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CURSO DE PSICOLOGIA Caroline Freitas Vicensoto Fernanda Rodrigues dos Santos Josiane Alves dos Santos Ingrid Aparecida Farias Cardoso A SÍNDROME DE ASPERGER E A INCLUSÃO SOCIAL Guarulhos, SP 2020 Caroline Freitas Vicensoto Fernanda Rodrigues dos Santos Josiane Alves dos Santos Ingrid Aparecida Farias Cardoso A SÍNDROME DE ASPERGER E A INCLUSÃO SOCIAL Guarulhos, SP 2020 Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia, disciplina de Psicologia da Pessoa com Deficiência, sob a orientação do Professor Paulo Felix Marcelino Conceição, para obtenção da nota parcial. RESUMO Este trabalho tem como objetivo apresentar a Síndrome de Asperger, sua definição, causa, tratamento, principais características, interação social e quais são as formas de inclusão social para as pessoas com esta Síndrome. Busca salientar principalmente os aspectos que limitam a interação social do indivíduo, as ferramentas atuantes no processo de inclusão social e a possibilidade de ampliar a inclusão e a melhora de vida destes pacientes. Tem como finalidade de pesquisa realizar um levantamento bibliográfico com intuito de abordar a definição e os critérios diagnósticos da Síndrome de Asperger, descrever as características que impactam de forma relevante a vida da pessoa com a deficiência, as hipóteses de causa da doença, os meios e as técnicas de tratamento, principalmente como a interação social interfere significativamente no desenvolvimento e na saúde e como a inclusão pode elevar o potencial destes pacientes, a importância de promover a inclusão e fazer parte desse processo. Evidenciando os aspectos da inclusão social, como ela atua e se configura como uma ferramenta de grande importância na vida e no desenvolvimento das pessoas com deficiência, desmascarando a ideia limitada da anterior integração, a qual não realizava nenhuma intervenção em prol destes pacientes e não causava movimentos em relação a participação do processo. Palavras-chave: Aspectos psicológicos. Limitações. Desenvolvimento. Síndrome de Asperger. Inclusão social. Integração. Interação social. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 2 REVISÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 6 2.1 AS POSSÍVEIS CAUSAS E OS TRATAMENTOS UTILIZADOS NA SÍNDROME DE ASPERGER ................................................................................................................................ 6 2.2 COMPORTAMENTOS CARACTERÍSTICOS PRESENTES NA SÍNDROME DE ASPERGER ................................................................................................................................ 7 2.3 INTERAÇÃO SOCIAL E AS POSSBILIDADES PARA A INCLUSÃO SOCIAL .......... 9 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 12 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 13 5 1 INTRODUÇÃO O espectro do autismo, síndrome de asperger, recebeu esse nome em homenagem a Hans Asperger, médico austríaco que estudou e descreveu comportamentos atípicos em crianças. No começo dos anos 1990 o termo “Síndrome de Asperger” tornou-se padrão diagnóstico. A síndrome de asperger é uma condição psiquiátrica do espectro autista caracterizada por dificuldades na comunicação não-verbal, interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. O que difere asperger de outros transtornos é o desenvolvimento típico da linguagem e cognição. Porém a compreensão da linguagem é comprometida, entendem a linguagem de maneira clara e direta. Uso de metáforas e expressões idiomáticas dificultam o entendimento (KLIN, 2006). As anormalidades relacionados a síndrome de asperger persistem durante toda a vida, e episódios psicóticos ocorrem ocasionalmente no início da vida adulta. O diagnóstico é dado baseado na ausência de atraso clínico significativo no desenvolvimento da linguagem e cognitivo, como o autismo (CID, 1993). A necessidade de tratamento está na busca pelo desenvolvimento social que é de total importância para a vida em sociedade e a partir disso poder estabelecer meios que sejam fundamentais para que o sujeito consiga ter autonomia suficiente diante dos desafios da vida em sociedade (LOPES-HERRERA; ALMEIDA, 2008). As fontes são imprecisas quanto à sua prevalência no Brasil e existem poucos estudos sobre a epidemiologia da síndrome, a estimativa é de 3 casos para cada 10.000 nascimentos (AMORIM; ASSUMPÇÃO JUNIOR, 2012). Segundo Klin (2006), a Síndrome de Asperger afeta aproximadamente 1:200 indivíduos e está entre os transtornos do desenvolvimento com maior incidência genética entre, a porcentagem de ocorrência entre familiares é de 2 a 15%. 