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Emergências otorrinolaringológicas .

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P á g i n a | 1 
 
Emergências otorrinolaringológicas 
Corpos estranhos no ouvido
Mais comum em crianças, idosos, pacientes acamados e pacientes com déficit 
neurológico. 
Normalmente fica impacto na região do conduto 
auditivo externo e pode ocorrer a perfuração da 
membrana timpânica. 
Sintomas: plenitude auricular, hipoacusia, dor, 
sangramento auricular, perfuração da membrana 
timpânica. Se crônico pode causar otorréia fétida. 
Diagnóstico: Otoscopia. 
Anamnese: teve secreção no ouvido ultimamente, teve otite – se isso faz pouco tempo, 
tem chance de não estar cicatrizado o tímpano. 
Em crianças: As crianças, pela própria característica de terem muita curiosidade, 
acabam sendo as que mais tem casos de corpos estranhos. 
Faixa etária da descoberta de tudo - pequenas peças de brinquedos de montar, 
bijuterias, ponta de lápis, papel, esponja de almofadas, cereais... 
Conduta em crianças: nunca molhar! 
 Se material adequado e criança tranquila → remoção com pinça 
jacaré delicada ou gancho 90º. Conforme avaliação, realizar sob 
anestesia geral. 
 
 Se não tiver material adequado → não faço nada, indico ir em 
outro serviço, porque de objeto estranho no ouvido é difícil de se ver 
complicações. Pode dar medicações sintomáticas para dor e corticoide 
para cartilagem edemaciada. 
 As complicações de um mal manejo, podem levar a 
perfuração do tímpano, desarticulação de ossículos 
(martelo e bigorna saíram do lugar) e causar surdez. 
 Se for inseto, pode usar substâncias que matem ele para 
ele parar de se mexer, porque dá uma sensação 
desagradável – pode usar álcool, mas ele deixa bem 
sintomático o paciente. Pode-se usar óleos. 
Isabela Terra Raupp Profª Ingred Santanna 
P á g i n a | 2 
 
 Se necessário, pode dar sedação a nível de bloco 
cirúrgico. 
 Corpo estranho inerte, que não absorve água, com 
membrana timpânica integra, eventualmente pode-se usar 
água. 
Por que não molhar? porque se for um cereal vai inchar, se for um papel vai ficar 
grudando e fica ruim de tirar, e a umidade que foi colocada dentro do ouvido faz grande 
risco de edemaciar e causar infecção. 
Em adultos: algodão de cotonete, peças de brincos, insetos, pedaço pequeno de 
madeira... 
Conduta em adultos: nunca molhar!!!! Nem anestesia local!! Remoção com pinça 
jacaré ou gancho 90º. 
 Spray não funciona no ouvido, o que funcionaria é a infiltração de anestésico, 
mas a pele do conduto ira inchar e ficaria pior para tirar o corpo estranho. 
 
MIIASE (doença da mosca varejeira): 
1. Anestesia geral e remoção com microscópio (porque 
se ficar uma larva, volta a infecção). 
2. Usar Invermectina VO/ tópico → nem sempre elimina 
os bichos por causa da sensibilidade 
3. Pó de calomelano ?? → tem que manipular. Faz um 
tampão no ouvido e as larvas saem. 
4. Antibiótico: amoxa + clavulanato, prednisona → 
porque pode causar infecção secundária. 
5. Após sempre audiometria→ exame de audição em 
cabine acústica fechada que avalia a % de audição, 
para podermos afirmar se houve ou não perda 
auditiva. 
 
 
 
Complicações: 
 Perfuração membrana timpânica → analisar a presença de otorreia 
 
 Conduta: retirada do corpo estranho 
+ gotas tópicas com antibiótico + evitar a 
entrada de agua até o fechamento da 
membrana timpânica. 
 
