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Anamnese e Avaliação Psicológica

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Anamnese é uma entrevista médica utilizada por psicólogos e médicos que possui técnicas para poder estabelecer uma avaliação e diagnóstico do indivíduo. É a base a partir da qual se pode estabelecer um tratamento ou iniciar uma psicoterapia de apoio ou outra qualquer. Pretende-se que se consiga obter o máximo de informação possível sobre a história e o passado do sujeito. Tem de se ter em conta não só o que é dito mas também como é dito, bem como observar a linguagem corporal do indivíduo. São indispensáveis os aspetos da realidade mas também das representações e do imaginário, da vida interna e da vida externa do sujeito. 
	A avaliação psicológica é um processo técnico e científico realizado com pessoas ou grupos de pessoas que, de acordo com cada área do conhecimento, requer metodologias específicas. Ela é dinâmica, e se constitui em fonte de informações de caráter explicativo sobre os fenômenos psicológicos, com a finalidade de subsidiar os trabalhos nos diferentes campos de atuação do psicólogo, dentre eles, saúde, educação, trabalho e outros setores em que ela se fizer necessária. Trata-se de um estudo que requer um planejamento prévio e cuidadoso, de acordo com a demanda e os fins aos quais a avaliação se destina. Segundo a Resolução CFP nº 07/2003, “os resultados das avaliações devem considerar e analisar os condicionantes históricos e sociais e seus efeitos no psiquismo, com a finalidade de servirem como instrumentos para atuar não somente sobre o indivíduo, mas na modificação desses condicionantes que operam desde a formulação da demanda até a conclusão do processo de avaliação psicológica”. Cumpre enfatizar que os resultados das avaliações psicológicas têm grande impacto para as pessoas, os grupos e a sociedade.
	Teste psicológico, também chamado de psicometria, o uso sistemático de testes para quantificar o comportamento psicofísico, habilidades e problemas e fazer previsões sobre o desempenho psicológico.
Testes projetivos (auto expressivos): Também conhecidos como impressionistas, Baseiam-se no conceito freudiano de projeção. São compostos por tarefas pouco ou nada estruturadas. Sistema de apurações voltadas mais para aspectos qualitativos. Elucidam aspectos inconscientes, do sujeito sem que estes passem pelo crivo da consciência. As interpretações podem ser pouco fidedignas dependendo da formação do avaliador. Necessidade de árduo treinamento Se dividem em: Projetivos (Rorschach, Zulliger), Gráficos ( HTP – House tree person), Expressivos ( PMK, Palográfico), Temáticos (TAT, CAT).
Testes objetivos (psicométricos): Esses testes se baseiam em respostas fisiológicas para medir um determinado elemento. Diferentemente dos testes projetivos, os objetivos contam com respostas já prontas, como em testes de verdadeiro ou falso ou de múltipla escolha, que devem ser elegidas pela pessoa que for realizá-lo e não com percepções do inconsciente, que são os resultados, por exemplo, do teste de Rorschach. Para o estudioso Raymond Cattel, esses testes são aqueles nos quais “o comportamento do sujeito é medido, para definir sua personalidade, sem que ele saiba de que maneira seu comportamento poderá afetar sua interpretação”. Se dividem em: Escalas (BDI, BAI, ETPC, ETC.), Inventários (IFP, NEO, PI-R, etc.), Acerto e erro (G-36, Raven, BPR-5, etc.).
	A Psicometria é um campo científico da Psicologia, que busca construir e aplicar instrumentos para mensuração de constructos e variáveis de ordem psicológica, aliada a métodos de análise estatística, principalmente a partir do refinamento matemático da análise fatorial, da modelagem de equações estruturais e da Teoria de Resposta ao Item, além de outras técnicas multivariadas, pelas quais são possíveis mensurar e analisar a estrutura de constructos psicológicos, ou mais precisamente processos mentais(Pasquali, 2009).	
	A teoria clássica dos testes (TCT) apareceu pela primeira vez no século XX a partir do trabalho de Spearman. Pode, de alguma forma, ser considerada o começo da psicometria. A palavra teste, neste conceito, refere-se às provas destinadas a avaliar conhecimentos, aptidões ou funções. A TCT se preocupa em explicar o resultado final total, isto é, a soma das respostas dadas a uma série de itens, expressa no chamado escore tota 
	Validade (construto, conteúdo, critério, etc.)A validação exige uma análise extensa de evidência, baseada em afirmações explícitas sobre as interpretações, e envolve a tomada em consideração de aspetos vários e contraditórios. Aborda-se a validade como uma hipótese e recorre-se à teoria, à lógica e ao método científico para recolher e juntar dados que suportem ou recusem as interpretações num dado momento, como explica Downing (2003). relaciona-se à questão que investiga se o teste está medindo o construto que se propõe medir. Nesse sentido, é de se esperar que a variação nos escores observados em um teste esteja associada, em certo grau, ao construto psicológico que o teste se propõe medir. Os estudos de validade investigam essa expectativa testando empiricamente se o teste está medindo a variável conforme foi planejado.
	Precisão está associada ao erro de medida, isto é, à diferença entre o escore observado de um sujeito em um teste, do valor verdadeiro que ele tem na variável latente. Em razão da complexidade própria às variáveis psicológicas, praticamente nunca a variabilidade em escores observados refletem com exatidão e precisão as diferenças reais na variável latente. Sempre haverá um erro de medida, ou seja, variações que não refletem as diferenças reais. Portanto, uma prática corrente é estimar a precisão de um determinado teste para conseguir estabelecer uma expectativa de quão errônea poderá ser a medida.
	Padronização
	Normatização
	A Teoria da Resposta ao Item, muitas vezes abreviada apenas por TRI, é um ramo da Teoria da Medida direcionado predominantemente ao estudo de questionários e outras listas de itens, com ampla aplicação em diferentes áreas, tais como Econometria, Psicometria, Publicidade, ranking esportivo, Sociologia, Pedagogia etc. No campo da Psicometria, a TRI distingue-se da Teoria Clássica dos Testes (TCT) por dar uma abordagem em que se investiga individualmente as propriedades de cada item, ao passo que na Teoria Clássica dos Testes se investiga as propriedades do conjunto de itens que constituem o teste. Ela é atualmente utilizada em testes como o TOEFL e o Enem. A TRI, por outro lado, não está interessada no escore total em um teste; ela se interessa especificamente por cada um dos 30 itens e quer saber qual é a probabilidade e quais são os fatores que afetam esta probabibilidade de cada item individualmente ser acertado ou errado (em testes de aptidão) ou de ser aceito ou rejeitado (em testes de preferência: personalidade, interesses, atitudes).
	Dificuldade
	Discriminação do item é realizada através do escore total de um teste, portanto, ocorre uma incongruência, uma vez que a discriminação de cada item é testada contra o escore total que é formado por todos os itens de um teste, inclusive do item que se analisar.
	Acerto ao acaso (Este parâmetro representa a probabilidade de um indivíduo com baixa proficiência acertar casualmente um item, utilizando o popular “chute”).
	
	Dessa forma, a TCT tem interesse em produzir testes de qualidade, enquanto a TRI se interessa por produzir tarefas (itens) de qualidade.

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