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SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS

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SISTEMAS DE 
INFORMAÇÕES 
GERENCIAIS
Professor Me. Danillo Xavier Saes
Professora Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
GRADUAÇÃO
Unicesumar
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação 
a Distância; SAES, Danillo Xavier ; FEITOSA, Yuri Rafael Gragefe; 
SANTOS, Tatiane Garcia da Silva . 
 
 Sistemas de Informações Gerenciais. Danillo Xavier Saes; Yuri 
Rafael Gragefe Feitosa; Tatiane Garcia da Silva Santos. 
 Reimpressão
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 161 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Sistemas 2. Informações . 3. Gerenciais 4. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-459-0723-7
CDD - 22 ed. 658
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Designer Educacional
Giovana Vieira Cardoso
Iconografia
Isabela Soares Silva
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Fernando Henrique Mendes
Qualidade Textual
Hellyery Agda
Ludiane Aparecida de Souza
Ilustração
Gabriel Amaral
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cur-
sos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais 
de 100 mil estudantes espalhados em todo o 
Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educa-
dores soluções inteligentes para as necessidades 
de todos. Para continuar relevante, a instituição 
de educação precisa ter pelo menos três virtudes: 
inovação, coragem e compromisso com a quali-
dade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de 
Engenharia, metodologias ativas, as quais visam 
reunir o melhor do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferen-
tes áreas do conhecimento, formando profissio-
nais cidadãos que contribuam para o desenvolvi-
mento de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportu-
nidades e/ou estabelecendo mudanças capazes de 
alcançar um nível de desenvolvimento compatível com 
os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica 
e encontram-se integrados à proposta pedagógica, con-
tribuindo no processo educacional, complementando 
sua formação profissional, desenvolvendo competên-
cias e habilidades, e aplicando conceitos teóricos em 
situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal 
objetivo “provocar uma aproximação entre você e o 
conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento 
da autonomia em busca dos conhecimentos necessá-
rios para a sua formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cresci-
mento e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das dis-
cussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe 
de professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
A
U
TO
RE
S
Professor Me. Danillo Xavier Saes
Mestrado em Administração pela Universidade Estadual de Maringá (2015). 
Pós-Graduado em Ambientes para Internet pelo Centro Universitário de 
Maringá - Unicesumar (2002). Especialista em Gestão Empresarial pelo 
Instituto Paranaense de Ensino (2007). Graduado em Tecnologia em 
Processamento de Dados pela Unicesumar de Maringá (2000). Coordenador 
de cursos no EAD Unicesumar desde Fevereiro/2012. Atua em treinamentos 
empresariais. Professor autor e formador do EAD - Ensino a Distância da 
Unicesumar desde 2008. 
Para conhecer mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/8228177169774711>. 
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Especialista em EAD e as Tecnologias Educacionais pela Unicesumar (2015). 
MBA em Gestão da Tecnologia da Informação pelo Instituto Paranaense 
de Ensino (2013). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade 
Paranaense (2008). Aluno Não Regular do Mestrado em Ciência da 
Computação na Universidade Estadual de Maringá (2015). Analista 
Comercial em uma Empresa de Desenvolvimento de Software Baseado em 
Componentes e especializada em Documentos Fiscais Eletrônicos. Professor 
na Graduação EAD da disciplina de Fundamentos de Redes de Computadores 
nos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet. 
Professor dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica e Engenharia da 
Computação das disciplinas de Algoritmos e Lógica de Programação I e II, 
Professor de Pós Graduação da disciplina de Governança em TI no curso de 
MBA em TI, com Experiência na área de consultoria e vendas de produtos de 
TI (Hardware e Software). 
Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/7930556058381413>. 
Professora Me. Tatiane Garcia da Silva Santos
Mestre em Gestão do Conhecimento nas Organizações pela Unicesumar 
- Centro Universitário Cesumar (2016). Especialista em Controladoria e 
Contabilidade pela UEM - Universidade Estadual de Maringá (2010). Graduada 
em Ciências Contábeis pela CESUMAR - Centro Universitário de Maringá 
(2004). Atualmente é Professora/Orientadora do curso de Ciências Contábeis 
do Ensino Presencial da Unicesumar - Centro Universitário Cesumar, 
nas seguintes disciplinas: Estágio Supervisionado I e II, Contabilidade 
Intermediária, Noções de Atuária e Ética Geral e Profissional em Contabilidade. 
Professora do curso de Ciências Contábeis da UNIFAMMA - União de 
Faculdades Metropolitana de Maringá, nas seguintes disciplinas: Auditoria 
I e Contabilidade Tributária. Professora Formadora do Ensino a Distância 
da Unicesumar - EAD, das disciplinas: Estágio Supervisionado I, Estágio 
SupervisionadoII e Atuária. Ex-Tutora do curso de Ciências Contábeis do 
Ensino a Distância da Unicesumar. Tem experiência na área de Contabilidade. 
Autora dos livros: Arbitragem (2011), Estágio Supervisionado I (2014) e Estágio 
Supervisionado II (2015). Participação nos livros: Ética Geral e Profissional em 
Contabilidade (2015), Pensando o Conhecimento - Uma abordagem teórica 
à Gestão do Conhecimento (2015), e Envelhecer Saudável - Uma abordagem 
interdisciplinar do envelhecimento ativo (2015). 
Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/6987439622263692>. 
SEJA BEM-VINDO(A)!
Seja bem-vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), é com grande satisfação que iniciamos agora a disciplina de Siste-
mas de Informações Gerenciais. Este material foi desenvolvido especialmente para você, 
para orientá-lo(a) sobre esse importante assunto, muito utilizado atualmente no contex-
to empresarial.
Procuramos transmitir nossa experiência acadêmica e profissional de forma prática, 
com pesquisas detalhadas do que o mercado vem praticando, juntamente com uma 
fundamentação teórica sólida que lhe propiciará um entendimento amplo sobre todos 
os assuntos abordados.
Como é do seu conhecimento, no ambiente empresarial, cada vez mais o tema informa-
ção é altamente comentado e abordado. Assim como em diversos estudos, esse assunto 
tem sido levado em consideração pelas empresas e pelos seus dirigentes e é justamente 
sobre a utilização e o gerenciamento da informação que iremos discutir no decorrer do 
nosso livro, em cinco unidades.
Na unidade I, traremos uma contextualização sobre Informação, por meio de conceitos 
teóricos que levam a reflexão para a realidade das organizações, e estudaremos tam-
bém sobre Sistemas de Informação, um tema que será tratado com mais detalhes nas 
unidades seguintes. Nessa mesma unidade, você verá a diferença entre três palavras 
que, muitas vezes, se entrelaçam e podem ser confundidas em seus conceitos: Dado, 
Informação e Conhecimento.
Veremos ainda assuntos relacionados à tipologia de diferentes níveis de informação, 
como Institucional, Intermediário e Operacional, também utilizados no meio empre-
sarial. Abordaremos o conceito de sistemas e os recursos que eles possuem antes de 
entrar no significado real de Sistemas de Informação, para que esses conceitos fiquem 
mais claros para você.
Caminhando para a unidade II, traremos sobre assuntos de extrema importância para 
qualquer tipo de empresa, a Estratégia, a busca de informações, a elaboração de ações 
estratégicas. Ela está diretamente relacionada às informações nas quais os gestores se 
baseiam para tomar as decisões corretas, e seu conceito, bem como suas principais ca-
racterísticas e a importância do estudo da informação como uma ferramenta estratégi-
ca, é parte fundamental dessa unidade. Nela, será apresentada também uma descrição 
da evolução do pensamento estratégico com o passar dos anos.
Veremos alguns elementos importantes sobre a definição de uma estratégia e você po-
derá comprovar sua ligação com a Informação, pois uma depende da outra para existir. 
Para que essas estratégias sejam analisadas, elaboradas e efetivamente executadas, con-
tamos com ferramentas de tecnologia para auxiliar desde a elaboração até o acompa-
nhamento e a análise dos resultados obtidos, ou seja, todo o processo.
Na unidade III, apresentaremos o conceito de Tecnologia da Informação (TI), a utilização 
APRESENTAÇÃO
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
de estratégia na TI e as etapas de gestão estratégica da informação. Serão abor-
dados aspectos importantes sobre a utilização da estratégia da TI, como inovação, 
promoção e redução de custo, situação muito cobrada nos tempos de hoje.
Nessa mesma unidade, você verá alguns pontos que mostram a importância da tec-
nologia e os benefícios que ela pode trazer para as organizações. Trouxemos alguns 
exemplos de empresas que colocaram em prática os conceitos que serão aborda-
dos, bem como os resultados obtidos por elas e suas posições em relação às empre-
sas que não fizeram essa união entre estratégia e TI.