 Perfuração pequena: 
 
Paciente deve ficar em repouso por 15-30 dias senão 
vai aumentar a perfuração do tímpano, nesse tempo se 
P á g i n a | 3 
 
espera que cicatrize espontaneamente em até 1 mês. Não pode molhar. 
Ampla perfuração está associada a audição. 
 Pericondrite → cartilagem que pela manipulação excessiva 
fica inchada, com dor. 
 Perda auditiva → teste de estimulando atrás do ouvido, para 
avaliar condução auditiva, sem a necessidade da membrana 
timpânica. 
 Paralisia facial periférica→ porque o nervo facial tem uma 
parte dentro do conduto auditivo. 
 
Traumas de pavilhão auditivo 
 Hematoma: lutas marciais, acidentes. Otorragia, hemotímpano ou sangramento 
de mastoide. 
o Sempre drenar e curativo compressivo com gaze. 
o Conforme gravidade: antibiótico e corticoide. 
 
 Laceração, corte: fazer a reconstrução, sutura mesmo que tenha > 8h de 
evolução. 
o Observar cartilagem. 
o Sempre atua porque é muito estético. 
 Lóbulo: trauma de brincos fazer toda a sutura e posterior 2 meses- voltar a usar 
brincos em novo furo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hemotímpano 
Sangramento na mastoide- 
pensar em trauma ósseo. 
P á g i n a | 4 
 
Trauma de conduto auditivo externo 
 Lesões - hematomas: 
cotonete, estiletes, lutas... 
Conduta: Nunca molhar!!! Aspirar, 
curativo com gelfoan ou gase com ATB 
tópico (Cipro). 
Gelfoan gel hemostático 
Segundo tempo: meatoplastia 
Meatoplastia  se faz a ampliação do 
meato acústico 
 
Traumas de ossos nasais 
Tipos de trauma: Batida, luta, caída... 
Os ossos próprios do nariz são muito finos, e tem 
índice de fratura alta. 
Rádix é a parte mais dura, na região perto do 
osso frontal. 
Ponta do nariz é toda cartilaginosa. 
 
 
Fratura sem deslocamento das 
partes. → 
 
 
 
←Fratura com deslocamento 
 
Conduta: Redução com anestesia local e imobilização com gesso 7-10 dias. Porque fica 
difícil para o paciente respirar. 
 Em vez do gesso, pode-se usar aquaplast. 
Complicações: hematoma, epistaxe, calo ósseo, laterorrinea 
Corpo estranho nasal 
P á g i n a | 5 
 
Válvula nasal é logo na entrada 
do nariz, só ao levantar a ponta já 
se vê, dependendo do formato 
deve se tirar com a pinça 90 
graus. 
o Paciente sempre sentado, 
deitar aumenta o risco de 
aspiração 
o Se o objeto estiver mais 
profundo, posterior a 
válvula nasal, como nos 
cornetos, sempre levar o 
paciente para retirada em 
bloco cirúrgico pois o risco 
de aspiração fatal é muito 
maior. 
A impactação pode ocorrer em qualquer local da fossa nasal, mas o 
local mais comum é anterior a cabeça da concha anterior. 
Quadro clínico típico: 
o Rinorreia unilateral → aguda é aquosa e crônica tem odor 
fétido associado. 
o Obstrução nasal. 
 Corpo estranho crônico 
com a presença de 
secreção e odor fétido. 
 
 
 
Visualização com o espéculo nasal 
de um corpo estranho proximal. 
 
Diferentes tipos de corpos 
estranhos intranasais. 
 
