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Livro - Novo Curso de Direito Civil Vol.1 Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona

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Superior Tribunal de Justiça
 
RECURSO ESPECIAL Nº 839.923 - MG (2006/0038486-2)
 
RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO
RECORRENTE : EDÉSIO MOREIRA DA SILVA 
ADVOGADO : LEONARDO CAMILO GARCIA DE LAS BALLONAS 
CAMPOLINA E OUTRO(S)
RECORRIDO : JOÃO CARDOSO NETO E OUTRO
ADVOGADO : FERNANDO CÉSAR RAMOS FERREIRA E OUTRO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO: 
Trata-se de recurso especial interposto por EDÉSIO MOREIRA DA SILVA, 
com fundamento no art. 105, III, a e c, da Constituição Federal, contra acórdão, proferido pelo 
colendo Tribunal de Alçada do Estado de Minas Gerais, assim ementado:
"ACIDENTE DE TRÂNSITO - AGRESSÕES FÍSICAS AO 
MOTORISTA CAUSADOR DO EVENTO - DANO MORAL - PROVAS 
- TESTEMUNHAS NÃO CONTRADITADAS - BOLETIM DE 
OCORRÊNCIA - VALOR PROBANTE - PRESUNÇÃO JURIS 
TANTUM - VALORAÇÃO DAS PROVAS - ARBITRAMENTO DO 
DANO MORAL - PARÂMETRO - 49ª REUNIÃO DO CENTRO DE 
ESTUDOS JURÍDICOS JUIZ RONALDO CUNHA CAMPOS.
- Cabe ao réu, de acordo com o art. 333, inc. II, provar os fatos 
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor e não 
tendo, pois, se desincumbido desta tarefa de vez sustentar sua 
defesa em documento que gozam de presunção juris tantum de 
veracidade, valor este que se encontra afastado por provas 
robustas em contrário, deve ser mantida, neste particular a r. 
sentença, fustigada que reconheceu a ocorrência de danos morais 
decorrentes de agressão física incontinente ao acidente de trânsito 
provocado pelo autor, de vez tornar-se irrelevante se este 
encontrava-se ou não embriagado.
- Deve ser reduzido o valor arbitrado a título de danos morais 
equivalente a 500 salários mínimos para o caso de lesão corporal, 
pois, de acordo com os parâmetros da 49ª Reunião do Centro de 
Estudos Jurídicos Juiz Ronaldo Cunha Campos, realizada em 
28.8.98, cujas decisões uniformizam e orientam os julgados desta 
Casa, tal valor poderia equivaler-se para casos de morte de ente 
querido, conforme circunstância do óbito." (fl. 408, e-STJ)
Os embargos de declaração opostos foram julgados nos termos da seguinte 
ementa:
"EMBARGOS DECLARATÓRIOS - PREQUESTIONAMENTO - 
AUSÊNCIA DE OCORRÊNCIAS DO ARTIGO 535, II, DO CPC - 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 1 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
REJEIÇÃO DO RECURSO.
- Embora o relatório não conste da parte dispositiva, não fazendo, 
pois, coisa julgada, para se completar a pretendida prestação 
jurisdicional devem ser acatados os Embargos Declaratórios para 
declarar o valor exato da indenização fixada em primeiro grau que, 
in casu, estabeleceu o dano moral em 250 salários mínimos para 
cada um dos réus, ora embargantes, totalizando 500 salários 
mínimos." (fl. 423, e-STJ)
Em suas razões recursais, o ora recorrente aponta, além de divergência 
jurisprudencial, violação aos arts. 159 do Código Civil de 1916 e aos arts. 186 e 927 do Novo 
Código. Sustenta que a redução do valor da reparação dos danos morais de 500 salários mínimos 
(250 para cada réu) para R$ 13.000,00, para ambos os réus, resulta em quantia irrisória, o que 
possibilita a revisão do quantum indenizatório nesta via recursal. Afirma, nesse contexto, que "o 
Tribunal desconsiderou todas as provas produzidas nos autos e circunstâncias que 
comprovaram a crueldade da agressão, bem como a capacidade econômica dos ofendidos 
(possuíam à época um Jeep Cherokee e simplesmente aplicou a 'tabela', ou seja, se o autor 
tivesse levado apenas um 'tapa na cara' teria direito aos mesmos 50 salários mínimos que 
lhe foram atribuídos pelo Tribunal, após ser brutalmente e covardemente espancado por 
dois 'pit boys', de situação econômica e financeira abastada, que somente não mataram o 
autor porque o mesmo foi arrancado de suas mãos. Pois, por tudo que se comprova da 
instrução processual os mesmos tinham a intenção de matar o autor e inclusive ameaçaram 
de morte uma das testemunhas" (fl. 432, e-STJ). Requer, ao final, seja restabelecido o valor 
fixado na r. sentença, a título de danos morais (250 salários mínimos para cada agressor).
Às fls. 508/511, JOÃO CARDOSO NETO e OUTRO apresentaram suas 
contrarrazões, arguindo falta de prequestionamento, bem como inviabilidade de revisão do 
quantum reparatório na via estreita do recurso especial.
O recurso não foi admitido na origem (fls. 513/514, e-STJ). Por essa razão, o 
recorrente interpôs agravo de instrumento, o qual foi provido para melhor exame da controvérsia 
(fl. 519, e-STJ).
É o relatório.
 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 2 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
 
