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AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO ABDUTORA

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PROGRAMA DE APRIMORAMENTO 
PROFISSIONAL 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA GONZALEZ FAYÃO 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO ABDUTORA E DAS VARIÁVEIS RADIOGRÁFICAS 
DO QUADRIL DE ADOLESCENTES COM ESCORREGAMENTO EPIFISÁRIO 
PROXIMAL DO FÊMUR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2018 
 
 
 
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO 
PROFISSIONAL 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 
COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
JÚLIA GONZALEZ FAYÃO 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO ABDUTORA E DAS VARIÁVEIS RADIOGRÁFICAS 
DO QUADRIL DE ADOLESCENTES COM ESCORREGAMENTO EPIFISÁRIO 
PROXIMAL DO FÊMUR 
 
 
 
Monografia apresentada ao Programa de 
Aprimoramento Profissional/CRH/SES-SP, 
elaborada no Hospital das Clínicas da Faculdade 
de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade 
de São Paulo – USP/Departamento de 
Biomecânica Medicina e Reabilitação do 
Aparelho Locomotor. 
Área: Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia 
Orientadora: Ms. Larissa Martins Garcia 
Supervisora Titular: Profa. Dra. Marisa C. R. 
Fonseca 
 
 
 
 
 
 
RIBEIRÃO PRETO 
2018 
 
 
RESUMO 
Palavras chave: escorregamento epifisário proximal do fêmur, osteotomia basocervical, 
função abdutora 
 
O escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF) é a afecção do quadril mais 
comum na adolescência. Está associado à restrição para os movimentos de rotação interna e 
flexão do quadril, fraqueza do músculo glúteo médio e anormalidades no padrão de marcha. 
Como tratamento, alguns estudos tem mostrado que o procedimento cirurgico de osteotomia 
basocervical associada à cervicoplastia melhora a biomecânica e o alinhamento do quadril, 
restaura a posição trocantérica e melhora a função abdutora oferecendo o risco mínimo de 
necrose avascular da cabeça do fêmur. Poucos estudos correlacionaram a disfunção do 
membro inferior com alterações radiográficas após esse procedimento. Portanto, afim de 
avaliar e correlacionar a função abdutora com variáveis radiográficas, neste estudo foi 
realizada uma avaliação clínica prospectiva através da análise radiográfica (presença ou 
ausência de necrose avascular, ângulo cervicodiafisário, presença de coxa brevis e altura do 
trocânter maior), avaliação da amplitude de movimento (ADM) passiva de abdução do quadril 
com auxílio do goniômetro, teste de Trendelenburg e força muscular através do dinamômetro 
isocinético. Quarenta pacientes foram avaliados (25 pacientes submetidos a osteotomia 
basocervical associada a cervicoplastia e 15 voluntários considerados saudáveis). Os 
resultados mostraram que quanto menor o valor do ângulo cervicodiafisário, maior a chance 
de apresentar a queda da pelve, apresentar coxa brevis significa ter menor torque e menor 
ADM, quanto maior a classificação da altura do trocânter maior, menor foi a ADM. 
Concluindo que após procedimento cirúrgico de osteotomia basocervical associada a 
cervicoplastia para correção do EEPF alguns achados radiográficos se correlacionaram de 
forma significativa à avaliação física e nenhum achado radiográfico teve correlação com o 
IFA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. Introdução ............................................................................................................................. 5 
2. Materiais e métodos .............................................................................................................. 9 
2.1. Desenho do estudo ................................................................................................. 9 
2.2. Aspectos éticos........................................................................................................ 9 
2.3. Critérios de inclusão ............................................................................................... 9 
2.4. Critérios de exclusão .............................................................................................. 9 
2.5. Procedimentos ...................................................................................................... 10 
2.6. Procedimento cirúrgico ........................................................................................ 11 
2.7 Fisioterapia ............................................................................................................ 12 
2.8 Avaliação clínica ................................................................................................... 13 
 2.8.1 Avaliação da amplitude de movimento .................................................. 13 
 2.8.2 Teste clínico ........................................................................................... 14 
 2.8.3 Avaliação da força muscular .................................................................. 15 
2.9 Avaliação Radiográfica ......................................................................................... 17 
2.10 Avaliação estatística ............................................................................................ 17 
3. Resultados ........................................................................................................................... 18 
3.1 Dados demográficos .............................................................................................. 18 
3.2. Correlações ........................................................................................................... 19 
4. Discussão e conclusão ......................................................................................................... 21 
5. Referências .......................................................................................................................... 23 
APÊNDICE I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos pacientes maiores de 18 
anos ......................................................................................................................................... 29 
APÊNDICE II – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos representantes legais dos 
pacientes menores de 18 anos ................................................................................................. 31 
APÊNDICE III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos voluntários saudáveis 
maiores de 18 anos .................................................................................................................. 33 
APÊNDICE IV – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos representantes legais dos 
voluntários saudáveis menores de 18 anos ............................................................................. 34 
APÊNDICE V – Ficha de Avaliação ...................................................................................... 36 
ANEXOS I e II – Parecer Comitê de Ética ............................................................................. 40 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
O escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF) é a afecção do quadril mais 
comum na adolescência (LEHMANN et al., 2006). Essa doença pode ser traumática ou 
atraumática e é o resultado do deslizamento da metáfise proximal do fêmur em relação à 
cabeça femoral (LEBLANC et al., 2017) (Figura 1). A deformidade pode incluir aumento da 
altura do trocânter maior, colo femoral curto (coxa brevis), e redução do ângulo 
cervicodiafisário (coxa vara) (ALBERS et al., 2015; LODER et al., 2001). 
Figura 1. Reconstrução tridimensional da porção proximal do fêmur com escorregamento epifisário grave. Note 
a 
excentricidade da cabeça em relação ao colo, com grave desvio posterior. Na figura 1C está identificada a 
posição anatômica que a epífise femoral normalmente ocupa (Fonte: Maranho DAC. Escorregamento epifisário 
Proximal do Fêmur. Em Volpon JB. Fundamentos de Ortopedia e Traumatologia. 2013). 
Os pacientes podem apresentar restrição para os movimentos de rotação interna e 
flexão do quadril (CASKEY et al., 2014), com evolução para dor mal localizada no quadril, 
virilha, coxa ou joelho, fraquezado músculo glúteo médio e anormalidades no padrão de 
marcha (MILLIS, 2017; WESTHOFF et al., 2013). Goodwin et al (2007), mostraram redução 
do comprimento abdutor em pacientes com EEPF (GOODWIN et al, 2007). 
Essa afecção é mais frequente entre populações de hispânicos, polinésios, negros e 
americanos, a prevalência global varia de 0,7 a 10,8 adolescentes em cada 100 mil 
(LEHMANN et al., 2006; HART; GROTTKAU; ALBRIGHT, 2007). O sexo masculino é 
mais frequentemente acometido (LODER, 1996), numa proporção de 1,5 a 2,5 para 1 
(LODER, 1996; HART; GROTTKAU; ALBRIGHT, 2007; NOVAIS; MILLIS, 2012). A 
manifestação é no início da adolescência, mais especificamente dos 11 aos 12 anos no gênero 
feminino e dos 12 aos 13 para o masculino (LODER, 1996; LEHMANN et al., 2006; 
NOVAIS; MILLIS, 2012). A etiologia pode ser multifatorial e determinada por condições 
6 
 
vasculares, anatômicas, hereditárias, inflamatórias e endocrinológicas, tão como a obesidade 
(HART; GROTTKAU, ALBRIGHT, 2007; LEHMANN et al., 2011). Oitenta porcento dos 
casos de EEPF ocorrem em pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que o 
percentil noventa e cinco (MANOFF, BANFFY, WINELL, 2005; AVERSANO et al., 2016). 
As radiografias, além de auxiliarem o diagnóstico, também podem ser utilizadas para 
classificar a gravidade do EEPF. Southwick, em 1967, descreveu um método de classificação 
com base no desvio angular da epífise em relação ao eixo anatômico da diáfise femoral, a 
partir das incidências radiográficas anteroposterior e perfil. Na incidência em perfil, ângulos 
menores que 30 graus em comparação com o quadril contralateral sadio foram classificados 
como casos leves, entre 30 e 60 graus, moderados e os maiores que 60, graves 
(SOUTHWICK, 1967). 
O EEPF também pode ser classificado como agudo, crônico e crônico agudizado 
(FAHEY; O’BRIEN, 1965; MORRISSY, 1990). São considerados agudos casos com 
sintomas intensos, de início súbito e duração inferior a três semanas. Os casos crônicos 
apresentam sintomas de início gradual e por mais de três semanas, sem picos de exacerbação 
repentinos, e os casos crônicos agudizados são aqueles em que ocorrem episódios súbitos de 
dor intensa, aguda, em escorregamentos crônicos (FAHEY; O’BRIEN, 1965; BOYER; 
MICKELSON; PONSETI, 1981; ARONSON; CARLSON, 1992; LODER; SKOPELJA, 
2011) (Figura 2). 
 
