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Avaliação do Complexo Adônis em atletas de culturismo

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Luiz Henrique

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Avaliação	do	Complexo	Adônis	em	atletas	de
culturismo
Article	·	January	2016
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treinamento	de	força	View	project
Paula	Matias	Soares
Universidade	Estadual	do	Ceará
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Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 1 
 
 
 
 
VOLUME 11 - NÚMERO 01 - 2016 - MAGAZINE 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 2 
 
 
 
 
 
É com grande satisfação que, no trigésimo ano de realização do Encontro Nacional de 
Atividade Física - ENAF, publicamos a Revista on-line ENAF SCIENCE. Tal publicação pode ser 
traduzida como uma forma de agradecimento e retribuição a todos aqueles que, direta ou 
indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento e aperfeiçoamento desse evento que 
integra o universo da atividade física e da saúde. 
 
No decorrer desses anos acreditamos ter participado da formação de milhares de 
acadêmicos e profissionais da área de educação física, fisioterapia, nutrição, enfermagem, 
turismo e pedagogia. A partir de 2004 passamos a realizar o Congresso Científico vinculado 
ao ENAF, dando mais um passo na construção dos saberes que unem formação e produção. 
 
E a partir de 2006 pela Revista on-line ENAF SCIENCE. Esperamos que essa publicação 
enriqueça nossa área de ação. Nesta edição, estão presentes todos os trabalhos 
apresentados no Congresso Científico, seja sob forma de artigo completo ou como resumo 
na forma de pôster. 
 
Esperamos que este seja a continuação dos passos que pretendemos empreender na busca 
por um novo viés de conhecimento, fazendo com que o ENAF siga seu caminho mais 
essencial: participar da construção de uma ciência da atividade física. 
 
Fale Conosco: Tel.: (35) 3219-7850 
Congressocientifico@enaf.com.br 
www.enaf.com.br 
 
Os artigos publicados são de inteira responsabilidade dos respectivos autores, não sendo atribuível ao ENAF 
nenhuma forma de competência legal sobre os mesmos. 
 
 
Coordenação: 
Prof. Dr. Marcelo Callegari Zanetti 
Professor Titular dos Cursos de Graduação em Educação Física, Nutrição e Psicologia da UNIP - S. J. Rio Pardo - SP. 
Professor do Curso de Graduação em Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado)/USTJ - SP. 
LATTES: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4716434P8 
mailto:Congressocientifico@enaf.com.br
http://www.enaf.com.br/
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4716434P8
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
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ÍNDICE 
(Dica: clique no titulo abaixo para acessar a página do trabalho) 
ARTIGOS 
A DANÇA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO NO APRIMORAMENTO DO DOMÍNIO DA 
CORPOREIDADE ............................................................................................................................ 6 
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE LESÕES EM ALUNOS DE ACADEMIA DE GINÁSTICA DO 
BAIRRO SANTA RITA ZONA SUL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ AP. ......................................... 14 
WHEY PROTEIN A SOLUÇÃO PARA A OBESIDADE? ............................................................... 24 
ALONGAMENTO ANTES OU APÓS MUSCULAÇÃO: OS PRÓS E CONTRAS ........................... 32 
ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO PREDITOR DO ESTADO 
NUTRICIONAL ............................................................................................................................... 38 
CONHECIMENTO SOBRE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO EM PRATICANTES DE 
MUSCULAÇÃO DA CIDADE DE MACEIÓ .................................................................................... 44 
ATUAÇÃO DO EPOC VISANDO O EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO DE LITERATURA ...... 52 
A INTERVENÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO FUNCIONAL EM IDOSOS HIPERTENSOS ............ 61 
O PERFIL DOS PRATICANTES DE TREINAMENTO FUNCIONAL NA MODALIDADE CIRCUITO 
NA AREIA EM PARINTINS-AM. .................................................................................................... 73 
O TREINAMENTO FUNCIONAL APLICADO NA MUSCULAÇÃO CONVENCIONAL ................... 80 
LEI DE INCENTIVO COMO INSTRUMENTO DE ACESSO DEMOCRÁTICO AO ESPORTE ...... 86 
ANÁLISE QUALITATIVA DA COMPARAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS DE CINCO MOVIMENTOS 
NO MOMENTO DA PEDALADA. ................................................................................................... 94 
TREINAMENTO RESISTIDO E CICLO MENSTRUAL ................................................................ 100 
EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E DO TREINAMENTO DE FORÇA NO DIABETES 
MELLITUS TIPO II: UMA REVISÃO DE LITERATURA ............................................................... 105 
ANÁLISE SOBRE AS INFLUENCIA DA NATAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO AFETIVO- SOCIAL 
DE ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA CEJE NO MUNICÍPIO DE BOA VISTA-RR ................... 113 
ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS ................................................................................................................. 119 
EXERCÍCIOS FÍSICOS COMO TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO PARA 
OSTEOARTRITE DE JOELHO .................................................................................................... 125 
ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA E RISCOS DE DOENÇAS CORONARIANAS DO EFETIVO 
POLICIAL DA 25ª CICOM ATRAVÉS DA RELAÇÃO CINTURA– QUADRIL ............................. 131 
AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR NO PRÉ-TREINO DE PRATICANTES DE 
TREINAMENO FUNCIONAL ....................................................................................................... 138 
TREINAMENTO DE FORÇA E ATIVIDADE DE VIDA DIÁRIAS-AVDS EM IDOSOS ................. 145 
A PRÉ-EXAUSTAO E SUA CORRELAÇÃO COM A FORÇA E HIPERTROFIA MUSCULAR: UMA 
REVISÃO CRÍTICA ...................................................................................................................... 161 
EXERCÍCIOS RESISTIDOS E IDOSOS: TENDÊNCIAS DO TREINAMENTO DE FORÇA, UMA 
REVISÃO. .................................................................................................................................... 174 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
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O TREINAMENTO DE FORÇA COMO CONTRIBUIÇÃO PARA UM EMAGRECIMENTO 
SAUDÁVEL: UMA REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................... 181 
A CONTRIBUIÇÃO DA MUSCULAÇÃO NA REDUÇÃO DE GORDURACORPORAL ................ 188 
MOTIVAÇÕES DOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO DE UMA ACADEMIA EM CANINDÉ-CE196 
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERFIL ALIMENTAR EM FUTEBOLISTAS 
AMADORES ................................................................................................................................ 206 
BENEFÍCIOS DA PRATICA DA HIDROGINÁSTICA PARA GESTANTES ................................... 214 
MOTIVOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO EM UMA ACADEMIA PARA MULHERES NA 
CIDADE DE LIMOEIRO DO NORTE - CEARÁ ............................................................................ 220 
AVALIAÇÃO DO COMPLEXO ADÔNIS EM ATLETAS DE CULTURISMO ................................ 232 
CORRELAÇÃO ENTRE AS CAPACIDADES FÍSICAS DE FORÇA, RESISTÊNCIA E 
FLEXIBILIDADE E O DESEMPENHO NA SEQUÊNCIA DE ENSINO DA CAPOEIRA REGIONAL.238 
MOTIVAÇÃO PARA CORREDORES DE RUA ............................................................................ 243 
A PRATICA DA DANÇA NOS ESPAÇOS DAS ACADEMIAS OU ESTÚDIOS E OS BENEFÍCIOS 
GERADOS AOS PRATICANTES. ............................................................................................... 250 
EFICÁCIA DO TREINAMENTO INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE EM MULHERES 
MANTENDO SUA ROTINA DE VIDA DIÁRIA ........................................................................... 256 
REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA DE ABORDAGEM QUALITATIVA NOS ARTIGOS 
VIRTUAIS QUE TRATAM DOS JOGOS, BRINQUEDO E BRINCADEIRAS NO ÂMBITO DA 
EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR PUBLICADOS ENTRE ANOS DE 2010-2014NO BULLETIN 
FIEP. ............................................................................................................................................ 263 
AS VANTAGENS DO TREINAMENTO FUNCIONAL PARA O EMAGRECIMENTO ................... 269 
O DESINTERESSE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO PELAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA276 
IMPORTÂNCIA DO AGACHAMENTO NA GESTAÇÃO .............................................................. 283 
PROGRAMAS INDIVIDUAIS DE TREINAMENTO DE FORÇA E A INSERÇÃO DO PERSONAL 
TRAINER: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A COMPOSIÇÃO E ORGANIZAÇÃO PARA OS 
TRABALHOS OFERTADOS ........................................................................................................ 291 
MUSCULAÇÃO PARA A TERCEIRA IDADE UM ALIADO NA PREVENÇÃO DE QUEDAS....... 299 
PAPEL DA LEPTINA, INSULINA E GRELINA NO CONTROLE DO PESO CORPORAL ........... 305 
BENEFÍCIOS DA MUSCULAÇÃO PARA PORTADORESDE HÉRNIA DE DISCO ..................... 312 
ESTUDO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSAS PRATICANTES DE BODY VIVE 
ATRAVÉS DA TAXONOMIA DE GENTILE.................................................................................. 319 
AVALIAÇÃO DO PERFIL ALIMENTAR, USO DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES E 
CONHECIMENTOS SOBRE NUTRIÇÃO DOS ALUNOS DE UMA ACADEMIA EM IBITINGA – 
SP. ............................................................................................................................................... 324 
AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE FLEXIBILIDADE EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE JIU-JITSU336 
VEGETARIANISMO E EXERCÍCIO FÍSICO: IMPLICAÇÕES PARA O DESEMPENHO E A 
SAÚDE DO ATLETA. ................................................................................................................... 343 
ESTUDO DE CASO SOBRE O EFEITO DO PNF NA RECUPERAÇÃO FUNCIONAL DA 
MARCHA EM PACIENTE ADULTO JOVEM PORTADOR DE ACIDENTE VASCULAR 
CEREBRAL. ................................................................................................................................. 351 
TECNOLOGIA COMO INCENTIVO NA ATIVIDADE FISICA: UTILIZAÇÃO DOS EXERGAMES356 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
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A NATAÇÃO INICIADA PRECOCEMENTE PODE ALTERAR A RESPONSIVIDADE A GLICOSE 
EM ILHOTAS PANCREÁTICAS ISOLADAS................................................................................ 362 
TREINAMENTO CONCORRENTE E SUAS CARACTERÍSTICAS ............................................. 371 
RISCO DO USO INDISCRIMINADO DE ESTEROIDES ANDROGÊNICOS ANABOLIZANTES NA 
HIPERTROFIA MUSCULAR ........................................................................................................ 378 
RESUMOS 
 
ANÁLISE DO NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E O PERFIL DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DOS 
PARTICIPANTES DO PROJETO DE GINASTICA LABORAL DO COLÉGIO TÉCNICO 
INDUSTRIAL DE SANTA MARIA – CTISM ................................................................................. 382 
AUXÍLIO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA O GRUPO DOS IDOSOS ............................................ 383 
BENEFÍCIOS DA GINÁSTICA FUNCIONAL PARA SERVIDORES NUMA ESCOLA NO 
MUNÍCIPIO DE SALINAS: ESTUDO DE CASO ESCOLA ESTADUAL DOUTOR OSVALDO 
PREDILIANO SANT'ANNA .......................................................................................................... 384 
EFEITOS NOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO NA SUPLEMENTAÇÃO DE CREATINA. 
UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. ............................................................................................... 385 
UTILIZAÇÃO DO TESTE DE SENTAR E LEVANTAR NA AVALIAÇÃO DE APTIDÃO FÍSICA 
FUNCIONAL EM POPULAÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................ 386 
EFEITOS DA INTERVENÇÃO DO YOGA EM MULHERES MASTECTOMIZADAS. .................. 387 
EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA REABILITAÇÃO CARDÍACA PÓS-INFARTO. ............... 388 
TREINAMENTO FUNCIONAL COMO FATOR PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE E QUALIDADE 
DE VIDA DOS SERVIDORES DA UNIVERSIDADE FEDEERAL DE RORAIMA (UFRR). .......... 389 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
Página 6 
 
 
ARTIGOS 
A DANÇA ESCOLAR COMO CONTRIBUIÇÃO NO APRIMORAMENTO DO DOMÍNIO DA 
CORPOREIDADE 
 
 
 
Liegem Amaral Leal1 
Karina Gomes Cerquinho2 
 
 
 
Resumo 
A Dança como contribuição para melhoria das práticas pedagógicas tradicionais, quais seriam os benefícios 
para os alunos? As indagações nos sugerem a Dança como um tema relevante para a pesquisa, fornecendo 
informações necessárias para o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras e atraentes para os 
alunos. Descreve-se a dança escolar como melhoria no aprendizado, favorecendo a comunicação dos 
alunos e os aspectos lúdicos do movimento expressivo, como contribuição no aprimoramento do domínio 
da corporeidade e melhoria do ensino. Esta pesquisa de abordagem quantitativa teve como universo, as 
escolas estaduais da rede pública de ensino, localizadas nas zonas centro sul e centro oeste do município 
de Manaus, Amazonas. Os sujeitos desta pesquisa foram os professores de educação física de ensino 
fundamental e médio. O instrumento de coleta de dados foi o questionário semi estruturado com 
perguntas fechadas. A análise dos dados coletados corroborou em alguma medida com os objetivosda 
pesquisa, quando a maioria dos sujeitos acenaram que a dança pode influir na capacidade de aprendizado 
do aluno e na melhoria das práticas pedagógicas do professor de educação física. 
Palavras-chave: Dança escolar, corporeidade, professores de educação física. 
 
 
 
Abstract 
The Dance as contribution to improvement the traditional pedagogic practices, which would the benefits, 
be for the students? The inquiries suggest us the Dance as an important theme for our research, supplying 
necessary information for the development of innovative and attractive pedagogic practices for the 
students. Described the school dance as improvement in the learning and favoring the students' 
communication and the aspects join of the expressive movement. The school dance as contribution in the 
improvement of the domain of the corporaty and improvement of the teaching. It is research of 
quantitative approach had universe of the research, the state schools of the public net of teaching, located 
in the west center and south center zone from province of Manaus, Amazonas. The subjects of this 
research were the physical education teachers, in the modality of fundamental and medium teaching. The 
instrument of collection of data used was questionnaires semi structured with closed questions. The 
research is concluded and ten physical education teachers were interviewed. The analysis of the collected 
data corroborated in some measure with the objectives of the research, when most of the subjects waived 
that the dance can influence on the capacity of the student's learning and in the improvement of the 
physical education teacher's pedagogic practices. 
Keywords: School dance, corporaty, teachers of physical education. 
 
 
1
 Centro Universitário Luterano de Manaus/Educação Física/Discente, liegem_leal@hotmail.com 
2
 Centro Universitário Luterano de Manaus/Educação Física/Orientadora, kgcerquinho@yahoo.com.br 
 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
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INTRODUÇÃO 
O presente artigo vem apresentar a dança escolar como uma das ferramentas de trabalho que o 
profissional de educação física pode utilizar em suas aulas. A dança escolar serve como contribuição no 
aprimoramento do domínio da corporeidade, melhoria do ensino e aprendizagem dos alunos. 
A atividade física desenvolvida no ambiente escolar, na maioria das vezes, por sua formalidade não é uma 
prática atrativa para os alunos. A inexperiência do professorado aliada ao comodismo da insatisfação 
profissional reforça práticas pedagógicas tradicionais e alienantes. Se tivéssemos uma atividade comum a 
todo ser humano e que não exigisse esta sistematização exacerbada, sendo do mesmo modo, garantidos 
os benefícios à saúde e ao bem estar psicossocial do praticante, teríamos práticas pedagógicas mais 
atrativas para os alunos e professores? Se adotássemos a Dança como uma contribuição para melhoria das 
práticas pedagógicas tradicionais. Quais seriam os benefícios para os professores? As indagações antes 
referidas nos sugerem a Dança como um tema relevante para esta pesquisa que poderá nos fornecer 
informações necessárias, em certa medida, para o desenvolvimento futuro de práticas pedagógicas 
inovadoras e mais atraentes para os alunos. 
Avançando desta maneira para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem dos profissionais de 
educação física. Quais seriam os benefícios que a dança escolar proporcionaria aos professores de 
educação física que buscam a prática de dança como meio de melhorar as atividades físicas? 
Utiliza-se a dança como instrumento lúdico para desenvolver a corporeidade dos alunos no ambiente 
escolar, como melhoria no aprendizado, favorecendo a comunicação dos alunos e os aspectos lúdicos do 
movimento expressivo. Identifica-se a dança como ferramenta facilitadora do processo ensino-
aprendizagem, relacionado a pratica da Educação Física, como forma de atividade expressiva do 
movimento corporal, desenvolvendo ritmo que combine a ação de diversos grupos musculares com 
eficiência facilitando a prática baseado no trabalho psicomotor são alguns dos objetivos que nos ajudarão 
ao desenvolvimento de ações que nos leve, em alguma medida, as respostas necessárias para o problema 
de pesquisa. 
Esta pesquisa de abordagem quantitativa teve como finalidade se levantar hábitos dos professores de 
educação física referentes à utilização da dança como prática escolar nas aulas de educação física. 
HISTÓRICO DA DANÇA 
Na Antigüidade, a humanidade já tinha na expressão corporal, através da dança, uma forma de se 
comunicar. Encontramos influências culturais dos países onde são dançados e de onde são originários os 
ritmos. Cada cultura transporta seus conteúdos às mais diferentes áreas, dentre estas, as danças absorvem 
grande parte desta transferência, pois sempre foi de grande importância nas sociedades através dos 
tempos, seja como uma forma de expressão artística, como objeto de culto aos deuses ou como simples 
entretenimento. No entanto em tempos mais remotos o sentido da dança tinha um caráter místico, pois 
era muito difundida em ritos religiosos e raramente era dançada em festas comemorativas. 
O Renascimento cultural dos séculos XV/XVI trouxe diversas mudanças no campo das artes, cultura, 
política, dentre outras. Dentro deste contexto, a dança também sofreu profundas alterações que já vinham 
se arrastando através dos anos. Nesta época a dança começou a ter um sentido social, isto é, agora era 
dançada em festas pela nobreza apenas como entretenimento e como recreação (HAAS, p. 20, 2003). 
Desde então a dança social foi se transformando e aos poucos se tornou acessível às camadas menos 
privilegiadas da sociedade que já desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares; que, 
inevitavelmente, com estas alterações de comportamento foram se unindo às danças sociais, dando 
origem assim a uma nova vertente da música, dançada por casais, que mais tarde seria denominada 
Danças de Salão. 
A dança, conjugada como produto e fator da cultura humana, estampa, portando, desde seus tempos 
primitivos até a atualidade, uma linguagem corporal moldurada e inserida sob a influência dos contextos 
econômicos, sociais, políticos, religiosos e econômicos, presentes no desenrolar de regimes histórico-
sociais, evocando suas necessidades, crenças, tradições, convenções, rebeldias na sua natureza artístico-
cultural. 
AS CARACTERISTICAS DA DANÇA NA AMÉRICA LATINA 
Revista ENAF Science Volume 11, número 1, Junho de 2016 - ISSN: 1809-2926 
Órgão de divulgação científica 
 
 
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A América Central não foi influenciada somente pela mistura de culturas depois da colonização e 
importação dos escravos, mas também por todas as culturas crioulas que se desenvolveram 
posteriormente, desde Cuba até o Chile. O México, com sua rica variedade cultural transformou-se na mãe 
adotiva e trampolim de uma das danças latinas mais conhecidas: comando. Quando os franceses invadiram 
o México entre 1861 e 1867, grupos indígenas fugiram para as montanhas. Ocasionalmente retornavam 
para espiar os franceses e uma das coisas que mais lhes chamavam a atenção eram as danças tradicionais 
como as valsas, a polca, a mazurca. 
A dança que no México recebeu o nome de Chilena (por ter vindo diretamente do Chile por meio do 
comércio marítimo) se conhece em outras áreas da América Central e da América do Sul como cueca ou 
zamacueca. É uma dança, conhecida desde época da colonização espanhola, que se executa ao som de 
uma música de violão bastante rítmica. O casal afasta-se, se segue e se ultrapassam, girando um ao redor 
do outro (SOTER, 2001). 
As comunidades negras que vivem nas costas caribenhas da América Central têm os nomes genéricos de 
garifunas ou caribes negros. Começaram chamando-se a si mesmos de garinagu. Durante os três últimos 
séculos, apesar dos inúmeros fluxos de migrações e de suarelação com os ingleses, franceses e espanhóis, 
preservaram grande parte da cultura das suas principais ramas de ascendência: os indígenas caribenhos e 
os escravos africanos. Em 1635, dois barcos espanhóis carregados de escravos naufragaram perto da ilha 
de San Vicente, no norte da Venezuela. Os negros escaparam e foram acolhidos pelos índios da ilha. Desta 
mestiçagem nasceram os garinagu (depois chamados de garifunas) que permaneceram em San Vicente até 
que, em 1795, os ingleses os fizeram prisioneiros e os transportaram, em companhia de outros escravos 
negros. 
AS DANÇAS BRASILEIRAS 
A estrela das danças brasileiras é sem nenhuma dúvida o samba e as suas variantes. Porém, no Brasil 
existiram muitos outros ritmos que foram essenciais para as músicas de dança em todo o mundo, como o 
maxixe ou a lambada. 
No descobrimento em 1500, só existiam indígenas no Brasil. Com o passar dos séculos foi colonizado pelos 
portugueses que introduziram os escravos africanos. Dessa mistura de culturas resultou toda a variedade 
de ritmos e danças brasileiras. Outras culturas influenciaram em menor escala, como a holandesa, a 
francesa, a italiana ou a alemã. 
Foi da fusão dos ritmos africanos com a música e dança européia que surgiram os principais gêneros 
musicais e danças brasileiras, como o lundu, o maxixe e o samba de gafieira. Umbigada, o início: Dança 
originária de Angola e do Congo, trazida pelos escravos, é uma das danças mais antigas executadas no 
Brasil (GARIBA, 2002). 
É realizada, ao ritmo do batuque africano, formando um círculo de participantes em volta dos dançarinos 
solistas. Os dançarinos executam uma coreografia sensual e ao convidar o próximo dançarinos para entrar 
no circulo, o faz tocando seu umbigo no dele. Lundu: Dança de origem Banto também da Angola e do 
Congo, descrita como licenciosa e indecente, surge como canção solista brasileira no final do século XVII, 
tornando-se o primeiro grande fruto da fusão cultural brasileira. Em 1792 são publicados os primeiros 
títulos. No século XIX é tocada e dançada em salões de diversos níveis sociais, tornando-se um gênero 
musical executado por brancos e negros, sem distinção racial. 
Podemos mencionar também as outras danças típicas do Brasil que são elas: O bumba-meu-boi, o frevo, 
xote, o xaxado, a ciranda, forró, pagode, brega, axé, a quadrilha e muitas outras, mas que tem em todo o 
nosso país em regiões diferentes do Brasil. 
DANÇA ESCOLAR 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9493/96 (LDB) tornou o ensino da arte e educação física 
componente curricular obrigatório e os Parâmetros Curriculares Nacionais, (BRASIL, 1997), passaram a 
incluir a dança como conteúdo curricular. A dança e a sociedade estão sempre imbricadas. Não há como 
falar da dança sem percorrer a grandeza de sua trajetória ao longo dos anos, nem deixar de falar do 
homem, da sua corporeidade e necessidades. Pereira, p.61, 2001, ajuda na busca por um conceito de 
dança escolar: 
(...) a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, podem-se levar os alunos a conhecerem a si 
próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos, 
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movimentos livres. Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/para o aluno com sua corporeidade por meio 
dessa atividade. 
Uma das atividades físicas mais significativas para o homem antigo foi à dança. Utilizada como forma de 
exibir suas qualidades físicas e de expressar os seus sentimentos, era praticada por todos os povos, desde 
o paleolítico superior (60.000 a.C.). De acordo com o autor Nanni (2003, p.7), a dança tanto tinha 
características lúdicas como ritualísticas, em que havia manifestações de alegria pela caça e pesca ou 
dramatizações pelos nascimentos e funerais. 
No Brasil e no mundo a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos benefícios comprovados que 
para Gariba (2002), vão desde a melhora da auto-estima, passando pelo combate ao estresse, depressão, 
até o enriquecimento das relações interpessoais. A importância e o significado da Educação Física implica 
em reflexões sobre seus paradigmas, pois se vive numa sociedade dinâmica e entende-se que essa área 
deve contemplar múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos por esta sociedade, a respeito do 
corpo, assim como afirma Pinheiro (2004, p.32): 
A Educação Física desenvolvida de forma consciente, respeitando as diferenças (“...), ou seja, as individualidades de cada um e 
não dicotômica o ser humano, não separando o corpo físico do mental, entendo que ambos funcionam de modo integral”. 
 
Na dança escolar, o que pretende se relacionado como pratica de movimentos rítmicos ajudando o aluno a 
desenvolver-se através das expressões corporais, durante as aulas de educação física. Segundo Ferreira 
(2005), os exercícios repetitivos e exercícios naturais, ou seja, repetição de exercícios inspirados nos 
movimentos naturais que obedecem à estrutura do corpo. Corroboramos com o conceito de dança 
explicitado por Verderi (1998): 
Considera-se a Dança uma expressão representativa de diversos aspectos da vida do homem; portanto, uma aula de Dança na 
escola permite ao professor conhecer melhor o seu aluno, ou seja, saber suas preferências sobre o que gosta de brincar, de 
cantar, de ouvir; discutir suas experiências; fazer fluir sua imaginação e verificar a influência dela na realidade e nas atitudes da 
criança. 
 
A dança então pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, 
expectativas e também servir como instrumento para seu desenvolvimento individual e social. Assim 
vivemos em um mundo repleto de variedades, aspectos consumistas, e informações globalizadas, as quais 
os adolescentes por estarem em processo de construção da personalidade, encontram - se também em 
conflitos na aparência e tornando-se por vezes pessoas, insatisfeitas, rebeldes e desmotivadas para até 
mesmo buscar uma atividade física que lhe dêem prazer. 
CONCEITO DE CORPOREIDADE 
A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento e/ou cerimônia. Como 
arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um 
determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculado das particularidades do teatro. 
A presença da dança no Brasil enquanto ensino se dá em alguns espaços, como clubes, academias, escolas 
especializadas de dança, algumas escolas particulares enquanto atividades extras curriculares e algumas 
escolas públicas e privadas quando o professor de Educação Física ou de Artes a insere em suas aulas. 
Neste caso, em se sabendo que a dança está presente de alguma forma na Educação Física, é necessário 
refletir sobre a função, o papel da dança na Educação Física. É necessário que haja uma reflexão sobre as 
quais propósitos, finalidades e objetivos deve a dança servir na Educação Física. A corporeidade é animada 
pela alma humana isso dá transcendência pelo nosso corpo; é uma qualificação do corpo; se realiza no 
corpo. Há ainda a considerar a vertente da aprendizagem, onde imagem e prática corporal convergem para 
um objetivo de agregação de valores nos quais o ser humano possui maior possibilidade de explorar seus 
potenciais, sejam eles somático-fisiológicos, psicomotores, intelectivos ou sociais. 
Verderi (2000) considera a educação como evolução e transformação do indivíduo, considerando a dança 
como um contínuo da Educação Física, expressão da corporeidade e considerando o movimento um meio 
para se visualizar a corporeidade dos nossos alunos, a dança na escola deve proporcionar oportunidades 
para que o aluno possa desenvolver todos os seus domínios do comportamento humano e, através de 
diversificações e complexidades, o professor possa contribuir para a formação de estruturas corporais mais 
complexas. 
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Os alunos precisam de uma educação através do corpo. Porém, essa educação que trata da corporeidade 
deve ter como foco central comprovar a nossa existência e importância nesse mundo. Precisa-se ressaltar 
que existimos para que o mundo possa existir também. Uma Educação Física que considere importante 
que os corpos se movimentem se transforme, para que possam transformar as coisas do mundo e, ao 
mesmo tempo, estar organizando e desorganizando sua própria construção e reconstrução. 
Esta interação de acordo com Nanni, apud Gaspari (2002, p.123), é “*...+ imprescindível para que o ser 
humano se torne sujeito de sua práxis no desvelar a sua realidade histórica, através de sua corporeidade.” 
A corporeidade é acima de tudo, uma presença, uma manifestação uma visibilidade, talvez dito com maior 
precisão uma fisionomia. A corporeidade se estende para além dos limites da Física e da Biologia. Ela 
alcança a esfera da consciência e não exclui a possibilidade de transcendência. Podemos afirmar com certa 
segurança que a corporeidade é a condição humana, é o modo de ser do homem (SANTIN, 1993, p. 13). 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Esta pesquisa teve uma abordagem quantitativa, o universo da pesquisa foram as escolas estaduais da 
rede pública de ensino, localizadas no município de Manaus, Amazonas. Os sujeitos desta pesquisa foram 
os professores de educação física, na modalidade de ensino fundamental e médio. A coleta de dados se 
realizou através de entrevistas, utilizando como instrumento de coleta de dados questionários semi 
estruturado com perguntas fechadas, para levantar os hábitos dos professores referentes às suas aulas. A 
análise dos dados se deu pelo tratamento estatístico, co-relacionando os dados levantados a cerca dos 
professores com a prática de dança nas suas aulas. Os participantes tiveram todos os direitos preservados 
em relação à privacidade dos dados. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Tabela 1 
A dança escolar proporciona um melhor aprendizado? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 9 0 9 
% 100 0 100 
* houve uma resposta em branco 
Conforme a tabela 1 observa-se que a maioria dos entrevistados concorda que a dança propiciaria um 
melhor aprendizado aos alunos. De acordo com Porto (1992), que recorre aos fundamentos 
desenvolvimentistas da aprendizagem motora, reconhece a necessidade deste tipo de conhecimento, 
entretanto não pode deixar de colocar uma ressalva a esta abordagem. 
Tabela 2. 
A prática de dança nas aulas de educação física proporciona um ambiente inibitório? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 5 4 9 
% 55,56 44,44 100 
* houve uma resposta em branco 
Conforme a tabela 2 observou-se que dos dez entrevistados, 5 (55,56%) concordaram que a prática de 
dança nas aulas de educação física proporcionaria um ambiente inibitório aos alunos enquanto 4 (44,44%) 
responderam não concordaria que a dança proporcionar um ambiente inibitório e somente houve uma dos 
entrevistados não respondeu a questão. As respostas vão de encontro Fritsch (1988): “nisso, a aparência 
corporal não consegue fugir do olhar observador e é, evidentemente, um ponto de referência especial da 
inibição”. 
 
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Tabela 3. 
Os movimentos corporais ajudam no desenvolvimento motor, afetivo, cognitivo dos alunos? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 9 0 9 
% 100 0 100 
* houve uma resposta em branco 
Conforme a tabela 3 verificou-se que as totalidades dos entrevistados corroboram que os movimentos da 
dança ajudariam no desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo dos alunos. Ainda um entrevistado se 
abdicou de responder. Para Barreto (2004), “desenvolvendo e aprimorando suas possibilidades de 
movimentação, descobrindo novos espaços, novas formas, superação de suas limitações e condições”. 
Tabela 4. 
Os benefícios da dança escolar favorecerão ao professor a desenvolverem a criatividade e espontaneidade 
nos alunos? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 10 0 10 
% 100 0 100 
Conforme a tabela 4, todos dos entrevistados concordaram que a dança escolar proporcionam benefícios 
que favorecerão aos professores a desenvolverem a criatividade e espontaneidade dos alunos em suas 
aulas. Segundo Ferreira (2005), o professor tem que saber explorar o potencial do aluno, possibilitando seu 
desenvolvimento natural e favorecer o despertar da criatividade e espontaneidade. 
Tabela 5. 
Na dança escolar, devem valorizar as possibilidades expressivas de cada aluno? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 10 0 10 
% 100 0 100 
Conforme a tabela 5, os entrevistados reforçam a idéia de que na dança escolar, deve se valorizar as 
possibilidades expressivas de cada aluno em suas aulas. 
Tabela 6. 
A dança no ambiente escolar contribuiria ao domínio da corporeidade dos alunos? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 10 0 10 
% 100 0 100 
 
Conforme a tabela 6, os entrevistados em alguma medida defendem a idéia da necessidade de se adotar a 
dança no ambiente escolar para melhoria do domínio da corporeidade dos seus alunos. Como afirma 
Bueno (1998): as danças, por sua vez, têm sido um elo necessário de equilíbrio para a corporeidade, na 
perspectiva de um ser humano integral. São também manifestações de conhecimento cultural transmitidos 
de geração em geração, servindo para fortalecer o elo da comunidade, além de coibir o conflito interno, 
algo essencial para muitas das comunidades tradicionais. 
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Tabela 7. 
O professor de Educação Física utilizando a dança como instrumento lúdico proporcionaria aos alunos um 
ambiente formal? 
Respostas Sim Não Total 
Nº 4 5 9 
% 44,44 55,56 100 
* houve uma resposta em branco 
Conforme a tabela 7, 44,44% dos entrevistados concordaram que se o professor de educação física 
utilizando a dança como instrumento lúdico proporcionaria aos alunos um ambiente formal. Sendo que, 
55,56 % discordam dessa posição. A dança no contexto escolar pode ser uma forma muito construtiva de 
experiência lúdica, pois esta ao alcance de todos, uma vez que seu instrumento principal é o corpo. Sem a 
intenção de formar bailarinos, a escola pode proporcionar ao aluno um contato mais efetivo e intimista 
com a possibilidade de se expressar criativamente com o movimento. O lúdico contribuir para construção 
da corporeidade, através das brincadeiras, dos relacionamentos e da humanidade com o próximo 
(MARQUES, 2003). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considerando os objetivos da pesquisa fundamentados na literatura cientifica pertinente, a pesquisa de 
acordo com a proposta de trabalho em relação ao tema dança escolar e corporeidade, a entrevista 
utilizando um questionário com perguntas fechadas no qual os professores deveria responde (sim ou não), 
esta foi aplicada aos profissionais de Educação Física, esclarecendo aos mesmos, informações que muitos 
desses professores não utilizam a dança escolar como ferramenta de trabalho em suas aulas. 
De acordo com a análise dos dados, os professores acenaram que a dança escolar é uma alternativa para 
melhoria do processo de ensino e aprendizagem em sala de aula, contribuindo para que os alunos se 
sintam mais à vontade, dispostos a construírem novas amizades, desta maneira se tornando pessoas mais 
sociáveis. Além disto, corroboram com a literatura que em alguma intensidade a dança possibilita o 
desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo. 
A análise dos dados direciona a mudança do trabalho pedagógico nas aulas de educação física, 
abandonando o formalismo excessivo do tradicionalismo vigente para práticas que se baseie no modelo 
mais humano e que levem em consideração no planejamento e execução de atividades o entorno 
contextual do aluno. 
É necessário comentar que a pesquisa não teve a intenção de esgotar possíveis respostassobre a 
contribuição da dança escolar para o domínio da corporeidade. Desta maneira, é indispensável o 
aprofundamento do tema, através de uma pesquisa de abordagem qualitativa, onde possamos dispor de 
métodos e técnicas de análise e coleta de dados, onde se possa legitimar os discursos dos professores de 
educação física e seus alunos. Assim como, um cronograma maior de pesquisa que possibilite a realização 
de uma oficina sobre o tema. 
A análise desses dados favoreceu para uma proposta sugerida se talvez tivéssemos, mas tempo a fazer a 
pesquisa de campo o trabalho seria de grande prestigio. Os resultados que vimos na tabela podemos 
verificar o conhecimento prévio dos professores de educação física em relação à prática de dança escolar e 
os benefícios aos alunos. 
REFERÊNCIAS 
 
BARRETO, D. Dança... Ensino, sentidos e possibilidades na Escola. 2 ed. Autores associados, 2004. 
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Brasília: MEC/SEF, 1997. 
 
BUENO, Jocian M. Psicomotricidade: Teoria e Prática. S. Paulo: Ed.Lovise, 1998. 
 
FERREIRA, Vanja. Dança Escolar: um novo ritmo para a educação física. Rio de Janeiro: Sprint, 2005. 
 
FRITSCH, Ursula (1988). Tanz, Bewegungskultur, Gesellschaft. Verlust und Chancen symbolischexpressiven 
Bewegens. Frankfurt: Afra Verlag. 
 
GARIBA, C. M. S. Personal dance: uma proposta Empreendedora. 2002, Dissertação/Mestrado em 
Engenharia de produção. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal 
de Santa Catarina, Florianópolis. 
 
GASPARI, Telma Cristiane. A Dança aplicada às tendências da Educação Física Escolar. In: Motriz, set./dez. 
2002, n.3, p.123-129, Rio Claro, UNESP. 
 
HAAS, Aline Nogueira. Ritmo e Dança. Canoas, Ulbra, 2003. 
 
MARQUES, Isabel. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003. 
 
NANNI, D. Dança educação, pré-escolar a universidade. 2. Ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003, p.7-79. 
 
PEREIRA, S. R. C. et al., Dança na escola: desenvolvendo a emoção e o pensamento. Revista Kinesis, Porto 
Alegre, n. 25, p.60- 61, 2001. 
 
PINHEIRO, D. R. U. O perfil do personal trainer na perspectiva de um treinamento físico orientado para 
saúde, estética e esporte. 2004. Personal trainer.com. br. Acesso em 10.10.08. 
 
PORTO, Eliane Tereza Rozante. A dança em idade pré-escolar. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 
14, n. 1, p. 38-40, set. 1992. 
 
SANTIN, S. Ed. Física Temas Pedagógicos. Ijuí: UNIJUÍ, 1993. 
 
SOTER, Silvia; PEREIRA, Roberto (org). Laban ou a experiência da dança. Rio de Janeiro: UniverCidade, 
2001. 
 
VERDERI, E.B.L.P. Dança na escola. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 1998. 
 
________________. Dança na escola. Rio de Janeiro, RJ: Sprint, 2000. 
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ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE LESÕES EM ALUNOS DE ACADEMIA DE GINÁSTICA 
DO BAIRRO SANTA RITA ZONA SUL DO MUNICÍPIO DE MACAPÁ AP. 
 
RAMOS, A.T.O.¹; FARIAS, W.L²; BELFORT, D.R.³. 
Universidade Federal do Amapá - Macapá - AP- Brasil 
Universidade Vale do Acaraú - Macapá - Brasil 
3- Universidade Federal do Amapá- Macapá-AP- Brasil 
Walber_lopes@hotmail.com 
 
RESUMO 
O número de praticantes de atividade física cresceu vertiginosamente em decorrência da busca pela 
promoção da saúde e pela questão estética. Diante desta realidade, houve um aumento significativo no 
número de espaços e de profissionais que oferecem a prática das mais variadas modalidades esportivas, 
fato que tem induzido a população a praticar exercícios físicos constantes. No entanto sabe-se que a 
realização de exercícios físicos de forma incorreta ou exagerada pode causar problemas de saúde, entre os 
quais, o surgimento ou a acentuação de lesões já estabelecidas. Este estudo teve como objetivo analisar a 
percepção de lesão em alunos de quatro academias de ginástica do Bairro Santa Rita, Zona Sul do 
Município de Macapá-Ap, com relação à ocorrência de lesões musculoesqueléticas e identificar os 
segmentos corporais mais acometidos. A amostra da pesquisa foi composta por 400 alunos matriculados 
em modalidades esportivas ofertadas pelas quatro academias como musculação e aulas coletivas, foram 
200 participantes do sexo masculino e 200 do sexo feminino. A idade dos participantes variou de 18 a 69 
anos, e teve como média a idade de 35 anos. Para a coleta de dados foram aplicados questionários aos 
alunos das academias participantes da pesquisa. O questionário aplicado foi composto por perguntas sobre 
dados pessoais do aluno, atividades realizadas na academia, percepção de lesão e procedimentos adotados 
após a lesão. Os resultados demonstraram que 60% da amostra relatou a percepção de alguma lesão, e 
destes, 30% acreditam que a lesão estava relacionada às atividades realizadas na academia. Os segmentos 
corporais lesionados mais citados pelos alunos foram o joelho com 40%, o ombro com 25%, coluna e 
tornozelo com 10% cada. Diante dos resultados foi possível concluir que a percepção de lesões por 
praticantes de exercício físico em academias de ginastica não é um evento raro, por isso deve-se salientar a 
importância da atuação profissional dos professores de educação física ao prescrever e orientar 
treinamentos adequadamente para que possa haver uma mudança nessa realidade. 
PALAVRAS-CHAVE: exercício físico, academia de ginastica, lesões musculoesqueléticas. 
 
