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JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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JOGOS E BRINCADEIRAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
IDELMA LAUDELINA DE JESUS GÓIS
INTERAÇÃO ACADADÊMICA
RESUMO
O presente estudo defende a idéia de que é de suma importância a utilização de jogos e brincadeiras na Educação Infantil. A brincadeira é mais uma das formas significativas de aprendizagem. Quando uma criança brinca desenvolve o pensamento e a reflexão. Diante de tais perspectivas é que este trabalho visa possibilitar aos educadores uma compreensão acerca da importância dos jogos e brincadeiras no desenvolvimento e aprendizagem infantil. Por meio dos dados coletados em leitura bibliográfica especializada, constatamos que a utilização de jogos e brincadeiras ajuda na aquisição de novos conhecimentos de forma prazerosa e divertida. Além disso, possibilita a socialização e integração das crianças. Sendo assim, o educador se torna responsável pela aprendizagem e deve trabalhar a criança em sua múltipla formação, nos aspectos biológicos, sociais, cognitivos e afetivo-emocionais.
Palavras-chave: Jogos e brincadeiras. Aprendizagem Educação Infantil.
RESUME
This study defends the idea that the use of games and games in early childhood education is extremely important. Play is another significant form of learning. When a child plays, it develops thinking and reflection. In view of these perspectives, this work aims to provide educators with an understanding of the importance of games and play in children's development and learning. Through the data collected in specialized bibliographic reading, we found that the use of games and games helps in the acquisition of new knowledge in a pleasant and fun way. In addition, it enables the socialization and integration of children. Thus, the educator becomes responsible for learning and must work the child in his multiple training, in biological, social, cognitive and affective-emotional aspects.
Keywords: Games and games. Learning. Child education.
INTRODUÇÃO
A Educação Infantil é considerada fundamental para o desenvolvimento integral da criança, devendo oferecer a esta momentos prazerosos que venham satisfazer as necessidades básicas, proporcionando atividades com jogos e brincadeiras infantis que resultem na aprendizagem da criança, descobrindo suas habilidades e propiciando seu cognitivo. Através do contato da criança com os jogos e brincadeiras, permite-se a construção de um novo mundo, de uma realidade rica de significados.
A brincadeira, portanto, não é o brinquedo, o objeto, e também não é a técnica, mas o conjunto de procedimentos e habilidades. A brincadeira possibilita sempre uma experiência original, reveladora, única, mesmo que as crianças estejam repetindo a brincadeira pela milésima vez. A brincadeira é a plena realização da imprevisibilidade.
Sabendo-se da grande importância que os jogos e brincadeiras exercem na aprendizagem das crianças é que este artigo analisa a partir da pesquisa bibliográfica, dando ênfase a leituras que contemplem o quanto é necessário a utilização do brincar no dia-a-dia das crianças.
Infelizmente muitas instituições escolares da educação infantil permanecem com uma gama de atividades repetitivas, descontextualizadas, tendo como finalidade um desenvolvimento da coordenação motora através do treinamento manual e conceitos decorados. Percebe-se, no entanto, que esse não é o melhor método no favorecimento da construção do entendimento, muito menos o melhor caminho para proporcionar o conhecimento das capacidades intelectuais envolvidas no seu desenvolvimento. A utilização de jogos e brincadeiras pelas escolas é de grande importância para o desenvolvimento da criança e do gosto para a aprendizagem.
Brincar é sem dúvida uma forma de aprender, mas é muito mais que isso. Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se, negociar, transformar-se. Na escola, o despeito dos objetivos do professor e do seu controle, a brincadeira não envolve apenas a atividade cognitiva da criança. Envolve a criança toda. É prática social, atividade simbólica, forma interação com o outro. É criação, desejo, emoção, ação voluntária (FONTANA; CRUZ, 1997, p. 115).
É no jogo e pelo jogo que a criança torna-se capaz de atribuir significados diferentes aos objetos; desenvolve sua capacidade de abstração e começa a agir diferente do que vê, mudando sua percepção sobre os referidos objetos.
Segundo Oliveira (2002), o jogo é fundamental para a educação e o desenvolvimento infantil, o jogo e a criança caminham juntos desde o momento em que se fixa a imagem da criança como um ser que brinca, a infância carrega consigo brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração.
É nesta perspectiva que se defende a utilização dos jogos e brincadeiras por serem atividades de cunho mental, físico e lúdico que propiciam a sociabilidade, a criatividade, bem como a formulação de conceitos e idéias sobre a realidade que cerca cada criança. Por isso, o trabalho com o lúdico na Educação Infantil deve juntar-se a construção dos jogos por parte das crianças, oferecendo-lhes material apropriado, assim como um espaço estruturado para brincar, que permita o enriquecimento das competências imaginativas, criativas, e organizacionais infantis, bem como a construção de novos conhecimentos.
Conduzir a criança à busca, ao domínio de um conhecimento mais abstrato misturando habilmente uma parcela de trabalho (esforço) com uma boa dose de brincadeira transformaria o trabalho, o aprendizado, num jogo bem- sucedido, momento este em que a criança pode mergulhar plenamente sem se dar conta disso. (ALMEIDA, 2003, p.60 
Na prática pedagógica escolar deve existir o equilíbrio entre o esforço e o prazer, instrução e diversão. E para que ocorra uma educação lúdica, os professores precisam estar preparados para realizá-la. A criança sentirá gosto da escola, de estudar, de buscar o conhecimento. Tudo isso de forma alegre, participativa e desafiadora.
De modo geral, é preciso recuperar o verdadeiro sentido da palavra “escola”: lugar de alegria, prazer intelectual, satisfação. É preciso também repensar a formação do professor, para que reflitam cada vez mais sobre a sua função (consciência histórica) e adquira cada vez mais competência, não só em busca do conhecimento teórico, mas numa prática que se alimentará do desejo de aprender cada vez mais para poder transformar. (ALMEIDA, 2003, p.64)
É essencial a utilização do jogo na educação infantil l. E o professor precisa valorizar o lúdico como garantia de um desenvolvimento contínuo. Introduzindo-o na prática educativa, pois existe uma ligação entre infância, jogo e educação, o mesmo auxilia o desenvolvimento intelectual e favorece a autonomia e a sociabilidade.
