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POSTAGEM_2_PETP CARTA AO PROFESSOR ANDRÉ

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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
PRÁTICA DE ENSINO: TRAJÉTORIA DA PRÁXIS (PE:TP)
POSTAGEM 2 
ATIVIDADE 2 – CARTA AO PROFESSOR ANDRÉ
NOME DO ALUNO:
RA:
NOME DO ALUNO:
RA:
*CIDADE* – ESTADO*
2020
*Cidade* – *Estado*, 07 de maio de 2020.
Prezado professor André,
A situação conflituosa vivenciada por você é infelizmente muito frequente na
realidade dos professores no Brasil. Ao ler e reler seu caso pensei pesarosamente em
qual seria a melhor solução, visto que a sua integridade física/liberdade individual está
ameaçada. Ocorrência como essa assustam nossa sociedade em geral, provocam
episódios de vulnerabilidade e grandes feridas para os docentes, no entanto, também
atinge a comunidade e todos envolvidos. É importante inicialmente manter a calma e a
racionalidade, você já em alguns anos de experiência nessa profissão, é bem provável
que tenha passado por situações parecidas como esta e mesmo assim não desistiu do
seu objetivo.
Aconselho que peça alguns dias de afastamento, por meio de uma licença médica,
para que você possa pensar com calma, observando não só o seu lado, mas também a
realidade de Carlos, um adolescente negro, de baixa renda, com sua família
desestruturada e sem perspectiva de futuro. É claro que isso não justifica a violência
ainda mais no ambiente escolar, porém é fundamental refletir sobre os inúmeros fatores
que levam jovens como Carlos a praticar atos violentos. Sendo a desigualdade social um
dos fatores que levam o adolescente a cometer atos violentos. O cenário de carência
absoluta de condições básicas de sobrevivência tende a embrutecer os indivíduos, assim,
a pobreza seria geradora de personalidades desruptivas. Assim como a influência de
grupos de referência de valores, crenças e formas de comportamento seria também uma
motivação do jovem para cometer crimes. É dentro das guangues ou das quadrilhas como
se refere Alba Zaluar que os jovens provam sua audácia , desafiam o medo da morte e da
prisão. É uma subcultura criminosa marcada pela atuação masculina(ZALUAR, 1992,
p.27). Após analisar todos os pontos de vista poderá tomar um melhor decisão sobre o
que fazer. Para muitas pessoas, irá parecer que está abandonando seu emprego por
conta do medo e receio, entretanto não se deixe levar por comentários negativos, que
diminuem sua autoestima e não acrescentam boas ideias em uma situação que envolve
sua vida pessoal e profissional, você é jovem e com um belo futuro pela frente! Por isso
não tome decisões precipitadas, sem antes consultar alguém que entenda sobre o seu
caso. Também sugiro que procure um psicólogo, ele possivelmente lhe dará alguns
concelhos para manter sua mente e seu coração tranquilos, no decorrer do processo de
apuração dessa ameaça.
Caso você tenha decidido que o melhor caminho é denunciar, você tem todo direito
de acionar as autoridades. A escola, a policia, o concelho tutelar, juntamente com o ECA
(Estatuto da Criança e do Adolescente) precisam dar sua posição sobre o caso, impondo
medidas socioeducativas, a fim de preservar sua integridade física e psicológica e se
necessário o jovem será advertido. O ECA trata-se de um conjunto de normas que tem
como objetivo proteger a integridade da criança e do adolescente no Brasil. Prevê
incontáveis providências socioeducativas contra o infrator: advertência, liberdade
assistida, semiliberdade, entre outras. Até mesmo a internação é possível (e internação
nada mais significa que prisão), embora regida pelos princípios da brevidade e da ultima
ratio (última medida a ser pensada e adotada). 
Depois que tudo estiver mais calmo, você pode pedir a diretora, que solicite a
presença de Carlos e seus familiares na escola. Para que todos juntos professores,
coordenadores, o próprio Carlos, seus familiares, conselheiros e você tenham uma
conversa harmoniosa, que gere um novo vínculo de amizade, tendo como princípio
respeito, amor e cumplicidade.
Aproveite seus dias de licença para descansar, ler bons livros, assistir seriados,
fazer cursos ou aprender um novo idioma, enfim curta este momento de lazer da forma
que achar melhor. Repito o que disse acima, procure olhar as situação de todos os
ângulos. “O outro lado da questão é aquele que não enxergamos, ou o único que
enxergamos – Carlos Drummond de Andrade”. Espero ter boas notícias suas e do seu
aluno Carlos, um forte abraço.
Atenciosamente,
*nome do aluno*.

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