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Brochier Os primeiros colonizadores de Brochier foram os irmãos João Honoré e Augusto Brochier em 1832, vindos da França, na época em que o Vale do Caí era muito pouco povoado. Também a Costa da Serra, perto de Montenegro, já era ocupada por criadores de gado, as terras continuavam desocupadas pelo homem branco. Ali a selva ainda era fechada e metia medo pela presença de animais ferozes como a onça. De presença humana, somente a dos índios que, na sua vida nômade, passavam de vez em quando coletando frutos da mata, caçando e pescando, foi nesta região que os dois irmãos franceses tiveram a ousadia de se fixar. Compraram uma extensa área de terras e se fixaram no exato local onde hoje se encontra a cidade de Brochier. O que os atraiu foi a fartura de madeira, especialmente a dos pinheiros (araucárias), que eles cortavam e levavam para Porto Alegre, onde era vendida a bom preço. A capital gaúcha crescia bastante nesta época e precisava de boa madeira para as construções. E os Brochier ajudavam a suprir esta necessidade derrubando os pinheiros, cortando a madeira e a levando em balsas pelos arroios Brochier e Maratá até o rio Caí. O arroio Brochier (que foi conhecido inicialmente como arroio dos Franceses) era muito raso, assim como o Maratá, e o transporte da madeira só podia ser feito através deles depois de chuvas que aumentavam o proximidades da atual cidade de Pareci Novo. Dali a madeira seguia até Porto Alegre sem maior dificuldade, devido ao bom volume de água deste rio durante o ano inteiro. Para sobreviver no meio desta região selvagem, trataram de manter uma boa convivência com os índios, praticando um comércio de trocas com eles, tiveram sucesso nesta política, apesar de alguns eventuais desentendimentos. No pior deles, ocorrido em 6 de janeiro de 1847, os índios assaltaram a casa de Augusto Brochier, mataram um escravo e seqüestraram uma escrava chamada Maria Rita, levando-a consigo juntamente com dois filhos pequenos. Depois de haverem extraído a melhor madeira que havia nelas, os Brochier deram importante contribuição para o povoamento da região ao vender lotes para colonos alemães, o que aconteceu a partir do ano de 1854 ou 1855. Isso aconteceu no território que hoje é ocupado pelos municípios de Brochier e Maratá que continuava quase totalmente desabitado e que, a partir de então, foi ocupada por famílias vindas das colônias velhas, como São José do Hortêncio, Ivoti e Dois Irmãos. Gente que, via de regra, se expressava apenas no idioma alemão. Com isto, a própria palavra Brochier, passou a ser pronunciada com sotaque alemão, ao invés do francês original. Pelo certo, o nome do município de Brochier deveria ter a pronúncia francesa, que seria Brochiê. Em 05 de maio de 1873, foi criado o distrito de Brochier, ou São João dos Brochier, sendo considerado o segundo distrito de Montenegro. A partir de 1987, Brochier e Maratá, dois distritos de Montenegro, situados próximos um do outro, iniciaram o processo emancipacionista. Em 20 de dezembro de 1987, realizaram seu plebiscito, quando 2.980 dos seus 3.291 eleitores se manifestaram favoráveis à emancipação, concretizado pela Lei nº 8.556, de 11 de abril de 1988, criando-se, então, o município de Brochier do Maratá. Com a emancipação política de Maratá, ocorrida em 20 de março de 1992, desfizeram-se os elos de união das duas localidades e a expressão Maratá foi suprimida, passando o município a chamar-se somente Brochier. Capital do carvão vegetal, esse nome é originário da cultura da acácia negra, cuja transformação da lenha em carvão vegetal fez de Brochier um dos principais produtores de carvão em todo o Estado. A economia do município também conta com indústria moveleira, indústria de calçados, fábrica de barcos infláveis e comércio sólido. O município localiza-se na região do Vale do Caí. Possui uma área de 109,50km², distanciando-se aproximadamente 50km em linha reta e 94km por via rodoviária da capital do Estado. A população descende etnicamente de alemães, franceses e portugueses. Segundo foi apurado pelo pesquisador Germano Henke, Augusto Brochier casou com Maria Saticq, também francesa. Ela era 26 anos mais moça do que Augusto e sobreviveu a ele, morrendo 37 anos depois, na vila de Brochier. O casal teve doze filhos: João, nascido em 4 de fevereiro de 1861; Carolina (nascida em 18 de abril de 1862, que casou com Guilherme Kochenborger), Januária (nascida em 19 de setembro de 1862 e casada com Carlos Kochenborger), Faustina (nascida em 5 de janeiro de 1865 e casada com Luiz Kochenborger). Até aí se