6 2 REVISÃO TEÓRICA 2.1 AS POSSÍVEIS CAUSAS E OS TRATAMENTOS UTILIZADOS NA SÍNDROME DE ASPERGER A síndrome de asperger é classificada como um dos transtornos invasivos do desenvolvimento (TID), faz parte do TEA (transtorno do espectro Autista), o que diferencia o transtorno do Autismo é que a síndrome de asperger não tem atraso na fala, não tem retardo mental, apesar de existirem algumas semelhanças com o Autismo, as pessoas com a Síndrome de Asperger geralmente tem habilidades cognitivas elevadas. Por exemplo: o nível de Q.I é normal e as vezes até alto e pela linguagem normal (APA, 2014). A causa da síndrome é desconhecida, mas pode ser genética, embora as pesquisas não apontam um gene especifico. O transtorno de neurodesenvolvimento acometem mecanismos cerebrais de sociabilidade básicos e precoce, consequentemente ocorre uma interrupção dos processos normais de desenvolvimento social, cognitivo e da comunicação. Os transtornos do desenvolvimento são associados a fatores genéticos e o status de validade da síndrome de asperger ainda é controverso e está relacionada principalmente pelo diagnostico ser confundido com o do Autismo, não acompanhado de retardo mental, ou autismo com alto grau de funcionamento (KLIN, 2006). Há vários tipos de tratamento, para a Síndrome de Asperger e ocorrem através da aprendizagem social, linguagem corporal e a comunicação não verbal, junto aos psicólogos e terapeutas preparados, e quanto mais cedo começar o tratamento melhor será sua recuperação, isso implica a nível psicoterapêutico, educacional e social, porem sua efetividade é limitada (TEIXEIRA, 2005). As abordagens psicoterapêuticas com foco em terapia comportamental, as aprendizagens de competências sociais são mais eficazes do que as terapias centradas nas emoções que podem ser bastantes desconfortantes e estressantes. O tratamento ideal para a Síndrome de Asperger inclui terapias que abordam alguns sintomasbásicos como baixa capacidade de comunicação e rotinas obsessivas ou repetitivas, esse tipo de programa geralmente inclui treino de competências sociais, uma forma de terapia em grupo que ensina a criança as competências que precisam para interagir com outras crianças. As crianças conseguem aprender a interpretar expressões não verbais, emoções e interações sociais, as 7 interações previnem o isolamento e depressão que geralmente ocorrem quando entram na adolescência (TEODORO; CASARINI; SCORSOLINI-COMIN, 2013). Grupos de apoio, terapia e troca de experiências são ideais para adolescentes onde a comunicação verbal é a mesma dos jovens de sua idade. Terapia familiar, aconselhamento psicológico onde ajuda as famílias resolverem conflitos e terem uma comunicação eficaz. Terapia cognitiva comportamental – é um tipo de terapia da fala que pode ajudar as crianças mais agitadas e ansiosas a gerir melhor suas emoções e reduzir os interesses obsessivos e rotinas repetitivas (TEIXEIRA, 2005). 2.2 COMPORTAMENTOS CARACTERÍSTICOS PRESENTES NA SÍNDROME DE ASPERGER A Síndrome de Asperger geralmente é diagnosticada em média aos oito anos de idade quando a criança entra na escola. Na idade pré-escolar geralmente o diagnóstico é de autismo clássico e não da síndrome de Asperger. No diagnostico são considerados duas fases, a primeira utiliza-se um questionário-escala por pais e educadores, para identificar os comportamentos sugestivos da síndrome. A segunda fase consiste na avaliação clínica efetuada por médicos e/ou psicólogos, onde avalia o comportamento social, interesse, linguagem, funções motoras e sensoriais e a cognição. Os Critérios diagnósticos da Síndrome de Asperger propostos por Gillberg e Szatmari, OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Associação Americana de Psiquiatria, classificada no DSM – IV (APA, 2014). Alteração qualitativa da interação social manifestada por um ou dois dos itens: Alteração no comportamento não verbal, como, contato visual, expressão facial, postura corporal e gestos. Incapacidade para desenvolver relações com