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PLANIFICACAO WORK

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1 
 
Indice 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 3 
OBJECTIVOS................................................................................................................................. 4 
Objetivo Geral ............................................................................................................................. 4 
Objetivos Específicos .................................................................................................................. 4 
Metodologia .................................................................................................................................... 4 
Mineração a Céu Aberto ................................................................................................................. 5 
i) Vantagens................................................................................................................................. 7 
ii) Desvantagens .......................................................................................................................... 7 
i) Lavra por Bancadas (“Open Pit Mining”) ................................................................................... 8 
ii) Lavra em Tiras (“Strip Mining”) ................................................................................................ 8 
iii) Lavra Aluvionar (“Placer Mining”) .......................................................................................... 9 
1.1 Lavra por Bancadas................................................................................................................. 10 
i) Altura da Bancada .................................................................................................................. 13 
ii) Largura da Bancada .............................................................................................................. 14 
iii) Ângulo da Face da Bancada (Ângulo do Talude)................................................................ 15 
iv) Largura da Rampa ................................................................................................................ 16 
i) Vantagens............................................................................................................................... 17 
ii) Desvantagens ........................................................................................................................ 17 
Abertura de Vias de Acesso .......................................................................................................... 17 
i) Sistema de Zig-Zag ou Serpentina ......................................................................................... 18 
ii) Sistema de Via Helicoidal Contínua ..................................................................................... 18 
iii) Sistema de Planos Inclinados a Céu Aberto ........................................................................ 19 
iv) Sistema de Suspensão por Cabos ......................................................................................... 20 
2 
 
v) Sistema de Poço Vertical ...................................................................................................... 21 
vi) Sistema de Ádito Inferior ..................................................................................................... 21 
vii) Sistema de Funil ................................................................................................................. 22 
Definições ..................................................................................................................................... 23 
11. A escolha do processo de escavação das trincheiras depende: ............................................... 24 
Trincheiras inclinadas ou principais .......................................................................................... 24 
Trincheiras exteriores ................................................................................................................ 25 
Trincheiras interiores................................................................................................................. 25 
Trincheira horizontal ou de corte .............................................................................................. 26 
11.4 Diferentes esquemas de acesso numa mina a céu aberto .................................................. 26 
A) Trincheiras externas separadas............................................................................................. 27 
B) Trincheiras externas gerais (comuns) ................................................................................... 27 
c) Trincheiras externas agrupadas ............................................................................................. 27 
D)Esquema de acesso por trincheiras interna ........................................................................... 27 
D1.Trincheiras interna separadas .............................................................................................. 27 
Esquema de acesso por trincheira interna comum em forma de beco sem saída. ..................... 28 
Esquema de acesso por trincheira interna comum em espiral ................................................... 29 
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 30 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 31 
 
 
 
 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
O trabalho em causa aborda assuntos inerentes aos esquemas de acesso na mina a céu aberto, 
concretamente o caso das trincheiras. 
O acesso é o ingresso, capacidade ou aptidão para obter algo relativamente dificil, e vias de 
acesso na mina a céu aberto são frequentemente simples aberturas basais favoravelmente 
construídas para facilitar a lavra dos diversos bancos, que verticalmente dividem a jazida. 
Para traçar um esquema planificado do acesso a ser usado em determinada extração, é necessário 
levar em conta aspectos tais como: a topografia da região, o tipo de equipamento de escavação 
(tecnologias) e a morfologia do corpo mineral. 
O presente trabalho apresenta explicitamente acerca dos diversios tipos de vias de acesso, que 
devem ser devidamente planejados pelo planificador de minas, após cuidadosos estudos técnicos 
e tecnológicos, visando projectar as tecnologias que serão posteriormente aplicadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
OBJECTIVOS 
Objetivo Geral 
 O objetivo geral deste trabalho é esquema de acesso ao jazigo na mineração aceu aberto 
(Trincheiras de acesso ao jazigo) 
Objetivos Específicos 
Como objetivos específicos citam-se: 
 Identificar os possíveis esquemas de acesso ao jazigo na mineração subterrânea; 
 Definir critérios para a distinção entre classes de acessos na mina. 
Metodologia 
A metodologia aplicada para realização deste trabalho baseou-se na busca de informação nas 
diferentes fontes tais como: leitura bibliográfica e internet. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Mineração a Céu Aberto 
Um empreendimento de mineração a céu aberto, no geral, funciona de maneira diferente da 
maioria das outras obras de engenharia geotécnica. Neste caso, não há inserção de um elemento 
permanente no maciço, como ocorre na construção de uma barragem, e sim, o desmonte 
contínuo do mesmo. Porém, em ambas as obras, o monitoramento do desempenho dos elementos 
envolvidos, através de instrumentação, é constante (DAMASCENO, 2008). 
O tempo de maturação neste tipo de empreendimento é mais lento, podendo existir grande 
distância temporal entre a descoberta de uma área com ocorrência considerável de minério e o 
início das operações efetivas de lavra. Porém, depois de iniciadas as atividades, estas se 
desenvolvem de maneira relativamentesimples, podendo levar dezenas de anos até o 
esgotamento “técnico” da região, pois nem sempre uma mina é desativada pelo esgotamento 
mineral, e sim, devido a limitações técnicas de lavra do mineral restante, tornando a exploração 
economicamente inviável (DAMASCENO, 2008). Segundo Girodo (2005) no caso das 
mineralizações se apresentarem em domínios profundos, o processo de extração do minério a céu 
aberto torna-se antieconômico, pois para poder ter acesso ao corpo mineralizado seria necessário 
a remoção de uma grande camada de estéril e cobertura vegetal. Neste caso, tendo se tornado 
inviável o processo de exploração por um método a céu aberto, só resta à alternativa de se 
explorar o depósito mineral subterraneamente. 
De acordo com Damasceno (2008) a “vida” de uma exploração mineira a céu aberto é composta 
por um conjunto de atividades que se podem resumir em: pesquisa para localização do minério; 
prospecção para a determinação da extensão e do valor do minério localizado; estimativa dos 
recursos em termos de extensão e teor do depósito; planejamento para avaliação da parte do 
depósito economicamente extraível; estudo de viabilidade para avaliação global do projeto e 
tomada de decisão entre iniciar ou abandonar a exploração do depósito; desenvolvimento de 
acessos ao depósito que vai se explorar; exploração, com vista à extração de minério em grande 
escala; e recuperação da zona afetada de forma a possibilitar uso futuro. As atividades citadas 
acima, que compõem as fases de um empreendimento mineral a céu aberto, serão representadas 
nesta monografia com uma maior riqueza de detalhes em um tópico que trata especialmente 
deste assunto. 
6 
 
