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RELAÇÕES INTERNACIONAIS_GLOBALIZAÇÃO

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BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	DISCIPLINA: GEP RELAÇÕES INTERNACIONAIS
	PROFESSOR: 
	ALUNO: MATRÍCULA: 
	NOME DO PÓLO: 
GLOBALIZAÇÃO 
Anos 80
Até a década de 1980, o Brasil vinha passando por importantes conquistas no campo da economia, muito disso se deve aos planos de ação colocados em prática pelos governos militares que tomaram medidas muito impopulares, como arrocho salarial, diminuição de direitos trabalhistas, fomento financeiro em empresas públicas, incentivo pecuniário para as grandes indústrias.
Vale ressaltar que tais tomadas de decisão somente foram possíveis por estarem exercendo o poder governamental a partir do viés ditatorial que não permitiu aos cidadãos exporem suas indignações e opiniões contrárias aos atos aviltantes e antidemocráticos praticados pelos militares.
Torna-se importante mencionar que os militares concentraram suas ações de promoção de avanços industriais e progressos no campo econômico na região Sudeste do Brasil, tendo eles criado um verdadeiro abismo social e econômico quando se verifica o descaso dos governantes da época em relação aos estados do Norte, Nordeste do Brasil. No entanto para subsidiar suas narrativas econômicas o governo militar contraiu grandes dívidas com outros países ao fazer empréstimos junto ao banco mundial e ao fundo monetário internacional, razão pela qual, a dívida externa brasileiro chegou a ter valores astronômicos, legado negativo deixado pelos ditadores militares.
O Brasil entra em uma forte crise econômica de proporções gigantescas, os índices inflacionários sobem absurdamente faz com que o Estado Brasileiro entre em profunda recessão econômica, alado a isto, os políticos começam a perder força dentro do país, o povo não se sente mais contente com os ditames ditatoriais, a economia interna fica em frangalhos.
Ocorre que em razão destas consequências trazidas pelas atitudes desmedidas dos governantes militares na prática os avanços que eles haviam conquistados com o chamado milagre econômico na década de 1970 foi um esforço em vão, pois ao passo que no indigitado momento histórico, houve avanços econômicos, em seguida, o Brasil teve que pegar a conta por estas ações imediatistas tomadas pelos militares.
No momento em que o Brasil reassume o viés republicano e democrático com o fim do regime militar, o país reassume sua identidade pluralista e passa a retomar o crescimento econômico só que agora de forma sustentável e equilibrado, porém tal avanço deu se forma paulatina e setorial, uma vez que as ações precisam ser planejadas e arquitetadas de modo a não levar o Brasil novamente a uma crise econômica.
Anos 90
Com o advento da Constituição da República de 1988 que foi fruto de um longo período de debates e conquistas de várias classes sociais que vinham sendo segregadas e postas como cartas fora do baralho dentro da ótima e da sistemática governamental impostas pelos militares, passaram a ter voz e vez do estado democrático de direito.
Foi com essa linha de pensamento que os governantes democráticos passaram a trabalhar a questão da economia, o Brasil vivia os bons ares de novos tempos, com novas esperanças de termos um país melhor para se viver e forte do ponto vista econômico, político e social. Vale lembrar que o primeiro grande ato sabiamente tomado foi o adimplemento da dívida externa do Brasil para com o Fundo Monetário Internacional, com o fim do parcelamento da terrível dívida externa, o Brasil passou a crescer economicamente, sendo reconhecido pelo mercado internacional como um país emergente em franca evolução e crescimento estrutural.
A partir deste importante momento histórico o Brasil redireciona suas ações para o progresso econômico, os gestores da economia brasileira tomam decisões de abrir o país para o mercado internacional, abre espaço para que investidores externos possam trazer suas iniciativas de fomento em nossa economia.
Importante lembrar que a criação e consolidação do plano real, foi à ferramenta mais importante para a afirmação do Brasil no cenário internacional, passou a ter um controle mais adequado dos níveis inflacionários, a nova moeda chegou a algum momento em se equiparar em valor ao dólar norte americano, o país estava em franco crescimento.