observa a estreita relação havida entre as famílias Brochier e Kochenborger. Assim como os irmãos Brochier, a família Kochenborger também teve papel destacado na colonização inicial do Vale do Caí. Foi João André Kochenburger que fundou a colônia de Maratá, no ano de 1855, juntamente com os irmãos João Frederico e Pedro Schreiner. Idalina Brochier (nascida em 9 de fevereiro de 1868, casou-se com Albano Coelho de Souza), Maria (nascida em 16 de outubro de 1860, foi casada com Militão de Mattos), Olímpia, que nasceu em 7 de abril de 1873, casou com Henrique Fetzner. O oitavo filho de Augusto Brochier, nascido em 22 de agosto de 1874, recebeu o mesmo nome do pai. Depois veio Pedro, nascido em 6 de julho de 1877; Itelvina, que nasceu em 18 de fevereiro de 1879 e casou com seu primo João Gabriel Brochier; Paulo, nascido em 4 de abril de 1881. E, por fim, Pedronilha, que nasceu em 26 de junho de 1884. João Honoré Brochier, irmão de Augusto, nunca se casou. Mas ele teve um filho ilegítimo ao qual reconheceu e cuidou da sua criação. Este filho chamava-se Gabriel Brochier e, depois de crescido, foi viver na localidade de Passo da Amora, aonde veio a casar-se com Maria José de Brito. O primeiro filho deste casal chamou-se João Gabriel Brochier e foi este que casou-se com Itelvina Brochier (filha de Augusto Brochier). Os demais filhos de Gabriel Brochier foram: Faustina, Cherubina, Paulo Gabriel, Olímpio Gabriel, Alexandre Gabriel, Gabriel, Ernesto Gabriel e Lourival Gabriel. Descendentes da família Brochier vivem até hoje no município, como pode ser verificado na lista telefônica. Mas muitos outros se espalharam pelo estado e pelo país. HINO DO MUNICÍPIO DE BROCHIER (Brochier – Capital do Carvão Vegetal) Bernardo Schneider 1. De distantes planícies francesas, Em busca de um novo rincão, Às nossas coxilhas chegaram Os irmãos Brochier – Augusto e João. Na bagagem, além de saudades, Trouxeram valores cristãos De amor ao trabalho e coragem E o desejo de sermos irmãos. Brochier! Brochier! Capital do carvão vegetal. Brochier! Brochier! Deus bendiga nossa terra natal. 2. E hoje, passados os anos, Do início audaz de Brochier, Com orgulho nós já constatamos Que aqui está o nosso porvir. Que o labor e a fraternidade E os valores que a história legou Nos conduzam com fé e lealdade Ao lugar que o futuro guardou. Brochier! Brochier! Capital do carvão vegetal. Brochier! Brochier! Deus bendiga nossa terra natal. O HINO DO MUNICÍPIO foi instituído pela Lei nº 875, de 29 de dezembro de 2003. O Brasão e a Bandeira foram instituídos pela Lei Municipal nº 264, de 13 de dezembro de 1993. BANDEIRA DO MUNICÍPIO DE BROCHIER A Bandeira do Município de Brochier terá como cores oficiais o azul, o vermelho, o verde e o branco. No centro da faixa franchada vermelha, está o Brasão do Município, descrito no artigo 2º, cujas cores representam: I – o vermelho, a bravura, a coragem e a intrepidez dos colonizadores que desbravaram estas matas; II – o azul, a beleza da partícula do céu que cobre o Município; III – o verde, a esperança de maior fraternidade entre os povos e a preservação das reservas naturais; IV – o branco, a mensagem de fé e de paz da Comunidade. A feitura da Bandeira obedecerá à seguinte regra: “Para cálculo das dimensões, tomar-se-á por base a largura desejada, dividindo-se em 14 (quatorze) partes iguais. Cada uma das partes será considerada um módulo: - o comprimento será de 20 (vinte) módulos; - a faixa vermelha em diagonalinicia a uma distância de 2 (dois) módulos na parte inferior da barra onde é fixada no mastro, e termina na parte superior a 10 (dez) módulos da mesma barra, medidas estas que valem para o azul e igualmente para o verde, simplesmente invertendo os lados (superior e inferior), ficando assim o franchado vermelho com 8 (oito) módulos de largura.” É obrigatório o uso da Bandeira: I – no gabinete do Prefeito; II – no recinto da Câmara Municipal; III – na parte frontal do prédio sede dos Poderes Executivo e Legislativo, nos feriados nacionais e municipais, nos dias festivos e de luto oficial, neste caso com a Bandeira a meio-pau. OBS: Adotar-se-á, para efeitos deste artigo, os mesmos critérios e ritos estabelecidos pela legislação dos símbolos nacionais, no que couber. BRASÃO DO MUNICÍPIO DE BROCHIER O Brasão do Município de Brochier obedece a seguinte forma e descrição: “Escudo francês dividido em quatro partes; no centro, onde fica a sede do Município representado por um triângulo em goles (vermelho) que simboliza a bravura, a coragem, a intrepidez, a audácia, dedicação e amor pátrio dos colonizadores que desbravaram estas