A possibilidade de apropriação de conhecimentos se faz presente, nas interações sociais, desde que a criança vem ao mundo. Sendo assim, menosprezar a capacidade de elaboração subjetiva de cada ser humano ou a responsabilidade de instituição de educação infantil frente a gama de conhecimentos que serão colocados à disposição das crianças significa, no mínimo, empobrecer o universo infantil. (MACHADO apud OLIVEIRA, 1996, p.26)
Desde que nasce a criança interage de diversas maneiras no ambiente em que vive. Assim que passa a freqüentar uma instituição de educação infantil submete-se a experiência de interação diferente das que vive com seus pais. Ao interagir com outros adultos e dividir o mesmo espaço e brinquedos com outras crianças, experimenta situações antes desconhecidas.
É a interação social que desenvolve na criança as funções psicológicas
(percepção categorial, memória lógica, imaginação criadora etc.). Para o sóciointeracionalismo, aprendizagem, ensino e desenvolvimento não existem de forma independente. A aprendizagem proporciona o desenvolvimento e este possibilita a aprendizagem e isso não ocorreria sem a mediação de outra pessoa. O que significa que a interação promove o desenvolvimento.
A interação educativa se dará enquanto for uma maneira de ensinar agradável para a criança e também à criança for objeto de atenção paro o adulto.
Daí a necessidade dainstituição de educação infantil fazer um planejamento prévio, acompanhamento e avaliação das interações pedagógicas.
Nas escolas de educação infantil, a perspectiva sócio-interacionista exige que sejam analisados os conhecimentos presentes nas interações criança/criança, adulto/criança. Os profissionais e as crianças envolvidas nas interações pedagógicas precisam unir diferentes tipos de conhecimentos, promovendo experiências internacionais educativas variadas: as manifestações do lúdico; pôr em prática tarefas com parceiros; o estudo dos conteúdos tratados no grupo.
IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS PARA PRENDIZAGEM DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A brincadeira desenvolve a auto-estima das crianças, ajudando-as a vencer, de forma progressiva, suas aquisições com criatividade. Nas brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conhecimentos gerais com os quais brincam.
Segundo Oliveira (2002), a brincadeira é recurso privilegiado de desenvolvimento da criança pequena que aciona e desenvolve processos psicológicos particularmente a memória e a capacidade de expressar elementos com diferentes linguagens de representar o mundo por imagens, de tomar o ponto de vista do interlocutor e ajustar seus próprios argumentos por meio de confrontos de papéis que neles se estabelecem, de ter prazer e de partilhar situações plenas de emoção e afetividade.
A importância do brincar está também ligada ao desenvolvimento da imaginação, na fundamentação de afetos, exploração de habilidades e na medida em que assumem vários papéis, concebe competências cognitivas e interativas.
É no âmbito das brincadeiras que também se encontram os jogos, estes tem como finalidades desenvolver o raciocínio lógico, trabalhar a competitividade.
Froebel foi o primeiro educador a dar ênfase nas atividades lúdicas, brinquedos, idealizando recursos para que as crianças se expressassem como blocos de construção, onde as atividades criadoras seriam expostas em papéis, papelão, argila e serragem. Dessa forma Froebel chama a atenção que se deve primeiro fazer com que a criança conheça seu próprio corpo por meio de ritmos e movimentos das partes do seu corpo. Vale ressaltar que a criança terá mais ânimo para aprender, com isso saberá fazer relações harmoniosa entre o meio em que vive e a natureza.
Muitos teóricos assinalam a importância do jogo infantil como recurso para educar e desenvolver a criança desde que respeitadas às características da atividade lúdica.
Brincando e jogando a criança aplica seus esquemas mentais à realidade que a cerca, aprendendo-a e assimilando-a. Brincando e jogando, a criança reproduz as suas vivências, transformando o real de acordo com seus desejos e interesses. Por isso, pode-se dizer que, através do brinquedo e do jogo, a criança expressa, assimila e constrói a sua realidade (RIZZI; HAYDT, 1987, p. 15).
A educação terá como meta a busca de um modo mais saudável de aprender, favorecendo as crianças uma interação lúdica que garanta a felicidade, prazer, satisfação e desejo de aprender, desempenhando como elemento principal o desenvolvimento físico, cognitivo, motor e psicológico infantil. É brincando e jogando que a criança ordena tudo que está à sua volta, adquirindo experiência e informações e, sobretudo, construindo atitudes e valores, conhecendo o meio que a cerca. O ser que brinca e joga é também o ser que age, sente, pensa, aprende se envolve fisicamente, mentalmente e socialmente.
Conforme este entendimento defende-se cada vez mais que as brincadeiras sejam introduzidas aos conteúdos diários, permitindo tudo o que a criança merece aprender e de forma satisfatória. A Educação Infantil é o lugar adequado para que isso se concretize de forma planejada, organizada e com objetivos concretos.
O brinquedo faz com que a criança pense e desenvolva suas capacidades criadoras. Com seus amigos, estabelece contatos sociais, ampliando seu campo de atuação, vivenciando atitudes diferentes e avaliando suas possibilidades como participante de um grupo. O brinquedo tem importância decisiva no desenvolvimento, contribuindo positivamente para realização de cada criança (SAMPAIO, 1984, p. 17)
A educação infantil tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade.
O desenvolvimento da criança está condicionado ao meio social que pertença, às práticas culturais, às ações das instituições de ensino e às possibilidades de acesso às informações que permeiam o seu contexto como também o estabelecimento das interações entre a criança e o meio ambiente físico.
A educação infantil enquanto fase inicial da educação formal tem o poder de despertar na criança, o gosto pela leitura, escrita e matemática entre muitos outros.