ABSTRACT 
The number of practitioners of physical activity has growing vertiginously as a result of the pursuit of 
health promotion and the aesthetic issue. Given this reality, there was a significant increase in the number 
of spaces and professionals that offer the practice of various sportive arrangements, a fact that has 
induced people to practice constant physical exercise. However it is known that the practice of physical 
exercises of incorrect form or exaggerated can cause health problems, including the emergence or 
accentuation of established lesions. This study aimed to analyze the perception of injury in students from 
four gyms Santa Rita's district in the South Zone of the city of Macapa-Ap, regarding the occurrence of 
musculoskeletal injuries and identify the most affected body segments. The sample research was 
composed by 400 students enrolled in sportive arrangements offered by the four academies as weight 
training and group lessons, were 200 male participants and 200 female. The age of participants ranged 
from 18 to 69 years, and had the average age of 35 years. For data collection, questionnaires were applied 
to students of the participating research academies. The questionnaire applied was composed by 
questions about student personal data activities carried in the gym, perception of injury and procedures 
adopted after the injury. The results showed that 60% of the sample reported the perception of an injury, 
and of these, 30% believe that the injury was related to activities in the gym. The injured body segments 
most often cited by students were the knee with 40%, 25% shoulder, spine and ankle with 10% each. With 
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the results it was concluded that the perception of injury from exercise practitioners in gymnastics 
academies is not a rare event, so it should be noted the importance of the work of professional physical 
education teachers to prescribe and guide training properly so there may be a change in this reality. 
KEYWORDS: exercise, fitness gym, musculoskeletal injuries. 
INTRODUÇÃO 
A prática de atividade física tem se destacado em âmbito mundial como um dos principais contributos não 
farmacológicos relacionados ao combate à mortalidade decorrentes das doenças crônicas não 
transmissíveis (Lee et al., 2012; Rezende et al.,2016). Nestesentido, evidências cientificas em atividades 
físicas através de intervenções, ações e estratégias, demonstram grandes potenciais para o aumento da 
prática. (PRATT et al 2015). Assim, percebe-se um aumento significativo nos espaços para prática de 
atividades físicas e/ou esportivas, como também dos profissionais qualificados para orientação das 
variadas modalidades físicas e esportivas, o que pode induzir ainda mais o número de adeptos nas práticas 
das atividades motoras. 
Paralelo a esse aumento, nota-se também uma maior prevalência de lesões nos praticantes de diferentes 
atividades física sistematizadas (Rombaldi et al 2014; Rola et al., 2004; Oliva, Bankoff e Zamai 1998). 
Motivados pela ânsia de alcançar objetivos rápidos, muitos indivíduos acabam se submetendo a realização 
de exercícios sem entender de que maneira a execução destes influenciará nas suas estruturas corporais, o 
que pode resultar em implicações negativas ao organismo. É importante termos consciência que, apesar de 
proporcionar muitos benefícios a quem pratica, exercícios físicos realizados de forma incorreta ou 
exagerada podem causar problemas de saúde, entre os quais, o surgimento ou a acentuação de lesões já 
estabelecidas. 
Para a realização de qualquer tipo de exercício, devem ser levadas em consideração todas as variáveis 
associadas ao desenvolvimento de lesões. É extremamente importante avaliar o resultado de forças 
repetitivas sobre uma estrutura e a habilidade da estrutura em absorver tais forças, para que sejam 
evitados excessos. As lesões provenientes da prática de exercício físico são definidas como lesões 
desportivas e geralmente estão associadas a excesso de treinamento, manuseio incorreto de 
equipamentos, e execução incorreta de movimentos. Para Vieira (2001) as lesões são decorrentes de 
aspectos classificados como intrínsecos: idade, sexo, estrutura, composição corpora, nível de aptidão física, 
período de treinamento da lesão, questões nutricionais e características psicológicas e sociais, e os 
extrínsecos: planejamento, periodicidade e intensidade da atividade física, condições atmosféricas e 
equipamentos (acessórios, calçados e vestuário) a serem usados durante a execução da atividade física, 
tipo de modalidade praticada, local de treino e instalações desportivas. Sabe-se que as lesões podem 
interferir na capacidade funcional de uma pessoa gerando diversos prejuízos, como o afastamento da 
prática de exercícios físicos, o afastamento de atividades laborais e gastos financeiros com tratamento. 
Devido à grande incidência de praticantes de exercícios físicos que vem apresentando as lesões 
desportivas, essa temática tem sido objeto de vários estudos. Rola et al (2004), analisaram a percepção de 
lesões em academias de ginastica de Belo Horizonte, chegando a conclusão de que houve muitos relatos 
de lesões e que por isso é de extrema importância para a prática de exercícios físicos em academias, a 
presença de um acompanhamento profissional, bem como duração e intensidade de treino adequados a 
fim de se alcançar um treinamento físico de qualidade e sem grandes consequências. 
Em um trabalho bastante semelhante, Almeida (2011), também detectou presença de algias 
musculoesqueléticas em praticantes de musculação em uma academia de Porto Alegre. Diante disto, este 
estudo teve como objetivo a análise da percepção de lesões em alunos de academias de ginástica do bairro 
Santa Rita, Zona Sul do Município de Macapá-AP com relação à ocorrência de lesões e identificar os 
segmentos corporais mais acometidos. 
MÉTODO 
A amostra da pesquisa foi composta por 400 alunos matriculados em atividades esportivas ofertadas pelas 
academias como musculação e aulas coletivas (step, localizada, bodypump). Para que os resultados não 
expressassem a caracterização de um gênero, foram selecionados 50 indivíduos do sexo feminino e 50 do 
sexo masculino de cada academia onde ocorreu a pesquisa, totalizando 200 participantes de cada sexo. A 
seleção ocorreu através de convites feitos a alunos que foram abordados nas entradas das academias. 
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Toda a amostra se dispôs a participar voluntariamente do estudo. A idade dos participantes variou de 18 a 
69 anos, e teve como média a idade de 35 anos. Esta pesquisa foi realizada em quatro academias 
localizadas na zona sul da cidade de Macapá que tivessem pelo menos um professor de educação física e 
que foram escolhidas por critério de conveniência quanto à localização. 
Para a obtenção dos dados foi elaborado um questionário, composto por 12 questões, 2 abertas e 10 
fechadas, dos quais incluíram informações pessoais como idade e sexo, além de informações relativas ao 
tipo de atividade praticada na academia, percepção da lesão pelo aluno (presença de lesão, relação com a 
atividade física e localização), procedimentos após a lesão (suspensão de alguns ou de todos os exercícios, 
procura por atendimento médico, informação ao professor de educação física da academia e modificação 
do programa de treinamento) e possível melhora dos sintomas. 
As aplicações dos questionários ocorreram no período de dezembro de 2015 a janeiro de 2016 e foram 
realizadas nas dependências das academias participantes da pesquisa. Foram aplicados um total de 400 
questionários, 100 em cada academia. Todos os questionários aplicados foram analisados. Os dados foram 
tabelados utilizando o programa Microsoft Excel 2010.Para realização da pesquisa os proprietários das 
academias foram contatados e autorizaram que a coleta fosse realizada em seus estabelecimentos. Todos 
os alunos participantes da pesquisa foram abordados e convidados a participar do estudo e caso 
concordassem em responder o questionário, faziam-no na presença do pesquisador. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Conforme pode ser observado no gráfico 01, que trata de lesões nos participantes, 60% da amostra relatou 
que já teve alguma lesão e 40% relatou não ter sido acometido por lesão. 
 
 
Gráfico 01 
Em estudo realizado por Rombaldi et al (2014) com praticantes de atividades físicas no tempo de lazer, o 
percentual de lesões decorrentes da prática das atividades foi de 21,9%. Gomes e Junior (2013), em seus 
estudos observaram que 25% dos indivíduos disseram já tiveram alguma lesão corporal. 
A incidência de lesões na prática de exercícios físicos pode estar relacionada a diferentes fatores como a 
realização incorreta de exercícios, progressão inadequada das cargas de treinamento, desequilíbrios 
musculares, uso de equipamentos inadequados, e pela falta de acompanhamento de um profissional 
qualificado. Neste sentido, torna-se relevante uma prescrição orientada na realização de exercícios, pois a 
ausência de orientação é um dos aspectos que levam a uma alta incidência de lesões. É possível que o alto 
percentual de indivíduos acometidos por lesões apontado neste estudo, esteja relacionado a 
condicionantes provenientes de treinamentos mal elaborados, mal executados ou de práticas aleatórias de 
exercícios físicos. 
Ao questionar os alunos sobre a localização das lesões (gráfico 2), os seguimentos corporais mais 
destacados pelos participantes foram o joelho, apresentando um percentual de 40%, e o ombro com 25%. 
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As regiões da coluna e cotovelo foram, cada uma, citadas por 10%. Os seguimentos do cotovelo, punho e 
quadril, apresentaram as menores prevalências de lesões, ambos com 5%. 
 
 
Gráfico 02 
Estes resultados contrariam os achados de Moreira, Boery e Boery (2010), os quais relataram como 
seguimentos corporais mais acometidos por lesões entre os praticantes de atividade física em academias 
de musculação foram a coluna, seguida pelos ombros, joelhos, cotovelo, quadril, tórax e por último a 
panturrilha. No entanto, Souza, Moreira e Campos (2015), identificaramque as regiões com maiores 
frequências de lesões são ombro e joelho, seguidos pela região cervical e tórax. Igualmente, Oliva et al 
(1998), demonstram que os ombros se apresentam como as regiões de maior prevalência de lesões, 
seguidos pela coluna e cotovelo. 
Apesar das diferenças de lesões encontradas nas diferentes regiões corporais, percebe-se que os ombros, 
joelhos e coluna são frequentemente citadas pelos praticantes. Talvez pelo fato de o ombro e o joelho se 
tratarem de articulações que permitem a movimentação dos membros superiores e inferiores e acabam 
sendo exigidas a todo momento, tendo inclusive que suportar altas cargas nos mais variados movimentos 
e, a coluna vertebral, por suportar o peso corporal, e estar associada a manutenção da postura ereta. As 
possíveis causas de lesões nessas estruturas relacionadas à prática de exercícios físicos são treinos 
excessivos, uso impróprio das técnicas de treinamento ou a combinação de ambos. 
Na análise do gráfico 03, sobre se a lesão está relacionada com a atividade realizada na academia, 30% dos 
alunos questionados afirmaram que acreditavam que a lesão estava relacionada às atividades realizadas na 
academia, e 70% dos alunos responderam que acreditavam que não havia essa associação. 
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Gráfico 03 
Em estudo de Rolla et all (2004), 48% da amostra, afirmaram acreditar que havia associação entre lesões 
desenvolvidas e às atividades realizadas na academia. Já estudo de Gomes e Junior (2013) demonstrou que 
dos alunos que tiveram alguma lesão, 25% disseram que sua lesão está relacionada com a atividade que 
desenvolvem na academia. 
Por se tratar de um ambiente especifico para a realização de exercícios físicos, é comum que lesões sejam 
associadas a este ambiente. Sabemos, no entanto, que lesões nem sempre estão vinculadas as atividades 
praticadas na academia, podem estar associadas a atividades diárias, laborais ou de lazer por exemplo. 
Movimentos repetitivos em casa ou no trabalho, realização de práticas esportivas esporádicas são 
atividades que podem gerar lesões pelo fato do indivíduo muitas vezes, não possuir uma estrutura corporal 
preparada para suportar a carga de determinado movimento ou atividade. 
Quando tratamos de exercícios físicos realizados em academias de ginasticas, devemos considerar que 
estes ambientes devem oferecer atividades orientadas por profissionais que estão preparados para atuar 
de maneira preventiva quanto ao desenvolvimento de lesões. Contudo, sabemos que não são todos os 
profissionais que se preocupam com esta variável ao prescrever ou orientar treinamentos e por outro lado, 
não são todos os alunos que seguem o treinamento adequado prescrito pelo professor. Caso houvesse 
uma conscientização dos alunos e uma atuação profissional adequada à incidência de lesões provenientes 
de exercícios praticados nestes ambientes seriam reduzidas. 
O gráfico 04, sobre a atitude em relação à manutenção das atividades realizadas na academia, constatou-
se que após a lesão, 50% dos alunos deixaram de realizar alguns exercícios, mas mantiveram suas 
atividades na academia, 23% afirmaram que não modificaram suas atividades na academia, e 27% 
alegaram ter deixado de realizar todas as suas atividades na academia. 
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Gráfico 04 
Corroborando com esses resultados os achados de Wagner e Shigunov (2013), demonstraram em seu 
estudo que 51% da sua amostra não interrompeu os treinamentos de musculação e 49% interrompeu 
totalmente os exercícios para uma melhor recuperação das partes envolvidas. Em contrapartida Gomes e 
Junior (2013) em relação à atitude tomada após a lesão, 33% continuaram a fazer as atividades 
normalmente e 67% deixaram de fazer apenas algumas atividades. 
As lesões podem ser definidas em diferentes graus, conforme sua gravidade. Quanto mais grave, maior 
será a interferência da lesão no cotidiano do indivíduo, inclusive nas atividades praticadas na academia. 
Normalmente é necessária a realização de ajustes, interrupções ou alterações nos exercícios realizados. 
Essas adequações são realizadas de acordo com a especificidade da lesão, que determinará qual a melhor 
recomendação em relação aos exercícios praticados. 
Na análise do gráfico 05, o qual discorre acerca da busca de tratamento especializado após a descoberta de 
lesão, foi identificado que 70% dos alunos procuraram algum tratamento médico e 30% não procuraram 
ajuda médica ou de fisioterapeutas. 
 
 
Gráfico 05 
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Rolla et all (2004), 73% dos acometidos por lesão 
na academia procuraram algum tratamento médico ou fisioterapêutico. Por sua vez, Rombaldi et al (2014) 
demostrou que apenas 28% dos indivíduos que se lesionaram praticando atividades físicas, procuraram 
atendimento fisioterápico. A importância de procurar um profissional médico ou fisioterapeuta consiste na 
necessidade de identificar as especificidades da lesão. São estes profissionais que irão atuar na elaboração 
de um diagnóstico que determinará as características da lesão e nele serão baseadas as medidas a serem 
adotadas como forma de tratamento ou recuperação. 
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Cabe ressaltar que esses profissionais determinam a necessidade de tratamento farmacológico ou 
fisioterápico, enquanto a orientação prática da atividade física, é um papel atribuído ao professor de 
educação física, seja na forma de profilaxia ou tratamento de determinada lesão a partir de exercícios 
físicos (RESOLUÇÃO CONFEF, N° 046/2002). A negligência adotada pelos praticantes, quanto à consulta dos 
profissionais adequados e capacitados, aumenta às chances de elevar os riscos à saúde do próprio 
indivíduo. 
Ao serem questionados quanto ao relato da lesão ao professor da academia, 70% afirmaram ter informado 
o professor e 30% afirmaram não ter informado o profissional referido, como demostra o gráfico 06. 
 
 
Gráfico 06 
Com resultados próximos aos deste estudo, Souza, Moreira e Campos (2015), demostrou que 75% dos 
alunos com lesão relataram o ocorrido ao professor de educação física da academia. No entanto, Oliva, 
Bankoff, Zamai (1998) demostrou que mais da metade dos praticantes de musculação entrevistados, 
treinaram sem comunicar o treinador sobre algum tipo de dor. 
A prescrição de exercícios deve ser baseada em avaliações que permitem identificar diversas 
características do aluno, como estilo de vida, composição corporal, nível de condicionamento físico, 
histórico de doenças e lesões. Além das informações advindas das avaliações, é necessário salientar aos 
alunos, a importância de ser repassado ao professor, informações sobre as variáveis resultantes ou que 
interferem na execução de um treinamento. Através do “feedback” entre professor e aluno, é possível 
obter parâmetros imediatos sobre a efetividade da prescrição do treino, o que engloba aspectos de 
prevenção e/ou desenvolvimento de lesões. 
O relato de lesões existentes ou da suspeita do surgimento de uma nova lesão, conduz o professor a 
adoção de uma nova metodologia de treino, devido a necessidade de ajustes à condição física do aluno. A 
omissão de informações relativas ao treino pode comprometer a saúde e a execução das atividades físicas, 
pois eleva o risco de agravamento de lesões. A omissão também dificulta a realização de intervenções 
terapêuticas de profilaxia em lesões em estados iniciais. 
Ao serem questionados se tiveram seu programa de treinamento modificado pelo professor da academia 
após avaliação médica, 65% afirmaram que sim e 35% afirmaram que não, conforme demonstra o gráfico 
07. 
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Gráfico 07 
Em estudo semelhante, Rolla et all (2004), demostraram que 80% dos alunos que comunicaram a lesão ao 
professor ou ao fisioterapeuta da academia, tiveram seu programa de treinamento modificado. 
A execução e prescrição de exercícios físicos devem ser baseadas nos princípios do treinamento, entre os 
quais temos o da individualidade biológica, que consiste na ideia que cada indivíduo é formado por uma 
somatória de características que o torna único, sendo assim, um treinamento não pode desconsiderar 
essas peculiaridades individuais. 
Considerando este importante princípio, o indivíduo acometido por uma lesão precisa ter suas atividades 
adequadas a sua condição física, a fim de que seja evitado o agravamento do quadro da lesão e para evitar 
o desenvolvimento de lesões compensatórias, que podem surgir em decorrência da alteração do 
funcionamento de uma determinada estrutura corporal. Quando não há o devido cuidado e a adequação 
dos treinamentos do indivíduo lesionado, quadros de lesões podem evoluir para um grau de 
comprometimento maior e piorar a condição física da pessoa. Já quando ocorre a adequação necessária, 
quadros de lesões podem ser melhorados ou até revertidos. 
Quando questionados se houve melhora na lesão após a modificação do treinamento, dos alunos que 
afirmaram ter tido seu programa de treino modificado após a identificação da lesão, 90% relataram a 
identificação de melhorias com a mudança do treinamento e 10% relataram não ter identificado melhorias, 
como demonstra o gráfico 08. 
 
 
Gráfico 08 
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O estudo de Souza, Moreira e Campos (2015), o percentual de 80% relatou melhora nos sintomas após a 
mudança nos treinos. Já Rolla et all (2004), demostrou que após a modificação do programa de 
treinamento, 96% dos alunos relataram alívio dos sintomas. 
Quando a prescrição de uma atividade é realizada respeitando todas as condições peculiares ao indivíduo, 
é possível faze-la com segurança e de forma adequada. Treinamentos prescritos e executados 
corretamente possibilitam ao indivíduo lesionado, realizar suas atividades de maneira mais confortável, 
com diminuição ou ausência de dor, além de ajudar no processo de reabilitação da lesão. 
CONCLUSÃO 
Foi possível constatar através desse estudo que a percepção de lesões por praticantes de exercício físico 
em academias de ginastica não é um evento raro, por isso deve-se salientar a importância da atuação 
profissional dos professores de educação física ao prescrever e orientar treinamentos adequados para que 
possa haver uma mudança nessa realidade. 
Quando exercícios são realizados com segurança, o risco de um indivíduo ser acometido por uma lesão é 
menor, o que resulta na necessidade da difusão destas informações aos alunos, para que possam 
compreender a importância de respeitar o equilíbrio na relação exercício físico e saúde. 
Embora estudos demonstrem a importância da atividade física na prevenção e manutenção de um padrão 
de vida saudável, a prática pode determinar um aumento no risco da ocorrência de lesões entre os 
praticantes. O exercício físico sistematizado pode beneficiar o ser humano tanto fisicamente quanto 
mentalmente proporcionando uma melhor qualidade de vida. 
Contudo, quando praticado de maneira incorreta, o exercício físico deixa de ocasionar benefícios. As lesões 
musculares, tendinosas e ligamentares são exemplos de consequências da prática inadequada do exercício 
físico e podem ocorrer em qualquer estrutura corporal. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Conclusão de Curso, Novo Hamburgo, 2011, p.01-36. Disponível em: 
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cidade de cachoeira alta - go. São Simão – GO, 2013 
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7.RESOLUÇÃO CONFEF N°046/2002/ Dispõe sobre a intervenção do profissional de Educação Física e 
respectivas compentências e define os seus campos de atuação profissional. www.confef.org.br 
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11. SOUZA, G. L., MOREIRA, N. B., CAMPOS, W.; Ocorrência e características de lesões entre praticantes de 
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13. WAGNER, E., SHIGUNOV, V. Estudo de lesões musculares e articulares em praticantes de musculação 
de uma academia do município de florianópolis-sc. Florianópolis – SC, 2013. 
PROTOCOLO DE PESQUISA 
Título: análise da percepção de lesões, em academias de ginástica do Bairro Santa Rita Zona Sul do 
Município de Macapá- Ap. 
Pesquisadores: Aline Thaíze de Oliveira Ramos/Walber Lopes Farias. Pós-Graduando em Fisiologia do 
Exercício, Avaliação Física e Atividade para Grupos Especiais. ENAF/Desenvolvimento Serviços Educacionais 
do Estado do Amapá. 
Nome: ____________________________________________________________ 
1) Idade: __________ 
 2) Sexo: M ( ) F ( ) 
 3) Quais atividades você realiza na academia? 
( ) somente musculação 
( ) somente aulas coletiva ( step, localizada,bodypumpetc) 
 4) Você já teve ou tem alguma lesão? 
( ) Sim ( ) Não 
5) Você acredita que esta lesão está relacionada à(s) atividade(s) realizada(s) na academia? 
( ) Sim ( ) Não 
6) Onde está localizada a lesão? (Se necessário, marque mais de uma opção) 
( ) joelho ( ) tornozelo 
( ) quadril ( ) coluna 
( ) ombro ( ) cotovelo 
( ) punho ( ) outros 
7) Com o resultado da lesão você: 
( ) não modificou sua(s) atividade(s) na academia 
( ) deixou de realizar apenas alguns exercícios 
( ) deixou de realizar toda(s) a(s) sua(s) atividade(s) 
8) Você procurou algum tratamento médico e/ou fisioterapeuta? 
( ) Sim ( ) Não 
9) Você informou ao professor de sua academia sobre a sua lesão? 
( ) Sim ( ) Não 
10) O seu programa de treinamento foi modificado pelo professor?( ) Sim ( ) Não 
11) Em caso afirmativo, houve melhora dos sintomas relacionados à lesão, após esta modificado? 
( ) Sim ( ) Não 
 
ENDEREÇO: AVENIDA HENRIQUE GALÚCIO, N°3216. SANTA RITA 
CEP:68900-255. MACAPÁ-AP 
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WHEY PROTEIN A SOLUÇÃO PARA A OBESIDADE? 
 
DE PAULA, A. C. ¹ 
 VIANNA, D. 
 
ENAF/DSE- Ribeirão Preto- Brasil 
EMAIL: aline_acp_@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
Introdução.No Brasil, assim como em vários outros países em desenvolvimento, a obesidade tem 
aumentado significativamente nas duas últimas décadas.A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de 
gordura corporal, em decorrência da somatória de fatores genéticos e ambientais. Obesidade é fator de 
risco para doenças crônicas não transmissíveis como diabete melitus tipo 2, hipertensão, resistência à 
insulina entre outras. Diante destas evidências é recomendado que obesos se submetam a algum 
tratamento para atenuar o incremento de gordura corporal, a fim de reduzir as chances de mortalidade e 
controlar as doenças relacionadas à obesidade. Nesse sentindo, várias intervenções terapêuticas são 
propostas, como a prática de exercício físico, a restrição calórica e a suplementação alimentar. Diversos 
estudos relatam que a suplementação de wheyprotein é eficaz em reduzir a gordura corporal e em 
estimular a síntese proteica favorecendo o crescimento ou manutenção da massa magra. Objetivo:este 
trabalho teve como objetivo avaliar a associação do exercício físico e do acompanhamento nutricionaljunto 
com uso do suplementoWheyprotein como tratamento para obesidade.Métodos: O estudo foi conduzido 
na academia da cidade de Ituverava- SP, realizadocom 2 mulheres e 2 homens 36±12,72 anos e peso 
médio de 95±21,21 Kg, submetidos a dois meses de tratamento. Foram feitas avaliações antes a após o 
período de intervenção. O acompanhamento nutricional consistia em consultas semanais sendo utilizado 
uma dieta hipocalórica de 1700 Kcal associada ou não a suplementação de 23g de wheyprotein. O 
treinamento físico (resistido + aeróbio) foi realizado 3 vezes na semana, tinha duração de 1 hora. 
Conclusão. Conclui-se que a suplementação de wheyprotein associado a dieta hipocalórica e ao 
treinamento foi eficaz em reduzir o peso corporal. Mostrando assim a importância de unir dieta, 
suplementação e atividade física, para se obter resultados satisfatórios no tratamento para o 
emagrecimento. 
 
Palavras chave: Obesidade; Emagrecimento; wheyprotein. 
 
ABSTRACT 
Introduction. In Brazil, as in many other developing countries, obesity has increased significantly in the last 
two decades. Obesity is characterized by the accumulation of body fat as a result of the sum of genetic and 
environmental factors. Obesity is a risk factor for chronic diseases such as diabetes mellitus type 2, 
hypertension, insulin resistance, among others. On this evidence it is recommended that obese to undergo 
some treatment to mitigate the increase of body fat in order to reduce the chances of mortality and 
control diseases related to obesity. In that sense, various therapeutic interventions are proposed, such as 
physical exercise, caloric restriction and supplemental feeding. Several studies have reported that 
supplementation of whey protein is effective in reducing body fat and stimulate protein synthesis favoring 
the growth or maintenance of lean mass. Objective: This study aimed to evaluate the association of 
physical exercise and nutritional counseling along with use of Whey protein supplement as a treatment for 
obesity. Methods: The study was conducted at the Academy of the city of Ituverava- SP, performed with 2 
women and 2 men 36 ± 12.72 years and average weight of 95 ± 21.21 kg, submitted to two months of 
treatment. Evaluations were made before to after the intervention period. Nutritional monitoring 
consisted of weekly consultations are using a reduced calorie diet of 1,700 Kcal with or without 
supplementation of 23g of whey protein. Physical training (resistance + aerobic) was performed 3 times a 
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week, I had duration of 1 hour. Conclusion. It is concluded that supplementation of whey protein 
associated with reduced calorie diet and the training was effective in reducing body weight. Thus showing 
the importance of uniting diet, supplementation and physical activity, to obtain satisfactory results in the 
treatment for weight loss. 
 
Key words: Obesity; Weight loss; whey protein. 
 
INTRODUÇÃO 
A obesidade nos dias atuais é um problema de saúde que cresce constantemente e já é classificada como 
uma epidemia mundial, pois o mercado de alimentos oferece oportunidades de fácil acesso para que o 
indivíduo possa ingerir altos volumes de alimentos sem levar em consideração a qualidade, como por 
exemplo: fastfoods, lanches, salgadinhos, refrigerantes entre outros com preços mais acessíveis, sendo 
mais vantajoso manter uma dieta pobre em nutrientes, mas rica em quantidade. (FETT, 2001) 
(FRANCISCHI; LANCHA-JUNIOR & PEREIRA 2003) 
O individuo é considerado obeso, pelo acumulo de gordura corporal, ou seja quando sua porcentagem de 
gordura é maior que de massa muscular, seu indice de massa corporal é classificado por 30 Kg/m² ou mais. 
(SALVE, 2006) 
 A obesidade geralmente esta associada a outras patologias, como: Diabete Mellitus, hipertensão, doença 
renal, gota, entre várias outras. Alguns dos fatores que ajudam a desencadear a obesidade são 
principalmente hábitos alimentares inadequados, bem como a falta de atividade física. O tipo, a 
intensidade e a duração do exercício determinam alterações significativas com aumento do metabolismo. 
Sendo assim, conhecendo a dieta, o tipo de exercício e o suplemento alimentar, podem melhorar e 
acentuar o acúmulo de gordura corporal e assim acelerar o processo de emagrecimento. (FETT, 2001). 
Para que ocorra um bom tratamento dietoterápico esportivo é importante que o nutricionista tenha um 
bom histórico sobre o paciente, um planejamento dietético e um conhecimento na área de nutrição 
esportiva e principais características da modalidade desempenhada. (Braggion, 2008). 
De acordo com a Resolução do CFN n°380/2005: “suplementos nutricionais são alimentos que servem para 
complementar, com calorias, e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua 
ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer suplementação”. No 
mercado os suplementos alimentares são encontrados de seguinte forma: pós, capsulas, tabletes, barras, 
pastilhas mastigáveis, drágeas, granulados, líquidos, géis, semissólidos e suspensões. Eventualmente os 
suplementos nutricionais são utilizados para alcançar resultados positivos em qualquer que seja o objetivo 
e o treinamento. A maneira que as proteínas do soro do leite utilizadas como suplementos alimentares são 
comercializadas principalmente em forma de pó (Braggion, 2008; FISCHBORN, 2009). 
Com a pratica de atividade física melhora-se a qualidade de vida dos indivíduos. Vários fatores vão 
interferir no desenvolvimento da atividade física, como organização do treino, genética, suplementação, 
tempo da prática de atividade física e dieta, principalmente. Com isso aumenta-se a necessidade de 
nutrientes do corpo, principalmente de proteína. Com a ingestão de proteína ou aminoácidos pós treino 
contribui na recuperação e na síntese proteica, a qualidade dessas funções são acentuadas positivamente 
se a quantidade e o tipo de proteína for adequado.) (HARAGUCHI, 2008)(FISCHBORN, 2009) 
Segundo a ANVISA, na Portaria n° 222/1998: “os Alimentos Proteicos são produtos com predominância de 
proteína(s), hidrolisada(s) ou não, em sua composição, formulados com o intuito de aumentar a ingestão 
deste(s) nutriente(s) ou complementar a dieta de atletas,cuja as necessidades proteicas não estejam 
sendo satisfatoriamente supridas pelas fontes alimentares habituais.” (ANVISA, 1998) 
A wheyprotein tem como seu principal produto a proteína do soro do leite. O soro do leite possui cor 
amarela esverdeada e é obtido através da coagulação do leite e possui sabor de ácido para doce. Por ser 
rico em proteínas, sendo elas aminoácidos essenciais e por possuir alta biodisponibilidade, ele se tornou 
um material usado na alimentação humana e na confecção de suplementos proteicos. Elas correspondem 
a 20% das proteínas do leite, compostas principalmente por α-lactoalbumina (ALA) e a β-lactoglobulina 
(BLG) e outros componentes como: albumina do soro bovino (BSA), Imunoglobulinas (Ig’s) e glico-
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macropetídeos. A composição de aminoácidos das proteínas do soro são semelhantes as do musculo 
esquelético(ZUÑIGA,2003) (HARAGUCHI, 2008) (MELO, 2009) 
De acordo com estudos, as proteínas do soro auxiliam o emagrecimento por meio da redução do 
percentual de gordura corporal, realizado pelo micronutriente Cálcio e por ter em sua composição alta 
concentração de Aminoácidos de Cadeia Ramificada (BCAA). Com o aumento do cálcio na dieta, ocorre o 
auxílio na redução dos hormônios calcitropicos, esse hormônio é o responsável por estimular a 
transferência de cálcio para as células de gordura e em altas concentrações leva a lipogênese e a redução 
da lipólise. Além de oferecer vários benefícios como recuperação muscular, fortalecimento da imunidade e 
melhoria no desempenho físico (HARAGUCHI, 2008; MELO, 2009) 
No mercado, a WheyProtein pode ser encontrada em três formas mais conhecidas, sendo elas: isolada, 
hidrolisada e concentrada. Na proteína isolada encontra-se de 90% a 95% de proteínas, com baixo teor de 
gordura e lactose, a hidrolisada é feita da concentrada e da isolada, também contem baixo teor de gordura 
e lactose e possui fácil digestão e absorção. E a concentrada em duas formas, a concentrada passa por um 
processo de extração do componentes não proteicos, sua porcentagem de proteína varia entre 25% e 89%, 
a medida que a lactose diminui aumenta a % de proteínas e a concentrada com lactose reduzida tem em 
sua formulação menos de 1% de lactose (CASAGRANDE, 2006) . 
E o último e menos conhecido é a WheyProtein por troca iônica, nela ocorre a remoção de determinados 
minerais por meio da troca iônica, por eletro diálise ou pela técnica de filtração em membranas 
(CASAGRANDE, 2006). 
Existem diversas maneiras de utilizar a suplementação desta proteínas, como após treino, para que seja 
oferecido aminoácidos essenciais para que ocorra a síntese proteica;pré treino, assim irá prevenir o 
catabolismo muscular, pelo alto teor de glutamina e BCAA; ao levantar-se da cama, por ser uma proteína 
de rápida absorção e digestão, esta ajuda na reposição de proteínas e carboidratos de forma mais rápida, 
causada por jejum noturno (sono); ou ainda antes de dormir, para favorecer a recuperação muscular e 
impedir o catabolismo em atletas em dieta hipocalórica, oferecendo aminoácidos. Lembrando sempre que 
se deve levar em consideração o tipo e volume de treinamento, a dieta, o objetivo do individuo para assim 
orientar o melhor horário para ingerir o suplemento proteico (NILSEN, 2010). 
 
OBJETIVO 
O estudo teve como objetivo avaliar a associação do exercício físico e do acompanhamento nutricional 
junto com uso do suplemento Wheyprotein como tratamento para obesidade. Por último incentivar a 
melhoria de hábitos e mostrar a importância de ter um profissional qualificado para supervisionar o 
tratamento. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
AMOSTRA 
O estudo contou com a participação de 2 homens e 2 mulheres que se enquadraram no critério de seleção, 
deveriam ser obesos, não ter doenças associadas, frequentadores de academia 3 vezes por semana, não 
estar em tratamento nutricional e frequentador da academia a mais de 2 anos. A idade média era de 
36±12,72 anos e peso médio de 95±21,21 Kg (tabela 1). Para iniciação deste trabalho, duração 2 meses, foi 
feita uma reunião com os participantes para explicar seu objetivo e metodologia e em seguida foi entregue 
o termo de consentimento livre e esclarecido, formulado de acordo com a Resolução 196/96 do Conselho 
Nacional de Saúde. Os participantes foram distribuídos em 4 grupos: grupo mulher (M) participante com 
dieta hipocalórica (n=1); grupo mulher (ML) participante com dieta hipocalórica + suplementação de 
Wheyprotein(n=1); Grupo Homem (H) participante com dieta hipocalórica (n=1) e Grupo Homem (HL) 
participante com dieta hipocalórica + suplementação de Wheyprotein (n=1). (Tabela 1) 
 
MATERIAIS UTILIZADOS 
Os materiais utilizados para a realização do estudo foram: balança e fita métrica. 
 
INSTRUMENTOS EMPREGADOS 
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Foi utilizado como instrumento para coleta de dados para a identificação do consumo alimentar o diário 
alimentar. 
 
PROCEDIMENTOS REALIZADOS 
A pesquisa se desenvolveu numa academia da cidade de Ituverava-SP, os participantes realizaram no inicio 
e no final do estudo a avaliação antropométrica onde foi mensurado o perímetro abdominal, quadril, 
cintura, peso e altura. 
O acompanhamento nutricional consistia em consultas semanais. Todos participantes receberam 
prescrição de dieta hipocalóricade aproximadamente 1.700 Kcal com o sem o acréscimo do suplemento 
proteico, o diário alimentar, para que pudessem anotar tudo o que foi consumido durante o dia, incluindo 
quantidade de água, exercício físico e suplemento.Na metade do tratamento foi entregue um novo 
questionário, o intermediário, para avaliar a aceitação da dieta, do treinamento e da suplementação e se já 
houve emagrecimento. 
 A suplementação de wheyprotein (Wheyprotein 3 W/probeiótica®) foi de 23 g de proteína fornecida 30 
minutos após a treino para um participante de cada grupo M e H. 
Os participantes foram submetidos a um programa de exercício físico durante dois meses, três vezes por 
semana com duração de uma hora. O programa de exercício físico foi elaborado por um educador físico o 
qual propôs exercícios aeróbios combinados com exercícios resistido. O exercício aeróbio consistiu de 
corrida. O exercício resistido foi executado utilizando uma combinação de pesos livres e aparelhos 
específicos de musculação. 
 
Tabela 1: caracterização dos participantes 
 Grupo ML Grupo M Grupo HL Grupo H 
Idade (anos) 45 35 25 27 
Peso Inicial 
(Kg) 
91,5 90 122,5 107,9 
Altura (cm) 162 165 174 188 
IMC kg/m2 34,9 33,08 40,56 30,57 
Grupo mulher (M) participante com dieta hipocalórica (n=1); grupo mulher (ML) participante com dieta 
hipocalórica + suplementação de Wheyprotein(n=1); Grupo Homem (H) participante com dieta 
hipocalórica (n=1) e Grupo Homem (HL) participante com dieta hipocalórica + suplementação de 
Wheyprotein (n=1) 
 
 
RESULTADOS 
Segundo o questionário inicial, conclui-se que todos os participantes estavam com IMC acima de 30kg/m². 
Todos frequentavam a academia a mais de 2 meses, a duração do treino era de 1 hora, todos faziam a 
junção de aeróbio+musculação. Objetivo em comum emagrecimento. 
Quando perguntados sobre para que serviam os suplementos, relataram o seguinte: “ ajuda a estimular e 
dar mais energia na hora de fazer os exercícios”, “para auxiliar no emagrecimento”, “não tenho opinião” e 
“para que possa auxiliar e acelerar o desenvolvimento de músculos e o desempenho no treino”. Nenhum 
possuía nenhum tipo de doença crônica, os antecedentes familiares eram principalmente avô/irmãos/mãe 
com diabetes mellitus tipo I ou tipo II. 
Já no questionário intermediário, verificou-se que todos os participantes afirmaram que aprenderam o 
porquee a importância de se utilizar suplemento como auxiliador no emagrecimento e concordaram que 
com supervisão de uma equipeespecializada os resultados são atenuados com o uso. Todos se 
encontravam satisfeitos com os resultados obtidos até naquele momento e estavam aflitos com medo do 
fim do tratamento, queriam continuar, pois estavam conseguindo emagrecer bem mais que se estivessem 
sozinhos, todos responderam que não tinha dificuldade ao segui o plano alimentar proposto. Referiram 
sentir mudanças ao colocarem roupas que antes ficavam muito justas ou não “entravam”, agora estavam 
vestindo melhor, uma das participantes teve que mandar várias de suas roupas para ajustar em uma 
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costureira, pois ficavam "caindo" e afirmou que até o fim do estudo teve que ser realizadas três vezes o 
ajuste pra diminuir ainda mais todas as peças. 
E no questionário final, todos os participantes queriam ingerir suplemento, pois o emagrecimento foi mais 
acentuado em quem consumiu, perderam o medo e relataram que aprenderam que “esses” produtos nada 
mais são que alimentos modificados, desidratados e que quando há necessidades são até benéficos para a 
saúde. Ficaram muito satisfeitos com os resultados obtidos, todos queriam seguir com o tratamento e 
todos conseguiram emagrecer. 
 Em relação a avaliação do diário alimentar (dados não mostrado), todos os participantes seguiram a 
recomendação. Porém, no inicioda intervenções os participantes relatavam m “medo” de fazer as 
substituições, mas com os encontros semanais aprenderam a fazer trocas “inteligentes”. Nos horários, 
quantidades e qualidade dos alimentos após esse episodio todos faziam corretamente. 
Na tabela 2, foi analisado os pesos e IMC iniciais e finais de todos os integrantes, ao comparar o pesos 
iniciais e final nota-se que a ML e o HL emagreceram mais, sendo 4,5kg e 2,5Kg, já a M e o H foram os 
seguintes valores, 4Kg e 1,9Kg. O IMC inicial serviu de critério para seleção para o estudo, foi usado o 
seguinte parâmetro, todos deveriam ter o IMC= ou > que 30 Kg/m², com a classificação de obesidade. No 
decorrer do tratamento todos diminuíram o IMC, mais ainda permaneceram com a classificação de 
obesidade. 
 
 
Tabela 2: Dados de peso e IMC feitos no inicio e fim do tratamento. 
 Grupo ML Grupo M Grupo HL Grupo H 
Peso Inicial 
(Kg) 
91,5 90 122,5 107,9 
Peso final (Kg) 87 86 120 106 
IMC kg/m2 inicial 34,92 33,08 40, 56 30,56 
IMC kg/m2 final 33,21 31,61 39,73 30, 02 
Grupo mulher (M) participante com dieta hipocalórica (n=1); grupo mulher (ML) participante com dieta 
hipocalórica + suplementação de Wheyprotein(n=1); Grupo Homem (H) participante com dieta 
hipocalórica (n=1) e Grupo Homem (HL) participante com dieta hipocalórica + suplementação de 
Wheyprotein (n=1) 
 
Nas tabelas 3, 4, 5 e 6 foram comparadas as medidas inicias e finais de todos os participantes, foi analisado 
as medidas de abdomen, cintura e quadril. A diminuição de medidas abdominais foram mais acentuadas 
nosindivíduos dos grupos ML e no H. O perímetro da cintura e do quadril reduziu nos grupos ML e HL. A 
relação cintura/ quadril notou-se que a ML estava em alto risco de desenvolver doenças cardiovasculares, 
diabetes mellitus entre outras, já a M iniciou e permaneceu em risco moderado. Os candidatos HL e H 
começaram em alto risco e no fim foram pra moderado. 
 
Tabela 3: GRUPO ML: Avaliação antropométrica, perímetro do abdômen, cintura e quadril. 
Grupo ML Abdômen 
cm 
Cintura 
 cm 
Quadril 
cm 
Relação 
cintura/quadril 
Inicio 130 109 127,5 0, 85- Alto risco 
Fim 107 100 121,5 0,82- Alto 
Grupo mulher (ML) participante com dieta hipocalórica + suplementação de Wheyprotein(n=1); 
 
Tabela 4: GRUPO M: Avaliação antropométrica, perímetro do abdômen, cintura e quadril. 
Grupo M Abdômen 
cm 
Cintura 
 cm 
Quadril 
cm 
Relação 
cintura/quadril 
Inicio 95 90 121 0,74- Moderado 
Fim 89 88 119 0,74- Moderado 
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Grupo mulher (M) participante com dieta hipocalórica (n=1) 
 
 
 
 
Tabela 5: GRUPO HL: Avaliação antropométrica, perímetro do abdômen, cintura e quadril. 
Grupo HL Abdômen 
cm 
Cintura 
 cm 
Quadril 
cm 
Relação 
cintura/quadril 
 Inicio 120 112 124 0,90- Alto 
Fim 116 104 120 0,87- Moderado 
Grupo homem (HL) participante com dieta hipocalórica + suplementação de Wheyprotein(n=1); 
 
Tabela 6: GRUPO H: Avaliação antropométrica, perímetro do abdômen, cintura e quadril. 
Grupo H Abdômen Cintura Quadril Relação 
cintura/quadril 
Inicio 113 106 117 0,91- Alto 
Fim 103 101 117 0,86- Moderado 
Grupohomemr (H) participante com dieta hipocalórica (n=1) 
 
 
 
DISCUSSÃO 
Com o estudo foi possível avaliar as modificações antropométricas e visuais dos participantes e então 
verificou-se que a hipótese é verdadeira, pois o suplemento pode auxiliar no emagrecimento de indivíduos 
obesos, mas com a junção de alimentação saudável e balanceada e atividade física. 
As limitações do estudo foram, os participantes não conhecer os exercícios pelos nomes, então foi 
necessário sempre ter um educador físico por perto, para não confundirem e nem executarem errado, 
alguns dos participantes nunca terem nem visto um suplemento alimentar, acharem que eram 
anabolizantes, para isso foi ministrada uma palestra para ensinar e tirar dúvidas sobre o tema. Nos 
encontros semanais, também, eram sanadas dúvidas referentes a alimentação e a suplementação. 
Houve redução de IMC, mas não o suficiente para alterar o estágio de IMC (Indice de Massa Corporal), 
então ainda continuaram com a classificação de obesidade, o mesmo foi comprovado no estudo do autor 
Varela e colaboradores, onde foi comparado os IMCs iniciais e finais do estudo, os requisitos para 
participar do estudo era ter IMC> ou igual a 30 Kg/m², foram três meses de tratamento. 
Ao analisar os dados é possível notar que houve redução significativa em todas as medidas corporais e de 
peso, mas a redução mais acentuada foi nos participantes que estavam com suplementação. 
De acordo com o estudo é possível notar, que três dos participantes saíram do risco alto para o 
desenvolvimento de outras patologias, levando em consideração o perímetro cintura/quadril. Estes 
resultados vão de encontro com os dos autores Rocca, Tirapegui, Melo e Ribeiro, que o estudo teve 
duração de três meses, um dos critérios para a seleção de participantes também era ter IMC maior que 30 
Kg/m², foi verificadoque houve uma boa redução na relação cintura/quadril e também nas circunferências 
de cintura e quadril dos indivíduos estudados. 
Em relação ao emagrecimento, o grupo suplementado foi o que mais obteve resultados positivos, em dois 
meses de tratamento emagreceram HL- 2,5 Kg e ML 4,5Kg. 
A importância do trabalho foi mostrar que com a junção e o equilíbrio entre alimentação, atividade física e 
suplementação o resultados almejados podem ser alcançados, podem ser aplicados em alunos de 
academia que já tenham passado pela fase de adaptação, recomendações que sempre procure 
profissionais qualificados e específicos para cada caso (exemplo: nutricionista para alimentação e 
suplementação, pois para cada objetivo e necessidade variam, sempre levando em consideração a 
individualidade; educador físico: para ficha de treinamento, médico: para exames de rotina).As implicações 
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podem acontecer se o aluno fizer algum exercício errado e se machucar, ou não consumir o que foi 
proposto no plano alimentar e causar um desiquilíbrio ou uma deficiência no organismo. Umas das 
maiores especulações é saber mais sobre o metabolismos dos suplementos no organismo, saber se um 
individuo sem diabetes pode vir a ter pelo uso de suplementos, por nele conter adoçantes e se seria 
necessário a pausa no uso destes produtos. 
 