os pares, adequados no mesmo nível de desenvolvimento. Ausência da procura por momentos de lazer, interesse ou aquisições com outras pessoas. Ausência de reciprocidade emocional ou social. Padrões de comportamento, interesse e atividade estereotipados, repetitivos e restritos, manifestado por pelo menos um dos itens: 8 Preocupação persistente com um ou mais padrões de interesse, repetitivos e estereotipados, que é anormal na sua intensidade ou foco: Aderência inflexível a rituais ou rotinas específicas não funcionais. Maneirismo motores repetitivos e estereotipados estalar ou rodar os dedos, ou movimentos corporais complexos. Preocupação persistente com peças ou objetos. Está perturbação condiciona alteração clinicamente significativa nas áreas de funcionamento social, ocupacional e outras. Não existe atraso significativo da linguagem. Não existe um atraso significativo no desenvolvimento cognitivo da capacidade de autonomia, ou ainda do comportamento adaptativo. Estas manifestações não se enquadram melhor nos critérios de diagnóstico de outra perturbação persuasiva do desenvolvimento ou esquizofrenia. As crianças com síndrome de Asperger tem dificuldade em brincar com outras crianças, e não tem vontade de brincar, se forçadas elas podem apresentar reações de pânico, ou quando participam impõe as suas próprias regras. No comportamento social elas não têm consciência das regras, sendo capaz de dizer ou fazer coisas que ofendem outras pessoas ou quando elas internalizam essas regras, elas a cumprem de forma exagerada. Essas crianças têm dificuldade de transmitir ou entender as mensagens que são transmitidas através do olhar. E na linguagem pode haver um atraso no desenvolvimento não muito significativo no início da fala o que geralmente é recuperado mais tarde em torno dos cinco anos de idade. São capazes de estabelecer monólogos exaustivos com adultos, monologo esse sobre assunto do seu próprio interesse (KLIN, 2006). Geralmente aprendem a andar alguns meses mais tarde que o esperado, o andar é peculiar, na coordenação motora existe a ausência de movimentos característicos como, balançar o oposto do braço quando andam. Na idade da pré-escola elas não têm habilidades em jogos com bola, para eles ter que pegar e jogar uma bola são mais difíceis pelo fato de uma perturbação da coordenação motora. Na escrita pode observar uma má qualidade. Outras características no comportamento típicas na síndrome de Asperger são as rotinas ou rituais rígidos, como, sentar sempre no mesmo lugar, seguir sempre o mesmo trajeto para ir a determinado lugar, arrumar as coisas sempre na mesma ordem, comer alimentos por uma 9 determinada ordem, sempre que sair ter que levar determinado brinquedo, etc., se contrariado pela mudança da rotina ou rituais sentem uma grande ansiedade (KLIN; MERCADANTE, 2006). Manifestações comportamentais, estereotipias motoras e vocais, são confundidas com tiques, tem a característica de abanar as mãos; correr em círculo; ficar balançando o corpo; maneirismo com os dedos; gesticular os dedos; abanar a cabeça; ficar com as mãos na orelha; enrolar o próprio cabelo ou de outra pessoa; correr sem sentido; andar na ponta dos pés; imitar sons de animais ou de maquinas; imitar as vozes dos personagens dos desenhos animados; movimento dos olhos, etc., é menos comum apresentar um maior interesse em objetos como, peças de lego, pedaços de giz, entre outros. É comum terem muitos objetos nos bolsos. E em consequência da inabilidade social é muito complicado para essas crianças frequentarem as escolas, pois, muitas vezes são vistos com preconceito e sofrem bullying de outras crianças (KLIN, 2006). No ponto de vista nosológico, a síndrome de Asperger pertence ao espectro do autismo, em alguns casos é difícil distinguir essa síndrome das outras formas de autismo. Um bom funcionamento cognitivo, associado a uma linguagem formalmente adequada ajudam a formular o diagnóstico da síndrome de Asperger (CID, 1993) 2.3 INTERAÇÃO SOCIAL E AS POSSBILIDADES PARA A INCLUSÃO SOCIAL Uma das características que mais impactam a vida das pessoas com a síndrome de asperger é a dificuldade da interação social, aspecto marcante nesses pacientes. No entanto estudos mostram que as habilidades deles podem ser surpreendentes se forem usadas para reduzir os sintomas que