Ex.: paciente acamado, neuropata, com miiase importante na 
fossa nasal. O que vemos é a presença de larvas na fossa 
nasal com perfuração do septo nasal. 
P á g i n a | 6 
 
Retirada com pinças especificas, que facilitam a 
visualização da cavidade nasal. 
Quem segura a criança no colo é a mãe e um 
auxiliar segura a cabeça da criança para manter 
ela parada. 
Nasofibroscopia: quando estamos em 
dúvida se tem ou não corpo estranho, o 
paciente tem secreção fétida crônica e já 
tratou outras causas. 
Pode-se usar vasoconstrição + anestesia 
tópica se o corpo estranho estiver muito 
impactado → ex.: criança coloca feijão no nariz, e após ele ter 
contato com a mucosa, ele vai engorgitar e impactar no nariz. 
Exames complementares: 
o Radiografia simples: incidências para “seios paranasais” ou “crânio perfil”. Pode 
ser útil nos corpos estranhos metálicos ou calcificados. 
o Tomografia computadorizada (TC) de seios paranasais: 
para confirmação diagnóstica em casos de rinolitíase – 
corpo estranho ignorado no qual se acumula um depósito 
calcário –, uma vez que a radiografia simples pode deixar 
dúvidas. A TC evidencia lesão de superfície irregular e 
com atenuação de partes ósseas. 
o Velamento com secreções. 
Outros sintomas que podem estar presentes: 
o Cacosmia → cheiro ruim dentro da gente mesmo. 
o Obstrução nasal 
o Rinorreia fétida 
o Tosse persistente (secreção pós nasal) 
o Cefaleia 
o Sepse (febre não definida??) 
o Sangramento nasal anterior ou posterior 
 
Complicações: 
o Abscesso; 
o Sinusite; 
o Aspiração; 
o Perfuração de septo → material corrosivo (ex.: baterias) → não tem reparo 
espontâneo e é necessário procedimentocirúrgico; 
o Epistaxe. 
Corpo estranho na garganta 
Espinho impactado na laringe, na valécula. 
 
P á g i n a | 7 
 
Paciente tende a ficar em posição voltada para 
frente, por causa da epiglote, com a garganta 
dolorida e edemaciada, e sensação de 
sufocamento. 
Corpos estranhos mais comuns: 
Espinho e osso de frango. 
 
Lugares mais comuns de corpo estranho na garganta: 
1. Amigdalas 
2. Tonsilas linguais e base lingual, visualizadas com a 
ajuda do laringoscópio. 
3. Face cranial da epiglote 
4. Seios piriformes - estase salivar 
5. Laringe supra e infra glótica 
 
Exame físico: 
1. Boa iluminação 
2. Palpação → em busca de solução de continuidade e enfisema no pescoço. 
3. Material: pinças especiais para corpo estranho, curvas 
4. Somente anestesia local após localizar o corpo estranho ou anestesia geral 
5. Se não localizar o corpo estranho, fazer radiografia simples. 
 
 
 
 
 
Sintomas e sinais: 
o Engasgos 
o Dor/odinofagia 
o Disfagia – acima da laringe 
o Sialorreia – saliva excessiva 
o Dispneia – abaixo da glote 
o 
Corpo estranho glótico 
Corpo estranho pregas vocais 
Pregas vocais de criança - 
Obstrui mais rápido em 
crianças pelo menor 
diâmetro 
Pregas vocais de mulher – 
por volta de 2 cm de 
diâmetro, mais aguda. 
Receptores hormonais 
femininos deixam as 
pregas vocais mais finas 
Pregas vocais de homem 
– 3 cm de diâmetro, mais 
grave. 
Receptores hormonais 
masculinos deixam a 
prega vocal mais grossa. 
 
P á g i n a | 8 
 
Obstrução com moeda. Edemaciado ao lado, 
dificultando a retirada. 
É necessário primeiro fazer uma traqueostomia 
para depois retirar. 
 
 
 
Causa dispneia. 
Fica geralmente na 
bifurcação (carina). 
 
 
Trauma laríngeo 
Cartilagem – trauma pode causar: 
o Hematoma → edemacia a via aérea. 
o Granuloma → associado a intubação ou a refluxo laríngeo. 
o Edema de Reink → voz grossa em mulheres tabagista, 
formando edema obstrutivo. 
 
