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Psicopatologia no trabalho - Aspectos contemporâneos (depressão, alcoolismo, burnout)

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Trabalho e Saúde Mental
Psicopatologia no Trabalho Aspectos Contemporâneos – 
Psicopatologia no Trabalho
Psicopatologia no Trabalho (PPT)= psicopatologia do Trabalho.
Quem adoce e quem sofre é o ser humano que trabalha.
A doença no trabalho e alterações da Saúde Mental é bastante antigo.
Primeiras publicações em Psiquiatria Ocupacional
Psicopatologia no Trabalho.
Sofrimento Mental
A noção de sofrimento mental não corresponde à doença e nem à do transtorno mental.
Existem mecanismos de defesa que são acionados nas situações de vida e nas do trabalho para evitar a ansiedade, o medo, a depressão, as vivências de desproteção ou de sentir-se ameaçado.
3
Ana Freud 
Mecanismos de Defesa que são acionados nas situações de vida e de trabalho para evitar a ansiedade, o medo, a depressão, as vivencias de desproteção ou de sentir-se ameaçado.
Ana Freud (1968) estudou os mecanismos de defesa.
Mecanismos de Defesa
Repressão→ é o primeiro mecanismo que o Ego utiliza na defesa contra o ID. Este mecanismo frustrará a liberação de energia instintiva, de modo que ele não pode tornar-se consciente ou expressar-se em forma de comportamento aberto. 
Ex. desejo reprimido de xingar, brigar com o chefe.
Mecanismos de Defesa
Negação – Negação é a tentativa de não 
aceitar na consciência algum fato inconsciente e que perturba o ego.
 Ex.:
 - Um indivíduo é bastante agressivo na sua forma de falar com as outras pessoas. Ao lhe falarem isso, ele não consegue perceber e nega que isso seja verdade;
 - Apesar de alguém declarar “ter muita raiva de alguém”, as pessoas próximas dessa pessoa dizem que isso mais parece uma “paixão reprimida”. 
No entanto, a pessoa nega que isso seja verdade. 
 
Mecanismos de Defesa
Recalque→ O indivíduo “não vê”, “não ouve” o que ocorre. Existe a supressão de uma parte da realidade.
Ex. O filho não escuta quando o pai deixa ir para a balada e pede que ele esteja em casa no máximo as duas horas da manhã e ele chega as seis horas.
Empresa o funcionário pede para o chefe se pode emendar o feriado, o chefe deixa só se ele terminar o relatório de vendas do último trimestre. Ele emenda o feriado esquece de fazer o relatório.
Mecanismos de Defesa
Sublimação→ é a satisfação dos impulsos e desejos de maneira modificada ou transformada em atos socialmente aceitáveis. Os impulsos se manifestam sem ferir as conveniências sociais.
Ex. Desejo de dar um soco no chefe e soca a mesa.
Pego uma prova na qual tirei zero e amasso ou pico e jogo no lixo, quando a vontade era picar o professor.
Mecanismos individuais de defesa psicológica
Segundo Dejours (1993) , tanto os mecanismos individuais de defesa psicológica quanto as estratégias coletivas defensivas podem amenizar o sofrimento e protelar a eclosão de transtornos mentais.
Nem todas as defesas psicológicas são negativas do ponto de vista da preservação da saúde mental.
A constituição da em sua Relação com a Ética
Subjetividade: é construída ao longo das experiências sociais da existência de cada ser humano.
Subjetividade é a forma predominante como somos conduzidos a nos tornarmos sujeitos de nossos atos pela incitação, imposição ou convencimento com relação aos valores e verdades dominantes em um determinando tempo e em um determinado contexto (NARDI, 2006)
A constituição da em sua Relação com a Ética
Processos sociais que incidem na subjetivação dos empregados:
Patamar empresarial onde se definem as políticas internas da organização.
Transformações no processo de trabalho.
Adoção de novos equipamentos poupadores de mão de obra e a política de pessoal.
Novas práticas gerenciais e de organização do trabalho que irão impactar na subjetividade (HELONANI, 2003) .
A constituição da em sua Relação com a Ética
As políticas de pessoal assumem grande peso na caracterização da sociabilidade e dos mecanismos psicológicos de defesa dos trabalhadores.
Nesse âmbito que se delineiam novas práticas gerenciais e de organização do trabalho que irão impactar na subjetividade. 
SUBJETIVIDADE - CONCEITO
Subjetividade→ É a forma predominante como somos conduzidos a nos tornarmos sujeitos de nossos atos pela incitação, imposição ou convencimento com relação aos valores e verdades dominantes em um determinado tempo e em um determinado contexto (NARDI, 2006).