Figura 2. Visão geral das diferentes condições de escorregamento epifisário proximal do fêmur (EEPF). No 
deslizamento agudo, pode ocorrer torção do retináculo dos vasos levando isquemia da epífise femoral. No EEPF 
crônico, pode ocorrer formação de forma reativa de calo, principalmente, na região posterior da metáfise. Na 
situação crônica agudizada, a torção pode ocorrer novamente (Fonte: TANNAST, M, JOST, L.M.; LERCH, 
7 
 
T.D.; SCHMARANZER, F.; ZIEBARTH, K.; SIEBENROCK, K.A. The modified Dunn procedure for slipped 
capital femoral. Journal of children's orthopaedics, v. 11, p. 138-14, 2017). 
Outra classificação para o EEPF diz respeito à estabilidade epifisária. Segundo Loder, 
Aronson e Greenfield (1993), escorregamentos são considerados estáveis quando o paciente é 
capaz de apoiar no membro acometido com ou sem muletas e são considerados instáveis 
quando o paciente sente muita dor e não consegue apoiar no lado acometido, mesmo com 
auxílio de muletas (LODER; ARONSON; GREENFIELD, 1993). 
Os tratamentos variam de epifisiodese in situ a cirurgias mais complexas, como 
osteotomias com ou sem luxação do quadril (FAHEY; O’BRIEN, 1965; LODER; DIETZ, 
2012), com o objetivo de restaurar a função do quadril, reduzir dor e melhorar amplitude de 
movimento e força muscular (BITTERSOHL et al., 2015), e que isso se mantenha a longo 
prazo, usando uma técnica segura, com o menor número de complicações possíveis (LODER, 
2017). 
Evidências consideram a epifisiodese in situ como o tratamento de escolha para 
escorregamentos estáveis (ESCOTT et al., 2015). A literatura mostrou bons resultados a 
longo prazo para epifisiodese in situ em deslizamentos leves, porém em casos com desvio 
maior, em particular naqueles com escorregamentos graves, os resultados são piores 
(CASKEY et al., 2014; NOVAIS et al., 2015). 
A epifisiodese in situ é realizada sem a redução do desvio, e a epífise permanece em 
posição não anatômica. A deformidade residual está associada com cinemática anormal do 
quadril e impacto femoroacetabular, o que pode levar ao aparecimento precoce da osteoartrite 
do quadril (ESCOTT et al., 2015). Portanto, somente a epifisiodese in situ pode não ser 
suficiente para permitir a completa resolução dos sintomas e melhorar a função do quadril em 
pacientes com EEPF moderado e grave, visto que a deformidade não é corrigida (NOVAIS et 
al., 2015). 
Com objetivo de diminuir a presença e o grau das deformidades residuais, reduzir os 
riscos de impacto femoroacetabular e osteoartrite, e melhorar a amplitude de movimento, a 
combinação de outra técnica cirúrgica como a osteotomia pode ser indicada (CASKEY et al., 
2014; FU et al., 2014; NOVAIS et al., 2015). 
A osteotomia femoral basocervical é capaz de melhorar significativamente a 
biomecânica e o alinhamento do quadril, entretanto, tem menos potencial para corrigir a 
8 
 
deformidade porque a correção é feita "à distância” com retirada de cunha óssea 
anterossuperior na base do colo femoral. Em contrapartida, essa osteotomia está associada a 
menor risco de osteonecrose (KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976; BARMADA et al., 1978). 
A osteotomia femoral basocervical é uma correção compensatória, já que a 
deformidade em retroversão da epífise permanece, mas é compensada pela anteversão e 
valgização realizada na base do colo femoral (KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976). Esta técnica 
é recomendada para casos de EEPF moderados e graves, em que o deslizamento é maior que 
10 milímetros e o desvio apresenta mais de 30 graus nos exames radiográficos (KRAMER; 
CRAIG; NOEL, 1976; FISH, 1984). Dos pacientes diagnosticados com EEPF moderado e 
grave, alguns apresentam a cabeça femoral posicionada principalmente em retroversão em 
relação ao colo, que pode ser parcialmente visualizado após a exposição cirúrgica e 
capsulotomia (KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976). O acesso cirúrgico utilizado é o lateral 
direto, com divulsão das fibras musculares do tensor da fáscia lata, e desinserção das fibras 
rotadoras internas do glúteo médio, e de todo o glúteo mínimo (HARDINGE, 1982). 
Uma deformidade residual decorrente da osteotomia basocervical é a saliência 
metafisária do EEPF, que leva ao impacto femoroacetabular com limitação da mobilidade 
articular do quadril, principalmente para os movimentos de flexão, adução e rotação interna 
(RAB, 1999; LEUNIG et al., 2000). A cervicoplastia permite atenuar ou eliminar o impacto 
femoroacetabular, já que possibilita a retirada da proeminência metafisária da junção 
cervicocapital. A cervicoplastia isolada, portanto, não é capaz de corrigir a retroversão da 
epífise, apenas remove saliências da junção cervicocefálica femoral, por isso é uma técnica 
realizada em associação à osteotomia (BALI; HARRISON; BACHE, 2014; ERICKSON; 
SAMORA; KLINGELE, 2017). 
Além do risco de impacto femoroacetabular, osteonecrose da cabeça do fêmur e 
osteoartrite, também pode ser observado, após tratamento do EEPF, a disfunção da função do 
membro inferior (redução de amplitude de movimento (ADM) e fraqueza do músculo glúteo 
médio) (WESTHOFF et al, 2013). Poucos estudos mostram a disfunção do membro inferior 
após osteotomia basocervical (BALI; HARRISON; BACHE, 2014; ERICKSON; SAMORA; 
KLINGELE, 2017). Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar a função abdutora 
e correlacioná-las com variáveis radiográficas do quadril de adolescentes com EEPF 
moderado e grave submetidos à osteotomia basocervical associado à cervicoplastia. 
9 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
2.1 Desenho de estudo 
Trata-se de uma avaliação clínica prospectiva, em que os pacientesforam recrutados 
no Ambulatório de Ortopedia Pediátrica do HCFMRP (Hospital das Clínicas da Faculdade de 
Medicina de Ribeirão Preto) em seus retornos pós-operatórios. Após a consulta médica 
rotineira, os que preenchiam os critérios de inclusão seguiram para o serviço de fisioterapia 
do Centro de Reabilitação do HCFMRP, onde receberam orientações e encaminhamentos para 
tratamento fisioterapêutico. 
2.2 Aspectos éticos 
 Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HCFMRP (processos 
HCRP 942.952 e 2.357.360 - Anexos I e II). Foram solicitadas assinaturas dos termos de 
consentimento livre e esclarecido dos pacientes (Apêndice I) ou dos seus respectivos 
representantes legais (Apêndice II), assim como dos voluntários saudáveis (Apêndice III) ou 
dos seus respectivos representantes legais (Apêndice IV). Esta atividade de pesquisa não 
provocou qualquer influência no tratamento médico, fisioterapêutico, ou de qualquer outra 
modalidade de tratamento. 
2.3 Critérios de inclusão 
Os critérios de inclusão foram os seguintes: 
 Pacientes com idades entre 10 e 20 anos, com diagnóstico de EEPF moderado ou 
grave e tratados com osteotomia basocervical associada à cervicoplastia em pelo 
menos um dos quadris. 
 Pacientes cujo procedimento cirúrgico e o seguimento ambulatorial pós-operatório 
foram realizados no HCFMRP. 
 Seguimento mínimo ambulatorial de um ano e se submeteram a, pelo menos, duas das 
avaliações clínicas periódicas aos seis, 12 e 24 meses de pós-operatório realizados 
pela equipe da fisioterapia do HCFMRP. 
2.4 Critérios de exclusão 
Os critérios de exclusão foram os seguintes: 
10 
 
