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Estudo de caso UNISANTA

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Estudo de Caso
Alice é professora da educação infantil e foi designada para atender uma sala de alunos especiais em uma escola da cidade. Entre seus alunos de 5 anos há Miguel, que lhe chamou mais a atenção, por ser um caso à parte, assim, a professora começa a investigação. Miguel não fala, foge da sala e sempre está com muito medo. Mostra extrema agitação e dificuldade na construção do processo de aprendizagem, mesmo se tratando de um diagnóstico especial. Possui atenção comprometida, não tolera frustração e irrita-se com facilidade. Apresenta dificuldades em manter contato visual, brincar compartilhado e tem interesse restrito a objetos ou partes particulares dos objetos como, por exemplo, girar a roda de um carrinho por horas ao invés de explorar o brinquedo como um todo. Apresenta resistência a mudança de rotinas e estereotipias (movimentos repetitivos). 
A família de Miguel procurou ajuda de outros profissionais e trouxe para a escola o diagnóstico revelando que Miguel é autista. Alice, a professora, tem muitas dúvidas sobre a melhor maneira de desenvolver um trabalho com Miguel e o grupo de alunos. Sua prioridade é que ele aprenda a brincar, interagir com os colegas e compreenda as regras sociais e a rotina da sala de aula e da escola.
 - De que maneira Alice poderá desenvolver um trabalho que atenda a todas as crianças da sua turma? - Como Alice (a professora) pode descobrir se Miguel é realmente autista? Ele pode não ser? Ou pode ter outras deficiências também?
Estudo de Caso
Considerando a situação proposta e as observações de Alice, Miguel demostra comportamentos clássicos de autismo, no entanto para que tenha clareza nas informações que irão direcionar seu trabalho pedagógico com o Miguel e os demais alunos, precisa primeiramente, conversar com os pais do aluno, para conhecer o histórico de comportamento do mesmo. Se houve alguma intervenção especializada ou escolar que visasse o desenvolvimento de sua capacidade sociocomunicativa e comportamental. Se o diagnóstico apresentado, fora embasado em observações seguras (Interação Social; Comunicação e Comportamento) realizado por uma junta multifuncional de profissionais e se seu comportamento sofre alteração dependendo do ambiente, número de pessoas presentes, contexto familiar, parques, etc.
É compreensiva a insegurança do professor que inicia um processo de ensino aprendizagem com uma criança autista, pois a sensação é que ela se recusa a interagir e a aprender qualquer coisa proposta por ele. Por isso, a observação atenta das necessidades específicas dos alunos é fundamental, para proporcionar um ambiente adequado, com intervenções necessárias, que facilite o desenvolvimento da interação social, comportamental e cognitiva. Para isso, é de extrema importância que o professor aprimore o seu conhecimento, pois terá maiores facilidades de identificar os comportamentos relacionados às Deficiências Múltiplas e ao autismo, quando for necessário.
Deve-se compreender que pessoas com TEA, muitas vezes, não aprendem de acordo com um desenvolvimento típico, na maioria das vezes elas precisam de intervenções específicas ou mediação para o aprendizado, com sala de aula inovadora e atrativa, contendo objetos que lhe chamem atenção e desperte interesse. As estratégias e recursos usados devem enfatizar a parte visual, uma vez que alunos autistas tendem aprender por este mecanismo. 
 Alice pode chamar a atenção de Miguel para as atividades e enriquecer a comunicação, trabalhando a função simbólica por meio de livros, contação de histórias, música, artes e outros canais sensoriais privilegiando os vínculos afetivos. Miguel precisa encontrar significado nas atividades pedagógicas de forma concreta para estabelecer sentido ao que está aprendendo. 
Sabemos que as crianças aprendem brincando, assim Alice pode devolver brincadeiras com os alunos. Essa é uma ferramenta lúdica para desenvolver o potencial cognitivo, psicomotor, social e afetivo da criança, sempre respeitando o seu nível de desenvolvimento e a promoção de aulas muito prazerosas. 
São muitos os recursos que podem favorecer o desenvolvimento de Miguel. Mas esse é um trabalho que deve ser desempenhando com muito carinho, paciência e empatia, oferecendo assim um ambiente seguro para o mesmo. Além disso, Alice deve trabalhar em parceria, com a família, a escola, e os profissionais de saúde, para juntos dar o suporte necessário para que Miguel desenvolva sua autonomia em relação à vida pessoal, familiar, social e acadêmica.

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