interferem no bom desenvolvimento das relações sócias, ampliando suas capacidades e com esforços estes indivíduos podem treinar sua comunicação, a interpretação não literal dos diálogos e a solucionar tarefas comuns ou simples (KLIN, 2006). O processo de inclusão social por meio de técnicas que melhorem o desempenho na iteração social, é um processo complexo e lento, causando impactos psíquicos na família, trabalhar como os familiares da pessoa com a síndrome de asperger se faz necessário, visto que eles desempenham um papel importante neste processo, contribuindo com o desenvolvimento do paciente e apoiando-o nessa trajetória eles podem alcançar até mesmo a inserção no mercado de trabalho. Também devemos considerar que os pais envolvidos nesse processo, passam por um período de negação e raiva, precisando do auxílio psicológico para compreender e aceitar a 10 doença, podendo assim contribuir melhor com o comportamento social de seus filhos (TEODORO; CASARINI; SCORSOLINI-COMIN, 2013). Ressalta-se que existem muitas pesquisas voltadas para as dificuldades e critérios diagnósticos dos indivíduos com autismo incluindo síndrome de asperger, contudo são poucas as pesquisas que se destinam a buscar por possiblidade de atenuar essas características que impactam significativamente o paciente, impedindo sua inclusão social e seu bem-estar. A busca por um melhor desempenhoe desenvolvimento do ser vai muito além de descrever critérios diagnósticos e relatar as dificuldades ou mesmo um desenvolvimento normal ou esperado, precisa ser significativo para o processo do paciente (LOPES-HERRERA; ALMEIDA, 2008). As pesquisas também relatam a frequência de tratamentos fonoaudiólogos em relação a comunicação verbal, as dificuldades em relação a linguagem são muito mais expressivas no dialogo social, no entanto o desenvolvimento do vocabulário torna-o ampliado a partir das intervenções terapêuticas da fonoaudiologia, sendo um importante trabalho a ser desempenhado. A família e interlocutores maximizam os resultados desse tratamento (TEODORO; CASARINI; SCORSOLINI-COMIN, 2013). A primeira forma de inclusão social das pessoas com a síndrome são as escolas, que terão um papel fundamental no desenvolvimento da comunicação e da cultura, é um dos pontos importantes a ser trabalhado para obter uma redução das dificuldades de inclusão, apesar de ser garantido o acesso à escola, ainda é necessário trabalhar temas como o preconceito e a diferença, com todos os envolvidos no ambiente escolar, para que seja possível entender a inclusão não apenas como atributo teórico, mas como algo a ser praticado, assim como no ambiente de trabalho (BAGAROLLO; PANHOCA, 2011). A partir de um estudo de caso sobre a inserção do aluno com síndrome de asperger no ensino superior, podemos analisar dois processos muito importantes para viabilizar essa ferramenta de inclusão, primeiramente como citado anteriormente é necessário trabalhar com a instituição de ensino sobre a síndrome e a inclusão, o psicólogo é um profissional que pode fazer a mediação entre a instituição, família e aluno, trabalho estes conceitos para solucionar conflitos e outros conteúdos que sejam necessários abordar, para que paradigmas sejam quebrados e os conflitos encontrem um equilíbrio, é comum os docentes terem dificuldades em lidar com a aprendizagem desses alunos, em virtude de pensarem que não é correto ou efetivo mudar a forma de avaliação para esses alunos, mesmo que tenham diversas possibilidade para tal, que não influenciaram no resultado. E por fim podem surgir ideias como “tratamento especial”, quando na verdade é um ensino diferencial, pois lidar com diferenças é um desafio a 11 ser enfrentado, que se bem administrado vai proporcionar um ambiente no qual o aluno com a síndrome vai sentir à vontade, critério essencial para que seja possível se engajar no ensino, incluindo o apoio da família (COSTA; MARIN, 2017). Também é importante destacar a necessidade do trabalho conjunto, psicólogo, instituição de ensino, família e também a/o assistente social que irá colaborar juntamente com o/a psicólogo (a) em defesa dos diretos e bem estar do indivíduo. É preciso uma atenção com a família, para que não extrapole com o apoio tornando-o uma cobrança que pode regredir o desenvolvimento do ensino superior do filho (DESSEN; POLONIA, 