 Pacientes com traumas prévios nos quadris. 
 Défice cognitivo que pudesse dificultar a compreensão das avaliações. 
 Condições neurológicas e/ou musculoesqueléticas capazes de interferir no 
desempenho das avaliações, como paralisias, epilepsias, alterações importantes de 
sensibilidade, rigidez articular grave e dor. 
 Pacientes que não compareceram às avaliações periódicas e não puderam ser 
reagendados por informações de contato desatualizadas. 
 Pacientes que não aceitaram participar do estudo ou cujos respectivos responsáveis 
legais não aceitaram (no caso dos voluntários com idade inferior a 18 anos). 
2.5 Procedimentos 
Entre os anos de 2012 e 2015, 30 pacientes com EEPF passaram pelo procedimento de 
osteotomia basocervical associada à cervicoplastia no HCFMRP. Cinco pacientes perderam o 
seguimento ambulatorial ou a avaliação de força em dinamômetro isocinético e não foram 
reagendados por falta de contato ou recusa. Dessa forma, neste estudo foram avaliados 25 
pacientes com seguimento mínimo de um ano. Complicações como osteonecrose, condrólise 
ou rigidez do quadril não ocorreram. 
Dos 25 pacientes incluídos com EEPF moderado ou grave, quatro pacientes foram 
submetidos à osteotomia basocervical e cervicoplastia bilateralmente. Dos 21 pacientes 
submetidos à osteotomia basocervical unilateralmente, sete pacientes apresentaram EEPF 
contralateral e foram submetidos à epifisiodese in situ. Destes sete pacientes, cinco tinham 
EEPF leve e dois moderados. Quatorze pacientes apresentaram EEPF unilateral (Figura 3). 
A avaliação clínica realizada incluiu a mensuração da amplitude de movimento de 
abdução dos quadris, a realização do teste de Trendelenburg e do teste de força da 
musculatura abdutora do quadril em dinamômetro isocinético. 
Um grupo controle também foi avaliado e continha 15 voluntários saudáveis, sem 
história clínica de traumas ou doença nos quadris e membros inferiores, os quais foram 
recrutados no município de Ribeirão Preto e passaram por anamnese e exame físico para 
confirmar ausência de anormalidades nos quadris. Em caso de inclusão, foram encaminhados 
ao Centro de Reabilitação do HCFMRP e submetidos à mesma avaliação clínica realizada 
pelos demais pacientes, porém não foram avaliados radiograficamente. 
11 
 
 
Figura 3. Fluxograma de seleção e alocação dos pacientes. 
2.6 Procedimento Cirúrgico 
A osteotomia basocervical (KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976; BARMADA et al., 
1978) associada à cervicoplastia (BALI; HARRISON; BACHE, 2014; ERICKSON; 
SAMORA; KLINGELE, 2017) foi indicada para casos de escorregamento moderado ou grave 
(ângulo de Southwick maior que 30º), crônicos e estáveis, e que tiveram perda completa de 
rotação interna e diminuição da flexão do quadril (inferior a 90º). A cirurgia foi realizada com 
o paciente em posição supina, por acesso direto lateral (HARDINGE, 1982). A porção 
anterior do glúteo médio foi dividida e elevada junto com o glúteo mínimo, permitindo ampla 
capsulotomia em Z (GANZ et al., 2001). Foi retirada cunha anterossuperior na base do colo 
(KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976), preservando o córtex posterior. Com manobras de 
rotação interna e abdução, fecharam a osteotomia e estabilizaram com sistema de placa de 
120º e parafusos de ângulo fixo. Para prevenir progressão do escorregamento e fratura do colo 
femoral, a epífise foi estabilizada in situ com um parafuso canulado de 7,0 mm. Após ampla 
exposição do colo do fêmur e do labrum acetabular, a cervicoplastia foi realizada (BALI; 
HARRISON; BACHE, 2014; ERICKSON; SAMORA; KLINGELE, 2017). O objetivo foi 
obter espaço suficiente para permitir flexão mínima de 95º sem rotação externa persistente. O 
12 
 
glúteo mínimo e a porção anterior do glúteo médio foram reinseridos com sutura transóssea 
(Figura 4). 
Figura 
4. Etapas da cirurgia A: acesso cirúrgico e desinserção do vasto lateral, glúteo médio e glúteo mínimo; B: 
demarcação da cunha óssea anterossuperior; C: osteotomia coaptada e estabilizada com placa e parafusos. D: 
junção cervicocapital após a cervicoplastia. 
2.7 Fisioterapia 
 Foi seguido o protocolo de reabilitação pós-operatória do HCFMRP, e de acordo com 
ele os pacientes com EEPF unilateral tiveram restrição total de apoio no membro inferior 
acometido e utilizaram muletas por seis semanas. Após esse período, a carga foi liberada 
gradualmente e os pacientes utilizaram uma ou duas muletas por um período de mais quatro 
semanas, dependendo dos achados radiográficos quanto à ossificação da placa de crescimento 
e consolidação da osteotomia. Para os casos de EEPF bilateral, o uso de cadeira de rodas foi 
recomendado durante as seis primeiras semanas de pós-operatório. 
Os pacientes fizeram fisioterapia durante o período em que ficaram internados na 
enfermaria hospitalar desde o primeiro dia de pós-operatório, quando iniciaram exercícios 
isométricos para os membros inferiores, mobilização passiva do quadril e treino de marcha 
13 
 
respeitando-se a liberação de carga. Após alta hospitalar, os pacientes foram acompanhados 
em ambiente ambulatorial pela equipe da fisioterapia e no período de três a quatro semanas de 
pós-operatório a mobilização ativa do quadril foi liberada. O fortalecimento dos principais 
grupamentos musculares do quadril com exercícios isotônicos ocorreu de forma gradual e 
teve início a partir da quarta semana com exercícios em cadeia cinética aberta. Exercícios em 
cadeia cinética fechada foram recomendados respeitando-se a liberação de apoio prescrita 
pela equipe médica. 
Os pacientes residentes em Ribeirão Preto foram atendidos pelo serviço de fisioterapia 
do Centro de Reabilitação do HCFMRP e os demais foram encaminhados para atendimento 
fisioterapêutico em sua cidade. 
2.8 Avaliação clínica 
Cada voluntário foi submetido à avaliação clínica periódica aos seis, 12 e 24 meses 
(Apêndice V) realizada por uma das duas pesquisadoras treinadas (fisioterapeutas com quatro 
e nove anos de experiência). 
2.8.1 Avaliação da amplitude de movimento 
A avaliação da amplitude de movimento de abdução passiva do quadril foi bilateral e 
realizada por goniometria. O instrumento utilizado foi o goniômetro universal de material 
plástico com 20 cm de comprimento (Carci®, modelo SH5205, São Paulo, Brasil).O voluntário foi posicionado em decúbito dorsal. Antes de solicitar o movimento de 
abdução, a fisioterapeuta certificou-se do alinhamento pélvico do paciente, mantendo as 
espinhas ilíacas anterossuperiores (EIAS) no mesmo nível e com os membros inferiores 
perpendiculares à linha que une as EIAS (MAGEE, 2010). Foi considerada a abdução passiva 
máxima antes da pelve começar a se mover. O membro inferior não acometido ou menos 
acometido foi avaliado primeiramente. 
 A avaliação foi feita na região anterior da coxa, sobre a articulação do quadril, 
enquanto o quadril contralateral foi estabilizado pela terapeuta. O eixo do goniômetro foi 
posicionado sobre a EIAS do lado avaliado. O braço fixo do goniômetro foi alinhado com a 
EIAS contralateral. O braço móvel ficou sobre a região intermédia da coxa, alinhado com o 
eixo patelar (linha que vai da EIAS até o centro patelar) do lado avaliado (MARQUES, 2014) 
(Figura 5). 
14 
 