Segundo Girodo (2005) a lavra a céu aberto nada mais é do que uma escavação ampla da 
superfície do terreno com o propósito de extrair minerais metálicos e não metálicos, em qualquer 
tipo de rocha. As lavras a céu aberto podem ser desde pequenas raspagens manuais na superfície 
do terreno até gigantescas escavações que alcançam centenas de metros em profundidade, 
podendo ocupar dezenas ou eventualmente até centenas de quilômetros quadrados em superfície. 
De acordo com Redaelli e Cerello (1998) escavações a céu aberto podem envolver pequenos 
serviços executados por homens munidos de pás e picaretas até grandes serviços executados por 
equipamentos de grande porte. Adicionalmente, a capacidade e o poder de escavação dos 
equipamentos vêm crescendo com os anos, reduzindo assim a necessidade de desmonte do 
minério a partir do uso de explosivos, todavia, a prática de desmonte por fogo ainda é 
amplamente utilizada. 
A lavra a céu aberto possibilita ampla flexibilidade na produção, a qual inclui a habilidade de se 
extrair 100% do minério existente dentro do corte; tal extração é feita até o ponto onde a relação 
estéril/minério sobe consideravelmente, tornando-se inviável. Uma das finalidades de um 
empreendimento mineral é o lucro, portanto é lógico chegar à conclusão que uma mina a céu 
aberto deve ir a uma profundidade onde o custo de energia despendida se aproxima, mas jamais 
excede o valor do mineral extraído (GIRODO, 2005). 
Quando se trata de um empreendimento mineral a céu aberto um dos grandes problemas é a falta 
de planejamento ou, em muitos casos, um planejamento inadequado, o que reflete na má escolha 
em relação aos equipamentos utilizados nas operações em geral dentro da mina, gerando desta 
forma, desperdícios, diminuição de produtividade, e consequentemente, custos elevados (SILVA, 
2008). Segundo Girodo (2005) o planejamento da lavra a céu aberto deve proceder 
concomitantemente com o seu estudo de viabilidade técnica-econômica. Quando se estabelece a 
escala de produção para o projeto mineiro definitivo, os estudos de lavra devem ser feitos de 
forma bastante detalhada para evitar possíveis erros futuros. 
Conforme já mencionado anteriormente, não existe um método de lavra que caracterize um 
empreendimento mineral, ou seja, cada método se aplica melhor a uma dada situação. Desta 
forma, conclui-se que a lavra a céu aberto se aplica melhor a certos tipos de situações e em 
outros casos não é viável a sua utilização. Seguindo esta linha de raciocínio, serão apresentadas a 
7 
 
seguir as vantagens e desvantagens da aplicação do método de lavra a céu aberto (GIRODO, 
2005). 
i) Vantagens 
 Os métodos de lavra a céu aberto são flexíveis, possibilitando rápidas mudanças no 
esquema produtivo em tempo muito curto; 
 Os métodos de lavra são mais seguros. Locais com rochas instabilizadas são notados com 
maior facilidade e o problema pode ser prontamente sanado com relativa facilidade. Os 
operadores são também mais facilmente vistos pelos seus superiores. Trabalhando-se 
com grandes equipamentos tem-se um número menor de operários melhor preparados, 
sendo mais fácil de serem administrados; 
 A lavra a céu aberto é mais compatível com operações seletivas. O controle dos teores 
torna-se mais fácil, deixando para trás alguns blocos de minérios mais pobres ou 
removendo-os como material estéril; 
 O custo unitário de uma lavra a céu aberto costuma ser apenas uma fração do custo de 
uma lavra subterrânea, sendo a mesma explorada em profundidades menores; 
 Em uma lavra a céu aberto existe a ausência de problemas envolvendo a ventilação do 
local de trabalho. 
ii) Desvantagens 
 Turbação da superfície do terreno, ou seja, em um empreendimento mineral a céu aberto 
a degradação do meio ambiente é considerável; 
 Em uma lavra a céu aberto existe uma grande emissão de poeira, ruídos e diversas 
vibrações decorrentes das detonações; 
 A lavra a céu aberto tem a necessidade de movimentação de uma grande massa de 
material estéril. 
Os métodos de lavra a céu aberto são representados basicamente por: Lavra por bancadas (“Open 
Pit Mining”), Lavra por Tiras (“Strip Mining”) e Lavra Aluvionar (“Placer Mining”) (SILVA, 
2008). De acordo com Hartman (2002 apud SILVA, 2008) a mineração em superfície (a céu 
aberto) inclui os métodos de escavação mecânica (a lavra por bancadas e a lavra em tiras) e os 
métodos de escavação hidráulicos (lavras aluvionares). 
8 
 