Ética Empresarial
Nardi (2006) constata que “a ética empresarial do executivos estão subordinadas a um valor maior a Competitividade 
Valores impostos à subjetivação dos trabalhadores:
Valores e verdades impostos,
Pressões sociopsicológicas que engendram sentimentos nos processos de subjetivação que vão criar novas condutas e novas culturas.
Componentes nos processo de subjetivação que prevalecem na atualidade
Disseminação do medo;
Insegurança e incerteza;
Apagamento da justiça como valor fundamental 
 Justiça = núcleo da própria ética.
4) Individualismo que se sobrepõe à solidariedade.
Individualismo é essencial para a internalização do controle dos trabalhadores, como na era taylorista-fordista.
Poder Organizacional
O poder organizacional abandonou parcialmente o controle exterior e passou a comandar a subjetividade, atuando sob os desejos e fantasias dos trabalhadores.
Internalização da dominação.
Subjetividade nos contextos Organizacionais contemporâneos
Os trabalhadores coexistem como aqueles que atingem toda a sociedade.
Ideologia da globalização. Ideologia que reconhece como uma verdadeira cultura (cultura de excelência) na qual os valores instaurados presidem aos comportamentos e passaram a conformar crenças e mitos.
Elementos da ideologia da Excelência
Elementos que fazem parte da ideologia da excelência e da cultura que lhe corresponde:
Competitividade;
Flexibilidade (a exigência da flexibilidade prejudica as fontes de Saúde Mental que são a sublimação e o reconhecimento;
Culto à velocidade, à agilidade, a tudo que é “rápido e enxuto” (estruturas e pessoas).
Elementos da ideologia da Excelência
4) Evitação dos sentimentos = síndromes da insensibilidade.
5) Apagamento da Ética→ indivíduo sofre pressões para abandonar seu sentido ético (DEJOURS, 1999).
6) Polivalência: o trabalhador especializado é forçado a passar à condição de polivalente, vivenciando a perdas do seu amor próprio e sua identidade.
Episódio Depressivo Relacionado ao Trabalho.
Roudinesco (1999) afirma que a sociedade atual pode ser caracterizada por uma sociedade depressiva.
A depressão domina a subjetividade contemporânea.
A depressão não é uma doença, mais um estado.
Riscos da ação clínica da depressão
Existe riscos da ampliação de definição clínica da 
depressão: 
Medicalização da sociedade;
Uso indiscriminado de produtos psicotrópicos para,
Tentar amenizar um mal-estar de natureza social.
Episódios depressivos no trabalho 
O trabalho atua na gênese e evolução de trabalhos depressivos, porém há necessidade de um estudo acurado histórico de vida e trabalho do trabalhador.
Os episódios de período depressivo vinculados ao trabalho se relaciona com uma perda importante ou uma sucessões de frustações no contexto do ambiente profissional, 
Episódios Depressivos no Trabalho 
Falta de apoio social e ausência de alternativas concretas para a superação desse fato;
A falta de reconhecimento;
A perda de reconhecimento;
O avanço tecnológico substituindo a especialidade do trabalhador;
Episódios Depressivos no Trabalho 
Desqualificação e autodesvalorização→ Trabalhadores que possuíam especialidades e que foram transferidos de setor ou mudaram de cargo, onde não podiam exercer essas especialidades.
Incentivo para os trabalhadores se tornarem polivalentes (multifuncionais), devido a modernização.
Episódios Depressivos no Trabalho 
Sentir-se alvo de injustiça;
Ser preterido sistematicamente ou em ocasiões sucessivas;
Ser excluídos de eventos significativos promovidos pela empresa ou pelo grupo de trabalho que faz parte;
Ser prejudicadopor não receber informações importantes para seu desempenho ou progressão funcional;
Episódios Depressivos no Trabalho 
Sofrer outras formas de discriminação, humilhação ou isolamento no ambiente de trabalho.
Esses aspectos acima descritos podem ser proposital para promover o desprestígio, a aniquilação moral e o desestabilização emocional do empregado, que são caracterizadas como Assédio Moral.
Alcoolismo Crônico Relacionado ao Trabalho
A dependência de bebidas alcoólicas é problemática de alta complexidade sendo explicada pela interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais.
Processos psicossociais são importantes também no processo de alcoolismo. 
Alcoolismo Crônico Relacionado ao Trabalho
O álcool possui propriedade farmacológicas relaxantes, calmantes, anestesiantes, euforizantes, desinibidoras e estimulantes proporcionado Bem-Estar.
Esse bem estar é que leva milhões de pessoas à sua utilização.
Induz o sono, podendo ser procurada por pessoas que sofrem de insônia, principalmente as insônias causadas por inquietações no trabalho, tornando-se um hábito.