 
Figura 5. Posicionamento dos braços fixo e móvel e 
eixo do goniômetro para avaliação da abdução do 
quadril. 
2.8.2 Teste clínico 
O teste clínico de Trendelenburg foi executado com o examinador posicionado atrás 
do paciente para observar o alinhamento pélvico. Então, o paciente foi solicitado a retirar o 
membro inferior que não foi testado do chão, mantendo-se em apoio unipodal sobre o 
membro a ser testado (HARDCASTLE; NADE, 1985). Em indivíduos considerados 
saudáveis, é esperado que não haja inclinação pélvica contralateral, ou seja, se a função 
abdutora do membro inferior de apoio estiver boa, o paciente conseguirá sustentar o peso sem 
que haja inclinação pélvica para o lado da perna elevada e isso caracteriza sinal ausente 
(RANG, 1966; HARDCASTLE; NADE, 1985). A presença do sinal de Trendelenburg, por 
sua vez, ocorre quando o paciente não consegue estabilizar a pelve por pelo menos 30 
segundos e há inclinação pélvica contralateral (HARDCASTLE; NADE, 1985). 
Neste estudo, o teste de Trendelenburg foi realizado bilateralmente, sendo que o lado 
não acometido ou menos acometido foi testado primeiro. Foi solicitado que o paciente 
permanecesse em apoio unipodal por 30 segundos (Figura 6). 
15 
 
 
Figura 6. Execução do teste de 
Trendelenburg. 
2.8.3 Avaliação da força muscular 
A avaliação da força muscular do quadril foi realizada com base na variável de média 
de pico de torque (DVIR, 2002) e os dados de torque foram normalizados pela massa corporal 
dos indivíduos (Nm/Kg) (BALDON et al., 2012). Foi avaliada a força de contração 
isocinética concêntrica dos abdutores de quadril bilateralmente nas velocidades angulares de 
60°/s e 120°/s (SUCATO et al., 2010; YILMAZ et al., 2010; LIU et al., 2014) com auxílio do 
dinamômetro isocinético Biodex Multi-Joint System 4 Pro (Biodex Medical Systems, Shirley, 
NY, USA). Todas as avaliações foram realizadas pela fisioterapeuta responsável pelo estudo 
em parceria com o técnico de laboratório de dinamometria isocinética do Centro de 
Reabilitação do HCFMRP. 
Antes de iniciar o teste de força, os voluntários foram submetidos a cinco minutos de 
aquecimento em cicloergômetro (50 a 100 W). Após o aquecimento, os pacientes foram 
posicionados em decúbito lateral e a pelve foi estabilizada com auxílio de cinto largo, 
proximal à crista ilíaca. O quadril do membro inferior avaliado foi alinhado em posição neutra 
para cada um dos três planos e o joelho foi mantido em extensão completa. O quadril e o 
joelho contralaterais foram mantidos em flexão (BALDON et al., 2014). Primeiramente foi 
avaliado o quadril não acometido ou menos acometido de cada paciente e em seguida, o 
quadril acometido. Os testes a 60°/s foram realizados anteriormente aos de 120°/s. 
16 
 
O eixo mecânico do dinamômetro foi alinhado com o trocânter maior do fêmur 
(FROST et al., 2006; CASARTELLI et al., 2011), e a alavanca foi posicionada a cinco 
centímetros acima da linha articular do joelho avaliado (NAKAGAWA et al., 2012) (Figura 
7). 
 
Figura 7. Posicionamento dos voluntários no 
dinamômetro isocinético. 
Todos os pacientes realizaram treinamento submáximo antes do teste oficial, visando à 
familiarização com o aparelho. Só então o teste oficial teve início e os pacientes realizaram 
cinco repetições máximas para o movimento de abdução. O intervalo entre os testes de 60°/s e 
120°/s teve duração de 60 segundos (FROST et al., 2006; CASARTELLI et al., 2011). 
Comando verbal padronizado foi oferecido pelos examinadores durante toda a realização do 
teste (CASARTELLI et al., 2011; BALDON et al., 2014) (Figura 8). 
Figura 
8. Comportamento da curva isocinética para teste concêntrico/concêntrico de abdutores/adutores de quadril de 
um dos pacientes avaliados. 
17 
 
2.9 Avaliação radiográfica 
 A avaliação por imagem incluiu radiografias da pelve em incidência anteroposterior, 
perfil do colo e Lauenstein. Foram avaliados presença ou ausência de necrose avascular, 
ângulo cervicodiafisário (formado entre o eixo do colo do fêmur e o eixo da diáfise femoral) 
(FAULKNER, et al.,1993; POLKOWSKI; CLOHISY, 2010), presença de coxa brevis 
(comprimento do colo femoral do quadril envolvido, distância do centro da cabeça femoral 
até a base do colo, 85% menor que o de um quadril considerado normal) (CLOHISY, 2008) e 
altura do trocânter maior (Figura 9). 
 
Figura 9. Índices radiográficos para correlacionar com exame físico. Fig. 9-A ângulo cervicodiafisário. Fig. 9-B 
comprimento do colo femoral (a-b) para coxa brevis. Fig. 9 -C altura do trocânter maior. (Fonte: CLOHISY, J. 
C.; CARLISLE, J. C.; BEAUL´ E P. E.; KIM, Y. J.; TROUSDALE, R. T.; SIERRA, R. J.; LEUNIG, M.; 
SCHOENECKER, P. L.; MILLIS, M. B. A systematic approach to the plain radiographic evaluation of the 
young adult hip. The Journal of Bone and Joint Surgery. American Volume, v. 90, n. 4, p. 47-66, 2008.) 
 
2.10 Análise estatística 
Para a análise longitudinal, foi utilizado o modelo de regressão linear generalizada de 
efeitos mistos com ajustes em pares para os quadris submetidos à osteotomia basocervical em 
seis, 12 e 24 meses após a cirurgia. Para comparações entre pacientes com EEPF e indivíduos 
controles foi utilizado modelo de regressão linear generalizada de efeitos mistos multinível, 
com efeitos fixos e aleatórios considerando os agrupamentos de medidas bilaterais para o 
mesmo indivíduo. Para a análise pós-estimativa, aplicamos o pós-teste de contraste com ajuste 
para diferenças e comparações múltiplas pelo método de Bonferroni. Dentro do grupo EEPF, 
os quadris foram alocados de acordo com o tratamento (osteotomia basocervical e 
cervicoplastia, epifisiodese in situ e quadris sem deslizamento). Os quadris submetidos à 
fixação profilática foram agrupados com quadris contralaterais sem deslizamento para 
permitir comparações mais práticas. As médias de pico de torque foram normalizadas pela 
massa corporal, visto que os grupos avaliados têm distribuição do percentil de IMC diferente 
18 
 
e a massa corporal é um dos fatores que pode contribuir para a força muscular (DE STE 
CROIX; DEIGHAN; ARMSTRONG, 2003). Os coeficientes de correlação de Spearman 
foram avaliados entre as médias de pico de torque, ângulos de Southwick pré e pós-
operatórios e amplitude de movimento de abdução. O teste exato de Fisher foi utilizado para 
dados categóricos demográficos. O software Stata 14.2 (StataCorp, College Station, TX, 
EUA) foi utilizado com um nível de significância estabelecido em 5%. 
3 RESULTADOS 
3.1 Dados demográficos da amostra 
No estudo, dos 25 pacientes submetidos à osteotomia basocervical associada à 
cervicoplastia e que compuseram o grupo EEPF, dezessete eram meninos (68%) e oito 
meninas (32%). Tal grupo apresentou média de seguimento pós-operatório de 1,6 ± 0,6 anos 
(intervalo: 0,6 a 3,2 anos). A média de idade na cirurgia foi de 13,2 ± 1,4 anos (variação: 10,8 
a 16,4 anos). A média de idade na última avaliação foi de 14,8 ± 1,6 anos (variação:12 a 18,5 
anos). O percentil médio de IMC por idade foi de 0,85 (intervalo de 0,23 a 0,99), sendo que 
72% deles foram classificados como em situação de sobrepeso ou obesos (HIMES; DIETZ, 
1994). 
Vinte e três pacientes (92%) foram submetidos à osteotomia como procedimento 
cirúrgico primário para correção do EEPF e dois como procedimento de revisão por terem 
evoluído com deformidade residual sintomática após serem previamente submetidos à 
epifisiodese in situ. Quatorze pacientes (56%) apresentaram EEPF unilateral, dos quais seis 
foram submetidos à fixação profilática no quadril contralateral no mesmo tempo operatório da 
osteotomia basocervical. Os outros 11 pacientes (45,8%) apresentaram doença bilateral, sendo 
que quatro deles foram submetidos à osteotomia basocervical e cervicoplastia em ambos os 
quadris e em diferentes tempos operatórios. Os sete quadris restantes contralaterais dos casos 
bilaterais foram submetidos à epifisiodese in situ. 
Seis meninos (40%) e nove meninas (60%) compuseram o grupo controle, com idade 
média de 16,5 ± 2,5 anos (variação: 12,6 a 20,5 anos) e percentil médio de IMC por idade de 
0,5% (intervalo de 0,10 a 0,98). 
Os dados demográficos dos pacientes e dos voluntários do grupo controle podem ser 
encontrados resumidamente na tabela 1 abaixo. 
19 
 