i) Lavra por Bancadas (“Open Pit Mining”) 
De acordo com Silva (2008) na mineração a céu aberto, o método mais utilizado é a lavra por 
bancadas. Este tipo de lavra pode ser definido como um processo de mineração onde depósitos 
de sub-superfície a superfície são escavados em forma de bancos. Geralmente este método é 
utilizado em depósitos minerais regulares, possuindo larga escala em termos de taxa de 
produção, sendo responsável por mais de 60% de toda a produção lavrada por métodos de 
superfície. Por ser este método tão importante, se fez necessário o detalhamento deste em um 
tópico específico que será mostrado adiante. 
 
Figura : Lavra por bancadas da Companhia Vale do Rio Doce, conhecida como mina de 
Brucutu. Fonte: (TIME MAGAZINIE, 2013). 
ii) Lavra em Tiras (“Strip Mining”) 
 Segundo Souza (1994 apud DNPM, 2004) a lavra a céu aberto por tiras é utilizada 
principalmente em jazidas com predominância de camadas horizontais (stratabound), com 
espessuras de minério menores em relação às grandes dimensões laterais. É semelhante à lavra 
por bancadas, deferindo em um aspecto: o capeamento não é transportado para um bota-fora ou 
pilhas de estéril, mas depositado diretamente nas áreas adjacentes já lavradas. Às vezes a mesma 
máquina faz a escavação e o transporte do estéril, em uma operação unitária. 
9 
 
 
Figura : Lavra em tiras localizada em Casper, Estados Unidos. Fonte: (CITIZENS COAL 
COUNCIL, 2013). 
iii) Lavra Aluvionar (“Placer Mining”) 
 Segundo Souza (1994 apud DNPM, 2004) a operação de dragagem de um placer é feita por 
uma draga que pode ser equipada com instalações de tratamento que incluem dispositivos de 
descarte de rejeito. O local para a operação de uma draga pode ser natural ou artificial, de forma 
que, o volume de água necessário depende dotamanho da draga e do porte do depósito 
analisado. 
10 
 
 
Figura : Dragagem do canal do rio Paraguai. Fonte: (AHIPAR – Administração da Hidrovia do 
Paraguai, 2013). 
É importante ressaltar que os métodos de lavra a céu aberto foram aqui descritos de uma forma 
simplória, ou seja, as informações sobre estes tipos de lavra não se esgotam neste trabalho. Cada 
empreendimento de mineração deve aplicar as melhores técnicas para seu planejamento e 
operação, estudando todas as variáveis envolvidas para cada situação específica, através de 
pessoal técnico especializado, tendo em conta as observações de campo e as orientações da 
literatura especializada. 
1.1 Lavra por Bancadas 
 Segundo Souza (1994 apud DNPM, 2004) a lavra por bancadas é aplicada quando a jazida 
possui dimensões verticais e horizontais consideráveis, obrigando a retirada do minério por meio 
de bancadas, bancos ou degraus. O método de lavra em bancadas pode ser tanto em encosta 
(flanco) quanto em cava. A lavra em encosta está acima do nível de escoamento da drenagem, e 
se faz sem acumular água. Já a lavra em cava está abaixo da cota topográfica original, tornando a 
mina um grande reservatório, necessitando-se de bombeamento para o esgotamento da água. A 
variação entre a lavra em cava ou em encosta se dá unicamente pela topografia do local, ou seja, 
a localização do corpo do minério. Para uma melhor compreensão, as figuras exemplificam a 
diferença entre os dois métodos de lavra por bancadas. 
11 
 
 
Figura : Lavra em Encosta. Fonte: (IGM – Instituto Geológico e Mineiro, 1999). 
 
Figura: Lavra em Cava. Fonte: (IGM, 1999). 
Em minas a céu aberto com formação de cavas e ou encostas, os depósitos minerais são 
explorados desde níveis superficiais até certa profundidade, formando assim taludes, conforme o 
minério, juntamente com o material estéril, vão sendo extraídos (DAMASCENO, 2008). De 
acordo com Cavalcanti (2005) o talude de lavra é um elemento de extraordinária importância, 
não só pela influência na segurança dos serviços, mas também por delimitar os limites 
superficiais de uma cava, influenciando na economicidade da lavra e a profundidade 
economicamente atingível da mesma. Segundo Damasceno (2008) para a realização do projeto 
de um talude de mina deve-se atentar principalmente para a geometria das bancadas de 
escavação e dos taludes inter-rampa. A figura 27 mostra uma seção típica de um talude de mina 
com seus parâmetros definidores. 
12 
 
 
Figura: Parâmetros que definem a geometria de uma mina a céu aberto. Fonte: 
(DAMASCENO, 2008). 
 
Onde, 
hB - Altura da bancada; 
𝑏 - Largura da bancada; 
𝛼B - Ângulo da face da bancada (Ângulo do Talude); 
𝛼R - Ângulo de inter-rampa; 
𝛼0 - Ângulo global da cava/encosta; 
hR - Altura máxima da inter-rampa; 
𝑟 - Largura da rampa; 
h0 - Altura máxima global da cava/encosta. 
 
