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Caso concreto 11 PENAL II

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Cléia Pereira Kieling PENAL II Turma 3001 
 
 
Caso concreto 11 
João foi denunciado como incurso no art. 157, § 2º, I, do CP. Instaurado o incidente de 
insanidade mental, o laudo constata que o réu é portador de doença mental de 
natureza psicótica, e ao tempo da ação era inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Esclarecem os 
peritos que o réu necessita de medicação antipsicótica, devendo manter-se sob 
acompanhamento e tratamento psiquiátrico ambulatorial, não havendo necessidade de 
internação em hospital de custódia e tratamento. A prova produzida demonstra a 
autoria. Em alegações finais, o Ministério Público requer a absolvição, face a 
inimputabilidade, com a imposição da medida de segurança de internação, pois o 
crime praticado é punido com reclusão, a periculosidade é presumida, e o art. 97, do 
CP, constitui norma cogente. 
De acordo com os estudos em sala de aula, o que pode ser alegado em defesa de 
João? (Magistratura do Estado do Rio de Janeiro - modificada) 
O art. 97 do Código Penal expressamente prevê que para os crimes punidos com 
pena de reclusão a medida de segurança eventualmente imposta deve ser cumprida 
em regime de internação em Hospital de Custódia e Tratamento, porém, conforme 
laudo dos peritos ele fica indicado a uma restritiva, que corresponde ao tratamento 
ambulatorial. 
(art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o 
juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial”. 
 
Questões Objetivas. 
 
1) Quanto às medidas de segurança, é correto afirmar que: 
a) são sujeitas à prescrição, mas não a outras causas de extinção da punibilidade. 
b) podem ser aplicadas independentem ente da prática pelo agente de ilícito punível. 
c) podem substituir pena imposta ao agente considerado imputável no momento 
da condenação, se sobrevier doença mental no curso da execução 
d) a desinternação será sempre incondicional. 
e) o juiz, enquanto não superado o prazo mínimo de duração da medida, não poderá 
ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade. 
 
2) No instituto da medida de segurança: 
a) é vedada a sua conversão no curso do cumprimento de um a pena privativa de 
liberdade. 
b) a periculosidade é sempre presumida. 
c) é inviável a internação do paciente no tratamento ambulatorial. 
d) é necessária a prática de fato típico e antijurídico para sua imposição.

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