2007). A educação como forma de inclusão ainda precisa superar dificuldades, tanto no ensino básico, fundamental, médio como no superior, os profissionais com os conhecimentos necessários aliados a compreensão da instituição de ensino, para que possam colocar em prática o que ainda é muito teórico, a aceitação e inclusão das diferenças. Assim como no trabalho não é suficiente apenas ter vagas prioritárias, para o ensino não basta ter apenas a lei de inclusão, é necessário tomar para si a inclusão e fazer parte do processo (BRITO, 2011). Uma das ferramentas utilizadas para inclusão no sistema público é a placa de prioridade, antes utilizada para grávidas, idosos, obesos e deficientes físicos (ou aparentemente com prejuízos físicos), atualmente foi incluída também um laço de quebra cabeça colorido, simbolizando os deficientes com TEA (transtorno do espectro autista), a síndrome de asperger tem poucas características físicas notáveis, no entanto estas pessoas possuem pouquíssima capacidade de enfrentar frustrações, o que pode ser angustiante para os mesmo enfrentar filas e esperar por muito tempo (PIMENTA, 2019). 12 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos então que a síndrome de asperger é uma condição psiquiátrica do espectro autista, com um padrão de comportamento atípico e é diferenciada do autismo pela ausência de atraso no desenvolvimento da linguagem e cognitivo. Baseando-se nas pesquisas, uma causa exata para a Síndrome de Asperger não foi encontrara, mas o fator hereditário possui uma incidência elevada. Do que se refere ao tratamento, quanto mais cedo começar melhor será o resultado da inserção da criança/adolescente na sociedade, sendo de suma importância para o futuro dela. Através dos tratamentos como por exemplo: A terapia comportamental que ajuda no desenvolvimento da fala e a reduzir os estresses e a ansiedade e o controle de suas emoções, incluindo grupos de apoio, terapia familiar e fonoaudiologia. A Síndrome de Asperger pertence ao espectro do autismo é diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, comparada a outros espectros Asperger geralmente é diagnosticada mais tardiamente, não é considerada uma doença pois não tem cura. Crianças portadoras dessa síndrome apresentam comportamentos estereotipados. Por terem algumas características atípicas no comportamento, muitas vezes essas crianças são vistas com preconceito, precisando de diferentes níveis de apoio pois algumas tendem a desenvolver uma grande ansiedade. A característica mais marcante da síndrome e também a mais impactante é a deficiência da interação social, indivíduos com a síndrome compreendem de forma literal a linguagem, tendo isso em vista, torna-se um desafio a inclusão destes no meio social, as pesquisas indicam que os tratamentos têm minimizado esse fator contribuindo consideravelmente para ampliar o repertório social do paciente, mas também revelam que precisam avançar muito mais, a maior parte das investigações tem como foco as dificuldade e os critérios diagnósticos, há uma necessidade de redirecionar esse foco para viabilizar as habilidades das pessoa com a síndrome para reduzir suas dificuldades e ampliar suas possibilidades. A educação e o trabalho como fontes de inserção social e cultural precisam r além da teoria, para que seja possível uma verdadeira inclusão prática. 13 REFERÊNCIAS AMORIM, L. C. D.; ASSUMPÇÃO JUNIOR, F. B. O conceito de morte e a Síndrome de Asperger. 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LOPES-HERRERA, S. A.; ALMEIDA, M. A. O uso de habilidades comunicativas verbais para aumento da extensão de enunciados no autismo de alto funcionamento e na síndrome de Asperger. Pró-Fono, v. 20, n. 1, p. 37-42, 2008. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação De Transtornos Mentais E De Comportamento Cid – 10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 1993. PIMENTA, PaulaRamos. Clínica e Escolarização dos Alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Educação e Realidade, 2019. TEIXEIRA, P. Síndrome de Asperger. Universidade Lusíada, 2005. TEODORO, M. C.; CASARINI, K. A.; SCORSOLINI-COMIN, F. Intervenções terapêuticas em pessoas com Síndrome de Asperger: revisão da literatura. Barbarói, n. 38, p. 6-25, 2013.
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