Dos parâmetros geotécnicos citados anteriormente a altura da bancada, a largura da bancada, o 
ângulo do talude e a largura da rampa necessitam de uma abordagem singular, devido à 
importância de cada um na configuração de um talude. Os outros parâmetros, de certa forma, 
estão correlacionados a estes, ou seja, o valor resultante dos outros parâmetros são consequência 
da escolha destes. 
13 
 
É importante ser ressaltado que cada mina possui suas características próprias, e nenhum valor 
que aqui será apresentado é meramente inserido em um projeto de mineração. Todos os 
parâmetros geotécnicos de uma mina devem ser calculados de forma a atender as características 
do material a ser explorado. Por fugir ao objetivo deste trabalho, não serão mostrados todos os 
fatores intervenientes de cada parâmetro geométrico do talude de uma mina, pois seria inviável a 
apresentação destes por ser vasta a temática em questão. Desta forma, serão apresentadas a 
seguir as características e definições dos parâmetros mencionados anteriormente, juntamente 
com alguns valores expostos pelas literaturas que servem de base para o inicio de um projeto. 
i) Altura da Bancada 
Parâmetro de grande importância na segurança e economicidade das operações. Deve ser tal que 
qualquer perturbação do equilíbrio dos níveis tenha efeitos apenas locais, além de adequado 
ajuste entre a escala de produção desejada e os equipamentos de lavra disponíveis (DNPM, 
2004). A altura das bancadas é determinada, geralmente em função do tamanho do equipamento 
de escavação e carregamento, das características do maciço, das exigências de seletividade e do 
resultado do desmonte (TORRES, 2013). Segundo Torres (2013) as vantagens das bancadas 
baixas são: possibilitar melhores condições de segurança, melhores condições para o tratamento 
dos taludes finais e menores vibrações. Já as bancadas altas possuem as seguintes vantagens: 
maior rendimento na perfuração, melhor rendimento dos equipamentos de carga e menor 
quantidade de bancadas. 
De acordo com Girodo (2005) a altura das bancadas nas principais operações minerais do 
Quadrilátero Ferrífero é da ordem dos 13, 10 e 7 metros, para as minas de grande, médio e 
pequeno porte, respectivamente. Segundo Germani (2002) a altura das bancadas jamais devem 
exceder os 15 m. Já o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2009) 
recomenda que a altura dos taludes em corte não ultrapasse os 8m. Este valor apresentado pelo 
DNIT possui uma maior rigorosidade envolvida, por ser este órgão mais criterioso quanto à 
segurança da estrutura. Para fins de um dimensionamento primário, este valor pode ser 
considerado como válido, ficando sobre a responsabilidade do projetista a otimização posterior 
do projeto, com valores mais adequados ao empreendimento mineiro. 
 
14 
 
ii) Largura da Bancada 
A bancada é feita para a divisão do talude geral, quebrando sua continuidade, com dimensões e 
posicionamento em níveis adequados, também servindo de acesso aos diferentes níveis. A 
largura da bancada é dimensionada de maneira tal que permita o acesso de equipamentos 
destinados à remoção dos materiais desmontados, mas evitando que os materiais desmontados 
atinjam níveis inferiores (DNPM, 2004). Segundo Girodo (2005) as bancadas são normalmente 
dimensionadas para reter algum material desgarrado das paredes superiores, evitando assim o seu 
deslocamento até as partes inferiores da mina. De acordo com Torres (2013) a largura das 
bancadas estão diretamente ligadas à altura das mesmas. 
Equação 
b = 4,5m + 0,3.hb 
Onde: 
 b - Largura da Bancada; 
 hb - Altura da bancada adotada. 
Segundo o DNIT (2009) a largura do patamar de um corte deve possuir no mínimo 4 m de 
comprimento, visando à segurança do empreendimento e do operador que executa o corte. 
É importante que seja feito uma pequena observação sobre a questão da definição de bancada e 
praça da mina. De acordo com DNPM (2004) a praça da mina é compreendida como a maior 
área de manobras dos equipamentos ou a área de cota inferior e que dá acesso a todas as frentes 
da mina. Em uma mesma mina pode haver mais de uma praça, localizadas em cotas diferentes. 
Portanto, é errado relacionar a praça da mina com a bancada da mesma, uma vez que são 
parâmetros totalmente diferenciados. A figura mostra a diferença entre praça de serviço e 
bancada de talude. 
15 
 
 
Figura: Diferenciação entre praça e bancada de mina. 
iii) Ângulo da Face da Bancada (Ângulo do Talude) 
 Por princípio, um ângulo de talude deve ser tal que permita a continuidade das operações que se 
realizam em seu nível ou em níveis inferiores e superiores. Ou, em outras palavras, um talude 
deve permanecer estável enquanto durarem as operações de lavra e após seu fechamento 
(DNPM, 2004). Segundo Girodo (2005) o volume de estéril produzido é significativamente 
afetado pelo ângulo de talude de escavação e assim deve ser levada a cabo uma cuidadosa 
avaliação dos parâmetros geotécnicos envolvidos. De acordo com Marangon (2010) os padrões 
usuais indicamas inclinações associadas aos gabaritos estabelecidos nos triângulos retângulos 
mostrados na figura. 
 
