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SIMULADO BERNOULLI , PROVA DE HUMANAS E LINGUAGENS

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PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a 
Proposta de Redação, dispostas da seguinte maneira:
a. as questões de número 01 a 45 são relativas à área de Linguagens, 
Códigos e suas Tecnologias;
b. Proposta de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de Ciências 
Humanas e suas Tecnologias.
2 Confira se o seu CADERNO DE QUESTÕES contém a quantidade de questões 
e se essas questões estão na ordem mencionada na instrução anterior. Caso o 
caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3 Escreva e assine seu nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta esferográfica de tinta preta.
4 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA, pois ele não poderá 
ser substituído.
5 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções identificadas 
com as letras , , , e . Apenas uma responde corretamente 
à questão.
6 Marque no CARTÃO-RESPOSTA a opção de língua estrangeira.
7 Use o código presente nesta capa para preencher o campo correspondente no 
CARTÃO-RESPOSTA.
8 Com seu RA (Registro Acadêmico), preencha o campo correspondente ao 
código do aluno. Se o seu RA não apresentar 7 dígitos, preencha os primeiros 
espaços e deixe os demais em branco.
9 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço destinado à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula a questão, mesmo 
que uma das respostas esteja correta.
10 O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
11 Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. 
Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não 
serão considerados na avaliação.
12 Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
13 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este 
CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA / FOLHA DE REDAÇÃO.
14 Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do 
início da aplicação e poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em 
definitivo a sala de provas nos últimos 30 minutos que antecedem o término 
das provas.
15 Você será excluído do Exame, a qualquer tempo, no caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou inexata;
b. agir com incorreção ou descortesia para com qualquer participante 
ou pessoa envolvida no processo de aplicação das provas;
c. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de aplicação das 
provas, incorrendo em comportamento indevido durante a realização 
do Exame;
d. se comunicar, durante as provas, com outro participante verbalmente, 
por escrito ou por qualquer outra forma;
e. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de comunicação 
durante a realização do Exame;
f. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício próprio ou 
de terceiros, em qualquer etapa do Exame;
g. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização do Exame;
h. se ausentar da sala de provas levando consigo o CADERNO DE 
QUESTÕES antes do prazo estabelecido e / ou o CARTÃO-RESPOSTA 
a qualquer tempo.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
*de acordo com o horário de Brasília
2020
Simulado 5 – Prova I
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
“It was an arranged engagement,” Rehana said all at 
once. “I was nine years old when my parents fixed it. Mustafa 
Dar was already thirty at that time, but my father wanted 
someone who could look after me as he had done himself 
and Mustafa was a man known to Daddyji as a solid type. 
Then my parents died and Mustafa Dar went to England and 
said he would send for me. That was many years ago. I have 
his photo, but he is like a stranger to me. Even his voice, 
I do not recognise it on the phone.”
The confession took Muhammad Ali by surprise, but 
he nodded with what he hoped looked like wisdom.
“Still and after all,” he said, “one’s parents act in one’s 
best interests. They found you a good and honest man 
who has kept his word and sent for you. And now you have 
a lifetime to get to know him, and to love.”
He was puzzled, now, by the bitterness that had infected 
her smile.
RUSHDIE, S. Good advice is rarer than rubies. 
In: East, West: Stories. Vintage, 1995. [Fragmento]
Salman Rushdie é um escritor britânico de origem indiana. 
No excerto do conto “Good advice is rarer than rubies”, 
revelam-se aspectos socioculturais do povo representado 
no texto, tais como
A. 	 a submissão voluntária da mulher ao homem.
B. 	 a prática de relacionamentos a distância.
C. 	 a relação conturbada entre pais e filhas.
D. 	 o paternalismo tipicamente masculino.
E. 	 o abandono da família pelo homem.
QUESTÃO 02 
A revolution in Chile sparked by US-style economics
The biggest fires are always started by the tiniest spark. 
That was literally true in 2011 when an unknown street 
vendor in Tunisia set himself on fire to protest corruption and 
government harassment, and triggered the Arab Spring, a 
series of uprisings that roiled an entire region and inspired 
movements like Spain’s Indignados and Occupy Wall Street.
In 2019, the most dramatic revolution is taking place 
in the shadows of the towering mountains of Chile, where 
as many as a million people flood the streets of capital city 
Santiago by day, and harrowing street battles have erupted 
at night. What set off this political conflagration? A subway 
fare hike that – converted to US money – amounts to less 
than 5 cents.
5N0W
CALIBRADA_ING 
3AJW
060SE05ING2019I
But to massive numbers of Chileans, those extra pesos 
were literally the last straw. The fare hike touched off much 
deeper anxieties about income inequality in a nation often 
held up as an economic success story because of its rapidly 
rising gross domestic product (GDP), yet [it] has seen much of 
that wealth flow to a narrow sliver at the top. That’s in addition 
to fewer opportunities for Chile’s browner-skinned indigenous 
and mixed-race people, often packed into outskirts barrios.
Disponível em: <www.inquirer.com>. Acesso em: 6 maio 2020. 
[Fragmento]
No texto, os protestos no Chile são comparados a diversos 
outros movimentos ocorridos ao redor do mundo. Essas 
reações populares tiveram em comum o fato de terem sido 
desencadeadas por
A. 	 revoltas contra o domínio econômico estadunidense.
B. 	 conflitos étnico-raciais nos subúrbios das cidades.
C. 	 motivos inicialmente percebidos como irrelevantes.
D. 	 aumentos nos preços das tarifas do transporte público.
E. 	 políticas econômicas inspiradas no estilo norte- 
-americano.
QUESTÃO 03 
If music gives you goosebumps, 
your brain might be special
Matthew Sachs, a former undergraduate at Harvard, 
last year studied individuals who get chills from music to 
see how this feeling was triggered. The research examined 
20 students, 10 of which admitted to experiencing the 
aforementioned feelings in relation to music and 10 that 
didn’t and took brain scans of them all. He discovered that 
those that had managed to make the emotional and physical 
attachment to music actually have different brain structures 
than those that don’t.
The research showed that they tended to have a denser 
volume of fibres that connect their auditory cortex and areas 
that process emotions, meaning the two can communicate 
better. Sachs’s findings have been published on Oxford 
Academic but he is quoted by Neuroscience as saying: “The 
idea being that more fibers and increased efficiency between 
two regions means that you have more efficient processing 
between them.” This means if you do get chills from music you 
are more likely to have stronger and more intense emotions. 
Disponível em: <www.indy100.com>. Acesso em: 6 maio 2020. 
[Fragmento]
Depois de analisar examesde imagem cerebral, o 
pesquisador Matthew Sachs concluiu que aqueles que se 
relacionam de maneira física e emotiva com a música
A. 	 têm uma conexão mais eficaz entre o córtex auditivo e 
as áreas que processam emoções.
B. 	 possuem uma estrutura cerebral semelhante à das 
pessoas que não se emocionam.
C. 	 tendem a demonstrar reações racionais e menos 
intensas que as demais pessoas.
D. 	 demonstram menor eficácia na análise de problemas 
de maior complexidade.
E. 	 apresentam uma capacidade reduzida de relacionamento 
interpessoal.
C3ØJ
060SE04ING2019I
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 04 
Spread the progress on children’s rights to all
Today is World Children’s Day, marking 30 years since the adoption of the United Nations Convention on the Rights of 
the Child.
In many ways, the lives of children around the world have improved. Globally, children are twice as likely to make it to their 
fifth birthday compared to 30 years ago. Child labor rates have dropped by a third, while school enrollment has increased by 
more than 110 million. Rates of child marriage and female genital mutilation have declined. Levels of extreme poverty have 
dropped dramatically, leaving many children better off.
But far too many children have missed out on this progress. There are 262 million children and youth who remain out of 
school, and 152 million who are exploited in child labor. Three of every four children experience physical punishment in the 
home. Every year, an estimated 12 million girls marry before age 18, and at least 1.5 million children are deprived of liberty in 
prisons, detention centers, and institutions. In short, there’s still a lot to do.
Disponível em: <https://www.hrw.org>. Acesso em: 6 maio 2020. [Fragmento]
O texto apresenta uma série de conquistas em relação aos direitos das crianças. No entanto, alerta para o fato de que ainda 
é preciso
A. 	 combater o trabalho infantil, que prejudica a vida de centenas de milhões de crianças.
B. 	 garantir a segurança de 1,5 milhão de crianças que dependem de casas de caridade.
C. 	 conscientizar familiares sobre a violência doméstica sofrida por 25% das crianças.
D. 	 extinguir o casamento infantil, que afeta a vida de 18 milhões de meninas.
E. 	 dobrar o número de vagas nas escolas para evitar a evasão de jovens.
QUESTÃO 05 
Disponível em: <www.glasbergen.com>. Acesso em: 8 maio 2020.
O cartum estabelece uma associação entre previsão do tempo e situações relacionadas ao trabalho, entre elas,
A. 	 oportunidades raras de distração.
B. 	 ocasiões de poucas críticas.
C. 	 dificuldades de deslocamento.
D. 	 sessões de debates acalorados.
E. 	 momentos de frustrações variadas.
HWDT
060SE05ING2019I
RQUG
060SE03ING2019II 
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Disponível em: <http://cuentospolares.blogspot.com>. Acesso em: 10 mar. 2020.
Guille pede ao pai que o auxilie a escrever uma carta aos reis magos. No último quadrinho, ele solicita ao pai que rasure a 
palavra “queridos”. Isso ocorre porque o menino
A. 	 quer ser mais formal.
B. 	 deseja usar outra palavra.
C. 	 acredita que os reis magos se irritarão.
D. 	 se chateou com os reis magos. 
E. 	 supõe que o pai errou a grafia da palavra.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <http://www.bphc.org>. Acesso em: 10 jun. 2018.