Entretanto com a chegada das crises russa e na Ásia, o Brasil não conseguiu manter os mesmos níveis de crescimento e desenvolvimento econômico, por ser um país emergente, sofre com diversos abalos e recessões financeiras ao redor do mundo, aliado a uma crise política nacional, o país passou neste curto período por sérios problemas econômicos.
Então com o ajuste cambial em 1999, nosso país passa a ter outro panorama econômico, estabiliza-se a economia interna, retoma-se o investimento externo, e nosso país passa a retomar as ações de crescimento e desenvolvimento econômico, o mercado internacional passa a acreditar novamente no Brasil como uma importante nação no mundo.
Planos Econômicos
Passemos agora a fazer uma pequena análise geral acerca dos diversos planos econômicos que foram criados e estruturados no cenário do mercado financeiro brasileiro. O Brasil em seu curso histórico buscou por inúmeras vezes dentro da dinâmica de tentativa e erro, encontrar um ponto de equilíbrio em sua política econômica.
Ocorre que a cada governo que chegava ao poder se visto fortemente influenciado por toda uma atmosfera econômica internacional e nacional, pois a lógica do mercado mundial atua diretamente na lógica do mercado nacional, e a depender da situação no cenário externo tanto pelo lado positivo quanto pelo lado negativo influência e muito a nossa realidade econômica.
Com a segmentação da globalização que é um fenômeno social e político que interliga e conecta praticamente todos os países do mundo, mas vale dizer que as nações mais importantes economicamente e os países em desenvolvimento emergente funcionam como em uma relação de comensalismo, ou seja, um depende diretamente do outro para se manter de pé e caminhar rumo aos avanços e ao crescimento e ao desenvolvimento econômico.
Foram sendo feitos verdadeiros testes como se fossemos ratos de laboratório para serem usados como cobaias, em solo brasileiro os gestores econômicos de cada governo faziam verdadeiras aventuras experimentais no nosso país, e muito em função disso estes inconsequentes gestores nos levaram a índices inflacionários astronômicos.
A década de 1980 conhecida no universo econômico como a década perdida, foi o momento em que a inflação atingiu seus maiores índices, uma vez que durante boa parte do período do regime militar estes índices foram praticamente escondidos pelos governos ditadores, importante lembrar que com a chegada do primeiro governo democrático pós os vinte anos de chumbo, aquela inflação que estava artificialmente adormecida, acordou de seu sono de hibernação. Foi neste momento que surgiu se a necessidade de se criar os planos econômicos de estabilização financeira, em 1986 o Presidente Sarney instala o plano cruzado, que foi a primeira tentativa mais organizada de se combater a inflação que tinha como principal ferramenta estratégica o congelamento de preços.
Com a crise política e alguns desacertos praticados pelos gestores econômicos do governo Sarney, os índices inflacionários voltaram a subir abruptamente, houve um reajuste gigantesco nos preços e passou se a se adotar o chamado plano heterodoxo do cruzado 2, tal governo em 1987 adotou a estratégia da moratória para não pagar a enorme dívida externa que veio sendo acumulando, e com a derrocada do plano que a população se indigna e vai para as ruas para protestar, com empresas quebrando, e preços de bens e produtos com valores exorbitantes.
Então em razão de o Brasil estar prestes a conviver com hiperinflação o Presidente Sarney sem ter o devido tempo para promover os ajustes fiscais adequados para preparar de forma equilibrada cria o plano verão, que não tem vida longa, pois não teve sequer o apoiopolítico quem dirá o da população brasileira.
O Presidente Collor em 1990 faz sérios ajustes fiscais e cria o plano cruzeiro que agiu de forma arbitrária ao fazer de maneira covarde um gigantesco confisco de capital líquido dos brasileiros, buscou nas contas bancárias dos cidadãos uma terrível tentativa de sair da crise econômica. Collor estabelece uma verdadeira confusão na economia brasileira.