TABELA 1. DADOS DEMOGRÁFICOS DOS GRUPOS EEPF E CONTROLE. OS VALORES SE 
REFEREM ÀS MÉDIAS ± DESVIO PADRÃO (MÍNIMO - MÁXIMO) 
VARIÁVEIS Grupo EEPF (n=25) Grupo Controle (n=15) 
IDADE NA AVALIAÇÃO 
(ANOS) 
14,8 ± 1,6 (12 – 18,5) 16,5 ± 2,5 (12,6 – 20,5) 
TEMPO DE SEGUIMENTO 
(ANOS) 
1,6 ± 0,6 (0,6 – 3,2) 
IMC PERCENTIL 
 
 OBESIDADE (> 95%) 11 pacientes (44%) 1 paciente (6,7%) 
 SOBREPESO (85 A 95%) 7 pacientes (28%) Nenhum (0%) 
 PESO NORMAL (< 85%) 7 pacientes (28%) 14 pacientes (93,3%) 
GÊNERO 
17 meninos (70,8%) / 8 
meninas (29,2%) 
6 meninos (40%) / 9 
meninas (60%) 
 
3.2 Correlação entre as variáveis radiográficas e a função abdutora do quadril 
A correlação entre variáveis radiográficas e a função abdutora do quadril de pacientes 
submetidos à osteotomia basocervical mostrou que apenas os ângulos cervicodiafisário pós-
operatório teve correlação significativa (p < 0,05) com o teste de Trendelenburg, ou seja, 
quanto maior o ângulo, menor foi o risco de apresentar a queda da pelve. Porém, a presença 
de coxa brevis e a altura do trocânter maior não tiveram correlação significativa com o teste 
(Tabela 2). 
TABELA 2. CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS RADIOGRÁFICAS E TRENDELENBURG 
VARIÁVEIS Odds ratio IC 95% Valor p 
ACDPÓS 0,93 0,89 0,98 *<0,01 
CBPÓS (SIM VS NÃO) 4,65 0,74 29,10 0,10 
TMPÓS (2+3 VS 4) 4,07 0,77 21,48 0,10 
TMPÓS (2+3 VS 5) 3,71 0,78 17,73 0,10 
ACDPÓS, ÂNGULO CERVICODIAFISÁRIO PÓS OPERATÓRIO; CBPÓS, COXA BREVIS PÓS 
OPERATÓRIO (SIM = TEVE COXA BREVIS; NÃO= NÃO TEVE COXA BREVIS); TMPÓS, 
ALTURA DO TROCÂNTER MAIOR PÓS OPERATÓRIO (2, 3, 4 E 5 REPRESENTAM A 
ALTURA DO TROCÂNTER MAIOR, QUANTO MAIS PRÓXIMO DO 5 MAIS ALTO ESTÁ 
POSICIONADO O TROCÂNTER MAIOR) 
 
Ângulos cervicodiafisário pós-operatórios, presença de coxa brevis e altura do 
trocânter maior não tiveram correlação significativa com o impacto femora acetabular (IFA) 
(Tabela 3). 
 
20 
 
TABELA 3. CORRELAÇÃO ENTRE AS VARIÁVEIS RADIOGRÁFICAS E IFA 
VARIÁVEIS Odds ratio IC 95% Valor p 
ACDPÓS 0,98 0,88 1,07 0,61 
CBPÓS (NÃO VS SIM) 1,82 0,24 13,95 0,56 
TMPÓS (2+3 VS 4) 0,65 0,02 17,79 0,80 
TMPÓS (2+3 VS 5) 1,41 0,21 9,33 0,72 
ACDPÓS, ÂNGULO CERVICODIAFISÁRIO PÓS OPERATÓRIO; CBPÓS, COXA BREVIS PÓS 
OPERATÓRIO; TMPÓS, ALTURA DO TROCÂNTER MAIOR PÓS OPERATÓRIO (2, 3, 4 E 5 
REPRESENTAM A ALTURA DO TROCÂNTER MAIOR, QUANTO MAIS PRÓXIMO DO 5 
MAIS ALTO ESTÁ POSICIONADO O TROCÂNTER MAIOR) 
 
Apresentar coxa brevis teve correlação significativa com o pico de torque de abdução 
no quadril, o valor encontrado foi menor em ambas as velocidades 60°/s e a 120º/s. Teve 
correlação siginificativa com a amplitude de movimento passivo de abdução, o valor também 
foi menor comparado a não apresentar coxa brevis (Tabela 4). 
TABELA 4. MÉDIAS DO PICO DE TORQUE E DA AMPLITUDE PASSIVA DE ABDUÇÃO DO 
QUADRIL EM RELAÇÃO A PRESENÇA OU NÃO DE COXA BREVIS 
VARIÁVEIS Teve CB Não teve CB Valor p 
TORQ ABD 60 41,74 54,74 *< 0,01 
TORQ ABD 120 42,07 53,70 *< 0,01 
ADM P ABD 28,42 31,85 *< 0,04 
TORQ ABD 60, PICO DE TORQUE DE ABDUÇÃO NA VELOCIDADE DE 60°/s; TORQ ABD 
120°, PICO DE TORQUE DE ABDUÇÃO NA VELOCIDADE 120°/s; ADM P ABD, AMPLITUDE 
PASSIVA DE ABDUÇÃO DO QUADRIL 
Em relação, a altura do trocânter maior, classificações mais altas tiveram correlação 
com menor amplitude de movimento passiva de abdução do quadril. E essa classificação não 
teve correlação com o torque de abdução (Tabela 5). 
 
 
 
 
 
21 
 
TABELA 5. MÉDIAS DO PICO DE TORQUE E DA AMPLITUDE PASSIVA DE ABDUÇÃO DO 
QUADRIL EM RELAÇÃO A ALTURA DO TROCÂNTER MAIOR. 
VARIÁVEIS 2+3 4 5 Valor p 
TORQ ABD 60 48,90 49,07 37,79 0,09 
TORQ ABD 120 49,70 47,35 36,87 0.07 
ADM P ABD 31,61 29,45 24,75 *0.02 
TORQ ABD 60, PICO DE TORQUE DE ABDUÇÃO NA VELOCIDADE DE 60°/s; TORQ ABD 
120°, PICO DE TORQUE DE ABDUÇÃO NA VELOCIDADE 120°/s; ADM P ABD, AMPLITUDE 
PASSIVA DE ABDUÇÃO DO QUADRIL. 2, 3, 4 E 5 REPRESENTAM A ALTURA DO 
TROCÂNTER MAIOR, QUANTO MAIS PRÓXIMO DO 5 MAIS ALTO ESTÁ POSICIONADO O 
TROCÂNTER MAIOR 
4 DISCUSSÃO 
 O EEPF está associado à restrição para os movimentos de rotação interna e flexão do 
quadril (CASKEY et al., 2014), fraqueza do músculo glúteo médio e anormalidades no padrão 
de marcha (MILLIS, 2017; WESTHOFF et al., 2013). Essas limitações de amplitude de 
movimento e força muscular podem permanecer, principalmente, nos primeiros meses após 
procedimento cirúrgico (ANGÉLICO; GARCIA, 2015). A literatura tem mostrado que a 
osteotomia basocervical associada à cervicoplastia apresenta como vantagens a melhora 
biomecânica, alinhamento do quadril, restauração da posição trocantérica e melhora da função 
abdutora oferecendo o o risco mínimo de necrose avascular da cabeça do fêmur (DUNN, 
1964; LEUNIG et al., 2007; KRAMER, 1976). Porém, poucos estudos correlacionaram a 
disfunção do membro inferior com alterações radiográficas após esse procedimento cirúrgico. 
 Afim de avaliar e correlacionar a função abdutora com variáveis radiográficas do 
quadril de adolescentes com EEPF moderado e grave, foi realizado a análise radiográfica, 
avaliação da ADM com auxílio do goniômetro, teste de Trendelenburg e força muscular 
através do dinamômetro isocinético. Os resultados mostraram que quanto maior o ângulo 
cervicodiafisário menor foi o risco de apresentar a queda da pelve no teste de Trendelenburg. 
Além disso, presença de coxa brevis teve correlação com menor torque e menor ADM passiva 
de abdução do quadril, quanto maior a classificação da altura do trocânter maior menor foi a 
ADM passiva de abdução. Nenhum achado radiográfico teve correlação com IFA. 
Na literatura são encontrados resultados pronvindos da avaliação de pacientes 
submetidos a osteotomia basocervical. Song et al (2004), mostrou redução da amplitude de 
movimento passiva de flexão, abdução e rotação interna, redução dos momentos abdutor e 
extensor de quadril e persistência da obliquidade pélvica durante a marcha após procedimento 
22 
 