O gênero campanha busca convencer seu público-alvo de que determinada informação ou ação é importante. A campanha 
anterior tem como objetivo
A. 	 orientar sobre o uso correto do sal no cozimento dos alimentos. 
B. 	 alertar sobre o perigo de derrames cerebrais causados pelo uso de sal.
C. 	 promover um site que orienta como preparar alimentos sem o uso de sal. 
D. 	 informar sobre a importância da substituição do sal por temperos naturais.
E. 	 apontar o uso excessivo de sal como causa de doenças cardiovasculares. 
JUØB
BAN_062SE06ESP2016III
SNHY
061SE08ESP2018V
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 03 
La historia del alfajor 
Relleno con dulce de leche, cubierto con merengue, de 
chocolate, con frutas, de maicena… En cualquiera de sus 
versiones, este manjar siempre deleita a personas de todas 
las edades y nacionalidades. El alfajor está considerado por 
los fanáticos de lo dulce como uno de los mejores inventos 
del mundo. Cada país tiene su propia definición para esta 
palabra, pero en todos se asocia a una delicia para disfrutar 
a toda edad. En México, un alfajor es un dulce a base de 
azúcar, coco y leche, mientras que en Venezuela, Nicaragua 
y Honduras se trata de una pasta elaborada con jengibre, 
piña y harina de maíz o de yuca. En Uruguay, Perú, Paraguay, 
Ecuador, Colombia, Chile y Argentina, en tanto, es una 
golosina de distintos tamaños y sabores que se rellena con 
dulce para adherir las tapas de masa o galletas horneadas 
que, a modo de sándwich, atesoran un relleno irresistible. 
Cuenta la historia que este manjar tiene su origen en 
la gastronomía de al-Ándalus y que, en el Periodo Colonial, 
alcanzó popularidad en América. El alfajor siempre ha 
sabido reinventarse y mantenerse en el mercado mundial. 
Alfajores dobles y triples, alfajores de arroz, alfajores helados 
y hasta alfajores veganos nacieron para demostrar que 
siempre se puede descubrir algo nuevo en este producto. 
Para que todos encuentren el alfajor de sus sueños, cada 
vez surgen versiones más sorprendentes y exclusivas. Los 
más convencionales no cambian por nada a los clásicos 
alfajores de chocolate y dulce de leche, mientras que los 
más vanguardistas se dejan conquistar por opciones más 
exóticas, entre las que no se pueden dejar de mencionar al 
alfajor relleno con crema de vino torrontés ni al alfajor de 
morcilla, golosinas que demuestran que, en el mundo del 
alfajor, nunca nada es demasiado ni imposible.
Disponível em: <www.sololideres.com>. 
Acesso em: 2 ago. 2018. 
O texto discorre sobre uma iguaria de origem árabe que 
chega à América com os colonizadores espanhóis. O autor 
ressalta seu caráter 
A. 	 versátil, já que a variedade de sabores atende a 
diferentes gostos.
B. 	 inusitado, porque as tampas do biscoito se assemelham 
a um sanduíche.
C. 	 tradicional, já que se limita à herança deixada pela 
culinária de al-Ándalus. 
D. 	 efêmero, pois acompanha as tendências mais 
modernas da culinária mundial.
E. 	 instigante, pois desperta a curiosidade de provar 
distintos sabores de recheio. 
QUESTÃO 04 
La madrugada del 27 de febrero de 2010, a las 3:34 
horas, cuando la población estaba durmiendo, uno de los 
mayores terremotos de la historia sacudió el centro-sur 
de Chile, con una magnitud de 8,8 grados en la Escala de 
Richter. El movimiento telúrico de una duración de cuatro 
minutos tuvo su epicentro en el océano Pacífico, frente a las 
localidades de Curanipe y Cobquecura, localidades ubicadas 
a unos 400 kilómetros al sur de la capital chilena. 
LRNT
061SE04ESP2018II
JTEØ
CALIBRADA_ESP
El terremoto dejó daños importantes en la infraestructura 
de grandes ciudades y pequeños pueblos, desde las regiones 
de Valparaíso a la Araucanía, donde se concentra cerca del 
80% de la población chilena, aunque los mayores daños se 
dieron en El Maule y Biobío. Hubo destrozos en cerca de 
500 000 viviendas y 2 000 000 de damnificados, aunque la 
mayor pérdida fue la humana: a causa del tsunami que azotó 
a las costas chilenas y a islas como Juan Fernández, hubo 
156 personas fallecidas, 82 hombres y 74 mujeres, además 
de 25 desaparecidos. 
Disponível em: <http://internacional.elpais.com/
internacional/2015/09/17/ actualidad/1442457512_019994.html>. 
Acesso em: 17 abr. 2016. 
Em 2010, ocorreram dois eventos naturais de grande 
destruição que causaram sérios danos ao Chile. A notícia 
do jornal El pais informa ao leitor que: 
A. 	 O tsunami provocou a maior perda ao país, vitimando 
quase duzentas pessoas após a destruição já causada 
pelo terremoto.B. 	 O terremoto destruiu cerca de 80% das moradias da 
população chilena, se tornando o maior desastre da 
história do país. 
C. 	 O terremoto teve seu epicentro localizado a 
400 quilômetros ao sul de Santiago, nas cidades de 
Curanipe e Cobquecura. 
D. 	 O tsunami teve a duração de quatro minutos e elevou 
as águas do Oceano Pacífico, provocando muitas 
mortes e destruição. 
E. 	 O tsunami que varreu as costas chilenas deixou muitos 
desaparecidos e centenas de vítimas nas cidades de 
Curanipe e Cobquecura. 
QUESTÃO 05 
La fotogenia del fantasma
Los fantasmas, acomodándose a las nuevas 
circunstancias, empiezan a aficionarse a la mecánica. En el 
domicilio del marqués de Ely, en Hove, cerca de Brighton, 
Londres, ha hecho su misteriosa aparición un fantasma 
que no es tan misterioso por ser fantasma como por ser un 
fantasma exclusivamente fotogénico. En su departamento 
particular, el joven marqués – 25 años – tomó con luz artificial 
la fotografía de una amiga, convencido de que estaba solo con 
ella. Pero la fotografía reveló que el marqués se equivocaba: 
además de ellos, había un fantasma en la habitación. 
Un fantasma que nadie ha conocido personalmente sino en 
fotografía, y que por consiguiente nadie puede decir cómo 
es en realidad, pues no hay testimonio de que el conflictivo, 
original y modernizado espectro sea igual o por lo menos 
parecido a sus retratos. 
FIN 
MÁRQUEZ, G. G. Disponível em: <https://ciudadseva.com>. 
Acesso em: 3 ago. 2018.
O realismo fantástico tem como grande expoente o escritor 
colombiano Gabriel García Márquez. Desse conto do escritor, 
depreende-se que o fato mais intrigante foi a presença, na 
fotografia, de um(a)
A. 	 pessoa que o marquês desconhecia.
B. 	 vulto masculino misterioso, original e modernizado. 
C. 	 pessoa ao lado esquerdo da amiga do marquês.
D. 	 fantasma de bela aparência ao lado do marquês.
E. 	 espírito cuja real aparência era desconhecida.
MPAB
061SE06ESP2018III
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Em maio de 2012, uma das quatro versões do quadro 
O grito, de Edvard Munch, foi leiloada em Nova York por 
120 milhões de dólares. O recorde de preço de uma obra 
de arte, no entanto, não foi esse. Em fevereiro do mesmo 
ano, um Cézanne foi adquirido pela família real do Catar 
por 250 milhões de dólares. O quadro – Os jogadores de 
carta – tornou-se assim, até aquele momento, a mais cara 
obra de arte do mundo.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2014.
No fragmento da notícia anterior, para se referir a uma obra 
de arte de Cézanne, usou-se a figura de linguagem chamada
A. 	 metáfora.
B. 	 hipérbole.
C. 	 metonímia.
D. 	 personificação
E. 	 sinédoque.
QUESTÃO 07 
Quando penso no funk carioca, naturalmente sou 
levado a pensar também no rap paulistano. Os dois vieram 
da pobreza, da ralé urbana, mais ou menos no mesmo 
momento da história recente do Brasil. Criaram seu 
próprio jeito, sua própria linguagem, seus próprios modos 
de existência. Extravasaram os limites da comunidade 
e se impuseram na indústria cultural, determinando uma 
parte considerável de suas tendências. Criaram seus 
próprios circuitos, articulando autores, obras e público 
sem depender da benção do mainstream. Depois, claro, 
foram abençoados. Por afirmação ou negação, com 
ou sem resistência, tornaram-se parte incontornável 
de nossa história musical – da ideia confusa, gasta 
e dilacerada, mas ainda existente, de música brasileira. 
Funk e rap parecem nutrir um parentesco subterrâneo. 
Os dois foram trazidos de fora, e há neles a presença de um 
elemento “estrangeiro” que parece ter sido necessário para 
mover uma vida social que de outro modo permaneceria 
excessivamente inerte, excessivamente presa aos 
seus velhos jeitos e paixões. O funk e o rap oferecem 
respostas diametralmente opostas para problemas 
semelhantes: a miséria, a exclusão, a tentação do crime, etc. 
E é justamente nessa oposição que um ajuda a revelar 
melhor o outro, como numa espécie de espelho invertido. 
SILVA, P. C. Disponível em: <http://revistapiaui.estadao.com.br>. 
