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1 Inseminação artificial em tempo fixo em vacas Biotecnologia da Reprodução aula 07 Inseminação artificial em tempo fixo em bovinos Prof. Dr. Jair Camargo Ferreira Disciplina: Biotecnologia da Reprodução Curso: Medicina Veterinária Eficiência reprodutiva Eficiência reprodutiva 2 • baixa • 30 - 40% a) falha na detecção de cio b) fase lútea prolongada c) aumento do metabolismo devido a alta produção • baixa concentração de progesterona d) estresse térmico Taxa de prenhez no Brasil Parto Concepção Parto Período de serviço Gestação 365 dias 75-85 dias 280-290 dias Eficiência reprodutiva Intervalo entre partos - 365 dias Período de serviço - 85 dias Gestação- 280 dias Cria # 1 Cria # 2 Gestação Involução uterina Período de concepção 55 dias Intervalo entre partos ideal Dia 30 Taxa de prenhez no Brasil • Protocolos de indução de estro e ovulação “ Inseminação artificial realizada em momento pré-programado sem a necessidade de detecção de cio ” Protocolo hormonal a) Sincronização do estro b) Sincronização da ovulação Inseminação artificial em tempo fixo a) Elimina a detecção de cio b) Facilita o manejo da IA c) Concentra o trabalho em dias pré-determinados d) Aumenta o número de animais inseminados/↓tempo e) Diminui a duração da estação de monta f) Melhor planejamento • estação de partos • estação de monta subsequente Vantagens da IATF 3 Concentração das parições 1) Custo dos hormônios 2) Refrigeração de alguns hormônios 3) Dificulta o uso de sêmen sexado 4) Amplia a necessidade de mão de obra qualificada 5) Estrutura para manejar os animais Desvantagens da IATF • O que é necessário a) estrutura física (manejo das vacas e remoção de bezerros) b) manejo sanitário c) manejo nutricional • Quando utilizar a) Falha de detecção de cio b) Alta taxa de anestro pós-parto Implementação da IATF • Objetivo a) Obter melhoramento genético do rebanho por meio da IA b) Diminuir a estação de monta • Quando fazer a) dentro da estação de monta b) vacas paridas no final da estação de parição Implementação da IATF 4 o Pontos negativos da monta natural a. taxa de concepção baixa b. baixo incremento de potencial genético c. custo elevado (manutenção dos machos) o Realidade brasileira a. tipo de criação nacional b. comodidade c. tradição d. falta de instrução Quando substituir a detecção de cio + IA pela IATF • Método 01: Detecção de cio + IA a) Quando é rentável • detecção de cio > 50% • IATF é inviável b) Quando não é viável • detecção de cio < 50% • < taxa de concepção • > intervalo entre partos Quando substituir a detecção de cio + IA pela IATF ? Fazenda 1 • Detecção de cio: 55% • TC por IA pós-detecção de cio: 45% • TC por IATF: 35% Fazenda 2 • Detecção de cio: 28% • TC por IA pós-detecção de cio: 50% • TC por IATF: 35% Quando substituir a detecção de cio + IA pela IATF Fatores que influenciam a IATF Inseminador • capacitação • > fertilidade Manejo • horários • doses • higiene Escore corporal • 3,0 • 4,0 Estresse • > cortisol • < LH Pós-parto • nutrição • balanço energ. neg. Desmame temporário • retorno ao cio mais rápido 5 Objetivos a) induzir a emergência de uma onda de crescimento folicular sincronizada b) controlar a duração do crescimento folicular até o estágio pré-ovulatório c) sincronizar a retirada da progesterona exógena e endógena d) induzir a ovulação sincronizada em todos os animais Manipulação do ciclo estral na IATF Manipulação do ciclo estral na IATF D iâ m e tr o f o li c u la r Dias pós-ovulação 0 E2 LH FSH 21 PGF 10 17 Etapas da IATF Sincronizar a emergência de onda b) Indução da atresia folicular • P4 + E2 a) Indução da OV • GnRH • LH • hCG • E2 Manipulação do ciclo estral na IATF 6 o Ovulação de folículos dominantes o Subsequente emergência folicular o Importante para sincronizar a nova