Na unidade IV, veremos assuntos mais específicos sobre algumas ferramentas de 
tecnologia que são utilizadas nas empresas, apresentaremos ainda alguns sistemas 
de apoio e software para a gestão das empresas e como essas ferramentas de tecno-
logia da informação podem auxiliar o relacionamento com o cliente, ajudar o gestor 
com o planejamento dos recursos e muitos mais. Ainda sobre tecnologia, aborda-
remos a nova tendência da TI, a Computação na Nuvem, e faremos uma introdução 
sobre essa tecnologia, que cresceu rapidamente, e que a cada dia, mais empresas 
estão envolvidas para que seja utilizada de forma correta.
Desse modo, alguns aspectos sobre a segurança e a vulnerabilidade dos Sistemas 
de Informação, problemas e ameaças que podem interferir na gestão e, consequen-
temente, gerar grandes prejuízos, também serão abordados. Problemas que muitas 
vezes podem ser físicos, como uma ameaça de incêndio e até erros de software, 
mau uso do computador por parte do usuário, entre muitas outras situações. Tam-
bém os requisitos de segurança como a privacidade, a integridade e a autenticidade 
que devem ser seguidos, afinal, a informação é considerada um patrimônio da em-
presa e precisa ser cuidada com bastante cautela.
Ainda na unidade IV, veremos as ações de Hackers e a contaminação por vírus, que 
são sinônimos de muita dor de cabeça e prejuízos incalculáveis para várias organiza-
ções. No entanto, também serão apresentadas algumas ferramentas de prevenção, 
para evitar essas situações, como antivírus, firewall entre outros.
Por fim, na unidade V, última unidade, abordaremos alguns aspectos sobre o Sis-
tema de Informação, para podermos conhecer o Sistema de Informação Contábil 
(SIC). Destacando a importância das informações contábeis para o processo de to-
mada de decisões nas organizações. 
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
11
UNIDADE I
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
17 Introdução
18 Dado, Informação e Conhecimento 
26 Tipologia da Informação 
27 Conceito de Sistema de Informação 
35 Considerações Finais 
40 Referências 
41 Gabarito 
UNIDADE II
AMBIENTE ESTRATÉGICO
45 Introdução
46 Conceito de Estratégia 
52 A Estratégia no Contexto Empresarial 
54 Evolução do Pensamento Estratégico 
56 Estratégia e Informação 
60 Planejamento e Tecnologia da Informação 
62 Estratégia e Tecnologia da Informação 
64 Considerações Finais 
71 Gabarito 
SUMÁRIO
12
UNIDADE III
GESTÃO ESTRATÉGICA DA INFORMAÇÃO
75 Introdução
76 Conceito de Tecnologia da Informação 
80 Etapas da Gestão Estratégica da Informação 
81 Utilização Estratégica da Tecnologia da Informação 
84 Considerações Finais 
90 Gabarito 
UNIDADE IV
FERRAMENTAS E SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
93 Introdução
94 Ferramentas de Tecnologia da Informação 
111 A Vulnerabilidade dos Sistemas de Informação 
118 Segurança dos Sistemas de Informação 
130 Considerações Finais 
136 Gabarito 
SUMÁRIO
13
UNIDADE V
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
139 Introdução
140 Sistemas de Informações 
141 Sistema De Informação Contábil (SIC) 
152 A Importância das Informações Contábeis Como Instrumento de Gestão 
Empresarial
153 Considerações Finais 
160 Gabarito 
161 Conclusão
U
N
ID
A
D
E I
Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Professor Me. Danillo Xavier Saes
CONTEXTUALIZANDO A 
INFORMAÇÃO
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Destacar os principais aspectos da informação nas organizações 
empresariais.
 ■ Oferecer um referencial teórico que proporcione uma visão 
estruturada da informação nas empresas.
 ■ Conceituar Sistemas de Informação e suas características
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Dado, Informação e Conhecimento
 ■ Tipologia da Informação
 ■ Conceito de Sistema de Informação
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), uma informação de qualidade é considerada moeda de troca 
para as organizações do séculoXXI. Por isso, um banco de dados bem estrutu-
rado, que armazena histórico de clientes, compras, vendas, contas a pagar e a 
receber, informações de relacionamento com clientes e outros dados importan-
tes, proporciona a possibilidade de se mensurar tais dados, e estes podem ser 
convertidos em informação, que por sua vez, é transformada em conhecimento, 
ou seja, algo que gera valor para o negócio e proporciona resultado.
A decisão em utilizar a tecnologia, mais especificamente, os Sistemas de 
Informação e todos os seus recursos, deve ser embasada na real necessidade da 
empresa. É preciso avaliar tal necessidade e a sua capacidade de investimento e, 
como consequência, o que esse investimento trará de retorno para a organiza-
ção. Implantar um sistema de informação simplesmente por implantar não será 
um investimento inteligente. Porém, se o objetivo estiver enraizado na obten-
ção de vantagens competitivas e na busca por qualidade e crescimento, então, 
será um investimento interessante.
A Informação está inserida como uma ferramenta preciosa utilizada no coti-
diano das empresas. O membro da equipe de trabalho é valorizado não apenas pelo 
que faz, mas também pelo que pode agregar de valor para o negócio em questão.
Seja a empresa micro, pequena ou grande, ou seja, não importa o seu tamanho, 
o uso de ferramentas tecnológicas deve auxiliar seus processos de gerenciamento. 
Cada qual com sua realidade de mercado e capacidade de investimento. Portanto, 
caro(a) aluno(a), o gerenciamento da informação se dá em diversas realidades 
e em diferentes portes de empresas. O que devemos sempre levar em conside-
ração é que ela, a “Senhora Informação”, é importante, uma vez que os gestores 
precisam de ferramentas que auxiliem o seu gerenciamento.
Introdução
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CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E18
DADO, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
O dado é um elemento isolado que ainda não foi arranjado ou organizado de 
uma forma que seja possível utilizá-lo ou entendê-lo. Ele é a matéria-prima da 
informação. Para exemplificar, podemos pegar uma temperatura qualquer: 30ºC. 
Sem qualquer outro atributo, é apenas um dado. Para que ela tenha um signifi-
cado, é necessário obter mais dados complementares que se relacionem. 
Côrtes (2008) explica que pode existir certa confusão entre os termos dados 
e informação, pois os dois, diversas vezes, são tomados como sinônimos. Por 
serem tomados como equivalentes, sendo confundidos, é importante diferen-
ciar os significados para clarear a compreensão.
Dado, Informação e Conhecimento
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A partir do momento que o dado passa por algum tipo de relacionamento, ava-
liação, interpretação ou organização, tem-se a geração de uma informação. Ela 
é o resultado de dados que se converteram em algo que tem utilidade para seus 
usuários, ou seja, são os dados organizados de modo significativo e útil. Côrtes 
(2008) afirma que deste ponto em diante, quando o dado é transformado em 
uma informação, uma decisão pode ser tomada pelo gestor que, por sua vez, a 
transformará em conhecimento, quando houver a interação com o seu usuário.
Tratando-se de informação, seja para micro, pequenas ou grandes organiza-
ções, destacamos também a forma que ela será comunicada dentro das empresas. 
Bernardes e Marcondes (2003) pontuam algumas vantagens e desvantagens de 
as comunicações operacionais serem informatizadas. As vantagens citadas pelos 
autores são:
 ■ A falta do computador chama mais atenção que sua presença.
 ■ O computador agiliza a rede de comunicações operacionais.
 ■ O computador obriga a formalização da rede de comunicações da empresa.
 ■ O computador diminui erros e reduz as possibilidades de fraudes.
 ■ As desvantagens, de acordo com os autores, são as seguintes:
 ■ Os sistemas operacionais computadorizados estão sujeitos a interrupções.
 ■ O computador exige normas de procedimentos trabalhosas de alterar.
 ■ A informática tem custos a serem levados em conta. 
Voltando à temperatura de 30ºC, por ser um dia quente, observo que o sol está 
forte, logo, devo utilizar algum tipo de protetor solar. Esse é um dado comple-
mentar que, se unido ao primeiro dado, transforma-se em uma informação útil, 
que me auxilia a tomar uma decisão.
A transformação de dados em informação se dá pelo fato de eles serem 
submetidos a atividades de processamento como comparação, classificação ou 
cálculos. Assim, tais atividades irão organizar e manipular os dados iniciais, 
transformando-os em informações para os usuários.
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E20
O’brien (2004) mostra dois exemplos que podem clarear os significados des-
ses dois termos:
Exemplo 1: transações comerciais como comprar um carro ou uma pas-
sagem de avião podem gerar muitos dados. Basta pensar nas centenas de fatos 
necessários para descrever as características do carro que você deseja e seu finan-
ciamento, ou mesmo os detalhes para a mais simples reserva de um voo.
Exemplo 2: nomes, quantidades e valores monetários registrados em formu-
lários de vendas representam dados sobre transações de vendas. Entretanto, um 
gerente de vendas pode não considerar esses dados como informação. Somente 
depois que tais fatos forem devidamente organizados e manipulados é que podem 
ser fornecidas informações significativas, especificando, por exemplo, a quanti-
dade de vendas por tipo de produto, território de vendas ou vendedor.