Acesso em: 9 mar. 2016. [Fragmento adaptado] 
A língua oferece aos seus falantes variados mecanismos de 
coesão textual. No texto anterior, verifica-se, como recurso 
coesivo,
A. 	 hiperonímia em “a miséria, a exclusão, a tentação do 
crime, etc.” (l. 22)
B. 	 sinonímia em “Os dois foram trazidos de fora”. (l. 16)
C. 	 elipse em “Criaram seus próprios circuitos”. (l. 8-9)
D. 	 nominalização em “modos de existência”. (l. 5-6)
E. 	 anáfora em “nossa história musical”. (l. 13)
XXXX
CALIBRADA_POR
5
10
15
20
XXXX
054SE05POR2016II 
QUESTÃO 08 
Se eu não fosse doido, eu seria oitocentos policiais 
com oitocentas metralhadoras, e esta seria a minha 
honorabilidade. 
Até que viesse uma justiça um pouco mais doida. Uma 
que levasse em conta que todos temos que falar por um 
homem que se desesperou porque neste a fala humana já 
falhou, ele já é tão mudo que só o bruto grito desarticulado 
serve de sinalização. 
Uma justiça prévia que se lembrasse de que nossa 
grande luta é a do medo, e que um homem que mata muito 
é porque teve muito medo. Sobretudo uma justiça que se 
olhasse a si própria, e que visse que nós todos, lama viva, 
somos escuros, e por isso nem mesmo a maldade de um 
homem pode ser entregue à maldade de outro homem: para 
que este não possa cometer livre e aprovadamente um crime 
de fuzilamento. 
LISPECTOR, C. Mineirinho. In: Todos os contos. São Paulo: Rocco, 
2016. [Fragmento] 
No trecho do conto, a utilização de verbos no modo subjuntivo 
sugere o efeito expressivo de uma 
A. 	 solicitação de que a justiça relativize os crimes 
cometidos por medo. 
B. 	 hipótese da existência de uma justiça diferente daquela 
que se conhece. 
C. 	 certeza de que a justiça impedirá que se cometa um 
crime de fuzilamento. 
D. 	 ideia segura de que as pessoas não punirão as 
maldades umas das outras. 
E. 	 possibilidade de que o narrador faça justiça conforme 
suas próprias crenças. 
QUESTÃO 09 
Eu estava dormindo quando o carro desceu a ladeira, 
penso, como se fosse preciso testar a frase silenciosa antes 
de ter que dizê-la em voz alta. Eu estava na minha casa 
quando. Antônia sofreu o acidente e eu estava dormindo. 
Não estar no carro quer dizer que eu deixei de morrer ou 
deixei de salvar? Eu não sei. Camilo põe a garrafa no chão. 
Da casa do lado, vem uma música alegre, viva, rápida, 
com um trompete cheio de energia. Arranco um pedaço de 
grama e começo a dividi-lo em ranhuras enquanto pergunto 
ao Camilo como estão os seus pais. Ele responde qualquer 
coisa que eu já imaginava. 
BENSIMON, C. Sinuca embaixo d’água. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. [Fragmento]
No trecho do romance de Carol Bensimon, o narrador, para 
marcar o acontecimento do passado, utiliza, como recurso 
coesivo,
A. 	 detalhamento da situação abordada. 
B. 	 discurso com reflexões subjetivas.
C. 	 descrição do cenário da narrativa.
D. 	 conjunção temporal.
E. 	 sujeitos especificados.
AZ58 
CALIBRADA_POR
XXXX
287SE0XPOR2020VII 
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 10 
Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
Vou morrer no meu país.
Qual ave errante, sem ninho,
Oculto peregrinando,
Visitei vossas cidades,
Sempre na Pátria pensando.
De saudade consumido,
Dos velhos pais tão distante,
Gotas de fel azedavam
O meu mais suave instante.
As cordas de minha lira
Longo tempo suspiraram,
Mas alfim frouxas, cansadas
De suspirar, se quebraram.
Oh lira do meu exílio,
Da Europa as plagas deixemos;
Eu te darei novas cordas,
Novos hinos cantaremos.
Adeus, oh terras da Europa!
Adeus, França, adeus, Paris!
Volto a ver terras da Pátria,
Vou morrer no meu país.
MAGALHÃES, G. Adeus à Europa. In: ______. Suspiros poéticos 
e saudades. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 16 maio 2020.
No poema em análise,o eu lírico despede-se da terra 
parisiense. Para a construção da imagem poética dos 
sentimentos que lhe cercavam durante o exílio, é empregada 
uma figura de linguagem identificada como 
A. 	 metáfora, ao comparar as cordas de sua lira ao seu 
cansaço. 
B. 	 hipérbole, ao afirmar que voltar para seu país lhe trará 
a morte. 
C. 	 metonímia, ao utilizar “Europa” como caracterização 
ampla e generalizada.
D. 	 prosopopeia, ao atribuir características humanas a seu 
instrumento musical. 
E. 	 sinestesia, ao conceder características visuais ao fel 
que azeda os momentos.
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QUESTÃO 11 
A nossa sociedade precisa revisitar seu legado 
autoritário e violento para transformar as instituições em 
defensores de um Estado democrático de direito. Ao longo da 
Ditadura Militar, de 1964 a 1985, foram milhares de indígenas 
e camponeses mortos e desaparecidos; resistentes 
políticos presos, torturados, assassinados e muitos deles 
desaparecidos até o dia de hoje; milhares despejados de 
suas casas em periferias e favelas; e um sem fim de pessoas 
perseguidas, presas, torturadas e mortas em um sistêmico 
terrorismo de Estado.
É imprescindível resgatar a memória e continuar lutando 
para que a violência de Estado não siga se repetindo, aos 
brados de “ditadura, nunca mais”. 
GONZAGA, E. A.; POLITI, M.; SOTTILI, R. Disponível em: 
<www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento]
Os autores do texto abordam o assunto e argumentam 
a favor de seu ponto de vista com o objetivo de
A. 	 persuadir o leitor a desistir de seu ponto de vista a 
partir do argumento de causa e consequência. 
B. 	 instigar a reflexão a partir da exemplificação de 
situações concretas relacionadas ao período militar. 
C. 	 ludibriar o leitor a partir da exposição de dados não 
confirmados, que camuflam seu verdadeiro objetivo. 
D. 	 corroborar a tese defendida a partir da alusão histórica 
à situação político-social durante a ditadura no país.
E. 	 relacionar informações e dados históricos a partir 
da ideia de que a democracia deve ser superada 
politicamente.
QUESTÃO 12 
Constituição: conjunto das leis fundamentais que 
regula a vida de uma nação (relações entre governantes 
e governados, limites entre os poderes, declarações dos 
direitos e garantias individuais), geralmente elaborado e 
votado por um congresso de representantes do povo. 
COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de gêneros textuais. 3. ed. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2012. 
O texto anterior é uma definição de Constituição entendida 
como um gênero textual, existente em diversas sociedades e 
atrelada a instâncias institucionais que compõem as relações 
sociais dos indivíduos. 
Considerando essa definição de Constituição, e tendo em 
vista sua função de guia e regulação de uma sociedade, 
nesse gênero, é essencial que haja predominância do tipo 
A. 	 argumentativo, já que se objetiva convencer e persuadir 
uma população sobre as normas sociais. 
B. 	 descritivo, uma vez que a enumeração de características 
é fundamental para a regulação social. 
C. 	 expositivo, visto que objetiva transmisssão de 
informações, de forma clara e objetiva. 
D. 	 injuntivo, porque esse gênero busca, de forma 
apelativa, a promoção de ações. 
E. 	 narrativo, pois a progressão temporal é fator partícipe 
da transmissão dos conteúdos.
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LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 13 
Mocidade e morte
[...]
OH! EU QUERO viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
[...]
ALVES, C. Os melhores poemas de Castro Alves. 
Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983.
Quanto ao seu significado, a palavra “sono”, no último verso 
do poema de Castro Alves,
A. 	 apresenta-se como realização da vontade do eu lírico.
B. 	 impõe-se como fuga do eu lírico ante sua inquietação.
C. 	 demonstra-se como um futuro ao eu poético.
D. 	 evoca metaforicamente a imagem da morte.
E. 	 constrói uma rima visual com a “sombra”.
QUESTÃO 14 
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os 
cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos 
que seu talhe de palmeira. 
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a 
baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado. 
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem 
corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua 
guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, 
mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a 
terra com as primeiras águas. 
ALENCAR, J. Iracema. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 22 jan. 2020. 
No fragmento, ao descrever a personagem, o narrador 
estabelece, como fio condutor, a comparação, com o intuito 
de
A. 	 hiperbolizar a beleza exuberante da natureza ao 
personificá-la. 
B. 	 satirizar o povo brasileiro com uma descrição simplória 
e negativa.
C. 	 ridicularizar a protagonista com imagens que reafirmam 
o exotismo. 
D. 	 atribuir características específicas dos elementos da 
natureza à Iracema. 
E. 	 desmerecer a cultura indígena pela animalização da 
aparência da mulher.
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QUESTÃO 15 
TEXTO I
MICHELANGELO. Davi. Mármore, 517 × 199 cm. 1501-1504. 
Academia de Belas Artes, Florença.
TEXTO II
MAIA. Uma entre as esculturas conhecidas por “As gordas de Maia” 
e expostas no ateliê-jardim do autor. Fotografia de Rosane Lima.
Ao comparar as esculturas de períodos e culturas diferentes, 
considerando as suas características de produção, fica 
evidente que a obra renascentista
A. 	 retrata a realidade da sociedade, por esculpir um 
modelo comum. 
B. 	 demarca uma inspiração na arte, com persistência nos 
dias atuais. 
C. 	 sexualiza os corpos das esculturas, ao representar as 
pessoas nuas.
D. 	 reforça um padrão de beleza, através da valorização 
do corpo atlético.
E. 	 revela a superioridade do período, pelo refinamento da 
técnica empregada.
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ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 16 
Disponível em: <https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com>. 