onda folicular b) GnRH, LH ou hCG • alto custo • pouco utilizados no Brasil • início e final da IATF a) E2 • baixo custo • final da IATF Indutores de ovulação • Indução de ovulação com ECP o não recomendado para induzir OV no inicio da IATF o Sincronização de emergência folicular inadequada ** não usar ECP em D0 ** pode usar no final da IATF Indutores de ovulação: Estrógeno Benzoato LH Maturação folicular Meia-vida dos diferentes estrógenos 1. Estrógenos com meia vida longa o Baixa eficácia para sincronização de emergência de onda • Cipionato de estradio (ECP) • Valerato de estradiol • utilizado após a remoção do dispositivo intravaginal de P4 Meia-vida dos diferentes estrógenos 7 2. Estrógenos com meia vida curta o Maior eficácia para sincronização de emergência de onda • Benzoato de estradiol • utilizar associado com P4 no início do protocolo de IATE Meia-vida dos diferentes estrógenos • Estrógeno associado à progesterona 1. E2 + P4 feedback negativo FSH atresia folicular 2. Induz emergência de nova onda entre 3 e 5 dias pós-tto o usados no inicio do protocolo de IATF exemplo: BE + Dispositivo intravaginal de P4 Indutores de regressão folicular • GnRH associado à progesterona 1. GnRH + P4 feedback negativo FSH atresia folicular 2. emergência de nova onda entre 3 e 5 dias pós-tratamento o usados no início do protocolo de IATF Exemplo: GnRH + Dispositivo intravaginal de P4 Indutores de regressão folicular Controlar a duração da fase progesterônica a) Indução da luteólise • PGF2α b) Suplementação com P4 • Dispositivos de P4 • Implantes de P4 Manipulação do ciclo estral na IATF 8 Importância da induzir a luteólise • Ação luteolítica • Possíveis momentos de tratamento a) Após a indução da emergência da nova onda folicular • Induzir a luteólise de possíveis CLs b) No momento e/ou após a retirada do dispositivo de P4 • evitar um possível bloqueio da ovulação Controle da fase progesterônica: PGF2α 1. Prostaglandina natural • Dinoprost trometamina: meia vida curta/ concentração 2. Análogos de prostaglandina • Dl-cloprostenol: mais potente ; concentração menor • Luprostiol: meia vida maior * Prostaglandinas só tem efeito em CLs ativos Controle da fase progesterônica: PGF2α Controle da fase progesterônica: Progestágenos a. Inibição do pico de LH impedem ovulações precoces b. Mimetizar o diestro 9 1. Fonte Sintética (Progestágenos) o implantes subcutâneos: CRESTAR o administrado por via oral: Premix MGA 2. Fonte Natural (Progesterona) o dispositivos intravaginais (CIDR, PRID, DIB, Cronipress) Controle da fase progesterônica: Progestágenos 1. Progestágeno + E2 no início do protocolo o sincronizar de emergência de onda 2. Manutenção do Progestágeno por 7-9 dias o mimetizar diestro 3. PGF2α na retirada do dispositivo o mimetizar a luteólise o aumentar a taxa de sincronização de cio e ovulação Progestágenos Inserção de dispositivo Posicionamento de dispositivo 10 a) Vantagens • redução de custos • eficaz em animais sensíveis b) Desvantagens • vaginites • mão-de-obra • higiene Reutilização de dispositivos 1) Novilhas e vacas vazias da estação anterior a) Dispositivos de segundo ou terceiro uso (1,0-1,9g) b) Dispositivos monodoses (0,5g) • Animais mais sensíveis a P4 • Realizar exame US antes de iniciar a IATF o Fazer PGF2αna presença de CL 2) Vacas paridas em anestro • P4 de primeiro uso Reutilização de dispositivos 1 2 4 65 3 Reutilização de dispositivos Indução de ovulação sincronizada Manipulação do ciclo estral na IATF FÁRMACO OV PÓS-TTO (h) GnRH 26-30 LH 24-26 hCG 45 E2 67-70 11 7.0 8.5 D iâ m e tr o f o lic u la r (m m ) 7.0 8.5 10.0 10.0 D iâ m e tro fo lic u la r (m m ) Bos taurus Bos indicus 0% (0/9) (3/9) 33.3% 80% (8/10) 0% (0/9) 90% (9/10) 80% (8/10) (Sartori et al., 2001) (Gimenes et al., 2005) Capacidade ovulatória • Produzida pela placenta