Ao nosso redor existe uma infinidade de informações que podem ser absorvi-
das. Algumas serão consideradas importantes e poderão ser armazenadas em 
nossa memória. Outras serão percebidas como inúteis, as quais não daremos 
muita atenção para armazená-las, ou então, podem ser relevantes apenas para um 
pequeno momento. Essa dinâmica faz parte do nosso dia a dia e fazemos isso de 
forma automática, sem ter que parar para raciocinar. A liberdade para absorver 
o que é útil e descartar o que não é necessário é saudável para os seres humanos.
Dado, Informação e Conhecimento
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As informações fazem parte da rotina das pessoas, seja em casa, na escola, 
no trabalho ou na Igreja. A todo o momento, estamos sendo bombardeados com 
diversas informações.
É natural a resistência inicial a algum tipo de inovação. No entanto, o mundo 
caminha no ritmo da evolução e das grandes transformações, e as empresas pre-
cisam acompanhar essa dança para que possam, no mínimo, conseguir ouvir 
a música. O essencial é que, mesmo acompanhando esse processo evolutivo, 
a empresa continue a ter personalidade própria e a preservar seus princípios e 
seus valores. É importante também a análise da realidade da empresa para tais 
investimentos.
Quando você senta em frente à televisão, por exemplo, ao assistir um pro-
grama qualquer, você recebe informações a respeito de cores, de estilos de roupa, 
de definições sociais de beleza e de estética, de sons, de estímulos de consumo, 
de sensações, de emoções e muito mais. Comprovando o que dissemos anterior-
mente, algumas serão guardadas como úteis, e outras serão descartadas assim 
que a televisão for desligada.
Para você obter uma informação, é necessário relacionar dados diversos. Compare 
isso com um quebra-cabeça. Uma peça por si só, isolada, é um dado. Agora, a 
união dessas peças não irá constituir necessariamente uma informação, pois se 
colocadas nos lugares errados ou uma sobre a outra não terão o resultado espe-
rado. Após o quebra-cabeçaser montado com suas peças organizadas, nos devidos 
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E22
lugares, você tem o resultado da imagem correta. Isso representa a informação.
Vamos imaginar uma situação simples de nosso cotidiano. Você está andando 
na rua e alguém lhe pergunta onde fica a Av. Presidente Vargas, por exemplo. 
A pessoa está pedindo uma informação que, até aquele momento, ela não tem. 
Você, sabendo onde fica a rua questionada, passa a informação para o outro. Isso 
é algo simplório, mas interessante.
Você sabe a localização da rua em questão, mas, até então, isso era um dado 
isolado armazenado em sua memória que não havia sido utilizado. No momento 
que foi solicitado, você varreu sua memória em busca desse dado, que se trans-
formou em uma informação, pois, passou a ter uma utilidade. A informação 
transmitida serviu de base para a pessoa tomar a decisão de ir até o local desejado.
Para que você pudesse responder o que lhe foi pedido, foi necessário, em 
algum momento, que você tomasse conhecimento daquele dado. Assim, de alguma 
maneira, a localização da Av. Presidente Vargas passou pela etapa da entrada 
em sua memória. Quando questionado, houve a fase do processamento, ou seja, 
da busca pelo dado em sua memória, para que depois você pudesse transmitir 
(saída) a informação que foi solicitada.
Essa realidade funciona também dentro dos sistemas de informação. Em 
uma fase inicial, os usuários incluem dos dados dentro do sistema. Um cadas-
tro de cliente, por exemplo. Os campos nome, endereço, e-mail, CPF e RG vão 
sendo preenchidos de forma isolada, de início, sem significado individual. Esta 
é a fase da Entrada de dados no sistema. Posteriormente, quando necessário, 
o sistema realiza a busca destes dados (Processamento) para a emissão de um 
relatório (Saída).
Atualmente, estamos inseridos em um 
período da história da humanidade no qual a 
informação é valiosa e utilizada como moeda de 
troca, e nós, seres humanos, cada vez mais, temos 
sido valorizados pelo que conhecemos e por nossa 
capacidade de reaprender constantemente, afi-
nal, conhecimento e informação são dinâmicos 
e precisamos acompanhar esse efeito no nosso 
cotidiano profissional.
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Vimos, anteriormente, que o dado é algo bruto, sem utilidade aparente quando 
considerado de forma isolada. A partir do momento que vários dados se unem, 
se transformam em uma informação, que, por sua vez, passa a ter algum tipo 
de utilidade para uma tomada de decisão. A informação se constitui dessa união 
de dados e de fatos conhecidos referentes a alguma situação. Agora, o melhor de 
tudo para o crescimento profissional, é saber transformar essa informação em 
conhecimento, que nada mais é do que o resultado da interação do indivíduo 
com a informação que ele adquiriu, ou seja, é a capacidade que o sujeito tem de 
agir com base nas informações que foram transmitidas a ele.
Vivemos em um mundo altamente competitivo, onde os consumidores estão 
cada vez mais exigentes. Se não melhorarmos constantemente, ficaremos estagna-
dos e sem a possibilidade de crescer, ou até mesmo, de nos manter no mercado. 
Por isso, a melhora permanente é uma necessidade real dentro das empresas, 
independentemente do seu porte. Para que essa melhora realmente aconteça, é 
preciso que algo a impulsione, no caso, o conhecimento.
Esse contexto pode ser atribuído ao fato de que a aprendizagem e o desen-
volvimento do conhecimento e da inteligência empresarial serem assuntos que 
têm suscitado a realização de estudos e de pesquisas por parte das empresas por 
ser estratégico para a manutenção da vantagem competitiva. A empresa precisa 
desenvolver competência em diversas áreas para que sua posição de mercado 
seja consolidada e possa desenvolver novas perspectivas (CÔRTES, 2008).
O processo de se adquirir conhecimento está ligado ao cotidiano das pes-
soas. Leitura, cursos, palestras, treinamentos, graduação, especialização, troca 
de experiências, tudo isso faz com que o estoque de conhecimento de cada pes-
soa vá sendo aumentado e melhorado. Por meio das experiências vivenciadas, 
aprendemos a solucionar problemas, e conhecimento é justamente isso.
Vale salientar aqui a importância de uma cultura de troca de experiências e 
de informações entre os funcionários da mesma empresa, também do incentivo 
da empresa e da força de vontade do próprio colaborador para adquirir conhe-
cimento e compartilhá-lo com sua equipe. O conhecimento, por ser dinâmico, 
precisa ser transmitido, repassado e, consequentemente, reaprendido. Aquilo 
que você aprende hoje precisará, algum dia, ser melhorado de alguma maneira.
Essa cultura organizacional não é conquistada da noite para o dia. Muitas 
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
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IU N I D A D E24
pessoas ainda possuem o medo de compartilhar com seus colegas de trabalho 
informações novas aprendidas, e esse medo se dá por diversos fatores como falta 
de incentivo da equipe, pressão dos superiores dentre outros. Mas, empresas que 
plantam a cultura da troca de conhecimentos com sua equipe de trabalho, aca-
bam colhendo resultados positivos e satisfatórios.
Na atualidade, apenas empresas geradoras de conhecimento e organizações 
que zelam por aprender é que obtêm vantagem competitiva duradoura derivada 
do uso da gestão do conhecimento organizacional e do incentivo à inovação. A 
gestão do conhecimento, por meio das tecnologias de sistemas de informação, 
auxiliam na criação e na propagação de conhecimento dentro das empresas, pro-
porcionando, assim, a integração em novos serviços, produtos e processos de 
negócio (O’BRIEN, 2004).
Inúmeras informações são geradas na rotina profissional. Muitas precisam 
ser armazenadas para serem utilizadas no futuro, outras são desnecessárias e 
podem ser descartadas. Diversas informações também são incorporadas no 
cotidiano das empresas, fazendo com que os produtos ou os serviços comercia-
lizados passem a ter um valor mais agregado devido às informações absorvidas.
Um exemplo disso é a experiência adquirida por uma empresa que presta 
serviço de assistência técnica em computadores. Quanto maior o tempo de tra-
balho, mais credibilidade e confiança essa empresa passará aos seus clientes, 
podendo, assim, cobrar um pouco mais pelo serviço prestado, com base nesse 
argumento. O serviço é o mesmo que o dos concorrentes, mas o conhecimento, 
que foi adquirido com a experiência do cotidiano de trabalho, fez com que o tra-
balho passasse a ter um valor agregado maior.
Temos o conhecimento dividido em quatro propriedades, sendo que a pri-
meira considera que o conhecimento é volátil. Em razão da natureza de seu 
armazenamento na mente das pessoas, os conhecimentos evoluíram em função 
das mudanças que se produzem em seus portadores. Por exemplo, um dos espe-
cialistas da empresa pode abandoná-la e, quando isso ocorre, a empresa perde 
conhecimento (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
A segunda propriedade do conhecimento é que ele se desenvolve por apren-
dizagem, ou seja, o processo de desenvolvimento do conhecimento é basicamente 
o de aprendizagem. Portanto, a gestão da aprendizagem é uma variável chave na 
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gestão eficiente do conhecimento. E o processo de aprendizagem é um meca-
nismo de melhora pessoal, individualizado, que depende das capacidades de 
cada pessoa, e também das experiências de aprendizagem que esta encontra pelo 
caminho (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
O conhecimento se transforma por ação do impulso da motivação, que éa sua terceira propriedade. O uso de um conhecimento na solução de problemas 
é o processo de passar de uma internalização para a interação com o mundo. 
