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1 ANÁLISE, COMPARAÇÕES E EFEITOS REFERENTES AO MÉTODO PILATES Analysis, comparisons and effects related to the pilates method Emanoel Pimentel da Silva1 Manoel Thadeu Alves Coelho² ¹Discente do Curso de Bacharel em Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira Licenciado em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira. ²Discente do Curso de Bacharel em Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira Licenciado em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira. _________________________________________________________________________________________ Resumo: Este trabalho tem como objetivo revisar a importância do Pilates na vida do indivíduo, tanto na percepção da qualidade de vida quanto na composição corporal, além de agregar muito no conhecimento e nossa formação como profissionais de Educação Física. A metodologia utilizada para este artigo trata-se de uma revisão de literatura, onde usamos o banco de dados Scielo para pesquisar os artigos científico citados, usando as palavras chave “Método Pilates”. Como principal resultado, verificamos que o Pilates quando praticado de 3 a 4 vezes por semana é capaz de gerar uma melhora significativa na percepção da qualidade de vida quanto na composição corporal do indivíduo. Concluiu-se que a o MP como ferramenta para melhorar a qualidade de vida mostra se muito eficaz e que sua prática leva o indivíduo a desenvolver o corpo uniformemente, corrigir posturas erradas, restaurar a vitalidade física, revigorar a mente, e elevar o espírito. Trabalho de Conclusão do Curso (1º/2020) Trabalho de Conclusão do Curso da Graduação em Educação Física Saúde 2 Palavras chaves: Contrologia; Método Pilates; Qualidade de Vida. I – INTRODUÇÃO Atividade física é definida segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que nos níveis de repouso, entretanto, a Contrologia é definida como a completa coordenação de corpo, mente e espírito. (Latey 2001) Contrologia ou popularmente conhecido como Pilates, não possui uma definição única atualmente, por ter várias vertentes de prática, a prática foi amplamente divulgado por Joseph Pilates e W. J. Millar na obra Retorno à vida através da Contrologia, onde define a filosofia por trás de seu trabalho e pela primeira vez, descreve e ilustra um conjunto de 34 exercícios para fazer em casa. Incialmente apenas dançarinos e atletas praticavam, no entanto hoje, com modificações e variações em alguns dos exercícios, o método Pilates extensivamente está sendo usado pelo público em geral para reabilitação pós-aguda e aptidão geral. Dentre os benefícios do Pilates é importante destacar que sua prática leva o indivíduo a desenvolver o corpo uniformemente, corrigir posturas erradas, restaurar a vitalidade física, revigorar a mente, e elevar o espírito. Incluídos seus princípios orientadores concentrando-se no propósito dos exercícios, de como você irá executa-los (Pilates & Miller 1945). Pode ser praticado por crianças até idosos. O Pilates foi definido como prática da Educação física no Rio de Janeiro e Espirito Santo pela exigência publicada na resolução 105/2019, divulgada no Diário Oficial, dia 25 de janeiro, no artigo 2, reiterando sua condição de método ginástico e campo de intervenção exclusiva dos profissionais de Educação Física. Para tal, no artigo 3, determina que as empresas de atividades físicas que oferecem o serviço de Pilates, garantam que a prática desta atividade seja orientada por Profissionais de Educação Física. O objetivo do estudo são, demonstrar os benefícios do Pilates crianças e idosos tanto na percepção da qualidade de vida quanto na composição corporal dos mesmos, além de agregar muito no conhecimento e nossa formação como profissionais de Educação Física. II – METODOLOGIA Fonseca (2002, p. 32) disserta que: 3 “A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. ” Este estudo trata-se de uma revisão de literatura, onde usamos o