Síndrome de Dependência
O alcoolismo crônico é considerado uma síndrome de dependência.
Dependência psicológica e física o que acarreta mal-estar e sintomas decorrentes da perturbação na fisiologia.
Essa dependência de álcool possui fatores:
Biológicos,
Psicológicos e,
Sociais.
Alcoolismo no Brasil 
Carvalho (2003), afirma que no Brasil o alcoolismo compromete 20% da nossa força de trabalho.
Existe uma negação por parte dos dependentes.
Quando o trabalhador perde o emprego o alcoolismo costuma se agravar, ocorrendo muitas vezes a ruptura de laços familiares, levando a marginalização.
Alcoolismo no Brasil 
O alcoolismo é o agravo mental que se apresenta em segundo lugar nas estatísticas mundiais de morbidade psiquiátrica .
Primeiro lugar é ocupado pela depressão.
No Brasil a estimativa é de 12 milhões em situações de dependência do álcool.
Acidentes de Trabalho e sua Relação com o Trabalho.
Motoristas profissionais envolvidos em acidentes de Trânsito o que caracteriza acidentes de trabalho;
Acidentes de trajeto;
Acidentes de trabalho relacionados com ingestão de bebidas alcoólicas, sendo 25% de todos acidentes e 16% de acidentes fatais.
Prevalência do Alcoolismo 
Estudos demonstram a prevalência do alcoolismo em determinadas ocupações e situações de trabalho:
Situações em que realizam atividades socialmente desprestigiadas por envolverem atos ou materiais considerados desagradáveis ou repugnantes. 
Ex: coveiro, atividades de esgotos, trabalho com lixo e dejetos, apreensão e sacrifício de cães.
Prevalência do Alcoolismo 
2) Situações em que a tensão gerada é constante e elevada. Envolvem vários tipos de atividades tensiógenas:
Trabalho perigoso;
Trabalho intensivo sob altas exigências de desempenho e rapidez;
Trabalho que exige auto-controle emocional intenso e continuado.
Prevalência do Alcoolismo 
Trabalho repetitivo, monótono, que gera tédio e insatisfação;
Trabalho em situações de isolamento. EX. plataforma submarinas, viagens continuadas como os marinheiros ou viajantes comerciais.
Síndrome do Esgotamento Profissional BURN-OUT
O Síndrome do Esgotamento Profissional (código Z73-0 ) na classificação oficial.
BURN-OUT: Expressão inglesa que significa “queimado até o final”.
Tradução para o português
 Burn-Out = estar acabado – CID 10 com código Z73-0
Herbert Freudenberger associa a Sindrome a um incêndio devastador, um “incêndio interno” (subjetivo).
BURN-OUT
A Sindrome de Burnout→ é um estado psicológico angustiado que um funcionário pode vivenciar depois de muito tempo no trabalho. 
Uma pessoa que sofre de Síndrome de Burnout sente-se emocionalmente esgotada e tem baixa motivação, apresentando pouca energia e entusiasmo no trabalho. 
Os três componentes da Síndrome de Burnout e resultados
	Componente
	Resultados
	Exaustão Emocional
	Absenteísmo, fadiga.
	Despersonalização
	Tratamento insensível e desinteressado em relação a clientes e outras pessoas.
	Senso de realização pessoal reduzida
	Baixa motivação
Desempenho insatisfatório
Fatores Estressantes e desgastantes no trabalho associados a Síndrome de Burnout
Carga pesada de trabalho
Baixo Controle
Ambiguidade de papéis
Conflito de papéis
Síndrome de
Burnout 
 
Absenteísmo
Insatisfação
Sintomas de Saúde 
Desempenho insatisfatório
Rotatividade
Síndrome do Esgotamento Profissional BURN-OUT
Freudenberger identificou dois tipos de pessoas que estão expostas ao “apagão interno” ligado ao Burn-Out
1) Indivíduos dinâmicos e propensos a assumir papéis de liderança ou de grande responsabilidade ;
2) Idealistas que colocam grande empenho em alcançar metas impossíveis de serem atingidas.
Síndrome do Esgotamento Profissional BURN-OUT
Os profissionais que desenvolvem Burn-Out são na maioria aqueles que prestam serviços a outras pessoas, cuidadores.
Ex: professores, enfermeiros, médicos e assistentes sociais, executivos.
Síndrome do Esgotamento Profissional BURN-OUT
Nas organizações atuais com mudanças constantes levam os profissionais a atingirem metas cada vez mais avançadas e extenuantes podendo levar ao esgotamento profissional.
Referências 
Seligman-Silva E. Psicopatologia no Trabalho: Aspectos Contemporâneos. 
SPECTOR, P. E.; tradução Yamagami, C. Psicologia nas Organizações. 4º ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

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