Figura: Padrões de inclinação para taludes. Fonte: (MARANGON, 2010). 
16 
 
Estes gabaritos são frequentemente usados na prática da Engenharia, porém, para um estudo 
mais detalhado de um empreendimento mineral, os taludes não obtêm a sua estabilidade com 
estas inclinações, sendo necessária a realização de uma análise de estabilidade mais aprofundada 
(MARANGON, 2010). De acordo com Girodo (2005) os ângulos de talude das principais 
minerações a céu aberto no Quadrilátero Ferrífero são variáveis e costumam estar por volta dos 
50 a 60 graus. A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, afirma na NBR 9061 
(1985) que as escavações devem ser executadas com paredes em taludes cujo ângulo horizontal 
não deve exceder os seus valores máximos. 
 45º - No caso de solos não coesivos ou coesivos médios; 
 60º - No caso de solos coesivos resistentes; 
 80º - No caso de rocha. 
iv) Largura da Rampa 
 As rampas (vias) são os caminhos pelos que se realizam a operação de transporte e serviços 
dentro da lavra. Podem também ser projetadas rampas para acesso de máquinas que efetuam o 
arranque e operações auxiliares. Para uma ótima operação de transporte é necessário que se 
avalie alguns fatores, sendo eles: a firmeza da via, a inclinação, a largura da via, a curvatura, a 
visibilidade e a convexidade (TORRES, 2013). De acordo com o DNPM (2013 a) a largura 
mínima das vias de trânsito deve ser duas vezes maior que a largura do maior veículo, no caso de 
pista simples, e três vezes maior, para pistas duplas. As rampas devem ter uma inclinação no 
máximo de 20% e normalmente próximo a 12% (TORRES, 2013). 
Segundo Torres (2013) a largura da via pode ser obtida levando-se em consideração a largura do 
maior veículo que trafega na via. 
Equação 
Lv = Lc .(0,5+1,5 .n) 
Onde, 
Lv - Largura da via; 
Lc - Largura do maior veículo de transporte utilizado; 
17 
 
n - Número de vias de uma mina. 
Assim como qualquer método de lavra, a lavra por bancadas possui vantagens e desvantagens, 
sendo estas apresentadas a seguir (SILVA, 2008). 
i) Vantagens 
 Drenagem natural e transporte descendente quando em encosta; 
 Alta produtividade devido à grande mecanização e pouca mão de obra; 
 Baixo custo operacional; 
 Período em geral curto para o início das operações; 
 Permite boa estabilidade dos taludes; 
 Relativamente flexível; 
 Segurança e higiene satisfatória. 
ii) Desvantagens 
 Limite de profundidade em cerca de 300 m, devido a limites tecnológicos e dos 
equipamentos; 
 Grande investimento de capital; 
 Sujeito a condições climáticas diversas; 
 Degradação massiva do meio ambiente; 
 Requer depósitos e equipamentos grandes. 
 
Abertura de Vias de Acesso 
As vias de acesso são desenvolvimentos básicos que permitem atingir a jazida em um ou vários 
horizontes, possibilitando o escoamento das substâncias desmontadas. Quando da sua escolha e 
locação devem ser levadas em conta, entre outras condições, a topografia local, a morfologia da 
jazida, o tipo de lavra, os custos operacionais e a produção desejada (SENAI, 2013). 
Em lavras a céu aberto, as vias de acesso são, comumente, simples estradas principais, 
convenientemente construídas para possibilitar a lavra dos diversos bancos, que verticalmente 
dividem a jazida (SENAI, 2013). 
18 
 
O traçado destes acessos requer conhecimento bem detalhado da jazida, dependendo 
fundamentalmente da topografia e dos equipamentos utilizados no transporte, que serão 
condicionadores das larguras, greides, raios de curvatura e inclinação de rampa (SENAI, 2013). 
 Em certos casos especiais, outros acessos que não são estradas, podem ser utilizados, sendo 
estes representados pelos túneis, planos inclinados, poços verticais e, até mesmo, simples furos 
de sondagem (SENAI, 2013). 
Segundo o SENAI, 2013 existem diferentes tipos de acesso em lavra a céu aberto. 
i) Sistema de Zig-Zag ou Serpentina 
A estrada de acesso se desenvolve por vários lances, com declividade compatível com o tipo de 
transporte. Os diversos lances são concordados por curvas de grande ou pequeno raio, 
plataformas horizontais ou plataforma de reversão de marcha. Apresentam a vantagem de 
imobilizarem pequena área horizontal, com a desvantagem de uma baixa velocidade de 
transporte. A figura 67 exemplifica o sistema de vias na forma de serpentina empregado na 
mineração a céu aberto. 
 
Figura 1: Mina de Carajás possuindo vias em forma de serpentina. Fonte: (EBC, 2013). 
ii) Sistema de Via Helicoidal Contínua 
Usado para jazidas de grande área horizontal, em cavas profundas, este sistema se constitui em 
uma via contínua, em hélice, apresentando lances planos e outros em declividade. O acesso é 
executado à medida que vão sendo extraídas as fatias horizontais, compreendidas no núcleo da 
19 
 
hélice. A figura 2 exemplifica o sistema de vias na forma de helicoidal empregado na mineração 
a céu aberto. 
 