Acesso em: 30 mar. 2020
No quadrinho, o humor reside na crítica social, que está 
presente na fala de Mafalda e é revelada no último quadrinho, 
a qual é construída por meio de uma
A. 	 metáfora, para mostrar que a humanidade persiste 
irracionalmente nos obstáculos.
B. 	 personificação, para incluir os demais animais no 
contexto de vida da humanidade.
C. 	 metonímia, para apontar que as mães se confundem 
ao dialogar com as crianças.
D. 	 elipse, para demonstrar que as pessoas observam, 
mas não buscam soluções.
E. 	 antítese, para explicitar a aproximação entre o “estar 
fazendo nada” e o “ver”.
QUESTÃO 17 
Em medicina, nem sempre é sábia a sabedoria popular. 
Se assim fosse, corrente de ar nas costas seria pneumonia 
na certa, friagem deixaria todo mundo gripado, amarrar 
lenço com álcool no pescoço curaria dor de garganta, mulher 
menstruada jamais lavaria a cabeça, vitamina C nos livraria 
para sempre dos resfriados, parturientes deveriam guardar 
resguardo e tomar Malzebier para engrossar o leite.
Para não falar da infinidade de chás, poções e 
garrafadas que apregoam curar qualquer enfermidade, nem 
dos suplementos vitamínicos, dos remédios para abrir o 
apetite, queimar gordura localizada, estimular a imunidade 
e proteger o fígado que infestam feito ervas daninhas as 
prateleiras das farmácias brasileiras.
Outro exemplo de conhecimento que a sabedoria 
popular consagrou é a manobra de inclinar a cabeça para 
trás nos sangramentos nasais. Basta escorrer a primeira 
gota de sangue do nariz mais próximo, que os circunstantes 
ordenam em uníssono:“Cabeça para trás”.
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Aqui entre nós, leitor, você já fez parte desse coro? 
Pelo menos uma vez na vida, 60% das pessoas terão 
sangramento nasal (epistaxe, em linguagem médica). Ele 
é mais comum nas crianças com menos de dez anos e em 
adultos com mais de 35. [...] A maioria dos sangramentos 
nasais são autolimitados e não requer tratamento médico. 
Como 90% deles se instalam na parte da frente do septo 
nasal, basta comprimir com firmeza as asas nasais contra 
essa parte mais elástica do septo, usando o polegar e o 
indicador em forma de pinça, durante 15 minutos. Não 
esqueça: 15 minutos. A pessoa deve respirar pela boca, 
enquanto durar a compressão, e sentar-se confortavelmente, 
de modo a manter a cabeça numa posição mais alta do 
que o resto do corpo. Jamais deitar! A cabeça deve ficar 
ligeiramente inclinada para frente. Não deve ser inclinada 
para trás para evitar que o sangue escorra pela faringe e vá 
parar no estômago ou nas vias aéreas.
VARELLA, D. Quando o nariz sangra. Folha de S. Paulo. 
Folha Ilustrada, 27 fev. 2011. [Fragmento]
O artigo de Dráuzio Varella exemplifica um gênero textual em 
que é comum a coexistência entre tipos textuais diversos, 
responsáveis pela caracterização híbrida desse gênero. Na 
estrutura desse artigo, coexistem as sequências
A. 	 argumentativa, descritiva e narrativa.
B. 	 injuntiva, argumentativa e dissertativa.
C. 	 dissertativa, descritiva e narrativa.
D. 	 argumentativa, injuntiva e dialogal.
E. 	 narrativa, dialogal e dissertativa.
QUESTÃO 18 
Força estranha
Eu vi a mulher preparando outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada que nunca passou
Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz tamanha.
VELOSO, C. Disponível em: <www.letras.mus.br>. 
Acesso em: 19 maio 2020. [Fragmento]
A canção anterior, composta por Caetano Veloso, apresenta 
um eu poético que afirma haver uma “força” que o impele a 
cantar. Considerando o trecho, essa “força” é
A. 	 a necessidade de lutar por direitos.
B. 	 o milagre da gravidez de sua amada.
C. 	 a simplicidade das situações da vida. 
D. 	 a luz do sol que ilumina seu caminho.
E. 	 a busca por valorização da arte nacional.
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QUESTÃO 19 
Antissocial
No mínimo, três ou quatro por dia. São os convites 
eletrônicos que recebo para me tornar “amigo” de fulano 
ou para “fazer parte de sua rede profissional”. São convites 
amáveis, endereçados a mim pelo primeiro nome. Mas, 
apesar do tratamento personalizado, têm um ar de 
mensagem disparada a 100 ou 200 pessoas ao mesmo 
tempo.
Sempre que recebo esses convites, embatuco. Não 
tenho Facebook, nem sei como funciona, e as únicas redes 
profissionais a que pertenço são as empresas a que presto 
serviços como escritor ou jornalista. Não sei, por exemplo, 
qual é a “rede profissional” de um querido amigo que, aos 
70 anos, nunca teve uma carteira de trabalho assinada, nem 
acordou como assalariado um único dia em sua vida – e ele 
me convidou a me juntar à sua “rede”.
Como não sei para que servem essas redes, também não 
sei o que responder e, pior, temo que tais mensagens sejam 
pegadinhas marotas contendo vírus. Assim, ou as apago 
ou deixo que morram de velhice na lista de mensagens. 
O problema é que, com isso, posso estar passando por 
esnobe ou antissocial para quem se deu ao trabalho de me 
convidar a ser seu “amigo” ou juntar-me à sua “rede”.
O ridículo é que os que me convidam a tornar-me 
“amigo” deles já são meus amigos. Têm meu telefone, sabem 
onde moro, já saímos juntos para pândegas, discutimos 
futebol, fomos até sócios no passado e, se calhar, um 
tomou a namorada do outro e vice-versa. Então, por que tal 
formalismo engessado?
Acredito que os programadores dessas maravilhas 
eletrônicas tenham pouca prática de vida real. Por serem 
muito jovens e já terem nascido com um mouse na mão, 
talvez não saibam que as relações humanas podem se 
formar a partir de um encontro casual, um aperto de mão, 
um brilho no olhar.
CASTRO, Ruy. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
opiniao/43488-antissocial.shtml>. Acesso em: 18 maio 2012.
O texto de Ruy Castro é um exemplo de texto híbrido, já que 
apresenta duas bases tipológicas predominantes, as quais 
não apenas contribuem para que o autor atinja seu objetivo, 
mas também para que se defina o próprio gênero textual.
Esse texto pode ser caracterizado como
A. 	 artigo de opinião, sendo a argumentação e a descrição 
as bases predominantes.
B. 	 artigo científico, sendo a exposição e a argumentação 
as bases predominantes.
C. 	 crônica, sendo a narração e a argumentação as bases 
predominantes.
D. 	 manifesto, sendo a argumentação e a injunção as 
bases predominantes.
E. 	 matéria jornalística, sendo a exposição e a descrição 
as bases predominantes.
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QUESTÃO 20 
TEXTO I 
É bom que seja assim, Dionísio, que não venhas.
Voz e vento apenas
Das coisas do lá fora
E sozinha supor
Que se estivesses dentro
Essa voz importante e esse vento
Das ramagens de fora
Eu jamais ouviria. Atento 
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.
HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
TEXTO II
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.
O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.
Se em toda a parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
ANDRADE, C. D. Amar se aprende amando: poesia de convívio e de 
humor. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
Os poemas de Hilda Hilst e de Carlos Drummond de Andrade 
apresentam em comum o aspecto emotivo relativo à
A. 	 frustração pelo abandono do ser amado.
B. 	 plenitude da realização amorosa pelos amantes.
C. 	 perda da intensidade do amor com o passar do tempo.
D. 	 ausência do objeto de desejo apesar do amor contínuo.
E. 	 aceitação serena da impossibilidade do amor correspondido.
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ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 21 
Desempenho das meninas na área de Exatas 
cai com a idade
A chegada da puberdade traz um fenômeno bastante 
conhecido, muito estudado, mas pouco resolvido. É nessa 
fase que o desempenho das meninas nas áreas de Exatas 
começa a cair sem parar.
Por que isso acontece?
De acordo com especialistas, a resposta está nos 
estímulos que as meninas recebem na escola, na família 
e na sociedade.
Ao que parece, o interesse das meninas pelas Exatas 
até continua. Dados da OBMEP (Olimpíada Brasileira de 
Matemática das Escolas Públicas) mostram que o número de 
alunas inscritas na competição tende a se manter ao longo da 
vida escolar. O que muda – e cai – é o desempenho dessas 
garotas. No Ensino Fundamental 2, há, em média, quatro 
garotas para cada dez alunos no grupo que acerta cerca 
de 75% das questões das Olimpíadas. No Ensino Médio, 
o número de meninas cai para três em dez.
Há, na Academia, algumas teses para esse cenário. 
De acordo com a física Marcia Barbosa, da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul, a escola estimula mais os 
meninos para as áreas “duras”. “Há relatos de professores 
quenão esperam que as meninas se deem bem em Exatas”, 
diz Barbosa.
A expectativa da família também influencia. “Pai e mãe 
precisam parar de se preocupar com que as meninas fiquem 
‘limpinhas’. Isso porque ciências, tecnologia e laboratórios 
exigem experimentação e ‘sujeira’. Não combinam com 
a ideia da menina ‘princesinha’.”
RIGHETTI, S. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 29 abr. 2016. [Fragmento adaptado]
O fragmento caracteriza-se como um texto jornalístico, 
produzido após pesquisa sobre o assunto abordado. 
Considerando as características do gênero, sua função é
A. 	 induzir os leitores a concordarem que os homens têm 
mais facilidade em Exatas.
B. 	 informar o leitor sobre a diminuição das participantes 
femininas na OBMEP.
