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Caso 8

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Semana 08 
 
Caso concreto 
 
 José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, 
solteira, residente na Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, pelo valor de R$ 
300.000,00 (trezentos mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de 
Mucurici/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de 
compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas 
partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em 
uma única parcela. Sete meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer 
o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra e 
venda e respectivo registro, José Afonso toma ciência da existência de penhora sobre o 
imóvel, determinada pelo Juízo da 4ª Vara Cível de Itaperuna / RJ, nos autos da execução 
de título extrajudicial nº 6002/2015, ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, 
residente à Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber 
valor representado por cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel. A 
determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento 
formulado na inicial da execução por Carlos Batista, tendo o credor desprezado a 
existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã 
de posses na cidade onde reside. Elabore a peça processual prevista pela legislação 
processual, apta a afastar a constrição judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José 
Afonso 
 
 
AO JUIZO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITAPERUNA. 
 
 
Distribuição por dependência aos autos da Ação de Execução de Título Extrajudicial nº 
 
 
 
 JOSÉ AFONSO, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do RG nº…, 
inscrito no CPF nº…, com endereço eletrônico…, residente e domiciliado na Avenida dos 
Bandeirantes, 555 – São Paulo/SP, vem por meio do seu advogado OAB/UF, legalmente 
habilitado, com endereço eletrônico…, e endereço profissional …, que indica para os fins 
os artigos 77, inciso V, do Código Processo Civil, vem respeitosamente à presença de 
Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 674 e seguintes do Código Processo Civil, 
propor a presente, 
 
 EMBARGOS DE TERCEIRO 
 
 Em face de CARLOS BATISTA, brasileiro, solteiro, contador, portador do 
RG nº…, inscrito no CPF nº …, com endereço ele trô nico…, residente e domiciliado à 
rua Rio Brando, 600 – Itaperuna/RJ, o que faz pelos fatos e direito expostos a segui: 
 
 
I – DOS FATOS 
 
 Tramitam por este Juízo os autos nº 6002/2015, de Ação de Execução de Título 
Extrajudicial, em que é exequente CARLOS BATISTA e executada LÚCIA MARIA. 
Vale destacar, o embargante não é parte naquele feito. Às fls... dos mencionados autos, 
por iniciativa da embargada, conforme pleito de fls…, foi efetivada a penhora do seguinte 
bem: UMA CASA, SITUADA RUA CENTRAL, Nº 123, BAIRRO 
FUNCIONÁRIOS, NA CIDADE DE MURICI/ES. 
 Ocorre que o embargante, muito embora não seja parte naquele processo, é o 
legítimo proprietário do bem penhorado, conforme se comprova o instrumento particular 
de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, que foi assinado pelas partes em 
10/01/2015, sendo adquirido por uma única parcela quitada por meio de depósito 
bancário. Após sete meses da aquisição se procedeu o levantamento das certidões para a 
lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro do imóvel. 
 
 Sendo que a execução se deu por conta de dívida contraída após 3 meses da 
efetiva venda do imóvel, destaca-se que a Embargada possui outros bens. 
 
II. DO DIREITO. 
 
 Assim sendo, o embargante está sofrendo lesão grave em seu patrimônio e 
direito de propriedade, estando amparado pela legislação mencionada, em especial o 
disposto no artigo 674, §1º e §2º do CPC, dispõe sobre a legitimidade de possuidor que 
não fez parte do incidente que gerou a execução. 
 
Artigo 674 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de 
constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de 
terceiro. 
 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. 
 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: 
 
III – quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração de 
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte. 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. Havendo plausibilidade 
jurídica nos embargos de terceiro opostos com a finalidade de demonstrar que o imóvel 
penhorado e arrematado pertence a pessoa estranha à lide, devem ser processados com a 
devida cautela, inclusive com a suspensão da execução, quando versarem sobre todos os 
bens ou direitos, sob pena de agressão ao que dispõe o CPC, art. 678. Mandamus admitido 
e segurança concedida . (TRT-11 00002674820175110000, Relator: JORGE ALVARO 
MARQUES GUEDES, Gabinete da Vice Presidencia) 
 
 
 Corroborando com o mesmo entendimento, a súmula 84 do STJ dispõe sobre 
a legitimidade de terceiro possuidor mesmo que não possua o devido registro do imóvel. 
Portanto, provada a propriedade e posse do bem penhorado, justa a pretensão do 
embargante em ver o mesmo exonerado da constrição judicial. 
 
. III. DOS PEDIDOS 
 
 Ante o exposto, respeitosamente se requer à Vossa Excelência: 
 
a) Sejam recebidos, autuados e processados os presentes embargos de terceiro, com o 
apensamento à mencionada execução; 
 
b) Seja deferida liminarmente a manutenção da posse do bem penhorado ao embargante, 
eis que provada a propriedade e posse do bem; 
 
c) A indicação oportuna de testemunhas para justificação prévia, se necessário; 
 
d) Seja determinada a suspensão imediata do processo de execução mencionado, até 
decisão final de mérito dos presentes embargos, eis que trata da totalidade dos bens 
penhorados naquele feito; 
 
e) A citação da embargada para responder aos termos da presente ação; 
 
f) Seja a final, julgado procedente o presente pedido, com o levantamento da penhora 
realizada sobre o bem de propriedade do embargante, condenando-se a embargada nas 
custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações legais; 
 
g) A produção de toda prova que se fizer necessária, em especial o depoimento pessoal 
da embargada e oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas. 
 
Dá-se o valor da causa da causa R$ 300.000,00 (treentos mil reais) equivalente ao em 
penhorado. 
 
Nestes termos, 
pede deferimento, 
 
Local e Data, 
 
Advogado, 
 
OAB/UF no....

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