Figura 2: Mina de Mirny na Rússia, possuindo vias em forma helicoidal. Fonte: 
(HYPESCIENCE, 2013). 
iii) Sistema de Planos Inclinados a Céu Aberto 
Sistema aplicável a jazidas de pequena área horizontal, em cavas profundas. A inclinação dos 
planos vai desde valores compatíveis com o uso de correias transportadoras até cerca de 80°, 
para uso de skips que trafeguem sobre trilhos. O minério dos bancos é descarregado em chutes 
que alimentam os skips e estes, por sua vez, basculam em chutes fora da cava, que alimentaram 
trens ou caminhões. A figura 69 exemplifica o sistema de planos inclinados. 
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Figura 3: Sistema de planos inclinados. Fonte: (MINNET, 2013). 
iv) Sistema de Suspensão por Cabos 
Aplicável a cavas profundas e de pequena área horizontal. O minério é carregado em caçambas 
içáveis e despejado em chutes superficiais, para posterior transporte. Os cabos de suspensão 
estendem-se sobre a cava, suspensos por uma ou várias torres especiais. A figura 70 exemplifica 
o sistema de suspensão por cabos. 
 
Figura 4: Sistema de suspensão por cabos. Fonte: (MINNET, 2013). 
21 
 
v) Sistema de Poço Vertical 
Um ou mais poços verticais, próximos da cava, são ligados aos bancos por travessas dotadas de 
chutes, para carregamento de skips que farão o transporte vertical, descarregando em silos na 
superfície. O sistema tem produção diária limitada, mesmo que o transporte horizontal, até os 
chutes do poço, se faça por pás-carregadeiras. A figura 5 exemplifica o sistema de poço vertical. 
 
Figura 5: Sistema de poço vertical. Fonte: (MINNET, 2013). 
vi) Sistema de Ádito Inferior 
Utilizados para minas lavradas em flanco ou, em casos que a topografia permite, para lavra em 
cava. Consiste de um ádito sob o minério, associado a uma caída de minério que se liga aos 
vários bancos por travessas. Do ádito o minério é transportado para chutes externos, por veículos 
compatíveis com as dimensões de sua seção. A figura 6 exemplifica o sistema de ádito inferior. 
22 
 
 
Figura 6: Sistema de ádito inferior. Fonte: (MINNET, 2013). 
vii) Sistema de Funil 
Consta de um poço inclinado ou vertical, na encaixante, conectado ao corpo do minério por uma 
travessa da qual partem subidas até atingir a superfície. O minério é desmontado no fundo da 
cava em cones concêntricos com as subidas, comumente verticais, sendo dispensado o uso de 
bancos. Por estas subidas o minério atinge a travessa, indo ter ao poço, donde é içado para a 
superfície. A figura 7 exemplifica o sistema de funil. 
 
Figura 7: Sistema de funil. Fonte: (MINNET, 2013). 
23 
 
Definições 
Ângulo de Talude - Por princípio, um ângulo de talude deve ser tal que permita a continuidade 
das operações que se realizam em seu nível ou em níveis inferiores e superiores. Ou, em outras 
palavras, um talude deve permanecer estável enquanto durarem as operações de lavra e após seufechamento. 
Berma - A berma é feita para a divisão do talude geral, quebrando sua continuidade, com 
dimensões e posicionamento em níveis adequados, também servindo de acesso aos diferentes 
níveis. 
Praça - A praça da mina é a maior área de manobras dos equipamentos ou a área de cota inferior 
e que dá acesso a todas as frentes da mina. Em uma mesma mina pode haver mais de uma praça, 
localizadas em cotas diferentes. 
Bancada - Porção da rocha formada por duas bermas consecutivas, tendo um ângulo de talude 
próprio e onde é possível realizar o desmonte da rocha. 
Ângulo geral de talude (a) - É definido como o ângulo que uma reta que passa pelas cristas dos 
bancos faz com a horizontal. Este ângulo é calculado com base na mecânica das rochas, e o seu 
cálculo foge aos objetivos aqui propostos. 
Ângulo de talude entre bermas, ou bancos de lavra (b) - É definido como o ângulo que a face 
do banco faz com a horizontal. O seu valor é definido em função do equipamento de escavação e 
do material a ser escavado, e deve ser de tal grandeza que a face do banco permaneça estável por 
um período no mínimo igual ao período de operações naquele banco. 
Ângulo da berma (g) - É definido como o ângulo que o piso da berma faz com a horizontal. O 
seu valor deve ser tal que permita o escoamento das águas de chuva e subterrâneas para a 
canaleta “C”, sem provocar erosão do piso da berma. 
Canaleta (C) - É posicionada longitudinalmente ao pé de cada banco, destinada a coletar as 
águas acima referidas e conduzí-las para fora da área de lavra. Estas canaletas devem ser 
posicionadas em uma distância adequada dos pés dos bancos de tal maneira que não sejam 
obstruídas por um eventual desmoronamento da face do banco superior. 
24 
 
Largura da berma (L) - É dimensionada de maneira tal que permita o acesso de equipamentos 
destinados à remoção dos materiais desmontados, mas evitando que os materiais desmontados 
atinjam níveis inferiores. 
Altura da bancada (H) - Parâmetro de grande importância na segurança e economicidade das 
operações. Deve ser tal que qualquer perturbação do equilíbrio dos níveis tenha efeitos apenas 
locais, além de adequado ajuste entre a escala de produção desejada e os equipamentos de lavra 
disponíveis. 
Ângulo de caída das canaletas (d) - É dimensionado de tal forma que as águas coletadas nos 
pisos das bermas possam ser conduzidas para fora da área da mina sem erodir o fundo das 
canaletas. 
Trincheira: é uma obra de secção trapezoidal limitada lateralmente pelas suas paredes inclinadas 
e seu fundo na parte inferior. 
11. A escolha do processo de escavação das trincheiras depende: 
 Das dimensões da secção transversal; 
 Do relevo da zona; 
 Da possibilidade de colocar os desaterros retirados durante a escavação das trincheiras; 
 Dos tipos e das características dos escavadores usados. 
 