RECURSO ESPECIAL Nº 839.923 - MG (2006/0038486-2)
 
RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÚJO
RECORRENTE : EDÉSIO MOREIRA DA SILVA 
ADVOGADO : LEONARDO CAMILO GARCIA DE LAS BALLONAS 
CAMPOLINA E OUTRO(S)
RECORRIDO : JOÃO CARDOSO NETO E OUTRO
ADVOGADO : FERNANDO CÉSAR RAMOS FERREIRA E OUTRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO RAUL ARAÚJO (Relator): 
A ação indenizatória, por danos morais, estéticos e materiais, foi ajuizada pelo ora 
recorrente EDÉSIO MOREIRA DA SILVA contra JOÃO CARDOSO NETO e ROBERTO 
CARLOS DA SILVA. 
Relatam as instâncias ordinárias que, em 15 de novembro de 1998, houve acidente 
de trânsito no qual o veículo do autor da ação indenizatória colidiu com a parte traseira do Jeep 
Cherokee de um dos réus, JOÃO CARDOSO NETO. Nessa ocasião, os réus saíram do veículo 
e agrediram violentamente o autor, retirando-o à força de seu carro e espancando-o com socos e 
chutes em várias partes do corpo, além de bater sua cabeça contra uma grade, sendo que os réus 
ficavam revezando entre quem segurava a vítima e quem a agredia.
Segundo consta dos autos, o ato ocasionou inúmeras lesões no corpo do autor, 
especialmente em sua face, "tendo o nariz quebrado em três lugares, visíveis cortes no 
supercílio direito e na base esquerda do nariz, além de grandes hematomas nos olhos" (fl. 
319, e-STJ). Ademais, a agressão trouxe sequelas de ordem emocional e psíquica.
O d. Juízo sentenciante não acolheu o pedido de indenização dos danos materiais 
e estéticos. Os primeiros, porque não provados, e os segundos, porque as cicatrizes deixadas no 
rosto não poderiam ser caracterizadas como deformidades permanentes, além de a cirurgia 
plástica ter conseguido solucionar a fratura do nariz, deixando cicatrizes apenas na parte interna 
da mucosa nasal, não visíveis na face. Reconheceu, porém, a configuração do dano moral, 
fixando a reparação em 250 salários mínimos para cada um dos agressores, com base nos 
seguintes fundamentos:
 "Existem nos autos, afirmativas de que os Réus são pessoas de 
alta renda, donos de fazenda e comércio, que nos levam a 
considerá-los em boa situação econômico financeira. Antes de fixar 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
a pleiteada indenização, este Juízo requereu fosse oficiado ao 
Imposto de Renda, solicitando as declarações de renda dos Réus 
nos últimos cincos, para que não restasse dúvida da situação 
econômica dos Requeridos. Anexamos as mesmas aos autos, em 
envelope devidamente lacrado, que só poderá ser aberto com 
determinação judicial.
 Destarte, tendo em vista a alta ofensa à honra e à dignidade do 
Autor, e à sua família, que de certo modo também foi humilhada, o 
desgaste dela decorrente, o medo das ameaças que lhe foram feitas, 
arbitramos a indenização em 250 salários mínimos para cada um 
dos agressores, totalizando 500 salários mínimos, portanto um 
quarto do requerido pelo Autor. Aplica-se a Lei 6.899/81." (fl. 333, 
e-STJ)
A Corte estadual, no entanto, reformou a r. sentença, nesse ponto, alterando o 
quantum reparatório para R$ 13.000,00, para os dois réus, com correção monetária a partir desta 
fixação e juros moratórios da data do evento danoso (Súmula 54/STJ), sob o fundamento de que 
"o valor arbitrado a título de danos morais deverá ser revisto, de acordo com os 
parâmetros da 49ª Reunião do Centro de Estudos Jurídicos Juiz RonaldoCunha Campos, 
realizada em 28.8.98, cujas decisões uniformizam e orientam os julgados desta Casa para 
semelhantes casos. Neste talante, igual valor indenizatório constante da sentença se 
presta, conforme o caso, para reparar a perda de um ente querido" (fl. 414, e-STJ).