Isso vai depender da forma como essa criança é estimulada e incentivada. Nesse sentido, essa fase em que a criança começa a freqüentar a escola deve ser marcada com muita alegria.
Utilizar o jogo na educação infantil significa transferir para o campo do ensino aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora.
Segundo Kishimoto (1996), a inclusão do jogo infantil nas propostas pedagógicas remete-nos para a necessidade de seu estudo nos tempos atuais. A importância dessa modalidade de brincadeira justifica-se pela aquisição do símbolo. São alterados os significados de objetos, de situações criando novos significados que se desenvolve função simbólica, o elemento que garante a racionalidade ao ser humano. Ao brincar de faz-de-conta a criança está aprendendo a criar símbolos.
O jogo, como promotor da aprendizagem e do desenvolvimento, passa a ser considerado nas práticas escolares como essencial aliado para o ensino, já que colocar a criança diante de situações de jogo pode ser um bom caminho para aproximá-la dos conteúdos culturais a ser transmitido na escola, além de poder estar promovendo o desenvolvimento de novas estruturas cognitivas.
Ainda permanecem muitas dúvidas com os educadores a respeito do jogo na educação, sendo os brinquedos considerados como suportes de brincadeiras, os objetos devem servir como auxiliar buscando resultado em relação à aprendizagem e no desenvolvimento de algumas habilidades. Neste caso deixa de serem brinquedos para tornar-se material pedagógico. A utilização de brinquedos e jogos com o intuito de criar momentos de brincadeiras em sala de aula nem sempre foi aceito, os jogos muitas vezes é descriminado e a criança é vista como um ser que deve ser apenas disciplinado para aquisição de conhecimentos.
Embora muitos filósofos e teóricos da educação venham apontando para o “paradoxo do jogo”, lúdico e educativo ao mesmo tempo, acreditamos que seja uma boa estratégia a ser adotada pelo professor para preencher as lacunas descritas anteriormente.
O educador deve estar preparado para orientar a criança como utilizar o brinquedo, estimulando a mesma para participar das brincadeiras. Assim ela não se sentirá pressionada. Todo o jogo é educativo, pois é por meio do mesmo que a criança aprende, porém o educador deverá trabalhar com o jogo ponderadamente para não tornar a sua aplicação intensa tornando o seu trabalho como uma simples recreação.
De acordo com Kishimoto (1996), o jogo tem a função lúdica (proporciona diversão, prazer), e educativa (o jogo ensino). A brincadeira permite à criança participar das tarefas de aprendizagem com motivação. Pode-se dizer que o jogo é um recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa. Dessa forma, o desafio da atualidade, frente aos novos paradigmas da educação, é possibilitar aos alunos situações problematizadoras com vista a um trabalho pedagógico voltado para o prazer do movimento corporal através das atividades lúdicas, recreativas e psicomotoras usando por meio das brincadeiras de rodas cantadas, jogos e outras ferramentas para melhorar o ensino na educação infantil.Portanto o desenvolvimento da criança deve ser o objetivo principal na educação infantil dentro de um ambiente que permita oportunidades de jogar, de forma plena e prazerosa. Sendo as brincadeiras e os jogos espaços privilegiados para promoção do desenvolvimento e da aprendizagem, os professores de educação infantil devem elaborar propostas de trabalho que incorporem as atividades lúdicas.
O educador precisa também incentivar a cooperação e o trabalho em equipe para que atinjam metas comuns. A criança necessita de orientação para aprender a ganhar, sem menosprezar os perdedores e saber perder sem se sentir diminuído, deixando prevalecer o respeito e a consideração pelo adversário. Jogo supõe relação social, e interação.
Por isso, a participação em jogos contribui para a formação de atitudes sociais: respeito mútuo, solidariedade, cooperação, obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.
CONCEITO DE CRIANÇA E INFÂNCIA 
Na obra Olhares das Ciências sobre as Crianças. – 2005. Temos as seguintes interrogações, qual é o significado de infância? Na realidade, é uma fase da vida, mas o que realmente buscamos é desvendar o mistério da vida que começa na infância. O que queremos é conhecer a criança que é a pureza maior, o início de tudo. Mas isso vem sendo feito há muito tempo, através de estudos, pesquisas e teorias, em diferentes épocas da história. Diante de tantas reflexões que os estudiosos da infância proporcionaram, foram sendo abertas portas e janelas que nos permitiram penetrar no grande mistério sobre o significado da infância e sobre a nossa própria razão de ser e estar aqui e agora. Porque, quando uma criança vem ao mundo, ele está estabelecido em conceitos, idéias. Um mundo feito por gente grande, onde tudo parece já estar pronto. O mundo é assim, as pessoas são assim, e a vida segue seu curso.
Nisto a partir dessas interrogações e afirmações percebemos a fase da infância da criança como início da viva, onde é uma fase de desenvolvimento, de um ser real e puro, onde a própria cria seus próprios conceitos, e suas descobertas diante do que as mesmas vêem ao seu redor
As idéias a respeito do desenvolvimento infantil, da educação e do cuidado de crianças foram se modificando ao longo da história. A escola veio substituir a família como meio de educação e aprendizagem. Como consequência, a família passou a ser o lugar de afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e filhos. Podemos dizer que se inicia aqui a valorização da infância. Essa afeição tornou-se real através da importância que a educação passou a ter.
“Antigamente, a duração da infância era reduzida o seu período mais frágil. Enquanto o filhote do homem não conseguia bastar-se. A criança mal adquiria algum desembaraço físico, era logo misturada aos adultos e partilhava de seus trabalhos e jogos. De criancinha pequena ela se transformava imediatamente em homem jovem.” Philippe Áries – A História Social da Infância.
A família organizou-se em torno da criança, agora com identidade. Desse modo, a infância encontrou um espaço em sintonia com o processo de evolução da vida humana. O que hoje sabemos sobre o modo como crianças elaboram seus contextos de desenvolvimento é através de formas criativas de dar significado ao mundo que as recebe e de pensar sobre si mesmas. Esse é o impulso que as leva a manifestar audaciosas maneiras de sentir, emocionar se e maravilhar-se diante de tudo o que o mundo lhes oferece. Assim, nessa dialética com o mundo adulto, vão desbravando horizontes, pensando, crescendo e construindo cultura.