A motivação para a utilização do conhecimento é crucial para o uso eficaz do 
conhecimento adquirido (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
A quarta propriedade, compreende o processo de transferência do conheci-
mento, ou seja, ele é transferido sem perder-se. Os conhecimentos acumulados 
podem comprar e vender, transferindo ao comprador a capacidade de resolução 
de problemas existente no vendedor. Em razão da forma de sua materializa-
ção, essa característica deveria ser a base de uma possível teoria econômica dos 
conhecimentos (MUÑOZ-SECA; RIVEROLA, 2004).
De acordo com Davenport e Prusak (1998), conhecimento é a única fonte 
sustentável de vantagem competitiva. Essa afirmação complementa a definição 
dos autores citados anteriormente, ao afirmarem que o conhecimento é o motor 
da melhora permanente. As empresas estão, cada vez mais, buscando melho-
ria contínua. A busca pela excelência tem sido alvo de extrema preocupação por 
parte de diversas organizações do mundo moderno.
Excelência é considerada como algo de valor para muitas empresas e está 
relacionada à superioridade ou ao fato de ser muito bom em um alto grau de ava-
liação. Esse patamar é buscado de forma enfática pelos gestores das organizações 
e está atrelado à capacidade que a empresa possui de gerar, manter e reconstruir 
conhecimento. Mesmo que pareça redundante dizer, vamos ressaltar mais uma 
vez: agregar valor para obter vantagem competitiva.
A geração de conhecimento se dá de diversas formas. Uma delas é a experi-
ência adquirida dentro do segmento de trabalho em que se está inserido, como 
já citado anteriormente, no exemplo da assistência técnica em computadores.
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
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IU N I D A D E26
TIPOLOGIA DA INFORMAÇÃO
A internet é uma prova viva da tipologia da informação, pois por meio dela 
podemos fazer buscas importantes em questão de segundos. Se você fizer uma 
consulta no Google sobre assunto qualquer, por exemplo, Gestão da Informação, 
você obterá milhões de resultados de possíveis páginas que se referenciam ao 
assunto pesquisado. Porém é importante saber a veracidade, a credibilidade e a 
idoneidade do site visitado em relação ao seu conteúdo, para saber se a infor-
mação é confiável ou não.
Dentro de uma empresa, essa realidade é similar. Um sistema de informação 
deve trazer ao seu usuário a resposta para algo que ele necessite naquele momento. 
No entanto, caso as informações adicionadas no sistema tiverem sido equivoca-
das, o resultado para um relatório, por exemplo, pode não ser satisfatório.
Vamos pegar o simples exemplo de um cotidiano empresarial. Suponhamos 
que, no momento de se fazer o cadastro de um cliente, o sistema utilizado não 
faça a validação do CPF (algo que não é muito comum de acontecer atualmente, 
pois essa é uma rotina simples de programação). Agora, imagine que, depois de 
algum tempo, justamente esse cliente esteja inadimplente com a empresa, e sua 
política de crédito diz que é necessário incluir esse cliente no serviço de prote-
ção ao crédito. Será um caso impossível de se realizar, pois o CPF está errado e 
essa é uma informação que os sistemas de proteção ao crédito exigem que esteja 
correta.
Nesse exemplo, é possível 
verificar a importância da con-
sistência e da veracidade das 
informações, pois um erro sim-
ples pode resultar em prejuízo 
futuro.
Uma empresa de grande 
porte precisa de uma realidade 
de sistema de informação mais 
robusta e em alguns casos, existe 
até mesmo um departamento de 
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tecnologia dentro da empresa, para cuidar dessa área especificamente. Por outro 
lado, um pequeno comércio varejista não possui a mesma necessidade da empresa 
anterior. A realidade dessa microempresa não impõe a necessidade um departa-
mento específico para isso e pode optar por comprar um sistema simples ou até 
mesmo alugar de uma prestadora de serviços da área de informática.
Imagine uma instituição financeira que lida com milhares de informações 
diferentes e precisa cruzá-las, analisá-las, mensurá-las etc. Um sistema para 
gerenciar essa realidade necessita de inúmeros requisitos a mais para suportar a 
quantidade e a velocidade com que as informações são incluídas, processadas, 
retornadas e analisadas pelos usuários. Logo, temos empresas diferentes para 
realidades diferentes.
CONCEITO DE SISTEMA DE INFORMAÇÃO
Vimos anteriormente o significado de informação e conhecimento, cuja maté-
ria prima inicial é o dado. Antes de entrarmos no conceito propriamente dito 
de Sistema de Informação (SI), é interessante contextualizarmos o significado 
da palavra sistema.
De forma simples, um sistema nada mais é do que o conjunto de elemen-
tos interconectados que formam um todo organizado. Um sistema orgânico, 
por exemplo, segundo a biologia, é um grupo de órgãos que tem o objetivo de 
executar uma determinada tarefa (sistema respiratório, sistema nervoso etc.).
Outro exemplo é o Sistema Solar, que é formado pelo Sol e pelos planetas que 
estão interconectados pelas leis gravitacionais. Imagine a sua casa: você possui 
um sistema de energia elétrica que funciona independentemente ou um sistema 
hidráulico que também é independente, mas você utiliza os dois simultaneamente, 
ao tomar banho, por exemplo. Portanto são partes únicas, independentes, que 
podem interagir e formar uma parte maior e mais estruturada.
Dentro da empresa onde você trabalha, essa realidade se repete. Imagine cada 
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IU N I D A D E28
departamento, trabalhando com sua equipe de forma independente. Quando se 
unem, formam a empresa, que é o todo. Um setor isolado funciona sozinho, mas, 
para que o todo funcione (que é o objetivo maior), os departamentos precisam, 
necessariamente, interagir. O representante visita e cadastra o cliente, mas é o 
departamento financeiro que irá liberar o crédito e a expedição enviar o pedido.
O objetivo principal de um SI é o de organizar as informações que são ali-
mentadas pelos usuários para que, no momento necessário, elas possam ser 
utilizadas para alguma finalidade.
Conforme o tempo vai passando, a base de dados do sistema vai se tornando 
maior e mais robusta, pois o dinamismo da realidade faz com as informações 
sejam atualizadas, corrigidas e recriadas constantemente.
Seria possível imaginar, nos dias de hoje, uma instituição financeira ope-
rando sem um Sistema de Informação? E uma multinacional, com filiais em 
diversos países? Ou uma indústria de confecção, que possui pontos de vendas e 
representantes espalhados por todo o país? A tecnologia está inserida no con-
texto dessas empresas justamente devido à quantidade de informações que são 
geradas a cada dia. Sem um sistema informatizado, pode-se afirmar que seria 
praticamente impossível administrar tal organização.
Um sistema de informação deve estar alicerçado em três razões: tecnologia, 
organizações e pessoas, fundamentais para as aplicações relacionadas à tecno-
logia da informação dentro das empresas.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO 
Agora, vamos colocar a definição de sistema, vista no item anterior, dentro da rea-
lidade de se trabalhar com informações. O’brien (2004) mostra que um modelo 
básico de SI consiste em cinco recursos principais: Pessoas, Hardware, Software, 
Dados e Rede. Para o autor, cada um desses recursos possui papéis importantes 
a serem desempenhados para a realidade do sistema de informação.
Os dados gerados na rotina de trabalho são inúmeros. É claro que isso 
depende, mais uma vez, da realidade e do porte da empresa. Quantomaior a 
companhia, mais informações serão geradas e processadas diariamente.
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SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E CAPITAL HUMANO
Um SI consistente, que satisfaça as necessidades 
da empresa, de nada vale se não tiver alguém 
para utilizá-lo, de maneira eficiente. O conhe-
cimento gerado pelas informações obtidas pelo 
sistema pertence às pessoas que estão inseridas 
na comunidade empresarial. São eles: gestores, 
supervisores, gerentes, coordenadores, usuários 
que possuem o poder de transformar o bem pre-
cioso, informação, em conhecimento, e gerar 
mais valor para o negócio em que estão inseridos.
Vale lembrar que a equipe de trabalho deve trabalhar em sintonia. O usuário 
do SI deve ser ouvido com atenção, pois é ele que estará lidando com a realidade 
cotidiana do sistema a ser utilizado. Seja um departamento próprio de tecnologia 
ou terceirizado, se quiserem buscar os resultados positivos, precisam se comu-
nicar com clareza e com eficiência.
A implantação de um SI ou a sua atualização por outro sistema está relacionada 
O início da computação pessoal e dos sistemas de informação
Considerados como os desbravadores da computação pessoal e dos siste-
mas de informação, Bill Gates, Steve Jobs, Paul Allen, Steve Ballmer e outros 
protagonistas eram jovens e rebeldes. Apesar de não possuírem dinheiro, 
tinham em comum sonhos, ideias e produtos. Entre as suas criações estão: 
Apple, depois o Apple II, Lisa e finalmente o Macintosh. 