C. 	 defender o fato apresentado no título por meio de 
dados e hipóteses.
D. 	 influenciar os jovens a endossarem a opinião da física 
entrevistada.
E. 	 descrever a realidade das estudantes brasileiras na 
área de Exatas.
QUESTÃO 22 
O impacto das fake news na vida em sociedade
A propagação de forma rápida e intensa das fake 
news através das mais diversas redes sociais constitui um 
fenômeno dos dias atuais, que o Brasil e diversos outros 
países vêm buscando criminalizar.
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As notícias falsas são pensadas e estruturadas para 
atingir alguns objetivos específicos: levar o leitor ao erro, 
fomentar boatos, deturpar uma informação verdadeira, atingir 
a honra de alvos públicos e a manipulação da massa visando 
alcançar determinados resultados.
O saldo deixado pelas fake news é a desinformação da 
sociedade, que acaba inserida num dilema sobre o que é 
falso ou verdadeiro, ajudando a minar nossa cidadania e o 
direito de acesso à informação.
Disponível em: <https://lfbussular.jusbrasil.com.br>. 
Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento]
Conforme apontado pelo texto, as fake news podem impactar 
a sociedade ao 
A. 	 incentivar interferências políticas no cotidiano dos 
cidadãos.
B. 	 impulsionar o governo a criar órgãos de fiscalização de 
notícias falsas. 
C. 	 desenvolver nas pessoas a busca por discernimento 
entre fato e mentira.
D. 	 aumentar a influência de teses falaciosas sobre o 
direito à informação dos indivíduos. 
E. 	 suscitar, nos meios de comunicação, a necessidade de 
combater as notícias inverídicas.
QUESTÃO 23 
DA VINCI, L. Homem vitruviano. Lápis e tinta sobre papel, 34 × 24 cm. 
1490. Gallerie dell’Accademia.
O Humanismo se destacou por buscar a independência do 
ser humano. Uma das mais importantes obras produzidas 
no período, de Leonardo da Vinci, retrata uma das principais 
ideias dos humanistas ao
A. 	 aludir aos valores medievais no tocante à soberania do 
homem.
B. 	 buscar a representação da visão teocêntrica e sua 
ascensão.
C. 	 criar uma concepção artística inteiramente inovadora.
D. 	 dedicar-se a responder aos desejos da burguesia.
E. 	 retomar a estética da sociedade greco-romana.
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LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 24 
Disponível em: <https://cidadania.gov.br>. Acesso em: 24 mar. 2020.
A propaganda do Ministério da Cidadania para combater o uso de drogas demonstra que seu público-alvo são os jovens. 
O objetivo desse texto é
A. 	 associar a juventude ao desejo inconsequente de abandonar a casa da família.
B. 	 direcionar o foco aos familiares para que impeçam o uso de drogas nos lares.
C. 	 relacionar o uso de drogas às novas tecnologias presentes no cotidiano.
D. 	 comparar o combate ao vício com o poder de decisão dos adolescentes.
E. 	 buscar sensibilizar pela analogia imagética de privação de liberdade.
QUESTÃO 25 
AmarElo
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes, que nem devia ‘tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nóiz?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir a sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem, é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóiz sumir
EMICIDA. Disponível em: <www.vagalume.com.br>. Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento]
Na canção do rapper Emicida, foi empregada uma função da linguagem que, no texto, é marcada pela 
A. 	 opção do compositor por manter-se imparcial e focar na mensagem transmitida.
B. 	 busca por manter a canção em foco, por meio da interlocução com o público. 
C. 	 referência explícita a outras músicas do cantor, para complementar o sentido. 
D. 	 tentativa de persuadir o público-alvo a defender determinado ponto de vista.
E. 	 primeira pessoa do discurso, que explicita os sentimentos por meio da canção. 
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QUESTÃO 26 
Senhor Ministro,
Eu lhe escrevo pela paixão à Educação, 50 anos 
depois de ensinar quase ininterruptamente, dos cursos de 
admissão ao ginásio à pós stricto sensu; quando não o fiz, 
fui pesquisador no exterior e gestor educacional público. 
Urge abandonar bandeiras educacionais, pactos e 
campanhas, instrumentos de frustração depois do oba-oba. 
Educação é tradição que toma tempo, que apaixona 
conforme se amplia e se aprofunda, que se sedimenta de 
valores assumidos por estudantes estimulados à autonomia, 
confiança e liberdade no trato do conhecimento e seu 
compartilhamento, o qual reflete atitudes psicossociais 
apreendidas e sentidas. O que se exige além disso, 
que é a formação para o trabalho, também depende dessa 
apreensão, que é a formação humana, a alegria de remar 
nos saberes do mundo. 
ALVES, L. R. Disponível em: <www.revistaforum.com.br>. 
Acesso em: 11 jun. 2019. [Fragmento] 
A carta aberta é um gênero geralmente produzido para 
denunciar uma situação ou se posicionar diante de 
determinado fato. Nessa carta, o educador Luiz Roberto 
Alves se dirige ao então ministro da Educação com o 
objetivo de 
A. 	 afirmar que ele, como educador, tem mais capacidade 
para gerir a educação no país. 
B. 	 criticar a postura ideológica adotada pelo Governo 
Federal para conduzir a educação.
C. 	 parabenizar o compromisso e as atitudes tomadas pelo 
ministro na gestão da educação nacional. 
D. 	 fazer um apelo para que o ministro considere a 
importância da educação na formação humana dos 
indivíduos.
E. 	 situar o ministro sobre os problemas enfrentados pelos 
professores, principalmente os de instituições públicas.
QUESTÃO 27 
No Brasil, é curioso ver que quem reclama de vocábulos 
como delivery e deletar (do inglês “delete” pelo latim deletum, 
do verbo delere) não implica com as palavras de origem 
japonesa que aparecem em cardápios, como temaki, sushi, 
guioza, teppanyaki, shitake e sashimi. De fato, a cultura 
alimentícia japonesa é globalizada, segundo o professor 
Isao Kumakura, docente do Museu Nacional de Etnologia 
no Japão (The Globalization of Japanese Food Culture). 
A comida italiana está presente no Brasil há muito tempo, mas 
o avanço de redes nacionais de supermercados estimulou 
no país a distribuição de caixas e pacotes de diferentes 
tipos de massas, com nomes (em italiano) pitorescos para 
nossos padrões, com grafia de origem: farfalle (borboletas), 
orecchiette (orelhas pequenas), vermicelli (pequenas 
minhocas) e fusilli (parafusos). Ninguém se queixa da 
presença desses vocábulos nem os considera ameaças à 
sobrevivência do português.
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CALIBRADA_POR
Diria que problemas políticos e ideológicos relacionados 
a palavras de origem estrangeira desaparecem quando se 
trata das delícias da mesa. O estômago “fala”mais alto. 
É verdade que há 50 anos nem havia no Brasil as redes de 
comidas rápidas americanas, árabe, italiana, chinesa ou 
japonesa. A globalização possibilitou a inserção de diferentes 
cuisines no país. O resultado é que a alimentação ficou mais 
variada e, graças à criatividade dos chefes e à engenharia 
de alimentos, mais saborosa. Pois temos suflês e fricassés 
de legumes e verduras e frappés, mousse e ganaches. Outro 
resultado é o aumento no número de palavras em português, 
que exige registro de novas palavras nos dicionários. Quem 
não sabe a diferença entre sashimi, e sushi, ou entre burrito, 
taco e nacho, precisa de orientação.
SCHMITZ, John Robert. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br>. 
Acesso em: 20 maio 2012.
A expressão “é curioso”, no primeiro parágrafo do texto, 
evidencia um(a)
A. 	 delimitação do que foi enunciado.
B. 	 isenção do enunciador sobre o que fala.
C. 	 introdução de um tópico a ser enunciado.
D. 	 juízo de valor expresso pelo enunciador.
E. 	 correção ou reformulação do que foi enunciado.
QUESTÃO 28 
SANZIO, R. Escola de Atenas. Afresco, 500 × 770 cm. 1509-1511. 
Palácio Apostólico do Vaticano.
O Renascimento buscava se opor aos ideais da Idade Média, 
chamada de Idade das Trevas. O afresco de Rafael Sanzio 
ilustra uma característica própria do período renascentista ao 
A. 	 criticar o excesso de pensadores e filósofos na 
sociedade da Idade Média. 
B. 	 remeter a grandes pensadores renascentistas, como o 
próprio Rafael.
C. 	 valorizar a Antiguidade Clássica na figura de grandes 
filósofos gregos. 
D. 	 associar a Escola de Atenas à Santa Ceia, exaltando 
o teocentrismo. 
E. 	 referenciar a Academia de Atenas enquanto resistência 
à Filosofia.
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219SE06POR2020XVIII
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 29 
Crônica para ninguém
Hoje é dia 30 de dezembro, tá todo mundo na praia ou 
acendendo a churrasqueira: esta crônica, portanto, não será 
lida por viv’alma. Salvo as viv’almas do Adams e da Bia – 
ele assina as belíssimas ilustrações [...] e ela, entre outras 
funções mais nobres na Folha, sauva-me dod neus erros. 
(Opa, parece que hoje nem a Bia leu).
Talvez a piadinha metalinguística tenha ficado meio 
obscura, mas tudo bem: uma das vantagens de escrever 
uma crônica para ninguém é que a gente pode tomar certas 
liberdades. Outra que me ocorre: um parágrafo inteiro de 
&s para encher linguiça e terminar logo esta minha ária no 
chuveiro. Melhor, um parágrafo inteiro de “ohhhhh” para se 
assemelhar à ária no chuveiro.
Ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh 
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh 
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh 
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh 
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
O leitor (Adams, tô falando com você) pode achar que é 
triste escrever para ninguém. Prefiro encarar o desafio com 
otimismo. (Gostaria de poder falar o mesmo sobre 2019, mas 
o bom senso me impede). Pensando positivo: como fazer 
bom uso de palavras ao vento? 
PRATA, A. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento]
A crônica anterior traz, como característica própria do gênero, 
a presença de
A. 	 recursos metalinguísticos. 
B. 	 diálogo direto com o leitor. 
C. 	 verbos no presente do indicativo. 
D. 	 referência a situações cotidianas. 
E. 	 menção a mais de um personagem.
QUESTÃO 30 
MAGRITTE, R. A Clarividência. Óleo sobre tela, 54,5 × 65,5 cm. 
Coleção particular.
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219SE0XPOR2020VIII 
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219SE0A2POR2019XII 
As chamadas funções da linguagem são recursos enfáticos 
que concorrem para a elaboração do enunciado comunicativo, 
de acordo com a intenção do produtor, abordando diferentes 
elementos comunicacionais. No texto não verbal anterior, 
predomina a função da linguagem em que o
A. 	 uso do código tem por objetivo explicar o próprio 
código.
B. 	 recurso poético é empregado para conferir um efeito 
visual ao texto.
C. 	 eixo informativo fica subentendido pela referência à 
composição artística.
D. 	 canal de comunicação com o receptor da mensagem é 
mantido em destaque.
E. 	 autor, ou produtor da mensagem, é colocado em foco 
no enunciado comunicativo. 
QUESTÃO 31 
Sororidade: a verdadeira revolução feminina
Atualmente conhecido como “o dia das mulheres”, 
o dia 8 de março é uma data oficializada desde 1975 pela 
ONU. Muito diferente do que se propaga, não é um dia para 
comemorações, e, sim, um dia de reflexão, reconhecimento 
de conquistas e lutas por objetivos ainda não alcançados 
pelas mulheres.
Não conseguimos medir o quanto será vitorioso e a força 
que teremos quando quebrarmos as barreiras que existem 
entre as mulheres, muitas delas impostas por pensamentos 
machistas, enraizados na nossa cultura, outras por questões 
de classe, outras de cor.
Será que temos noção do quão poderosas seríamos, se 
parássemos de replicar a cultura machista que nos coloca em 
situação de inimigas e simplesmente nos reconhecêssemos 
na outra mulher?
Vamos empregar outras mulheres e respeitar seu direito 
à gravidez e amamentação. Vamos divulgar, ler e consumir 
produtos feitos por mulheres. Vamos abraçar a freira, a 
virgem, a missionária, a celibatária e respeitar suas escolhas. 
Vamos olhar com compaixão para a detenta, a prostituta, 
a mulher que sofre violência doméstica e permanece no 
relacionamento, entender suas histórias, estender a mão e 
ajudar, sem julgar.
“Todo dia é dia da mulher.” Todo dia é dia de nos 
olharmos, nos acolhermos e nos protegermos. Isso sim será 
revolucionário.
CIDRIM, K. Disponível em: <www.cartacapital.com.br>. 
Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento adaptado] 
O texto anterior é um artigo de opinião em que a autora, ao 
argumentar para defender seu ponto de vista, busca 
A. 	 provocar a reflexão nas mulheres sobre a importância 
de se posicionar contra homens machistas. 
B. 	 sustentar a posição de que mulheres são rivais e que 
isso se deve a uma construção social.
C. 	 levar ao entendimento de que o apoio entre as mulheres 
é a principal revolução feminina. 
D. 	 conscientizar os seres humanos sobre a importância 
da solidariedade entre a espécie. 
E. 	 criticar a concorrência e a rivalidade existentes entre as 
mulheres até os dias de hoje. 
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ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 32 
Disponível em: <https://justica.sp.gov.br>. Acesso em: 13 dez. 2019.
Considerando a construção da campanha, com a junção de 
texto verbal e não verbal, o seu objetivo é 
A. 	 tornar obrigatória a regularização dos cidadãos 
imigrantes.
B. 	 levar ao público-alvo uma mensagem de inclusão e 
apoio.
C. 	 transmitir a mensagem de receptividade para a 
população. 
D. 	 envolver a população paulista no processo de 
acolhimento.
E. 	 reafirmar os direitos e programas direcionados aos 
imigrantes.
QUESTÃO 33 
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá. 
Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 
[...]
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287SE04POR2020VIII
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219SE0XPOR2020VII 
Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar – sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o Sabiá.
[...]
DIAS, G. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento]
No poema de Gonçalves Dias, os termos “onde”, “que” e “lá” 
funcionam como elementos coesivos ao
A. 	 garantirem a sequenciação das ideias, retomando 
informações sem a necessidade de repeti-las.
B. 	 sintetizarem as informações do verso anterior para 
aprofundar seu sentido nos versos seguintes.
C. 	 provocarem um sentido de antecipação de um termo 
ou ideia a ser apresentada no verso posterior.
D. 	 reduzirem o tamanho do verso, permitindo que seja 
alcançado o efeito sonoro pretendido pelo poeta. 
E. 	 promoverem o entendimentode que a ideia apresentada 
em uma estrofe será oposta à da estrofe anterior.
QUESTÃO 34 
Ele se precipitou para a porta, ficou atento, agarrou 
o chapéu e começou a descer os seus treze degraus, 
cautelosamente, em silêncio, como um gato. Restava a 
questão mais importante – roubar a machada da cozinha. 
Há muito ele havia decidido que a coisa devia ser feita 
com uma machada. Ele ainda tinha uma tesoura de podar; 
mas na tesoura, e especialmente nas suas forças ele não 
confiava, e por isso se fixara em definitivo na machada. 
Observemos a propósito uma peculiaridade no tocante 
a todas as decisões definitivas já tomadas por ele nessa 
questão. Tinham elas uma qualidade estranha: quanto mais 
definitivas se tornavam, mais repugnantes, mais absurdas 
se delineavam, até mesmo aos olhos dele. Durante todo 
esse tempo, apesar de toda a sua angustiante luta interior, 
jamais pôde, um momento sequer, crer na exequibilidade 
de seus projetos. [...] 
DOSTOIÉVSKI. Crime e castigo. Tradução de Paulo Bezerra. 
São Paulo: Editora 34, 2016. 
No fragmento, para atrair a participação do leitor, verifica-se 
a utilização de
A. 	 narração no passado, separando o tempo do fato 
acontecido do tempo narrado. 
B. 	 ambientação oblíqua, construindo a cena por meio dos 
atos da personagem. 
C. 	 espaço familiar, capaz de envolver o leitor apesar dos 
poucos detalhes. 
D. 	 narrador-personagem, que demonstra seu 
envolvimento na história. 
E. 	 transição de perspectivas, para inserir um 
posicionamento do narrador. 
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LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 35 
Jung tinha um nome específico pra cada uma de suas 
panelas. Tenho certa dificuldade em ver personalidade nas 
panelas. Mas acho que foi a vida que me estragou. Depois 
de ver A Bela e a Fera, em que um candelabro já tinha sido 
um mordomo francês, imaginava quem tinha sido minha 
poltrona: um ruivo gorducho de pés peludos. Tinha me 
esquecido disso até virar pai.
Minha filha tem um ano, dez meses e uma multidão de 
amigos inanimados. A sala da nossa casa é uma espécie 
de Disneylândia particular, onde tudo tem nome, sono, 
fome. Não pode ver um objeto – um chinelo, uma colher, 
um controle remoto – que pega no colo e balança como um 
bebê. “Shhh”, ela diz. “Tá mimindo.”
Apesar de muito carinhosa com objetos inanimados, 
às vezes se irrita com os colegas de carne e osso e acaba 
mordendo seus bracinhos. Já tentamos ensinar de mil 
formas. “Não pode morder, tá?”, mas ela não responde. Já 
tentamos um pouco de psicanálise: “Por que você fez isso?”, 
e ela obviamente não responde e logo percebemos o ridículo 
de fazer psicanálise com um bebê. Outro dia brincava com 
um coelho de pelúcia e o pato de crochê. De repente vejo 
que o seu dedo estava em riste. “Por que você fez isso?”, 
perguntava pro coelho. E continuava, sem levantar o tom de 
voz. “Não pode morder, tá?”
Entendi por que a gente põe alma nas coisas, e encena 
peças, e pra que servem as histórias e os mitos – pra ensinar 
pros outros o que a gente ainda não sabe.
DUVIVIER, G. A vida dos objetos. Disponível em: <www1.folha.uol.com.br>. 
Acesso em: 28 dez. 2019. [Fragmento] 
A introdução do texto apresenta uma sequenciação de 
pequenas alusões a narrativas infantis, a fim de preparar o 
leitor para o desenvolvimento do texto. Considerando essa 
estratégia, a crônica centra-se na necessidade de fantasiar 
como forma de 
A. 	 compreender as limitações existentes nos indivíduos. 
B. 	 refletir sobre as dificuldades das relações parentais. 
C. 	 criticar a perspectiva psicanalítica tão difundida. 
D. 	 educar aqueles que permanecem imaturos. 
E. 	 esquecer os diversos problemas humanos.
QUESTÃO 36 
Ó glória de mandar, ó vã cobiça 
Desta vaidade a quem chamamos Fama! 
Ó fraudulento gosto, que se atiça 
Cũa aura popular, que honra se chama! 
Que castigo tamanho e que justiça 
Fazes no peito vão que muito te ama! 
Que mortes, que perigos, que tormentas, 
Que crueldades neles experimentas! 
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287SE05POR2020XIII 
Dura inquietação d’alma e da vida 
Fonte de desemparos e adultérios, 
Sagaz consumidora conhecida 
De fazendas, de reinos e de impérios! 