banco de dados Scielo para pesquisar os artigos científico citados, usando as palavras chave “Método Pilates”. A princípio foram achados 67 artigos e depois da leitura de títulos e resumos, entre outros critérios, foram selecionados 5 artigos. Os critérios usados foram os artigos de língua portuguesa, todos sendo estudos de caso e pulicados entre os anos de 2014 a 2020. Após leitura dos artigos, iremos analisar os dados através das seguintes categorias: análise postural da coluna cervical e cintura escapular de crianças, comparação da percepção da qualidade de vida de idosas praticantes e não praticantes do método pilates, efeitos sobre a flexibilidade do tronco, comparação do método pilates instável e moderno, efeitos sobre a postura corporal de idosos. III – RESULTADOS E DISCUSSÕES Apontaremos neste primeiro momento, um quadro que busca pontuar os principais pontos dos artigos selecionados, que são: os objetivos, o público alvo, a metodologia utilizada. Quadro 01: Síntese dos 06 artigos selecionados e categorizados Autores Objetivo Amostra Metodologia Irma Pujól Goulart, Lilian Pinto Teixeira, Simone Lara (2016) Comparou-se o padrão postural relacionado à coluna cervical e cintura escapular de estudantes praticantes e não praticantes do método pilates. O trabalho avaliou uma amostra de conveniência formada por 39 estudantes, divididos em grupo pilates (GP), composto por 21 escolares, e grupo inativo (GI), composto por 18 escolares. Foi realizada avaliação postural dos mesmos por meio do software Sapo. Tiago Rocha Alves Comparar a percepção As idosas foram A percepção da 4 Costa e colaboradores (2018) da qualidade de vida em idosas praticantes e não praticantes do método Pilates. separadas em grupo Pilates (n = 60), ginástica (n = 63) e não praticantes de atividades físicas regulares (n = 62) e pelas faixas etárias de 60 a 64,9 anos e 70 a 74,9 anos. qualidade de vida foi estimada pelo questionário WHOQOL-OLD e WHOQOL-BREF. A distribuição dos dados foi verificada com o teste de Shapiro-Wilk, além disso, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis com post hoc de Mann- Whitney e correção de Bonferroni. Gisela Rocha de Siqueira e colaboradores (2015) Avaliar o efeito do método Pilates sobre o trofismo do grupamento abdominal e na flexibilidade do tronco, comparado à aplicação de uma técnica tradicional de fortalecimento dos músculos abdominais e alongamentos estáticos em mulheres saudáveis. Treze mulheres sedentárias e saudáveis na faixa etária entre 18 e 25 anos foram submetidas a 10 sessões de Pilates (grupo Pilates, n = 6) e 10 sessões de alongamento e fortalecimento tradicionais (grupo controle, n = 7). Foram submetidas a 10 sessões de Pilates (grupo Pilates, n = 6) e 10 sessões de alongamento e fortalecimento tradicionais (grupo controle, n = 7). Antes e após as intervenções, o trofismo da musculatura abdominal das voluntárias foi avaliado através do ultrassom e a flexibilidade do tronco através do flexímetro. Amanda Nery Castelo Branco e colaboradores (2017) O objetivo deste estudo foi comparar a satisfação e motivação para a prática de exercício físico, flexibilidade e dor muscular tardia (DMT) em participantes Cinquenta participantes saudáveis realizaram uma sessão de exercícios do Pilates moderno e outra doPilates instável. Foram avaliados os desfechos satisfação e motivação após as sessões, flexibilidade posterior do tronco e membros inferiores (banco de Wells) antes e após cada sessão, e 5 saudáveis após exercícios de duas modalidades do método Pilates. DMT 24, 48 e 72 horas após cada sessão (Escala Numérica de Dor). Luciane Marta Neiva de Oliveira e colaboradores (2018) O objetivo deste estudo foi verificar o efeito do método Pilates (MP) na postura de idosas em uma comunidade. Realizou-se um ensaio clínico controlado, não randomizado, em amostra de 40 idosas de idades entre 60 e 80 anos, divididas igualmente em Grupo Pilates (GP) e Grupo Controle (GC). Os grupos responderam questionário sociodemográfico e foram avaliados, em momentos pré e pós- intervenção, utilizando biofotogrametria, a partir do software SAPO. O GP executou um protocolo de 12 exercícios do MP, duas vezes por semana, durante 50 minutos, por 12 semanas. Realizou-se análise estatística não paramétrica aplicando- se o teste U Mann- Whitney com valor p<0,05 para significância. 