Segundo a posição no fundo distinguem-se: 
 
 As trincheiras Inclinadas (Trincheiras de acesso ou trincheiras principais); 
 As trincheiras horizontais ou trincheiras de corte (Talho) para a exploração. 
Trincheiras inclinadas ou principais 
Estas trincheiras são obras de secção trapezoidal e têm um perfil longitudinal e transversal 
particular. 
25 
 
Elas permitem o acesso ao jazigo, a obtenção das frentes iniciais de trabalho e asseguram o 
transporte dos produtos. Elas são conservadas por muito tempo ou durante toda a vida da 
exploração e podem ser seja fora ou dentro do campo da mina. 
Quando estiverem destinadas ao transporte com engenhos a rodas, chama-se de Trincheiras de 
acesso. 
As suas rampas médias são geralmente inferiores 10%. 
Quando estiver destinada a instalação dos elementos (Skip) sua rampa é forte, e chama-se 
trincheira em rampa forte ou rígida. 
Trincheiras exteriores 
Elas têm um volume muito superior que as trincheiras interiores. É por isso que são usadas pela 
abertura do campo de exploração menos fundo. Estão escavadas a partir da superfície do solo 
fora do campo da carreira até ao seu limite no nível da plataforma (terraço) de trabalho. 
 
 
Trincheiras interiores 
São usadas pela abertura dos campos de exploração mais funda. 
Elas estão escavadas seguindo o limite da carreira a partir da superfície do solo ou a partir do 
horizonte a qual elas dão acesso. 
Elas são geralmente dispostas (realizadas) nas bordas não exploradas da carreira. 
Quando o transporte dos produtos fragmentados se realiza com os transportadores a banda 
(comboeiras a banda) ou com o skip, escavam-se nas bordas inexploradas da carreira, as 
26 
 
trincheiras interiores com uma inclinação correspondente à rampa máxima dos meios de 
transporte usados. 
Estas trincheiras são escavadas ortogonalmente (perpendicularmente) ao talude ou em diagonal. 
Trincheira horizontal ou de corte 
Quando se inicia a exploração da bancada, uma ou as duas paredes das trincheiras de acesso são 
abatidas (fragmentadas) e estas trincheiras de acesso viram para ser as trincheiras horizontais de 
corte. 
1 – Trincheira de corte 
2 – Trincheira de acesso 
3 – Limite de campo de mina 
4 – Direção de deslocação da frente de desmonte 
As trincheiras de corte preparam o campo mineiro à exploração. Suas escavações são feitas a 
partir do limite do campo mineiro. Depois da realização das trincheiras de corte, usa-se vários 
engenhos mineiros (sondador ou pesquisador, escavador, camião basculante, …) pelo meio dos 
quais realiza-se a extensão do trabalho. 
O conjunto das trincheiras principais e das trincheiras de corte permitem finalmente assegurar a 
descobertura (abertura) e a exploração do Jazigo. 
11.4 Diferentes esquemas de acesso numa mina a céu aberto 
Os esquemas de acesso numa mina a céu aberto podem ser classificados em 4 grupos: 
1. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais separadas, quer dizer cada bancada é 
(descoberta) aberto por uma trincheira independente. 
2. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais comuns (gerais), quer dizer todas as 
bancadas é aberto por único sistema de trincheiras dependentes 
3. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais agrupadas, quer dizer que um grupo de 
bancadas sucessivas são abertas por meio de trincheiras dependentes ou vários grupos de 
bancadas são abertos de modo independente. 
4. Acesso ao jazigo por meio de trincheiras principais acopladas, quer dizer o primeiro, segundo 
e terceiro processos com o uso das duas trincheiras pela abertura de cada bancada ou de várias 
bancadas ou de todas as bancadas da carreira. 
27 
 
A) Trincheiras externas separadas 
Este esquema é usado no caso da exploração dos jazigos ligados, sob horizontais ou horizontais, 
situados a uma pequena profundidade (20 a 30m), quer dizer um esquema dando acesso a duas 
bancadas cuja altura não ultrapassa 15m. 
O transporte do minério e do estéril faz-se com diferentes trajectórias. Os domínios de aplicação 
são reduzidos. 
B) Trincheiras externas gerais (comuns) 
Estas trincheiras permitem aceder a todas as bancadas de modo dependente. Neste caso, os 
trabalhos mineiros diminuem em relação ao esquema precedente. 
Isto permite o aumento de número de bancadas em exploração sem investimentos suplementares. 
O domínio de aplicação é geralmente o mesmo que no primeiro caso mas com uma profundidade 
um pouco mais grande (40 à 50m). 
c) Trincheiras externas agrupadas 
Este esquema é usado na exploração dos jazigos horizontais ou de fraca inclinação cuja 
profundidade pode atingir 60 a 80m 
D)Esquema de acesso por trincheiras interna 
As trincheiras principais internas são geralmente situadas nas bordas inexploradas da carreira 
para permitir uma circulação fácil dos meios de transporte. As vezes, estão colocadas nas bordas 
exploradas (bordas de trabalho). 
Neste caso, as vias feitas devem periodicamente ser deslocadas por mais que se deslocam as 
bordas. Isto implica um aumento dos custos de exploração e apresenta certas dificuldades tantono regime de circulação das unidades de transporte como para o trabalho de escavação. 
D1.Trincheiras interna separadas 
Cada bancada é acedida por uma trincheira independente, isto facilita a organização dos 
trabalhos de mina e o uso racional dos vários meios de transporte (locomotiva, camiões, bandas 
transportadoras). Em contra parte, os investimentos dos principais trabalhos são importantes. 
O esquema aplica-se aos jazigos potentes, de rampa maior que 25º, cuja profundidade não 
ultrapassa 100m. 
NOTA: 
28 
 