cirúrgico (SONG et al, 2004). Goodwin et al (2007), encontrou redução do comprimento 
abdutor antes e após procedimentos cirúrgicos de correção, sendo a osteotomia na base do 
colo femoral a que melhorou mais a redução e isso se deve a melhora do posicionamento 
anatômico do trocânter maior. 
Em outros estudos são encontrados resultados pronvindos da avaliação de paciente 
submetidos a procedimento cirurgicos diferentes do nosso estudo. Standard (2011) relaciona 
coxa brevis com dor, fadiga, discrepância entre os membros e alterações na marcha 
(STANDARD, 2011). Pauwels (1976), mostrou que na presença de coxa brevis os músculosabdutores do quadril habitualmente se tornam insuficientes devido à redução do braço de 
alavanca (PAUWELS, 1976). A coxa brevis presente após osteotomia basocervical associada 
à cervicoplastia estaria relacionada à retirada da cunha óssea na base do colo femoral 
portanto, potencial diminuição do torque abdutor e alterações na musculatura abdutora 
(KRAMER; CRAIG; NOEL, 1976). 
Algumas limitações são encontradas em nosso estudo. Primeiro, não foi possível 
parear os grupos controle e EEPF, sendo que os indivíduos saudáveis apresentaram idade e 
percentil de IMC significativamente diferentes em relação aos pacientes. Isso aconteceu pela 
dificuldade em encontrar voluntários para o grupo controle que estivessem em situação de 
sobrepeso ou obesos tanto quanto os adolescentes do grupo EEPF. Segundo, a análise 
longitudinal das variáveis de força e função do quadril envolveu um número restrito de 
pacientes. Não raramente os pacientes faltavam ou mudavam a data de seus retornos 
periódicos. Apesar da análise estatística ter sido realizada com os ajustes necessários e 
adequados para esta situação, uma amostra maior traria resultados mais consistentes. Terceiro, 
a mensuração da amplitude de movimento passiva do quadril também pode ser considerada 
como limitação devido à dificuldade e imprecisão de se avaliar o movimento de indivíduos 
obesos com o goniômetro. 
Em virtude dos dados apresentados, o presente estudo conclui que após procedimento 
cirúrgico de osteotomia basocervical associada a cervicoplastia para correção do EEPF alguns 
achados radiográficos se correlacionaram de forma significativa à avaliação física. Quanto 
menor o valor do ângulo, maior a chance de apresentar a queda da pelve, apresentar coxa 
brevis significa ter menor torque e menor ADM, quanto maior a classificação da altura do 
trocânter maior, menor foi a ADM. E nenhum achado radiográfico teve correlação com o 
IFA. 
23 
 
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29 
 
Apêndice I – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos pacientes maiores de 18 
anos 
 
Você está sendo convidado(a) a participar como voluntário(a) do projeto de pesquisa “Avaliação clínica, funcional 
e radiográfica em crianças e adolescentes com afecções no quadril”, que tem por objetivo avaliar a força 
muscular e os movimentos do quadril, encurtamento muscular, capacidade de andar e qualidade de vida após a 
cirurgia do quadril realizada no HC. Alguns estudos mostraram que crianças e adolescentes com problemas no 
quadril têm fraqueza muscular e diminuição dos movimentos do quadril, dificuldade para atividades do dia a dia como 
por exemplo andar, mesmo após a cirurgia. Nós queremos saber se a cirurgia ajudou você e outros pacientes a 
recuperarem a força muscular, a qualidade de vida e capacidade de andar, pois assim poderemos recomendar um 
tratamento de reabilitação melhor e mais padronizado para outras pessoas que venham a fazer a mesma cirurgia no 
futuro. Além do mais, queremos saber se essas perdas e dificuldades causadas pela doença são mantidas a longo 
prazo, por isso as avaliações serão também realizadas com 1 e 2 anos após a cirurgia. 
Caso aceite participar do estudo, no mesmo dia do retorno ambulatorial será realizada uma avaliação que inclui 
exame físico, aplicação de questionários, realização de força muscular com a perna e análise da marcha no 
Laboratório de Análise do Movimento do Centro de Reabilitação. Essas avaliações acontecerão 6 meses, 1 ano e 2 
anos após a cirurgia. As formas de acompanhamento e assistência são as habitualmente realizadas pela equipe de 
Ortopedia Pediátrica e do CER. 
Para o teste de força, você realizará movimento para cima e para baixo o mais forte que conseguir, e abertura e 
fechamento de uma perna de cada vez na posição deitada. Para a análise da marcha, você irá caminhar 
aproximadamente 10 voltas sobre uma passarela. Alguns marcadores serão fixados com fita adesiva sobre o seu 
corpo (da cintura para baixo). Os arquivos de imagens que contêm radiografias e outros exames serão consultados. 
Você será informado sobre todos os resultados dos exames que irá realizar, além de colaborar com a produção de 
novos conhecimentos que podem melhorar o seu tratamento e das crianças que precisarão de fisioterapia no futuro. 
Ao término das avaliações, você será informado sobre a força e comprimento de seus músculos do quadril. Se 
houver a necessidade, receberá orientações da fisioterapeuta sobre como melhorar a condição muscular. 
Seguem abaixo algumas informações gerais: 
 Você não será submetido(a) a desconfortos que prejudicarão a recuperação ou a cirurgia em si. Os riscos possíveis 
são mínimos e envolvem o desconforto do cansaço de realizar alguns movimentos fazendo força muscular, colar 
uma fita crepe na pele e andar durante um ou dois minutos. Se houver dor ou desconforto durante as avaliações, 
será oferecida e fornecida medicação analgésica, ou outros medicamentos, de acordo com a necessidade; 
 Você tem garantia que receberá respostas a qualquer pergunta ou esclarecimento quanto aos procedimentos, 
riscos ou benefícios da pesquisa; 
 Em qualquer fase do estudo, você poderá retirar o termo de consentimento e com isso deixar de fazer parte do 
estudo, sem que isto leve a qualquer penalidade; 
 Os procedimentos desta pesquisa estão de acordo com as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa 
envolvendo seres humanos atendendo à Resolução nº 466/2012 Conselho Nacional de Saúde do Ministério da 
Saúde – Brasília/DF; 
 Os pesquisadores asseguram a sua privacidade quanto a sua identidade e aos dados envolvidos com o estudo, os 
quais serão utilizados exclusivamente para fins de estudo; 
 Na eventualidade de qualquer dano, os pesquisadores asseguram o seu tratamento integral sem nenhum custo 
financeiro; 
 Uma cópia do projeto de pesquisa “Avaliação clínica, funcional e radiográfica em crianças e adolescentes 
com afecções no quadril” estará a sua disposição para consulta e/ou esclarecimentos de dúvidas no Centro de 
Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto / USP; 
 Não haverá ressarcimento do ponto de vista financeiro por parte dos pesquisadores ou da Instituição, inclusive em 
relação ao transporte ou alimentação durante o tratamento e seguimento; 
 O participante tem direito à indenização se houver dano decorrente exclusivamente pela participação na pesquisa, 
sem considerar os riscos próprios da doença e tratamento; 
 Após as assinaturas, você receberá uma cópia desse termo de consentimento, assinado e rubricado pelos 
pesquisadores. 
30 
 
 Após ler todas as informações contidas neste documento e ter todas as minhas dúvidas esclarecidas pelos 
pesquisadores, concordo em participar deste estudo. Dou pleno direito da utilização desses dados e informações 
para uso no ensino, pesquisa e divulgação científica. 
 
