvolvimento psicomotor, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição, etc. (CAMPOS, 2013).
O jogo causa na criança um sentimento de motivação quanto à inteligência, pois ela quer se sair bem, ela quer ganhar, isso gera nela um esforço para superar obstáculos cognitivos e emocionais. Por isso o jogo não pode ser visto apenas como uma diversão, pois há nele fins pedagógicos e que fazem a criança desenvolver o cognitivo, físico e emocional. Para que o brincar venha efetivamente facilitar a aprendizagem é preciso preparação por parte do professor, pois o brinquedo isolado, sem regras nada mais é do que um brinquedo. Para Kishimoto (1998), as brincadeiras permitem que a criança desenvolva capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação, além de favorecer a socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papéis sociais. 
Vygotsky (1998)desenvolve sua teoria e afirma que a aprendizagem acontece em dois níveis: nível de desenvolvimento real (o que a criança já é capaz de realizar por si própria, sem ajuda do outro) e o nível de desenvolvimento potencial (aquilo que ela realiza com o auxílio de outra pessoa). Cremos que os jogos são instrumentos que devem ser explorados na escola como um recurso pedagógico, pois além de desenvolver regras de comportamento, o jogo atua na zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a criança consegue realizações numa situação de jogo, as quais ainda não são capazes de realizar numa situação de aprendizagem formal, pois o aluno não constrói significados a partir dos conteúdos de aprendizagem sozinhos, mas, em uma situação interativa, na qual os professores têm um papel essencial. As atividades lúdicas são essenciais e é nelas que ocorrem as experiências inteligentes e reflexivas se, a partir deste processo, produz-se o conhecimento. O mesmo autor ainda salienta com muita clareza esse processo ao afirmar que a mudança de uma criança de um estágio de desenvolvimento para outro dependerá das necessidades que a criança apresenta e os incentivos que são eficazes para colocá-la em ação.
Para Kishimoto (2003), o trabalho pedagógico poderá utilizar os jogos educativos como recurso didático-pedagógico, promovendo a aprendizagem e desenvolvendo todas as potencialidades e habilidades nos alunos. Porém, o jogo deve ser praticado de uma forma construtiva e não como uma série de atividades sem sentido, tendo como objetivos o desenvolvimento de capacidades físicas e intelectuais, não esquecendo a importância da socialização. Sendo assim, o ambiente escolar é o lugar onde a ação pedagógica desencadeia o processo de ensino aprendizagem, através da mediação do professor como agente que irá auxiliar na zona de desenvolvimento proximal do aluno. 
Segundo Santos (1997): 
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os precoces de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. 
Nota-se, portanto, a importância do lúdico no desenvolvimento da criança da educação infantil, uma vez que, além do surgimento da identidade, autoestima e das aprendizagens relativas às interações com o meio, é também durante este período que se dá um maior desenvolvimento cognitivo da criança, resultando em um maior crescimento e desenvolvimento do cérebro humano. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
O método utilizado para a construção deste artigo foi a pesquisa bibliográfica mediante o método descritivo. De acordo com Vergara (2007), pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material acessível ao publico em geral. 
Lakatos e Marconi (2001) definem os estudos descritivos como destinados a descrever as características de determinada situação, os estudos descritivos diferem dos resultados exploratórios no rigor em que são elaborados seus projetos. 
A coleta de dados foi realizada em redes eletrônicas, livros, artigos, monografias, a fim de adquirir embasamentos teóricos para dissertação sobre o tema proposto. 
Decorrente dessa busca científica partiu-se para análise do material, seguindo as etapas: leitura exploratória, procedente da necessidade de conhecer melhor o problema, aprimorar ideias; leitura seletiva, através da qual foram selecionados a literatura pertinente aos propósitos do artigo; leitura analítica dos textos, momento de apreciação e julgamento das informações, evidenciando-se os principais aspectos abordados sobre o tema. Para melhor descrever o tema os dados foram organizados em quatro subtópicos listados a seguir: Lúdico – Conceitos e Teorias. Ludoeducação. O jogo na educação. A ludicidade no ensino – aprendizagem. 
Finalmente, a leitura interpretativa que, apoiada na experiência profissional dos pesquisadores, conferiu significado mais amplo aos resultados obtidos com a leitura analítica.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao longo do texto, procurou-se refletir sobre a importância do lúdico no processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar. Considerando as leituras realizadas percebeu-se que a ludicidade vem ganhando maior ênfase no dia a dia na área da educação, pois possibilitam a incorporação de valores, assimilação de novos conhecimentos, desenvolve a parte social e criativa de cada ser humano.
Quando as atividades lúdicas são elaboradas com uma intencionalidade, a fim de estimular a aprendizagem, surge uma educação eficaz que desenvolve na criança o gosto em aprender novos conhecimentos.
Diante disso os autores estudados mostraram em suas pesquisas que o trabalho pedagógico poderá utilizar os jogos educativos como recurso didático-pedagógico, promovendo assim a aprendizagem e desenvolvendo todas as potencialidades e habilidades nos alunos. 
Enfatiza-se ainda que a ludicidade seja uma necessidade da criança, e é preciso que o brincar seja livre, e que o educador precise planejar, acompanhar, observar e avaliar todo esse processo.
5. CONCLUSÃO
O presente estudo é de grande importância para o aprofundamento dos conhecimentos da prática educativa lúdica, sendo uma ferramenta facilitadora na educação infantil, para possibilitar propostas de metodologias diversificadas por meio dos jogos didáticos e brincadeiras, pois se percebe a necessidade de trabalhar novas metodologias de ensino que desperte o interesse do aluno contribuindo para a formação do mesmo. Sendo assim, compreende-se que a ludicidade favorece o processo de ensino-aprendizagem, proporcionando à criança um rendimento maior na educação e a sua interação de forma natural, na qual os jogos podem transmitir conhecimentos acerca de diversos assuntos.
Diante do contexto da aprendizagem, a ludicidade torna-se uma ferramenta essencial na construção do conhecimento, pois o ato de brincar é algo espontâneo da criança e por esse motivo a prática educativa lúdica surge como uma peça fundamental de mediação ao processo de ensino. Portanto, o estudo apontou que a utilização da ludicidade como metodologia possibilita ao educador uma observação aos diferentes níveis de desenvolvimento que a criança. 
Diante do exposto acima, compreende-se que a ludicidade como mediadora e facilitadora da aprendizagem na educação infantil, proporciona a possibilidade de desenvolver trabalhos de forma significativa e prazerosa independente do contexto escolar, porém ainda existe a falta de interesse e disponibilidade de algumas escolas e professores em buscar embasamentos teóricos e práticas sobre o assunto para melhor aplicabilidade.
Sendo assim, é fundamental que o lúdico seja aplicado no ambiente escolar como metodologia de trabalho que possibilita à criança a facilitação da aprendizagem, melhora a criatividade, a imaginação e autonomia. As pesquisas indicam que toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, ela conseguirá superar com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia. 
REFERÊNCIAS
ABREU, Paula Leon de. O lúdico na educação infantil como facilitador de aprendizagem. 2013. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Pedagogia) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília. Brasília, 2013. Disponível em: <http://www.bdm.unb.br/bitstream/10483/7476/1/2013_PaulaLeondeAbreu.pdf>. Acesso em: 25 mai. 2019.
DOHME, Vania. Jogando: o valor educacional dos jogos. São Paulo: Informal Editora, 2003.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003.
MACENO, Lino; PASSOS, Norimar; PETTY, Ana. Os jogos e o lúdico na aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 2005.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. A ludicidade como ciência. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (PED 1742) – Prática do MóduloI – 08/06/19

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