Apesar da rebeldia, os jovens se destacaram no mercado e hoje são con-
siderados ícones da área. Dono de uma personalidade complicada e des-
controlada, Jobs utilizou o seu conhecimento sobre mercado e colocou em 
prática as suas ideias. Ideias que mais tarde resultaram no reconhecimento 
dele como “o gênio da informática”.
Fonte: adaptado de Ribeiro (2010, on-line)1.
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
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IU N I D A D E30
a uma mudança nas rotinas empresariais. Caso a empresa não tenha sistema de 
gestão e decida implantar um, os funcionários poderão demonstrar insegurança 
com a nova ferramenta de trabalho. Em outra situação, se a empresa já possui 
um SI, mas percebe que ele não está satisfazendo suas necessidades e anseios, 
e assim, decide trocar o sistema. Essa também é um tipo de mudança que cau-
sará desconforto aos usuários, pois já estão acostumados ao funcionamento do 
sistema antigo.
Essa resistência à mudança por parte das pessoas é uma situação natural do 
ser humano, e um dos principais motivos é o medo do desconhecido, do novo, 
do diferente. O importante, seja com a implantação ou com a atualização da 
tecnologia, é proporcionar o treinamento adequado às pessoas que farão uso 
da ferramenta.
Imagine uma pequena loja de materiais de construção com mais de 30 anos 
de história e que alguns de seus funcionários estão na casa desde o início das 
atividades desse comércio. Eis que chega um ponto no qual a segunda geração 
da família começa a tomar conta dos negócios de seu pai.
Muito bem. Esse filho, mais jovem e de cabeça mais aberta, decide implantar 
um sistema de gerenciamento para a sua loja. É 
muito provável que os funcionários antigos sen-
tirão medo e terão resistência a essa situação, 
porque mesmo sendo bons vendedores, prova-
velmente não possuem habilidades para lidar 
com o computador, pois isso não foi preciso até 
o momento. Essa é uma situação delicada, que 
mexe com a cultura existente dentro da empresa, 
sendo necessário muito tato, tranquilidade e 
incentivo para que os veteranos não desanimem.
É muito importante, em uma realidade 
como essa, mesmo que pareça extrema, que a empresa proporcione a devida 
capacitação do seu pessoal. Se avaliarmos uma situação na qual a empresa está 
realizando uma atualização em seu SI, uma mudança também está sendo feita 
e, mesmo que a equipe de trabalho já esteja apta a trabalhar com suas ferramen-
tas, o treinamento é necessário e essencial. Não se deve simplesmente colocar 
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o usuário diante do sistema e dizer para ele: “mexa e aprenda sozinho!”. É claro 
que é possível que o sujeito aprenda a trabalhar com a ferramenta em questão. 
Porém, pode ser que não aprenda com a mesma eficiência caso recebesse a capa-
citação adequada.
As pessoas que fazem parte do ambiente empresarial devem ser respeitadas e 
valorizadas de acordo com suas atividades. O conhecimento gerado e transformado 
em vantagem competitiva está ligado diretamente à ação da equipe de trabalho.
A troca de experiências no cotidiano e o fato de se compartilhar informações e 
conhecimentos entre os membros da equipe proporcionam um fortalecimento das 
relações humanas dentro da empresa, bem como sua sustentabilidade no mercado.
Assim, é possível perceber a importância do capital humano dentro do 
contexto organizacional. A valorização da equipe de trabalho está diretamente 
relacionada ao sucesso da empresa, pois é ela que irá utilizar as informações de 
maneira estratégica, gerando resultados para a empresa. 
O SISTEMA DE INFORMAÇÃO NO CONTEXTO DA 
ORGANIZAÇÃO
Como vimos anteriormente, o esquema de um sistema se baseia, essencialmente, 
na Entrada, no Processamento, na Saída e no Feedback. Segundo Batista (2006), 
um sistema de informação implantado na empresa tem por objetivo a criação de 
um ambiente empresarial no qual as informações sejam confiáveis e possam 
fluir na estrutura da organização, para que sejam utilizadas quando necessárias.
Para isso, é preciso que o usuário tenha conhecimento sobre a sua função 
exercida e também saiba das informações disponíveis para ele, objetivando faci-
litar o seu trabalho. Caso isso não ocorra, informações concretas, repassadas 
por meio de relatórios e de gráficos, por exemplo, que poderiam facilitar a vida 
do indivíduo, ficam banalizadas e não são utilizadas com a eficiência esperada.
Além da veracidade e da confiança diante das informações, devemos levar em 
consideração também a questão da qualidade dos resultados gerados pela utili-
zação de um sistema. Não basta possuir um banco de dados robusto se o sistema 
não tiver a capacidade de retornar informações plausíveis e de qualidade.
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
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COMPONENTES DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
O Sistema de Informação Baseado em Computador (SIBC) faz uso de toda sua 
tecnologia para processar dados informados com o objetivo de facilitar muitas 
tarefas, como um simples relatório. Podemos dividir esse sistema em três com-
ponentes que fazem parte integrante de sua organização:
 ■ Tecnologia: o computador é a base tecnológica para que todo e qualquer 
Sistema de Informação funcione perfeitamente, por meio de seu rápido 
raciocínio capaz de fazer cálculos gigantescos em questão de milissegun-
dos, juntamente com toda estrutura que o cerca, como redes, incluindo a 
própria Internet. Vale lembrar que na atualidade, Computador é apenas 
aquele Desktop que era comum em torno do ano 2.000, com o kit: mouse, 
teclado, gabinete e caixa de som. Hoje, o Computador está na palma da 
mão, por exemplo, com os Smartphones.
 ■ Organizações: são a base de todos os Sistemas de Informação, são as empre-
sas desenvolvedoras de Soft ware que lançam seus produtos no mercado, 
atualmente com muita demanda. Assim como a tecnologia, os Soft wares 
desenvolvidos por essas organizações não estão mais presos no compu-
tador de mesa. Os Sistemas de Informação chegam nos Smartphones, 
tablets, até as Smart Tvs e muitos outros dispositivos, conforme será abor-
dado no Capítulo IV.
 ■ Pessoas:como nenhum sistema funciona sozinho, é fundamental que 
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tenha um grupo de pessoas trabalhando ao seu redor. Do lado da tecno-
logia, é preciso pessoas para alimentá-lo, para passar informações, para 
fazer cadastros, entre muitos outros fatores; já pelo lado das organizações, 
é preciso pessoas para o desenvolvimento dos Sistemas, para dar manu-
tenção e suporte, para manter a integridade de seus usuários.
É impossível operar, alimentar e manipular qualquer Sistema de Informação sem 
dados e informações, além do mais, para fazer tais operações, deve-se ter uma pes-
soa responsável por isso. Portanto, independentemente do Sistema de Informação, 
é preciso ter um conjunto de diretrizes para o seu perfeito funcionamento.
CONTEXTUALIZANDO A INFORMAÇÃO
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IU N I D A D E34
Segundo O’brien (2004), sistema se define por um grupo de componentes que 
se inter-relacionam e trabalham em direção a uma meta comum, recebendo 
insumos (dados) e produzindo resultados por meio de um processo de trans-
formação. As três funções básicas para um sistema são entrada, processamento 
e saída, como vimos anteriormente.
Como exemplo, pensemos em uma situação hipotética: um sistema industrial 
que recebe matéria-prima como entrada e produz bens acabados como saída. Um 
sistema de informação é um sistema que recebe recursos (dados) como entrada e 
os processa em produtos (informação) como saída. Uma empresa é um sistema 
no qual os recursos econômicos são transformados, pelos diversos processos de 
negócios, em bens e em serviços (O’BRIEN, 2004).
Uma empresa é considerada um tipo de sistema devido à sua funcionali-
dade, pois ela é uma instituição cuja existência está baseada em uma finalidade 
específica, e portanto, também é um exemplo de sistema.
O objetivo de usar os sistemas de informação é a criação de um ambiente 
empresarial em que as informações sejam confiáveis e possam fluir na estru-
tura organizacional. 
(Emerson de Oliveira Batista).
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em nosso primeiro capítulo, pudemos aprender sobre o conceito de Sistemas de 
Informação e tudo que o rodeia: dados, informações, infraestrutura e, fundamen-
talmente, pessoas. Vimos também que esse Sistema não pode trabalhar sozinho, 
pois precisa ser alimentado e, para isso, é fundamental a interação humana em 
todo esse processo.
Observamos o resultado da dinâmica da interação entre os dados brutos trans-
formados em informação e a sua aplicação pelo usuário, ou seja, pelas pessoas, 
protagonistas do processo. Todo esse processo faz com que algo que até então era 
isolado e não tinha valor aparente, seja transformado em algo com valor agre-
gado, por meio da capacidade humana de gerar conhecimento, juntamente com 
a alta capacidade de processamento e de resposta dos Sistemas de Informação.