CONCLUSÂO 
Conclui-sea importância de unir dieta, suplementação e atividade física, para se obter resultados 
satisfatórios no tratamento para o emagrecimento. Comprovando o objetivo do estudo, o grupo 
suplementado emagreceram mais que o grupo não suplementado. 
A importância de tratamento foi melhorar a qualidade de vida, saúde e até as emoções dos participantes e 
poder mostrar e ensinar como ter um hábito mais saudável pode fazer toda a diferença. 
Mas como o tempo de tratamento foi limitado é necessário mais estudos e analises sobre o tema. 
 
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26T113251Z-4036/Publico/texto%20completo.pdf#page=120> Acesso em: 06 de Ou. 2014. 
 
Autor: Aline Cristina de Paula 
Rua: José Moreira Coimbra, 1.175. Casa. 
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Bairro: Cidade Universitária. 
Cidade: Ituverava- São Paulo 
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ALONGAMENTO ANTES OU APÓS MUSCULAÇÃO: OS PRÓS E CONTRAS 
 
ALBUQUERQUE, V. 1 
TOMAZ, T.P.1 
VASCONCELOS, T. P.3 
VILAS BOAS, Y. F.² 
 
1 Educador Físico / Pós graduando em Musculação e Personal Trainer. Pós Graduação Enaf 
Desenvolvimento Serviços Educacionais - Poços de Caldas / MG - Brasil. Email: vandinhoef@hotmail.com 
 
² Orientador / Professor e Coordenador do Curso de Educação Física da Universidade José do Rosário 
Vellano - Unifenas - Alfenas / MG - Brasil. Email: yvan.boas@unifenas.br 
 
 
RESUMO 
Este estudo trata do alongamento antes ou após musculação, elucidando seus prós e contras. Tal 
abordagem se justifica na divergência encontrada, visto que apesar da literatura científica enumerar os 
benefícios importantes atrelados ao alongamento, no que se diz respeito à diminuição de lesões, é 
bastante controversa quanto ao momento que este deve ser realizado. Objetiva-se com este estudo, 
verificar a literatura existente sobre o alongamento na musculação, elucidando os aspectos que designam 
o melhor momento para a sua realização. O estudo constatou que o benefício do alongamento decorre de 
seu efeito a médio e longo prazo, melhorando a flexibilidade, e não de um efeito imediato por alongar logo antes 
da prática de exercícios. 
 
 
Palavras-chaves: Atividade Física, Fitness, Treinamento Contra Resistência. 
 
 
ABSTRACT 
This study deals with stretching before or after weight training, elucidating its pros and cons. This approach 
is justified found in divergence since, though the scientific literature enumerate the major benefits related 
to stretching, as regards the decrease of injury, it is quite controversial as to when this should be done. 
Objective with this study, verify the existing literature on the stretch in bodybuilding, elucidating aspects 
which designate the best time for their realization. The study found that the benefit of stretching is due to 
its effect in the medium and long term, improving flexibility, not an immediate effect by then stretch 
before exercise. 
 
Keywords: Physical activity , Fitness , Training resistance against. 
 
 
INTRODUÇÃO 
Este artigo visa, por meio de pesquisa bibliográfica, entender a importância do alongamento atrelado a 
musculação. Pois com o aumento da procura, visualizada hoje em dia, na prática e nos benefícios dos 
exercícios físicos, surgem algumas dúvidas em relação ao alongamento, se deve ser pré-treino ou pós-
treino, em relação a uma melhoria na flexibilidade e seus benefícios para evitar possíveis lesões. 
O alongamento estimula o movimento das articulações do corpo humano, existem muitos casos de 
pessoas que sofreram ou estão sofrendo lesões devido à falta deste hábito. 
 
 
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Neste importe, algumas pessoas sofrem lesões durante as atividades de musculação, seja por desconhecer 
os benefícios do alongamento, ou o realizando de forma errada ou insuficiente. Devido à falta de 
informação sobre o alongamento antes do treino e pós-treino e seu benefício voltado à flexibilidade, o 
estudo tem como busca a resolução do seguinte problema: Quando deve ser realizado o alongamento para 
a efetiva proteção dos músculos e articulações nas atividades de musculação? 
Este intento se justifica pelo alto índice de lesões que a atividade de musculação pode causar, quando o 
alongamento não é alçado como essencial. 
Para isso, primeiramente, é preciso entender o que é o alongamento, sua finalidade, os tipos existentes, 
ele previne ou aumenta o nível de lesões, ajuda ou atrapalha os exercícios executados na musculação. E a 
musculação, qual seu impacto sobre o corpo humano, qual o impacto gerado com e sem alongamento. 
O alongamento normalmente é utilizado para relaxarmos uma determinada musculatura, pois realiza-se a 
extensão dos músculos e articulações ao ângulo máximo da amplitude e depois, faz-se o processo inverso, 
em vários grupos musculares. 
É utilizado a fim de evitar os encurtamentos musculares, pois quando estimula-se os músculos, 
articulações e tendões, estes tendem a continuar amplitude máxima de movimento. Uma das 
consequências do alongamento é promover a flexibilidade de quem o pratica. Com o tempode prática do 
alongamento feito de forma correta, o corpo se torna mais flexível, e consequentemente, menos propício 
ou sujeito a lesões (THOMPSON et al, 2011). 
Para Nahas (2010), a flexibilidade é a valência física que reflete a amplitude dos movimentos articulares. 
Seu desenvolvimento se dá por meio de alongamentos que aumentam consideravelmente a elasticidade 
dos músculos, tendões e ligamentos, permitindo uma maior amplitude de movimento. 
Hamil e Knutzen (2011) sugerem que vários fatores determinam a flexibilidade. Esses fatores incluem 
estrutura articular, saúde dos tecidos moles ao redor da articulação, comprimento dos músculos 
antagonistas e temperatura dos tecidos que estão sendo alongados, além das propriedades viscoelásticas 
(“semelhantes a uma faixa de borracha”) dos tecidos ao redor da articulação. Assim não é de surpreender 
que a flexibilidade seja determinada em grande parte pela maneira como esses fatores facilitam o 
movimento. 
Muitas pessoas buscam centros de treinamento para alcançar uma boa forma física (estética) ou apenas 
para manter e melhorar sua saúde, porém muitas vezes acabam negligenciando o alongamento que é 
indicado. 
Para Pinto et al. (2008), a musculação é uma das práticas físicas mais antigas do mundo, e que passou a se 
tornar uma prática que atrai cada vez mais adeptos. A musculação é definida como “treinamento com 
pesos”, não sendo caracterizada como uma modalidade esportiva, e sim como uma forma de treinamento. 
Em seu contexto histórico, a musculação teve suas origens na Grécia antiga, quando Milon de Creton 
iniciou seus trabalhos levantando bezerros. Assim, a medida que o bezerro crescia, o organismo dele 
estava preparado para sustentar a nova carga, iniciando assim o princípio da sobrecarga. Devido ao 
histórico, a musculação começou a ser utilizada como uma prática de ganho de massa e força, mas hoje, 
esses mesmos objetivos são alcançados de forma adaptada e diferenciada para os idosos (PINTO et al., 
2008). 
Musculação diz respeito à atividade que muitas pessoas realizam em uma academia, por exemplo, a fim de 
atingir um objetivo, seja ele ganho de força e massa muscular, ou simplesmente uma melhor aparência. 
Musculação em um âmbito genérico, se trata de um trabalho chamado de hipertrofia, onde o indivíduo 
realiza a musculação afim de aumentar o tamanho ou volume dos músculos, ter um aumento de força 
física, que também pode ser associado a uma melhor aparência física (THOMPSON et al, 2011). 
Os chamados exercícios resistidos, ou exercício contra resistência, geralmente são realizados com pesos, 
embora existam outras formas de oferecer resistência à contração muscular. Musculação é o termo mais 
utilizado para designar o treinamento com peso, fazendo referência ao seu efeito mais evidente, que é o 
aumento da massa muscular (QUEIROZ e MUNARO, 2012). 
Diante disso, objetiva-se com o estudo verificar a abordagem da literatura existente sobre o alongamento 
e a musculação, elucidando os aspectos que designam o melhor momento para a sua realização, além de 
elucidar os prós e os contras de sua realização. 
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MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A metodologia utilizada está baseada em levantamentos a partir de dados bibliográficos através da leitura, 
análise e interpretação de livros, artigos, monografias e teses sobre o assunto abordado. 
Aos dados bibliográficos foram agregadas informações obtidas em sites na internet, pertencentes a 
organizações governamentais e não governamentais, que divulgam textos e dados relacionados às 
temáticas abordadas no presente trabalho. 
Conforme Gil (1991), a revisão bibliográfica não produz conhecimento novo: ela apenas supre as 
deficiências de conhecimento do pesquisador no tema de pesquisa, procurando em referências a conexão 
entre suas dúvidas, o tema e o material pesquisado. 
Ainda, como meios de levar ao leitor as informações de maneira correta, utilizou-se como técnica de 
instrumentação de coleta de dados, a técnica de documentação indireta. 
Toda pesquisa implica o levantamento de dados de variadas fontes, quaisquer que sejam os métodos ou 
técnicas empregados. 
No caso, da documentação indireta, a pesquisa foi realizada com intuito de recolher informações prévias 
sobre o campo de interesse. O levantamento de dados foi cumprido de duas maneiras: através de pesquisa 
documental e de pesquisa bibliográfica (GIL, 1991). 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para Lima (2012), a musculação consiste em uma forma de exercício resistido no qual se tem grande 
controle de variáveis como: carga, tempo de contração, velocidade, etc. Vale ressaltar ainda que, variáveis 
como intensidade do exercício (se leve, moderada, ou intensa), atuam como importante componente de 
versatilidade da prática da musculação, podendo esta, se adequar às diferentes faixas etárias, e ser 
praticada de acordo com os mais diferentes objetivos propostos pelos indivíduos que a praticam. 
Ainda segundo Lima (2012), dentre todos os ganhos provenientes à prática da musculação, o aumento de 
força é o benefício mais conhecido, embora ela seja usada ainda para quem busca saúde, como 
influenciador na perda de massa adiposa no caso de obesos, aumento da densidade corporal em idosos, e 
até mesmo na estética. 
Para Santarem (1998), do ponto de vista funcional, os exercícios com pesos, desenvolvem importantes 
qualidades de aptidão, constituindo uma das mais completas formas de preparação física. Uma das 
características mais marcantes dos exercícios com peso é a facilidade com que podem ser adaptados à 
condição física individual, possibilitando até mesmo o treinamento de pessoas extremamente debilitadas. 
Segundo Viana (2002), a musculação é um meio, de preparação física, utilizado para o desenvolvimento 
das qualidades físicas relacionadas com as estruturas musculares. Além disso, é também o conjunto dos 
processos e meios que levam ao aumento e ao aperfeiçoamento da força muscular, a chamada hipertrofia, 
associada ou não a outra qualidade física. 
A hipertrofia consiste no aumento da contração de proteína contrátil no interior das fibras musculares, o 
que intensifica o desenvolvimento da força (FLECK; FIGUEIRA, 2003). Esta adaptação resulta no aumento 
entre 20% e 45 %, podendo chegar até mesmo a 50% (STARON et al, 1991), sendo este aumento idêntico 
em homens e mulheres quando submetidos ao mesmo tipo de treinamento, e é um dos objetivos mais 
procurados dentro das academias 
Em relação à musculação e o alongamento, muito tem se falado na determinação do momento correto 
para a prática do alongamento. 
Para tanto, a flexibilidade deve ser discutida, pois através da prática do alongamento, haverá aumento 
dessa, o que leva a benefícios em qualquer atividade física. 
Nussio (2006), os exercícios de alongamento deveriam ser parte integrante de qualquer tipo de disciplina 
esportiva, tanto para a fase de aquecimento quanto para o final, como relaxamento. Os exercícios, suaves 
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e harmoniosos, contribuem também para trazer um relaxamento psíquico, com o que se tornam ainda 
mais eficazes. 
Para Simón (2006) os alongamentos servem para manter a máxima amplitude dos movimentos, evitando 
assim descompensações musculares e posturas que podem ocasionar dores e lesões, recomenda-se o 
alongamento antes de qualquer tipo de treino. O alongamento prévio pode ser mais suave e, após o 
treinamento, deve ser mais profundo. 
Oliveira (2012) sugere que o grau da flexibilidade varia. Pela manhã têm-se uma diminuição deste grau, 
devido à composição plástica do corpo estar em seu tamanho original, devido às longas horas descansadas 
no sentido horizontal. Ao longo da manhã, a flexibilidade sofre um crescente aumento, chegando a seu 
pico ideal por volta das 13 horas, para mais tarde sofrer um declínio.Existem diversos métodos para melhorar a flexibilidade e aumentar a amplitude de movimento articular, e 
quase todos eles envolvem uma forma de alongamento. Os alongamentos podem ser realizados pelo 
instrutor (alongamento passivo) ou pelo próprio indivíduo (alongamento ativo). O alongamento passivo 
pode ser muito útil no aprimoramento da flexibilidade, a flexibilidade refere-se ao grau em que uma 
articulação movimenta-se através de uma amplitude de movimento (ADM) normal ou indolor (THOMPSON 
et al, 2011). 
Para Bob (1998), o alongamento traz seus benefícios para a vida diária, ele é perfeito para períodos de 
inatividade, imobilidade e longos períodos de trabalhos exaustivos e repetitivos, os benefícios do 
alongamento são: 
Diminuir a tensão muscular 
Melhorar a circulação 
Reduzir a ansiedade, o estresse e a fadiga. 
Melhorar a prontidão mental 
Diminuir o risco de lesões 
Facilitar seu trabalho 
Desenvolver a consciência corporal 
Fazer você se sentir melhor 
 
Almeida et al (2009) relata que o alongamento vigoroso, quando utilizado antes dos treinos pode diminuir 
o desempenho, levando à perda de força e/ou velocidade, devido às micros lesões no tecido muscular 
afetando diretamente os resultados buscados na prática da atividade. 
A mesma linha de pensamento é defendida por Shrier (2004). Em seu estudo chegou à conclusão de que 
não é recomendável o alongamento antes da prática do exercício por demonstrar detrimentos no 
desempenho. Este ainda elucida que, o alongamento antes do treino pode prejudicar os resultados para 
quem busca bom desempenho, reafirmando o fato de que, o alongamento, quando muito intenso, pode 
causar micro lesões na musculatura. 
Nos estudos de Shrier (2004) e Almeida et al (2009) foi verificado que embora os efeitos imediatos do 
alongamento resultem em diminuição da força e velocidade, a realização regular de exercícios de 
alongamento acarreta em aumentos na força e na velocidade de contração muscular a longo prazo. Por 
esse motivo, foi sugerido que o alongamento deveria ser realizado após a realização de exercícios ou numa 
sessão à parte. 
Quando utilizado após o treino, o alongamento tem como função eliminar os metabólitos que são 
acumulados durante o treinamento, levando a uma recuperação mais rápida. Em exercícios de alta 
intensidade, como a musculação, há acumulo de fluídos metabólicos anaeróbicos láticos. O alongamento, 
ajuda na eliminação dos metabólicos acumulados. (ALTER, 1999). 
Além disso, segundo Knight et al (2001), devido os músculos estarem aquecidos após uma sessão de 
treinamento de força, o alongamento realizado seria mais benéfico. Isto indica que, os ganhos de 
flexibilidade são mais expressivos quando o músculo está aquecido, isto é, a deformação do tecido 
conjuntivo depende da temperatura muscular. 
Para Santarem (2012), a musculação pode aumentar ou não a flexibilidade, mas nunca diminuir. A falta de 
movimento por qualquer razão é o principal fator determinante da diminuição da flexibilidade. Quando os 
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exercícios com pesos forçam os limites da amplitude articular ocorre estímulo para o aumento da 
flexibilidade. No entanto, quando as articulações apresentam deformidades ou dores, os limites das 
amplitudes não devem ser forçados para não agravar os problemas. Outro aspecto é que os músculos 
hipertrofiados apresentam aumento da elasticidade em função da proliferação do tecido conjuntivo 
estimulada pelos exercícios, favorecendo a flexibilidade articular. Músculos hipertrofiados não ficam 
hipertônicos, como já se pensou no passado. 
Ainda segundo Santarem (2012), embora o alongamento seja utilizado na prática esportiva com muitas 
propostas, nenhuma teve sua importância confirmada, com e exceção do estímulo à flexibilidade. Para 
tanto, os alongamentos precisam ser intensos, realizados antes da sessão de musculação ou em outros 
horários ou dias. No entanto, não se justifica preconizar o alongamento associado à musculação com a 
proposta de impedir sua suposta diminuição da flexibilidade. Como já vimos, a flexibilidade pode aumentar 
ou não em função da musculação, mas sua diminuição não ocorre. O grau de flexibilidade estimulado ou 
mantido pela musculação é suficiente para a realização confortável das atividades de vida diária. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
É evidente a controvérsia existente na literatura em relação ao momento do alongamento. Contudo, é constante 
a afirmativa de que o investimento em um programa de treinamento de flexibilidade antes ou depois da sessão 
de musculação leva ao aumento da flexibilidade nos músculos, tendões e articulações, o que gera os benefícios 
para proteção contra lesões, como também de melhora do desempenho físico e da qualidade de vida. 
Desta forma, o mais importante é perceber que o efeito do alongamento, não pode ser vislumbrado de 
imediato, este aparecerá a médio e longo prazo, igualmente aos benefícios de exercícios de força e de 
resistência. 
É indispensável que o profissional de Educação Física informe as pessoas sobre os benefícios que o 
alongamento pode trazer a longo prazo. Deve-se observar a importância da flexibilidade, pois somente 
assim, lesões nas práticas de atividades físicas podem ser evitadas. 
 
 
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MA.pdf?sequence=1. Acesso em 26 Mar de 2016. 
 
Autores: Thiago Pereira Vasconcelos, Vanderson de Albuquerque e Thiago Pereira Tomaz, Endereço: Rua 
Professora Glorinha da Fonseca, 346,Jd. America, CEP: 37130-000, Alfenas, MG. 
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ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR COMO PREDITOR DO ESTADO 
NUTRICIONAL 
 
MAIA, J. B.1; SANTOS, M. B.2; SIMÕES, T. M. R. 3; BISSOLI, M. C.4 
Graduada em Nutrição 
Graduada em Nutrição 
Faculdade de Nutrição - Universidade Federal de Alfenas – Alfenas MG - Brasil 
Faculdade de Nutrição - Universidade Federal de Alfenas – Alfenas MG – Brasil 
jujubmaia@yahoo.com.br 
 
RESUMO 
O objetivo deste estudo foi verificar a existência de associação da espessura do músculo adutor do polegar 
(MAP) com variáveis e índices antropométricos utilizados para a avaliação nutricional na prática clínica. 
Para tanto foi aplicado um estudo epidemiológico descritivo observacional transversal coletando-se dados 
de 26 indivíduos. As variáveis coletadas foram peso, estatura, circunferência do braço (CB), dobra cutânea 
tricipital (DCT), dobra cutânea subescapular (DCSE), circunferência da panturrilha (CP), circunferência 
abdominal (Cab), espessura do MAP, sexo, data da aferição e data de nascimento. A variação nos dados 
numéricos foi descrita calculando-se média, desvio padrão e valores mínimo e máximo. As variações da 
espessura do MAP entre os sexos e as idades foram descritas aplicando-se o teste t-Student adotando-se 
grau de confiança de 95% (p<0,05). A correlação entre o MAP e os demais indicadores do estado 
nutricional foi analisada por regressão linear simples e exponencial. As equações para estimativa de 
variáveis antropométricas que apresentaram R2>0,386 e valor de p<0,001 foram adotadas como modelo 
para o estudo. Os resultados obtidos mostraram correlação significativa entre a espessura do MAP e o IMC, 
o peso, a AMBc, a CMB, a CB, a CP, a Cab, a massa corporal total e a massa protéica somática e não 
significativa com DCSE, DCT e massa gorda. Conclui-se que o MAP pode ser uma boa alternativa para 
avaliação do estado nutricional de hospitalizados, embora seu uso ainda deva estar condicionado a demais 
estudos para uma validação generalizável e ainda exista a demanda para a construção de padrões de 
referência populacionais. 
 
Palavras-chave: antropometria; avaliação nutricional; pacientes internados; pesos e medidas corporais; 
polegar. 
 
Abstract 
The aim of this study was verify the possibility of association of the adductor policis muscle (APM) 
thickness with variables and anthropometric indexes. In this way, was applied a transversal observational 
descriptive epidemiologic study acquiring data from 26 individual. The collected variables were the weight, 
stature, arm circumference (AC), triceps skinfold thickness (TSF), subscapular skinfold thickness (SESF), calf 
circumference (CC), abdominal circumference (AbC), APM thickness, sex, date of examination and date of 
birth. The data was analyzed by the calculus of average, standard deviation and minimal and maximal 
values. The variation of the APM thickness, regarding sex and ages, was described by the t-Student test for 
95% for confidence degree (p<0,05).The correlation among APM thickness and the other cited indicators of 
nutritional state was analyzed by exponential and linear regression. The equations, for the estimative of 
the anthropometric variables, which present R2 (determination coefficient) higher than 0,386 and p lesser 
than 0,001 was used in the study. The obtained results show significant correlation with APM thickness 
were: BMI (Body mass index), weight, AMBc, CMB, AC, CC, AbC. But there was no significant correlation of 
APM thickness with SESF and TSF. We should emphasize the correlation between APM and the weight, due 
to it present the higher R2 value. The APM thickness demonstrated significant correlation with 
anthropometric variables which estimate the total corporal mass and proteinic-somatic mass and no 
significant correlation with the fat mass. Therefore, one can conclude that the APM thickness is an 
alternative parameter to assess the nutritional state of hospitalized patients, although its effective use as a 
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reliable method requires further investigations. One also should address that the method stills demands 
population references. 
 
Key words: anthropometry; body weights and measures; inpatients; nutrition assessment; thumb. 
 
INTRODUÇÃO 
O estado nutricional adequado é o reflexo entre a ingestão balanceada de alimentos e o consumo de 
energia necessário para manter as funções diárias do organismo. Sempre que existirem fatores que 
interfiram em qualquer uma das etapas desse equilíbrio, os riscos de o indivíduo desenvolver desnutrição 
são iminentes (TEIXEIRA, 2003). Estudos demonstram que a desnutrição está entre as mais frequentes 
causas de morbimortalidade no mundo (LORENZO, 2005). 
A avaliação nutricional é o primeiro passo para diagnosticar a desnutrição (BODINSKI, 1988; ENGSTROM et 
al., 2002). Neste contexto, destacam-se métodos antropométricos dentre as principais formas utilizadas na 
avaliação do estado nutricional (TEIXEIRA, 2003). Antropometria pode ser definida como o estudo 
científico das medidas do corpo humano, contudo, todo e qualquer método antropométrico apresenta 
limitações importantes (ANDRADE; LAMEU, 2007). Por isso, há constante necessidade de se buscar novas 
metodologias de maior abrangência ou que resultem em avaliações mais confiáveis para casos em que 
medidas, convencionalmente adotadas, falham. Neste trabalho, abordamos este problema e 
apresentamos um novo método para avaliação nutricional usando basicamente medidas do músculo 
adutor do polegar (MAP). 
O MAP, por ser plano e estar situado entre duas estruturas ósseas, permite uma medição adequada da 
espessura devido ter um referencial anatômico bem definido e principalmente, ser reproduzível por outros 
pesquisadores (ANDRADE; LAMEU, 2007). Apesar de estudos já adotarem metodologias análogas como 
indicador de massa magra (URBANO, 2011; SILVA, 2011), ainda há necessidade de mais estudos para 
validação por parte da comunidade científica e com vistas a uma abrangente generalização. Podem-se 
enumerar vantagens do nosso método como fácil execução, baixo custo, confiabilidade e segurança. Outro 
ponto a se ressaltar é que nossa proposta é recomendável para a prática clínica em, a título de exemplo, 
pacientes cirúrgicos (BRAGAGNOLO, 2009). Observamos que a avaliação baseada na espessura do MAP 
traz também ganhos substanciais para a mensuração de massa magra corporal principalmente por ser mais 
direta que os índices convencionalmente utilizados, como circunferência muscular do braço (CMB) ou área 
muscular do braço corrigida (AMBc). Os resultados aqui obtidos demonstram evidente correlação entre a 
espessura do MAP e variáveis e índices antropométricos utilizados para a avaliação nutricional. Desta 
maneira, estudo pode servir como base para o desenvolvimento uma metodologia usando medidas do 
MAP, como parâmetro antropométrico, na prática clínica. 
 
OBJETIVO 
Verificar a existência de associação da espessura do MAP a variáveis e índices antropométricos utilizados 
para a avaliação nutricional na prática clínica. 
CASUÍSTICA E MÉTODOS 
O estudo foi do tipo epidemiológico descritivo observacional transversal. A amostra foi constituída de 26 
pacientes, internados em um hospital do sistema de saúde alfenense, de ambos os sexos, com idade igual 
ou superior a 20 anos. Todos tinham permissão para ficarem em pé, na posição ereta, e deveriam estar 
lúcidos e orientados no tempo e no espaço (LOTE). Foram excluídos da amostra os indivíduos com edema, 
amputados, imobilizados por fraturas, gestantes, puérperas, lactantes e aqueles com hidratação 
endovenosa. 
As variáveis coletadas foram peso, estatura, circunferência do braço (CB), dobra cutânea tricipital (DCT), 
dobra cutâneasubescapular (DCSE), circunferência da panturrilha (CP), circunferência abdominal (CAb), 
espessura do MAP, sexo, data da aferição e data de nascimento. Inicialmente, as triplicatas de cada 
variável foram processadas na forma de suas médias aritméticas simples. Foram calculados o índice de 
massa corporal (IMC), a circunferência muscular do braço (CMB) e a área muscular do braço corrigida 
(AMBc) de acordo com o gênero. Para auxílio no processamento de dados, foi utilizado o software 
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Microsoft Excel For Windows (MICROSOFT, 2003). A variação nos dados numéricos foi descrita calculando-
se média, desvio-padrão, erro padrão, variância e valores mínimo e máximo. As variações da espessura do 
MAP entre os sexos e as idades foram analisadas aplicando-se o teste t-Student, adotando-se nível de 
confiança de 95% (p<0,05). A correlação entre o MAP e os demais indicadores do estado nutricional foi 
analisada por regressão linear simples e exponencial (JEKEL et al., 1999). Para os cálculos estatísticos, 
utilizou-se o SPSS 16.0 for Windows (SPSS, 2007). 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
A análise descritiva das variáveis utilizadas no estudo está apresentada na Tabela 1 e tem por objetivo 
traçar um perfil geral da casuística. Observa-se que a média da espessura do MAP dos 26 indivíduos foi de 
19,82±4,16 mm. 
Tabela 1 – Análise estatística descritiva de indicadores antropométricos de indivíduos hospitalizados - 
Município de Alfenas, MG - 2007 a 2008 
Variáveis Média Desvio-padrão Mínimo Máximo 
Idade (anos) 45 16,19 20 81 
Peso (Kg) 66 14,00 47 97 
CB (cm) 30,96 4,32 23 41 
DCT (mm) 26,57 10,22 8 46 
DCSE (mm) 19,09 8,82 8 41 
Cab (cm) 90,39 11,20 70 112 
CP (cm) 35,92 4,47 26 45 
MAP (mm) 19,82 4,16 10 28 
IMC (Kg/m2) 25,13 14,87 18 35 
AMB (cm2) 33,66 11,02 17 57 
CMB (cm) 22,61 3,21 17 29 
 
Do total da amostra, 38% dos indivíduos eram do sexo masculino e 62% do sexo feminino. Apesar de a 
amostra ter sido composta, majoritariamente, por indivíduos do sexo feminino (62%), não houve diferença 
significativa entre as médias dos valores de espessura do MAP entre os sexos (p=0,47). Portanto, o 
desequilíbrio percentual entre os sexos na composição da amostra não influenciou no resultado (TABELA 
2). 
Nossos resultados divergem dos divulgados por Lameu et al.(2004a), que apresentaram uma amostra mais 
proporcional em relação ao número de indivíduos de cada sexo, 49,6% do sexo masculino e 50,4% do sexo 
feminino. No estudo de Lameu, encontra-se uma diferença altamente significativa entre as médias da 
espessura do MAP e observaram-se valores de 12,49±2,85 mm para o sexo masculino e 10,53±2,29 para o 
feminino (p<0,001). Semelhantemente, Vulcano (2010) identificou valores diferentes para MAP entre os 
sexos investigando portadores de doenças hepáticas. 
Da mesma forma, a espessura do MAP não apresentou diferença significativa (p= 0,15) quando 
comparados indivíduos adultos (20 a 59 anos) e idosos (idade maior ou igual a 60 anos), conforme a Tabela 
2. Lameu et al. (2004a), após a análise de sua amostra por grupos de idade, demonstraram haver diferença 
significativa entre indivíduos jovens e idosos (p< 0,0001). Tal fato pode ser atribuído ao baixo número de 
idosos participantes do presente trabalho. 
 
Tabela 2 - Média (± desvio padrão) e valor-p para espessura do MAP de acordo com as variáveis sexo e 
idade (anos) de indivíduos hospitalizados - Município de Alfenas – 2007 a 2008 
 
Variáveis n (%) X ± DP Valor-p 
Sexo 0,47 
Masculino 10 (38) 20,60 ± 5,09 
Feminino 16 (62) 19,19 ± 3,92 
Idade (anos) 0,15 
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Adultos 22 (85) 16,83± 4,01 
Idosos 4 (15) 20,21 ± 4,84 
 
Na Tabela 3 estão apresentados os modelos de melhor associação entre espessura do MAP e demais 
variáveis antropométricas. Verificou-se correlação significativa (p<0,05) entre MAP e as variáveis Peso, 
IMC, AMBc, CMB, CP, CB e Cab. Por sua vez, observou-se correlação não significativa (p>0,05) entre a 
espessura do MAP e as variáveis DCT e DCSE. Ainda, foram elaboradas equações para estimativa de 
variáveis e índices antropométricos a partir da espessura do MAP. Nota-se, portanto, a especificidade da 
espessura do MAP para aferição de massa magra, em detrimento dos tecidos gordurosos. 
A análise dos dados, a partir de regressão exponencial, indicou uma correlação significativa entre a 
espessura do MAP e IMC (R2= 0,473; p<0,0001). Lameu et al. (2004a) também demonstraram haver 
correlação significativa entre a espessura do MAP e IMC (p<0,001). No entanto, a força da associação entre 
as variáveis apresentou-se maior no presente estudo, uma vez que o coeficiente de determinação do 
estudo de Lameu et al. (2004a) foi de 0,158. Ferreira (2009) encontrou associação positiva entre índice de 
desnutrição e baixos valores de MAP. A Organização Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 
1995) descreve o índice de massa corporal como um bom indicador para classificação do estado 
nutricional. 
As correlações entre a espessura do MAP e as variáveis AMBc e CMB foram significativas, confirmando os 
resultados de Lameu et al. (2004a) e Ferreira (2009). 
 
Tabela 3 - Correlação entre a espessura do MAP e outras variáveis antropométricas de indivíduos 
hospitalizados - Município de Alfenas - 2007 a 2008 
Variável dependente Modelo R2 p 
IMC IMC=13,208 x e0,32 x MAP 0,473 <0,0001 
Peso P=9,329 + 2,890 x MAP 0,737 <0,0001 
AMBc AMBc=10,949 x e
0,54 x MAP 0,465 <0,0001 
CMB CMB=12,637 + 0,503 x MAP 0,426 <0,0001 
CB CB=18,721 x e0,025 x MAP 0,544 <0,0001 
CP CP=22,804 x 22,804 x e0,23 x MAP 0,554 <0,0001 
Cab Cab=57,265 + 1,671 x MAP 0,386 <0,001 
DCSE DCSE=5,732 x e0,55 x MAP 0,232 0,013 
DCT DCT=10,700 + 0,801 x MAP 0,106 0,104 
*CAb = circunferência abdominal (cm); CB = circunferência do braço (cm); CP = circunferência da 
panturrilha (cm); DCSE = dobra cutânea subescapular (mm);DCT = dobra cutânea tricipital, IMC =íÍndice de 
massa corporal (Kg/m2); Peso (Kg); AMBc = área muscular do braço corrigida (cm2); CMB =circunferência 
muscular do braço (cm); 
A medida da espessura do MAP apresentou correlação significativa com a medida de CP. Lameu et 
al.(2004a) e Ferreira (2009) também demonstraram haver correlação significativa entre MAP e CP. 
As variáveis antropométricas DCSE e DCT não apresentaram correlação significativa com o MAP. De acordo 
com estudo realizado por Lameu et al. (2004a), a correlação entre DCT e MAP não se apresentou 
significativa. 
A correlação entre peso e a espessura do MAP foi analisada segundo regressão exponencial obtendo-se um 
valor de R2=0,737 e p<0,0001. Tal constatação permite concluir que há uma correlação significativa entre a 
espessura do MAP e o peso. Dessa forma, pode-se vislumbrar possíveis construções de indicadores do 
estado nutricional que estabeleça uma proporção entre MAP e estatura, tal como sugerido por Lameu et 
al. (2004b). 
Equações para estimativa de peso utilizando variáveis antropométricas têm sido propostas por diversos 
autores (RABITO et al., 2006; HAN e LEAN, 1996; MITCHELL e LIPSCHITZ, 1982 Apud RABITO et al.; 
CHUMLEA et al., 1994 Apud HEYMSFIELD et al., 2003). Embora algumas dessas equações sejam aplicáveis 
para a estimativa de peso, apresentam limitações importantes como a necessidade da coleta de inúmeras 
variáveis antropométricas. Portanto, a estimativa do peso através da espessura do MAP apresentaria a 
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vantagem da coleta apenas de uma única variável, de fácil localização, pouco invasiva e que requer 
aparelho para aferição de relativo baixo custo. 
 
CONCLUSÕES 
Foi verificada a associação da espessura do MAP com as variáveis e índices antropométricos utilizados para 
a avaliaçãonutricional na prática clínica. Os resultados obtidos mostraram correlação significativa entre a 
espessura do MAP e o IMC, o peso, a AMBc, a CMB, a CB, a CP, a Cab. As variáveis DCSE e DCT não se 
correlacionaram significativamente ao MAP. 
Deve-se ressaltar a correlação significativa entre MAP e peso, pois apresentou, dentre as análises de 
correlação das demais variáveis, o maior valor de R2. Tal fato sugere que mais estudos devam ser 
desenvolvidos para esta comprovação, pois a variável peso é imprescindível para a avaliação nutricional, e 
pressupõe-se que sua estimativa por meio de equações utilizando a medida da espessura do MAP tornar-
se-ia mais simples do que por meio de equações que utilizam variáveis e índices antropométricos descritas 
na literatura. Propõe-se, ainda, que tais estudos sejam realizados prioritariamente com crianças, pois para 
este estágio de vida o peso é de extrema relevância para a determinação do estado nutricional. A possível 
correlação entre MAP e peso seria importante do ponto de vista prático, uma vez que a medida da 
espessura do MAP é de fácil execução, pouco invasiva e de baixo custo. 
Sugerem-se novos estudos para identificar a existência ou não de diferenças significativas entre as médias 
da espessura do MAP para os gêneros e para os grupos etários de adultos e idosos, pois os resultados do 
presente estudo apresentam-se divergentes em relação aos mostrados anteriormente na literatura. Neste 
sentido, vale ressaltar que a amostra do presente estudo foi menor que os encontrados nas buscas 
bibliográficas. Portanto, é possível que o presente estudo tenha sido insuficiente ao reproduzir a 
heterogeneidade dos seres, particularmente no que tange à antropometria. 
A medida da espessura do MAP mostrou correlação significativa com as variáveis antropométricas que 
estimam massa corporal total e massa protéico-somática, e não significativa para massa gorda. Todavia, há 
necessidade de novos estudos que esclareçam melhor esta questão, uma vez que a massa corporal total é 
constituída tanto por massa protéico-somática, quanto por massa gorda. 
 
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CONHECIMENTO SOBRE O ESTADO DE HIDRATAÇÃO EM PRATICANTES DE 
MUSCULAÇÃO DA CIDADE DE MACEIÓ 
 
COELHO, B. J1; LIMA, P. C. R 
 
Universidade Federal de Alagoas – Maceió-AL – Brasil. 
Universidade Federal de Alagoas – Maceió-AL – Brasil. 
bonequinha_lina@hotmail.com 
 
RESUMO 
O conhecimento sobre o estado de hidratação é de extrema importância para a manutenção do equilíbrio 
hídrico durante a realização de exercícios físicos, prevenindo riscos fisiológicos e garantindo uma melhora 
no desempenho do exercício. Assim, o objetivo desse estudo foi verificar o conhecimento de praticantes 
de musculação sobre a hidratação e a devida reposição de líquido. Participaram da amostra 86 praticantes 
de musculação, de ambos os sexos, com idades de 18 a 57 anos, voluntários e residentes na cidade de 
Maceió. Para a coleta das informações foi utilizado um questionário padronizado sobre hidratação 
segundo modelo de Brito e Marins (2001). Para análise dos dados foi utilizada a distribuição percentual 
obtida em cada resposta. Os resultados demonstraram que 78,82% dos participantes possuem o costume 
de se hidratar durante o treino, enquanto que 17,64% se hidratam às vezes. Contudo, apenas 41,86% 
responderam corretamente como deve ser feita tal prática, sendo que 34,88% não possui a mínima ideia 
de como deve ser feita a hidratação. De acordo com os resultados, os praticantes de musculação não 
possuem o conhecimento adequado em relação aos hábitos de hidratação que devem ser realizados. 
 
Palavras Chaves: Hidratação; Exercício Físico; Aptidão Física. 
 
 
ABSTRACT 
Knowledge about the hydration status is of at most importance to maintain the water balance during 
physical exercises, preventing physiological risks and ensuring an improvement in exercise performance. 
The objective of this study was to verify the knowledge of bodybuilder son hydration and proper 
replacement fluid. The sample 86 bodybuilders, of both sexes, aged 18-57 years old, volunteers and 
residents in the city of Maceio. To collect the information we used a standardized questionnaire son 
hydration second model of Brito and Marins (2001). For data analysis was used the percentage distribution 
obtained in each response. The results showed that 78.82% of the participants have the usual hydration 
during training, while 17.64% hydrate sometimes. However, only 41.86% answered correctly, as it shouldbe done this practice, while 34.88% do not have a clue, as hydrations should be made. According to the 
results, bodybuilders do not have the proper knowledge regarding hydration habits that should be 
performed. 
 
