Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia – Cabeça e pescoço Referência: porto, marilopes, manual -Topografia cabeça e pescoço Região posterior: Cabeça: Face: Pescoço: Região frontal: Cabeça: · Frontal · Parietal · Occiptal · Temporal · Infratemporal Face: · Região nasal · Região oral e perioral · Região mentoniana · Região orbital e periorbitaria · Infraorbitária · Bucal · Zigomática · ? Pescoço: -Semiotécnica do exame de cabeça e pescoço: · Boa iluminação, luz homogênea incidindo horizontalmente · Exposição adequada · O paciente pode estar em pé ou sentado em posição ortostática, de frente para o examinador · Técnicas: inspeção, palpação (usa o tato e pressão), ausculta (refere-se ao pescoço, por exemplo quando encontrar a tireoide aumentada de volume e você consegue auscultar a presença de sopros, bem como é interessante analisar a carótida para observar sopros que sugiram sua obliteração) · Examinar faces anterior, posterior, superior e laterais · OBSERVAR NA CABEÇA: (lembrar que ela é dividida em crânio e face) · Formato (rel ao biótipo) e tamanho do crânio (no sentido da proporção craniofacial) Formato: · Longilíneos tem cabeça doligocegalica · Brevilineos tem cabeça braquicefalica · Medio ou normolineos tem cabeça mesocefálica Proporção craniofacial: · Macrocefalia · Microcefalia · Superfície e couro cabeludo · Lesões do couro cabeludo · Escamas,ulcerações (se houver lesões supurativas deve-se colocar luvas) · Há áreas de alopécia? · Distribuição · Textura, estão secos/quebradiços? · Quantidade · linha de implantação · Exoparasitas · Deformações localizadas (abaulamentos e depressões) · Pontos dolorosos · Posição e movimentos · Desvios laterais de posição podem acontecer por · Torcicolo · Hipoacusia – pacientes com diminuição da acuidade auditiva tendem a inclinar a cabeça para ouvirem melhor. · Movimentos anormais involuntários · Tiques motores · Movimentos coreicos- nas coreias porque ocorre comprometimento extrapiramidal. Temos a coreia de Sydenhan que é complicação da febre reumática e a coreia de Hutchinson · Discinesia da cabeça em Parkinson · Movimento da cabeça realcionado com o pulso dos batimentos cardíacos acontece por exemplo em insuficiência aórtica (“ sinal de Musset” - é a designação dada a movimentos involuntários da cabeça provocados pela batida cardíaca em situações de grave insuficiência aórtica.) · Exame geral da face (fisionomia, que já indica o estado emocional do paciente) · Simetria (face pode estar normalmente simétrica ou assimétrica com as seguintes causas) · Tumefações ou depressões unilaterais · Paralisia facial (na paralisia facial central o paciente tem desvio da comissura labial, pode ser um acidente vascular cerebral, mas não necessariamente) Obs: muitas vezes é uma paralisia leve, então deve-se pedir para o paciente sorrir, para buscar evidenciar melhor tal problema · Aumento das parótidas · Abcessos dentais · Expressao fisionnômica: · Triste · Desânimo · Ansiosa · Apática · Pele (vista na ectoscopia) · Coloração · Lesões da pele · Olhos e supercílios · Exame externo dos olhos (não será feito exame de fundo de olho, apenas exame geral) · Será feita tração da pálpebra superior e depois da pálpebra inferior · Conjuntiva: hiperemia, edema, presença de pterígio (espessamento membranoso da membrana), granulosidades, corpos estranhos e pontos hemorrágicos (hemorragia subconjuntival). Deve-se olhar tbm hemorragias subconjuntival, que deixa a esclera vermelha; petequias conjuntival são sinal muito importante para suspeita de endocardite infecciosa · Pálpebras: edema, eritema, crostas, descamação, nódulos, ptose palpebral (palpebra caída por comprometimento neurológico · Alterações nos olhos: enolftalimia (por comprometimento do SN simpático, logoftalmia · Estado dos cílios (alopecia) · Pupila: compressão de nervos cranianos pode fazer com que as pupilas estejam com tamanhos notadamente desproporcionais (anisiocoria) sem a necessidade de propedêutica armada. Então devemos observar se as pupilas estão isocóricas · Esclera · Cristalino: em casos de catarata avançada já é possível observar a olho nu a opacificação do cristalino. · Regiao periorbitaria: observar edema periorbitário/palpebral bilateral: em caso de edemas palpebral e periorbitária, podemos associar a nefropatias ou a alergias; presença de placas amareladas – xantelasmas- associadas com dislipidemia · Cílios e supercílios: perda parcial de supercílios chamada tb de madarose parcial é bastante comum na hanseníase/pacientes drogados. Madarose é um termo usado mais quando se tem a perda parcial de supercílios, mas tbm pode-se ter uma madarose total. · Nariz e seios da face Usam-se a inspeção, a palpação e a rinoscopia anterior. · Observar deformidades · Nariz de tapir: presente em micoses profundas · Nariz em cela: na siflis congênita Obs: como veremos uma cavidade, usar foco luminoso e luva, elevando