Nome do Voluntário:________________________ Assinatura __________________________ Data __________ 
 
Nome do Pesquisador:________________________ Assinatura e carimbo _________________ Data _________ 
 
Contato do Comitê de Ética em Pesquisa do HC e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (16) 3602-2228 
E-mail: larissam@hcrp.usp.br; Telefones: (16) 3602-2354 / 3602-5170 
Pesquisadores responsáveis pelos exames: Larissa Martins Garcia e Daniel Augusto Carvalho Maranho 
mailto:larissam@hcrp.usp.br
31 
 
Apêndice II – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos representantes legais 
dos pacientes menores de 18 anos 
 
Você está sendo convidado(a) a permitir a participação do seu(a) filho(a) como voluntário(a) do projeto de pesquisa 
“Avaliação clínica, funcional e radiográfica em crianças e adolescentes com afecções no quadril”, que tem por 
objetivo avaliar a força muscular e os movimentos do quadril, encurtamento muscular, capacidade de andar e qualidade de 
vida após a cirurgia do quadril realizada no HC, pela equipe da Ortopedia Pediátrica. Alguns estudos mostraram que 
crianças e adolescentes com problemas no quadril têm fraqueza muscular e diminuição dos movimentos do quadril, 
dificuldade para atividades do dia a dia como por exemplo andar, mesmo após a cirurgia. Nós queremos saber se a cirurgia 
ajudou você e outros pacientes a recuperarem a força muscular, a qualidade de vida e capacidade de andar, pois assim 
poderemos recomendar um tratamento de reabilitação melhor e mais padronizado para outras pessoas que venham a fazer 
a mesma cirurgia no futuro. Além do mais,queremos saber se essas perdas e dificuldades causadas pela doença são 
mantidas a longo prazo, por isso as avaliações serão também realizadas com 1 e 2 anos após a cirurgia. 
Caso você aceite que seu(a) filho(a) participe do estudo, no mesmo dia da consulta com os médicos da Ortopedia, será 
realizada uma avaliação que inclui exame físico, aplicação de questionários, realização de força muscular com a perna e 
análise da marcha no Laboratório de Análise do Movimento do Centro de Reabilitação. Essas avaliações acontecerão 6 
meses, 1 ano e 2 anos após a cirurgia. As formas de acompanhamento e assistência são as habitualmente realizadas pela 
equipe de Ortopedia Pediátrica e do CER. 
Para o teste de força, seu(a) filho(a) realizará movimento para cima e para baixo o mais forte que conseguir, e abertura e 
fechamento de uma perna de cada vez na posição deitada. Para a análise da marcha, seu(a) filho(a) irá caminhar 
aproximadamente 10 voltas sobre uma passarela. Alguns marcadores serão fixados com fita adesiva sobre a pele (da 
cintura para baixo). Os arquivos de imagens que contêm radiografias e outros exames serão consultados. Você e seu(a) 
filho(a) serão informados sobre todos os resultados dos exames que irá realizar, além de colaborar com a produção de 
novos conhecimentos que podem melhorar o seu tratamento e das crianças que precisarão de fisioterapia no futuro. 
Ao término das avaliações, vocês serão informados sobre a força e comprimento de seus músculos do quadril. Se houver a 
necessidade, receberá orientações da fisioterapeuta sobre como melhorar a condição muscular. 
Seguem abaixo algumas informações gerais: 
 Seu(a) filho(a) não será submetido a desconfortos que prejudicarão a recuperação ou a cirurgia em si. Os riscos possíveis 
são mínimos e envolvem o desconforto do cansaço de realizar alguns movimentos fazendo força muscular, colar uma fita 
crepe na pele e andar durante um ou dois minutos. Se houver dor ou desconforto durante as avaliações, será oferecida e 
fornecida medicação analgésica, ou outros medicamentos, de acordo com a necessidade; 
 Vocês têm garantia que receberão respostas a qualquer pergunta ou esclarecimento quanto aos procedimentos, riscos ou 
benefícios da pesquisa; 
 Em qualquer fase do estudo, vocês poderão retirar o consentimento e com isso deixar de fazer parte do estudo, sem que 
isto leve a qualquer penalidade ou prejuízo de tratamento; 
 Os procedimentos desta pesquisa estão de acordo com as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo 
seres humanos atendendo à Resolução nº 466/2012 Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – Brasília/DF; 
 Os pesquisadores asseguram a sua privacidade quanto a sua identidade e aos dados envolvidos com o estudo, os quais 
serão utilizados exclusivamente para fins de estudo; 
 Na eventualidade de qualquer dano, os pesquisadores asseguram o tratamento integral sem nenhum custo financeiro; 
 Uma cópia do projeto de pesquisa “Avaliação clínica, funcional e radiográfica em crianças e adolescentes com 
afecções no quadril” estará a sua disposição para consulta e/ou esclarecimentos de dúvidas no Centro de Reabilitação do 
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto / USP; 
 Não haverá ressarcimento do ponto de vista financeiro por parte dos pesquisadores ou da Instituição, inclusive em 
relação ao transporte ou alimentação durante o tratamento e seguimento; 
 O participante tem direito à indenização se houver dano decorrente exclusivamente pela participação na pesquisa, sem 
considerar os riscos próprios da doença e tratamento; 
 Após as assinaturas, você receberá uma cópia desse termo de consentimento, assinado e rubricado pelos 
pesquisadores. 
Após ler todas as informações contidas neste documento e ter todas as minhas dúvidas esclarecidas pelos pesquisadores, 
concordo em participar deste estudo. Dou pleno direito da utilização desses dados e informações para uso no ensino, 
pesquisa e divulgação científica. 
 
Nome do responsável legal: _________________________ Assinatura ____________________ Data _________ 
32 
 
 
TERMO DE ASSENTIMENTO: Declaro ter compreendido as explicações e objetivos da pesquisa que foram feitas para mim 
e para meus pai ou minha mãe (ou outro responsável) e concordo em participar do estudo. 
 
Nome do menor Voluntário:________________________ Assinatura ____________________ Data __________ 
 
Nome do Pesquisador:_________________________ Assinatura e carimbo _______________ Data __________ 
 
Contato do Comitê de Ética em Pesquisa do HC e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - (16) 3602-2228 
E-mail: larissam@hcrp.usp.br; Telefones: (16) 3602-2354 / 3602-5170 
Pesquisadores responsáveis pelos exames: Larissa Martins Garcia e Daniel Augusto Carvalho Maranho 
mailto:larissam@hcrp.usp.br
33 
 
Apêndice III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos voluntários saudáveis 
maiores de 18 anos 
 
 
Convidamos para participar de estudo sobre a força muscular, amplitude de movimento do quadril e 
qualidade de vida. 
Estudos mostraram que crianças e adolescentes com deformidade no quadril por causa das doenças 
de Perthes, displasia do quadril e epifisiólise tem fraqueza e rigidez do quadril, com dificuldade para 
atividades do dia-a-dia como andar. Este estudo compara pacientes com problemas no quadril e 
indivíduos saudáveis como você, com objetivo de recomendar melhor tratamento e reabilitação de 
pessoas que venham a ter problemas de quadril no futuro. 
Se você concordar em participar deste estudo, pediremos que você nos autorize a usar os resultados 
das avaliações do Centro de Reabilitação (CER). Você não sofrerá dano físico ou dor, e não 
precisará vir ao CER novamente. Só usaremos as informações da avaliação. Os possíveis riscos 
deste estudo são mínimos, e envolvem desconforto muscular ou articular, mas são eventos que 
passam rapidamente e se houver necessidade, uma medicação será fornecida. Todavia, precisamos 
que você nos autorize a usar os seus dados, se você não achar problema nisso. 
A qualquer momento, você pode pedir para ver as suas informações e questionar novamente os 
pesquisadores sobre a pesquisa, os riscos ou outras dúvidas que tiver. Se você não quiser mais 
participar deste estudo, pode pedir para sair. Não haverá ressarcimento do ponto de vista financeiro 
por parte dos pesquisadores ou da Instituição, inclusive em relação ao transporte ou alimentação. O 
participante tem direito à indenização se houver dano decorrente exclusivamente pela participação na 
pesquisa. As suas informações serão guardadas em sigilo, ou seja, somente os pesquisadores 
poderão ver os seus dados e ninguém mais. 
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi 
explicado, consinto em participar da presente Pesquisa. Após as assinaturas, você receberá cópia 
desse termo de consentimento, assinado e rubricado pelos pesquisadores. 
 