Key words: Hydration; Physical exercise; Physical aptitude 
 
 
INTRODUÇÃO 
Diariamente, perdas hídricas são ocasionadas pela falta de ingestão de líquidos e através da sudorese 
(CHEUVRONT; SAWKA, 2006). Os índices de água corporal devem estar em quantidades “balanceadas”, a 
fim de evitar um estado de hiper-hidratação (o excesso de água no corpo), ou hipohidratação (o débito de 
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água corporal). Tais estados podem ocasionar, desde desconfortos gástricos, até mesmo, em casos 
extremos, encaminhar o individuo a morte (PEREIRA et al., 2010; CHEUVRONT; SAWKA, 2006). 
As alterações fisiológicas são apresentadas de acordo com o estado de desidratação do indivíduo, como: 
diminuição do volume plasmático; aumento da freqüência cardíaca submáxima; redução do débito 
cardíaco; redução do fluxo sanguíneo nos músculos ativos; diminuição do VO2máx; aumento da 
osmolaridade sangüínea; maior risco de hipertermia, dentre outros (CRUZ et al., 2009). 
Durante a desidratação, a diminuição do volume plasmático altera a homeostase e consequentemente, 
todo o desempenho durante um treinamento. Esta situação é exacerbada principalmente quando o 
exercício é realizado em ambientes com altas temperaturas. (CHEUVRONT; SAWKA, 2006; BRITO; MARINS, 
2005; SILVA et al., 2014). Para que o estado de desidratação possa ser evitado, ou mesmo retardado, faz-se 
necessário que o indivíduo inicie o exercício hidratado(PEREIRA, 2010). 
A ingestão de líquidos efetuada de forma regular (antes, durante e após os exercícios), faz com que os 
efeitos fisiológicos que lesariam o organismo do individuo apresentem-se de forma aprazível. Porém, por 
muitas vezes, a reposição desses líquidos não é suficiente em relação às perdas durante os exercícios, no 
qual a manutenção hídrica não é alcançada (CRUZ et al., 2009). Segundo Machado (2006), a ingestão de 
líquidos de acordo com o mecanismo da sede é o suficiente, pois o cérebro posiciona-se como regulador 
para a quantidade a ser ingerida. No entanto, Brito (2006) relaciona a quantidade de líquidos a ser ingerida 
de acordo com a intensidade, a duração e o ambiente onde os exercícios serão realizados. 
Segundo Coelho et al. (2007), a avaliação do nível de hidratação dos indivíduos ainda se encontra como 
processo a ser discutido, no qual julga-se necessário a junção de técnicas para chegar a um resultado. A 
combinação das análises de líquidos corporal total, utilizando marcadores com isótopos e osmolaridade 
plasmática se apresenta como padrão ouro para tal análise, contudo parâmetros simples podem ser 
utilizados como coloração e gravidade específica da urina e massa corporal. 
Na cidade de Maceió, devido ao clima úmido e temperatura elevada, indivíduos praticantes de exercícios 
físicos acabam expondo-se a níveis elevados de desidratação, podendo acarretar uma diminuição 
considerável no desempenho durante o exercício (MAUGHAN e SHIRREFFS, 2010). Além disso, o nível de 
conhecimento das práticas e do estado de hidratação de indivíduos praticantes de musculação ainda é 
desconhecido. 
O presente estudo tem como objetivo, verificar o conhecimento de praticantes de musculação da cidade 
de Maceió, sobre a hidratação e a devida reposição de líquidos.A elaboração desse projeto justifica-se a 
partir do momento que propiciará informações sobre os hábitos hídricos desses indivíduos, além de 
demonstrar o conhecimento sobre o estado de hidratação. Tais informações podem proporcionar uma 
melhor conduta no tratamento hídrico desses indivíduos para uma possível diminuição do estado de 
desidratação, podendo ocasionar melhor desempenho. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
2.1 Tipo de pesquisa 
A pesquisa realizada foi de cunho descritivo, de corte transversal, através de um estudo de levantamento, 
utilizando-se de um questionário adaptado com perguntas do tipo itens em escala e auto administrativa. 
Este tipo de estudo tem como principal vantagem o curto período de tempo. A pesquisa descritiva é um 
estudo de status onde seu método mais comum é o estudo exploratório (surve/y), no qual inclui 
questionários e entrevistas (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007). 
 
2.2 Amostra 
Após divulgação numa academia na cidade de Maceió, a amostra desse estudo foi composta por 86 
indivíduos de ambos os sexos, com idades entre 18 e 57 anos, todos voluntários e residentes no Estado de 
Alagoas, que realizavam frequentemente suas atividades, com uma média de três anos de tempo na 
prática da musculação. 
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Todos foram informados e orientados com antecedência sobre a realização do estudo, e assinaram um 
termo de consentimento, o qual garantiu a privacidade de informações pessoais. O presente trabalho, 
também atendeu às normas para a realização de pesquisa em seres humanos, resolução 196/96 do 
Conselho Nacional de Saúde de dez (10) de outubro de 1996 e foi aprovado pelo Comitê de Ética de 
Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas sob número 017640/2011-61. 
 
 
2.3 Procedimentos de coleta de dados 
 
A coleta de dados do estudo objetivou a determinação do conhecimento das práticas de hidratação dos 
indivíduos praticantes de musculação. Assim, em dia e local pré-determinado, no momento que antecedeu 
o treinamento, os participantes, responderam a um questionário adaptado, segundo modelo de Brito et al. 
(2006), sobre o conhecimento de hidratação. 
Os resultados do questionário sobre o conhecimento de hidratação foram expressos em termos 
percentuais (%). 
 
 
RESULTADOS 
Durante a realização da pesquisa, foram abordados alguns pontos como, qual momento (antes, durante e 
depois) tem o costume de se hidratar, 23,56 % assinalaram que antes da pratica, 47,77 % durante a mesma 
e 28,66 % apenas depois do treino (Figura 1A). Em cada momento (Antes, durante e após) de um treino, a 
informação comunicada em relação ao tipo de hidratação realizada pelos praticantes de musculação, nos 
momentos que antecedem a atividade, é de 25,14% de água e 4,8% de Bebida carboidratada, durante de 
44,91% de água e 1,2% de Bebida Carboidratada e após, 29,94% de água e 4,0% de Bebida carboidratada 
(Figuras 1B e 1C). 
A partir dos apanhados através dos questionários implantados, pôde ser observado que 78,82 % dos 
praticantes de musculação possuem o costume de hidratar-se durante o treino, enquanto que 17,64 % 
hidratam-se às vezes. Apenas 2,35% quase nunca se hidratam durante o treino (Figura 1D). Ao investigar 
sobre qual o melhor momento que se deve beber líquidos, 81,6% dos praticantes de musculação, 
relataram que seria antes da sensação de sede, 14,94% responderam que somente depois de sentir sede e 
3,44%dizem que somente quando se sente muita sede. Em relação ao costume de se pesar antes e após 
um treino, a maioria dos praticantes (43,02%) responderam que nunca o fazem. 
Em relação ao conhecimento de como deve ser feita a prática de hidratação entre os praticantes de 
musculação, 41,86% destes responderam corretamente (¼ de litro), em compensação muitos (23,25%) 
optaram pela alternativa incorreta (1/2 de litro), e 34,88% não possui a mínima ideia de como deve ser 
feita tal prática (Figura 1E). A questão sobre qual a temperatura que se costuma beber o líquido: 69,41% 
dos praticantes relataram que consomem moderadamente gelados, 23,52%ingeriam líquidos com 
temperatura normal e 7,05%extremamente gelado. O questionamento em relação a obtenção de 
orientação sobre qual melhor forma de se hidratar resultou em, 45,88% dos praticantes que não obtiveram 
nenhum tipo de orientação e 54,11% dos que obtiveram. Em relação a orientação à prática de hidratação, 
observamosque 43,47 % dos entrevistados relataram que estas informações foram adquiridas através do 
preparador Físico, seguido de 39,13% do Médico, 34,78% Nutricionista, 30,43% em livros, 28,26% 
Treinador Físico, 19,56% do Professor de Educação Física, amigos e outros, 17,39% dos pais, 15,21% de 
Revistas, 4,34% Fisioterapeutas e Técnico (Figura1F). 
 
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Figura 1. Respostas obtidas no questionário aplicado com praticantes de musculação. Dados mostrados em 
%. 
 
DISCUSSÃO 
 
O estudo realizado numa academia de Maceió, através de um questionário, nos permitiu observar, um 
pobre conhecimento em relação à hidratação por praticantes de musculação. Muitos afirmaram que 
sempre se hidratam durante os treinos, no entanto, 58,13% dos entrevistados afirmou não saber como 
realizá-la corretamente a fim de evitar o estado de desidratação, conforme exposto na figura 1E. O 
conhecimento da prática correta de como se hidratar é de extrema importância, visto que beber líquidos 
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em quantidades inferiores a perda, pela sudorese, durante o exercício, pode prejudicar a saúde, como um 
estado de desidratação e/ou hipertermia (MAUGHAN; SHIRREFS, 2010; CRUZ et al., 2009). 
Stover (2006) relata a necessidade de uma concientização em relação à importância da prática de 
hidratação, além da disponibilidade de líquidos, para os praticantes, antes, durante e após a prática do 
exercício físico, para que ocorra uma redução, de forma considerável, no estado de desidratação. Tal 
condição pode causar o aparecimento de agravos fisiológicos causando, até mesmo, uma queda no 
desempenho do indivíduo (MAUGHAN; SHIRREFFS, 2010; CASA, 1999;). 
Graciano (2014) relata que pouca ingestão de líquidos após o exercício, é preocupante, pois torna-se difícil 
a manutenção para as condições de euhidratado ao longo do exercício. Devido a este fato, o ACSM (2007) 
sugere a ingestão de líquidos após o exercício em um volume de 1,5 vezes o total perdido pela sudorese, 
buscando facilitar a recuperação do praticante. Vários estudos têm sido feitos em relação aos termos 
supracitados, no âmbito do esporte. Em relação a atividades feitas em academias, os estudos são 
praticamente escassos (GRACIANO et al., 2014).A maior parte dos praticantes de musculação relatou que 
possuem o costume de se hidratar apenas durante a atividade (47,77%), conforme descrito na figura 1A. 
Durante a execução de exercícios, a temperatura corporal é elevada, devido ao ganho de calor do 
ambiente e da produção metabólica do próprio organismo (GRACIANO et al., 2014). Por isso, a necessidade 
de ingestão de água e eletrólitos torna-se de grande importância devido a deficiência destes componentes 
no organismoexcretadas através do suor durante o exercício físico, conjecturando em prejuízos no 
rendimento do praticante e na saúde do mesmo. Pois, a desidratação, apresentando uma redução de 2% 
do peso corporal ocasiona aumento na temperatura interna, aumento da frequência cardíaca, além de um 
aumento na percepção de esforço. Principalmente se tal exercício for executado em um ambiente com 
elevadas temperaturas (SILVA et al., 2009). Sabendo disto, o consumo de líquidos deve ocorrerde acordo 
com a intensidade do exercício, ambiente, aclimatação do atleta e suas características individuais 
(MONTEIRO, 2003). 
As quantidades de líquidos necessárias durante um exercício específico, ainda não estão estabelecidas 
(Maughan; Shirrefs, 2010). No entanto, Machado-Moreira et al (2006), acreditam que a sede é o suficiente 
para que o indivíduo se mantenha hidratado, pela capacidade que o sistema nervoso central possui de 
informar a quantidade de líquidos que o organismo precisa ingerir. Em contrapartida, Meyer; Perrone 
(2004) afirmam que o mecanismo da sede não é o suficiente para que se estabeleça o estado “normal” de 
hidratação, sendo assim, necessária a ingestão de líquidos antes mesmo da sensação de sede. Assim como 
relatada nas respostas da maioria dos participantes (81,6%), durante a pesquisa, apresentados na figura 1. 
Mensurar alterações da massa corporal é um método simples e eficiente, no entanto, a maioria dos 
praticantes de musculação afirmou não possuir o costume de verificar tal índice (43,02%), descartando 
uma das formas utilizadas para observar o estado de hidratação (CHEUVRONT; SAWKA, 2006). Para 
Cheuvront; Sawka(2007);Maughan (2010) a importância desse acompanhamento é necessária para que 
possam ser administradas as perdas de fluidos, não prejudicando o desempenho do praticante. A variação 
de peso corporal adquirida através da mensuração antes e após o exercício apresenta-se como um fator 
importante no diagnostico de desidratação. Marcador simples de grande utilização no diagnostico de 
alterações no estado de hidratação dos praticantes (LEMOS et al., 2015). 
A orientação em relação à manutenção do estado de hidratação apresenta-se como um tópico também de 
grande importância, no entanto 45,88% dos indivíduos que participaram da pesquisa, não a obtiveram. A 
conscientização da reposição de líquidos é indispensável, principalmente através dos professores e 
treinadores, a fim de conscientizar e evitar possíveis casos de desidratação. (CASA et al., 2000). 
 
 
CONCLUSÃO 
De acordo com os resultados, os praticantes de musculação, entrevistados na cidade de Maceió, não 
possuem o conhecimento adequado em relação aos hábitos de hidratação que devem ser realizados. 
Sugere-se, que professores e treinadores, bem como nutricionistas, possam conscientizar freqüentadores 
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de academias, assim como as demais pessoas praticantes de exercícios físicos, aos riscos de uma má 
hidratação, além de propor formas corretas de hidratação, de acordo com a intensidade e duração do 
exercício, e com a temperatura local. 
 
 
 
 
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ENDEREÇO: 
RUA: ANA NERY, 189. 
BAIRRO: PAJUÇARA 
CEP: 57030-632 
MACEIÓ-AL 
 
 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
Você está sendo convidado para participar da pesquisa sobre a caracterização do estado de hidratação 
durante a prática de Exercícios.Você foi selecionado de forma aleatória e sua participação não é 
obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa 
não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador. Sua participação nesta pesquisa consistirá 
exclusivamente nas respostas do questionário abaixo. As informações obtidas através dessa pesquisa serão 
confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participação. 
 
Questionário sobre a caracterização do estado de hidratação 
 
 
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ATUAÇÃO DO EPOC VISANDO O EMAGRECIMENTO: UMA REVISÃO DE 
LITERATURA 
 
AZEVEDO, M.4 
SILVA JR, A. J.2 
 
 
1- Poços de Caldas – Minas Gerais – Brasil 
E-mail:marcus.karate@hotmail.com 
2 Educação Física / UNIFEG 
autranjsilvajr@gmail.com 
 
 
RESUMO 
Atualmente a ocorrência da obesidade e sobrepeso cresce no mundo, devido a vários fatores. Entre as 
formas de tratamento dessa doença, está a práticaregular do exercício físico, onde uma alternativa pode 
ser o treinamento EPOC.Esse artigo tem o objetivo de analisar e discutir a eficiência do treinamento EPOC 
para o emagrecimento de pessoas adultas. O assunto foi abordado através de uma revisão bibliográfica de 
autores como: Foureaux et al. (2006); Castinheiras et al. (2009); Schmidt et al. (2014)e justifica-se por 
contribuir para complementar otratamento e prevenção do sobrepeso e obesidade. Como hipótese, 
levanta-se o que existe na literatura sobre o assunto quanto aos estudos científicos. Os resultados obtidos 
nas informações publicadas mostram o êxito do treinamento EPOC como alternativa do emagrecimento. A 
conclusão encontrada foi que ainda não foi comprovada cientificamente a perda de peso e o EPOC. 
 
Palavras-Chaves:Obesidade,EPOC, Resultados. 
 
 
ABSTRACT 
Currently the occurrence of obesity and overweight growing in the world, due to several factors. Among 
the forms of treatment of this disease is regular physical exercise where an alternative may be the EPOC 
training. This article aims to analyze and discuss the effectiveness of EPOC training for slimming adults. The 
subject was approached through a literature review of authors such as: Foureaux et al. (2006); Castinheiras 
et al. (2009); Schmidt et al. (2014) and is justified by contributing to complement the treatment and 
prevention of overweight and obesity. As a hypothesis, it arises that exists in the literature on the subject 
as to scientific studies. The results obtained in published data show the success of the EPOC training as an 
alternative weight loss. The conclusion was found that has not been scientifically proven weight loss and 
EPOC. 
 
Key Words: Obesity, EPOC, Results. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A obesidade é um dos principais problemas de saúde pública em âmbito mundial, com tendência crescente 
nos últimos anos. Está associada a um aumento da mortalidade e é um dos principais complicadores no 
controle das doenças crônicas não transmissíveis (SCHMIDT et al., 2011). 
 
 
mailto:marcus.karate@hotmail.com
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Este fato se deve, em grande parte, às mudanças nos hábitos alimentares e ao estilo de vida sedentário, 
levando ao contínuo aumento do peso corpóreo das populações (BENATTI; LANCHA, 2007). 
No entanto, a obesidade não se apresenta como uma condição clínica única, mas sim, como uma interação 
de diversas situações patológicas que convergem para sua expressão (HALPERN et al., 2004). 
Segundo Ferreira et al. (2006, p. 20): “Assim, tem-se pesquisado a influência da intensidade, da duração e 
do tipo de exercício no gasto energético e na oxidação do substrato após o exercício.” 
Nesse contexto, a atividade física pode contribuir com o gasto energético do exercício e recuperação, ou 
seja, o EPOC(ExcessofPost-exerciseOxygenConsuption) através do consumo excessivo de oxigênio após o 
exercício. 
Este artigo propõe um estudo a respeito do treinamento EPOC como auxílio ao emagrecimento.Sendo 
assim, questiona-se quais os resultados dessa associação. 
A hipótese levantada é que ainda não há literatura existente sobre o assunto com comprovação científica. 
 
2 OBJETIVO 
O objetivo deste estudo é buscar na literatura evidências disponíveis sobre o treinamento EPOC como 
alternativa para adultos com sobrepeso ou obesidade. 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS 
Para este estudo foi realizada uma pesquisa bibliográfica nos bancos de dados: LILACS (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde);SciELO (ScientificEleetronic Library Online) e BVS (Biblioteca 
Virtual em Saúde) e revistas cientificas, nos anos de 1990 a 2014, nos idiomas português e inglês, usando 
as palavras chaves:obesidade, emagrecimento e EPOC. 
 
4 RESULTADOS 
Para além da preocupação estética e dos padrões atuais de beleza atuais, a obesidadeé motivo de 
preocupação quando se fala em saúde. Segundo Carvalho (2014) um estudo publicado no final de 2014, na 
revista científicaThe Lancet mostrou que a população acima do peso recomendado pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS) cresceu consideravelmente nas últimas décadas. 
De acordo com a pesquisaGlobal BurdenofDisease(GBD), que é uma abrangente investigação, onde são 
avaliadas a mortalidade e incapacidade das principais doenças, lesões e fatores de risco, o sobrepeso e a 
obesidade foram responsáveis pela morte de 3,4 milhões de pessoas, em 2010, além de terem causado a 
redução de 3,9% da expectativa de vida dos indivíduos. O levantamento indica que, de 1980 a 2013, a 
proporção mundial de adultos com IMC (índice de massa corporal) acima de 25 kg/m², subiu de 28,8% para 
36,9%, entre os homens, e de 29,8% para 38%, entre as mulheres. Já entre crianças e adolescentes, a 
situação também é preocupante. No ano de 2013, 23,8% dos meninos e 22,6% das meninas que viviam em 
países desenvolvidos estavam no quadro de sobrepeso ou de obesidade(MARIE et al. 2014). 
Um crescimento de 240% nos últimos 33 anos. No mesmo período, a população mundial cresceu 160%. 
Dois pontos da pesquisa chamam a atenção: o aumento de 47% na taxa de obesidade entre crianças e 
jovens; e o crescimento acelerado no ganho de peso em economias emergentes. Os Estados Unidos estão 
no topo do ranking, seguidos da China, Índia, Rússia e Brasil. Em 2010, o governo americano implantou nas 
escolas do país um programa para combater a obesidade. Mas tem sido grande a resistência (IBGE, 2010). 
O Brasil é um dos países no topo da lista da obesidade. A mudança radical nos hábitos dos brasileiros nos 
últimos 30 anos levou o país a ocupar a quinta posição no ranking mundial da obesidade: 60 milhões de 
brasileiros estão acima do peso e 22 milhões considerados obesos (IBGE, 2010). 
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em 2009, mostrou que a frequência de excesso de peso 
e de obesidade aumentou em homens e mulheres. Atualmente, 13,9% dos adultos são obesos, com o 
índice maior entre as mulheres (14%) do que entre os homens (13,7%), enquanto 46,6% dos adultos 
brasileiros estão com excesso de peso, sendo maior entre homens (51%) do que entre mulheres (42,3%) 
(BRASIL, 2010). 
http://www.exame.com.br/topicos/obesidade
http://www.exame.com.br/topicos/saude
http://www.exame.com.br/topicos/pesquisas
http://www.exame.com.br/topicos/pesquisas
http://www.exame.com.br/topicos/pesquisas
http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Research&usg=ALkJrhg9lJa-H7Hl7oW4HQaPa2xtxq1m2w
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http://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=search&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://en.wikipedia.org/wiki/Risk_factor&usg=ALkJrhgyoyRfc3c1Z3MYhFcn4oqXZBciaw
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Como auxílio ao emagrecimento, estuda-se o EPOC que ganha importância, devido o interesse da 
população em geral e vários estudos sendo realizados. 
 Os estudos iniciais foram de Gaesser e Brooks em 1984, onde se pesquisava para descobrir o motivo da 
taxa metabólica permanecer elevada mesmo após o exercício. Essa análise foi realizada através da 
medição do consumo de oxigênio e, por isso a taxa metabólica aumentada foi denominada de EPOC. 
Diagnosticada como o gasto energético aumentado após o exercício, que ocorre em razão dos sistemas 
fisiológicos buscarem o restabelecimento da homeostase. 
 
 
 
Gráfico 1 - Gráfico durante o exercício e na recuperação. 
Fonte: Porto; Garcia Junior (2011, p. 46). 
 
 
 
Gráfico 2 - Gráfico demonstrativo com a prática de exercício de intensidade máxima. 
Fonte: Porto; Garcia Junior (2011, p. 46). 
 
No Gráfico 2 desde o início, já há desequilíbrio de elevada magnitude, ocorre um déficit de oxigênio e não 
há condições de estabelecer a condição de estado estável, ocorrendo a fadiga. O déficit é compensado a 
partir do final do exercício com o consumo extra de oxigênio pós-exercício (EPOC). 
Como efeito do aumento da intensidade do exercício, há um aumento no gasto energético, promovendo 
um maior EPOC e oxidação de gordura (FOUREAUX et al., 2006). O gasto energético pós-exercício continua 
estimulado por um período de tempo de 4 a 5 horas, dependendo da intensidade, da duração, e de outros 
fatores (SEDLOCK, 1991). 
Além do gasto energético promovido pelo exercício em si e da ingestão energética, o consumo excessivo 
de oxigênio pós-exercício (EPOC) também é um fator essencial na determinação do balanço energético, 
visto que é um indicador do gasto energético pós-exercício. Está bem estabelecido que, após o término do 
exercício, o consumo de oxigênio não retorna aos valores de repouso imediatamente (EPOC) (FOUREAUX 
et al., 2006). 
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O consumo extra de oxigênio após o exercício (EPOC) pode ser medido de duas maneiras: por calorimetria 
indireta, ou seja, a utilização de uma máscara ou bucal ligados a um aparelho que coleta e analisa o 
oxigênio que está sendo consumido e, a calorimetria direta, com a utilização de uma câmara onde o 
indivíduo permanece isolado e tem o calor de seu corpo medido para o cálculo do consumo de oxigênio e 
gasto energético (McARDLEet al., 2008). 
O EPOC pode ser dividido em três componentes: o componente rápido com duração de 10 segundos a 
alguns minutos; o componente lento, que pode durar várias horas e, por fim, o componente ultralento, 
que refere-se à taxa metabólica elevada que pode perdurar por várias horas) (DOLEZAL et al., 2000). 
A duração dos três componentes depende do grau do distúrbio da homeostase causado pelo esforço, 
podendo ser observados os efeitos de vários hormônios, como o cortisol, adrenalina, adrenocorticotrófico 
(ACTH), hormônios da tireóide e hormônio do crescimento (GH) (THORTON; POTTEIGER, 2002). 
O Gráfico 3 demonstra o gasto energético durante o repouso, exercício e a recuperação com os 
componentes: (1) rápido, (2) lento e (3) ultralento do consumo extra de oxigênio pós-exercício (EPOC). 
 
 
Gráfico 3 - Gráfico demonstrativo com o gasto energético. 
Fonte: Porto; Garcia Junior (2011, p. 46). 
 
 
Evidências sugerem não haver grandes alterações no EPOC após estímulos de baixa intensidade (abaixo de 
50% VO2max) e com gasto de 300Kcal, aproximadamente, o que vem ao encontro dos nossos achados, 
uma vez que encontramos maior gasto energético pós-exercício após as sessões de moderada e alta 
intensidade, sendo maiores os valores em resposta à sessão de alta intensidade (MARKOFSKI et al., 2005). 
Uma possível resposta para o consumo elevado de O2 logo após a realização de exercício de alta 
intensidade é a utilização deste para restaurar a creatina fosfato no músculo esquelético, restabelecer os 
estoques de O2 no sangue e nos tecidos, e ativar a gliconeogênese. Outros fatores que podem influenciar o 
EPOC são a temperatura elevada e determinados hormônios circulantes, como adrenalina e noradrenalina. 
Tais alterações são mais pronunciadas após exercícios vigorosos ou de longa duração (OHKAWARA et al., 
2008). 
Uma análise de variância indicou que a intensidade do exercício foi o principal determinante do EPOC, uma 
vez que explicou cinco vezes mais da variância EPOC do que qualquer duração do exercício ou a interação 
intensidade vezes duração. A média EPOC: variou de 0,8 a 4,5 e em geral aumentou tanto com a 
intensidade do exercício e duração (GORE, WITHERS, 1990). 
A maioria dos estudos demonstrou maior gasto energético para os exercícios mais intensos. Bahr et 
al.(1992) já haviam considerado o EPOC como um importante fator no controle do peso, uma vez que o 
exercício demanda uma energia extra além da prevista na atividade física.Partindo-se do princípio que é possível realizar mais minutos a alta intensidade com o exercício 
intermitente se comparado com o exercício contínuo,pessoas com sobrepeso podem exercitar-se por 
tempo menor a uma intensidade que produza um EPOC maior, visto que na maioria das vezes essas 
pessoas, além de descondicionadas, têm aversão à atividade física (LAFORGIA et al., 1997). 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Gore%20CJ%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=2347316
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Withers%20RT%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=2347316
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Muitos processos ocorrem no período de recuperação em função do desgaste provocado pelo exercício, e 
são responsáveis por grande parte das alterações, sendo as mais relevantes o restabelecimento das 
reservas de ATP e CP musculares, a reposição dos estoques de oxigênio hemo e mioglobinulares, a 
diminuição da atividade da bomba sódio-potássio e redistribuição dos íons, oxidação de lactato sanguíneo 
e ressíntese de glicogênio (THORNTON, 2002). 
Dois fatores têm sido atribuídos ao fato de o exercício resistido produzir maior EPOC. O primeiro fator 
refere-se às respostas hormonais que podem alterar o metabolismo, especificamente catecolaminas, 
cortisol e GH. O segundo refere-se ao dano tecidual acompanhado do estímulo para a hipertrofia tecidual, 
pois a síntese de proteína é diminuída durante o exercício em si, mas após o exercício existe um fenômeno 
compensatório, em que o turnover de proteína parece ser estimulado (KRAEMER et al., 1992). Esse 
mecanismo pode também contribuir para uma longa estimulação do gasto energético após o exercício. 
Existem vários fatores que podem influenciar o EPOC, como massa muscular envolvida no exercício, 
intensidade, duração, estado do treinamento, ingestão de alimento (efeito térmico da refeição), qualidade 
do sono da noite anterior e condições ambientais, entre outros. São fatores que devem ser considerados 
ao analisar e comparar os estudos sobre o EPOC (IMAMURA et al., 2004). 
Vários trabalhos têm analisado a contribuição do EPOC em programas de emagrecimento, visto que este é 
o resultado de um balanço energético diário negativo entre consumo e gasto energético(HUNTER et al., 
1998). 
 
5DISCUSSÃO 
A proposta deste estudo foi a realização de uma pesquisa bibliográfica sobre a associação entre o 
treinamento EPOC para o auxílio da obesidade. 
Embora a obesidade esteja relacionada a diversas causas, como as genéticas, fisiológicas, metabólicas, 
ambientais, emocionais e culturais, toda a atenção dada no sentido de aumentar o gasto energético diário 
total é de grande valia, uma vez que o balanço energético é determinado, de um lado, pelo consumo e, de 
outro, pelo dispêndio de energia(DÂMASO, 2003), sendo que um desequilíbrio energético positivo pode 
levar ao acúmulo excessivo de energia armazenada como gordura corporal (FOUREAUX et al., 2006). 
Em corroboração, outros estudos relataram que a magnitude do metabolismo elevado durante a 
recuperação tem implicação importante na prescrição de programas de redução ponderal(LAFORGIA; 
WITHERS, 1997). 
Através dos estudos analisados, foi observada que a intensidade possui a maior influência no EPOC entre 
os fatores relacionados ao exercício, sendo que a literatura mostra que a intensidade possui a maior 
influência no EPOC entre os fatores relacionados ao exercício (ALMEIDA et al., 2011). 
O intervalo tem influência no EPOC, como demonstrado num estudo Haltom et al. (1999) que mediu o 
gasto energético durante uma hora após o termino da sessão de exercício de resistência. Após a sessão 
com intervalo considerado longo, o gasto energético no período de recuperação foi de 37 Kcal, enquanto 
na sessão com intervalo curto, o gasto energético foi de 52 Kcal. 
Dessa forma, a mudança do intervalo entre séries pode ser manipulado para provocar diferentes 
adaptações fisiológicas e metabólicas, além de aumentar também a magnitude e duração do EPOC. A 
velocidade de execução dos exercícios é outra variável que pode alterar a intensidade do treinamento. 
Apesar de não haver estudos relacionando diretamente a velocidade de execução com o EPOC, como há 
relação com a intensidade, é provável que haja influência no EPOC. 
O número de séries de um exercício de resistência varia conforme o objetivo pretendido, porém, há 
recomendações relacionadas com a saúde, como da American Heart Association (2001) para a realização 
de pelo menos uma série de 8 a 15 repetições para os principais grupos musculares. 
Estudos que se baseiam em aspectos relacionados à saúde demonstram que programas de série única 
podem levar a ganhos de força e hipertrofia muscular de forma similar a series múltiplas, principalmente 
em indivíduos sedentários ou na fase inicial de um programa de treinamento (WOLFE et al., 2004). 
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Quanto à influência do número de séries no EPOC, estudos de Henley et al. (2004) e Haddock e Wilkins 
(2006) demonstraram que o gasto energético total de três séries foi, aproximadamente, três vezes maior 
que o gasto energético de uma série. Entretanto, o gasto foi semelhante quando os valores foram 
expressos em relação ao tempo de exercício. Já o EPOC foi de igual magnitude em valores absolutos e 
maior na situação de série única, quando expresso por tempo de exercício. 
Os principais resultados deste estudo foram que a periodização de um treinamento que possa maximizar o 
EPOC pode ser importante fator para o emagrecimento e, embora, o custo energético dessas variáveis em 
uma sessão de exercício se mostre pequeno, em longo prazo poderá ser bastante significativo (FOUREAUX 
et al., 2006). 
Dessa forma, observa-se que o EPOC aumenta o gasto calórico após o exercício, juntamente com a 
diminuição do valor do quociente respiratório pós-exercício, resultando, provavelmente, em uma maior 
utilização de gordura. 
Verificou-se que a hipótese da pesquisa é verdadeira, pois segundo Foureaux et al. (2006) embora o custo 
energético do EPOC em uma sessão de treinamento se mostre pequeno, seu efeito cumulativo poderá ter 
um impacto positivo no quadro da obesidade. Entretanto, torna-se interessante ressaltar que a perda de 
peso e EPOC não tem sido comprovada. 
Observou-se que os resultados sobre magnitude e duração do EPOC, além de sua real contribuição para 
indução do balanço energético negativo ainda são controversos. 
Vários estudos demonstram que o EPOC pode permanecer por horas (BAHR, et al., 1992), enquanto que 
outros afirmam que seu efeito é de curta duração (MARESCH et al., 1992). 
No entanto, existe o consenso na literatura que o tempo e a magnitude do EPOC são determinados pela 
duração, intensidade, utilização de substratos e tipo de exercício, além da ingestão alimentar. 
Maraki et al. (2005) atribuem as divergências nos resultados provavelmente, às diferenças metodológicas, 
como o tipo, duração e a intensidade do exercício, o estado nutricional dos indivíduos, composição da 
refeição pré-teste, e o tempo decorrido entre o exercício e a ingestão. 
Alguns estudos associaram o treinamento EPOC no auxílio do emagrecimento. As palavras emagrecimento 
e obesidade apareceram constantemente, mas poucos estudos analisaram realmente esse contexto 
quanto ao EPOC. 
As limitações e dificuldades para este estudo baseiam-se na pouca literatura que existe, devido ao 
contexto do assunto que não é muito explorado no Brasil. 
 
6CONCLUSÃO 
Baseada na pesquisa bibliográfica deste estudo, conclui-se que o treinamento EPOC atua com ênfase no 
emagrecimento de pessoas obesas ou com sobrepeso. 
Sendo que, quanto maior a intensidade do exercício maior a resposta de EPOC. 
Com este estudo percebeu-se a importância de mais pesquisas neste assunto, para uma melhor análise dos 
recursos do treinamento EPOC, comoforma de comprovar sua eficácia. 
 
 
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http://www.thelancet.com/journals/lancet/issue/vol384no9945/PIIS0140-6736(14)X6099-Xhttp://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(14)604%2060-8
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A INTERVENÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO FUNCIONAL EM IDOSOS HIPERTENSOS 
 
ALVES, R.B. ¹; 
RODRIGUES, K.S.¹; 
RODRIGUES, M.S.¹; 
MELO, V.M.P.²; 
 
rafael_rba@hotmail.com 
1-Pós-graduandos do curso de Fisiologia do Exercício, Avaliação Física e Atividade Física Para Grupos 
Especiais da Pós Graduação ENAF Desenvolvimento – Maceió - Alagoas-Brasil. 
2-Especializada em Treinamento de Força e Musculação pela Gama Filho – Rio de Janeiro – Rio de Janeiro – 
Brasil. 
 
RESUMO 
Nesta abordagem pretende-se analisar a intervenção do exercício físico funcional em idosos hipertensos 
considerando a integridade física, psíquica e social dos idosos. Convém ressaltar que a avaliação consiste 
observar o efeito da implementação de treinamento funcional sobre a pressão arterial em repouso em 
idosos hipertensos. A pesquisa baseou-se na literatura existente sobre exercício físico funcional. 
Considera-se assim, que o treinamento físico ao exercer um efeito fisiológico especifica ao nível muscular e 
cardiocirculatório é protetor do estado de saúde global pelo que deve ser incentivado ao longo de todo o 
ciclo vital. 
Palavras chave: Hipertensão, Exercício físico, Qualidade de vida relacionada à saúde. 
ABSTRACT 
In this approach we intend to analyze the intervention of the functional exercise in elderly hypertensive 
patients considering the physical, psychological and social of the elderly. It is worth noting that the 
evaluation is to observe the effect of the implementation of functional training on resting blood pressure 
in elderly hypertensive patients . The research was based on existing literature on functional exercise. It is 
therefore considered that the physical training to exert a physiological effect specific to muscle and 
cardiocirculatory level is protective of the overall health and should be encouraged throughout the life 
cycle. 
 
Keywords: Hypertension , Exercise , Quality of life related to health. 
 
 
INTRODUÇÃO 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco para as doenças 
cardiovasculares. É uma doença caracteristicamente assintomática que exterioriza sua morbidade e 
mortalidade pela degeneração dos vasos sanguíneos, miocárdio, glemérulos e retina. Estas lesões são 
decorrentes da carga pressórica cronicamente elevada, favorecendo a ocorrência de eventos 
cardiovasculares clinicamente relevantes, como acidente vascular encefálico, infarto agudo do miocárdio, 
insuficiência vascular periférica lesões retinianas mais acentuadas, como exsudados, hemorragias e edema 
do disco óptico. (MASSA, 2013). 
A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle. A mortalidade por doença cardiovascular (DCV) 
aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial a partir de 115/75 mmHg de forma linear, 
contínua e independente. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). 
Duas metanálises envolvendo estudos brasileiros realizados nas décadas de 1980, 1990 e 2000, apontaram 
uma prevalência de HAS de 31%, sendo que entre idosos esse valor chega a 68%. (PICON et al., 2013). 
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A HAS é um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A sua prevalência no Brasil varia entre 
22% e 44% para adultos (32% em média), chegando a mais de 50% para indivíduos com 60 a 69 anos e 75% 
em indivíduos com mais de 70 anos. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). 
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis 
elevados e sustentados de pressão arterial – PA (PA ≥140 x 90mmHg). Associa-se, frequentemente, às 
alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e às 
alterações metabólicas, com aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não fatais. (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010). 
Em geral, 6% das mortes no mundo são consideradas e atribuídas a inatividade física. Tendo a hipertensão 
13%, depois o fumo 99%. Além disso, a falta de atividade física e a causa de 21 a 25% dos casos de câncer 
de mama, 27% de diabetes e 30% de doenças cardíacas. Para mudar este quadro pessoas inativas devem 
procurar executar exercícios físicos para a promoção da saúde. 
É necessário que todo profissional da saúde, seja qual for sua especialidade, compreenda que a 
hipertensão arterial deve ser analisada como um problema de saúde pública, para que se integre de 
acordo com as necessidades comunitárias, visando que o seu controle não seja limitado a um pequeno 
grupo de pessoas mais favorecidos economicamente, para que se modifiquem significativamente os 
indicadores de saúde da população. 
É visível em todo o mundo, o número crescente de idosos, fato também observado no Brasil, considerado 
no passado um país de jovens. Este fenômeno está relacionado com alguns fatores, como, por exemplo: a 
queda de número de nascimentos e ao aumento da expectativa de vida. 
No Brasil os idosos crescem atualmente sendo de extrema importância que se conheçam as condições de 
saúde destes indivíduos e que se façam estudos epidemiológicos específicos para cada região, a fim de 
contribuir para uma gestão de saúde de acordo com as demandas locais de saúde da população 
pesquisada. (MASSA, 2013). 
O processo fisiológico do envelhecimento também acontece nos mecanismos homeostáticos para a 
regulação da pressão sanguínea que respondem a intervenções fisiológicas e farmacológicas. Um grande 
número de drogas está envolvido na regulação da pressão, devendo ser usadas na terapia da hipertensão, 
seguindo as devidas recomendações. 
Considerando o fato de a pressão arterial elevada ser o fator de risco de maior magnitude, respondendo 
por grande parte da morbi-mortalidade nas doenças neurológicas, ela representa um grande problema de 
saúde no Brasil, principalmente na população idosa na qual ocorre alta prevalência em consequência das 
mudanças morfo-fisiológicas, psicológicas e sociais ocorridas com o passar da idade. (NAHAS, 2013). 
Há uma relação inversa entre o grau de atividade física e a incidência de hipertensão. O exercício físico 
regular reduz a pressão arterial sistêmica (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2010), visto que um 
de seus efeitos crônicos observados é a redução dos níveis tensionais. Isso ocorre por haver diminuição da 
concentração de cálcio intracelular no músculo liso vascular e redução no tônus simpático, causando, 
assim, a queda da pressão arterial sistêmica. 
A pressão arterial sistólica e a diastólica diminuem de 5 a 7 mmHg depois de 4 a 10 semanas de exercício 
físico, com no mínimo três sessões semanais e com duração de 50 minutos, porém indivíduos em uso de 
betabloqueadores mostram menor resposta anti-hipertensiva aos exercícios, quando comparados com 
hipertensos em uso de anti-hipertensivos de outras classes. Contudo há uma elevação da pressão arterial, 
como consequência do efeito agudo, observado durante o exercício resultante do aumento instantâneo da 
demanda energética da musculatura, necessitando de um fluxo sanguíneo maior (LINO, et al, 2013) 
Muitos estudos mostram que existem algumas condições, consideradas fatores de risco que, associados 
entre si e a outras condições, facilitam o aparecimento da hipertensão arterial, sendo: idade, sexo, 
antecedentes familiares, raça, obesidade, estresse, falta de atividade física, álcool, tabaco, 
anticoncepcionais, alimentação ricaem sódio e gorduras (FECHINE e TROMPIERI, 2012). 
Fatores de risco, ou seja, características ou condições que, quando presentes aumentam a probabilidade 
de ocorrência de HAS, são bem conhecidos e, entre eles, o efeito de idade, raça negra, baixa escolaridade, 
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história familiar, obesidade, obesidade central, consumo excessiva de bebidas alcoólicas e ingestão 
excessiva de sal (VENDRUSCOLO, 2013). 
A incidência da hipertensão eleva-se com o envelhecimento e apesar dos avanços no tratamento da 
hipertensão, muitos fatores ainda são desconhecidos acerca da etiologia da doença (MASSA, 2013). 
A hipertensão propriamente dita não provoca nenhum sinal ou sintoma, a não ser que a pressão arterial 
esteja muito alta. Os sinais e sintomas da hipertensão essencial são secundários a lesão dos órgãos-alvo. 
Por exemplo, a retinopatia, provoca escotomas, visão embaraçada e, por fim, cegueira (FECHINE; 
TROMPIERI, 2012). 
O diagnóstico da hipertensão arterial é determinado através da medida da pressão arterial com a pessoa 
em ambiente calmo, após pelo menos 5 minutos de repouso, devendo realizar pelo menos três medidas, 
com intervalo de um minuto entre elas, sendo a média das duas últimas considerada a pressão arterial do 
indivíduo. A posição adequada para medir a pressão arterial é a sentada (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
CARDIOLOGIA, 2010). 
Convém enfatizar que o exercício físico provoca uma melhoria dos sintomas do tratamento farmacológico 
da HAS, diminuindo seu impacto no dia a dia da vida do hipertenso. (MELCHIORS, 2008). 
Diante do contexto abordado indaga-se: Qual o efeito do exercício físico funcional em idosos hipertensos? 
Sendo assim, nesta pesquisa serão apontados seus principais aspectos. 
 