matas; neste mesmo triângulo, temos um símbolo bovino (vaca), por se constituir o Município, importante produtor de leite; na destra superior à esquerda do centro, temos uma lira, em (prata) cinza, significando a atividade cultural e recreativa que evidencia a existência de seus inúmeros corais; na sinistra superior, à direita do centro, sob um fundo blau (azul) que representa o céu límpido, horizonte de grande justiça e nobreza, perseverança, zelo e lealdade, está o símbolo da Educação, que é uma das prioridades de nossos governantes; da destra à sinistra, em sua parte inferior, temos um Rio que corta o Município valorizando mais ainda nossos campos verdejantes (verde), cor simbólica da esperança, honra, civilidade, cortesia e alegria deste povo aguardando uma copiosa colheita. A representação das acácias, árvores que não só reflorestam o Município, como se constituem em fator econômico pela transformação química da sua casca em tanino, usado no curtimento do couro, matéria prima no fabrico de calçados; na parte externa inferior do escudo, complementando o Brasão, à destra e à sinistra, a representação da agricultura através do milho e da laranjeira. O Brasão é encimado por uma coroa, murado com três aberturas representando os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário; embaixo, um listel em goles (vermelho) com as inscrições “11-04 Brochier 1988”, sendo BROCHIER homenagem a dois irmãos que se destacaram na colonização desta área nos anos de 1832 e seguintes, vindos de Marselha, na França, e 11-04-88 a data de emancipação política do Município”. O Brasão, instituído por esta Lei, será utilizado em papéis, cartazes, placas e faixas oficiais, não sendo permitido seu uso por particular ou entidade, a não ser para promoções e campanhas de caráter beneficente ou cultural, mesmo assim com autorização do Executivo Municipal. A reprodução deste símbolo por particular ou entidade, sem autorização, na forma deste artigo, acarretará ao infrator a requisição, pelo Município, do material no qual tenha sido reproduzido, sem qualquer indenização, e multa correspondente a (tantos) valores de referência vigente no Município para efeitos fiscais. Brochier.RS. A Cidade Gaúcha Fundada por Franceses Foto.Prefeitura de Brochier SOBRE A CIDADE: O Município faz parte do Vale do Caí, vizinha da cidade de Maratá, e também autointitulada Capital do Carvão vegetal. ATRATIVOS TURÍSTICOS: Praça Municipal Foto.brasilgigante.com.br Carvozito: Foto.Prefeitura de Brochier É o Mascote da cidade. Casarão de Antiguidades Fotos.www.casaraoantiguidades.com.br O Casarão Antiguidades trabalha com restauração de móveis de época, projetos ... Rua Pedro Lorenz, 315 - Centro, Brochier - RS | 51 3697.1425 EXPOFESTAS DE BROCHIER Surgiu em 1993 a necessidade de termos no município um evento onde pudéssemos expor a toda região o desenvolvimento alcançado após a emancipação. Seria uma oportunidade para todos do comércio, da indústria e produtores rurais de divulgar o trabalho que estava sendo realizado no município. Para escolha do nome do evento, foi realizado um concurso a nível municipal, colhendo opiniões e, em reunião com a comunidade, as várias sugestões foram apresentadas e votadas por todos os participantes, sendo que EXPOFESTA acabou sendo escolhida por consenso, pois conseguia unir a intenção da exposição e da festa, além de possuir uma sonoridade fácil de ser lembrada. A data para a realização da EXPOFESTA ficou estabelecida para o dia 11 de abril, data da emancipação política do município, festejada de dois em dois anos. Dados de Identificação Nome Vitória Caroline pereira RU 3235592 Polo Montenegro Proposta de ação Brochier e suas diversidades culturais Público alvo Jovens e adultos Idade Acima de 14 Justificativa Objetivos SÍNTESE DO ASSUNTO Metodologia Avaliação Recursos Referências A referida proposta justifica-se pela necessidade de conservação da cultura da cidade de brochier tendo como principal importancia sua historia. Relatar a cultura da cidade e verificando se ainda são postas em prática afim de discutir sobre tal assunto. Reunir suas diversas culturas identificando e explicando cada uma. Foi feito uma pesquisa e encontrado carvozito de brochier onde apartir dele tiramos a idéia de criar a carvozita com a roupa do mascote e a coroa da rainha da expofesta. Utilizamos um boneco de tecido com isopor reutilizável de trabalhos do meu irmão ai criamos a roupa de tecido mesmo e a coroa compramos. Apreciar os métodos de cultura utilizados na cidade nos dias atuais. facebook http://historiasvalecai.blogspot.com/ https://youtu.be/zIpT3Z4w0mI