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Peça prática dto trabalho

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EXCELENTISSÍMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DA 2º VARA DO TRABALHO DA COMARCA 
DE GUARAPUAVA – ESTADO DO PARANÁ. 
 
Processo nº 361-42.2020.5.09.0659 
 
Eu Amo o CDC Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ/MF sob o nº 12.234.456/0001-11, com endereço eletrônico cdc@express.com.br 
e com sede na cidade de Guarapuava/PR, na Rua Vinicius de Moraes, nº 2341, Bairro 
São Cristóvão, com CEP 85060-230, através de seu representante legal Jeff, 
nacionalidade..., estado civel..., portador do RG nº..., inscrito no CPF sob o nº..., 
endereço..., cidade..., estado..., CEP..., email..., por intermédio de seu advogado ao final 
assinado, constituído nos termos do incluso mandato procuratório, com endereço 
profissional cito a rua XV de novembro, nº 112, Bairro Centro, com CEP 85064-500 na 
cidade de Guarapuava/PR, oferecer 
CONTESTAÇÂO, com fulcro no srt. 847, da CLT, nos autos da 
Reclamação Trabalhista proposta por John Richard ,brasileiro, solteiro, portador da CTPS 
100987, SÉRIE 003-0, UF/PR, inscrito no CPF sob o número 776.985.345-12, portador de 
RG sob o nº 3.421.443-01 e PIS 227.87632.15-4, filho de Ana Claudia e Guilherme, 
nascido em 22/01/1976 e com endereço eletrônico para contato john@doações.com., 
residente e domiciliado na Rua Saldanha Marinho, nº 1872, Bairro Centro, com CEP 
85015-340 na cidade de Guarapuava/PR, pelas razões de fatos e direitos que serão a 
seguir expostos. 
1 – DA SÍNTESE FÁTICA 
O Reclamante alega que ter sido contratada pela Reclamada no período de 
21/11/2014 até o dia 06 de abril de 2020, exercendo a função de auxiliar de escritório, 
recebendo o salário de R$2300,00. 
Ocorre que, o Reclamado diante da Epidemia do Covid-19, precisou 
transferir os empregados presenciais para regime de teletrabalho, já que foi decretado 
estado de calamidade pública, por meio do decreto Legislativo nº 6 de 20 de março de 
2020. 
Desta dorma, o Reclamante se recusou a cumprir a determinação da 
empresa, motivo este que gerou a presente controvérsia jurídica, no qual será 
demonstrado através dos fundamentos de direito que não assiste razão ao Reclamado. 
mailto:cdc@express.com.br
mailto:cdc@express.com.br
mailto:john@doações.com
mailto:john@doações.com
2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
2.1- DA PREJUDICIAL DE MÉRITO- PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
O Reclamante aduziu na exordial reclamatória, o pagamente de 13º 
referente ao ano de 2014. 
Entretanto, dispõe ao art. 7ª, XXIX, da Contituição Federal, a súmula 308,I do 
TST e art. 11, inciso I da CLT, que a prescrição trabalhista concerne as pretenções 
imediatamente anteriores à cinco anos, contados a partir da data do ajuizamento da 
reclamatória. 
No caso em tela, o autor não faz jus ao pedido, na justa medida que ajuizou 
ação no dia 08 de abril de 2020, e a pretenção está prescrita. 
Portanto, requer a extinção do processo, com resolução de mérito, nos 
termos do art. 487, inciso II do CPC, no que se refere a verba pleiteada. 
2.2- DA MULTA DO ART.477, DA CLT 
O Reclamante pleiteia na exordial a multa pelo atraso no pagamento do 13º 
fundamentada no art. 477 da CLT. 
No entanto, reza o referido artigo que, na extinção do contrato de trabalho, 
o empregador deverá proceder à anotação na carteira de trabalho, comunicar a 
dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no 
prazo e na forma estabelecidos . 
Neste interim, o referido artigo não menciona a controvérsia sobre o pedido 
de pagamento do 13º salário. Ademais, o reclamante recebeu todas as verbas rescisórias 
referentes à sua demissão. 
Deste modo, não faz juz ao pedido pleiteado, na justa medida que não houve 