 
Revisão de Literatura 
Capacidade funcional e atividade física 
 
A capacidade funcional conjuga a habilidade e independência que a pessoa tem para concretizar certas 
atividades. Por isso, a capacidade funcional pode ser definida como a capacidade do indivíduo de praticar 
atividades da vida diária de modo independente, abrangendo atividades ocupacionais e recreativas, ações 
de deslocamento e auto cuidado. Mais especificamente, expressa a capacidade do indivíduo viver 
independente no seu convívio apesar de seus limites (DUARTE, 2013). 
Importante ressaltar que as dificuldades para a realização das atividades de vida diárias (AVD) são 
constantemente relatadas pelos idosos. Recentes estudos revelam que no Brasil quase a metade dos 
idosos necessitam de alguma ajuda para a realização de pelo menos uma dessas atividades e uma minoria 
revelou-se altamente dependente (DUARTE, 2013). 
As atividades da vida diária se dividem em básicas e instrumentais. As atividades básicas são: caminhar e 
levantar sem auxílio, atividades de auto-cuidado como tomar banho, alimentar-se sem auxílio. Já as 
atividades instrumentais da vida diária abrangem atividades mais complexas, como preparar e servir o 
próprio alimento, operar o telefone, usar meios de transportes, lavar sua roupa, fazer pequenas compras e 
administrar os próprios medicamentos (MASSA, 2013). 
No Brasil os idosos com 65 anos ou mais de idade precisam de auxílio para realização das atividades 
diárias, como por exemplo: administrar a renda, fazer refeições ou arrumar a casa, e que 10% necessitam 
de ajuda para executar certas tarefas fundamentais, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, 
alimentar-se e, até, sentar e levantar de cadeiras e camas (DUARTE, 2013). 
Quando ocorre um comprometimento da capacidade funcional do idoso, impossibilitando-o do seu próprio 
cuidado, a carga sobre a família e sobre o sistema de saúde pode tornar-se muito elevado (MASSA, 2013). 
São as habilidades que o indivíduo idoso expõe em suas AVD que decidirá o grau de sucesso, satisfação 
pessoal e adequação perante a sociedade. 
Significa dizer que a manutenção e a preservação dessa capacidade são fatores importantes para dilatar o 
maior tempo plausível à independência do idoso, mantendo-o em plena capacidade funcional. 
O aspecto principal da atividade física regular deve ser na promoção da saúde, e mesmo para indivíduos 
com saúde debilitada. A prática de exercícios físicos é muito importante, pois pode controlar, amenizar, 
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evitar progressão da doença e/ou reabilitar o paciente. A atividade física sociabiliza o idoso, desenvolve a 
autoestima e faz com que estes se sintam mais independentes. (MORAES e CÁRDENAS, 2010). 
 A intensidade é função da força dos impulsos nervosos que o atleta concentra em uma sessão de 
treinamento. A força do estímulo depende da carga, da velocidade de execução e da variação do intervalo 
de recuperação. Já o volume constitui a quantidade total da atividade concretizada no treinamento. Ao 
mesmo tempo em que diz respeito à soma do trabalho feito em determinada sessão ou fase de 
treinamento (SILVÉRIO, 2013). 
A atividade física promove a melhoria física, psicológica e social dos idosos hipertensos. Os benefícios não 
são apenas biológicos e fisiológicos; existe uma grande ajuda psicológica com a prática regular de 
atividades seja exercícios físicos ou atividades lúdicas. Desta forma, o idoso mantém a autoestima, opinião 
positiva e um sentimento de potência. Isso se torna importante porque com o envelhecimento ocorrem 
mudanças corporais e com a atividade física o idoso aprende a gostar mais de seu corpo obtendo 
satisfação pessoal. A prática de atividade física regular é capaz de minimizar os efeitos do envelhecimento 
(DUARTE, 2013). 
A atividade física está vinculada ao bom funcionamento físico e prevenção de doenças como hipertensão e 
doença arterial coronária. Logo, leva à maior longevidade, o que atribui melhor percepção de saúde aos 
que fazem prática regular de alguma modalidade que exija esforço físico (MASSA, 2013) 
Tratando-se de idosos os exercícios físicos mais indicados são os exercícios dinâmicos, baseado nos 
movimentos, e os aeróbicos, de baixa ou média intensidade e de longa duração. Variando em sua 
prescrição a partir do tipo ou modalidade, intensidade, duração e frequência semanal (MOREIRA; TEIXEIRA, 
NOVAES, 2014) 
O tipo ou modalidade de exercício mais adequado ao hipertenso é o exercício aeróbico envolvendo massas 
musculares: caminhar, correr, nadar, pedalar. Os exercícios físicos que produzem uma melhoria da 
capacidade funcional abrangem a diminuição da morbidade e mortalidade por doença coronariana, 
controle da pressão arterial, da glicemia e do colesterol e melhora do peso. 
A pressão arterial e aferida deste o final do século XIX, quando foi desenvolvido por Scipone Riva-Roccs, do 
esfigmanômetro e dos sons e seus significados clínicos o tratamento da hipertensão é repouso e dieta sem 
sal entre ela prevalece o maior índice de maiores problemas de saúde pública no mundo, sendo a 
responsável direta ou indiretamente com certa de 7,5 milhões de morte no mundo. Neste momento uma 
em cada adulto no mundo pode ser classificado como hipertenso, isso equivale há 1 bilhão de indivíduos, 
estima-se que até 2025 haverá um crescimento para 1,5 bilhões de hipertensos. A OMS atribui a 
hipertensão arterial sistêmica, 5,8% de óbitos no mundo (NAHAS, 2013). 
As respostas cardiovasculares à atividade física dependem do tipo, da intensidade e da duração do 
exercício. A redução dos níveis pressóricos, após os exercícios, é mais evidente em indivíduos hipertensos 
que em normotensos. Essa queda na pressão arterial se deve aos seguintes fatores: 1 – redução do débito 
cardíaco, em função da diminuição do volume sistólico; 2 – redução da resistência vascular periférica; 3 – 
redução da atividade nervosa simpática, atuando na complacência vascular (PITANGA, 2010). 
A dificuldade de preambulação é uma característica do envelhecimento, representaum motivo de 
preocupação para os idosos, pois pode acarretar a incapacidade física, os idosos sedentários tem uma 
maior propensão de quedas, com o baixo nível de mobilidade funcional devido, a redução na capacidade 
de adaptação homeostática, alterando progressivamente o organismo intrínseco e extrínseco. Entre as 
perdas com o envelhecimento vêm as instabilidades postural que ocorre devido às alterações do sistema 
sensorial motor levando-o a perda do equilíbrio. 
Consoante a Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Sociedade Brasileira de Geriatria e 
Gerontologia, o exercício físico regular melhora a qualidade e expectativa de vida do idoso beneficiando-o 
em vários aspectos principalmente na prevenção de incapacidades. (NAHAS, 2013). 
Mediante estudo epidemiológico constatou-se uma intensa relação entre a inatividade física e a presença 
de fatores de risco cardiovascular, como hipertensão, resistência à insulina, diabetes, dislipidemias e 
obesidade. (CASTELLI, 2010). 
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A atividade física regular promove uma série de mudanças no organismo do idoso, como por exemplo, 
diminuição da frequência cardíaca, aumento das endorfinas endógenas, responsáveis pela sensação de 
bem-estar, redução do colesterol, fortificação da estrutura óssea, das articulações e melhora na postura. 
Ressalte-se que a liberação de endorfina pelo organismo, provoca no individuo praticante de atividade 
física regular, um estado de plenitude trazendo benefícios em todos os níveis, sobretudo, em sua auto-
estima e no convívio social. 
Percebe-se que o exercício físico constante e moderado produz aos indivíduos efeitos benéficos na saúde 
em geral, sendo capaz de melhorar o nível psicológico diminuindo a ansiedade, o stress, e ao mesmo 
tempo elevando a autoestima e a cognição. 
 Afirmam que os idosos quando praticam exercícios físicos regulares, apresentam melhores resultados 
diferentemente ocorre com os idosos sedentários na sua capacidade funcional. Desta maneira o estilo de 
vida dessa população, aumenta o grau de autonomia em relação às AVD e em um envelhecimento mais 
rico em oportunidades de relações sociais. (OLIVEIRA, et al, 2013). 
Por outro lado, a deficiência de atividades físicas está também associada com inúmeros problemas 
músculo-esqueléticos, que podem atingir negativamente as atividades funcionais do idoso. (DUARTE, 
2013). 
 Sendo assim, o fortalecimento dos elementos da aptidão física, como força, flexibilidade, capacidade 
cardiorrespiratória, coordenação motora, entre outros, é uma extraordinária forma de impedir os efeitos 
degenerativos acarretados pelo envelhecimento. 
E, Nahas (2013, p. 62) que: 
 
As atividades físicas num programa de condicionamento físico devem ser adequadas ao indivíduo em 
termos de tipo, duração e intensidade, devem ser adequadas ao indivíduo em termos de tipo, duração e 
intensidade, devendo ser realizadas com regularidade (o ideal são de 3 a 5 sessões por semana). É 
fundamental, também, que as atividades físicas sejam as mais agradáveis possíveis ao praticante. 
 
A aptidão física relacionada à saúde estaria no Brasil dentro de uma perspectiva de identificação de 
variáveis determinantes, considerando as diferenças sociais, ambientais, econômicas e comportamentais 
da nova população. 
Com o aumento das intervenções nas últimas décadas sobre as pesquisas na Educação Física e Desporto 
abordando o processo de envelhecimento, com toda a atenção voltada sobre a importância da atividade 
física sob a perspectiva da promoção da saúde. (MORAES e CÁRDENAS, 2010). 
Há um grande reconhecimento das vantagens da prática regular de exercícios físicos e ou atividades físicas 
promovendo uma excelente redução nas doenças crônicas degenerativas. Pois, dentro do quadro atual a 
inatividade já é considerada um grande fator de risco primário, principalmente as doenças 
cardiovasculares, com isso tem-se tornado fundamental a identificação das incessantes buscas em 
modelos técnicos para a participação da população em estilos de vida. 
De acordo com Kokkinos et al, 1995 apud Pitanga, 2010, p. 92 “Estudos mais recentes reconhecem a 
inatividade física como fator de risco independente, comparado com outros fatores de risco estabelecidos 
para doença cardíaca coronariana”. 
A atividade física tem sido associada ao bem estar, a saúde e a qualidade de vida das pessoas de todas as 
faixas de idade, assim sendo o mais visível a partir da meia idade, quando os riscos potenciais da 
inatividade aumentam, levando a perca da vida muito mais cedo e da utilidade. Com isto a diminuição das 
funções morfológicas são alteradas e uma maior quantidade de pessoas sedentárias na terceira idade e 
não tão somente ao inexorável envelhecimento celular. (ANAIS, 2013). 
Os comportamentos tipicamente associados aos idosos referem-se à passividade e a imobilidade, com 
reduzida atividade física, e algumas patologias crônicas e também com a perda da vitalidade, reduzem o 
seu comportamento motor, mudando seus hábitos de vida e criando uma dependência com o meio que os 
rodeia. (VENDRUSCOLO, 2013). 
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1.2 O papel do educador físico e a promoção da saúde do idoso hipertenso 
 
A saúde e a qualidade de vida dos idosos necessitam de uma atenção multidisciplinar e interdisciplinar. O 
profissional de educação física tem um papel de grande importância quando a questão é promoção da 
saúde, pois cabe a ele desenvolver atividades que gerem benefícios para a população tais como: aumento 
tônus e trofismo muscular, aumento da massa óssea diminuição dos níveis de pressão arterial, glicose e 
colesterol, normatização do peso corporal e diminuição do stress. 
As atividades da vida diária juntamente com o treinamento físico podem estabelecer o grau de autonomia 
e independência do idoso, sobretudo no suprimento de suas necessidades. 
É bem notório aos especialistas da área que a atividade física e saúde têm ocupado lugar de destaque nos 
cenários nacional e internacional. Isso só se tornou possível devido aos diversos indicadores como, por 
exemplo: o Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde realizado em 2014; periódicos como a Revista 
Brasileira de Atividade Física e Saúde e o Journal of Physical Activity and Health, que podem ser utilizados 
para confirmar o avanço e a consolidação da área (FARIAS JÚNIOR, 2014). 
A prática de atividade física relacionou-se à melhor percepção do estado de saúde. Outros estudos 
mostram que indivíduos que praticam exercícios físicos como prática de lazer possuem melhor 
autopercepção de saúde do que aqueles que não praticam ou realizam menos atividade física (MASSA, 
2013). 
 
Sabendo-se que a maioria dos idosos, são geralmente portadores de doença crônica mas as limitações nem 
sempre os impossibilitam e muitos continuam levando uma vida normal com o controle de suas 
enfermidades, demonstrando satisfação pela vida. Um idoso com apenas uma doença crônica poderá ser 
considerado um idoso saudável, contrariando a Organização Mundial da Saúde (OMS) que diz que a 
ausência de doenças é um privilégio de poucos, pois o completo bem-estar pode ser atingido por muitos, 
independente ou não da presença de doenças crônicas. Moraes e Cárdenas (2010) compreendem que: 
 
Houve relação da percepção do estado de saúde com as variáveis: condições físicas (gênero, doenças 
crônicas), condições socioeconômicas (escolaridade, e trabalho) e hábitos de vida (prática de atividade 
física). A autopercepção do estado de saúde se apresenta pior nos idosos que relataram presença de 
doenças crônicas, baixa escolaridade, menor ocupação laboral e redução das práticas de atividade física. 
 
O envelhecer está inteiramente ligado à autonomia, devida a capacidade de executar o controle sobre sua 
vida e seus objetivos. Quando um idosoconsegue ter o controle das suas atividades socais, lazer e utilidade 
com certeza poderá ser considerado um indivíduo saudável. 
Não resta a menor dúvida que, com o passar dos anos, o indivíduo tende a sofrer alterações nos diversos 
sistemas do organismo. Porém, não se sabe até que ponto essas alterações são consequências do 
envelhecimento biológico ou se são simplesmente resultantes de fatores ambientais ou do desuso, 
ocasionado por alterações no estilo de vida dos idosos (MASSA, 2013). 
Nesse contexto, a prática da atividade física surge como opção essencial na redução dos declínios físico-
fisiológicos da pessoa idosa, interferindo também nos aspectos sociais e psicológicos destes indivíduos 
(DUARTE, 2013). 
Na verdade envelhecer de forma saudável está diretamente ligado à capacidade funcional da integração 
social, apoio familiar e independência financeira, com isso encontra-se equilíbrio para envelhecer de forma 
feliz e saudável. 
 
1.3 A Função do Educador Físico 
 
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O educador físico precisa ter habilidade para ministrar as aulas, usando técnicas propícias com uma forma 
de execução fácil de serem aprendidas, com o objetivo de contribuir para com o aprendizado rápido e 
eficiente dos movimentos básicos da ginástica funcional, dança, alongamentos e assim trazer benefícios no 
cotidiano das participantes, ao mesmo tempo proporcionando o bem-estar físico, psíquico e social. 
Santos e Silva (2013), explicam que a gerontotecnologia educativa nasce como um recurso pedagógico 
capaz de consentir a integração dialógica entre os profissionais de saúde, o idoso e a família, permitindo a 
construção de um conhecimento para precaver e diminuir incapacidades facilmente disponível e de baixo 
custo, capaz de integrar idosos e familiares para o cuidado. 
Benedetti et al (2014, p. 89) explicam que: 
 
Historicamente, tanto a formação quanto uma parte das possibilidades de atuação do profissional de 
Educação Física têm sido associadas à saúde, independentemente de qual seja a visão de saúde a que nos 
refiramos. Tal associação vem ocorrendo a despeito dos diferentes tipos de formação no Ensino Superior, 
da regulamentação da profissão e das mudanças epidemiológicas que temos acompanhado. No entanto, o 
papel e a importância deste profissional neste campo tem se ampliado e modificado muito rapidamente 
nos últimos anos. Um dos principais motivos é o destaque que a atividade física vem recebendo nas 
políticas públicas de enfrentamento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e de promoção da 
saúde, no cenário mundial e no Brasil. 
 
Cabe ao professor e direcionador, a responsabilidade da saúde e segurança de seus alunos, para que este 
profissional ministre suas aulas com competência sabendo intensificar o nível de treinamento adequado, 
para que a cada sessão de treino o idoso sinta-se muito melhor do que havia chegado é preciso se 
relaciona com este grupo com afetuosidade, compreensão e paciência, embasamento científico, 
sensibilidade profissional, constituindo-se, portanto de uma arte. 
A confiabilidade do idoso para o educador físico será um dos grandes motivos para o sucesso do programa 
de treinamento sugerido. 
Considerando a parte final da revisão de literatura resta claro que os exercícios físicos trazem benefícios no 
que diz respeito às doenças coronarianas e prolongamento da vida, existindo uma relação inversa com a 
prática de exercício habitual. Isto vem sendo comprovado tanto para a prática de exercício programado, 
quanto para as atividades de lazer ou colocadas nas rotinas diárias. Apesar do exercício moderado já 
apresentar benefícios sobre a mortalidade, aparentemente possui uma relação dose-resposta, com 
exercícios mais vigorosos evidenciando um efeito ainda maior. (SANTOS; SILVA, 2013). 
As atividades físicas funcionais aumentam a autonomia daqueles que não conseguem executar com 
facilidade os exercícios, por isso foram aplicadas com rigor justamente para transmitir a segurança 
necessária ao grupo estudado. 
O exercício físico pode ser então um componente de grande importância para o idoso, e em alguns casos a 
idade biológica chega a ser reduzida até mais de vinte anos. A expectativa de vida é incrementada, 
condições debilitantes são adiadas, e ocorrem muitos ganhos na sua qualidade de vida. (RAMOS, 2011). 
A prática de atividade física relacionou-se à melhor percepção do estado de saúde. Outros estudos 
mostram que indivíduos que praticam exercícios físicos como prática de lazer possuem melhor 
autopercepção de saúde do que aqueles que não praticam ou realizam menos atividade física. 
A preocupação do profissional de educação física é motivar os idosos na participação de atividade física 
com objetivo de melhorar seu desempenho neuromotor social e afetivo emocional, bem como sua 
qualidade de vida. Além dessas alternativas de conhecimento e de compreensão a proposta da educação 
para a saúde deriva do campo da prevenção e da terapêutica indispensável ao longo da vida. 
A promoção e a preservação da autonomia do idoso são fundamentais na vida desse idoso, visando 
garantir atenção integral e adequar sua participação ativa e cidadã, enquanto sujeito individual e coletivo, 
a fim de que se torne um sujeito capaz de decidir sobre as deliberações imprescindíveis para a sua vida. 
(MOREIRA, TEIXEIRA e NOVAES, 2014). 
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O Brasil desde a década de 40 passa por um processo de inversão das curvas de mortalidade, observando-
se um declínio de mortes por doenças infecciosas e um concomitante aumento por doenças crônicas. 
Este processo é conhecido por fenômeno de transmissão epidemiológica, ocorrida em todos os países hoje 
desenvolvidos, nos quais a população de idosos é cada vez mais expressiva. (CARVALHO, 2010). 
É preciso que o profissional de educação física busque o aprimoramento de técnicas de trabalho em grupo 
e de educação em saúde e com isso buscar a investigação dinâmica das hipóteses e com o estudo as 
possibilidades. 
O vivenciar das práticas de atividade física representa, para a pessoa idosa, além de prevenção de doenças 
e uma possibilidade de maior expectativa de vida, a possibilidade de desenvolver sua capacidade funcional 
e da sua autonomia, o que é essencial para a qualidade de vida. 
Os exercícios físicos e a educação em saúde são estratégias para uma influência positiva durante o 
envelhecimento, gerando o processo saúde-doença e colaborando social e psicologicamente nas escolhas 
e decisões dos idosos. Sendo assim, sugere-se que a participação de idosos em grupos de convivência 
melhora e abrange as condições de saúde dessas pessoas. (MOREIRA, TEIXEIRA e NOVAES, 2014). 
 
1.4 O uso da farmacologia em idosos hipertensos praticantes de atividade física 
 
Devido ao uso farmacológico são imprescindíveis alguns cuidados, principalmente em idosos com 
hipertensão arterial, sendo vasodilatadores, pois reduzem a quantidade de ca2 que alcança os locais 
intracelures, relaxando o músculo liso (DUARTE, 2013; MASSA, 2013). 
Existem algumas medidas que também podem contribuir para a maior eficácia anti-hipertensiva, como por 
exemplo: redução do peso corporal; redução da ingestão de sódio; maior ingestão de alimentos ricos em 
potássio; redução do consumo de bebidas alcoólicas e exercícios físicos regulares. 
Saliente-se que diante da necessidade de manterem a pressão arterial controlada, os hipertensos idosos 
submetidos à atividade física, necessitam fazer uso de diuréticos em baixa dose como monoterapia, 
betabloqueadores, uma vez que neutralizam a ação da adrenalina impedindo a insuficiência cardíaca, bem 
como evitando o infarto do miocárdio. Podendo utilizar também antagonistas da angiotensina que é um 
hipertensivo com menor efeito colateral. 
Os agentes simpaticolíticos tornam-seútil por não interferir na dosagem glicêmica, efeito de proteção 
renal. Terapia combinada de ante-hipertensivos são 60% dos casos de hipertensão arterial em idosos, 
como forma bastante eficaz, com menos efeitos adversos. 
O treinamento físico diminui expressivamente a pressão arterial em pacientes com hipertensão arterial 
sistêmica. (PITANGA, 2010). A atividade física é um excelente instrumento de saúde em qualquer faixa 
etária em especial no idoso, induzindo várias adaptações fisiológicas e psicológicas, tais como: 
- aumento do VO2 máx. - aumento dos benefícios circulatórios periféricos; aumento da massa magra 
(muscular); melhor controle da glicemia; redução do peso corporal; melhor controle da pressão arterial em 
repouso; melhora a função pulmonar; maior autonomia; maior auto-estima autoconfiança; melhor 
qualidade de vida. 
Os efeitos associados à inatividade física levam o idoso a uma condição degenerativa crescente de suas 
capacidades físicas e acarretam uma diminuição no desempenho físico, na habilidade motora, na 
capacidade de concentração, de reação e de coordenação, provocando processos de auto-desvalorização, 
stress, apatia, insegurança, perda da motivação, isolamento social e a solidão. 
A independência para a realização das atividades da vida diária determina à expectativa de vida ativa ou 
saudável do idoso. A decadência nos níveis de atividade física habitual para idoso coopera para a 
diminuição da aptidão funcional e a manifestação de diversas doenças, como sequela a perda da 
capacidade funcional. Neste sentido, tem sido ressaltada a prática de exercícios como estratégia de 
prevenir as perdas nos componentes da aptidão funcional. (DUARTE, 2013). 
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Evidências atuais sugerem claramente que a participação em exercícios regulares é um efetivo caminho 
para restringir e/ou prevenir o número de declínios associados ao envelhecimento, sendo capaz de 
transformar a condição de incapacidade para realização das atividades da vida diária. 
Os exercícios funcionais ajudam ampliar as possibilidades de exigência motora durante o exercício físico 
com o intuito de melhorar a capacidade funcional, com exercícios que estimulam os proprioceptores 
presentes no organismo, os quais possibilitam a melhora do desenvolvimento simeslesino do controle do 
corpo, equilíbrio muscular dinâmico, diminuindo as lesões e aumento a eficiência dos movimentos 
(PITANGA, 2010). 
Saliente-se que as habilidades físicas (força, equilíbrio, resistência muscular, esquema corporal, alteridade 
e agilidade) favorecem o desenvolvimento. Bem como, preparam o músculo com a ampliação da condição 
neuromotora e aptidão física e funcional de cada indivíduo (DUARTE, 2013). 
 
Discussão 
 
A pesquisa revela que idosos hipertensos não praticantes de exercício físico apresentam um menor escore 
de qualidade de vida. Além disso, foi possível observar também que a alta prevalência de sintomas 
desencadeados pelo tratamento farmacológico da HAS colabora para a aquisição de tais resultados. 
Em um estudo realizado por Werneck et al. (2011) afirmam que o efeito da pressão arterial pode variar de 
acordo com o tipo e a intensidade do trabalho aplicado constatando redução em alguns grupos de estudo 
e outros não apresentaram nenhuma alteração. 
Nesse mesmo sentido, defendem Kolb et al. (2012) a necessidade de realização da atividade física, assim 
como do treinamento resistido em idosos hipertensos tendo em vista a queda da pressão arterial 
caracterizando a hipotensão pós-exercício. Entretanto, afirma que não existe um esclarecimento quanto ao 
melhor tipo de exercício físico. 
Em 2011 o Ministério da Saúde difundiu um Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis estabelecendo metas globais determinadas para o controle dessas 
doenças até 2025. O Plano brasileiro delibera e prioriza as ações e os investimentos essenciais com foco 
nas ações populacionais visando o controle de doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doença 
respiratória crônica decorrentes da má alimentação, do uso excessivo de álcool e fumo e a falta de 
atividade física (DUNCAN et al., 2012; MALTA; SILVA Jr, 2013). 
Ferreira (2012, p.2) enfatiza que: 
Porque a gestão de qualquer doença crónica requer a participação dos doentes, é necessário monitorizar o 
seu impacto, principalmente nas funções psicossociais e de comportamento. Assim é necessário todos os 
esforços no sentido de colaborar na determinação dos ganhos em saúde obtidos com os tratamentos e sob 
a perspectiva do cidadão. 
 
Malta e Silva (2013) sustentam que programas de educação para a autogestão procuram ajudar as pessoas 
a consciencializarem-se de que são os seus principais cuidadores e que os profissionais de saúde são 
consultores que os apoiam nesta função. O programa de intervenção implementado devolveu resultados 
positivos, nomeadamente a nível comportamental, dos indivíduos no tratamento da sua doença. 
Com o favorecimento pela diminuição da fecundidade e mortalidade, e o aumento da longevidade e os 
avanços nas formas de tratamento em saúde é possível observar uma grande mudança na pirâmide etária 
da população, que passa se assemelhar às de países onde o processo de transição já vem ocorrendo 
(CAMARANO, 2013). 
Diante dessas considerações acima citadas verifica-se que os efeitos hipotensores pós-exercícios podem 
ocasionar uma redução bastante significativa na diminuição da pressão arterial em idosos hipertensos. 
A presente pesquisa analisou como a prática da atividade física pode ser benéfica na prevenção de 
doenças crônicas e a utilização de medicações por parte dos idosos hipertensos. 
 
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Conclusão 
A hipertensão arterial em pacientes idosos é uma patologia crescente e que vem provocando muita 
preocupação no âmbito das políticas públicas, no mundo inteiro. 
As preocupações com estes problemas de hipertensão, não devem ser apenas dos governantes, a 
sociedade em geral deve estar consciente de seus riscos e de suas consequências, para a saúde de todos. 
No caso de pessoas idosas, este quadro torna-se mais preocupante ainda, pois a medida que se envelhece, 
também se torna mais frágil e susceptível a muitas patologias, devido ao envelhecimento, também, das 
células. 
Devido o aumento da longevidade, verificou-se um grande aumento na prevalência de doenças crônicas, 
que trazem consequências econômicas, sociais, por isto a busca de implantação de programas de 
atividades físicas em todo o mundo como meio de promoção de saúde com hábitos saudáveis voltados 
para a qualidade de vida dos idosos, aumentam a longevidade e melhoram a sua saúde. 
As doenças crônicas são incuráveis e de origem não contagiosa, associadas ou causada por fatores sociais, 
culturais, ambientais e comportamentais têm impacto econômico e deterioração na qualidade de vidas das 
pessoas da família e da comunidade. Entre os fatores de risco para a hipertensão arterial incluem-se o 
baixo consumo de frutas e hortaliças, inatividade física, alto consumo de álcool, excesso de peso. 
A atividade física sem dúvida alguma contribuiu com a prevenção da hipertensão e promoção de saúde. As 
características desse aprendizado confirmam o caráter global do cuidado com o corpo na melhoria da 
saúde buscando uma melhor qualidade de vida. 
Sendo assim, acredita-se que a hipertensão em idosos requer uma ampla atenção de todos os profissionais 
envolvidos em saúde, assim como dos governos através de campanhas, e da população, que deve ser 
estimulada a praticar atividade física regularmente. 
Portanto, resta evidente que o treinamento físico exerce um efeito fisiológico específico ao nível muscular 
e cardiocirculatório melhorando a qualidade de vida dos idosos hipertensos. Acredita-se que o exercíciofísico é eficaz não apenas no controle da HAS, assim como pode amenizar os efeitos colaterais do 
tratamento farmacológico, favorecendo a percepção do paciente sobre como a doença afeta seu bem 
estar e saúde. 
 
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– 368, nov/dez 2012. 
 
Rua Tereza de Azevedo 
Nº 867 
Bairro: Gruta de Lourdes 
CEP: 57052-600 
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O PERFIL DOS PRATICANTES DE TREINAMENTO FUNCIONAL NA MODALIDADE 
CIRCUITO NA AREIA EM PARINTINS-AM. 
 
 SANTOS, G.L.1 
LAUREANO, M.L.M.2 
 
ENAF/DESENVOLVIMENTO - Manaus – Amazonas - Brasil 
Universidade Federal do Amazonas - UFAM - Parintins – Amazonas - Brasil 
gil_lopiz@hotmail.com 
 
 
RESUMO – Este trabalho apresenta uma investigação sobre o Perfil dos Praticantes de Treinamento 
Funcional na modalidade “Circuito na Areia” na cidade de Parintins - AM. O objetivo da pesquisa foi 
identificar de maneira social e antropométrica os principais adeptos deste tipo de atividade física. 
Participaram da pesquisa 50 pessoas atuantes desta modalidade. Como fundamentação metodológica, 
utilizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa e natureza descritiva, aplicando-se como instrumento 
de coleta de dados e informações, um questionário contendo 10 perguntas fechadas. O crescimento 
evidente da modalidade investigada no município de Parintins/AM foi o que despertou o interesse pelo 
objeto dessa investigação. A atividade física na areia em forma de circuito possibilita um maior gasto 
energético e, por conseguinte os resultados são mais eficazes quando comparados a outros tipos de 
atividades aeróbicas. Constatou-se ainda que, a maioria dos praticantes é do sexo feminino e tem idade 
media entre 20 a 40 anos e que boa parte desses praticantes está acima do peso e buscam no circuito uma 
maneira de reverter esse quadro, objetivando saúde e qualidade de vida. No resultado da pesquisa 
constata-se que o Treinamento Funcional na modalidade circuito na areia, trouxe uma melhoria notória 
para os praticantes, principalmente quando diz respeito à perda de peso, resistência, tônus muscular, 
condicionamento físico, saúde e qualidade de vida. 
 
Unitermos: Perfil dos praticantes; Circuito Funcional; Qualidade de vida. 
. 
Abstract - This paper presents a research on the Profile of Functional Training Practitioners in "circuit in the 
Sand" mode in the city of Parintins – AM. The objective of the research was to identify social and 
anthropometric way the main supporters of this type of physical activity. The participants were 50 people 
active in this mode of this type. As methodological basis, we used a quantitative approachto research and 
descriptive, applying as a data collection tool and information, a questionnaire containing 10 closed 
questions. The apparent growth of the sport investigated in the city of Parintins/AM was what sparked 
interest in the object of investigation. Physical activity as sand circuit allows a greater energy expenditure 
and therefore the results are more effective when compared to other aerobic activities. It was also found 
that most practitioners are female and average age is between 20 to 40 years and that many of these 
practitioners are overweight and looking at the circuit a way around this, aiming health and quality of life. 
The search result can be seen that the Functional Training in circuit mode in the sand, brought a marked 
improvement for practitioners, especially when it comes to weight loss, strength, muscle tone, fitness, 
health and quality of life. 
 
Keywords: Profile of practitioners; Functional circuit; Quality of life. 
mailto:gil_lopiz@hotmail.com
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INTRODUÇÃO 
 
A busca pelo bem-estar, boa forma, peso ideal, a resistência física e principalmente às condições à saúde 
ligadas a qualidade de vida, tem crescido nos últimos anos no país, principalmente em si tratando do 
treinamento funcional. É o que afirma Bossi (2014), “o treinamento funcional vem crescendo nos últimos 
anos e espalhando-se pelo mundo de uma maneira um tanto quanto descontrolada”. O circuito funcional 
na areia é a modalidade com mais adeptos na atualidade, isso porque ele promove maior resistência física 
aos praticantes e resultados mais eficazes em menor tempo do que outras práticas físicas “tradicionais”. 
Ressalta-se que o circuito funcional na areia, é apenas uma variação do Treinamento Funcional. Para 
CAMPOS e CORAUCCI NETO (2004). 
 
Sabe-se que o treinamento funcional está amparado na proposta de melhoria de aspectos neurológicos 
que conduzem a capacidade funcional do corpo humano, empregando exercícios que estimulem os 
diferentes componentes do sistema nervoso, gerando, dessa forma, sua adaptação. 
 
O interesse dessa pesquisa surgiu da demanda pelo treinamento funcional modalidade circuito na areia. A 
busca por esse tipo de atividade deve-se por motivos como: a insatisfação dos praticantes com os demais 
tipos de atividades físicas, que optaram por buscar um treinamento dinâmico e eficaz, que proporcionasse 
prazer e motivação a eles, fugindo do convencionalismo dos treinos, como a musculação (fitness). 
Conforme (BOSSI apud CLARK, 2001) “A ideia principal do treinamento funcional é trabalhar mais de um 
segmento ao mesmo tempo (multiplanares), envolvendo estabilização, força, potencia agilidade”. 
 
 O Treinamento Funcional veio para quebrar paradigmas, e ganhou seu espaço principalmente para o 
publico que não gosta de frequentar academias de musculação. A modalidade circuito na areia trouxe a 
proposta de intensificar e tornar o treino ainda mais atrativo. Para Atalla (2012, p.22) “circuito é uma 
sequencia de movimentos feitos em série e então repetidos, do primeiro ao ultimo”. Com isso o 
treinamento funcional foi se diversificando a ponto de atingir todos os públicos além de ser trabalhado em 
qualquer tipo de ambiente. A modalidade Circuito Funcional na Areia teve um alto crescimento nos últimos 
tempos principalmente no município de Parintins–Am. Por isso houve esse interesse em classificar e saber 
qual é o publico que este tipo de treinamento vem ganhando adeptos a cada dia. 
 
A atividade física na areia tem como principal objetivo o ganho de resistência e a perda de calorias, 
facilitando assim o emagrecimento, além de auxiliar na regeneração e fortalecimento muscular e articular. 
A superfície irregular da areia faz com que o corpo faça um trabalho de propriocepção, ou seja, que o 
individuo aumente o controle de movimento e o domínio do corpo que auxiliam na pisada durante o 
exercício. Praticar esportes e fazer caminhadas na areia são atividades saudáveis e agradáveis, que 
auxiliam e aliviam dores causadas por lesões, e tiram à tensão do dia a dia. Além do mais, o contato 
com a areia é comprovadamente eficaz no combate ao estresse. 
 
O objetivo dessa pesquisa foi identificar o perfil dos praticantes de treinamento funcional na modalidade 
circuito na areia na cidade de Parintins-AM, com relação à questão social e antropométrica. A pesquisa foi 
realizada com 50 pessoas que praticam esse tipo de atividade física, que responderam as 10 perguntas 
fechadas do instrumento de pesquisa utilizado – o questionário. 
 
Partindo para o desenvolvimento desse estudo, serão apresentados os materiais e métodos abordados 
para a coleta dos dados da pesquisa, seguindo dos resultados da pesquisa através de tabela juntamente 
com suas discussões onde serão apresentadas de forma detalhada todas as informações colhidas nesta 
investigação. 
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MATERIAIS E MÉTODOS 
Segundo Armani (2009, p.17) define-se pesquisa como “o procedimento racional e sistemático que tem 
como objetivo proporcionar respostas aos problemas e questionamentos que são propostos”. 
A abordagem metodológica dessa investigação esta voltada para pesquisa quantitativa. “O método 
quantitativo justifica seu uso pela facilidade de aplicação dos instrumentos de recolha, pela possibilidade 
de uso constante de métodos estatísticos, baixo custo operacional e rapidez nos resultados de pesquisa.” 
(JUREMA; QUEIROZ, 2008, p. 103). 
O questionário aplicado em anexo a este artigo foi constituído de 10 (dez) questões fechadas, elaboradas 
para analise dos dados, além da aferição do peso e estatura de cada praticante, para a indicação do Índice 
de Massa Corporal (IMC). A aplicação do questionário acorreu de forma individual, para auxiliar na coleta 
dos dados foram utilizados, canetas, uma balança digital e um estadiomêtro. Sua validação se deu através 
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) onde os investigados assinaram o mesmo antes de 
participarem da pesquisa em loco. 
Quanto à população investigada, esta se constituiu por homens e mulheres com faixa etária entre 20 a 40 
anos, e a amostra foram de 50 praticantes do circuito funcional na areia. Para a apresentação dos dados, 
utilizaram-se apenas procedimentos estatísticos descritivos. 
 
RESULTADOS 
Os resultados adquiridos na pesquisa sobre o Perfil dos Praticantes de Treinamento Funcional na 
modalidade Circuito na Areia em Parintins- Am, estão apresentados abaixo na tabela 1. 
Tabela 1. Perfil dos praticantes de treinamento funcional modalidade circuito na areia em Parintins-Am. 
 
Perguntas Opções de resposta: Resultados em % 
Sexo 
Masculino 11% 
Feminino 89% 
Idade 
12 a 20 7% 
21 a 30 30% 
31 a 40 37% 
41 a 50+ 26% 
Nível de Escolaridade 
Ens. Fundamental 4% 
Ens. Médio 23% 
Ens. Superior 53% 
Pós-graduação 12% 
Mestre ou Doutor 8% 
Na sua Profissão, você passa 
maior parte do tempo...? 
Sentado 50% 
Em pé 22% 
Medial 28% 
PESO/ 
ALTURA: 
IMC 
Abaixo do peso 4% 
Peso Ideal 32% 
Sobrepeso 48% 
Obesidade grau 1 16% 
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Obesidade grau 2 - 
Pratica outros tipos de 
atividades físicas? Quais? 
Sim 48% 
Não 52% 
Musculação 17% 
Caminhada ou corrida 13% 
Ciclismo 9% 
Outros 9% 
Qual seu objetivo com a 
pratica do TF? 
Emagrecimento 39% 
Cond. Físico 17% 
Resistencia 10% 
Saúde e bem estar 29% 
Fortalecimento muscular 5% 
O que levou você a praticar 
o TF? 
Excesso de peso 31% 
A busca por saúde e 
qualidade de vida 
19% 
Sair do sedentarismo 31% 
Dinâmica de treino 19% 
Você recebe algum incentivo 
para á pratica de atividades 
físicas? 
Sim 89% 
Não 11% 
Familiares 42% 
Amigos 41% 
Outros6% 
Quais benefícios o TF trouxe 
pra você? 
Autoestima 7% 
Qualidade de vida 33% 
Perda de peso 23% 
Resistência 20% 
Saúde e bem estar 17% 
Fonte: SANTOS (2015) 
 
Discussões dos resultados 
Para a análise do perfil dos praticantes do TF, verificou-se o gênero, a faixa etária, o nível de escolaridade, 
o estilo comportamental e profissional para atividades físicas e ainda os objetivos em relação a prática do 
Treinamento Funcional na modalidade circuito na areia. Sendo assim, observou-se que o gênero feminino 
tem predominância sobre o masculino, isso porque desde o final do século XIX a pratica de exercícios 
físicos pelas mulheres obteve maior êxito, pois as formas feminis passaram a ser respeitadas. É o que 
afirma Goellner (2009, p. 273): 
Nada mais pertinente do que indicar a exercitação física, dado que sua prática poderia possibilitar o 
desenvolvimento orgânico e social das mulheres, tornando-as mais fortes, saudáveis e aptas para os 
desafios de uma sociedade que se modernizava a passos rápidos e empolgantes. 
Segundo Costa et al. (2003), “a inserção da prática de exercícios físicos entre as mulheres está associada à 
manutenção da saúde e valorização dos cuidados com a imagem corporal”. Diante de uma pesquisa feita 
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pelo site Exame.com (2015) em relação ao perfil de quem faz esportes no Brasil e o do sedentário, “os 
homens (35,9%) declararam praticar mais esportes, enquanto as mulheres (34%) preferem as atividades 
físicas”. Em relação a idade media dos praticantes, pode-se observar que a maioria são pessoas adultas, 
seguido por jovens e adolescentes. Sobre o nível de escolaridade dos praticantes do treinamento funcional 
modalidade circuito na areia, fica evidente que são pessoas instruídas, que tem ou já tiveram acesso ao 
ensino superior. 
 
Quando perguntados sobre a rotina de trabalho, notou-se entre os praticantes que como boa parte deles, 
passa a maior parte do tempo sentado durante horas de expediente. Contribuindo assim para problemas 
ergonômicos e estresse, podendo levar a indisposição para a pratica de atividade física devido a rotina de 
trabalho diário, facilitando o sedentarismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 
 
Uma pessoa é considerada ativa quando pratica alguma atividade física pelo menos três vezes por semana, 
em seu tempo livre, com duração mínima de 30 minutos. O sedentário é aquele que não faz nenhum tipo 
de atividade física ou esporte. 
 
Pitanga (2004) afirma, que “o IMC pode diagnosticar desnutrição energética crônica, gozando este método 
de grande popularidade na área de saúde”. Quanto ao IMC dos praticantes, verificamos em loco que boa 
parte dos entrevistados está acima do peso, podendo ser justificado como um dos motivos pela procura do 
treinamento funcional modalidade circuito na areia. Através da pesquisa, verificou-se também que o grupo 
estudado, em sua maioria pratica mais de um tipo de atividade física. 
Segundo os praticantes do treino funcional na modalidade circuito na areia, o que levou a essa prática foi 
principalmente a busca pela melhoria da qualidade de vida, do peso ideal e consequentemente o aumento 
da auto-estima, além da dinâmica do treinamento que proporciona bem-estar. Para o (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2007). 
 
A prática de atividade física está presente na vida da maior parte das pessoas, sejam elas mais, ou menos 
ativas. Pela procura de melhorar sua saúde física e mental. Muitas pesquisas são destinadas a identificar os 
inúmeros benefícios que a atividade física pode proporcionar. As oportunidades para indivíduos adultos 
serem fisicamente ativos podem ser classificadas em quatro domínios: no lazer, no trabalho, no 
deslocamento para o trabalho e nos afazeres domésticos. 
 