É certo que o magistrado, seguindo os critérios da razoabilidade e da 
proporcionalidade, deve, na fixação do valor da reparação do dano moral, levar em consideração 
o bem jurídico lesado e as condições econômico-financeiras do ofensor e do ofendido, mas não 
pode perder de vista o grau de reprovabilidade da conduta do causador do dano no meio social e 
a gravidade do ato ilícito. 
Há casos em que a conduta do agente é dirigida ao fim ilícito de causar dano à 
vítima, atuando com dolo, o que torna seu comportamento particularmente reprovável. Nessa 
perspectiva, o arbitramento do dano moral deve alicerçar-se também no caráter punitivo e 
pedagógico da compensação.
Com efeito, a reparação punitiva do dano moral deve ser adotada "quando o 
comportamento do ofensor se revelar particularmente reprovável - dolo ou culpa grave - 
e, ainda, nos casos em que, independentemente de culpa, o agente obtiver lucro com o ato 
ilícito ou incorrer em reiteração da conduta ilícita" (CAVALIERI FILHO, Sérgio. 
Programa de Responsabilidade Civil. 9ª ed., rev. e ampl., São Paulo: Atlas, 2010, p. 99).
Conforme lição de CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, "na reparação por 
dano moral estão conjugados dois motivos, ou duas concausas: I) punição ao infrator 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 4 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
pelo fato de haver ofendido um bem jurídico da vítima, posto que imaterial; II) pôr nas 
mãos do ofendido uma soma que não é o pretium doloris, porém o meio de lhe oferecer a 
oportunidade de conseguir uma satisfação de qualquer espécie, seja de ordem intelectual 
ou moral, seja mesmo de cunho material o que pode ser obtido 'no fato' de saber que esta 
soma em dinheiro pode amenizar a amargura da ofensa e de qualquer maneira o desejo de 
vingança. A isso é de acrescer que na reparação por dano moral insere-se a solidariedade 
social à vítima" (Responsabilidade Civil, atualizador Gustavo Tepedino, 10ª ed., rev. e atual., 
Rio de Janeiro: GZ, 2012, pp. 413-414).
Atento a essas questões, o eminente Ministro CARLOS FERNANDO 
MATHIAS fez importantes ponderações, in verbis:
 "Deveras, é fato que se vive hoje um novo tempo no direito, quer 
com o reconhecimento (e mais do que isto, como garantia 
constitucional) da indenização por dano moral, quer - e aí com 
revelação de certa perplexidade - no concernente à sua fixação ou 
avaliação pecuniária, à míngua de indicadores concretos.
 Há, como bastante sabido, na ressarcibilidade do dano em 
destaque, de um lado, uma expiação do culpado e, de outro, uma 
satisfação à vítima.
 Como fixar a reparação?; quais os indicadores?
 Por certo, devido à influência do direito norte-americano muitas 
vezes invoca-se pedido na linha ou princípio dos 'punitive 
damages'.
 'Punitive damages' (ao pé da letra, repita-se o óbvio, 
indenizações punitivas) diz-se da indenização por dano, em que é 
fixado valor com objetivo a um só tempo de desestimular o autor à 
prática de outros idênticos danos e a servir de exemplo para que 
outros também assim se conduzam.
 Ainda que não muito farta a doutrina pátria no particular, têm-se 
designado as 'punitive damages' como a 'teoria do valor do 
desestímulo' posto que, repita-se, com outras palavras, a informar a 
indenização, está a intenção punitiva ao causador do dano e de 
modo que ninguém queira se expor a receber idêntica sanção.
 No caso do dano moral, evidentemente, não é tão fácil apurá-lo.
 Ressalte-se, outrossim, que a aplicação irrestrita das 'punitive 
damages' encontra óbice regulador no ordenamento jurídico pátrio 
que, anteriormente à entrada em vigor do Código Civil de 2002, 