3.1 Análise postural da coluna cervical e cintura escapular de crianças. Houve diferença significativa entre os grupos nas variáveis relacionadas ao alinhamento horizontal dos acrômios (p=0,02), assimetria horizontal da escápula (p=0,003), alinhamento vertical do corpo em vista lateral direita (p=0,0003) e assimetria no plano frontal (p=0,0003). Por meio dos dados mostrados nesse estudo podemos perceber os benefícios resultante da prática do método pilates, pois houve melhora no alinhamento de ombro e escápula e melhora no alinhamento corporal e do centro de gravidade dos alunos praticantes do método pilates. 6 3.2 Comparação da percepção da qualidade de vida de idosas praticantes e não praticantes do método pilates. Para a faixa etária de 60 a 64,9 anos avaliada pelo questionário WHOQOL-OLD, as idosas que não praticavam atividade física regular apresentaram uma melhor percepção no domínio de participação social do que o grupo da ginástica. Para a faixa etária de 70 a 74,9 anos, avaliada pelo mesmo questionário, o grupo de Pilates apresentou melhores percepções na maioria dos domínios de qualidade de vida. O grupo das idosas praticantes do Método Pilates apresentou os maiores escores na maioria dos domínios de qualidade de vida para a faixa etária de 70 a 74,9 anos. 3.3 Efeitos sobre a flexibilidade do tronco. No grupo Pilates, após a intervenção, houve um aumento significativo das medidas ultrassonográficas do reto do abdome, da amplitude da rotação para direita e esquerda e da inclinação da coluna vertebral para a esquerda. No grupo controle, observou-se melhora apenas na rotação para a esquerda. O número de sessões pode ter sido insuficiente para que ocorresse aumento do trofismo de todos os músculos avaliados e da flexibilidade do tronco. É importante investir em pesquisas sobre Pilates, especialmente com a utilização de métodos de imagem mais acurados. 3.4 Comparação do método pilates instável e moderno. Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significante entre as duas modalidades do Pilates para satisfação e motivação, flexibilidade e DMT 72 horas após a sessão (p>0,05). Para a DMT foi observada diferença estatisticamente significante entre as duas modalidades 24 horas (diferença entre as médias: -0,7; IC a 95%: -1,5 a 0,0) e 48 horas (diferença entre as médias: -0,8; IC a 95%: -1,4 a -0,2) após a sessão, com maior dor no Pilates instável. Como conclusão, as duas modalidades do Pilates apresentaram o mesmo nível de satisfação e motivação e ganho similar de flexibilidade. No entanto, o Pilates instável causou mais DMT após 24 e 48 horas, mas essa diferença não foi clinicamente relevante. 3.5 Efeitos sobre a postura corporal de idosos. Os resultados obtidos mostraram que, na visão anterior, no momento antes da intervenção, a distância entre os acrômios, epicôndilos e processo estiloide foram menores no GC, em relação ao GP. Verificou-se que após a intervenção não houve diferença significativa entre os grupos. Na visão posterior observou se diferença estatisticamente significativa nas 7 variáveis: distância do ângulo superior (p=0,01) e inferior da escápula (p=0,02) do GP em relação ao GC. Concluiu-se que o MP promoveu efeito positivo em algumas variáveis do perfil postural de idosas, podendo ser empregado em grupos de práticas corporais comunitárias. V – CONSIDERAÇÕES FINAIS Fica evidente a partir dos estudos analisados nesse artigo de que o MP como ferramenta para melhorar a qualidade de vida mostra se muito eficaz. Pois como visto neste artigo que sua prática leva o indivíduo a desenvolver o corpo uniformemente, corrigir posturas