Sintomas: 
Crepitação 
Sensação de aperto, dispneia 
Tosse persistente 
 
Exames complementares: 
• Quando não for possível visualizar o corpo estranho pela laringoscopia indireta 
ou direta 
• Radiografia simples cervical: avaliar presença de sinais sugestivos de 
perfuração esofágica como aumento da espessura da mucosa esofágica, 
posição antálgica do paciente e presença de ar no interior dos espaços cervicais 
• Endoscopia digestiva alta (EDA): é imprescindível nos casos de deglutição de 
corpo estranho. Permite, além da observação direta do corpo estranho, sua 
retirada e confirmação de presença de perfuração esofágica 
• TC de pescoço: em casos de confirmação de perfuração esofágica pela EDA ou 
de suspeita de abscesso cervical. Quando houver confirmação de perfuração 
esofágica, devemos pedir também TC de tórax para avaliar possíveis sinais de 
mediastinite 
Conduta: 
o Corticoide 
o Internação 
o Suporte oxigênio 
o Cirurgia - drenagem 
Corpo estranho infra glótico 
http://www.medicinanet.com.br/pesquisas/mediastinite.htm
P á g i n a | 9 
 
Laringites 
• Estridor inspiratório = dispneia 
• História infeccioso, atópico x corpo estranho 
• Infeccioso viral, bacteriana (difteria) 
• Epiglotite  grave, interna sempre, IOT sempre → tende a porar com a 
evolução do quadro. 
• Neb com adrenalina, suporte oxigênio, atb, corticoides. 
Inalação tóxica 
Causas: Fumaça, tintas. 
 
1. Estridor e rouquidão são os achados principais – edema. 
2. Taquipnéia, desconforto respiratório 
3. Tosse dolorosa (o esforço de tossir pode produzir petéquias faciais e hemorragia 
subconjuntival). 
4. Laringoespasmo súbito ou obstrução completa das vias aéreas levando à 
hipoxemia aguda e morte. 
5. Outras evidências de exposição aguda aos irritantes químicos  hiperemia 
conjuntival, lacrimejamento excessivo e dor de garganta. 
6. Fumaça pode causar queimadura interna e levar ao óbito. 
7. Tem que internar e avaliar o grau da dispneia e chamar otorrino de urgência. 
 
Epistaxe 
Sangramento na mucosa das fossas nasais 
Incidência: 
Prevalência de 10 a 12% 
 Maioria episódios autolimitados 
o 6% necessitam de auxílio médico 
o 1% de internação hospitalar. 
Maior incidência em meses frios e secos. 
Ressecamento da mucosa, por ar condicionado excessivo também pode acontecer. 
Maxxi-hidrate mantém nariz hidratado ou soro fisiológico com higiene nasal para tirar 
sujeira e hidratar a mucosa nasal. 
 
Anatomia: 
• O sistema da carótida externa é o 
maior responsável pelo fluxo sanguíneo 
do nariz. 
• Artéria maxilar é ramo terminal da 
carótida externa → artéria 
esfenopalatina (irriga 80% da fossa 
nasal)→ se divide em dois ramos no 
forame esfenopalatino → art. Septal que 
irriga o septo post. → irrigam o meato e 
cornetos lateralmente, septo posterior e 
inferior medialmente. 
• E a art. Nasal lateral posterior, que 
irriga a concha média e inferior. 
P á g i n a | 10 
 
• A art. Facial dá o ramo labial superior que irriga a região anterior nasal → irriga 
septo mucoso anterior e mucosa lateral anterior. 
• O sistema de carótida interna origina a art. Oftalmica → ramos terminais são as 
artérias etmoidais ant. e post. → irrgam mucosa superior medial e lateralmente. 
• A etmoidal ant. Irriga o terço anterior da parede lateral e superior do nariz. A 
etmoidal post. irriga a concha superior e o septo. 
• A anastomose do sistema carotídeo interno e externo se faz na região anterior 
do septo, ou área de little, e é chamada de plexo de Kiesselbach (vestíbulo 
nasal). 
• Área de Woodruff é a responsável pelos sangramentos posteriores, localizando-
se posteriormente a concha média. Apresenta anastomose entre ramos da 
artéria maxilar interno, esfenopalatina e ramos da art. Faringea post. 
 
