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Caso goleiro Bruno A - 3

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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS
DIEFRESON PEDROSO
LUDHIANE PEREIRA
SAMUEL MOURA
WILLIAM RIBEIRO CUNHA
VANESSA DA ROSA KROTH
CASO GOLEIRO BRUNO
A – 3 Crimes em Espécie
Canoas – Rio Grande do Sul
2020
BREVE RELATO DO “CASO GOLEIRO BRUNO”
O réu Bruno Fernandes das Dores de Souza foi condenado em 8 de março de 2013, pelos crimes dispostos no art. 121, § 2º, I, III e IV, art. 148, § 1º, IV, e art. 211 do Código Penal de 1940, a saber, de homicídio qualificado, sequestro e cárcere privado e destruição, subtração ou ocultação de cadáver, a sentença foi proferida pela juíza Marixa Fabiane (magistrada que presidiu o júri), onde a vítima do homicídio foi Eliza Samúdio, mãe de seu filho, e a vítima do seqüestro foi seu filho.
O Tribunal de Justiça de Monas Gerais manteve a prisão em segunda instância e reduziu a pena para 20 anos e 9 meses, por conta da prescrição o crime de ocultação de cadáver.
Portanto após condenação em segunda instância o réu foi condenado pelos crimes do artigo 121 e 148, onde a seguir iremos estudar e adentrar suas especificidades. 
· CRIME CONTRA A VIDA:
· Artigo 121 Homicídio
· Doloso qualificado
· Sujeito ativo: Qualquer pessoa (No caso concreto: Bruno Fernandes das Dores de Souza)
· Sujeito passivo: ser vivo (No caso concreto: Eliza Samúdio)
· Conduta: conduta típica consiste em tirar a vida de alguém (universo de seres humanos)
· Crime hediondo: conforme lei Nº 8.072, de 25 de julho de 1990
· Voluntariedade: dolo direto (o agente quer o resultado)
· Crime consumado: O homicídio atinge a sua consumação com a morte da vítima (crime material). Observação: Embora o tipo penal admita tentativa, no caso concreto foi consumado.
· Ação penal: pública incondicionada
· Bem jurídico: Vida humana extrauterina
· Tiveram três qualificadoras, conforme o § 2°, incisos I, III e IV, sendo:
I - motivo torpe;
III – asfixia
V - outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
Vale ressaltar que na época do fato ocorrido não tínhamos a qualificadora de feminícidio (que foi publicada pela lei 13.104/15), e como se sabe a lei só retroage em benefício do réu.
CRIME CONTRA A LIBERDADE PESSOAL:
· Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: A vítima se enquadra no § 1º inciso   IV, sendo
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
· Bem jurídico tutelado: liberdade de ir, vir e ficar (liberdade de movimento)
· Sujeitos do crime: Qualquer pessoa pode ser sujeito ativo ou passivo (crime comum) (No caso concreto o sujeito ativo foi o Bruno, e o sujieito passivo foi o seu próprio filho, menor de idade)
· Conduta: Consiste na privação (total ou parcial)
· Voluntariedade: é o dolo, consistente na vontade de privar a vítima de sua liberdade de locomover-se, dispensando um fim especial.
· Crime consumado: Considera consumado o delito com a privação de liberdade. É crime de natureza permanente, ou seja, só com a devolução da liberdade da vítima cessa a sua perpetração. Observação: Embora o tipo penal admita tentativa, no caso concreto foi consumado.
· Ação penal: pública incondicionada
· Crime material
TESE FEFENSIVA ADOTADA PARA JULGAMENTO DO TRIBUNAL DO JÚRI:
De forma introdutória, gostaríamos de ressaltar que o “caso do goleiro Bruno”, é um dos casos famosos que são apresentados ao público e direciona um pré-julgamento. Sabemos que a mídia é imprescindível para a democracia, contudo é válido destacar que gera também um populismo penal midiático o que acaba gerando um endurecimento penal. Além de se falar na contaminação dos jurados do caso, devido tamanha comoção social e midiática, onde houve muita especulação antes mesmo dos depoimentos das testemunhas.
Com posse da informação que os outros réus já formam julgados e condenados culpados, iremos adotar a tese defensiva de pedir absolvição nos crimes de homicídio (art. 121, § 2º, I, III e IV, CP) e subtração ou ocultação de cadáver (art. 211, CP) desclassificando-os. 
Já, nos crimes de sequestro e cárcere privado (art. 148, § 1º, IV), iremos conduzir o cliente a fazer a confissão, pois o MP já trouxe provas que farão com que os jurados acreditem que houve os referidos crimes. Entendemos que o Bruno deva ser condenado nos crimes de sequestro e cárcere privado combinado com § 2º  do art. 29 do CP.
     Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.  
        § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.  
No depoimento do Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno Fernandes, aduz que: “não é possível que ele não saberia que poderia ocorrer a morte”, ele quis dizer que houve previsibilidade do Bruno, se havia previsibilidade o Bruno não vai responder pelo crime de homicídio, pois não tinha intenção de matar a Eliza se havia previsibilidade não havia intenção de matar: Cabe ressaltar que o depoimento de Sérgio Rosa Sales, foi imprescindível para a investigação policial, o que reforça a nossa tese.
Bruno deixava com que terceiros cuidassem da sua vida privada, como ocorre com diversos jogadores, através de empresário, ou até mesmo amigos e parentes, o erro foi ter escolhido as pessoas erradas, a situação saiu do controle de Bruno, e acabou tendo esse terrível desfecho. 
REFERÊNCIAS: 
SANCHES CUNHA, Rogério. Manual de Direito Penal – Parte Especial (Arts. 121ao 361), 2017, 9ª edição, editora Jus Podivm

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