Devido à grande evolução da tecnologia, em um curto espaço de tempo, o 
mercado de trabalho exige cada vez mais pessoas capacitadas para estar à frente 
desses Sistemas. Quem não procurar se atualizar, buscar novos conhecimentos e 
habilidades, possivelmente, ficará para trás e será substituído por uma máquina 
que faz montagens em séries.
Para planejar qualquer tipo de ação, o gestor precisa se basear em dados 
concretos como histórico, previsões, análises financeiras etc. Isso acontece por-
que as realidades vivenciadas pelas empresas são diferentes, e os Sistemas de 
Informação entraram perfeitamente nessas situações, ajudando de forma con-
siderável o gestor a tomar decisões.
Sendo assim, a tecnologia da informação, desde que seja corretamente seg-
mentada como ferramenta para o sistema de informação da organização, deve ser 
usada pelas pessoas a fim de realizar suas tarefas de forma melhor, dando suporte 
a todo o processo produtivo, envolvendo todos os setores da organização e pro-
duzindo insumos que auxiliarão no maior controle e organização do contexto ao 
qual estão inseridos, trazendo respostas e resultados com muito mais eficiência.
36 
1. Assinale a alternativa que representa o conceito de dado:
( ) Sistemas operacionais computadorizados.
( ) É um elemento isolado que ainda não foi arranjado ou organizado de uma 
forma que seja possível utilizá-lo ou entendê-lo. 
( ) É o resultado de dados que se converteram em algo que tem utilidade para 
seus usuários.
( ) É a resistência inicial a algum tipo de inovação.
( ) É uma peça por si só, isolada.
2. O conhecimento é dividido em quatro propriedades. Com base nesta informa-
ção, assinale a alternativa que corresponda a uma dessas propriedades:
( ) Aprendizagem.
( ) Propriedade.
( ) Transferência de informação.
( ) Desmotivação.
( ) Desvantagem competitiva.
3. Discorra sobre o que mudou, tecnologicamente, desde o ano 2000?
4. Como você compara a valorização do conhecimento hoje em relação ao merca-
do 20 ou 30 anos atrás?
5. Faça um breve comentário sobre Sistemas de Informação.
37 
REFLEXÕES SOBRE A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO E DO 
PENSAMENTO ADMINISTRATIVO
Embora seja possível atribuir significados um pouco diversos, considera-se que a estra-
tégia seja a arte ou a técnica de aplicar com eficácia os meios e os recursos disponíveis, 
explorando condições eventualmente favoráveis, tendo em vista alcançar objetivos es-
pecíficos. Por sua vez, a administração estratégica é, segundo Daft (2005, p. 172-173), 
“um conjunto de decisões e ações usadas para formular e implementar as estratégias 
que proporcionam uma adequação competitivamente superior entre organização e seu 
ambiente, para ela poder alcançar as metas organizacionais”.
Segundo Ghemawat (2000, p. 16) “a Primeira Revolução Industrial (que se estendeu 
de meados do século XVIII até meados do século XIX) não produziu muito em termos 
de pensamento ou comportamento estratégico”. Segundo ele, este fracasso pode ser 
atribuído ao fato de que, apesar de tratar-se de um período marcado por intensa con-
corrência entre as empresas industriais, praticamente nenhuma delas tinha poder para 
influenciar os resultados do mercado de forma significativo (GHEMAWAT, 2000, p. 16).
Prosseguindo, Ghemawat (2000) justifica que como a Primeira Revolução Industrial foi, 
em grande parte, movida pelo desenvolvimento do comércio internacional de umas 
poucas commodities (em especial o algodão), as empresas, em sua maioria, tendem a 
permanecer pequenas e empregar o mínimo de pessoal de capital fixo.
Em razão disso, ele conclui que “as pequenas empresas comerciais da época precisavam 
de pouca ou nenhuma estratégia”. Embora essa seja uma colocação que pode suscitar 
controvérsias, é importante prosseguir na análise do pensamento de Ghemawat, apro-
fundando um pouco mais essa proposição.
A estratégia, como forma de moldar o mercado, começou com a Segunda Revolução 
Industrial nos Estados Unidos, a partir de meados do século XX. Depois de 1850, com 
a construção de ferrovias, tem início a formação do mercado de massa que, aliado à 
oferta de capital e de crédito, levou à realização de grandes investimentos em produção 
e em distribuição, explorando economias de escala. Com isso, no final do século XX, 
surgiram nos Estados Unidos, e posteriormente na Europa, empresas verticalmente inte-
gradas, desenvolvendo hierarquias gerenciais, a fim de coordenar funções relacionadas 
às diversas etapas produtivas e de comercialização. Não por acaso, a partir da Segunda 
Revolução Industrial, surgiram, nos Estados Unidos, algumas das principais escolas de 
administração como a Wharton School (1881) e a Harvard Business School (1908), esta 
última sendo uma das primeiras a promover a ideiade que os gerentes deveriam de-
senvolver o pensamento estratégico em vez de atuarem apenas como administradores 
funcionais (GHEMAWAT, 2000).
Durante a Segunda Guerra Mundial, com a escassez de recursos perante as necessidades 
crescentes, o pensamento estratégico desenvolveu-se muito nos âmbitos empresarial e 
militar, levando ao surgimento de novas técnicas de análise e sua aplicação às decisões 
38 
gerenciais. Mas, enquanto no pós-guerra, a administração estratégica servia como base 
à reestruturação do Japão, a forte demanda interna e as ofertas de recursos verificadas 
nos Estados Unidos fizeram com que esse pensamento fosse “esquecido” nesse país. Por 
sua vez, na Europa do pós-guerra, a presença e o controle do governo em setores indus-
triais chave fizeram com que a administração estratégica empresarial ficasse relegada 
a uma segunda instância, com alguns setores perdendo competitividade e ficando de-
pendentes de incentivos e subsídios oficiais.
Particularmente no Japão, o pensamento estratégico frutificou e serviu de base à re-
formulação de indústrias, em especial aquelas ligadas ao setor automobilístico. Com 
advento das crises do petróleo nos anos 1970, com altas pronunciadas nas cotações 
internacionais deste produto, os japoneses passaram a fornecer aos Estados Unidos au-
tomóveis modernos, compactos, confortáveis e principalmente econômicos a um preço 
inferior aos praticados pelas montadoras americanas.
Aliada à revisão de processos e de práticas, a informatização crescente, propiciada pe-
los avanços obtidos na produção de microcomputadores, a partir de meados dos anos 
1970, veio colaborar de maneira significativa com o planejamento estratégico. Se o sur-
gimento de computadores eletrônicos, nos anos 1940 e 1950, serviu, num primeiro mo-
mento, à agilização de procedimentos mecânicos, a evolução tecnológica empreendida 
ao longo das décadas de 1960 e 1970 permitiu a prospecção de novas e instigantes 
possibilidades. Aos poucos, a utilização de sistemas de informação serviu não apenas 
ao atendimento de questões operacionais ou táticas, mas organizou o fluxo de infor-
mações nas empresas, facilitando a geração de conhecimento e o desenvolvimento de 
estratégias empresariais potencializadas pelo uso cada vez mais intensivo de diversos 
tipos de sistemas.
Fonte: adaptada de Côrtes (2008, p. 18-20).
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Fundamentos de Sistemas de Informação
Edmir Parada Vasques Prado; Cesar Alexandre de Souza
Editora: Saraiva
Sinopse: o livro aborda Sistemas de Informação como sistemas sócio 
técnicos emergentes da interação entre tecnologia de informação, 
pessoas e processos organizacionais. Dessa forma, busca conciliar uma 
visão técnica com uma visão gerencial, por meio de uma abordagem que trata simultaneamente de 
elementos técnicos, sociais e organizacionais, relacionados a Sistemas de Informação.
Tempos Modernos
o fi lme conta a história de um operário e uma jovem. Ele (Charles 
Chaplin) é um operário empregado de uma grande fábrica que 
desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos. De tanto 
apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, 
perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o 
que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por 
exemplo. Ele é despedido e, logo em seguida, internado em um hospital. Após fi car algum tempo 
internado, sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe: 
a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as 
multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria.
Informação como Bem Econômico, de Waldez Ludwig, é um vídeo sobre lei da oferta e da 
demanda, da importância da informação como bem econômico e alguns exemplos.
Para saber mais, acesse o link disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92uDw>. 
REFERÊNCIASREFERÊNCIAS
BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o ge-
renciamento. São Paulo: Saraiva, 2006.
BERNARDES, C; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administração: Gerenciando 
organizações. São Paulo: Saraiva, 2003.
CÔRTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação. São Paulo: Saraiva, 2008.
DAVENPORT, T.; PRUSAK, L. Ecologia da informação: por que só a tecnologia não 
basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 1998.
MUÑOZ-SECA, B.; RIVEROLA, J. Transformando conhecimento em resultados: a 
gestão do conhecimento como diferencial na busca de mais produtividade e com-
petitividade. São Paulo: Clio Editora, 2004.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as Decisões Gerenciais na era da Inter-
net. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003.