Quadro clínico: 
• Exteriorização de sangue e coágulos pela narina e/ou faringe. 
• Pode haver: escotomas, tontura, palidez, taquicardia, hipotensão e perda de 
consciência. 
• Em direção a faringe: pode haver deglutição, com desconforto abdominal e 
vômitos. 
• Sangramento posterior e violento. 
 
Relação anterior-posterior: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Etiologia: 
• FATORES LOCAIS: 
-Processos inflamatórios: infecção das vias aéreas, rinossinusite crônica  podem 
alterar o muco protetor  levando a invasão da mucosa por ag. Patogênico  levam a 
formação de crostas, exposição de vasos e epistaxe. 
Anteriores: 
o 90% dos sangramentos. 
o Autolimitadas. 
o Menos graves - pois são vasos 
em geral de menor calibre e 
pressão. 
o Plexo de Kiesselbach - pelos 
vasos de paredes finas, além da 
maior frequência de trauma. 
o Traumas locais ou rinite alérgica 
(movimentação no nariz por 
irritação). 
 
Posteriores: 
o Raras. 
o Árteria maxilar/esfenopalatina/ 
etmoidais → grandes vasos 
o Prognóstico mais grave. 
o Acometem mais idosos. 
o Está relacionada aos vasos do 
forame esfenopalatino 
o Relacionado a HAS. 
o Pode apresentar sangramento 
pelo nariz e pela boca pela 
quantidade de sangramento 
 
P á g i n a | 11 
 
-Traumatismos: o trauma digital é o mais comum em crianças, podendo a rinite 
alérgica ser o desencadeador. Corticoesteróides tópicas, sondas nasogastricas, fratura 
de face e pseudoaneurismas de artéria carótida. 
-Alterações anatômicas: ocorre mais sangramento em pessoas com desvio septal, 
ocorrendo no lado que está desviado, pois causa turbulência do fluxo aéreo com 
ressecamento da mucosa. 
-Corpos estranhos: pode causar rinorréia purulenta, fétida, unilateral com epistaxe. 
Remoção simples e lavagem com solução isotônica é indicado. 
• FATORES SISTÊMICOS: 
-Doença de Osler-Weber-Rendu: telangiectasia hemorrágica hereditária. 
-Drogas: os AINE e o AAS são os mais associados a epistaxe, pois interferem com a 
ciclo-oxigenase no metabolismo do ácido aracdônico e inibem a agregação plaquetária. 
-Hipertensão: níveis pressóricos elevados dificultam o controle do sangramento. 
-Coagulopatias:Hemofilias, von Willebrand e trombocitopenias. 
 
Diagnóstico: 
• Avaliar a via aérea e a estabilidade hemodinâmica. 
 
Anamnese: 
o lateralidade, duração, frequência e a gravidade do sangramento. 
o Tentar identificar etiologia, questionando o uso de AAS, AINE, 
anticoagulantes, drogas, trauma, doenças nasais, hepatopatias, 
coagulopatias e HAS. 
o Número de toalhas usadas para o sangramento 
 Obstrução ipsilateral ao sangramento pode sugerir neoplasia nasal. 
 
Exame Físico: permeabilidade da via aérea e estabilidade hemodinâmica. 
• Tentar indentificar o ponto de sangramento (topodiagnóstico). Se há 
sangramento pela narinas (ant) ou pela orofaringe (post). 
• Inspeção da cavidade oral e inspeção externa 
• Sucção dos coágulos, com vasoconstrição da mucosa com hastes flexíveis de 
algodão embebidas em solução de adrenalina ou outro vasoconstritor; associado 
ou não a algum anestésico (lidocaína). 
• A rinoscopia anterior pode identificar epistaxes anteriores (Little). 
• Endoscopia nasal é necessária para epistaxes posteriores (parede nasal lateral, 
região superior e posterior do nariz), além de identificar alterações anatômicas, 
tumores, corpos estranhos e telangiectasias. 
 