vedava o enriquecimento sem causa como princípio informador do 
direito e após a novel codificação civilista, passou a prescrevê-la 
expressamente, mais especificamente, no art. 884 do Código Civil 
de 2002.
 Assim, o critério que vem sendo utilizado por esta Corte na 
fixação do valor da indenização por danos morais, considera as 
condições pessoais e econômicas das partes, devendo o 
arbitramento operar-se com moderação e razoabilidade, atento à 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 5 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
realidade da vida e às peculiaridades de cada caso, de forma a não 
haver o enriquecimento indevido do ofendido e, também, de modo 
que sirva para desestimular o ofensor a repetir o ato ilícito." (REsp 
210.101/PR, Quarta Turma, DJe de 9/12/2008, grifo nosso)
Portanto, não obstante autorizado, em determinadas circunstâncias, o 
reconhecimento do caráter punitivo do dano moral, não se pode perder de vista, em seu 
arbitramento, a vedação do enriquecimento sem causa da vítima.
Na hipótese dos autos, os réus espancaram o motorista, autor da ação 
indenizatória, que colidira com a traseira do carro que ocupavam. Essa reprovável atitude não se 
justifica pela eventual culpa do autor na ocorrência do acidente de trânsito, tampouco por sua 
alegada embriaguez - a respeito da qual existe discussão nos autos (na r. sentença, o d. Juízo a 
quo desconsiderou o boletim de ocorrência que sugeria a embriaguez do autor, porquanto 
tal dado não estava embasado em exame que comprovasse se havia, realmente, ingestão de 
álcool - (fl. 324, e-STJ). Afirmou o Magistrado que o estado desnorteado da vítima 
decorria, provavelmente, das pancadas violentas na cabeça. O colendo Tribunal de 
Justiça, de outro lado, concluiu pela lisura do referido boletim de ocorrência e, portanto, 
pela embriaguez da vítima). Ao contrário, esse tipo de acidente é comum na vida diária, 
estando todos suscetíveis ao evento, o que demonstra, ainda mais, a reprovabilidade da atitude 
extrema, agressiva e perigosa dos réus de, por meio de força física desproporcional e excessiva, 
buscarem vingar a involuntária ofensa patrimonial sofrida.
Nesse contexto, o montante de R$ 13.000,00, fixado pela colenda Corte a quo, 
para os dois réus, mostra-se irrisório e incompatível com a gravidade dos fatos narrados e 
apurados pelas instâncias ordinárias, o que autoriza a intervenção deste Tribunal Superior para a 
revisão do valor arbitrado a título de danos morais.
Destarte, considerando o comportamento doloso altamente reprovável dos 
ofensores, deve o valor do dano moral ser arbitrado, em atendimento ao caráter 
punitivo-pedagógico e compensatório da reparação, no montante de R$ 50.000,00, para cada um 
dos réus, com a devida incidência de juros moratórios e correção monetária.
Diante do exposto, dá-se provimento ao recurso especial para, majorando os 
danos morais, condenar cada um dos réus a pagar ao autor o valor de R$ 50.000,00, com a 
devida incidência de juros moratórios, desde o evento danoso (15/11/1998), de 0,5% ao mês até a 
entrada em vigor do Código Civil de 2002, quando, então, submeter-se-á à regra contida no art. 
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 6 de 7
 
 
Superior Tribunal de Justiça
406 deste último Diploma, a qual, de acordo com precedente da Corte Especial, corresponde à 
Taxa Selic, ressalvando-se que a correção monetária, que incidiria a partir desta data, já está 
abrangida na Selic, pois é fator que já compõe a referida taxa, além dos ônus sucumbenciais. 
É como voto.
Documento: 22011078 - RELATÓRIO E VOTO - Site certificado Página 7 de 7

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