O’BRIEN, J. A. Sistema de Informação e as Decisões Gerenciais na era da Inter-
net. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1Em: <http://webartigos.com/artigos/como-foi-o-inicio-da-computacao-pessoal-e-
-dos-sistemas-de-informacao/48833>. Acesso em: 4 abr. 2017.
40
REFERÊNCIAS
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GABARITO
1. B.
2. A.
3. A base do sistema, como cadastros, consultas e relatórios, podemos dizer que 
não sofreu grandes mudanças. O que mudou radicalmente foi a infraestrutura 
e os dispositivos que trazem respostas muito mais rápidas e em qualquer lugar.
4. Hoje, informação é a base de tudo, quanto mais informada, mais uma empresa 
está preparada para o mercado de trabalho.
5. É um conjunto organizado de pessoas, de hardware, de software, de redes de 
comunicação e de recursos de dados que coleta, transforma e dissemina infor-
mações em uma organização, ou seja, são as partes independentes trabalhan-
do com um mesmo propósito.
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Professor Esp. Yuri Rafael Gragefe Feitosa
Professor Me. Danillo Xavier Saes
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Objetivos de Aprendizagem
 ■ Conceituar Estratégia e suas principais características.
 ■ Descrever a evolução do planejamento estratégico.
 ■ Conhecer a Estratégia no contexto empresarial.
 ■ Expor a importância do estudo e da informação como ferramenta 
estratégica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Conceito de Estratégia
 ■ Elementos para a Definição da Estratégia
 ■ Estratégia no contexto empresarial
 ■ Evolução do Planejamento Estratégico
 ■ Estratégia e Informação
 ■ Planejamento e tecnologia da informação
 ■ Estratégia e Tecnologia da Informação
INTRODUÇÃO
Nesta unidade estudaremos as definições de estratégia, de planejamento e de 
informação, que aliadas à Tecnologia da Informação podem trazer resultados 
mais satisfatórios para quem as solicita, e que essa união traz ótimos benefícios, 
auxiliando em grande parte das tomadas de decisões. 
Assim como a Tecnologia da Informação evoluiu, o planejamento estraté-
gico e o modo como trabalhar as informações evoluíram também. Veremos na 
unidade IV como os Softwares colaboraram significativamente para esse cresci-
mento por trazerem uma forma mais dinâmica e rápida de trabalharmos com as 
informações, que são a base para o planejamento de qualquer estratégia.
Veremos ainda nessa unidade que, de maneira simplista, estratégia nada mais 
é do que você decidir como os recursos disponíveis serão utilizados para atingir 
um objetivo e que por isso, atualmente, é muito utilizada no mundo corporativo. 
No entanto, no momento de elaborar uma ação estratégica, será preciso total 
comprometimento por parte dos responsáveis. A confiança entre os membros 
da equipe e nas informações coletadas são pontos primordiais. Caso, lá atrás, os 
responsáveis por buscar e, posteriormente, por mensurar essas informações (via 
sistema) cometessem algum tipo de equívoco, poderiam comprometer o resul-
tado da elaboração da estratégia em questão.
Outro tópico importante a ser abordado é a maneira de se obter os dados 
e as informações necessárias para isso, e qual a relevância dessa prática, pois, 
é a partir dessa coleta que os dados serão compilados e se transformarão em 
informações de qualidade. Esseprocesso gera conhecimento para a empresa, e, 
consequentemente, valor, ou seja, gera resultados para o negócio. Veremos tam-
bém formas e métodos para trabalhar com essas informações, como elaborar 
um planejamento com as estratégias para que se possa ter um melhor desempe-
nho, buscando melhores resultados.
Introdução
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CONCEITO DE ESTRATÉGIA
De origem Grega, a palavra estratégia surgiu da necessidade de ganhar guerras, 
envolvendo um líder militar estrategista, o General, que tivesse esse conceito em 
mente para poder conduzir o exército com táticas, planos e métodos, todos cal-
culados e, muitas vezes, simulados, com o intuito de evitar a maior quantidade 
de erros possíveis, almejando a vitória.
Com o passar do tempo, a estratégia começa a sair das bases militares e entra 
na sociedade, principalmente na política, economia e psicologia. Hoje não é dife-
rente, usamos a estratégia em nossa rotina, ou pelo menos deveríamos, seja para 
comprar um carro novo, organizar o mês seguinte, conquistar uma pessoa e até 
mesmo para a simples tarefa de ir ao supermercado. Segundo Ansoff (1977), não 
há nenhum mistério em formular uma estratégia, o problema e fazê-la funcionar.
Encontramos a utilização de estratégias nas mais diversas situações como: 
história em quadrinhos, desenhos animados, fábulas, filmes, novelas etc. Suas 
personagens buscam informações, fazem planos, definem um objetivo e traçam 
a forma para atingi-lo. 
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Uma trama interessante, que pode exemplificar o tema em questão, é relatada 
no livro As mil e uma noites, de Antoine Galland (1646-1715), que apresenta a 
história de Sherazade.
Segundo a fábula, o sultão foi traído pela esposa e, furioso, por vingan-
ça e para não correr o risco de ser traído, decide desposar uma nova 
esposa a cada dia, sendo que após as núpcias, no dia seguinte, a mulher 
seria morta.
Sherazade, que era filha do primeiro-ministro do sultão, se oferece 
como voluntária para se casar com o rei, mas com o objetivo de tentar 
salvar o povo do medo que sentiam do seu soberano. Como era dotada 
de muita beleza e de uma inteligência incrível, a jovem tinha o dom de 
contar histórias, deixando seus desfechos para a noite seguinte e, assim, 
ligando com uma nova história, as quais seduziram o rei e pouparia sua 
vida (JAROUCHE, 2012, s.p).
Mesmo com uma pequena parte da história, é possível observarmos o conceito 
de Estratégia sendo utilizado de maneira simples e sutil. A mulher continha 
informações armazenadas em sua mente, que eram as histórias, assim, utilizou-
-as estrategicamente para um objetivo específico, poupar sua vida. No contexto 
empresarial isso acontece de maneira constante. As empresas precisam conviver 
com informações estratégicas e saber utilizá-las para ganhar vantagem diante 
dos concorrentes e continuar se mantendo no mercado.
Mais um exemplo para ilustrar nossa contextualização vem de um filme 
tradicional chamado Onze homens e um segredo, que mostra de forma enfática 
a utilização de estratégias. É possível, no enredo, observar o desenvolvimento 
de um plano de ações, coleta de informações, trabalho em equipe, treinamento, 
análise e estudo das condições etc.
A elaboração de uma estratégia está ligada de forma direta às informações. 
Para o desenvolvimento de um plano estratégico, seja ele de marketing, finan-
ceiro ou qualquer outra área, é necessário uma coleta de informações pertinentes 
ao objetivo almejado. No caso do filme citado anteriormente, tudo foi articu-
lado e preparado com base em coleta de dados, em pesquisa. Eis a informação 
presente mais uma vez.
Nos aproximando um pouco mais do contexto empresarial, uma campa-
nha publicitária, por exemplo, é uma estratégia utilizada com a finalidade de 
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dar impulso a um produto, promover uma marca, divulgar um evento. Para 
uma agência de publicidade (ou departamento próprio) desenvolver uma cam-
panha, é preciso coletar diversas informações sobre o público-alvo, sobre o tipo 
de mídia que o esse público costuma visualizar, como as redes sociais, e por fim 
dados sobre o mercado.
Com as informações em mãos, a equipe que desenvolve a campanha poderá 
analisar, mensurar e tomar as decisões estratégicas para criação e desenvolvi-
mento da campanha propriamente dita.
No cotidiano de uma microempresa, o proprietário e seus funcionários preci-
sam utilizar de artifícios em suas vendas e atendimentos: a maneira de abordar 
um cliente, a política de crédito, a possível venda adicional. Essas estratégias são 
utilizadas com base em algum tipo de aprendizado que foi obtido por meio de 
algum treinamento, por exemplo. Assim, primeiro se obteve a informação, para 
depois colocá-la em prática estrategicamente.
Com o objetivo de fidelizar os clientes, a rede de cinemas Cinesystem, se-
diada em Maringá (PR), implantou o programa Clube da Pipoca. Por meio 
do programa, os clientes ganham pontos para cada compra de ingressos 
ou combos (pacotes promocionais comercializados nas bombonieres) fei-
tos em suas bilheterias. Além disso, há uma bonificação de 50 pontos para 
os membros que preencherem o cadastro completo e mais 50 pontos para 
quem responder uma pesquisa de opinião disponibilizada pelo site do cine-
ma. Outra estratégia adotada é a Pesquisa de Satisfação, a qual se bonifica 
com 100 pontos quem responder a pesquisa. 
As pesquisas já identificaram que membros do clube tendem a gastar mais 
em pipoca e refrigerante em dias de ingressos promocionais. Esses resulta-
dos também podem possibilitar que se façam promoções em dias específi-
cos, de acordo com a demanda do público considerado “fiel” (membros do 
Clube da Pipoca).