Com base em toda essa reflexão sobre o conceito de infância e criança podemos entender que hoje a criança tem seu próprio espaço na sociedade e que muitas pesquisas são realizadas a esse respeito tendo as mesmas o direito de exercer seu papel como cidadão, e deixada de ser vista como um adulto em miniatura mais um ser em desenvolvimento, tendo em sintonia um processo de evolução, a qual as mesmas em contato com o mundo e com os adultos iram exercerem conforme seu desenvolvimento que se dará em um processo de fases durante sua vida, e assim a criança passou a ser mais valorizada tendo em vista que isso se deu principalmente através da importância da educação, onde muitos estudiosos se dedicaram a estudar profundamente essa fase e que assim a criança foi cada vez mais inserida em um contexto social e cultural.
A APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO INFANTIL 
O desenvolvimento da infância é um processo natural, que se dará aos poucos, progressivamente, de modo que a criança amplie experiências e conhecimentos, incluídos e integrados no cotidiano a qual estão inseridas para que possa despertar e desenvolver suas capacidades e, assim, alcançar sua plenitude. Compreender esse processo ajudará ao educador a planejar melhores suas atividades diárias, oferecendo possibilidades e estímulos adequados, mas existem algumas teorias e concepções em relação a esse desenvolvimento e aprendizagem, para a ideologia do inatismo, o desenvolvimento da criança é atribuído a fatores biológicos, parte do princípio de que fatores hereditários ou de maturação são mais importantes para o desenvolvimento da criança do que os fatores relacionados à aprendizagem. A maturação acontece de acordo com uma sequência predeterminada e que não depende de fatores externos, ou seja, existe um padrão de mudanças biologicamente determinado, e o papel do meio social se restringe a impedir ou permitir que essas aptidões se manifestem. Os pesquisadores inatistas consideram que aquilo que a criança aprende no decorrer da vida não interfere no processo do seu desenvolvimento. A idéia de que a criança é portadora dos atributos universais do gênero humano produz a crença de que caberia à educação fazer aflorar esses atributos naturais depende do nível de prontidão ou maturidade.
Segundo Fontana e Cruz (1997), ao contrário do inatismo, a abordagem comportamental enfatiza a influência de fatores externos, do ambiente sobre o comportamento da criança. As ações e habilidades do indivíduo são determinantes pelas relações com o ambiente em que se encontram. Nesta abordagem o comportamento é sempre uma resposta a um estímulo do ambiente presente no ambiente. O importante então seria descobrir que estímulos causam determinado comportamento. Para os comportamentalistas desenvolvimento seria o resultado das aprendizagens acumuladas.
A terceira concepção de desenvolvimento é chamada interacionista e está baseada na idéia de interação entre organismo e meio. A experiência servirá de base para novas construções, mas dependerá também da relação entre indivíduo e meio ambiente. Nessa concepção, destacam-se no século XX as contribuições de importantes teóricos como Piaget. Vygotsky e Wallon. Para Piaget o desenvolvimento depende de fatores internos (Maturação) e da experiência com um ambiente em processo de autor regulação denominado equilibração. Esse processo de autor regulação dominado equilibração. Esse processo de equilibrações sucessivas conduz a maneira de agir e pensar cada vez mais complexa, apresentando estágios definidos, caracterizados pelo surgimento de novas formas de organização mental. As idéias de Piaget agradam a muitos educadores ainda que seus estudos não tivessem como objetivo final o processo educacional, Piaget, postula que o desenvolvimento do ser humano está subordinado a dois grupos de fatores em constante interação: hereditariedade e adaptação biológica, dos quais depende a evolução do sistema nervoso e dos mecanismos psíquicos elementares, e os fatores de transmissão ou interação sociais, entre os quais inclui a educação no contexto escolar, a relação (professor- aluno- conhecimento), influência na construção do conhecimento, que só será possível através da mediação do professor. No mesmo período que Piaget, Henri, Wallon (1879-1962) trazia importantes contribuições à educação no âmbito da psicologia, considerando as relações do indivíduo com o meio social e a cultura integrados aos aspectos cognitivos, Vygotsky é outro teóricoque também discutiu, no século XX sobre a importância do meio social para a constituição do indivíduo.
Segundo Correia, Lima e Araújo (2001), na perspectiva de Vygotsky não é preciso agradar até que o aluno esteja pronto do ponto de vista do desenvolvimento, para adquirir um determinado conhecimento.
O período que vai do nascimento até os oito anos de idade é considerado crucial para a aquisição de conhecimentos básicos, do desenvolvimento conceitual e das habilidades cognitivas, bem como para o desenvolvimento linguístico, ao qual está intimamente vinculado. “Ana Maria Borzone de Manrique
Sendo assim depois que abordemos os conceitos sobre desenvolvimento e aprendizagem infantil, não poderia deixar de refletir também sobre o brincar eu pensamento simbólico. O brincar possibilita que a criança se desenvolva individualmente e favorece a internalização das normas da sociedade onde vive. Ao pensar no brincar como um processo facilitador do desenvolvimento, assim como da construção do conhecimento, alguns aspectos devem ser cuidados na instituição para favorecer o lúdico, dentre eles, podemos citar: criação de espaços de brincadeiras, localização dos objetos, dos materiais, disponibilização das informações e das regras do brincar. O lúdico e as múltiplas linguagens são definidas e orientadas pelas diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil, que apresenta entre os fundamentos norteadores a ludicidade e a criatividade. Já no Referencial Curricular Nacional para a educação infantil, há uma preocupação em sensibilizar os educadores para a importância do brincar tanto em situações formais quanto informais. A brincadeira é definida como a linguagem infantil que vincula o simbólico e a realidade imediata da criança. Como afirma os parâmetros em ação (materiais disponibilizados pelo MEC aos educadores da Educação Infantil, 1999).