De acordo com os participantes da pratica do treino funcional na modalidade circuito na areia, a busca pela 
pratica da atividade, partiu principalmente pela conservação da saúde e os incentivos relacionado à 
vontade pessoal em praticar a atividade integrada ao desejo do bem-estar físico e mental, ou seja, o 
incentivo próprio se sobressaiu em relação ao apoio de amigos e familiares. Para Balbinotti & Capozzoli 
(2008), “descrevem que para os indivíduos de 21 a 40 anos, os motivos mais importantes para a prática de 
atividade física foram saúde, prazer, controle do estresse e estética”. 
Todos de alguma forma se sentem satisfeito pelos benefícios que o treino tem proporcionado no decorrer 
da prática do TF. Principalmente quando se referem ao rendimento físico, melhora na disposição para 
realização das atividades do dia-a-dia, além da perda do peso, ganho de resistência e a convivência social. 
Esses são um dos muitos benefícios encontrados na pesquisa através da pratica do treino funcional na 
modalidade circuito na areia. “Ele tira a pessoa dos movimentos mecânicos e eixos definidos ou isolados, como 
acontece na musculação. Por isso, virou uma alternativa para quem estava cansado dos exercícios mais 
tradicionais na academia.” (Gomes; Christ, 2014). 
Para finalizar a pesquisa estabeleceu-se a analise dos dados coletados através de ferramentas 
computacionais, para efetuar a interpretação das informações colhidas nas fases anteriores e para 
apresentação dos resultados deste estudo. 
 
http://www.exame.com.br/topicos/oms
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CONCLUSÃO 
 
Nesta pesquisa, conclui-se que o perfil dos praticantes de Treinamento Funcional na modalidade circuito 
na areia, é bem diversificado. Que a maioria dos praticantes são do sexo feminino, com idade media entre 
20 a 40 anos, que estão acima do peso e que buscam através do treino obter um resultado mais eficaz e 
mais rápido comparado a outros treinos convencionais. Boa parte dos investigados teve incentivo próprio, 
seguido do apoio de amigos e familiares. Foi notória a insatisfação dos mesmos com suas “formas físicas”, 
sendo esse um dos principais motivos pela procura de um treino que lhe proporcionasse mais efetividade 
nos resultados. Vale ressaltar que o treinamento funcional em si, veio com essa proposta de fazer a 
diferença na vida de qualquer pessoa que almeje uma melhora no seu estilo vida. Proporcionando através 
do seu dinamismo de treinamento, maior comodidade, bem-estar e qualidade de vida aos praticantes e 
consequentemente mais adeptos para essa modalidade. 
Portanto, de acordo com este estudo, o perfil dos praticantes do Treinamento Funcional na modalidade 
circuito funcional na areia atende todos os tipos de público, principalmente o feminino, de pessoas com 
instrução acadêmica superior, que reconhecem que a pratica de atividades físicas é essencial em todas as 
fases da vida, e que a procura por saúde, bem estar e qualidade de vida sempre estarão em evidência. Pois 
os treinos proporcionaram um diferencial significativo na vida dos investigados nesta pesquisa, 
principalmente quando se diz respeito à perda de peso, resistência, tônus muscular, condicionamento 
físico, saúde e bem-estar. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ATALA, Marcio – Sua vida em movimento/Marcio Atalla. – 1º ed. São Paulo: Paralela, 2012. 
BALBINOTTI, M.A.A. & CAPOZZOLI, C.J, Motivação à prática regular de atividade física: um estudo 
exploratório com praticantes em academias de ginástica. Revista Brasileira de Educação Física e 
Esporte, São Paulo, v.22, n.1, p.63-80, jan./mar. 2008. 
BOSSI, Luiz Claudio – Treinamento Funcional para Mulheres – Edição (2014) 
CAMPOS, Maurício de Arruda; CORAUCCI NETO, Bruno. - Treinamento Funcional Resistido. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2004. 
COSTA, R. S.; et al. Gênero e pratica de atividade física de lazer. Caderno de Saúde Pública. V, 19. N, 2. Pag, 
325 – 333. Rio de Janeiro, 2003 
GOELLNER, S. V. Imagens da mulher no esporte. In: PRIORE, M. D.; MELO, V. A. (orgs). História do esporte 
no Brasil:do império aos dias atuais. São Paulo: Editora Unesp, 2009. 568 p. 
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/o-perfil-de-quem-faz-esportes-no-brasil-e-o-do-sedentario 
Htttp://globo.com/euatleta 
JUREMA, Jefferson; QUEIRÓZ, Walace. – Metodologia Científica – Manaus, Valer, 2008. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito 
telefônico– 2007. Disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/vigitel2007_final_web.pdf 
Acessado em 21 de abril de 2016. 
PITANGA, Francisco J. G.. Teste e medidas de educação Física. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2004. 
gil_lopiz@hotmail.com 
rua: sete de setembro – 1593 / Palmares – Parintins-AM/Brasil - CEP. 69153040 
 
 
 
 
http://www.globo.com/euatleta
mailto:gil_lopiz@hotmail.com
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ANEXO 
Questionário 
 
1. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino 
2. Idade: _____ anos 
3. Nível de Escolaridade:___________________ 
4. Na sua Profissão, você passa maior parte do tempo...? 
( ) sentado ( ) em pé ( ) medial 
5. Peso: ________ Altura: __________ IMC: __________ 
6. Pratica outros tipos de atividades físicas? _______ Quais? 
( ) musculação ( ) caminhada ou corrida ( ) ciclismo ( ) outros 
7. Qual seu objetivo com a pratica do Treinamento Funcional? 
( ) emagrecimento ( ) cond. físico ( ) resistência ( ) saúde e bem estar ( ) fortalecimento muscular 
8. O que levou você a praticar o Treinamento Funcional: 
( ) excesso de peso ( ) sair do sedentarismo ( ) dinâmica do treinamento ( ) a busca por saúde e 
qualidade de vida 
9. Você recebeu algum tipo de incentivo? ______ 
( ) familiares ( ) amigos ( ) outros 
10. Em sua opinião quais os benefícios o TF trouxe para sua saúde? 
( ) autoestima ( ) qualidade de vida ( ) perda de peso ( ) resistência ( ) saúde e bem estar. 
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O TREINAMENTO FUNCIONAL APLICADO NA MUSCULAÇÃO CONVENCIONAL 
 
Allan da Costa e Silva Barbosa 
Alexander Freire Teles 
Hugo Ronnan Luna Esteves 
ENAF/ DESENVOLVIMENTO SERVIÇOS EDUCACIONAIS 
Allanbarbosa.personal@outlook.com 
Profª Orientadora MSc. Ida de Fátima de Castro Amorim Mourão 1 
 
RESUMO 
O presente trabalho tem o propósito de explicar a importância de treinamento funcional/musculação e 
analisar se o treinamento funcional pode ter uma aplicação eficaz para o praticante de musculação, e de 
que forma os dois podem estar associando um ao outro, já que os dois métodos de treinamento traz 
benefícios à saúde. A combinação de treinamento funcional e musculação para muitas pessoas é uma boa 
saída, mas ainda é um assunto bastante discutido no mundo fitness, e surgem muitas pergunta, como: qual 
traz mais resultados? Qual é o melhor? Qual gasta mais calorias? Esses são alguns questionamentos e 
dúvidas que mais ouvimos nas academias. O treinamento funcional para a maioria é o mais importante, 
mas todas as pessoas também precisam trabalhar os músculos isoladamente, e a musculação faz isso de 
forma eficiente, e principalmente se for a máquinas guiadas. Logo este artigo mostrará os resultados 
obtidos através das pesquisas realizadas e orientações de profissionais especializados. Portanto, o foco 
deste trabalho é saber de que forma o treinamento funcional faz parte da musculação, Pois qualquer 
pessoa que deseja melhorar a força, resistência ou hipertrofia muscular pode praticá-la.Entenderemos o 
que é treinamento funcional, e se pode ter uma aplicação prática e eficaz para o praticante de 
musculação.Todos nos passamos por dificuldades em nossas vidas e na musculação não é diferente! Saiba 
também como melhorar seu desempenho no treino. É importante ressaltar que para cada objetivo há um 
tipo de treinamento especifico. 
Palavras chaves: saúde; treinamento funcional; musculação. 
ABSTRACT 
This work has the purpose to explain the importance of functional training / bodybuilding and analyze the 
functional training can be an effective application to the bodybuilding practitioner, and how the two can 
be associating each other, since both methods training brings health benefits. The combination of 
functional training and weight for many people is a good solution, but it is still a subject much discussed in 
the fitness world, and many questions arise, such as: what brings more results? Which one is the best? 
Which spends more calories? These are some questions and doubts that we hear the academies. 
Functional training for the majority is the most important, but all the people also need to work muscles in 
isolation, and weight does this efficiently, especially if it is guided machines. So this article will show the 
results obtained from the research conducted and specialized professional guidelines. Therefore, the focus 
of this work is to know how functional training is part of bodybuilding, for anyone who wants to improve 
strength, endurance or muscle hypertrophy can practice it. We understand what functional training is, and 
you can have a practical and effective application to the bodybuilding practitioner. All go in for difficulties 
in our lives and in the weight is no different! Also learn how to improve their performance in training. Note 
that for each objective there is a specific type of training. 
Key words: health; functional training; bodybuilding 
 
1-Introdução 
A importância da atividade física foi motivo de vários estudos, pois esses estudos provam vários benefícios 
que a atividade física traz para o ser humano, como: aumenta o metabolismo, melhora a irrigação 
sanguínea, diabetes, obesidade, aumento da oxigenação, diminuição de batimentos cardíacos e 
mailto:Allanbarbosa.personal@outlook.com
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hipertensão arterial, sobretudo modela o corpo. O objetivo desse trabalho é analisar se o treinamento 
funcional pode ter uma aplicação eficaz para o praticante de musculação? O entendimento do termo 
treinamento é, sem dúvida muito amplo, e aplicado em diversas áreas cientificas e profissionais. Por isso, 
apenas buscaremos entender se o treinamento funcional e a musculação podem ser explorados juntos. E 
esclareceremos também, qualquer que seja a sua escolha, que tanto a musculação quanto o treinamento 
funcional irão melhorar a sua qualidade de vida. Embora, os dois modelos de atividade física apresentado 
nesse artigo faça bem a sua saúde, você precisa primeiramente procurar um medico para fazer os exames 
necessários antes de iniciar qualquer treinamento.Por conseguinte, não nos aprofundaremos a respeito do 
assunto, apenas analisaremos de que forma o treinamento funcional está aplicado na musculação, quais 
são seus benefícios e como melhorar o desempenho no treino com peso. Para melhor desenvolvimento do 
artigo usamos os livros: treinamento funcional na musculação de (Bossi, 2011), apostila da confederação 
brasileira de esporte e lazer (2013),entre outros. 
 
2-Revisão de Literatura 
 2.1O Treinamento Funcional aplicado na musculação 
 A palavra “treinamento” refere-se à aquisição de conhecimentos, competência de habilidades. Esse termo 
é muito amplo, porque está empregado em diversas áreas cientificas e profissionais.Já o “Funcional” é 
aquilo que possui eficiência, utilidade e praticidade.Unindo esses conceitos temos; “O treinamento 
funcional trabalha o corpo como um todo e não somente grupos musculares isolados, ou seja, trabalha o 
corpo de forma integrada e diversas capacidades, como força, equilíbrio, agilidade e resistência”. 
Segundo alguns autores (Bossi, Coutinho, 2011), o termo treinamento funcional surgiu na segunda guerra 
Mundial, com a reabilitação de lesões dos soldados, e também com os atletas olímpicos nos anos 50. NoBrasil, o treinamento funcional teve sua origem com os profissionais de fisioterapias na reabilitação de 
pacientes, no qual utilizavam exercícios que imitavam o que seus pacientes faziam em suas tarefas diárias 
ou em seu trabalho.Portanto, de acordo com (Campos, 2004). o desenvolvimento de treinamento 
funcional está inteiramente ligada a capacidade funcional dos indivíduos. Essa capacidade pode ser 
entendida como uma grande realização de tarefas diárias como; andar, correr, pular, levantar algo ou 
agachar sem ajuda de outra pessoa. Seguindo a mesma linha de pensamento (Campos, 2004) afirma que 
para executar os exercícios com precisão é necessário que a pessoa se movimente de maneira eficiente 
conta a ação da gravidade, ou seja, ela deve possuir amplitude de movimentos, mobilidade articular, força 
e resistência muscular bem como a habilidade de coordenar os movimentos.Segundo, os autores Monteiro 
e Evangelista (2010). O treinamento funcional se refere ao um treinamento que visa trabalhar os diversos 
grupos musculares ao mesmo tempo. Já a musculação, também chamada de hipertrofia muscular ou 
treinamento de força é entendida como ganho de massa, ou seja, aumento da massa muscular, pois estes 
são trabalhados os músculos isoladamente, que é proporcionado através de um treinamento. Vejamos, 
segundo Lambert, a musculação leva ao aperfeiçoamento de força, que é uma das valências físicas que 
possuímos. Há outras capacidades físicas envolvidas, mas o foco aqui é a força. Logo, a força muscular 
exerce um papel importante para a capacidade funcional, por ser um componente da aptidão física 
relacionada à saúde, além disso, é importantíssimo para o desempenho físico em inúmeras atividades 
cotidiana ou esportista. Então, podemos perceber que os dois modelos de treinamento andam juntos, 
treinamento funcional e musculação estão ligados as suas ações motoras, mas em situações totalmente 
diferentes entre peso corporal e máquinas, aumento de volume. Segundo Bossi, (2011) o treinamento 
funcional aplicado na musculação traz um método de estímulos musculares para atingir um corpo com 
desenho muscular mais atlético, por meio de deslocamentos e movimentos que buscam ser mais próximos 
dos vividos diariamente. 
De acordo com o professor Sendon, sendo assim, as vantagens que o treinamento funcional apresenta, vão 
além dos fatores unicamente trabalhados na musculação. Mas, espere! Não estou dizendo que a 
musculação seja um esporte incompleto, muito pelo contrario, sessões de musculação bem feitas são 
extremamente completas e valem para todos os músculos. Entretanto, se, podemos aperfeiçoar alguns 
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deste que não são o enfoque principal da musculação, então, ainda obteremos mais resultados e 
conseqüentemente um melhor desempenho da musculação em si, seja em quesitos de força, estabilidade, 
equilíbrio, melhora na respiração, melhora na coordenação motora, melhora da postura dentro e fora do 
exercício, formas de execução e também consciência corporal. Vale ressaltar que os programas de 
treinamento para hipertrofia muscular exigem variação de estímulos, e os exercícios funcionais podem 
essa variação. Portanto, pensando na saúde como em um toda, a inclusão de alguns exercícios funcionais 
nos programas de musculação pode ser uma estratégia interessante do ponto de vista fisiológico e 
motivacional. (Teixeira, 2009). 
 
2.2Musculação e treinamento funcional caminham juntos 
Atualmente, a musculação, ou a musculatura tem um papel muito importantenos sistemas de treinamento 
do esportista. Qualquer que seja sua especialidade consagra uma parte mais ou menos importante de seu 
tempo de trabalho a musculação. Aliás, os modelos corporais do homem e da mulher são representados 
por indivíduos com uma musculatura de forte. O interesse pela musculação foi, portanto, fortemente 
reforçado na população. No entanto, o desenvolvimento das qualidades e do volume dos músculos exige 
um conhecimento anatômico e fisiológico. (Raymond Thomas, ex- recordista e campeão francês de 
atletismo e levantamento de peso, professor na Universidade de Paris x). 
 
Musculação é o conjunto de processos e meios que levam ao aumento e aperfeiçoamento de força 
muscular, associada ou não a outra qualidade física. Lambert (1987). A força nunca aparece, nos outros 
esportes, de uma forma clara e concisa, mas como uma combinação ou mistura de fatores fiscos de 
condicionamento do desempenho. De acordo com a preparadora física Mariana Nascimento, retifica que, 
na musculação o objetivo é ganho de força e no treinamento funcional a flexibilidade, velocidade, 
resistência e todas as capacidades físicas que possuímos. É fundamental ressaltar que tanto o treinamento 
funcional quanto a musculação vão melhorar a qualidade de vida do praticante. Logo, os dois tipos de 
treinamento podem caminhar juntos, para algumas pessoas o funcional é mais estimulante, mas a 
musculação também precisa ser trabalhada, pois é necessário trabalhar os músculos de maneira especifica 
e isolada. Ela esclarece que não há treino melhor que o outro, pode se dizer equivalentes, cada um com 
seu propósito, e tanto um quanto o outro vai auxiliar no desenvolvimento corporal dos praticantes.Para 
entendermos melhor, a forma que o treinamento funcional pode ter uma aplicação prática e eficaz na 
musculação; vejamos um exemplo: um banco de supino reto com um par de halteres de 40 kg em cada 
mão. Você deita no banco e executa 8 movimentos em boa forma se grandes dificuldades, agora 
imaginemos a mesma situação, mas invés de você estar deitado em um banco plano de supino, você 
encontra-se em um banco com angulação de 45°, ou o que chamamos de supino inclinado e com a mesma 
carga. O movimento é facilitado ou dificultado? Pela biomecânica do exercício e pelo grau de isolamento 
no peitoral, ele será dificultado. Logo, você realizará menos repetições, ou realizará repetições 
parcialmente completas ou terá de diminuir o peso. Em outra situação: você, ao invés de realizar o supino 
em um banco, seja ele reto ou inclinado, onde você pode ter todo um apoio e suporte, focando no 
músculo especifica alvo( apesar de simultaneamente estar trabalhando diversos outros músculos 
auxiliares e sinérgicos também), você está em uma bola daquelas de pilattes que toda academia tem. Será 
que você se quer conseguiria realizar o movimento com esta carga? 
 Particularmente duvido! Mas, por que isso ocorre? Simplesmente porque causamos uma desestabilidade 
no corpo, forçando-o a trabalhar e ativar outros grupamentos musculares, além, claro do grupamento alvo 
principal. Isso faz com que mais energia seja desprendida para o controle, equilíbrio e força, faz com que 
você fique menos relaxado e então, através dessa desestabilidade é que começamos a obter certa 
estabilidade. Isso fará com que posteriormente isso possa ter algum tipo de aplicação no treino básico com 
pesos. O corpo necessita de uma boa oxigenação nos tecidos para continuar com máxima eficiência no 
exercício físico. O treinamento funcional pode muitas vezes auxiliar nesse processo, favorecendo um pouco 
as condições cardiovasculares do atleta no treino clássico. A aplicabilidade do mesmo também pode 
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envolver a readaptação e/ou a recuperação de indivíduos e atletas que se encontram em estado de lesão. 
Muitas vezes, esses atletas são impedidos de realizar determinado movimento ou até mesmo podem 
realizá-lo, mas sem gerar lá grande sobrecarga. ( Sendon, 2013.) 
 
 
 
2.3Dicas para melhorar o desempenho notreino de musculação. 
 Todos nos passamos por dificuldades em nossas vidas e na musculação não é diferente. Vejamos como 
podemos fazer paramelhorar seu desempenho durante os treinamentos com pesos. (Sendo, 2013) 
professor na confederação brasileirade esporte e lazer. Inúmeros aspectos podem interferir um 
treinamento, mas tomando os devidos cuidados e levando em consideração a individualidade biológica, os 
problemas podem ser driblados, continuando a obter bons resultados no processo de ganho de massa ou 
perda de gorduras. 
Dieta: A dieta é fator primordial para um bom desempenho dentro da academia. Sem uma dieta 
equilibrada que forneça quantidades interessantes, é difícil ou impossível não ficar indisposto, ter queda 
de rendimento. 
Descanso adequado: O descanso é tão importante quanto o treinamento propriamente dito. Sem um 
descanso adequado, fica difícil ter não só a recuperação muscular quanto à síntese das mio fibrilas 
musculares, quanto à síntese de glicogênio e até mesmo recuperação de articulações, tendões e outros. 
Muitos costumam treinar o mesmo músculo duas, até três vezes em uma semana, isso não é 
recomendado. Temos que ter cuidado também com a periodização e não treinarmos com a mente 
cansada, pois às vezes subestimamos o poder da mente e a capacidade que a mesma tem de interferir em 
estados físicos, por isso, evite treinar aparentemente cansado. 
 
2.4 Os benefícios de se treinar musculação. 
Segundo o professor ( Marcelo Sendon,2013) veremos os principais benefícios que a musculação traz para 
a saúde. A musculação é uma atividade física que trabalha dando ação aos músculos. Como já sabemos, os 
músculos são órgãos capazes de “expandir” e “encolher”, sendo responsáveis pelo movimento do corpo 
humano. Dessa forma, os músculos transmitem os seus movimentos aos ossos, formando o sistema do 
aparelho locomotor. Portanto, a musculação geralmente utiliza pesos nos treinos. Embora não seja 
considerado um esporte, a musculação é um importante instrumento para a manutenção da saúde e do 
condicionamento físico do praticante, seja ele atleta ou não. 
 
Os principais benefícios da musculação são: 
Aumento da massa muscular; 
Reduz a gordura corporal; 
Mantém a pele esticada em caso de emagrecimento e envelhecimento; 
Aumenta a densidade óssea; 
Alivia os sintomas da artrite. 
Previne dores nas costas e melhora a postura; 
Eleva a taxa metabólica; 
Melhora a circulação e pode diminuir a pressão arterial. 
 
Objetivos 
Os objetivos deste estudo são: 
Conceituar o treinamento funcional e a musculação. 
Analisar se o treinamento funcional pode ter uma aplicação eficaz para o praticante de musculação e de 
que formas. 
Explicar como você pode melhorar seu desempenho no treino de musculação. 
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Mostrar os benefícios de se treinar musculação. 
 
Materiais e métodos 
Amostra 
O presente estudo visa analisar se o treinamento funcional pode estar aplicado na execução dos exercícios 
de musculação, quais são as dicas para se melhorar no treinamento com peso e os benefícios que a 
musculação traz para a saúde, é claro, este estudo foi realizado com base em conhecimentos científicos e 
orientação de professores e profissionais da área. 
Materiais utilizados 
Para melhor desenvolvimento da pesquisa foram utilizados e selecionados: livros, apostilas, opiniões de 
especialista e autores a respeito do assunto. 
Instrumentos empregados 
A técnica utilizada neste artigo é a pesquisa bibliográfica, que abrange toda a bibliográfica já tornada 
publica em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas e pesquisas de opiniões de professores, 
treinadores, e educadores físicos. 
Procedimentos realizados 
O presente artigo foi realizado em base de dados científica, apostilas atualizada se orientação de 
profissionais especializados como: Guia de treinamento da confederação brasileira de esporte e lazer, 
treinamento funcional na musculação de Bossi, entre outros. 
Tratamento estatístico 
A hipótese estatística é um procedimento no qual, nos permite decidir, com base em informações obtidas 
na pesquisa experimental. Porém, o estudo apresentado neste trabalho se caracteriza como pesquisa 
bibliográfica. 
 
 
Resultados 
Conforme a pesquisa realizada, obtivemos um resultado positivo com relação à aplicabilidade do 
treinamento funcional na musculação, com base é claro em estudo científicos já citados acima. Acredita-se 
que não existe treino melhor que o outro, mas cada um com seu propósito. Constatou-se que o 
treinamento funcional pode auxiliar no processo de treino na musculação, favorecendo um pouco as 
condições cardiovasculares do atleta no treino, esta aplicabilidade também acontece na readaptação e/ou 
recuperação de indivíduos que se encontram em estado de lesão. 
 
Discussão 
O objetivo deste artigo é discutir a relevância do treinamento funcional nos programas de treinamento de 
força, de acordo com os conceitos descritos e os resultados obtidos através das pesquisas realizadas, 
podemos afirmar que tanto o treinamento funcional quanto a musculação podem ser exploradas juntas, 
no entanto o treinamento funcional inserido na musculação traz um método de estímulos musculares 
especifico já o funcional trabalha o corpo todo. Observou-se nesse estudo com base na revisão literária 
que o treinamento funcional pode ter sim, uma aplicação eficiente no treino de musculação e os benefícios 
que a mesma traz para a saúde. Embora, muitas pessoas prefiram o funcional por acharem ser mais 
estimulante e motivante, mas a musculação precisa também ser praticada, porque são necessários que se 
trabalhem alguns músculos de maneira especifica. Lembramos que a musculação é muito eficiente para 
hipertrofia, que não é o objetivo do funcional. 
 
Considerações finais 
Perante as informações obtidas na pesquisa podemos concluir que o treinamento funcional e a 
musculação possuem benefícios e podem ser exploradas juntas, foram citados,educadores físicos e autores 
adeptos a respeito do assunto com o objetivo de esclarecer as dúvidas, e inclusive recomendam a prática 
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dos dois métodos em paralelo, para garantir condicionamento físico, força, potência e definição muscular. 
Portanto, os principais objetivos analisados foram: De que forma o funcional está inserido na musculação, 
quais são seus benefícios e como melhorar o desempenho no treinamento de peso. 
 
Referências bibliográficas 
BOSSI LC. Treinamento funcional na musculação:São Paulo: Phorte 2011. 
CAMPOS, Mauricio de Arruda; CORAUCCI Neto, Bruno. Treinamento funcional resistido. Rio de Janeiro: 
Revinter, 2004. 
MONTEIRO AG, EVANGELISTAAL. Treinamento funcional: uma abordagem prática. São Paulo: Phorte,2010. 
NASCIMENTO, Mariana. Preparadora física. Artigo relacionado Movimente-se. Rio de Janeiro, 2014. 
RAYMOND Thomas, ex- recordista e campeão francês de atletismo e levantamento de peso, professor na 
universidade de Paris x. 
SENDON, Marcelo. Orientador físico. Apostila, Guia de treinamento super completo, da confederação 
brasileira de esporte e lazer, 2013. 
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LEI DE INCENTIVO COMO INSTRUMENTO DE ACESSO DEMOCRÁTICO AO 
ESPORTE 
 
SANTOS, E.L.5PINHEIRO, I.V.Q.6MELO,E.L.7 
RESUMO 
Em diversos países, a estrutura organizacional voltada ao desenvolvimento das modalidades esportivas é 
definida por programas de esporte desenvolvidos nacionalmente. Este trabalho tem como objetivo analisar 
as regiões que mais captaram recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte ecomparar as modalidades 
esportivas mais contempladas pela lei. Foi analisada, em especial, a Lei de Incentivo ao Esporte e as ações 
de órgãos governamentais e/ou entidades nacionais do esporte de alto nível. Verificou-se que o país possui 
ações isoladas oriundas do COB e do Ministério do Esporte,que não existe priorização na aplicação dos 
recursos financeiros nas modalidades com chances reais de medalhas e a existência de ações do COBem 
relação à formação de gestores e técnicos e que a participação da representação de atletas nas entidades 
nacionais de esporte ainda é bastante restrita e recente. 
 
Palavras-chave: Organização esportiva; Políticas esportivas; Esporte de 
rendimento. 
ABSTRACT 
In several countries, the organizational structure dedicated to the development of sports is defined by 
sports programs developed nationally. This work aims to analyze the regions that raise funds by law to 
encourage the sport; compare the sports most contemplated by the law. Was examined in particular the 
law of incentive to sports and the actions of government bodies and / or national high-level sports entities. 
It was found that: the country has isolated actions from the COB and the Ministry of Sports; there is no 
prioritization in the use of financial resources in the forms with real chances of medals; there COB's actions 
in relation to the training of managers and technicians, and the participation of representative athletes in 
the sport of national authorities is still very limited and recent. 
keywords: Sport organization; Sport policy; Elite Sport. 
 
INTRODUÇÃO 
O que levou o aluno pesquisador a investigar o tema e montar talproblematizaçãodeveu-se a pesquisas de 
interesses particulares, cujo objetivo consistiu em mostrar que a Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) não é tão 
democrática comoo que descreve a Constituição brasileira.Desta forma, podemos perguntar de que modo 
estão distribuídos os recursos destinados aos projetos desportivos através da mesma no Brasil. 
Este trabalho tem, portanto, como objetivo analisar as regiões que mais captaram recursos através da 
lei,comparar as modalidades esportivas mais contempladas pela lei eidentificar o número de projetos 
aprovados no tocante às manifestações desportivas. 
A referida pergunta caracteriza-se como uma adequada justificativa para a elaboração do presente 
trabalho de pesquisa.Além disso,serão expostos alguns fatoresde grande relevância, os quais apresentam 
um conhecimentoreal tanto para o aluno pesquisador como para a pesquisa em si, podendo, com isso, 
serem utilizados como fonte de pesquisa em trabalhos posteriores que estejam relacionados a uma mesma 
linha de investigação.Assim,um dosobjetivos do pesquisador consiste emrealizar uma análise acerca das 
regiões do Brasil onde secaptam maiores recursos, em desfavor das outras. 
 
5
Graduado em Educação Física, UVA. Sobral, CE emersonlucas.edfisica@hotmail.com 
6
Graduada em Educação Física, UNIFOR, Fortaleza, CE 
 
7
 Orientador. Mestre em Políticas Públicas UECE. Fortaleza - CE 
mailto:emersonlucas.edfisica@hotmail.com
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Investigar-se-áse a lei possui de fato um viés democratizante e quais ostipos de lacunas que se encontram 
abertas,de modo afavoreceralguns em detrimentode outros, uma vez que para o direito social o Estado 
possui como dever fomentar as práticas desportivas caracterizadas como formais e não formais, bem como 
conceder autonomia, cuja definição consistena faculdade de as pessoas físicas e jurídicas se organizarem 
por si mesmas com relação à prática desportiva;a qualidade, assegurada pela valorização dos resultados 
desportivos, educativos e dos que estão voltados à cidadania e ao desenvolvimento físico e moral; a 
descentralização, consubstanciada na organização e no funcionamento harmônico de sistemas desportivos 
diferenciados e autônomos a níveis federal, estadual, distrital e municipal; a eficiência, obtida por meio do 
estímulo à competência desportiva e administrativa (BRASIL, 1998). 
A partir disso,serão apontadas as diversas ações dos governos federais desenvolvidas no sentido de 
destinar recursos para o esporte nas três manifestações. No que se refere ao desporto de rendimento, os 
patrocínios oriundos da iniciativa privada e de empresas estatais têm tido papel relevante para o 
desenvolvimento das diferentes modalidades,destacando-se aqui o esporte olímpico.Vale lembrar, 
portanto, que a Lei nº 10.264 (BRASIL, 2001) destina recursos oriundos da loteria esportiva para os 
comitêsolímpico e paraolímpico, contemplando também o esporte escolar e o universitário.É necessário 
pontuar também que o Ministério do Esporte destina recursos para que os municípios desenvolvam 
programas voltados para oesporte e lazer, também conhecido como desporto de participação.Oesporte 
educacional, por sua vez, tem sido fomentado com programas específicos através de recursos federais. 
 
2 LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE: CONTEXTO HISTÓRICO 
 
Segundo Rezende, o esporte no Brasil passou a ter um viés organizado e institucionalizado a partir de 
1939, por meio do Decreto-Lei nº 3199, que criou o Conselho Nacional de Desportos (CND), ligado ao 
Ministério da Educação, cujas atribuições eram de orientar, fiscalizar e incentivar a prática no país. Durante 
a Ditadura Militar, sancionou-se a lei 6.251, em substituição ao Decreto-Lei nº 3.199/41, a qual delegou ao 
Ministério da Educação e Cultura a elaboração do Plano Nacional de Educação Física e Esporte, definindo 
como quatro as manifestações esportivas, a saber: educacional, classista, militar e comunitária, cujo intuito 
era o de aumentar o nível esportivo nas diferentes manifestações. 
Conforme a Constituição Federal de 1988, o esporte passou a ser considerado um direito de todo cidadão 
e ao Estado coube o papel de estimulá-lo. Em 1998, a Lei nº 9.615 dividiu em três as manifestações 
esportivas: desporto educacional, desporto de participação ou de lazer e desporto de rendimento. O então 
presidente Lula sancionou a Lei nº 11.438 de 29 de dezembro de 2006, regulamentada através do Decreto 
nº 6.180, denominada Lei de Incentivo ao Esporte (LIE 2013). 
Com o surgimento da LIE8, abriu-se uma grande oportunidade para o fomento de projetos desportivos no 
âmbito do esporte educacional, de participação e de rendimento, embora seja dever do Estado garantir 
constitucionalmente o direito à sua prática. A lei garante que entidades sem fins lucrativos, como 
associações, Organizações Não Governamentais (ONGs) e institutos executem projetos nas mais variadas 
modalidades esportivas. (BRASIL, 2007) 
O Decreto nº 6180 de 03 de agosto de 2007, em seu art.3º, considera: 
 
 
 
8
A Lei Federal de Incentivo ao Esporte (lei 11.438/06, regulamentada pelo Decreto nº 6.180/07), efetivo instrumento 
de financiamento esportivo, que possibilitou o acréscimo de milhões de reais ao segmento, em projetos distribuídos 
por todo o território nacional. A Lei de Incentivo ao Esporte é um importante instrumento de efetivação de direitos 
sociais, pois prevê a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda devido 
em benefício de projetos esportivos e paradesportivos elaborados por entidades do setor, estimulando, assim, uma 
participação mais efetiva de todos os entes sociais, por intermédio de ações diversas, engajados em um trabalho 
conjunto entre governo e sociedade. 
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I – projeto desportivo: o conjunto de ações organizadas e sistematizadas por entidades de natureza 
esportiva, destinado à implementação, à prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento 
do desporto, atendendo a pelo menos uma das manifestações desportivas previstas no art. 4º [...] (BRASIL, 
2007). 
 
 
Entretanto, anterior ao seu surgimento, o projeto de lei (PL) n° 1367/03 que tramitava no congresso e que 
lhe deu origem enfrentou muitos choques de ideias no que tange ao modelo a ser adotado. Encaminhou-
se, ao presidente da república, um texto substitutivo, PL nº 6999/06, responsável por dar um fim às 
dificuldades impostas ao projeto anterior. Esse encaminhamento aconteceu devido à aberturada II 
Conferência Nacional do Esporte, em maio de 2006. 
Dias afirma que diante dos questionamentos acerca do modelo a ser adotado, o que acabou prevalecendo 
foi o apresentado pelo governo, semelhante à Lei Rouanet - Lei de Incentivo à Cultura. Sua adoção gerou 
várias polêmicas, especialmente entre a classe artística, que se mobilizou contra, uma vez que desejavam 
evitar a formação de uma disputa pelos benefícios provenientes dos incentivos fiscais destinados às suas 
iniciativas. (ALMEIDA 2008) 
A referida lei prevê que pessoas físicas e jurídicas destinem uma parcela do imposto de renda devido a 
projetos desportivos elaborados por entidades que façam parte do setor, de modo a beneficiá-los, 
mediante aprovação de uma Comissão Técnica Especializada. 
De acordo com o exposto no Decreto nº 6180/07, art. 6º, compete à comissão técnica da Lei de Incentivo 
ao Esporte: a avaliação e a aprovação dos projetos apresentados ao Ministério do Esporte (ME, 2009). 
Com relação aos membros que compõem a comissão esse mesmo decreto ressalta: 
 
Art.7º A Comissão Técnica será composta por seis membros, sendo: 
I - três representantes governamentais, indicados pelo Ministro de Estado do Esporte; e. 
II - três representantes dos setores desportivo e para desportivo, indicados pelo Conselho Nacional do 
Esporte. 
§ 1o Compete ao Ministro de Estado do Esporte designar os integrantes da Comissão Técnica. 
§ 2o O presidente da Comissão Técnica será designado pelo Ministro de Estado do Esporte entre os 
representantes governamentais. 
§ 3o O presidente da Comissão Técnica terá direito, além do voto comum, ao voto de qualidade. 
§ 4o O Ministério do Esporte disponibilizará à Comissão Técnica a estrutura e o apoio necessários ao bom 
desenvolvimento dos trabalhos. 
§ 5o A participação na Comissão Técnica será considerada prestação de serviço público relevante, não 
remunerada. [...] (BRASIL, 2007) 
 
 
Por fim, é necessário ressaltar que o melhor uso da Lei de Incentivo ao Esporte remete ao seu contexto de 
utilização e à percepção de um melhor direcionamento, como também às dificuldades e possíveis 
ameaças. Está clara a noção do papel de cada um no seu processo de execução que é imprescindível. 
 
2.1LEI DE INCENTIVO: UM INSTRUMENTO DEMOCRÁTICO? 
 
Desde o ano de 2007, a LIE permite que Entidades Esportivas, Associações, ONGs e Clubes possam 
apresentar projetos desportivos em três dimensões: educacional, de participação e de rendimento, 
financiados com recursos provenientes da renúncia fiscal, ou seja, 1% do imposto de renda devido à 
pessoa jurídica e 6%, à pessoa física. Os proponentes terão que apresentar os projetos desportivos junto 
ao Ministério do Esporte, a fim de serem avaliados, aprovados e publicados no Diário Oficial da União. 
(BRASIL, 2007) 
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Nos últimos oito anos, R$ 4,2 bilhões foram concedidos através de incentivos ficais, porém foi captado 
somente R$ 1,4 bilhão neste período. Ou seja, a título de comparação, para cada 04 reais destinados, 
somente 01 real foi captado de fato. Apesar da disparidade percebida entre os valores aprovados e os 
captados, o ME considera o que se aprovou como algo positivo, visto que, desde 2007, houve um aumento 
dos valores captados, tendo em vista um aumento das entidades proponentes. 
O ME considera que a LIE é de fundamental relevância para a política pública do esporte, visto que se 
caracteriza como uma fonte de financiamentos a atletas, clubes e organizações esportivas nos últimos 12 
anos, desde que o ministério foi criado. 
De acordo comBrasil(2007), consultor legislativo do Senado Federal, a LIE apresenta falhas em decorrência 
da baixa arrecadação. O mesmo aponta que a Lei inicialmente teve sua aprovação com base na Lei de 
Incentivo à Cultura, destinando 4% de incentivos para as pessoas jurídicas ecom uma posterior redução 
para 1% por meio de uma medida provisória. 
Além disso, o especialista citado anteriormente apontou falhas apresentadas pela LIE no tocante à 
prestação de contas das entidades beneficiadas. Tais falhas estariam relacionadas à questão da 
transparência na aplicação dos recursos nos projetos. “Não há porque ocultar os projetos é preciso 
mostrar a eficácia dos mesmos expondo os resultados obtidos, e as metas alcançadas é o que se faz 
necessário, e que não são pensados pelos gestores e entidades esportivas desses projetos no Brasil”, 
explica. 
Com relação à questão da não democratização da LIE, houve uma grande concentração de recursos 
captados no seguimento do desporto de “rendimento’’, cujo objetivo maior consiste em obter grandes 
resultados nas modalidades esportivas de mais evidência no cenário do esporte brasileiro”. Destaca-se, 
nessa manifestação, o atleta de alto rendimento ou o atleta em formação. 
Segundo o Ministério (2009),os eventos denominados de alto rendimento garantem maior visibilidade às 
empresas e suas respectivas marcas, sendo, com isso, os mais procurados pela classe empresarial. Exatos 
R$ 2,9 bilhões tiveram aprovação para captação nesta manifestação desportiva, ao contrário das demais, 
como no desporto de participação (esporte como lazer) e no educacional (esporte atrelado à escola), que 
se apresentam com grande distância da referida realidade. Nota-se, diante do exposto, que, nos últimos 
anos, a formação de novos atletas de alto rendimento estimulou a prática dessas modalidades, o que é 
considerado algo positivo pelo ME, embora venha sendo constatada uma maior necessidade de estímulos 
para o desenvolvimento em sua base. 
Em contrapartida, é bastante claro que há uma grande preocupação em destinar uma maior quantidade de 
recursos aos esportes considerados de alto rendimento em detrimento de investimentos nos desportos de 
participação e educacional, visto que os mesmos conferem pouca visibilidade às empresas patrocinadoras, 
na maioria das vezes atreladas à mídia, acarretando uma discrepância nos investimentos, em virtude da 
falta de interesse em patrocinar projetos desta natureza. 
 
3MATERIAIS E MÉTODOS: 
 O presente estudo é caracterizado como descritivo e explicativo, uma vez que pretende expor as 
características do fenômeno estudado a partir da análise de informações documentais. 
As informações referentes à aplicação da Lei de Incentivo ao Esporte foram levantadas nas atas das 
reuniões da Comissão Técnica e no Diário Oficial da União (DOU). No período de 2016,estão 
disponibilizadas no site do Ministério do Esporte (BRASIL, 2009). A partir da leitura dos documentos 
realizada pelopesquisador, foram levantados dados referentes ao número de projetos encaminhados à 
Secretaria do Ministério e apreciados pela Comissão, na condição de aprovados ou rejeitados, o montante 
aprovado e o captado. 
 
4RESULTADOS: 
De acordo com dados levantados pelo Ministério do Esporte, entreos anos de 2007 e 2014, verificou-se 
que os projetos relacionados ao esporte de alto rendimento foram os que apresentaram número superior 
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frente ao de participação e educacional, com as seguintes taxas em termos percentuais: 27% para os 
educacionais; 23% para os de participação e 50% para os de alto rendimento. No gráfico a seguir, pode-se 
verificar o número de projetos apresentados nos períodos citados. 
 
Figura 1 - apresentada por manifestação desportiva 
 
Fonte: ME/SE/DIFE – SLIE – 27/03/2015 
 
Com base no gráfico apresentado, é possível constatar que no ano de 2014 houve um aumento 
significativo de projetos apresentados na manifestação de rendimento se comparado às demais nos 
períodos iniciais da LIE. Nos anos posteriores, constata-se uma pequena redução no número dos mesmos, 
porém são os que predominam. 
Com relação ao que foi captado entre os anos de 2008 a 2014, percebem-se diferenças, ou seja, os 
projetos de altorendimento foram os que mais receberam recursos por meio da referida lei. O gráfico 
abaixo ilustra essa afirmação: 
 
 
Figura 2-Captação por manifestação desportiva 
 
 
 
Fonte: ME/SE/DIFE – SLIE – 27/03/2015 
 
 
 
4.2 LEIS DE INCENTIVO E CAPTAÇÃO POR REGIÕES 
 
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Mediante os dados divulgados pelo ME, em primeiro lugar, com 82% dos valores captados, através da LIE, 
aparece a região Sudeste. Em segundo lugar, a região Sul, onde foramcaptados 11%, seguida do Centro-
Oeste e Nordeste, captando, cada uma, 3%. A região Norte, por sua vez, contou apenas com 1% do valor 
captado. 
 
 
É possível identificar claramente, conforme o exposto no gráfico a seguir, que a LIE, conforme o estatuto, 
ainda não constitui uma forma de democratização do esporte no Brasil, se tomarmos como referência 
projetos nos âmbitos educacionais e de participação. Verifica-se uma imensa concentração de captação de 
recursos, em algumas regiões, e de certas modalidades esportivas, bem como de organizações e entidades 
específicas que pouco contribuem para as demais manifestações desportivas contempladas pela lei. 
 