 
Nome do Voluntário: _________________________Assinatura __________ Data ______ 
 
Nome do Pesquisador: _______________ Assinatura e carimbo _________ Data______ 
 
Contato do Comitê de Ética em Pesquisa do HC e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
- (16) 3602-2228 
E-mail: larissam@hcrp.usp.br; Telefones: (16) 3602-2354 / 3602-5170 
Pesquisadores responsáveis pelos exames: Larissa Martins Garcia e Daniel Augusto Carvalho 
Maranho 
34 
 
 
Apêndice IV – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido dos representantes legais 
dos voluntários saudáveis menores de 18 anos 
 
Pedimos a sua permissão que seu(a) filho(a) possa participar de um estudo sobre a força muscular, 
amplitude de movimento do quadril, encurtamento muscular, capacidade de andar e qualidade de 
vida. Estudos mostraram que crianças e adolescentes com deformidade no quadril por causa das 
doenças de Perthes, displasia do quadril e epifisiólise tem fraqueza e rigidez no quadril, com 
dificuldadepara atividades do dia-a-dia como andar. Este estudo compara pacientes com problemas 
no quadril e indivíduos saudáveis como seu(a) filho(a), com objetivo de recomendar melhor 
tratamento e reabilitação de pessoas que venham a ter problemas de quadril no futuro. 
Se você concordar que seu (a) filho (a) participe deste estudo, pediremos que você nos autorize a 
usar resultados das avaliações do seu(a) filho(a) realizadas no Centro de Reabilitação. Você e seu(a) 
filho(a) não sofrerão dano físico ou dor e não precisarão vir ao CER novamente. Só usaremos as 
informações da avaliação. Os possíveis riscos deste estudo são mínimos, e envolvem o desconforto 
muscular ou articular, mas são eventos que passam rapidamente e se houver necessidade, uma 
medicação será fornecida. Todavia, precisamos que você nos autorize a usar os dados de seu(a) 
filho(a), se você não achar problema nisso. A qualquer momento, você pode pedir para ver as 
informações e questionar novamente os pesquisadores sobre a pesquisa, os riscos ou outras dúvidas 
que tiver. Se você não quiser que seu(a) filho(a) participe mais deste estudo, pode pedir para sair. 
Não haverá ressarcimento do ponto de vista financeiro por parte dos pesquisadores ou da Instituição, 
inclusive em relação ao transporte ou alimentação. O participante tem direito à indenização se houver 
dano decorrente exclusivamente pela participação na pesquisa. As informações serão guardadas em 
sigilo, ou seja, somente os pesquisadores poderão ver os dados de seu(a) filho(a) e ninguém mais. 
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi 
explicado, concordo que meu filho (minha filha) participe do presente estudo. Após as assinaturas, 
você receberá cópia desse termo de consentimento, assinado e rubricado pelos pesquisadores. 
 
Nome do responsável legal: __________________________ Assinatura ________ Data _______ 
 
TERMO DE ASSENTIMENTO 
Nós pedimos a permissão de seu pai/mãe ou adulto responsável para que você possa participar de 
um estudo sobre a força e o movimento do quadril e qualidade de vida. Muitas crianças e 
adolescentes com deformidades no quadril tem fraqueza, rigidez e dificuldade para andar. Nesse 
estudo nós vamos comparar pacientes com problemas no quadril e indivíduos saudáveis como você, 
para entender qual a melhor forma de tratar pessoas que têm problemas no quadril. Se você 
concordar em participar deste estudo, pediremos a você e seu pai/mãe que nos autorize a usar os 
resultados da avaliação que faremos aqui do Centro de Reabilitação (CER). Você não sofrerá dor, e 
não precisará vir ao CER novamente. Só usaremos as informações da avaliação de hoje. Nessa 
avaliação nós mediremos quanto o seu quadril consegue se mover e o quanto de força ele consegue 
fazer. Nós também pediremos para você responder dois questionários simples para sabermos o que 
você acha da sua saúde e se você tem dores no seu dia a dia ou se tem dificuldade para movimentar 
o quadril. Este estudo tem riscos pequenos, como o desconforto muscular, mas que passa 
35 
 
rapidamente e se houver necessidade, lhe daremos um remédio. A qualquer momento, você pode 
pedir para ver as suas informações e tirar dúvidas que tiver. Se você não quiser mais participar deste 
estudo, pode pedir para sair. Não haverá pagamento por parte dos pesquisadores ou da Instituição, 
nem em relação ao transporte ou alimentação. As suas informações serão guardadas e somente os 
pesquisadores poderão ver os seus dados, ninguém mais. 
Declaro ter compreendido as explicações e objetivos da pesquisa que foram feitas para mim e para 
meu pai ou minha mãe (ou outro responsável) e concordo em participar do estudo. 
 
Nome do Voluntário: _________________________________ Assinatura ________ Data _______ 
 
Nome do Pesquisador: _____________________ Assinatura e carimbo _________ Data _______ 
 
Contato do Comitê de Ética em Pesquisa do HC e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 
- (16) 3602-2228 
E-mail: larissam@hcrp.usp.br; Telefones: (16) 3602-2354 / 3602-5170 
Pesquisadores responsáveis pelos exames: Larissa Martins Garcia e Daniel Augusto Carvalho 
Maranho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Apêndice V – Ficha de Avaliação 
 
Ficha de Avaliação Fisioterapia em Ortopedia e Traumatologia 
Ortopedia Pediátrica / Cirurgia do Quadril 
 
 6 meses pós-op 1 ano pós-op Outro 
 
AVALIADOR: Larissa Martins Garcia Crefito3/124794-F DATA: 
 
Nome: Registro HC: 
HD: 
 
 
ANTECENDENTES PESSOAIS: 
 
 
ATIVIDADE FÍSICA/FREQUÊNCIA: 
IDADE: Peso: Altura: IMC: 
 
 
QP: 
 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
(marque a localização da queixa) 
 
 
EVA: 
OBS.: 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
GONIOMETRIA: PERIMETRIA: 
 
QUADRIL ADM (A/P) 
 D E 
EXTENSÃO 
FLEXÃO 
ABDUÇÃO 
ADUÇÃO 
ROT. EXTERNA 
ROT. INTERNA (90° 
flexão) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOELHO E COXA 
 D E 
Centro da patela 
15 CM ACIMA 
MARCHA E ATIVIDADES FUNCIONAIS (Insuficiência do glúteo médio, Dor, Rigidez, Posição viciosa, Encurtamento 
membro): 
 
 
 
AVALIAÇÃO POSTURAL (Coluna Lombar – hiperlordose, retificação; Obliquidade pélvica) 
 
COMPRIMENTO DO MEMBRO (EIAS – maléolo lateral/aparente) D: E: 
 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTES ESPECIAIS 
Thomas: Ober: Trendelenburg: 
Drehman: Galeazzi: 
 
Trendelenburg: Galeazzi: Impacto: 
 
QUESTIONÁRIO HARRIS HIP SCORE: 
 
SF12 (50±10 é a média da população geral) 
- PCS (Physical Component Summary): 
- MCS (Mental Component Summary): 
 
AVALIAÇÃO DA FORÇA – DINAMOMETRIA ISOCINÉTICA (valores em Nm): 
 
 
membro não lesado 60º/s
membro lesado 60º/s
membro não lesado 120º/s
membro lesado 120º/s
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
média de pico 
torque flex
déficit em %
média de pico 
torque ext
déficit em %
#DIV/0!
 
 
*valor de referência: déficit < 15% 
*valor em positivo indica que o membro lesado obteve melhor desempenho ao membro não lesado 
 
 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO CINÉTICO-FUNCIONAL 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA FORÇA – DINAMOMETRIA ISOCINÉTICA (valores em Nm): 
 
membro não lesado 60º/s
membro lesado 60º/s
membro não lesado 120º/s
membro lesado 120º/s
#DIV/0!
#DIV/0!
#DIV/0!
média de pico 
torque abd
déficit em %
média de pico 
torque add
déficit em %
#DIV/0!
 
40 
 
Anexo I – Parecer do comitê de ética 
 
 
41 
 
 
42 
 
 
43 
 
 
 
 
Anexo II – Parecer do comitê de ética