O conhecimento não se constrói como uma cópia da realidade, mas sim fruto de um instrumento de criação, significação e ressignificação, e o lúdico consta como recursos necessários na construção da identidade da autonomia infantil e das diferentes linguagens das crianças
Nessa expectativa, é muito importante o pensamento simbólico ou a brincadeira o faz de conta. Como apresentado por Oliveira (2002), o jogo de faz de conta é uma ferramenta importante para as leituras não convencionais do mundo e para a criação da fantasia. Possibilita a criatividade, a autonomia e a exploração de significados e sentidos. Articula-se com outras formas de expressão atuando também sobre a capacidade da criança de representar e de imaginar, além de jogos servirem também
como instrumentos de regras sociais. Assim as brincadeiras à criança no contexto escolar devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento e possibilita que ela vá além. Na educação infantil, o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem vai organizar o ambiente e disponibilizar os objetos, além de participar ativamente das brincadeiras. É essencial que o educador e as brincadeiras com outras crianças e organize o ambiente e os brinquedos nesta direção. Segundo Fontana e cruz (1997), para Vygotsky a brincadeira tem um papel essencial no desenvolvimento do pensamento.
A aprendizagem nada mais é que sendo do desenvolvimento cognitivo, porque se refere a tudo o que a criança recebe em situações específicas de transmissão educativas. (PIAGET, apud SEBER, 1997, p.235).
Segundo Piaget, (1970-1973) entre 0 e 7 anos de idade, a criança vivencia dois períodos de desenvolvimento: o período sensório-motor (0 a 2 anos) e o período préoperacional (2 a 7 anos). 
Segundo Vygotsky, (1987) o processo de desenvolvimento do pensamento e da linguagem segue a mesma trajetória das outras funções psicológicas. 
Vygotsky observou que a passagem para o discurso interior (ou pensamento verbal) é gradativa. Desde o nascimento o bebê já está num mundo de contato social, utilizando as formas de linguagem de que dispões para comunicar aos outros através do (choro. Riso, balbucio). Então Vygotsky, dedes do início, a linguagem é socializada (comunicativa). Com o desenvolvimento, e porque está imersa numa cultura, a criança passará a utilizar a linguagem como instrumento do pensamento, desenvolverá a fala ou discurso interior como os adultos, mas há um momento de transição, que a criança se utiliza da fala externa para planejar as suas ações, organizar-se porque ainda não ocorreu a internalização completa da fala.
E assim segundo a leitura do livro Olhares das Ciências sobre as Crianças. 
“O processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças é um processo que se dar aos poucos, Ao mesmo tempo em que acontece o processo de maturação do sistema nervoso, se realiza o desenvolvimento psicomotor. As habilidades motoras são adquiridas em ordem definida, de simples a complexas, assim a criança aos poucos desenvolvera sua aprendizagem e seus conhecimentos resultante das ações da criança, assim será com o brincar no qual será espontâneo sem preciso esforço, a criança terá sua aprendizagem conforme o processo de seu desenvolvimento.”
Piaget (1952 p.42), afirmou que a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento total do organismo. Para que ocorra o desenvolvimento cognitivo, é necessário que a criança atue sobre o meio ambiente. 
Há três tipos de conhecimento: o conhecimento físico, o conhecimento lógico matemático e o conhecimento social.
 O conhecimento físico abrange as características físicas dos objetos e dos fatos: tamanho, forma, textura, movimento, etc. Esse conhecimento é adquirido através do contato, da observação e da manipulação dos objetos. Os brinquedos se tornam conhecidos através do brincar.
O conhecimento lógico-matemático é estruturado a partir do pensar sobre as experiências com objetos e eventos. As ações da criança sobre os objetos é que vão possibilitar a construção do conhecimento lógico-matemático. Esse conhecimento é produto das experiências que a criança faz com os objetos. Muitas vezes, é resultado de relações e meio (família, escola). As vivências ocorridas nesses contextos oportunizam que a criança experimente e responda a diferentes situações. Dessa forma, poderá aprender, por exemplo, a maneira de memorizar e de raciocinar vigente em determinada cultura.
O conhecimento social é realizado pela criança a partir de suas ações com outras pessoas. Na interação com outras crianças e com os adultos, surgem as oportunidades para a construção do conhecimento social.
Percebesse que a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento total do organismo, para que possa ocorrer o desenvolvimento cognitivo assim Piaget teve essa linha de visão sobre a qual estudos mais avançados puderam comprovar essa teoria, pois para que aja uma atividade cognitiva a criança precisa ser inserida na manipulação e observação das coisas ao seu redor para que aja interação com o meio e poder desenvolver sua coordenação motora, o contato da criança com os objetos ou com as coisas ao seu redor, fará com que a mesma não só adquira experiências, mas conhecimentos prévios, um ambiente carente de recursos é um ambiente sem vida que jamais poderá propor desafios cognitivos, sendo assim o meio onde a criança está inserida e as vivências ocorridas contribuirá grandemente para a aprendizagem e desenvolvimento das mesmas. 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 
Os jogos e brincadeiras é de fundamental importância para o desenvolvimento da criança, visto que a criança pode transformar e realizar em seu cotidiano, novas estratégias dando a elas novos significados. No momento em que a criança é estimulada, é viável que a mesma deixe de ser subordinada em relação ao objeto concedendo-a um novo significado, o que expressará seu caráter ativo, no decorrer de seu desenvolvimento.
Segundo Gonçalves (2003) ressalta que o brincar permite a criança fluir sua fantasia, sua imaginação, sendo uma ponte para seu imaginário, um meio a qual externas suas criações. 
Nisto entendemos que as habilidades para criar estratégia, planejar, apropriar-sede novos conhecimentos manifesta-se nas crianças, através do simples ato de brincar. 