Chamam-te ilustre, chamam-te subida, 
Sendo dina de infames vitupérios; 
Chamam-te Fama e Glória soberana, 
Nomes com quem se o povo néscio engana!
CAMÕES, L. Os Lusíadas. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 21 maio 2020 (Adaptação).
Nesse fragmento do épico Os Lusíadas, um homem velho 
aproxima-se subitamente e faz sua declaração àqueles 
que se preparavam para a viagem marítima. Considerando 
tratar-se de um texto que narra o período da exploração e 
da colonização portuguesa, a crítica central da personagem 
ao contexto histórico recai sobre
A. 	 o consumismo da população, que motivou as viagens 
perigosas.
B. 	 a ganância do ser humano, que moveu a expansão 
ultramarina.
C. 	 a insensibilidade que caracterizava os homens 
desbravadores. 
D. 	 as pessoas que foram abandonadas em território 
português.
E. 	 as mentiras que convenceram a população ignorante.
QUESTÃO 37 
DUKE. Disponível em: <www.otempo.com.br>. 
Acesso em: 21 maio 2020.
Para compreender o humor da charge, é necessário entender 
que, na relação entre as falas das duas personagens, o 
homem utiliza-se de uma metáfora, o que leva o leitor à 
reflexão sobre
A. 	 a ingenuidade das pessoas que recebem notícias 
falsas.
B. 	 o importante papel de disseminar fake news na 
sociedade.
C. 	 a diferença de interesses existente entre homens e 
mulheres.
D. 	 a necessidade de implementar métodos mais eficientes 
de plantio. 
E. 	 a facilidade de disseminar informações falaciosas 
pelas redes sociais.
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287SE0XPOR2020IV
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 38 
AS COUSAS DO MUNDO
Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa;
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser Papa.
A flor baixa se inculca por tulipa;
Bengala hoje na mão, ontem garlopa,
Mais isento se mostra o que mais chupa.
Para a tropa do trapo vazo a tripa
E mais não digo, porque a Musa topa
Em apa, epa, ipa, opa, upa.
MATOS, G. Poemas. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 21 jan. 2020. 
Os poemas de Gregório de Matos chocaram o público de 
épocas passadas ao apresentarem uma visão da sociedade 
marcada pela sátira. No poema anterior, o eu poético 
apresenta sua crítica ao abordar
A. 	 a discrição necessária para a ascensão social. 
B. 	 o enriquecimento por vias ilícitas banalizado.
C. 	 o poder de autoridade garantido à nobreza.
D. 	 a astúcia presente nos governantes idosos. 
E. 	 a transparência exaltada da moral humana.
QUESTÃO 39 
Uma loureira
Era ele um homem de 45 anos, um tanto calvo, bem 
apessoado, nariz não vulgar, se atendermos no tamanho, 
mas vulgaríssimo se lhe estudarmos a expressão. O nariz 
é um livro, até hoje pouco estudado pelos romancistas, que 
aliás se presumem grandes analistas da pessoa humana. 
Eu, quando vejo alguém pela primeira vez, não lhe estudo 
a boca nem os olhos, nem as mãos; estudo-lhe o nariz. 
Mostra-me o nariz, e eu direi quem és.
O nariz do comendador Nunes era a coisa mais vulgar 
deste mundo; não exprimia coisa nenhuma de jeito, nem 
de elevação. Era um promontório, nada mais. E, todavia, 
o comendador Nunes tirava grande vaidade do nariz, por 
lhe haver dito um sobrinho que era nariz romano. Havia, é 
verdade, uma corcova no meio da extensa linha nasal do 
comendador Nunes, e naturalmente foi por zombaria que o 
sobrinho chamou àquilo romano. A corcova era um acervo de 
protuberâncias irregulares e impossíveis. Em suma, podia-se 
dizer que a cara do comendador Nunes era composta de dois 
Estados divididos por uma cordilheira extensa.
ASSIS, M. Disponível em:<www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 25 maio 2020. [Fragmento]
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287SE05POR2020V 
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219SE06POR2020III 
No conto de Machado de Assis, observa-se a confluência 
entre linguagem denotativa e conotativa. Nota-se que a 
conotação foi utilizada pelo narrador ao 
A. 	 citar que o comendador era muito orgulhoso do próprio 
nariz, literalmente.
B. 	 apresentar as características do homem de forma 
objetiva, direta e imparcial. 
C. 	 mencionar a corcova no nariz de Nunes, que lhe rendeu 
o apelido de romano.
D. 	 referir-se ao nariz como um livro pelo qual se analisa a 
personalidade humana.
E. 	 criticar os grandes romancistas que não foram capazes 
de analisar as pessoas. 
QUESTÃO 40 
TEXTO I
Mas o que devo a visita
Pedro fez indagação
Lampião sem bater vista:
Vê padim Ciço Romão
Pra antes do ano novo
Mandar chuva pro meu povo
Você só manda trovão
Pedro disse: é malcriado
Nem o diabo lhe aceitou
Saia já seu excomungado
Sua hora já esgotou
Volte lá pro seu Nordeste
Que só o cabra da peste
Com você se acostumou.
VIEIRA, G. A chegada de Lampião ao céu. 
Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. 
Acesso em: 13 dez. 2019 (Adaptação).
TEXTO II
O cordel começou a ser difundido em nosso país por 
volta do século XVI junto com os colonizadores europeus 
e se desenvolveu no Nordeste, onde vivia maior parte da 
população nos primeiros séculos de colonização. Sem 
livros ou escolas criou-se uma cultura oral onde o cordel se 
enquadrou perfeitamente, já que possui grande enfoque na 
oralidade, com marcas deste gênero do discurso.
MILHOMEN, T. Cordel e linguagem: múltiplas relações. 
Disponível em: <www.recantodasletras.com.br>. 
Acesso em: 13 dez. 2019.
O texto II, ao discorrer sobre algumas particularidades do 
gênero do texto I, ressalta as marcas da oralidade pelo fato 
de elas
A. 	 demarcarem a falta de estudo e leitura dos autores.
B. 	 serem parte da cultura e do desenvolvimento do cordel.
C. 	 facilitarem ao leitor o entendimento e a reflexão sobre 
o texto.
D. 	 apontarem a impossibilidade de registro e transcrição 
do cordel.
E. 	 serem características guardadas da colonização da 
Região Nordeste.
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287SE04POR2020II
LCT – PROVA I – PÁGINA 18 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 41 
A presença dos índios gamela na região de Viana é antiga. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a etnia 
vive na região desde 1750 e, na época, parte das terras foram doadas pelo Governo Imperial. No período da Ditadura, os 
índios foram novamente expulsos das suas terras e passaram a viver como camponeses, escondendo suas identidades para 
evitar possíveis ataques.
A partir de 2010, os índios voltam a se organizar, assumem sua identidade étnica e passam a exigir reconhecimento 
em relação ao território. Desde 2014, segundo informações do CIMI, a etnia vem encaminhando documentos aos órgãos 
responsáveis, como a Funai e o Ministério da Justiça.
No entanto, a ausência e conveniência dos aparatos do Estado brasileiro com relação à demarcação de terras vêm 
dificultando a vida dos gamelas. Os índios já sofreram ataques anteriores em 2015 e 2016 devido à morosidade das instituições 
competentes ante a demarcação de terras.
RAMOS, B. D. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br>. Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento]
De acordo com a argumentação empreendida no texto, seu objetivo é
A. 	 propor uma divisão das terras entre indígenas e camponeses.
B. 	 defender que o território pertence originalmente aos indígenas.
C. 	 comprovar que os indígenas desocuparam as terras há tempos.
D. 	 alertar que os camponeses exigem terras juntamente com a etnia.
E. 	 sugerir que foram os indígenas que invadiram as terras de outrem.
QUESTÃO 42 
Disponível em: <www.saude.gov.br>. Acesso em: 29 mar. 2020.
Na campanha em análise, o teor persuasivo para convencer o leitor a combater o Aedes aegypti está marcado pelo recurso 
linguístico
A. 	 do modo imperativo com a conjugação adequada. 
B. 	 da substantivação de “perigo” e “combate”.
C. 	 do modo verbal indicativo predominante.
D. 	 da junção do texto com a imagem.
E. 	 das frases com períodos simples.
QUESTÃO 43 
A disputa em defesa de um novo projeto de sociedade, fundado em novos paradigmas, não pode olhar pelo retrovisor e 
buscar restaurar experiências anteriores. Ao reconhecer e valorizar o trabalho no território, ela deve incorporar os desafios dos 
novos tempos: a automação que substitui o emprego, o desafio da sustentabilidade ambiental, a necessidade da afirmação 
dos bens comuns, a refundação da democracia com ampla participação popular, novos meios de controle social sobre a 
máquina pública. 
BAVA, S. C. Da subjetividade. Disponível em: <http://diplomatique.org. br>. Acesso em: 17 mar. 2017. [Fragmento] 
O fragmento do editorial escrito por Sílvio Caccia Bava apresenta um objetivo principal demarcado pelo termo 
A. 	 “novo”. 
B. 	 “projeto”. 
C. 	 “valorizar”. 
D. 	 “incorporar”. 
E. 	 “refundação”. 
MOIY
CALIBRADA_POR
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287SE0XPOR2020I 
COJK 
CALIBRADA_POR
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 19BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 44 
Ai flores, ai, flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo?
ai, Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pos comigo?
ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi a jurado?
ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amigo?
E eu ben vos digo que é viv’ e sano
ai, Deus, e u é?
Vós me perguntades polo voss’amado?
E eu ben vos digo que é viv’e sano
ai, Deus, e u é?