erradas, restaurar a vitalidade física, revigorar a mente, e elevar o espírito. O Pilates relacionados aos idosos: Apresentou os maiores escores na maioria dos domínios da qualidade de vida para faixa etária de 70 a 74,9 anos avaliada pelo questionário WHOQOL-OLD. E concluímos que o MP promoveu algumas variáveis do perfil postural de idosas. O Pilates relacionados as crianças: Pode se perceber uma melhora no alinhamento de ombro e escápula e melhora no alinhamento corporal e do centro de gravidade dos alunos praticantes do MP. Relacionado aos MP instável e moderno concluímos que as duas modalidades apresentaram o mesmo nível de satisfação motivação e ganho similar de flexibilidade. Porém, o Pilates causou mais dor muscular tardia após 24 e 48 horas. REFERÊNCIAS GOULART, Irma Pujól [et al.] - Análise postural da coluna cervical e cintura escapular de crianças praticantes e não praticantes do método pilates. Fisioter. Pesqui. vol.23 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2016. Data de acesso: 03 de março de 2020. Link: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502016000100038 COSTA, Tiago Rocha Alves [ et al.] - Comparação da percepção da qualidade de vida em idosas praticantes e não praticantes do Método Pilates. Cad. saúde colet. vol.26 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2018 Epub Sep 17, 2018. Data de acesso: 03 de março de 2020. Link: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2018000300261 BRANCO, Amanda Nery Castelo [et al.] - Comparação da satisfação, motivação, flexibilidade e dor muscular tardia entre método Pilates moderno e método Pilates instável. Fisioter. Pesqui. vol.24 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2017. Data de acesso: 03 de março https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502016000100038 8 de 2020. Link: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809- 29502017000400427 SIQUEIRA, Gisele Rocha [et al.] - Efeito do pilates sobre a flexibilidade do tronco e as medidas ultrassonográficas dos músculos abdominais. Rev Bras Med Esporte vol.21 no.2 São Paulo Mar./Apr. 2015. Data de acesso: 03 de março de 2020. Link: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922015000200139 OLIVEIRA, Luciane Marta Neiva [et al.] - Método Pilates na comunidade: efeito sobre a postura corporal de idosas. Fisioter. Pesqui - vol.25, n.3, pp.315-322, 2018. Data de acesso: 03 de março de 2020. Link: https://www.scielo.br/pdf/fp/v25n3/2316-9117-fp-25-03-315.pdf LATEY, Penelope. The Pilates Method: history and philosophy. Journal of Bodywork and Moviment Therapies, London, v. 5, n. 4, p. 275-282, out. 2001 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502017000400427 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-29502017000400427 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922015000200139 ¹Discente do Curso de Bacharel em Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira ²Discente do Curso de Bacharel em Educação Física da Universidade Salgado deOliveira Palavras chaves: Contrologia; Método Pilates; Qualidade de Vida. I – INTRODUÇÃO Atividade física é definida segundo Caspersen (1985) como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que nos níveis de repouso, entretanto, a Contrologia é definida como a completa coorde... III – RESULTADOS E DISCUSSÕES V – CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS GOULART, Irma Pujól [et al.] - Análise postural da coluna cervical e cintura escapular de crianças praticantes e não praticantes do método pilates. Fisioter. Pesqui. vol.23 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2016. Data de acesso: 03 de março de 2020. Link: http... COSTA, Tiago Rocha Alves [ et al.] - Comparação da percepção da qualidade de vida em idosas praticantes e não praticantes do Método Pilates. Cad. saúde colet. vol.26 no.3 Rio de Janeiro July/Sept. 2018 Epub Sep 17, 2018. Data de acesso: 03 de março d... 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