A criança através das brincadeiras, das atividades lúdicas, age, mesmo que figuradamente, nas diferentes situações vivenciadas pelo no seu cotidiano, recriando sentimentos, conhecimentos, significados e confiança. 
Segundo a obra de Tizuko Morchida Kishimoto, Jogo e a educação infantil: 
Existem termos que por serem empregados com significados diferentes acabam se tornado imprecisos como o jogo o brinquedo e a brincadeira, a variedade de jogos conhecidos como faz de conta, simbólicos, motores, sensório-motores, intelectuais, ou cognitivos, de exterior de interior, individuais ou coletivos, metafóricos, verbais de palavras, políticos, de adultos, de animais, de salão e inúmeros outros mostra a multiplicidade de fenômenos incluídos na categoria jogo. A perplexidade aumenta quando observamos diferentes situações receberem a mesma denominação.
Mas embora predomine, na maioria das situações, o prazer como distintivo do jogo há casos em que o desprazer é o elemento que caracteriza a situação lúdica. Vygotsky é um dos que afirmam que nem sempre o jogo possui essa característica porque em certos casos há esforço e desprazer como constitutivo do jogo, especialmente ao demonstrar como a criança representa em processos catárticos, situações extremamente dolorosas. O caráter não sério apontado por Huizinga não implica que a brincadeira na infância deixe de ser seria. Quando a criança brinca ela faz de modo bastante compenetrado, a pouca seriedade a que faz referência está mais relacionada ao cômodo, ao riso, que acompanha, na maioria das vezes, o ato lúdico, se contrapõe ao trabalho, considerando atividade séria.
Percebemos que o jogo a brincadeira tem bastante significados, e o mesmo faz parte do cotidiano das crianças e também ver nisto uma atividade séria, pois para educar é preciso ter uma idéia clara sobre quem são as crianças e sobre o que é relevante para a sua educação, e considerar que todas as crianças são cidadãs, com direito a uma educação de qualidade e que devem ser educadas por meios de brincadeiras e jogos educativos que proporcione as mesmas um desafio lúdico, como observamos na bibliografia de Kishimoto, há várias classes de jogos com finalidades específicas, mesmo que as mesmas tenham cada um significado por se incluir em categoria de jogos, mas selecionar os mesmos pelas faixas etárias e por qual finalidade propor em sala de aula é que será importante para aprendizagem das crianças, deve respeitar seu desenvolvimento e encorajá-las em sua curiosidade valorizando seus esforços.
Sendo assim toda a fase e período de desenvolvimento da educação infantil é de suma importância para inserção das brincadeiras pelas diversas formas de projetar o brincar, muitos tendem a destacá-lo como características dos processos imitativos da criança.
Para a criança as brincadeiras no seu dia a dia é a sua principal atividade ao brincar ela tem o poder de tomar suas próprias decisões, comunicar-se expressar sentimentos e opiniões próprias e assim conhece elas mesma e os outros a sua volta.
Para Macedo (2005), o brincar infantil é um processo importante na construção de conhecimentos e no desenvolvimento integral da criança, independentemente do local em que vive do grupo e da cultura da qual faz parte, proporcionando a mediação entre o real e o imaginário
Ao brincar a criança explora o mundo dos objetos, da natureza e da cultura, compreendendo e expressando através de variadas formas de se expressar, é no brincar que entra sua imaginação destacado pela mobilização dos significados e assim se relaciona a cultura da infância, que destaca as brincadeiras como uma importante ferramenta para as crianças aprenderem, se desenvolverem e se expressar.
Na visão de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica da infância e essencial ao desenvolvimento infantil, ocorrendo a partir da aquisição da representação simbólica, impulsionada pela imitação. Sendo assim, o jogo pode ser considerado uma atividade importantíssima, pois através dele as crianças forma uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não amadureceram, mas que se encontram em processo de maturidade a qual será alcançado em um futuro próximo. Aprendizagem e o desenvolvimento da criança se interagem desde os primeiros dias de vida, sendo assim o aprendizado da criança começa bem antes de ela frequentar uma instituição escolar. Todas as situações de aprendizagem que são concebidos pelas crianças na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com alguma coisa reverente do qual a mesma pode tirar experiências.
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de escolherem temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou jogos de regras e construção, e assim elaborarem de forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. (RCNEI, 1998, p.29).
A aprendizagem da criança e consequente seu desenvolvimento ocorre quando a mesma participa ativamente, seja debatendo as regras do jogo, ou seja, sugerindo soluções para resolvê-los. E muita importância que o professor também participe e que apresente desafios na procura de se achar soluções e de participação coletiva, o educador neste caso será de estimulador das atividades, e assim incentivar os alunos em busca de novos desafios.
De acordo com Kishimoto (2002) o jogo é considerado uma atividade lúdica que tem valor educacional, a utilização do mesmo no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem, o jogo é um impulso natural da criança funcionando, como um grande motivador, é através do jogo obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo, o jogo mobiliza esquemas mentais, e estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias dimensões da personalidade, afetiva, social, motora e cognitiva.
Sendo assim as brincadeiras acompanhadas de jogos tem um impulso natural da criança onde a mesma não terá muito esforço em praticar por ser algo natural e espontâneo da criança desde muito pequena as mesmas já se interagi com o meio a qual o cerca, e o jogo em si, tem uma grande importância para o processo de ensino e aprendizagem por ser ele um motivador a mais para que a criança tenha interesse voluntário, e tudo isso terá um grande suporte pedagógico por integrar nas crianças dimensões de sua personalidade, como a afetiva, motora e cognitiva.
A CONTRIBUIÇÃO DAS BRINCADEIRAS E JOGOS NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DAS CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Como estamos em discussão para que possamos refletir a importância das brincadeiras e jogos na educação infantil, nessa busca pude ler reportagens e estudar ao respeito que várias habilidades poderá ocorrer também durante o processo de ensino e aprendizagem tendo o brincar como meta: e assim no site: Arte surpresa uma sequência dessas habilidades. 