Figura 3 - Captada por Região no Acumulado de 2014 
 
Fonte: ME/SE/DIFE – SLIE – 20/02/2015 
 
5DISCUSSÃO: 
Segundo Rezende 2005(Lei nº 6.251/75), no período inicial da aplicação da Lei de Incentivo ao Esporte, o 
volume de projetos submetidos à análise da Comissão Técnica pode sinalizar a dificuldade inicial 
encontrada pelas organizações na elaboração e encaminhamento, ou ainda, por parte de alguns setores, o 
seu desconhecimento. 
Uma possível análisepode assegurar que os proponentes representantes da manifestação de desporto de 
rendimento tendem a apresentar uma maior receptividade no tocante às pessoas físicas e jurídicas 
dispostas a destinar parte do seu Imposto de Renda a projetos esportivos que, em princípio, contam com 
maior visibilidade na sociedade. 
Visto que só podem ser aprovados projetos que estejam submetidos à análise, o cenário exposto neste 
estudo sinaliza para um conhecimento mais efetivo da LIE por parte dos proponentes ligados ao desporto 
de alto rendimento, uma vez que é possível perceber que os mesmos submeteram grandes números de 
projetos, pleiteando, dessa forma,um montante superiordo total de verbas, ao captarem, em números 
absolutos, maiores quantidades que as outras manifestações. 
Noentanto, quando se analisa a razão entre os valores captados e os valores aprovados, os projetos de 
desporto educacional mostram a mesma efetividade na captação dos recursos, enquanto que os de 
participação (esporte e lazer) parecem ser menos efetivos. 
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Uma explicação possível reside no fato de que os projetos relacionados ao esporte e lazer já são 
contemplados com verbas do Programa Esporte e Lazer da Cidade, do Ministério do Esporte, e de que 
diversas modalidades não olímpicas não se beneficiam com verbas distribuídas pelos comitês olímpicos e 
paraolímpicos brasileiros.Lei nº 10.264 (BRASIL, 2001) 
 
CONCLUSÃO 
 
Diante da investigação realizada em torno do tema em estudo, conclui-se que a criação de um 
departamento voltado para o desporto é de suma importância, visto ser necessária a existência adequada 
e eficiente de uma fiscalização das práticas relacionadas ao mesmo, tal como: análise de projetos, 
execução, avaliação da prestação de contas, dentre outras, além de incentivos voltados para projetos 
desportivos em geral. 
A Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) surge a partir dessas preocupações e tem seu embasamento 
proveniente das considerações da Constituição de 1988 acerca do desporto, a qual afirma ser ele um 
direito de todos, ou seja, um direito universal. Vale dizer que, a partir da LIE, abriu-se um leque de 
oportunidades para a criação de projetos caracterizados como educacionais, de participação e de 
rendimento. A LIE veio assegurar, dessa forma, que o direito de acesso ao esporte, em sua prática, 
constitui dever do Estado, sem a exclusão das associações, ONGs e institutos, os quais também teriam 
direito à execução de projetos nesse sentido. 
Embora a Lei de Incentivo tenha surgido com o fim de democratizar e universalizar o acesso dos indivíduos 
à prática do esporte percebe-se uma incoerência, ou seja, um distanciamento de sua proposta com relação 
à maneira de sua execução. Tal incoerência impossibilita que a lei tenha de fato um caráter democrático. 
Essa impossibilidade de democratização pode ser percebida a partir da realidade vivenciada, apontada nos 
gráficos expostos na pesquisa, os quais denunciam que há, por exemplo, uma preocupação maior em 
investir nos projetos denominados de rendimento, em detrimento dos demais, uma vez que a visibilidade 
alcançada pelo esporte de rendimento, tanto para os atletas como para aqueles que o financiam, é 
considerada fator preponderante. Outro ponto observado está relacionado à captação dos recursos, por 
meio da referida lei, no tocante às regiões. Percebe-se que a região Sudeste, por exemplo, captou, em 
maior número, os recursos em comparação com as outras regiões do país. 
Por fim, é imprescindível que haja uma maior conscientização por parte daqueles que estão à frente de tais 
projetos, tanto no setor público como por parte das entidades desportivas e dos possíveis e futuros 
apoiadores (pessoas físicas ou jurídicas), cujo objetivo maior será o de uma efetiva execução. Deve-se 
evitar, portanto, que o viés democrático próprio da lei permaneça apenas como uma idealização, sem o 
alcance da sua consequente concretude. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: 
ALMEIDA, S., N. Reflexões sobre a nova Lei de Incentivo à Pesquisa. In: Anais... XVII Congresso Nacional do 
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ANÁLISE QUALITATIVA DA COMPARAÇÃO ENTRE OS ÂNGULOS DE CINCO 
MOVIMENTOS NO MOMENTO DA PEDALADA. 
 
GARANTIZADO, A.L 
 
 
1 - Pós-Graduação ENAF/Desenvolvimento Serviços Educacionais – Manaus - Brasil. 2 - Orientador: Msc. 
Jansen Atier Estrazulas – Uninorte Laureate Internacional Universities – Manaus- Brasil. 
personal_garantizado@hotmail.com 
 
RESUMO:O objetivo desse estudo foi de comparar o nívelde amplitude articular num ciclo de pedalada 
entre dois sujeitos, onde o primeiro é estudante de educação física e o segundo atleta de alto rendimento. 
Para a avaliação foi utilizado uma espuma de poliestireno (isopor) para a marcação dos pontos anatômicos 
do membro inferior direito (trocanter maior do fêmur, epicôndilo lateral do fêmur, maléolos lateral fíbula), 
utilizando a bicicleta de marca (moviment) para a realização do movimento da pedalada na posição sagital, 
sendo captada por uma câmera filmadora digital bidimensional da marca (SONY), A câmera foi posicionada 
perpendicularmente ao plano de movimento, a uma distância de aproximadamente 3m. Segunda parte 
utilizando o software sapo para verificar a medida dos ângulos do segmento quadril/horizontal, 
coxa/perna, em seguida com os ângulos medidos, será feito a modelos espaciais do sujeito em um 
programa comum (microsft Powerpoint).Os erros no posicionamento 
encontradospodemestarrelacionadosaotempodepráticadecada sujeito. Assim, através deste estudo 
verificou-se que a posição do ciclista 1 na bicicleta é afetada simultaneamente por um conjunto de 
variáveis biomecânicas, que pelo fato de interagirem num sistema fechado, com vários graus de liberdade, 
onde as extremidades estão fixas, qualquer mudança numa ou mais variáveis afeta as restantes duma 
forma por vezes pouco previsível. 
 
Palavras-chave: Amplitude de movimento; ciclistas; bicicletas. 
ABSTRACT: The objective of this study was to compare the level of range of motion in a pedaling cycle 
between two subjects, where the first is a student of physical education and the second high-performance 
athlete. For the evaluation we used a polystyrene foam (Styrofoam) for marking the anatomical points of 
the right lower limb (greater trochanter of the femur, femoral lateral epicondyle, lateral malleolus fibula), 
using the bicycle mark (moviment) for the realization of movement of the pedal stroke in the sagittal 
position, being captured by a camera-dimensional digital camera brand (SONY), the camera was positioned 
perpendicular to the plane of motion, at a distance of about 3m. Part sapo using the software to check the 
measurement of the angles of the hip segment / horizontal, thigh / leg, then with the measured angles, will 
be the spatial models of the subject in a joint program (microsft Powerpoint). Errors found in positioning 
may be related to practice time of each subject. Thus, through this study it was found that the cyclist 1 
position on the bike is affected simultaneously by a number of biomechanical variables, the fact interact in 
a closed system with several degrees of freedom, where the ends are fixed, any change in or more 
variables affects the other in a way 
 
Keywords: Range of motion; cyclists; bicycle. 
 
INTRODUÇÃO 
 
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A influência da postura na bicicleta no conforto, o rendimento e a prevenção de lesões no ciclismo tem 
sido temáticas estudadas na última década (Rodano et al., 2002; Salai et al.,1999; Diefenthaeler et al., 
2008; Potter et al., 2008; Bressel et al., 2005; Akuthota et al., 2005). 
A bicicleta é o veículo mais utilizado no mundo, sendo também o que mais cresce em número de 
usuários, tanto com objetivo de lazer, treinamento físico,reabilitaçãooupráticacompetitiva1.Relacionado à 
prática do ciclismo, o posicionamento ideal para maximização do conforto e do desempenho tem sido 
bastantediscutido,principalmentequandoseobservam diferentesmodalidades. 
O ciclismo tem se desenvolvido notavelmente nas últimas décadas. No âmbito esportivo, de alto 
rendimento e preocupações diversas, questões como a posição tomada pelo atleta na bicicleta, até 
acessórios como pedais, freios, assentos, pneus, entre outros, tem intrigado pesquisadores e forçados a 
buscar soluções para as perguntas acerca das respostas fisiológicas e mecânicas para as alterações na 
carga de trabalho e/ou na produção de energia, bem como dos efeitos da posição do corpo e configuração 
do quadro sobre desempenho (Gregor,2000). 
A discussão sobre modelos biomecânicos para a extremidade inferior durante o ciclismo geralmente 
enfocam o movimento rítmico das pernas, operando em alguma escala "ótima" de movimento projetado 
para produzir o máximo de benefício partindo das propriedades mecânicas dos músculos envolvidos, como 
exemplo, músculos esqueléticos nas extremidades inferiores utilizados para dar potência à bicicleta 
(Gregor, 2000). 
A técnica da pedalada do ciclista é também um aspecto biomecânico a considerar é tida como uma 
característica pessoal que depende de fatores fisiológicos e biomecânicos. Entre as variáveis mecânicas 
mais importantes estão: a antropométrica corporal; a configuração do complexo ciclista-bicicleta; e a 
cadência de pedalada. As variáveis supracitadas estão intimamente relacionadas podendo gerar influência 
entre si. Por exemplo, o comprimento dos segmentos corporais (coxa, perna e pé) e os alinhamentos 
articulares dos membros inferiores influenciam diretamente na regulação da altura do selim, bem como na 
amplitude da adução e abdução da articulação do quadril durante a pedalada (Hull; Ruby, 1996). 
Gregor (2000) reitera que ao se fazer um levantamento de pesquisas sobre a cinemática do ciclismo, nota-
se que a maioria das pesquisas considera apenas movimentos no plano sagital, de flexão e extensão do 
quadril e joelho e de flexão plantar e dorsal do tornozelo. 
Analisando a pedalada no plano sagital, Faria & Cavanagh (1978) reportaram um deslocamento angular 
total, durante um ciclo da pedalada de 45º para a coxa, 75º para o joelho. Já Rugg & Gregor (1987), 
demonstraram o efeito das alterações da altura do assento sobre a escala de movimento do quadril e do 
joelho à medida que é variada a altura de 100% para 115% da altura da cintura pélvica (a altura medida a 
partir da sínfise púbica até o solo). 
A busca por analisar a amplitude articular e comparar dois indivíduos um não treinado e um treinado para 
ver a angulação da articulação entre o ponto da flexão do quadril com a horizontal e flexão do joelho, 
proporcionar um melhor trabalho da pedalada do individuo não treinado. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
A escolha do primeiro sujeito analisado;um praticante de exercício regulares sendo que o mesmo é 
acadêmico de educação física, onde seu dados são: Sujeito 1 praticante de atividades físicas 3 vezes por 
semana durante 1 hora, idade 30 anos, altura 1,77, peso 81,0 kg; o sujeito 2 e um atleta de alto nível com 
idade ± 38 anos , altura 1,85, peso de 80 kg, também por mostra melhor nível de articulação na pedalada 
são itens importante da amostra. A análise do estudo é descritiva onde mostra dados comparativos de 
probabilística sendo que possui parte qualitativa para que haja uma comparação da amplitude articular 
dos sujeitos 1 e2. 
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Foi utilizada uma câmera filmadora da marca (SONY) para a captação do movimento; marcadores corporais 
nos pontos anatômicos; executado o movimento em uma bicicleta da marca (moviment); o programa 
utilizado para analise dos ângulos foi o software sapo; local da coleta no laboratório deBiomecânica. 
A coleta de dados com 1 sujeito não sedentário foi feito dentro do laboratório de biomecânica, o sujeito 
ficou com um roupa adequada para a coleta. Onde foi usada espuma de poliestireno (isopor) para a 
marcação dos pontosanatômicosdereferênciautilizadosparaocálculodasvariáveis cinemáticas de 
interesse foram estes: (1) trocânter maior direto; (2) epicôndilo lateral do femur direito; (3) 
maléolo lateral direito. 
A partir da diferenciação das posições dos pontos mencionados acima,foi possível determinar as 
variáveis angulares dos segmentos de interesse com ajuda de iluminação direcionada sobre os 
marcadores e refletida na direção da câmeradevídeo,somadaaosrecursosdebrilhoecontraste.Utilizando a bicicleta de marca (moviment) para a realização do movimento da pedalada na posição 
sagital, sendo captadapor uma câmera filmadora digital bidimensional da marca (SONY), A câmera foi 
posicionada perpendicularmente ao plano sagital de movimento, a uma distância de aproximadamente 
3m, permanecendo estacionaria durante todo o experimento. Segunda parte utilizando o software sapo 
para verificar a medida dos ângulos do segmento quadril/horizontal, coxa/perna, em seguida com os 
ângulos medidos, será feito a modelos espaciais do sujeito em um programa comum (microsft 
Powerpoint). 
RESULTADOS 
 
 
Foi analisado a amplitude articular do membro inferior direito. Os resultados obtidos com a análise 
qualitativa da comparação entre os ângulos de cinco movimentos no momento da pedalada: 
Tabela 1 
SUJEITO - 1 SUJEITO - 2 
Foto - 1/ Sujeito – 1 Ângulos Foto - 1/ Sujeito - 2 Ângulos 
Horizontal/quadril 9,9º Horizontal/quadril 9º 
Quadril/joelho 70,4º Quadril/joelho 62,7º 
Foto - 2/ Sujeito – 1 Foto - 2/ Sujeito - 2 
Horizontal/quadril 23,7º Horizontal/quadril 43º 
Quadril/joelho 105,4º Quadril/joelho 117,1º 
Foto - 3/ Sujeito – 1 Foto - 3/ Sujeito - 2 
Horizontal/quadril 43,5º Horizontal/quadril 63,5º 
Quadril/joelho 129,2º Quadril/joelho 146º 
Foto - 4/ Sujeito – 1 Foto - 4/ Sujeito - 2 
Horizontal/quadril 34,9º Horizontal/quadril 57,9º 
Quadril/joelho 86,1º Quadril/joelho 111,3º 
Foto - 5/ Sujeito – 1 Foto - 5/ Sujeito - 2 
Horizontal/quadril 14,1º Horizontal/quadril 47,8º 
Quadril/joelho 66,5º Quadril/joelho 91º 
 
 
A tabela 1, mostra que o sujeito 1 teve uma amplitude próxima a do sujeito 2, sendo que a 1º foto mostra 
uma proximidade de ângulos, nas seguintes fotos as amplitudes já não se aproxima, tem que se levar em 
conta que na coleta do sujeito 1 ele estava com um frequencia baixa na pedalada, já o sujeito 2 já esta com 
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um frequência alto por esta participando de uma competição. A partir da análise individual dos ciclistas 
avaliados, perceberam-se um padrão similar para a amplitude articular desenvolvida durante o ciclo de 
pedalada nos dois ciclistas. 
 
 
 
Figura 1: Análise de amplitude entre sujeito 1 e sujeito 2. 
 
DISCURSÕES 
A análise de um movimento esportivo, seja ela de forma bidimensional ou tridimensional, na tentativa de 
quantificação de variáveis cinemáticas, tem como importante objetivo um melhor entendimento sobre as 
características relacionadas com o desempenho tanto de atletas de alto nível quanto praticantes comuns. 
Este estudo foi desenvolvido como parte de trabalho que tem o propósito de analisar a amplitude articular 
com interfaces compatíveis ao uso no ciclismo de alto nível e reacreacional. A fim de sanar dúvidas quanto 
ao comportamento da articulação ao longo do ciclo, foi avaliado o comportamento desta amplitude 
quando obtida com uso de cinemetria em comparação ao obtido com o uso de medidor de ângulos dos 
segmentos e utilizando o software sapo para verificar a medida dos ângulos do segmento 
quadril/horizontal, coxa/perna, em seguida com os ângulos medidos. 
O objetivo deste estudo foi comparar o nível de amplitude articular durante ciclo de pedalada entre um 
sujeito de alto rendimento e um ciclista reacriacional. 
 
CONCLUSÃO 
Considerando que o movimento é o mesmo, possivelmente os achados científicos publicados, até então, 
podem ser transferidos para as práticas indoor, melhorando as condições desta prática e possibilitando 
melhores adaptações a seus praticantes. 
 O movimento do ciclista é cíclico e repetitivo, identificado pela pedalada, que consiste na rotação 
completa do eixo do pedal em torno do eixo central da bicicleta, (NABINGUER, ITURRIOZ & TREVISAN, 
2003). Segundo HULL & RUBY (1996), a pedalada pode ser considerada um gesto motor tridimensional 
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complexo, compreendido no plano sagital pela flexão e extensão do joelho, quadril e tornozelo, a abdução 
e adução do quadril no plano frontal e, conseqüentemente, a rotação da tíbia no plano transversal. 
A flexibilidade é a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude 
angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos, sem o 
risco de provocar lesões. A flexibilidade é certamente a qualidade física utilizada pelo maior número de 
desportistas. (DANTAS, 2003; PLATONOV; BULATOVA, 2003; PITANGA, 2004). 
Para Holland citado por Shankar (2002) o músculo, a fáscia, o tendão e o ligamento podem exibir um grau 
de rigidez aumentado - que conduz a um funcionamento não-ótimo em uma determinada articulação. 
Todo o músculo tem seu cumprimento normal desejado para a sua função, exceder este cumprimento 
realizando amplitude extremas podem predispor tal musculatura a lesões. 
Castro (2001), sugere a prática constante de exercícios de flexionamento, procurando dar ênfase nos 
grupos musculares mais solicitados durante a prática de alguma modalidade, respeitando o princípio da 
especificidade, os exercícios para manter ou aumentar a flexibilidade, seriam aplicados para prever 
encurtamentos e possíveis contraturas para otimização da performance muscular. As lesões para Farinatti 
(2000), decorem de fatores múltiplos, não somente pela influência de uma má flexibilidade. 
Os resultados mostraram que, para o sujeito 1 melhorarsua amplitude articular no ciclo de pedalada, 
deverá realizar alongamento e flexionamentodiariamente, pois foram observadas diferenças nas medidas 
angulares que com uma variação de treino e excluindo o local e o tipo de bicicletautilizadas, mostra que 
mesmo com treino em uma bicicleta com fins de análise e outra de competiçãoo sujeito 1 tem total chance 
se chegar ao nível do atleta de alto rendimento. 
Dentro do ciclismo esportivo, o rendimento exigido depende de diversos fatores como postura adequada, 
composição corporal, aptidão física, e equipamento adequado. Essas variáveis devem ser otimizadas para 
o melhor rendimento. O posicionamento do sujeito sobre a bicicleta está relacionado com a busca de 
melhor conforto e desempenho. 
Portanto o presente estudo teve como objetivo buscar e revisar dados, informações e conceitos, para 
ciclistas, professores, treinadores e pesquisadores que queiram compreender as respostas musculares dos 
membros inferiores no movimento da pedalada. 
 
 
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TREINAMENTO RESISTIDO E CICLO MENSTRUAL 
 
CHIMINTE, C. S¹; MORAES, M.M² 
 
¹ ENAF Desenvolvimento Serviços Educacionais. Poços de Caldas – Minas Gerais - Brasil 
²CESEP. Machado – Minas Gerais - Brasil. ENAF Desenvolvimento Serviços Educacionais. Poços de Caldas – 
Minas Gerais - Brasil 
clareserena@hotmail.com 
 
RESUMO 
A busca por melhores padrões estéticos e de saúde tem levado cada vez mais as mulheres a praticarem 
diversas atividades físicas. Porém, não podemos pensar em treinamento para mulheres da mesma forma 
que pensamos o treinamento para os homens. O gênero feminino possui características próprias de 
morfologia e hormonais que nos alertam para a necessidade de adequarmos suas particularidades. Um dos 
fatores apontados por muitas mulheres como prejudicial ao seu plano de treino é aqueles resultantes do 
ciclo menstrual. 
Faz então necessário uma melhor compreensão das flutuações hormonais femininas e como isso pode 
influenciar no treinamento resistido 
Palavra – chave: ciclo menstrual, treinamento resistido, hipertrofia 
 
ABSTRACT 
The seek for betterbeautyandhealthstandardshastakenwomentoexerciseandwork out more often. 
However, wecannotthinkof training womenandmenthesameway. 
Femaleshavemorphologicandhormonecharacteristicsoftheirown, whichcalls for 
theneedofadaptationtotheirparticularities. Oneofthetopicspointed out bymanywomen as 
damagingtotheirwork out planistheresultsoftheir menstrual cycle. Thisrequires more 
comprehensiontowomen's hormonal fluctuationsandhow it may interfere in training resistance. 
 
Key words: menstrual cycle; menstruation; Training resistance; Hypertrophy 
 
Introdução 
Observamos de alguns anos para cá um aumento significativo nas mulheres buscando a prática de 
atividade física voltado para hipertrofia. 
É sabido, atualmente, que inúmeros estímulos são capazes de engatilhar o processo de síntese proteica. 
Sendo eles promovidos pela contração muscular por si só (TIDBALL, 2005), alterações no estado energético 
das células,por determinado tempo de estimulação das vias metabólicas de ressíntese de ATP (FLUCK et al, 
2005), ação e a interação de hormônios, fatores de crescimento e determinados nutrientes, que 
engatilhariam cascatas de sinalizações intracelulares (KRAEMER e RATAMESS, 2005) e ativação de células-
satélites cuja ação mediada pelo processo inflamatório promoveria novos núcleos na célula muscular 
(KADI et al, 2005). 
Apesar da síntese protéica ser a mesma em ambos os gêneros, as mulheres apresentam um sistema 
hormonal sexual feminino com flutuações que regem diretamente o ciclo menstrual e com isso 
observamos alterações corporais que podem interferir na rotina diária e consequentemente no 
treinamento das mesmas. 
 
Objetivos 
mailto:clareserena@hotmail.com
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Ao observar e interagir com as praticantes de atividades física é possível saber que em muitas vezes cada 
fase do ciclo menstrual interfere em seu treinamento. Tendo como base está informação tivemos o 
objetivo de entender e correlacionar os efeitos do ciclo menstrual no ganho de hipertrofia. 
 
Metodologia 
O trabalho foi realizado através de revisão literária relacionada a treinamento desportivo e características 
do sistema reprodutor e hormonal feminino. 
 
Resultado 
Foram encontrados pesquisas com resultados divergentes como no caso de de Simão et al. 2011 em que 
não se apresenta diferença no ganho de força entre as fases do ciclo menstrual contra o estudo de 
Gutachterin, E.; Gutacher, Z, 2012 em que há estes apresentam ganho de força na fase folicular. 
Se tratando com o ganho de força alguns dos artigos estudados demonstram não haver alterações 
positivas ou negativas durante as fases do ciclo menstrual (BLONDIN, D. P. et al, 2011; LOUREIRO et al. 
2011; TSAMPONKOS A., et al., 2010) e outros que apontam um aumento no ganho de força na fase 
folicular (Gutachterin, E.; Gutacher, Z, 2012; SIMÃO et al., 2007) 
Encontramos ainda uma pesquisa de Sipavičienė S. et al. 2013 onde é apresentado uma maior recuperação 
muscular pós treino da fase ovulatória, o que pode estar relacionado ao aumento de estrogênio nesta fase. 
 
Discussão 
Percebemos nesta revisão que não há um consenso ao se determinar se o ciclo menstrual influencia ou 
não no desempenho e resultados do treinamento de resistido. 
Dias (2005) coloca a questão que algumas mulheres apresentam interferências negativas no treinamento 
geradas pelo ciclo menstrual tornando isso um fato individual (apud GIACOMONI et al. 1999). 
Os estudos nos quais foram utilizadas mulheres que fazem uso de anticoncepcionais orais, em sua maioria, 
não foi relatado nenhum tipo de alteração significativa (SIMÃO et al 2011; DIAS, SIMÃO e NOVAES 2005; 
LOUREIRO et al. 2011) independente da metodologia utilizada. 
 Isso pode ocorrer devido ao fato que os contraceptivos orais podem influenciar da biossíntese dos 
hormônios femininos fazendo com que eles sejam anulados. Mulheres na menopausa relatam ganho de 
força com a ingestão exógena do estrogênio o que pode sugerir que este hormônio tenha um importante 
papel no aumento da massa muscular. (GUTACHTERIN, GUTACHER, 2012). Somente o estudo de Lopes 
(2013) apresentou variação na força muscular mas atenta ao fato que cada ciclo menstrual pode sofrer 
alterações, assim como a mulher, levantando a hipótese que o resultado pode ser alterado. 
 Já quando se trata de estudos com mulheres que não fazem uso de métodos de contracepção oral há 
divergência entre os estudos. Há aqueles que nos aponta diferenças nos resultados do treinamento entre 
as fases do ciclo (SIPAVICIE et al., 2013; SOUZA et al, 2012 LEBRUN, 1995) e aqueles apresentam não haver 
diferença ( FONSECA, 2010). 
A recuperação no pó treino pode ser acelerado pelo estrogênio segundo Gutachterin e Gutacher (2012) 
(apud ENNS, TIIDUS, 2010) o que poderia levantar a questão que entre aproximadamente o 14º do ciclo e 
antes da menstruação o nível do treino pode ser elevado A contradição entre os resultados pode ser 
mostrado por dois estudos realizados por Janse de Jonge onde o de 2001 não apresenta alterações e o de 
2003 apresenta alterações causadas pelo ciclo menstrual. 
Alguns estudos não apresentam interferências diretas do ciclo menstrual no treinamento de força mas 
levanta a observação de como os hormônios sexuais femininos podem gerar efeitos colaterais, como a 
retenção liquida, atrapalhando a capacidade física do indivíduo (SAWAKA, 2007). 
Se levarmos em consideração os sintomas relacionados a Síndrome Pré – Menstrual, erroneamente 
conhecida como Tensão pré – mestrual, que podem atrapalhar a rotina da mulher (VALADARES et al. 
2006), veremos que este pode ser um fator prejudicial ao treinamento. Fleck e Kramer ( 1995) corroboram 
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com está informação e apresentam algumas as alterações físicas e psicológicas que podem atrapalhar o 
rendimento, já citado anteriormente neste revisão. 
Umdos fatores que pode contribuir para uma falta de consenso é não haver um protocolo padrão para 
realizar os testes comparativos dado que, temperatura, idade, entre outros fatores podem interferir no 
resultado final (SIMÃO, 2007). 
MOURA (2004) se refere a influência do ciclo menstrual no rendimento como algo bem individual portanto 
difícil de ser respondido por completo. Ele coloca o estudo de Kraemeret al. (1995) onde a relevância ao 
ganho de força é mais específico a hormônios sendo que a progesterona e o estradiol estão inclusos nesta 
lista. 
 
Conclusão 
Após observamos dados tão divergentes com relação as alterações que o ciclo menstrual e a flutuação 
hormonal podem gerar no treinamento resistido entendemos que o Princípio da Individualidade biológica 
deve ser o fator mais significativo quando falamos de rendimento. 
Escutamos no ambiente das academias várias mulheres relatarem fatores que atrapalham seu 
treinamento, fazendo com que as mesmas até não compareçam ao seu ambiente de treino. São cólicas, 
cansaço, inchaços, alteração de humor, entre outros fatores, que nós trazem uma outra conclusão, a de 
que os sintomas relacionados a Síndrome Pré – Menstrual é o que mais interfere na rotina de treinos das 
mulheres. 
Não podemos, portanto, tomar como verdades os resultados apresentados em algumas pesquisas e sim 
conhecer a aluna com a qual se vai trabalhar para saber como ela reage em cada fase do ciclo menstrual e 
se o mesmo interfere ou não em seu rendimento. Com isso elaborar uma um ciclo de treino adequado a 
sua individualidade, tendo ciência que este mesmo quadro pode ser alterado com o tempo já que é de 
conhecimento que o treinamento pode influenciar no ciclo menstrual assim como o nível de treinamento 
no qual o indivíduo se encontra 
 
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EFEITOS DO EXERCÍCIO AERÓBIO E DO TREINAMENTO DE FORÇA NO DIABETES 
MELLITUS TIPO II: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
 
PRADO, G. G.1 
OLIVEIRA, G. H. M.21 Especialização em Musculação e PersonalTrainer – Lavras – Minas Gerais – Brasil 
2 Centro Universitário de Formiga UNIFOR-MG – Formiga – Minas Gerais - Brasil 
 
gabi.academia@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
 
Introdução:Com o avanço da população idosa e da obesidade em todo o mundo, doenças crônicas como o 
Diabetes Mellitus vem acompanhando esse aumento na mesma proporção. O Diabetes Mellitus do Tipo II 
é a forma mais frequente, acometendo cerca de 90% de todos os casos de diabetes, e segundo a 
Organização Mundial da Saúde as projeções apontam que em 2030 o número de pessoas com diabetes 
será de aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo todo. O exercício físico tem sido 
extensivamente estudado como uma forma de profilaxia contra essa patologia, entretanto, cada forma de 
exercício parece apresentar resultados diferentes nessa doença, o que justifica uma busca dos resultados 
das duas mais comuns modalidades: o exercício aeróbio e o treinamento de força. Objetivo:Descrever por 
meio de uma revisão bibliográfica os efeitos do treinamento aeróbio e do treinamento de força para 
indivíduos diabéticos do tipo II.Materiais e Métodos: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica por meio de 
uma revisão de literatura através de busca eletrônica nas bases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed. 
Resultados: Os achados encontrados das pesquisas de campo mostram que o treinamento físico de uma 
forma geral para diabéticos tipo II foi capaz de diminuir eventos de insônia, reduz ansiedade, diminui 
marcadores inflamatórios, melhora da função macrovascular, melhora o controle glicêmico pós-prandial, 
aumenta a força de membros superiores e inferiores, reduz os níveis de vaspina, aumenta o consumo de 
oxigênio, aumenta a massa magra, aumenta os níveis de adiponectina e reduz a circunferência da cintura. 
Conclusão:Ambas as formas de treinamento promovem melhoras significativas na qualidade de vida de 
sujeitos diabéticos tipo II sendo os efeitos específicos de cada um, justificando assim a combinação das 
duas formas de exercício. 
 
Palavras-chave: Diabetes Mellitus Tipo II. Exercício Aeróbio. Treinamento de Força. 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: With the advancement of the elderly population and obesity worldwide, chronic diseases 
such as diabetes mellitus has been following this increase accordingly. Diabetes Mellitus Type II is the most 
common form, affecting about 90% of all cases of diabetes, and according to the World Health 
Organization forecasts indicate that by 2030 the number of people with diabetes will be approximately 700 
million people in all world. Exercise has been extensively studied as a form of prophylaxis against this 
disease, however, each form of exercise seems to have different outcomes in this disease, which justifies a 
search of the results of the two most common types: aerobic exercise and strength training. Objective: To 
describe through a literature review the effects of aerobic training and strength training for type II 
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diabetics. Materials and Methods: A literature search through a literature review through electronic search 
in the databases LILACS, MEDLINE and PubMed was performed. Results: The findings in the fields of 
research shows that in general physical training for type II diabetics was able to reduce insomnia events, 
reduces anxiety, reduces inflammatory markers, improved macrovascular function, improves postprandial 
glycemic control, increases the strength of upper and lower limbs, reduces vaspina levels, increases oxygen 
consumption, increases lean body mass, increases adiponectin levels and reduces waist circumference. 
Conclusion: Both forms of training promote significant improvements in quality of life in diabetic subjects 
with type II the specific effects of each, thus justifying the combination of the two forms of exercise. 
 
Key-words: Diabetes Mellitus Type II. Aerobic exercise. Strength training. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com o crescente avanço da obesidade, que em 2014 ultrapassou a marca de 500 milhões de adultos 
obesos por todo o mundo, as doenças associadas a ela como por exemplo o Diabetes Mellitus Tipo II vem 
acompanhando esse aumento proporcionalmente(MENDIS; DAVIS; NORRVING, 2015). 
O Diabetes Mellitus Tipo II que é formalmente chamado de não isulino-dependente é causado por uma 
inefetividade da insulina no corpo(WHO, 2015).Ainda segundo a World Health Organization, 
aproximadamente 347 milhões de pessoas no mundo tem diabetes, sendo as projeções para 2030 de que 
o número de mortes causadas pelo diabetes dobre. 
O exercício físico regular tem sido proposto para esse tipo de patologia por aumentar a captação de 
oxigênio, reduzir a resistência insulínica, reduzir a obesidade e prevenir futuros ganhos de peso, além de 
reduzir marcadores inflamatórios (KONDO et al., 2005) 
O treinamento aeróbio (também chamado de treinamento de endurance), que é caracterizado por um 
enorme número de contrações sucessivas realizadas com um relativo desenvolvimento de força, tem sido 
extensivamente estudado e reconhecido por seus efeitos benéficos no metabolismo da glicose no músculo 
na patologia do Diabetes Mellitus Tipo II(YASPELKIS, 2006). 
O treinamento de força (também chamado de treinamento de resistência) que é caracterizado por um 
menor número de contrações e com o desenvolvimento de força relativamente maior que o treinamento 
aeróbio, não recebeu tanta atenção na literatura como forma de tratamento do diabetes mellitus tipo 
II(YASPELKIS, 2006). 
Mediante a isso, buscamos apresentar o conhecimento sobre os efeitos dessas duas modalidades de 
exercício (aeróbio e força), de forma a apresentar os resultados de ambos para o tratamento do diabetes 
mellitus tipo II. 
 
OBJETIVO 
 
Descrever por meio de uma revisão bibliográfica os efeitos do treinamentoaeróbio e do treinamento de 
força para indivíduos diabéticos do tipo II. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Foi realizada uma revisão de literatura por meio de pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e 
natureza qualitativa (por não envolver dados numéricos). O levantamento de dados foi feito através de 
busca eletrônica nasbases de dados LILACS, MEDLINE e PubMed, utilizando os seguintes descritores: 
“resistance trainingand diabetes type 2”, “strength trainingand diabetes type 2”, “diabetes mellitus type 
2”, “exerciseand diabetes type 2”, “aerobicexerciseand diabetes type 2”, “endurance training and diabetes 
type 2”. Além disso, pesquisas nos sites da World Health Organization e American Diabetes Association 
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também foram realizadas. Dentre os resultados encontrados, os autores selecionaram 14 artigos que 
julgaram relevantes. 
 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Treinamento Aeróbio e Diabetes Mellitus Tipo II 
 
Em um estudo realizado por Van Dijket al. (2013) envolvendo treinamento aeróbio de moderada 
intensidade para indivíduos 20 diabéticos do tipo II, objetivou comparar esse tipo de exercício com 
atividades da vida diária (AVD). 
O experimento foi realizado em 3 dias consecutivos dos quais:o protocolo das AVDs que era realizado por 
15 min cada dia durante esses 3 dias e consistia de: caminhar com cachorro, realizar tarefas domésticas e 
trabalho de jardinagem. Já o protocolo de exercício, consistiu na realização de um ciclo-ergômetro à 50% 
do VO2máx por 45 min contínuos, sendo realizado somente em uma única sessão no segundo dia dos 3 
dias experimento. Os autores concluíram que uma sessão única de exercício aeróbio de intensidade 
moderada apresentou um impacto melhor na homeostase da glicemia se comparado a realização de 
repetidas AVDs.(VAN DIJK et al., 2013) 
Outro estudo envolvendo realização de exercício aeróbio, buscou avaliar os efeitos desse tipo de 
treinamento na saúde geral de diabéticos tipo II. Para isso foram recrutados53 homens diabéticos tipo II 
diagnosticados a pelo menos 3 anos, que foram divididos em dois grupos. O grupo controle foi instruído a 
manter suas atividades rotineiras (alimentação, trabalho, atividade física), enquanto o grupo experimental 
realizou trabalho no ciclo-ergômetro por 3 vezes por semana durante 8 semanas com intensidade de 60-
70% da frequência cardíaca máxima monitorados por frequencímetros e pela escala percepção subjetiva 
de esforço de Borg(SARDAR et al., 2014). 
Os resultados mostraram que o treinamento aeróbio regular foi capaz de melhor a saúde geral dos 
praticantes através das respostas do questionário, além de diminuir os níveis de ansiedade e controlar 
eventos de insônias, que de acordo com os autores auxiliam os pacientes no controle dessa doença. 
Quando comparado diferentes intensidades de exercício aeróbio de forma contínua em diabéticos tipo II 
como o estudo de Abd El-Kader, Gari e Salah (2013) as respostas podem ser diferentes. ((ABD EL-KADER; 
GARI; SALAH EL-DEN, 2013) 
Neste trabalho participaram 50 diabéticos tipo II obesos divididos em dois grupos que realizavam 
treinamento aeróbio 3/semana durante 3 meses. Um dos grupos caminhava na esteira à 65-75% da FCmáx 
e outro grupo caminhava na esteira à 55-65% da FCmáx. 
Marcadores inflamatórios para doenças cardiovasculares como Interleucina-6 (IL-6), Fator de Necrose 
Tumoral-α (TNF-α), Peptídeo-C foram avaliados em ambos os grupos. Por fim, o grupo que se exercitou a 
uma intensidade maior conseguiu reduzir em uma maior magnitude esses marcadores inflamatórios se 
comparados ao outro grupo, o que levou os autores a concluírem que essa intensidade pode ser mais 
efetiva na diminuição do risco de doenças cardiovasculares. 
A forma com que a realização do exercício aeróbio é realizada também parece ser um fator modulador nas 
respostas endócrino-metabólicas em diabéticos do tipo II.Em 2014, um estudo buscou comparar os efeitos 
de exercício aeróbio realizada de forma contínua e exercício aeróbio realizada de forma intervalada. Foram 
recrutados 45 adultos diabéticos tipo II (16 homens e 29 mulheres) que foram divididos aleatoriamente em 
3 grupos: Grupo Sedentários (SED), que foram instruídos a continuarem sedentários durante a realização 
do estudo, outro grupo chamado de Grupo Contínuo (CON), que realizaria exercícios aeróbios de forma 
contínua 3 vezes por semana durante 12 semanas em uma esteira, e por último, o Grupo Intervalado (INT) 
que realizaria exercício nas mesmas condições que o grupo anterior só que alternando a intensidade na 
esteira (MITRANUN et al., 2014). 
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Todos sujeitos realizaram avaliação prévia clínica dotada de eletrocardiograma para segurança da 
realização da pesquisa, e o monitoramento da intensidade foi feito através de um analisador de gases 
(espirômetro). Foram avaliados antes e depois do experimento: a composição corporal (por meio de 
bioimpedância), o consumo de oxigênio (através do Protocolo de Bruce, força muscular (teste de 1RM para 
Leg Press, Cadeira Extensora de Joelhos, Supino Reto com Barra e na Máquina de Dorsais), as 
características da artéria braquial (Ultrassonografia), Pressão Arterial Sistólica e Diastólica, Frequência 
Cardíaca de Repouso, e amostras sanguíneas (glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada, insulina, lipídeos 
séricos, frações de colesterol, superóxido dismutase, glutationaperoxidase, malondialdeído e óxido nítrico). 
O protocolo de treinamento foi dividido em três fases, separadas pela sua intensidade de trabalho e pelo 
consumo médio de oxigênio ao final do treino. As figuras a seguir (FIG.1, 2 e 3)apresentam as 3 fases 
distintas do protocolo baseados no VO2 de pico e seus respectivos consumos de oxigênio avaliados ao fim. 
 
 
FIGURA 1 - FASE 1: Corresponde à 1ª – 2ªsemana do experimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Mitranun et al. (2014) 
 
 
FIGURA 2 - FASE 2:Corresponde à 3ª – 6ª semana do experimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Mitranun et al. (2014) 
 
 
 
FIGURA 3 - FASE 3:Corresponde à7ª – 12ª semana do experimento 
 
 
 
 
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Fonte: Mitranun et al. (2014) 
 
Ao final do estudo, ambos protocolos que se exercitaram (contínuo e intervalado) promoveram efeitos 
benéficos aos seus praticantes atuando no controle glicêmico, na capacidade física e na função 
macrovascular em diabéticos tipo II. No entanto, o protocolo intervalado se mostrou mais efetivo em 
algumas variáveis quando comparado ao grupo SED e ao grupo CON. O grupo INT conseguiu melhor a taxa 
máxima de fluxo cutâneo em repouso, as concentrações de óxido nítrico, níveis de glutationaperoxidase, 
colesterol total, força nos extensores de perna e o consumo máximo de oxigênio em uma magnitude maior 
que os demais grupos. 
Um outro estudo comparou os efeitos agudos de uma sessão de caminhada comparando caminhada 
realizada de forma contínua e de forma intervalada. Ao todo, 10 participantes diabéticos tipo II foram 
divididos em 3 grupos: O grupo controle (COM), o grupo que realizava caminhada contínua (CONT) por 1 
hora à 73% do VO2 de pico e o grupo que realizava caminhada intervalada (INT) por 1 hora com 
alternâncias de 3 minutos entre as intensidades de 54% - 89% do VO2 de pico. Os sujeitos ficaram sobre 
monitorização durante 32 horas após a realização da sessão de exercício (KARSTOFT et al., 2014). 
Os resultados desse estudo também mostraram que o treinamento realizado de forma intervalada foi mais 
efetivo no controle da glicemia pós-prandial e ao longo do dia quando comparado a realização do 
treinamento aeróbio de forma contínua. 
 