atraso na apuração e pagamento das verbas rescisórias do Reclamante, sendo pago os 
valores dentro do prazo legal, não merecendo a procedência do pedido. 
2.3- DO PEDIDO DE REINTEGRAÇÂO 
Aduz o Reclamante sobre o pedido de reintegração à empresa, alegando que 
a sua demissão foi injusta, e que seu contrato de trabalho deveria ser suspenso, 
conforme art 5º, II da Medida Provisória 936/20, referente a epidemia do Covid 19, 
justificando que os riscos são do empregador e não do empregado. 
Ocorre que esta medida provisória instituiu um plano emergencial de 
manutenção do emprego e renda, dispondo sobre medidas complementares para 
enfrentamento do estado de calamidade pública, reconhecido pelo decreto Legislativo 
nº 6 de 20 de março de 2020. 
Ademais, o art. 8º da referida medida provisória dispõe que, durante o 
estado de calamidade pública, o empregador poderá acordar a suspensão temporária 
do contrato de trabalho de seus empregados, ou seja, é uma liberalidade de se pactuar 
o acordo e não uma obrigação do empregador. 
Cabe salientar, que a decretação da calamidade pública é caracterizada 
como “força maior”, disciplinado no art. 501 da CLT, entendendo-se como força maior 
todo acontecimento inevitável, em relação à vontade do empregador, e para a 
realização do qual este não concorreu, direta ou indiretamente. 
Diante da calamidade pública, que é um evento inevitável, o Reclamado 
precisou transferir todos os funcionários para teletrabalho, mas o Reclamante se 
recusou. Ocorre que o art. 75C parágrafo 1º da CLT, prevê a possibilidade de alteração 
de regime presencial e de trabalho desde que haja acordo mútuo entre as partes. 
Portanto, diante da recusa do Reclamante de acatar determinação da 
empresa, a demissão foi devida, na justa forma que praticou ato de insubordinação, 
caracterizando o previsto no dispositivo art. 482, alínea ”h” da CLT, ato de indiciplina ou 
insubordinação, não merecendo a procedência do pedido de reintegração ao trabalho. 
3 - DOS HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA 
Insurge o reclamante sobre a fixação de 20 % (vinte por cento) referente aos 
honoraríos advocatícios, 
Conforme fundamentações supra, os pedidos da Reclamente deverão ser 
julgados improcedentes. Ademais, o valor pedido pelo Reclamante excede ao máximo 
previsto no dispositivo legal, que é de 15% 9quinze por cento). 
Todavia, na remota hipótese de procedência da ação, requer-se desde já a 
fixação do mínimo legal de 5% (cinco por cento), conformr previsão do art. 791-A da CLT. 
Ademais, uma vez sucumbente o Reclamente, mesmo que parcialmente, 
merecem ser arbitrados honorários de sucumbência em favor deste patrono, conforme 
o art. 791-A da CLT. 
4 - DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer-se: 
a) Seja acolhida a prejudicial de mérito, extinguindo o pedido com 
resolução de mérito, conforme disposto no art. 487, inciso II do CPC, 
no que tange o pedido do pagamente do 13º salário referente ao ano 
de 2014. 
b) Em caso de rejeição da prejudicial de mérito, requer o recebimento e 
acolhimento da contestação e que sejam julgados totalmente 
improcedentes os pedidos do pagamento de multa por força do art. 
477 da CLT, reintegração ao trabalho, e ao pagamento de 20% (vinte 
por cento) de honorários sucumbenciais, e a fixação do mínimo legal 
de 5% (cinco por cento), conforme as razões de fato e direito expostas; 
c) A condenação da Reclamante ao pagamento dos honorários de 
sucumbência em 15% (quinze por cento), e, na remota hipótese de 
procedência dos pedidos, que seja fixado o mínimo legal, conforme 
art. 791-A, da CLT. 
d) Requer a produção de todos os meios de prova adminitidos em direito, 
em especial a documental e testemunhal. 
Nestes Termos 
Pede deferimento 
Guarapuava, 17 de abril de 2020. 
Advogado... 
OAB nº...

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