Curiosidade: 
Atividades que estimulam as descobertas, e a curiosidade natural da criança sobre o mundo, incentivam o processo de solução de problemas. Atividades com esse ícone incluem investigação sobre temas relacionados à ciência, natureza e matemática, por exemplo. 
Coordenação motora:
Estimular o desenvolvimento físico das crianças melhora seu condicionamento motor e sua saúde. Atividades com esse ícone envolvem movimentos largos que utilizam grandes músculos, como galopar imitando um cavalo ou girar uma corda 
Comunicação:
O desenvolvimento da linguagem inclui habilidades de entendimento e expressão – ler, escutar falar ou escrever Atividades com esse ícone indicam algum tipo de comunicação, como, por exemplo, pensar sobre as férias ou aprender sobre os sinais de trânsito. 
Criatividade: 
Crianças exploram e aprendem sobre o mundo por meio de brincadeiras criativas. Atividades com esse ‘cone foram desenvolvidas para potencializar a criatividade e imaginação por meio da música, dança e brincadeiras.Autoestima:
 	Desenvolver a autoestima, a capacidade de expressar sentimentos e respeito pelos outros, colaboram para as crianças desenvolverem mais confiança e interações positivas. Atividades com esse ícone focam em interação com os outros, como criação de jogos e trabalho em equipe. 
Coordenação motora fina:
Muitas ações do dia a dia – desde escrever, comer até se vestir e cortar – necessitam essa habilidade. Atividades com esse ícone envolvem pequenos movimentos, normalmente das mãos, como cortar, pegar e empurrar.
Temos em vista então que são várias habilidades adquiridas durante esse processo, estimulando as descobertas e curiosidades, incentivando também o desenvolvimento físico, e motor e por meio das brincadeiras e jogos que as mesmas adquirem autoestima para que assim possa formar cidadãos capazes de seguir em frente rumo ao conhecimento de si mesma, e sejam futuros cidadãos habilitados e aptos a enfrentar o mudo lá fora.
Seguindo a bibliografia do livro de Celso Antunes o jogo e a educação infantil, falar dizer/olhar e ver/ escutar e ouvir: temos a seguinte interrogação: O que é Jogo? Do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta do significado de competição e se a próxima de sua origem etimológica latina, com o sentido de gracejo, ou mais especialmente, divertimento, brincadeira, passatempo. Dessa maneira os jogos infantis podem até excepcionalmente incluir uma ou outra competição, mas essencialmente visam estimular o crescimento e aprendizagens e seriam melhor definidos se afirmássemos que representam relação interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de determinadas regras.
“Nesse caso podemos afirmar que o jogo dentro do conceito educacional visa mais a parte pedagógica tirando a competição em si mais colocando mais para a importância da aprendizagem e estimulando o desenvolvimento dos alunos, na qual visaria mais o convívio e interação entre os demais para que assim possa se socializasse como respeitar uns aos outros aprendendo através de regras.”
Seguindo ainda na bibliografia do livro deste autor que também fala que outra importante consideração que envolve a idéia de jogo diz respeito à aprendizagem, não mais pode existir no educador a idéia classificatória de jogos que divertem e jogos que ensinam, pois se o jogo que se aplica envolve forma equilibrada o respeito pelo amadurecimento da criança, exercita e coloca em ação desafios a sua experiência, promove uma relação interpessoal exaltando as regras do convívio será sempre um jogo educativo, ainda que possa simultaneamente ensinar e divertir.
“Nesse sentido temos a idéia de que nós educadores não possamos mais pensar que existam jogos só para se divertir e outros só para educar se todos são jogos e colocados em forma equilibrada como diz o autor, se respeitar as regras e, com certeza, ajudara no amadurecimento da criança, exaltando assim as regras do convívio, nesse caso será sempre um jogo educativo” 
Ainda segundo o autor jogos bem organizados ajudam a criança a construir novas descobertas, a desenvolver e enriquecer sua personalidade e é jogando que se aprende a extrair da vida o que a vida tem de essencial. A aprendizagem é tão importante quanto o desenvolvimento social e o jogo constitui uma ferramenta pedagógica ao mesmo tempo promotora do desenvolvimento social.
Vygotsky, já em 1933, produziu um campo teórico no qual privilegiava a linguagem e o significado no desejo de brincar, mostrando que sem esse recurso seria muito mais áspera a transposição mental entre os significados e os recursos significantes. Olhando em outra direção Jean Piaget destacava a ação sobre o brincar como elemento que estrutura a situação simbólica iteram-te a brincadeira.
A criança que brinca está desenvolvendo sua linguagem oral seu pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, construindo conceitos de relações espaciais e se apropriando de relações de conservação classificação, seriação, aptidões viso espaciais e muitos outros.
‘’ E assim então percebemos que todos esses estudos e técnicas tem uma grande contribuição no desenvolvimento da criança e, pois, os mesmos adquirem não só habilidades auditivas e sociais, mas constrói se conceitos sobre a visão de infância dentro de um contexto social.
Vygotsky concebeu a zona de desenvolvimento proximal como:
Vygotsky (1989, p.97) “a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colocação com companheiros mais capazes.”
Para Vygotsky, a interação entre o sujeito e o objeto de conhecimento passa pela meditação de outras pessoas, para ele o sujeito aprende com ajuda de outro mediador, a mediação que propicia um bom aprendizado propicia também a ampliação do desenvolvimento real do sujeito, do domínio das funções mentais, ao mesmo tempo em que lhe abre novas possibilidades ou novas zonas de desenvolvimento proximal. A concepção Vygotskyana coloca, portanto, o aprendizado na frente do processo de desenvolvimento, que exerce o papel de puxá-lo, de fazer acontecer. Ora a implicação pedagógica dessa concepção como vemos, é imediata, pois remete à importância que a escolarização tem na vida dos indivíduos, supondo que os professores como mediadores devem propiciar suportes concretos e interferências adequada para que os alunos transformem as funções mentais que hoje estão na zona proximal em funções consolidadas, adquirindo, assim autonomia.