Treinamento de Força e Diabetes Mellitus Tipo II 
 
Se tratando de pesquisas de treinamento de força para diabéticos, verificou-se através da busca realizada 
neste estudo que o número de pesquisas nesse âmbito é menor se comparado ao treinamento aeróbio, 
justificando assim a necessidades da realização de novas pesquisas. 
Na pesquisa de Santos et al. (2014), os autores buscaram avaliar os efeitos de um programa de 
treinamento de força realizado de forma ondulatória aplicado a idosos diabéticos tipo II treinados e não 
treinados. Nesse estudo participaram 48 indivíduos com idade entre 60 e 85 anos de ambos os gêneros 
divididos em sedentários e praticantes de treinamento força. O estudo foi conduzido durante 16 semanas, 
sendo o treinamento realizado 3 vezes por semana no método ondulatório (sobrecargado programa foi 
alternada, sendo em 1 semana equivalente a 50% de uma repetição máxima perfazendo 12 repetições e, 
na outra semana, a 70% de uma repetição máxima perfazendo 8 repetições).(SANTOS et al., 2014) 
Os resultados mostraram que o protocolo de treinamento físico resistido ondulatório utilizado mostrou-se 
eficiente em proporcionar significativos aumentos de força máxima, tanto de membros inferiores, quanto 
de membros superiores em indivíduos diabéticos do tipo II, mas sem redução glicêmica em ambos os 
grupos. 
Outro estudo envolvendo treinamento de força avaliou os seus efeitos sobre os níveis séricos de vaspina 
(uma adipocina que atua no metabolismo glicêmico) e perfil lipídico de adultos com diabetes tipo II. Trinta 
homens foram divididos em 2 grupos (15=controle e 15=treinamento de força). 
O protocolo consistiu na realização de 3 sessões semanais durante 8 semanas, sendo feito 8 exercícios 
diferentes em 3 séries de 15 repetições. Ao final do período, o treinamento de força foi capaz reduzir 
significativamente os níveis de vaspina mas sem notórios efeitos no perfil lipídico (BARZEGARI; AMOUZAD 
MAHDIREJEI, 2014). 
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Em um estudo conduzido com sujeitos asiáticos, cujo objetivo era investigar a eficácia de um treinamentode força progressivo no controle glicêmico e nas variáveis musculoesqueléticas, antropométricas e 
cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo II não treinados(HAMEED et al., 2012). 
O estudo contou com a participação de 48 sujeitos de meia-idade (35 homens e 13 mulheres), que foram 
divididos em dois grupos (controle e treinamento de força). O grupo do treinamento de força 
inicialmenterealizava durante 4 semanas treinamento com 65% de sobrecarga de 1 RM e nas 4 semanas 
subsequentes (totalizando assim 8 semanas de estudo) o treinamento foi executado a 70% de 1 RM. Foram 
realizadas 3 séries de 10 repetições com descanso de 2 minutos entre as séries com densidade semanal de 
3 vezes por semana. 
Ao final do estudo, os resultados mostraram uma redução da hemoglobina glicosilada no grupo 
treinamento de força se comparado ao grupo controle. Verificou-se também, ganhos de força nos 
membros inferiores e superiores no grupo treinamento, redução da circunferência abdominal e aumento 
da lipoproteína de alta densidade (HDL). 
Na pesquisa de Brooks et al. (2007) conduzida com a aplicação de treinamento de força para diabéticos 
tipo II os resultados encontrados também foram satisfatórios. Um grupo de 62 indivíduos com idade média 
de 55 anos diagnosticados clinicamente como diabéticos tipo II foram aleatoriamente divididos em grupo 
controle (CON) e grupo treinamento de força (TF). 
O treinamento de força consistiu na realização de 16 semanas de treinamento de força em máquinas 
(Puxada/Pulley Costa, Supino Reto, Leg Press, Cadeira Extensora e Mesa Flexora) com 3 séries de 8 
repetições à 60-80% de 1 RM durante as 8 primeiras semanas e 70-80% de 1 RM durante as semanas 
finais.(BROOKS et al., 2007) 
Os autores verificaram com a conclusão do estudo, que o treinamento de força para o grupo que se 
exercitava foi capaz de aumentar a área de secção transversa de fibras tipo I e tipo II feitas através de 
biopsia muscular. Esse aumento da massa muscular foi acompanhado de uma redução da resistência 
insulínica, aumento das concentrações séricas de adiponectina (uma adipocina que atua na homeostase 
glicêmica) e consequentemente aumento da força muscular dos sujeitos. 
E para finalizar, Strasser et al. (2008) avaliaram os efeitos do treinamento de força sobre a pressão arterial 
de pacientes com diabetes mellitus tipo II. Foram recrutados 10 pacientes que fazem uso de medicação 
antidiabética mas sem qualquer terapia insulínica. Todos eles fazem uso de pelo menos três medicações 
anti-hipertensivas. 
O treinamento de força consistiu na realização de 4 meses sucessivos com realização do treino 3 vezes por 
semana não consecutivos, sendo a carga calculada para que realizassem entre 10-15 repetições por série. 
O número de séries por grupo muscular foi sistematicamente aumentando de 3 até atingir 6 séries ao final 
do programa. A pressão arterial foi monitorada pelo método Monitorização Ambulatorial da Pressão 
Arterial (MAPA) no início do treinamento e ao fim. O Aparelho foi programado para realizar leituras de 
forma automatizada a cada 15 min durante 24hrs.(STRASSER et al., 2008) 
Ao fim do estudo, verificou diminuição dos valores de hemoglobina glicosilada, diminuição do percentual 
de gordura corporal, aumento da força muscular (medida através do teste de 1 RM), aumento do VO2 de 
pico e da massa magra. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Verificou-se que ambas as formas de treinamento são benéficas a vida de pessoas com Diabetes Mellitus 
Tipo II. Embora cada forma de exercício apresente suas particularidades específicas e consequentemente 
efeitos específicos de cada, não é possível determinar a forma mais eficiente, pois cada um promove 
benefícios diferentes. 
Acredita-se que a combinação de exercício aeróbio e treinamento de força possa ser mais eficaz que 
quando comparada apenas uma das modalidades. Embora não apresentado aqui pesquisas que utilizaram 
essa metodologia, alguns estudos encontrados sustentam essa noção. 
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Finalmente, conclui-se que ambas as formas de treinamento promovem melhoras significativas na 
qualidade de vida de sujeitos diabéticos tipo II justificando a sua realização. 
 
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Endereço para correspondência: 
Gleuber Henrique Marques de Oliveira 
Rua Itamembé, 83 - Bairro Cachoeirinha - Cláudio-MG - CEP: 35530-000 
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs312/en/
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ANÁLISE SOBRE AS INFLUENCIA DA NATAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO 
AFETIVO- SOCIAL DE ALUNOS DO 5º ANO DA ESCOLA CEJE NO MUNICÍPIO DE 
BOA VISTA-RR 
 
CARLIENE DE SOUZA SANTOS 
ENDSON DOS SANTOS LIMA 
carliene_souza@hotmail.com 
 
 
RESUMO 
A natação é considerada um dos esportesmais completos para os praticantes de todas as faixas etárias, 
trazendo a seus praticantes diversos benefícios. Pensando nisto a presente pesquisa iniciada na forma de 
TCC, realizada em dezembro de 2010, com o tema sobre o desenvolvimento educacional através da 
natação em alunos do 5º ano do ensino fundamental do centro Educacional Jardim do Éden, agora na 
forma de artigo vem fazer umadiscursão sobre o resultado da pesquisa, através da imagem do gráfico 
que trata sobre a melhora na socialização dos alunos através da natação. Após a analise dos dados 
concluiu-se que a natação propicia uma significante melhora dos alunos em relação a socialização entre 
alunos e professores. 
 
Palavras-chave: Natação, Socialização, Educação Física Escolar. 
 
ABSTRACT 
Swimmingisconsideredoneofthemost complete resources for practitionersofall ages, 
bringingmanybenefitsto its practitionerssports. Thinkingabout it thisresearchstarted in theformof CBT, held 
in December 2010, withthethemeoftheeducationaldevelopmentthroughswimming in students in the 5th 
grade ofelementaryschooldowntownEducational Garden ofEden, now in theformofarticle comes 
toumadiscursãoontheresultofresearchbythechartimage 
whichdealswiththeimprovement in thesocializationofstudentsthroughswimming. Afteranalyzingthe data it 
wasconcludedthatswimmingprovides a significantimprovementofstudents in 
relationtosocializationamongstudentsandteachers. 
 
Keywords: Swimming, Socialising, PhysicalEducation. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A natação praticada desde cedo tem diversos efeitos benéficos para o desenvolvimento da criança. Além 
dos benefícios tradicionais do esporte, como a melhora do sistema cardíaco e respiratório, trabalha os 
movimentos, ajudando-os a desenvolver a coordenação motora, noção de espaço, equilíbrio, agilidade, 
força, e ainda colabora para que eles criem autoconfiança e sociabilidade dos seus praticantes. 
Por se tratar de um esporte completo que pode ser praticado sem restrições desde o nascimento até a vida 
adulta, a natação, na sua prática regular, oferece inúmeros benefícios, dentre eles uma maior resistência 
muscular, melhor captação de oxigênio pelos pulmões, prevenção e tratamento de doenças respiratórias e 
circulatórias, além de ser uma atividade física que pode ser bastante divertida e prazerosa. Como elucida 
EVANS (2009), ARROYO(2007), quando diz que a natação pode ser realizada desde a pratica esportiva ate o 
lazer, proporciona diversos benefícios como :melhora da coordenação motora, aumento do equilíbrio, 
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condicionamento cardiorrespiratório, desenvolvimento da lateralidade, aumento da flexibilidade e do nível 
de força. 
Assim, partindo-se do princípio, quando a natação era praticada desde os primórdios pelos povos 
primitivos, quando estes se locomoviam pelas águas para caçar ou fugir, até chegar aos dias atuais, quando 
esta prática é sinônimo de saúde, lazer, esporte e bem estar, que propicia um desenvolvimento global do 
homem, apresenta-se neste artigo uma discursão sobre o resultado da pesquisacom o 
temadesenvolvimento educacional através da natação em alunos do 5º ano do ensino fundamental do 
centro Educacional Jardim do Éden ,através da imagem do gráfico dos resultados da pesquisa. 
 
A NATACÃO DOS DIAS DE HOJE 
 
Nos dias atuais as práticas de atividades físicas em meio aquático ganharam contornos menos 
existencialistas, contudo mais fragmentados. Segundo Damasceno (1992) a natação, muitas vezes, está 
sendo trabalhada como um esporte de competição de alto nível, onde o melhor rendimento e o nadar 
mais rápido são valorizados, sendo assim uma atividade excludente. Porém, o autor atenta para o fato de 
que ela, natação, não pode ser vista somente desta maneira; ela deve contribuir para o desenvolvimento 
da personalidade do indivíduo e de suas relações sociais buscando integrar e estimular a todos, neste 
conceito as práticas de atividades físicas na água se configura uma modalidade bastante completa que 
excedeu de um simples divertimento a práticas desportivas, sendo hoje utilizada, além de todos os 
benefícios outrora citados, também com fins terapêuticos. Isso não implica que precisa ser uma atividade 
chata. 
Ao se analisar as práticas desportivas de alta competitividade chega-se a premiar resultados em 
detrimento da diversão, que é o que desopila a tensão e promove prazer. Contrariando essa lógica, o 
desenvolvimento educacional por meio da natação se fundamenta numa prática pedagógica interacionista, 
e para tanto precisa transpor a rotina da ação e repetição, logo, o divertimento se faz necessário; portanto, 
visando alcançar tais resultados, as atividades lúdicas em meio líquido permitem a expressão livre, além de 
possibilitar a apropriação de habilidades motoras aquáticas básicas na fase de adaptação, podendo ser 
ampliada esta abrangência para a aquisição de habilidades motoras aquáticas específicas e para a vivência 
de conteúdos mais significativos em termos psicossociais. 
Todos estes argumentos acima citados mostram o grande desafio em imaginar a premência, a urgência, 
em se catalisar mudanças axiológicas, de valor, capazes de promover alternativas pedagógicas que 
privilegiem a expressão das emoções, a potencialização do aprendizado das habilidades motoras, 
cognitivas e sociais, respeitando as limitações próprias de cada praticante e suas experiências anteriores, 
contribuindo para a socialização, para a interação e para a ampliação do prazer em participar de 
determinada atividade aquática, de modo a que os praticantes mantenham-se por mais tempo vinculados 
à prática regular de atividades físicas. 
 
A NATAÇÃO E SEUS INÚMEROS BENEFÍCIOS 
A natação, por se tratar de um esporte completo, possibilita ao aluno uma gama de movimentos ele 
precisa para a sua necessidade de expressão e de experiências corporais. Esmiuçando tal conceito, Queiroz 
explica que a prática da natação: 
 
É um espaço de experimentação, para que a criança vivencie situações de qualidades variadas, sensações 
de alternância de tensão e distensão, prazer e desprazer, acompanhada da necessidade de expressividade 
motora. Tudo isso vai fazer com que a criança perceba seu próprio corpo, a nível motor e cognitivo. E 
principalmente afetivo, pois a criança está envolvida corporalmente (QUEIROZ, 2000, p.20). 
Ou seja, através da prática da natação, os alunos aprimoram o desenvolvimento motor, cognitivo e social, 
além de trabalhar a autonomia e o respeito às regras. 
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A natação diminui o risco de doenças cardiovasculares pelo fato de que as braçadas vão tornando o 
coração mais forte favorecendo a formação de músculos ao mesmo tempo em que elimina as gorduras em 
torno do órgão vital, de modo que ele adquire a capacidade de bombear mais sangue para todo o corpo. 
Além do mais, essa prática reduz a freqüência cardíaca e estimula a circulação sanguínea. O fator 
psicológico também sofre mudanças, pois um dos proveitos que a natação oferece é que a auto-estima se 
eleva consideravelmente pelo simples fato de você se considerar capaz de realizarisso; enfim, as pessoas 
que praticam esse esporte sentem-se na maioria dasvezes mais seguras e independentes. 
O exercício da natação desde a infância fortalece o caráter e a noção de disciplina, fatores que, ainda 
segundo o autor (2000), são importantes para que a criança escolha seus próprios caminhos, saiba tomar 
suas próprias decisões, evoluindo de acordo com os limites impostos, e, que, dessa maneira, aprenda a 
exercer sua autonomia. Nessa perspectiva se pode observar que a natação possibilita ao aluno um 
desenvolvimento global. 
A NATAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO AFETIVO-SOCIAL 
Uma boa relação afetivo-social deve começar desde cedo, ou em casa, afinal, os alunos que estão no 
ensino fundamental (1º a 5º ano)desenvolvem essa relação baseada em seus pais. E o exemplo de casa é 
algo significativamente importante, pois segundo Corrêa (2004) a atitude materna desempenha papel 
relevante na estruturação da dinâmica afetiva da criança, onde a família pode exercer influencia 
facilitadora ou inibidora da sensibilidade social, ou seja, a família possui uma influencia direta na vida social 
de uma criança, embora não sejam as únicas pessoas que a cercam. Uma criança necessita socializar-se 
com outras crianças de sua faixa etária, para que haja troca de experiências que a ajudam no seu processo 
de maturação. 
A natação possibilita essa socialização entre as crianças. A mesma autora, Corrêa (2004), comenta que, as 
conversas bem humoradas à beira da piscina fazem com que as crianças fiquem alegres, provocando um 
clima agradável e festivo. Esse clima agradável possibilita ao aluno um convívio harmonioso com os outros, 
pois todo ser humano tende a se socializar com outras pessoas, sendo uma necessidade de se sentir 
acolhido e amado, afinal há muito tempo se afirma que o homem é um ser social, isso inclusive é um 
postulado marxista. 
Corroborando esse conceito de socialização, sabe-se que a criança necessita do contato com outras 
crianças da mesma faixa etária, conhecer e aproximar-se de adultos, a fim de iniciar sua fase elementar de 
socialização. O caráter coletivo da aprendizagem da natação, através do intercâmbio com as outras 
pessoas permite à criança ampliar sua relação afetivo-social (LE BOULCH, 1982). 
 
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
O presente trabalho realizado de forma descritiva, utilizou a pesquisa se deu dezembro 2010 na forma de 
TCC, com o tema que tratava sobre o Desenvolvimento Educacional através da Natação em alunos do 5º 
ano do ensino Fundamental do centro Educacional Jardim do Éden, agora na forma de artigo vem 
fazerdiscursão sobre o resultado da pesquisa, através da imagem do gráfico que trata sobre amelhora na 
socialização dos alunos através da natação. Traz na sua metodologia uma pesquisaqualitativa. Que 
segundo Minayo (2002, p. 21-22): 
 
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com 
um nível de realidade que não pode ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, 
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das 
relações dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis. 
 
Portanto, o fato de apresentar um gráfico, retirado do TCC/2010 não descaracteriza a abordagem 
qualitativa, cuja finalidade do uso da imagem gráfica é de realizar leitura dando qualidade a interpretação 
emitida pela autora neste momento. 
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A mesma se caracterizou ainda como sendo exploratória que para Chemin (2010, p. 57) citando Yin “tem 
em vista favorecer a familiaridade, o aumento da experiência e uma melhor compreensão do problema a 
ser investigado; seu problema de pesquisa normalmente está voltado a ‘o quê, qual e quais”. 
Assim sendo, dada a verificação sobre quais os benefícios adquiridos na visãodos estudantes ao praticar a 
natação e / ou atividades aquáticas no ambiente escolar,sentido dado ao caráter exploratório, a partir do 
tratamento textual que ressiginifica a pesquisa realizada e concluída em 2010. 
Em geral, conforme Gil, Leopardi, e Malhotra: 
 
A pesquisa exploratória envolve revisão de literatura, entrevistas com pessoas que tiveram experiências 
práticas com o problema pesquisado, testes padronizados, escalas ou emprego de questionários, análise 
de exemplos que auxiliem a compreensão de forma mais ampla etc.; a partir dos dados, cuja análise 
geralmente é qualitativa, é possível formular sugestões para a melhoria de práticas administrativas, 
educacionais, de saúde e outras. Seu planejamento é flexível e não estruturado, a amostra selecionada é 
simples e não representativa, os resultados não são considerados como definitivos e normalmente este 
tipo de pesquisa assume a forma de pesquisa bibliográfica ou de estudo de caso. ( IDEM). 
 
A revisão da literatura foi selecionada obedecendo ao pensamento do autor em querer atingir os leitores 
no que tange a prática da natação para além do esporte, apontado seus benefícios para o desenvolvimento 
integral dos seus praticantes 
 
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 
 
Neste tópico apresenta-se na forma qualitativa a releitura da interpretação dos dados a partir da imagem 
dos gráficos originários do TCC- monografia, de 2010.2, na perspectiva fazer uma discursão sobre o 
resultado da pesquisa da influência da natação sobre a melhora na socialização dos alunosdo 5º ano da 
Escola CEJE no Município de Boa Vista-RR. 
Pela natação se tratar de um esporte completo que pode ser praticado sem restrições desde o nascimento 
até a vida adulta.comoenfatizaMassaud (2004), a natação representa uma atividade física completa, 
possível de ser praticada em várias etapas da vida, ora como terapia, recreação, ora como competição a 
natação. 
A sua prática regular, oferece inúmeros benefícios, dentre eles uma maior resistência muscular, melhor 
captação de oxigênio pelos pulmões, prevenção e tratamento de doenças respiratórias e circulatórias, 
além de ser uma atividade física que pode ser bastante divertida e prazerosa..Taharaet al (2006),diz que 
são beneficios no aspecto físico, a possibilidade de realizar movimentos sem causar impacto às articulações 
e tendões, estimulação de toda a musculatura e manutenção do tônus muscular, efeitos benéficos sobre o 
sistema respiratório e cardiovascular, recuperação de enfermidades, entre outros. BLAKSBY (1995) diz que 
a natação pode interferir positivamente no desenvolvimento motor da criança e também na formação de 
sua personalidade e inteligência. 
Diante de tantos argumentos, a natação pode fazer uma grande diferença para o desenvolvimento afetivo- 
social das, já que as atividades realizadas na piscina possibilitam a socialização, o desenvolvimento dos 
aspectos neuropsicomotores, além de outras vantagens na formação da sua personalidade, pois a criança 
irá aprender a lidar com o desafio e tolerar o fracasso como caminho da vitória. 
 
Gráfico 1 - Mudanças no afetivo- social 
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70%
30%
Houve mudanças no afetivo-
social (socialização) depois 
que começou a praticar …
Sim
Não
Gráfi 
No gráficopode perceber alegaram que conseguiram mais amigos depois que começaram a pratica 
natação, 70% dos entrevistados afirmam tal fato, sendo que 30% , contrários, dizem que nada mudou, que 
a quantidade de amigos continua a mesma. 
Assim percebe-se queos alunos que tem apratica da natação possuem um melhor desenvolvimento 
afetivo- social. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A natação é um esporte diferenciado, por ser uma atividade praticada em um meio específico e por ser 
uma atividade tida como utilitária, pois pode assegurar a sobrevivência. Assim, várias são as influências 
que levam uma criança ou um adulto a se dedicar a natação: por uma questão da prática esportiva, pelo 
fator saúde, pela estética ou pelo simples prazer do contato com a água. A água atrai o homem de 
qualquer idade, ainda mais uma criança. 
Como ficou claro neste trabalho o movimento tem um papel fundamental no desenvolvimento humano 
(cognitivo, psicomotor, afetivo-social), portanto a Educação Física Escolar deve considerar esses aspectos 
como independentes e interdependentes. Sobre os conteúdos a serem desenvolvidos nas aulas, os 
mesmos implicam na estruturação de um ambiente que auxilie as crianças a incorporar a dinâmica da 
solução de problemas, do “espírito” de descoberta nos domínios da cultura de movimento. 
Através dos resultados dos dados, a natação, sim, caracteriza um diferencial no desenvolvimentoafetivo – 
social dos alunos. Sendo unanimidade entre os entrevistados, a prática da natação representa grandes 
ganhos no que tange aos critérios comportamentais e de socialização. 
 Finalizando, e estabelecendo sugestões, se entende que as três dimensões do conteúdo podem e devem 
ser trabalhadas nas aulas de natação: conceitual: história da natação, utilidade da natação ao longo do 
tempo, relação da natação com o lazer, com o esporte e com a qualidade de vida, as regras, por exemplo, 
podem ser apresentados e discutidos com os alunos; procedimental: as fases da aprendizagem, os nados, 
as saídas e as chegadas devem ser trabalhados; atitudinal: respeito a vida e aos colegas, a cooperação, a 
solidariedade devem ser cultivados e desenvolvidos. Que este trabalho possa contribuir com futuros 
profissionais de Educação Física que queiram implementar aulas de natação ou simplesmente buscar 
conhecimentos a respeito do tema. 
 
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MINAYO, M.C.S. TEORIA, MÉTODO E CRIATIVIDADE, 21ª Edição - Petrópolis, 2002 
 
QUEIROZ, Claudia Alexandre. Recreação Aquática. Rio de Janeiro, Sprint, 2000. 
 
RUA MESTRE ALBANO,N: 3397,BAIRRO: ASA BRANCA,BOA VISTA – RORAIMA.CEP:693122298 
TEL: (95) 9138-0537 
carliene_souza@hotmail.com 
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ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO DE 
JOVENS E ADULTOS 
 
ENDSON DOS SANTOS LIMA 
CARLIENE DE SOUZA SANTOS 
MARCIA ROSANA DE OLIVEIRA SENNA 
endson-lima@bol.com.br 
 
RESUMO 
Este artigo de caráter bibliográfico e de campo surge a partir dos estudos realizados sobre o Ensino da 
Educação Física na Educação de Jovens Adultos, com o propósito de analisar como se desenvolvem as aulas 
de Educação Física Escolar na Educação de Jovens e Adultos – EJA, em seis escolas da rede Estadual de 
ensino no município de Boa Vista – RR, 2013. A amostra é composta pelos professores de Educação Física e 
alunos da EJA, a partir da verificação e análise da práxis do professor. Apresentando em forma de gráficos 
as respostas dos alunos que foram indagados sobre a importância da disciplina, a fim de verificar o 
interesse dos discentes com as aulas de Educação Física. Nesta perspectiva a pesquisa contribuiu para 
melhor organização didática e pedagógica no ensino da Educação Física, ressaltando, a importância da 
Educação Física na EJA a ser mais uma oportunidade de atuação profissional da área justificando a 
relevância desse componente curricular da base educacional brasileira. 
 
Palavras-chave: Educação Física. Ensino. Educação de Jovens e Adultos. 
 
ABSTRACT 
This article bibliographical and field comes from studies on the Teaching of Physical Education of Young 
Adult Education, in order to analyze how to develop physical education classes in the School of Adult 
Education - EJA, in six schools of the State school system in Boa Vista -. RR, 2013 The sample consists of the 
Physical Education teachers and students of AYE from the verification and analysis of teacher practice. 
Presenting in the form of graphs the responses of students who were asked about the importance of 
discipline in order to verify the interest of students with physical education classes. In this perspective the 
research contributed to better teaching and educational organization in the teaching of physical education, 
stressing the importance of physical education in the EJA to be another opportunity in the area of 
professional activity justifying the relevance of this curricular component of the Brazilian educational 
foundation. 
. 
Keywords: physical education. education. youth and adults. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Este artigo surge a partir dos estudos realizados sobre o Ensino da Educação Física na Educação de Jovens e 
Adultos: Desafios e Necessidades. Apresentado na forma artigo – pós graduação, com o propósito de 
analisar a importância da Educação Física na Educação de Jovens Adultos. 
Nesse aspecto, a Educação Física é chamada a corresponder, através do esporte, lazer, dança, ginástica e 
qualidade de vida entre outras áreas de dominância que gerem o letramento, ou seja, a gerar saberes 
significativos para a formação humana e não somente a reprodução corporal, de forma tecnicista 
projetado para o mundo do trabalho.Dessa maneira, torna-se importante mostrar aos profissionais da área 
e à sociedade em geral, a opinião dos alunos do EJA em relação às aulas de Educação Física, assim como, 
disseminar possível melhora na metodologia e aceitação das aulas por parte desses alunos. 
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Sendo assim, o objetivo da pesquisa foi o de analisar, através dos professores de Educação Física e alunos, 
como se desenvolviam as aulas de Educação Física Escolar na EJA em seis escolas Estaduais no município 
de Boa Vista-RR, análise da práxis do professor dessa disciplina, apresentando ao final do artigo sugestões 
de adequação do currículo de Educação Física na Educação de Jovens e Adultos. 
Considerando a importância da Educação Física na Educação de Jovens e Adultos, utilizam-se gráficos 
elaborados a partir das respostas dos alunos que oportuniza verificar o entendimento, as dificuldades, as 
abordagens utilizadas e a predominância destas no desenvolvimento das aulas. 
 
2 METODOLOGIA 
O presente trabalho caracteriza-se como sendo uma pesquisa bibliográfica e de campo, de natureza quali-
quantitativa, sob o olhar fenomenológico e voltado para o tipo de pesquisa bibliográfica. 
Neste sentido, apresenta-se a seguir a analise a partir do gráfico, elemento finalizador da organização 
metodológica e apresentação do resultado deste estudo teórico. 
Quanto à natureza, corresponde a uma pesquisa qualitativa por procurar capturar a situação ou fenômeno 
em toda a sua extensão, que em sua investigação qualitativa segue uma “Perspectiva Fenomenológica – 
que busca entender o comportamento humano do ponto de vista dos próprios atores sociais, busca a 
essência dos fenômenos e procura captar como eles são evidenciados pelas pessoas” (COSTA, 2001, p.39). 
A natureza quantitativa por apresentar a quantificação de opiniões, utilizando-se para isso, recursos e 
métodos estatísticos em forma de gráficos sistematizando as informações coletadas através dos 
questionários. 
A pesquisa se deu através da aplicação de roteiros de entrevista estruturada com questões fechadas e 
abertas com os professores de Educação Física e questionários com perguntas fechadas aplicados aos 
alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA. 
Com o olhar fenomenológico, buscamos investigar no contexto do ensino oferecido no período noturno 
para Jovens e Adultos aproximando e os distanciando do desenvolvimento das aulas de Educação Física. 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
3. 1. ANÁLISE DA PRÁXIS DOCENTE 
 
A partir da coleta de dados e da observaçãodas aulas percebeu-se que todos os seis professores 
entrevistados possuem a mesma metodologia de ensino, especialmente quanto aos conteúdos oferecidos 
na aula. As principais respostas relativas a esse ponto diz respeito à utilização de jogos de mesa como 
dama, dominó e baralho, nos quais os alunos se sentem mais motivados de fazer as aulas, sendo que 
apenas uma professora respondeu que além destes meios, empregava também a temática esportiva na 
disciplina. As dificuldades mais recorrentes dos professores com o desenvolvimento das aulas ainda é 
ausência de material pedagógico, justificando a pouca variação dos conteúdos. 
Comprovou-se também quanto aos temas das aulas, todos os entrevistados aplicam nas suas aulas 
assuntos relacionados à Atividade Física e Saúde, como palestras, debates e até mesas redondas, 
demonstrando que os docentes seguem uma parte da Abordagem da Saúde renovada. 
Outra questão relevante da entrevista foi o motivo de atuar na Educação de Jovens e Adultos, em que os 
seis professores entrevistados continuam com a mesma resposta: complementar a carga horária de 
trabalho com a outra escola que trabalha durante o dia. 
Quanto à concepção dos alunos sobre o papel da Educação Física na EJA, os educadores revelaram 
respostas semelhantes, as quais de que os discentes acreditam infelizmente em uma aula somente 
direcionada para o desporto e à aptidão física, ou seja, eminentemente prática, fazendo com que poucos 
se interessem pela disciplina devido ao público trabalhador que está matriculado no ensino noturno. Essa 
dura realidade se reflete na LDB 9.394/96 art. 26, alterada pela Lei 10.793/03 que trata a Educação Física 
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como uma área reducionista focada somente no físico, esquecendo de outros importantes temas 
pertencentes à disciplina. 
Na questão da orientação curricular, nenhum dos professores entrevistados segue uma Proposta Curricular 
e/ou plano de ensino da escola para o planejamento das aulas, devido à proposta curricular esta fora da 
realidade do público da EJA. Outros professores nunca ouviram falar em currículo para EJA, desconhecem 
tal proposta. 
De acordo com todos os educadores entrevistados, a prática e orientação da atividade física como área 
temática da Educação Física é a contribuição mais evidente que a disciplina pode gerar para os jovens e 
adultos, a qual pode trazer sensibilização desse público para com os benefícios da qualidade de vida e 
saúde através de aulas que utilizem assuntos sobre o estresse e atividades de relaxamento que levem os 
alunos considerar a Educação Física como um componente curricular relevante para a EJA indo de 
encontro ao que o autor a seguir comenta: 
 
[...] os estudantes de EJA, segundo alguns colaboradores, apresentam interesse em conhecer mais sobre os 
processos fisiológicos que ocorrem no organismo durante a prática de atividades físicas e ainda efeitos e 
riscos que a acompanham. Para vários colaboradores, as aulas constituem uma possibilidade de 
conscientização para uma prática adequada de atividades físicas ou, por outro lado, uma 
instrumentalização para o lazer através da vivência de distintas práticas corporais. (GUNTHER et. AL. 2009, 
p.8). 
 
Assim, a Educação Física torna-se importante não só como uma prática de atividade física, mas 
conhecimentos sobre o corpo e cuidados com este, ou seja, uma prática adequada e consciente. 
 
3. 2. PARTICIPAÇÃO E INTERESSE DOS ALUNOS DA EJA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Foram aplicados questionários aos alunos que continham duas perguntas fechadas, os quais abordavam 
sobre a necessidade do ensino da Educação Física na Educação de Jovens e Adultos, participação dos 
discentes nas aulas depois de longo dia trabalho, ao final, sugestões de conteúdos para a Educação Física 
como componente curricular. Também foram observadas duas aulas de Educação Física da EJA, nas escolas 
pesquisadas. 
A partir destes questionários, foram elaborados gráficos representando cada pergunta. 
 
GRÁFICO 1 
85%
15%
Pergunta n.º 1 - A Educação Física é uma disciplina 
necessária na educação de jovens e adultos (EJA)?
Sim
Não
 
 
De acordo com o gráfico 1, um grande percentual dos alunos pesquisados respondeu positivamente, o 
que, no entanto, não condiz com a realidade observada, pois infelizmente os discentes não vêem a 
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Educação Física como disciplina e sim, como um mero momento livre de lazer e descanso, no qual somente 
há realização de jogos sem objetivos concretos, sendo que um dos motivos que mais colaboram com esse 
triste contexto é apenas da exigência da freqüência nas aulas sem uma participação efetiva da classe na 
aula. Araújo critica a visão deturpada que se tem até hoje do ensino da disciplina discutida: 
O que se verifica no decorrer da história da Educação Física é que suas aulas são representadas como uma 
aula: do tempo livre, do “faz-de-conta”, da “bola-bola”, de fazer atividades de outras disciplinas, de falar 
do capítulo de uma novela, do lazer, do “tampa buraco de outras matérias”. (ARAÚJO, 2008, p. 27) 
Quanto aos estudantes que responderam negativamente, percebe-se que no momento o maior objetivo é 
a conclusão dos estudos para que tenha uma qualificação melhor a fim de buscar oportunidades maiores 
no mercado de trabalho. 
 Assim, Carvalho (1994) chama a atenção para o fato de que o estudo à noite parece representar um 
prolongamento da jornada de trabalho; pois muitos destes alunos, após trabalharem o equivalente à oito 
horas diárias, deslocam-se sem tempo para descanso rumo às escolas, onde irão trabalhar por mais 
algumas horas. Desta jornada tripla participam tanto os alunos quanto os professores. É a luta pela 
sobrevivência, onde ambos, desempenhando papéis contrários, participam como atores do ensino 
noturno. É preciso que a escola entenda-o enquanto sujeito participante das relações de trabalho e 
questione que tipos de relação e de trabalho estão em jogo. 
 
GRÁFICO 2 
 
46%
13%
41%
Pergunta n.º 2 - Depois de um longo dia de 
trabalho o aluno da EJA deve participar da aula 
de Educação Física:
Sim
Não
Às vezes
 
 
Considerando a segunda pergunta, pode-se perceber que houve certo equilíbrio entre as respostas sim e 
às vezes, no qual gráfico 2 aponta que a maioria acredita que deve participar das aulas, contudo, como 
visto anteriormente na primeira questão, tratam a disciplina como um espaço livre para outras atividades. 
Em segundo, os alunos crêem que às vezes deve-se está nas atividades que não demandem grande esforço 
físico devido a exercício laboral realizado durante todo o dia. Quanto os que disseram não, observam-se 
um público feminino que tem um tabu antigo com o ensino tradicional da Educação Física. 
Nessa perspectiva o autor propõe indagações como novas alternativas para o componente no ensino de 
jovens e adultos: 
 
Por que não a utilização de aulas de Educação Física na EJA para, considerando o discurso da LDB, de que 
os alunos estão cansados para o exercício da mesma (facultatividade), onde poderíamos trabalhar com 
meditação, relaxamento ou ginástica laboral, por exemplo. Por que não trabalharmos com a história das 
artes marciais: capoeira, judô, caratê... etc, de forma que os sujeitos as redescubram enquanto 
instrumentos de libertação e luta contra a subserviência? Por que não trabalhar com jogos adaptados na 
EJA de forma a ropiciar lazer, prazer e diversão para estes sujeitos que chegam já “cansados” de um dia 
inteiro de trabalho? (COSTA et. AL. 2007, p.2). 
 
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Deste modo, evidencia-se o campo de conteúdos da Educação Física que pode e/ou deve ser trabalhados 
nas aulas de EducaçãoFísica na EJA, para uma maior participação dos alunos. 
De essa forma os autores a seguir refletem sobre uma nova proposta para a Educação Física para os jovens 
e adultos: 
 
[...] precisamos pensar em uma Educação Física escolar para o ensino noturno que busque atender ao 
aluno em todos os seus domínios, ou seja, que dê oportunidades para estes alunos expressarem seus 
valores, suas vontades, seus desejos e fazer com que se libertem das "algemas da dependência", que sejam 
seres humanos que tenham uma visão crítica sobre seu papel na sociedade e consigam com isso dar um 
salto para um verdadeiro conhecimento válido. (SILVA e SILVA, 2007, p.4) 
 
Portanto, pode-se dizer que a Educação Física na EJA deve ter como objeto principal o diálogo entre 
professor e aluno, para acima de tudo, realizar um trabalho que estimule a participação dos alunos, 
utilizando-se das vivências destes e da diversificação de conteúdos para formação do cidadão crítico e 
atuante na sociedade. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Considerando as reflexões que este artigo nos proporcionou e a análise do material coletado, notou-se que 
a prática docente do profissional de Educação Física para com a Educação de jovens e adultos vem 
considerando as particularidades desse público, visto que, a metodologia empregada nas aulas aborda 
temas relacionados à Atividade Física e Saúde. Contudo, no que tange à proposta de ensino, ainda é 
necessário avançar na orientação curricular, relativo aos conteúdos que são utilizados nas aulas de 
Educação Física, para que esta se torne valorizada, rompendo com o olhar voltado apenas como um 
espaço de prática de jogo sem promoção de aprendizagem significativa aos estudantes da EJA. 
Assim observa-se que os professores necessitam de uma formação continuada que condiza com as 
necessidades dos alunos da EJA, promovendo a construção de um currículo que leve em consideração a 
perspectiva do aluno trabalhador na práxis de ensino da Educação Física, deste modo gerando aulas 
contextualizadas com a realidade do ensino noturno. 
Sinalizamos que os alunos já rompem com paradigmas sobre a concepção de ensino, visto que acreditam 
na Educação Física, frente a sua importância nesta modalidade de ensino, entretanto ainda compreendem 
o ensino desta forma sendo organizado tradicionalmente utilizando o esporte como conteúdo prioritário. 
Sugerem-se então adequações curriculares que perpasse pela holística do aluno trabalhador: 
Construção conjunta entre gestão, professores, alunos e comunidade em uma Proposta Curricular para a 
EJA que contemple mais essa alternativa de conhecimento à formação do ser humano, como 
reconhecimento às várias linguagens e expressões que do sujeito é de direito; 
Atribuição de notas por meio de avaliação do processo com aplicabilidade de instrumentos: seminários, 
pesquisa e palestras temáticas, relatórios das aulas - de vídeos, entre outros, sendo em grupo, a fim de 
aumentar o comprometimento dos alunos e professores com as aulas de Educação Física; 
Abordagem de temas relativos à Atividade Física e Saúde, qualidade de vida, esporte, ginástica de 
formação geral, assim possibilitando a sensibilidade e conhecimento sobre o vasto campo de atuação 
desta área. 
É possível afirmar, enquanto pesquisadores e professores, que este estudo foi de fundamental importância 
na aquisição de novos conhecimentos, na abertura de novos horizontes e possibilidades de atuação no 
âmbito educacional, especialmente no ensino da Educação Física na Educação de Jovens e Adultos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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__________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da 
educação nacional. Brasília, DF, 1996. 
 
CARVALHO, C. P. de. Ensino noturno: realidade e ilusão. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 1994. 120p. 
 
COSTA, Leandro da et al. A educação física no currículo da educação de jovens e adultos: análise dos 
documentos curriculares. Trabalho de conclusão de curso de Especialização. Florianópolis, SC: CEFET-SC, 
2007. Disponível em <wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/b/b5/MonografiafinalPROEJA.pdf> Acessado 
22/03/2011 às 17:30:45. 
 
COSTA, Sérgio Francisco da. Os Caminhos da Investigação. 5ª ed. São Paulo: Harba, 2001. 
 
GÜNTHER, Maria Cecília C. et. al. A prática pedagógica da Educação Física na Educação de Jovens e Adultos 
– um estudo nas escolas estaduais de Londrina (PR). Congresso Norte Paranaense de Educação Física 
Escolar, [online]. Londrina: UEL, 2009. Disponível em: 
<www.uel.br/eventos/conpef/conpef4/trabalhos/comunicacaooralartigo/artigocomoral1.pdf> Acessado 
em 10/11/2011 às 20:37:55. 
 
SILVA, Sheila A. P. dos S. e SILVA, Hugo C. Nunes da. Educação Física no ensino noturno: um estudo de 
caso. Buenos Aires: Revista Digital, janeiro de 2007, Ano 11, N° 104. Disponível 
www.efdeportes.com/efd104/educacao-fisica-ensino-noturno.htm 
 
 
ENDEREÇO DO AUTOR: 
Avenida Ataíde Teive, número: 972, bairro: mecejana. Boa Vista – Roraima. CEP: 69.304-360 
TEL: (95) 9114-3757 
endson-lima@bol.com.br 
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EXERCÍCIOS FÍSICOS COMO TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO PARA 
OSTEOARTRITE DE JOELHO 
 
RANGOUSSIS, B.¹; COSTA, A.C (Orientador).² 
 
1 - Faculdade Mogiana do Estado de São Paulo - Maceió – Brasil. 
2 - FaculdadeMogiana do Estado de São Paulo - Distrito Federal – Brasil. 
bruno_rangoussis@hotmail.com 
 
RESUMO 
Introdução: A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) vem ocorrendo nos últimos anos 
em países desenvolvidos e em desenvolvimento sendo vista como uma das principais características do 
processo de transição epidemiológica, transformando o paradigma de saúde, onde doenças crônicas e 
degenerativas afetam principalmente a população idosa, assumam papel de destaque. Algumas doenças 
aumentam sua permanência a partir dos 60 anos, como é o caso da osteoartrite. A osteoartrite (OA) é uma 
doença crônico-degenerativa, multifatorial que acomete a cartilagem articular, levando a incapacidade 
funcional progressiva, alterações ósseas, rigidez a movimentação, deformidades, e que atinge 
repetidamente as articulações que sustentam peso, como por exemplo, o joelho. 
Objetivo: Expor as principais evidências relacionadas ao uso do exercício físico como tratamento não 
farmacológico na melhora dos sintomas decorrentes da osteoartrite de joelho. Metodologia: Trata-se de 
uma revisão bibliográfica, com a utilização das bases de dados eletrônicos de periódicos indexados; foram 
analisadas as publicações a partir do ano 1999 até o ano de 2015, na base PubMed e na base Scientific 
Electronic Library Online (Scielo) Resultados: Foiselecionado um total de 11 artigos, encontrados nas bases 
de dados Scielo e PubMed. De acordo com o ano de publicação, os artigos classificados foram os 
publicados entre os anos de 1999 a 2015. Conclusão: Pôde-se perceber que o exercício físico é colocado 
como método eficaz de intervenção terapêutica no tratamento não farmacológico da osteoartrite, tendo 
como suas principais ações a redução da dor e o aumento da mobilidade. 
 
Palavras-chave: Osteoartrite. Osteoartrite de joelho.Exercícios e osteoartrite. 
 
ABSTRACT 
Introduction: The prevalence of chronic noncommunicable diseases (NCD) has been taking place in recent 
years in developed and developing countries is seen as one of the main characteristics of the 
epidemiological transition, transforming the health paradigm, where chronic and degenerative diseases 
affect mainly elderly, assume a prominent role. Some diseases increase their stay from 60, as in the case of 
osteoarthritis. Osteoarthritis (OA) is a chronic degenerative and multifactorial disease that affects articular 
cartilage, leading to progressive disability,

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