da égua prenhe • Atividade de LH e FSH • ↑ Níveis os níveis circulantes de P4 • ↑ na tx de prenhez quando adicionado aoprotocolo • ↑ tx de prenhez, principalmente animais com anestro pós-parto ou ↓ EC Uso de gonadotrofina coriônica equina (eCG) • Sistema de cria brasileiro o Extensivo • Tratamentos Mão de obra Custo o Diminuir o número de tratamentos Ideal o fechar o lote somente três vezes Reduzir o número de tratamentos Base farmacológica da IATF D0 D6-9 D9-11 12 Dispositivo intravaginal de P4 dia 0 8 9 10 BE PGF2α remover P4 (manhã) + BE = benzoato de estradiol PGF2α = prostaglandina Protocolo de IATF clássico (corte) • Quatro manejos • vacas e novilhas • indução de OV com ECP I.A (a tarde)ECP Dispositivo intravaginal de P4 dia 0 8 10 BE BE + PGF2α remover P4 (manhã) + BE = benzoato de estradiol PGF2α = prostaglandina Protocolo de IATF clássico (corte) • três manejos • novilhas • indução de OV com BE I.A (a tarde) Dispositivo intravaginal de P4 dia 0 7 8 9 GnRH PGF2α remover P4 (manhã) + BE = benzoato de estradiol PGF2α = prostaglandina Protocolo de IATF clássico (leite) • Quatro manejos • vacas e novilhas leiteiras; receptoras de embrião • indução de OV com GnRH I.A (manhã) (tarde) GnRH Protocolo J-Synch Dispositivo de P4 BE Remover P4 PGF GnRH Dia 0 6 9 I.A • Novilhas para IATF • Vacas receptoras de embrião 1. Não exige detecção de cio 2. Prolongado intervalo entre P4 e OV 13 Dispositivo intravaginal de P4 dia 0 8 10 BE ECP+eCG+PGF2α remover P4 (manhã) + BE = benzoato de estradiol ECP = cipionato de estradiol PGF2α = prostaglandina IATF com dispositivo reutilizado (corte) • três manejos • vacas lactantes I.A (a tarde) a) dispositivo novo: IA (48-54 pós ECP) b) dispositivo reutilizado: IA (48 pós ECP) Repasse com touro (atualizado) • proporção 1:20 ou 1:40 • durante 75 dias de repasse IATF com repasse de touro • Touro mantem a fertilidade • economia com reprodutores D0 D8 D10 dispositivo intravaginal de P4 BE PGF2α + BE + eCG D13 I.A. M.N. (tarde) (manhã) U.S. IATF com repasse de touro M.N. D0 D8 D10 dispositivo de P4 I.A. (manhã) D38 D48 D51 dispositivo de P4 BE I.A.U.S.U.S. IATF com repasse de touro PGF2α + BE + eCG (tarde) BE PGF2α + BE + eCG (tarde) 14 IATF seguida de monta natural IATF + Ressincronização + Monta natural IATF com dois tratamentos luteolíticos Induzir OV com Benzoato de estradiol ou Cipionato de estradiol ? Dúvidas frequentes 15 Efeito de BE e ECP na taxa de concepção BE CE LH LH P4 P4 72h 72h 46h 22h24h 26h 26h Momento do pico de LH após indução da OV Tratar com PGF2α em antes de remover o P4 ? Dúvidas frequentes Efeito do tratamento com PFG em dias diferentes Manifestação de cio Prenhez 16 Manter o dispositivo de P4 por 7, 8 ou 9 dias ? Dúvidas frequentes o Taxa de prenhez em gado de corte Manutenção do dispositivo por 7 ou 9 dias o Taxa de prenhez em gado de corte Manutenção do dispositivo por 8 ou 9 dias 8 dias 9 dias Mingoti et al., 2016 o Taxa de prenhez em gado de leite Manutenção do dispositivo por 7 ou 9 dias 9 dias8 dias 24.8% 21.7% 17 Detectar o cio na IATF é benéfico ? Dúvidas frequentes Detectar o cio na IATF Importância da manifestação de cio na IATF dispositivo de P4 dia 0 5 7 8 IA (tarde) novilhas em cio PGF2α remover P4 (manhã) + GnRH IA (manhã) demais novilhas + GnRHGnRH • corte & leite • sêmen sexado ou raros IATF com detecção de cio (novilhas) • aumenta a taxa de prenhez 18 GnRH PGF2α remover P4 (manhã) + dispositivo cio + PGF2α (tarde) IA (tarde) vacas no cio IA (manhã) demais vacas + GnRH dia 0 5 7 8 dispositivo de P4 IATF com detecção de cio (vacas) • corte & leite • sêmen sexado ou raros • 02 tratamentos com PGF • aumenta a taxa de prenhez 5--- 8h --- Inseminação artificial em tempo fixo em vacas Biotecnologia da Reprodução aula 07
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