Exames complementares: 
• Nasofibroscopia: em casos mais severos e recorrentes, para avaliar a cavidade 
nasal e localizar sangramentos. 
• EDA ou broncoscopia: em caso de dúvida. 
• TC de seios paranasais: avalia a presença de sinusopatia, tu e vasos da região 
nasossinusal. 
• Angiografia: estudo dos vasos da região , útil em casos de suspeita de 
aneurisma, tu vascular ou sangramentos seletivos. 
 
Tratamento: 
 Medidas iniciais: A, B, C (via aérea, respiração, circulação) 
o Entubação orotraqueal ou traqueostomia em casos de choque hemorrágico; 
o Oxigenção em cardiopatas; 
P á g i n a | 12 
 
o Acesso venoso quando há sangramento ativo, colhendo-se hemograma, 
coagulograma e tipagem sanguínea. 
o Manter o paciente sentado. 
o Aspiração nasal dos coágulos- hastes flexíveis embebida em solução tópica 
vasoconstritora (adrenalina) associada a anestésicos. 
o Compressas geladas sobre o dorso nasal têm efeito vasoconstrictor 
o Avaliação do pulso e PA – medidas anti-choque. 
 
 Pressão digital – 15 a 20 mins: 
 Epistaxe anterior. 
 Apertar o nariz – colocar a cabeça 
para frente e aperta depois da válvula – 
estancar o sangue por um período. 
 Não colocar a cabeça para trás 
porque vai deglutir o sangue. 
 Casos leves. 
 Gelo em dorso nasal – 
vasoconstrição. 
 
 
Cauterização Nasal: 
• Usada para sangramentos anteriores quando o ponto de 
sangramento é visível na rinoscopia anterior e não controlado pela 
pressão digital. 
• Com o uso de endoscópios nasais, sangramentos posteriores 
também podem ser abordados. 
• Pode ser química com ácido tricloroacético 30% (ATA) ou nitrato 
de prata, ou elétrica, com eletrocautério mono ou bipolar, e sempre 
se faz necessário o uso de soluções vasoconstritoras anestésicas 
(adrenalina, sorinan, afrin) com algodão. 
• Cauterização química deve cauterizar primeiro área adjacente até 
preencher área no centro do sangramento. 
• Não se deve: cauterizar grandes áreas do septo, cauterizar 
seguidamente um mesmo ponto, ou uma mesma região dos dois 
lados do septo, sob risco de perfuração septal. 
 
 
Tamponamento nasal anterior: se faz quando as medidas locais não tiveram sucesso 
em controlar o sangramento. 
– Realizado com gaze vaselinada, posicionada na cavidade nasal até 
realizar pressão suficiente para tamponar o sangramento. 
– Uma alternativa mais simples é o tampão em dedo de luva. 
– A permanência do tampão é de 48h, devendo cobrir com atb para 
Staphylo após esse tempo. 
Tamponamento anteroposterior: (interna) pode-se passar uma sonda de foley na 
fossa nasal sangrante até a rinofaringe, e encher o balão com água (NÃO AR) destilada 
até ancorá-lo a rinofaringe. Traciona-se e fixa-se a sonda e a cavidade é preenchida 
com gaze. 
– Cuidado com a columela e a asa nasal, pois a pressão exercida pode 
causar isquemia e necrose. 
 
P á g i n a | 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAMPONAMENTO NASAL ANTERO-POSTERIOR: 
1. Analgésico e antieméticos IV 
2. Anestésico tópico + vasoconstritor 
3. Procedimento: 
a. Tamponamento clássico com gaze 
b. Balonetes intranasais específicas 
c. Sonda de Foley + tamponamento anterior 
4. ATB 
5. Manter analgesia eficaz 
6. Remover tamponamento em 48-72h 
7. Hospitalização se casos severos com insuf. Respiratória ou hipovolemia 
8. Revisão em 2-3 dias

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