Percebemos que para a concepção deste autor conceituado as habilidades e aprendizagens que a criança adquiram durante o processo de aprendizagem se dará através de uma medição, Vygotsky diz que o único bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, com essa afirmação, ele valoriza a intervenção pedagógica: as instruções dadas pelos professores, às demonstrações a assistência oferecida aos alunos na resolução de problemas, o fornecimento de pistas e indicativos. Para ele, o sujeito consegue fazer com a ajuda de alguém, amanhã ele fará por si só. Segundo Vygotsky: para ele
“ao brincar a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que a realidade (Vygotsky, 1988, p.117)”
Segundo ele através do brinquedo a criança desenvolve sua imaginação sua vontade ou seu poder de auto determinar-se para realizar ou não alguma atividade, para fazer planos e desenvolvê-los.
A ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS, OBJETOS E BRINQUEDOS, SUA RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM DA CRIANÇA. 
O espaço em si favorece uma aprendizagem por ser ele um ambiente onde as crianças ira explorá-lo e se tratando de uma instituição onde se terá um ambiente voltado para a aprendizagem das crianças, não poderá faltar à organização do mesmo, para que assim se torne um ambiente onde se instigue a imaginação e a curiosidade dos educandos. O ambiente está além do espaço físico simplesmente. Quando nos referimos aos ambientes estamos considerando os elementos que estão incluso nesse espaço e as relações estabelecidas com eles.
Pierre (2004) aponta que não podemos entender o ambiente esteticamente, mas sim em um contexto dinâmico, onde ele se com modifica e se transforma com os resultados das atividades que ali ocorre
A nós educadores cabe organizar e planejar este espaço partindo da nossa bagagem cultural e da bagagem de cada criança, disponibilizando os instrumentos, as técnicas e as habilidades necessárias para que a criança compreenda incorpore ou modifique a realidade que se apresenta. Assim a criança gradativamente vai identificando e percebendo os elementos socioculturais inclusos em seu ambiente, suas características e funcionalidade e vai compreendendo as atividades que são ali desenvolvidas. Para que os espaços escolares ofereçam de fato estímulos adequados para a aprendizagem das crianças, eles precisam ser transformados em ambientes educativos.Como apresentado por Frison (2008): 
Os espaços são concebidos como componentes ativos do processo educacional e neles estão refletidas as concepções de educação assumidas pelo educador e pela escola. É importante que a sala de aula seja um lugar motivador, em que se acolham as diferentes formas de ser e de agir, contempladas nos projetos de trabalho, nas quais as crianças vivenciam suas experiências e descobertas (…). O espaço físico pode ser transformado em espaço educativo dependendo da atividade que nele acontece.
O ambiente, além de seguro, deve favorecer o desenvolvimento da autonomia, ou seja, é importante que os materiais, os brinquedos e objetos de uso coletivos e individuais estejam ao alcance das crianças, pois além da autonomia, auxiliamos a criança na internalização das regras do grupo, em sua capacidade de respeitar as informações dadas pelo educador, na aquisição gradativa de responsabilidade em relação aos cuidados e a organização do ambiente, e no desenvolvimento de uma postura proativa. 
Segundo Frison, (2008): 
O ambiente necessita ser organizado de forma que aja interação entre as crianças, fator importantíssimo para o desenvolvimento e aprendizagem das mesmas, a organização das mesas de trabalho, por exemplo, deve sempre incentivar que as crianças troquem informações e conhecimentos.
Segundo Paula Natal no site nova escola: 
Educação infantil lugar de aprendizagem ela enfatiza o seguinte: Para os pequenos, quase tudo na vida é brincadeira. Por isso, na Educação Infantil, não faz sentido separar momentos de brincar dos de aprender. Essa simultaneidade pede que espaços e rotina da escola sejam planejados de modo a proporcionar multiplicidade de experiências e contato com todas as linguagens, o tempo todo. Sem abrir mão, é claro, dos cuidados com segurança e saúde. É nesse ambiente de aprendizagem que as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia. Dentro do espaço da Educação Infantil é necessária a integração entre o educador, o planejamento pedagógico e a organização dos lugares, que funcionam como mais um elemento educativo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esta pesquisa ficou evidente o quanto a utilização de jogos e brincadeiras na educação infantil facilita a aprendizagem do aluno. É por meio de jogos, brinquedos e brincadeiras que a criança desenvolverá capacidades como: atenção, afetividade, concentração e psicomotricidade, que são indispensáveis à sua vida futura.
Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo.
Ao brincar e jogar, a criança se envolve de tal maneira com o que está fazendo que deixa transparecer seu sentimento e emoção. É brincando e jogando que a criança adquire experiência e incorpora valores. É através de jogos e brincadeiras que ela imita e recria o meio que a cerca. Por isso, é de fundamental importância que os educadores utilizem o jogo como recurso no processo ensino aprendizagem, pois o mesmo cria um clima de entusiasmo, aciona e ativa as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando o pensamento e integra as várias dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva. Por este motivo é preciso que o jogo esteja inserido nas propostas metodológicas da educação infantil.
REFERÊNCIAS
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FONTANA, Roseli; CRUZ, Nazaré. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997.
FRISON, L.M.B. O espaço e o tempo na educação infantil. Ciênc. let.., Porto Alegre, n. 43, p.169-180, jan./jun. 2008. 
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: muitos olhares. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 1996.
_________. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
Portal Nova Escola, Educação infantil lugar de aprendizagem. Disponível:< https://novaescola.org.br/conteudo/118/educação-infantil-lugar-aprendizagem-creche-preescola / >. Acesso em 10/11/2017 
RIZZI, Leonor; HAYDT, Regina Célia Cazaux. Atividades lúdicas na educação da criança: subsídios práticos para o trabalho na pré-escola e nas séries iniciais do 1º grau. São Paulo: Ática, 1987.
SAMPAIO, Virgínia Régia Carneiro. Creche: atividades desenvolvidas com a criança. Rio de Janeiro: EBM, 1984.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.