Fonte: o autor.
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Sun Tzu (2008, p. 105), no livro A Arte da Guerra, afirma que
não podem conduzir a marcha de um exército aqueles que não conhe-
cem as condições de montanhas e florestas, desfiladeiros, pântanos e 
terrenos perigosos. E os que não usam guias locais são incapazes de 
obter as vantagens do terreno.
Essa citação prova a necessidade de conhecer antes de tomar uma decisão. É a 
busca de informações alicerçando as decisões estratégicas.
ELEMENTOS PARA A DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA
A estratégia pode ser definida em três principais tópicos, mencionados por 
McGee e Prusak (1993, p. 73), a primeira é o Posicionamento e escopo – “está 
relacionada aos produtos, quais e para quem serão ofertados, a busca do mer-
cado”, depois temos a Governança (estrutura e administração) – “é a captação, 
aplicação e controle dos recursos para o desenvolvimento dos projetos, por fim 
a Competência específica da organização 
– é a qualificação e excelência na execução 
dos trabalhos”.
Perceba que para o conjunto dos ele-
mentos acima é preciso se basear em 
informações. O posicionamento de mer-
cado, a estrutura da organização e sua 
capacidade de gerar conhecimento fazem 
parte do processo de posicionamento estra-
tégico. Cada um dos pontos anteriores é 
importante para tal posicionamento, pois 
“Alguém pode saber como vencer, mas não necessariamente vencer”.
(Sun-Tzu)
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a empresa precisa conhecer o produto ou o serviço que oferta, 
bem como o segmento em que está inserida. A administraçãoda 
empresa necessita ter as informações dos recursos para se ancorar e 
poder tomar as decisões corretas, e os gestores precisam saber qual 
é a capacidade que sua equipe de trabalho tem, para tirar proveito 
dessas habilidades e obter sucesso por meio das estratégias defi nidas.
O zelo pela qualidade, desde a coleta das informações até a elaboração de 
uma ação estratégica baseada nessas informações, é uma característica que deve 
estar impregnada no contexto das pessoas envolvidas com esse processo.
Para Welch (2005), cada pessoa, com sua capacidade específi ca, exerce uma 
função com qualidade e com efi ciência. Essa é a realidade dos talentos. Não 
adianta contratar uma pessoa simpática, extrovertida e muito comunicativa para 
o setor fi nanceiro, por exemplo, caso essa mesma pessoa não saiba lidar com 
números. Esse perfi l de profi ssional pode se encaixar no departamento de ven-
das. Assim, para alcançar os resultados positivos, precisamos das pessoas certas 
nos lugares certos.
Conforme Sun-Tzu (2008, p.51), “Não se pode encarregar pessoas de algo 
que não sabem fazer. O correto é selecioná-las e dar-lhes responsabilidades, 
conforme suas aptidões”. Essa citação do autor diz respeito a “buscar as melho-
res práticas” e “melhorar continuamente”. Façamos um link com o elemento 
Competência específi ca da organização (visto anteriormente), que fala dos 
pontos fortes essenciais para alcançar o sucesso almejado.
O grau de competência e de conhecimento de uma empresa está ligado dire-
tamente à sua capacidade de melhorar constantemente para atingir resultados 
mais signifi cativos. Essa melhoria contínua é resultado do empenho e da dedi-
cação dos envolvidos na empresa pela busca de novos conhecimentos.
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Vamos fazer uma analogia com a questão da Estratégia em uma partida de futebol, 
por exemplo. Primeiramente, o técnico do time precisa selecionar os jogadores. 
Esse processo seletivo se dá com base no currículo e no histórico do candidato 
em questão, assim como em uma empresa, logo, serão analisados os clubes por 
onde passou (histórico profi ssional), as habilidades que tem (nível de conheci-
mento técnico), os prêmios conquistados (referências) e assim por diante. Esse 
acúmulo de benefícios para um jogador são as informações que ele adquiriu no 
decorrer de sua carreira esportiva.
Após formado o time, cada técnico utiliza diferentes estratégias em diferen-
tes momentos no decorrer de um campeonato. Agora, como essas estratégias 
serão defi nidas? Simples: com base em Informações!
A comissão técnica pode assistir aos jogos dos adversários para analisar seus 
pontos fortes e fracos e verifi car onde é preciso melhorar o seu time. É possível 
também trabalhar de forma enfática naquilo que o time demonstra de ponto 
positivo, por exemplo, um batedor de faltas. Esse jogador treina exaustivamente 
para que aprimore cada vez mais a sua habilidade. É a melhora contínua que 
comentamos anteriormente.
Um ponto importante que também pode ser trabalhado é o relacionamento 
entre os jogadores do próprio time. Convenhamos que, muitas vezes, um quer 
ser mais estrela do que o outro, mas sabemos que isso não acontece dentro das 
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empresas, e em casos como esse, existem profissionais da psicologia que traba-
lham com os jogadores suas emoções, respeito, ética, cidadania. Tudo utilizado 
de maneira estratégia para melhorar o desempenho dos craques dentro de campo.
Na área comportamental, também é possível trabalhar com o time por meio 
de palavras de incentivo, palestras motivacionais, com um ambiente inspirador 
e metas claramente definidas. Esses pontos colaboram diretamente com o resul-
tado a ser alcançado, fazendo com que cada membro do time se sinta valorizado 
e obstinado com a vitória do clube que representa.
Todos esses pontos colocados são utilizados estrategicamente para uma deter-
minada finalidade. O resultado será a somatória de pequenas ações que foram 
sendo realizadas e que, embora pareçam pequenas, no final se tornam grandiosas.
A ESTRATÉGIA NO CONTEXTO EMPRESARIAL 
Existem riscos em toda e qualquer implantação de uma ou mais estratégias, por 
isso, é importante levar todos os prós e contras em sua adoção. As estratégias 
empresariais são dividas em três critérios, segundo Porter (1980):
 ■ Estratégia Competitivas Genéricas: são ações defensivas e ofensivas que 
criam uma posição vantajosa para a empresa, assim, são previamente 
desenvolvidas e planejadas pelas entidades para facilitar a adaptação destas 
às características de seu ambiente externo. Desse modo, o autor apresenta 
três estratégias competitivas genéricas, que são: 
A Estratégia no Contexto Empresarial 
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• Estratégia Competitiva de Custo: é o alinhamento com a produtividade e efi-
ciência, sem perder a qualidade com fortalecimento no volume da produção, 
reduzindo custos com marketing, garantia, logística com um preço final de 
mercado competitivo.
• Estratégia Competitiva de Diferenciação: faz a integração entre a empresa 
e o consumidor por meio de investimentos na imagem das empresas e seus 
produtos, envolvendo também o setor de recursos humanos, pesquisas de 
mercado, satisfação e qualidade.
• Estratégia Competitiva de Foco: é o destino da estratégia, o foco, o objetivo, 
no qual somando todos os fatores adotados, teremos o resultado almejado.
 ■ Estratégias de Crescimento: toda empresa sempre pensa em seu cres-
cimento e expansão, aumentar faturamento, lucratividade e resultados, 
lançando novos produtos ou melhorando os já em produção, esse cresci-
mento pode ser interno, por meio do aumento das vendas, melhorias na 
produção e qualidade de trabalho. Existe também uma forma de cresci-
mento por meio da aquisição de novas empresas. Na integração vertical, 
essa compra é realizada com empresas de outro ramo de atividade, a fim 
de buscar novos horizontes. Na integração horizontal, a aquisição é por 
empresas do mesmo ramo de atividade, com objetivo de diminuir a con-
corrência e obter uma maior força nas vendas e nos resultados.
 ■ Estratégia e os Clusters Competitivos: independentemente do ramo de 
atividade, desde agrário até industrial, no campo ou em grandes cidades, 
existem vários critérios, que somados fazem a diferença, assim como a 
concentração geográfica, apoio de diversos tipos de instituições de ramos 
avariados, maior aproveitamento de materiais reciclados e derivados, a 
concorrência e a disputa, além da miscigenação, a misturas de vários cos-
tumes e tradições.
Aqui, vale enfatizar que, em muitas situações, a elaboração de uma estratégia é 
mais uma questão de sobrevivência do que de crescimento. Por isso, é impor-
tante que os gestores estejam antenados às mudanças de mercado, às evoluções 
tecnológicas e às mudanças de comportamento de clientes (internos e externos), 
para, assim, poderem constantemente se adaptar às novas realidades e buscar sua 
sustentabilidade no mercado, que está cada vez mais competitivo.
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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO
A estratégia vem evoluindo com o passar dos anos, juntamente com a humani-
dade. Hoje, com recursos computacionais e muito mais conhecimento, é possível 
melhorar cada vez mais o planejamento organizacional. Muitas empresas do 
comércio varejista possuem ferramentas (sistemas de informação), por meio das 
quais podem acompanhar a evolução de suas vendas de forma rápida e objetiva, 
e tudo on-line. Essas informações têm toda importância no planejamento estra-

Outros materiais