D. DINIS. Disponível em: <www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 21 maio 2020. 
No Trovadorismo, a poesia se manifestava por meio de textos que eram recitados ou cantados acompanhados por instrumentos 
musicais. Considerando as características desse movimento, o texto apresenta-se como uma
A. 	 cantiga de escárnio, em que o trovador satiriza uma situação.
B. 	 cantiga de amigo, em que a mulher lamenta pelo seu amado.
C. 	 cantiga de amor, com o eu lírico em busca da mulher amada. 
D. 	 poesia de vassalos, que se dirigem aos senhores feudais. 
E. 	 poesia da corte, voltada aos vassalos e seus senhores.
QUESTÃO 45 
25 anos sem Tom
Quanto mais o tempo passa, mais gostamos do que Antônio Carlos Jobim nos deixou. É claro que muita música boa foi 
feita por outros compositores depois que ele se foi há 25 anos. Música boa, mas em estilos muito diferentes do mais presente 
na obra de Tom.
A música popular está em permanente transformação, mudando a cada novidade determinada pelo momento e pela 
vontade ou necessidade de se criarem sons. O próprio Tom passou por isso a partir da bossa-nova.
Lembro-me de como ele costumava surpreender seus entrevistadores ao dizer que era um compositor de samba. 
Isso mesmo, de samba. Evidentemente, ele se referia não ao samba como o das escolas, batucado, vibrante, contagiante 
pelo ritmo, mas ao samba-canção dos anos imediatamente anteriores à bossa-nova.
MÁXIMO, J. Disponível em: <https://g1.globo.com>. Acesso em: 31 mar. 2020. [Fragmento adaptado]
O trecho anterior foi retirado de um artigo de opinião em que o autor, para garantir a coerência na progressão textual, faz 
questão de explicar a afirmação dada por Tom Jobim, uma vez que 
A. 	 a fala do músico soa contraditória em relação ao seu estilo musical.
B. 	 as gerações da atualidade desconhecem a obra do músico falecido.
C. 	 a pluralidade de sambas confunde os leitores da matéria jornalística.
D. 	 a mescla dos ritmos dificulta o entendimento das referências artísticas.
E. 	 a declaração do artista demonstra a marginalização do samba popular.
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219SE06POR2020XXIII
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287SE0XPOR2020VII 
LCT – PROVA I – PÁGINA 20 ENEM – VOL. 5 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
TEXTO I
A exclusão digital é o termo utilizado para sintetizar o 
contexto que impede a maior parte das pessoas de participar 
dos benefícios das novas tecnologias da informaçãoe comunicação (TICs). À medida que cresce a importância 
da internet nas atividades econômica, política e social, os 
indivíduos que não possuem acesso a essa tecnologia 
tornam-se gradativamente marginalizados. Contudo, são 
também excluídos aqueles que dispõem de acesso limitado, 
bem como aqueles que, mesmo possuindo o acesso 
à internet, são incapazes de usá-la eficazmente.
A competência em informação é pré-requisito para que uma 
pessoa saiba recuperar, interpretar, questionar um estoque 
de informações e consiga utilizá-lo em benefício próprio e 
da sociedade. Assim, num contexto de informação para a 
cidadania, as pessoas competentes em informação possuem 
melhores condições para exercer o controle social. Trata-se 
de uma condição essencial ao desenvolvimento social, 
cultural e econômico do Brasil, sendo necessário mobilizar 
a sociedade civil organizada e os órgãos governamentais 
com vistas a integrar o cidadão às ações de democracia.
CASTRO JUNIOR, O. V. Disponível em: <https://ojs.cgu.gov.br>. 
Acesso em: 18 maio 2020. [Fragmento adaptado]
TEXTO II
A universalização de serviços digitais passa por uma questão 
fundamental: não basta construir serviços digitais em torno 
do cidadão caso ele não tenha acesso à internet. Em suma, 
se o governo vai atender a sociedade de forma digital, 100% 
da população deve ter acesso à internet.
Caso a transformação não aconteça com equidade, 
corremos o risco de aumentar a desigualdade. A tecnologia 
é uma ferramenta e, se não tivermos a clareza de que seu 
propósito é melhorar a vida dos cidadãos, ela pode somente 
reproduzir, no ambiente digital, as diferenças sociais que 
marcam o Brasil. 
Entre os principais motivos da desigualdade no ambiente 
digital, estão: a falta de recursos, de conhecimento sobre 
tecnologia e de interesse por conectividade. Para os 20% 
mais pobres, o custo de um plano de 4G representa na 
média 5% do seu salário (World cellular information service 
study, 2018), e o custo de compra de dispositivo smartphone, 
10,15% da renda anual (Ovum, TMT Intelligence, 2017).
Disponível em: <https://govtechbrasil.org.br>. 
Acesso em: 18 maio 2020. [Fragmento]
TEXTO III 
Ter acesso à internet é fundamental para que crianças e 
adolescentes possam exercer plenamente seus direitos. Em 
tempos de distanciamento social, a rede se torna ainda mais 
importante para garantir a continuidade da aprendizagem, 
manter contato com amigos e cuidar da saúde mental, se 
proteger contra a violência e ter acesso a informações 
confiáveis.
No entanto, segundo dados preliminares da pesquisa TIC 
Kids Online 2019 do Cetic.br/NIC.br – disponibilizados por 
eles ao UNICEF –, 4,8 milhões de crianças e adolescentes 
de 9 a 17 anos de idade vivem em domicílios sem acesso à 
internet no Brasil (17% dessa população).
A pesquisa mostra, ainda, que, no país, 11% da população 
dessa faixa etária não é usuária de internet – não acessando 
a rede nem em casa nem em outros lugares nos três meses 
que antecederam a entrevista. A exclusão é maior entre 
crianças e adolescentes que vivem em áreas rurais (25%), 
nas regiões Norte e Nordeste (21%) e entre os domicílios 
das classes D e E (20%). 
Disponível em: <https://www.unicef.org>. Acesso em: 18 maio 2020. 
[Fragmento]
TEXTO IV
Domicílios em que havia utilização da internet (%)
74
,9
80
,1
80
,0
27
,3
64
,0 73
,0
35
,8
81
,1
83
,1
51
,2
76
,7
80
,3
53
,1
79
,6
83
,2
45
,3
41
,0
68
,4
Brasil Norte Nordeste
Total Urbana Rural
Sudeste Sul Centro-Oeste
IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e 
Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 
2017. Disponível em: <https://educa.ibge.gov.br>. 
Acesso em: 18 maio 2020. [Fragmento]
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de 
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 
4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 
4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
I176
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, 
redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema 
“A superação da exclusão digital para a redução da desigualdade social”, apresentando proposta de intervenção que 
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para 
defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
ENEM – VOL. 5 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 21BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
QUESTÃO 46 
Sócrates – E então? E aos inimigos, deve restituir-se 
aquilo que acaso lhes devemos?
Polemarco – Sem dúvida alguma, restituir-lhes aquilo 
que se lhes deve; ora o que um inimigo deve a outro é, em 
meu entendimento, o que lhe convém: o mal.
[...]
Sócrates – Bem. E a arte a que chamam da justiça, dá 
a quem o quê?
Polemarco – Se temos de ser consequentes com o que 
se disse antes, dá ajuda aos amigos e prejuízo aos inimigos.
[...]
Sócrates – Mas os justos podem tornar outrem injusto, 
por meio da justiça? Ou, de um modo geral, os bons podem 
tornar outrem mau, por meio da sua perfeição?
Polemarco – É impossível.
Sócrates – Logo, Polemarco, fazer mal não é a ação do 
homem justo, quer seja a um amigo, quer a qualquer outra 
pessoa, mas, pelo contrário, é a ação de um homem injusto.
Polemarco – Parece-me inteiramente verdade o que 
dizes, Sócrates.
PLATÃO. A República. Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. 
10.ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1949.
Sócrates foi um pensador da Antiguidade Clássica cujo 
método, apresentado no texto, consistiu em uma forma de 
filosofar denominada:
A. 	 Retórica, ensinando a arte do discurso público e do 
convencimento.
B. 	 Maiêutica, levando os interlocutores a reformular seus 
pensamentos.
C. 	 Metafísica, atribuindo as opiniões que nascem da 
aparência como verdade. 
D. 	 Lógica, estabelecendo argumentos dedutivos e 
indutivos para alcançar conhecimento.
E. 	 Erística, atuando no ataque pessoal aos adversários 
nos debates com apelações diversas.
QUESTÃO 47 
É, portanto, necessário varrer, do caminho da ciência, 
pretensões de uma teologia ou de uma moral que 
pretenderiam ditar-lhes leis. Não é a teologia que cabe 
enunciar a verdade dos fatos da política. Introduzir a teologia 
em História é confundir as ordens e misturar as ciências.
ALTHUSSER, L. Montesquieu, a Política e a História. 
Lisboa: Editorial Presença, 1977. [Fragmento adaptado]
Ao analisar a relação entre política e História a partir das 
ideias de Montesquieu, Louis Althusser destaca uma 
característica do pensamento iluminista, identificada na 
defesa da
A. 	 fundamentação ética do saber.
B. 	 abolição das crenças religiosas.
C. 	 popularização da educação formal.
D. 	 concepção sacralizada da natureza.
E. 	 valorização do conhecimento racional.
KRBW
CALIBRADA_FIL
Ø58D
150SE05HIS2020V 
QUESTÃO 48 
Líderes mundiais tentam evitar internacionalização 
da guerra na Líbia
A Guerra da Líbia tem suas origens em 2011, no contexto 
da Primavera Árabe, quando surgiram protestos contra o 
governo autoritário e ditatorial de Muammar Khadafi. Esses 
protestos evoluíram e levaram ao fim do governo de Khadafi, 
que foi capturado e assassinado pelas forças rebeldes. 
A partir de então, iniciou-se uma guerra civil marcada por 
conflitos entre milícias que fragmentaram o país, causando

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