a ponta do nariz com o polegar para observar melhor o vestíbulo nasal · Vestíbulo: através da rinoscopia anterior · Mucosa: normalmente é rosa, mas em rinites alérgicas ou infecciosas virais levam a edema e a hiperemia da mucosa nasal · Secreção e seu aspecto · Tumoração · Desvio de septo nasal · Observar o fluxo aéreo nasal : o examinador oclui, usando luva, uma narina de caada vez e pede ao paciente para respirar nasalmente. · Seios da face: os esfenoidais não sensíveis à palpação · Palpam-se os seios frontais (paranasais) e maxilares (infraorbitários) com a polpa do indicador. A presença de dor é indicativo de sinusite. · Ouvidos · Deformidades (geralmente associadas a doenças congênitas) · Lesões (escamas, nódulos) · Pericondrite: processo inflamatório no pavilhão auricular em que tem-se o pavilhão hiperemiado, edemaciado, quente e doloroso · Observar região mastoide: equimose na região mastoide é comum em fraturas na base do crânio · Exme do ouvido externo: tração para cima (paciente com otite externa vai referir dor) para analisar alguma lesão, secreção. Palpar o tragus (paciente vai referir dor em caso de otite externa e em crianças, otite media também pode fazer com que ela sinta dor. · Regiao mastoide: no caso de mastoidites, quando é palpada a região mastoide, o paciente sente dor. · Parótidas: palpar a região à frente e inferior ao ouvido · Cavidade oral e lábios Uso da espátula e de luvas · Lábios · Manchas: podem aparecer manchas brancas leucoplásicas bem aderentes nos lábios, levando à suspeita de neoplasias (são lesões pré neoplásicas ou neoplásicas propriamente ditas) · Lesões ulcerativas, como aftas · Fissuras nas comissuras labiais: geralmente associadas a deficiências vitamínicas e em idosos, devido ao acumulo de saliva nessa região · Integridade das rimas labiais: hiperemia, secreções purulentas, fissuras traumáticas, vesículas e bolhas na semimucosa labial, exulcerações quando essas vesículas rompem · Mucosa oral · Everter o lábio superior e inferior, afastando com a espátula e iluminando com foco a região bucal, observa-se a mucosa vestibular e jugal (interna às bochechas). Pede para o paciente fazer movimento com a lingua para possibilitar a visualização dos dois lados da cavidade · Gengivas · Hiperemias nas margens dentárias com edema: quadro inflamatório periodontal · Dentes · Ausência total de elementos dentários=edentulia · Estado de conservação · Presença de caries, manchas · Observar se há uso de prótese, se houver, é preciso retirá-la para fazer a devida inspeção, para que possam ser analisadas as gengivas · Língua Obs: não precisa pedir para colocar a língua para fora, pois isso dificulta o exame. Use apenas a espátula e analise a língua do paciente em repouso · Palpar com a gaze para notar presença de ulcerações · Xerostomia, com a língua apresentando-se ressecada · Ulcerações · Placas queratóricas, se não forem destacáveis é porque é uma leucoplasia · Camadas amareladas/acinzentadas, “tapete”: sinal de má higiene oral · Palato · Orofaringe Pedir para o paciente abrir bem a boca e dizer AAA, para visualizar a orofaringe, usando apenas a lanterna, não precisando, de inicio colocar a espátula.Posteriormente, coloca-se a espátula até o terço médio da língua. · Tonsilas amídalas: há pontos purulentos? Pode ser uma amidalite bacteriana, mas se estiver apenas inflamada, certamente é viral. Normalmente as amígdalas não ultrapassam os pilares e são da mesma cor do resto da mucosa oral. · Há hiperemia ou edema? · OBSERVAR NO PESCOÇO · Movimentação : torcicolo · Aumentos localizados de volume na face anterior que podem ser tumores ou bócio (aumento difuso da tireóide). Normalmente, a tireoide não é visível. Lembre que esseaumento volumoso do pescoço também pode ser mero acumulo gorduroso, mas se solicitar hiperextensao do pescoço, se a região da tireoide estiver aumentada, pode sim ser bócio. No bócio há uma hipervascularização em torno dela e nela, por isso, asculta-se esse local de projeção para avaliar se há algum sopro · Tireoide · Localização: pelo ponto de referencia da cartilagem tireoide, abaixo dela está a cricoide com os lobos da tireoide · Inspeção: aumento de volume? · Palpação: pode ser bimanual, com o profissional posteriormente ao paciente ou anteriormente a ele. · Palpação bimanual com profissional atrás: compressão com a Mao direita em direção a esquerda e da mesma forma, com a Mao esquerda faz compressão em direção a direita. São utilizados os dedos indicador e medio · Palpação bimanual com o profissional na frente, usa os dois polegares, pode pedir para o paciente inclinar a cabeça para o lado que deseja-se analisar · Consistência elástica é o normal · Em situações normais ela pode ser palpável sim, porque depende do biótipo do paciente · Traqueia · Localização normal é medianamente · Palpa-se toda a extensão cervical em busca de desvio traqueal
Compartilhar