O ângulo <25⁰ : Jazigos horizontais 
O ângulo 25⁰ <X <45⁰: Jazigos semi-levantados (oblíquos) 
O ângulo> 45⁰: Jazigos levantados (inclinado 
D2.Trincheiras interna comuns 
Existe 4 Esquemas de acesso: 
D2.1. Esquema por trincheira interna comum directa 
A trincheira interna comum encontra-se nas bordas inexploradas da carreira. 
Neste caso, uma única trincheira inclinada permite aceder a todas as bancadas da carreira. Este 
esquema aplica-se aos jazigos levantados ou semi levantados cuja profundidade não ultrapassa 
100m mas com investimentos um pouco mais fracos do que no caso das trincheiras internas 
separadas. Em contra parte, o jazigo deve ser mais extenso que o antecedente. Usa-se também 
este esquema quando a rampa do jazigo não ultrapassar 30º e que os meios de transporte usados 
são os camiões e os engenhos derivados dos camiões (reboques). 
 
Esquema por trincheira inclinada comum com uma plataforma. 
É um esquema de acesso por meio de trincheira inclinada comum que tem uma plataforma 
circular no ponto de mudança de direcção dentro da carreira. Esta plataforma artificial é 
destinada às manobras dos meios de transporte usados. 
No feito, no caso de jazigos de rampa superior a 30º, existe uma versão especial da trincheira 
principal de acesso para o transporte com camiões. 
Esta trincheira principal comporta duas vias inclinadas com mudança de direcção principal de 
transporte numa plataforma circular. 
Este esquema é bastante simples pois o aumento da profundidade da carreira se realiza sem 
reconstrução custosa das trincheiras principais. 
A Desvantagem maior é o aumento considerável das despesas destinadas à constituição da 
plataforma artificial. 
Esquema de acesso por trincheira interna comum em forma de beco sem saída. 
É uma trincheira com muitos troços inclinados e horizontais alternados sucessivamente e que 
estão colocados no interior do campo de mina. 
29 
 
O aprofundamento deste tipo de trincheira é acompanhado de mudança da sua direção para cada 
troço inclinado. 
A trincheira é situada na borda inexplorada da carreira e usa-se este esquema pelos jazigos semi-
levantados e levantados de grande potencia e de qualquer profundidade. 
Esquema de acesso por trincheira interna comum em espiral 
Cada vez que se ataca uma nova bancada, a trincheira principal deve ser prolongada com uma 
rampa que desce e que é suficiente para a circulação fácil dos meios de transportes adaptados. O 
desenvolvimento (progressão) dos trabalhos de exploração efectua-se em forma de leque 
(ventarola) incomodando também a extracção simultânea de muitas bancadas. 
Assim para descobrir uma nova bancada mais abaixo, deve-se extrair quase completamente a 
bancada anterior. Em prática, este esquema aplica-se aos jazigos semi levantados e levantados 
duma grande profundidade na condição tal que a configuração do jazigo em plano seja mais ou 
menos redonda enquanto a superfície horizontal seja vasta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
CONCLUSÃO 
Terminado o trabalho, os autores concluiram que: 
O acesso é o ingresso, capacidade ou aptidão para obter algo relativamente dificil, e vias de 
acesso na mina a céu aberto são frequentemente simples aberturas basais favoravelmente 
construídas para facilitar a lavra dos diversos bancos, que verticalmente dividem a jazida. 
os acessos em minas, são construídos tendo em conta as écnicas usadas na extração. 
Trincheira, sendo um dos tipos de acesso na mina, é uma obra de secção trapezoidal limitada 
lateralmente pelas suas paredes inclinadas e seu fundo na parte inferior. A largura da bancada é 
dimensionada de maneira tal que permita o acesso de equipamentos destinados à remoção dos 
materiais desmontados, mas evitando que os materiais desmontados atinjam níveis inferiores 
(DNPM, 2004). Segundo Girodo (2005) as bancadas são normalmente dimensionadas para reter 
algum material desgarrado das paredes superiores, evitando assim o seu deslocamento até as 
partes inferiores da mina. O objectivo de se criar um acesso na mina, é justamente a extração do 
corpo de minério. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
SÁNCHEZ, M. G. P. Lavra de Minas I: Desenvolvimento. Goiás: Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia de Goiás - CEFETGO, 2012. Notas de Aula. SCHUMANN, W. Guia dos 
Minerais. Barueri, São Paulo: DISAL, 2008. 127 p. 
SENAI (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL). Noções de 
Desenvolvimento e Lavra de Minas (2012). Versão Online disponível em FIEMG: 
ftp://ftp2.fiemg.com.br/CFP_Afonso_Greco/Apostilas/Operador de Mina/. Acesso em 01 de 
Agosto de 2013. 68 p. 
SILVA, A. M. P. Sustentabilidade Operacional no contexto da indústria Mineral: Caso da Lavra 
de Caulim no Município de Cabo do Santo Agostinho. Recife, 2008. 70 p.

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