Como o Presidente Collor sofreu o processo de impedimento, assume de modo provisório Itamar Franco, que formou uma nova equipe econômica, e já articulava os ajustes fiscais, em 1993 o Brasil vinha mesmo em passos lentos demonstrando certa capacidade de reação e melhoria econômica. Itamar Franco começa a preparação do terreno com a Unidade Real de Valor (URV) já vislumbrando a chegada do plano real, o governo cortou gastos, evitando desperdícios, começava se a controlar os índices inflacionários.
Aproveitando se esse cenário de certa instabilidade política e econômica o governo
Itamar Franco cria o plano real, que foi muito bem sucedido muito por conta dos diversos erros cometidos pelos gestores econômicos anteriores, neste momento histórico o Brasil se coloca livre da inflação, o país começa a crescer de forma sustentável, mas ainda sofre com a alta taxa de juros e a desequilibrada política cambial, mas de todo modo de fato o plano real foi um importante divisor de águas no cenário econômico nacional.
O Plano Real
O plano real foi sem dúvida o plano de estabilização econômica mais bem sucedido na história econômica do Brasil, vale lembrar que o citado plano foi um resultado de muitas ações tanto do ponto de vista positivo quanto do negativo, reflexos estes que foram sendo tomadas pelos governos anteriores, em uma verdadeira dinâmica de tentativa e erro, pois foram os exemplos de acertos e desacertos praticados anteriormente que possibilitaram a chegada e a estruturação do plano real.
Vale lembrar que a persecução de vários planos de estabilização econômica que foram adotados pelos governos anteriores serviram de supedâneo, os planos cruzado, plano Bresser, plano verão, plano Collor 1, plano Collor 2, plano cruzeiro, URV e por fim o plano real, além das moedas, cruzado, cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real, importante ressaltar que estes planos aconteceram no período da redemocratização, ou seja, entre 1985 e 1994.
Já no governo Itamar Franco foi criado o plano real que foi bem sucedido porque antes de sua implantação o terreno foi muito bem preparado, pois a equipe econômica que era capitaneada por Fernando Henrique Cardoso (FHC) que logo em seguida veio a ser Presidente da República que veio a consolidar o plano real. Os gestores da política econômica brasileira renegociaram as gigantescas dívidas da nação tanto do ponto de vista interno quanto do ponto de vista externo, fizeram ainda importantes cortes de gastos públicos, o Estado promoveu abertura de mercado, abriu espaços para privatizações de empresas públicas, aumentou significativamente a taxa de juros para controlar os níveis de consumo, foi então com a segurança e controle dos preços no mercado interno que veio a URV que logo em seguida foi substituída pelo plano real, que foi um importante progresso econômico, na tentativa de se acertar os pontos que o Brasil havia sofrido na década de 1980, a chamada pelos economistas de década perdida, pois bem o grande mérito do plano real foi à estabilização da economia a partir de ações sabiamente tomadas pela competente equipe econômica dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso O bem sucedido plano real foi um verdadeiro divisor de águas na história da política econômica brasileira, foi a partir dele que o país se estabilizou de fato e buscou alçar voos mais altos no cenário internacional.
A postura do administrador público é fundamental para a concretização das políticas previstas na Constituição. Somente através da conduta ética e moral daqueles que gerenciam o Estado e seus ideais previstos constitucionalmente serão conquistados, sedo necessário um comportamento visionário, futurista, ético, responsável. 
Os países europeus foram os primeiros e principais incorporadores do modelo que agradou os defensores da socialdemocracia. A principal referência no continente veio da região escandinava. Até hoje, Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca são destaques na aplicação do Estado de Bem-Estar Social e são países que estão no topo do ranking de melhor Índice de Desenvolvimento Humano.
Em se tratando de direitos sociais são os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. 
Os direitos sociais são aqueles que têm por objetivo garantir aos indivíduos condições materiais tidas como imprescindíveis para o pleno gozo dos seus direitos, por isso tendem a exigir do Estado uma intervenção na ordem social que assegure os critérios de justiça distributiva, assim diferentemente dos direitos a liberdade, se realizam por meio de atuação estatal com a finalidade de diminuir as desigualdades sociais, por isso tendem a possuir um custo excessivamente alto e a se realizar em longo prazo. Os direitos sócios fundamentais, caracterizadas como verdadeiras liberdades construtivas, com a finalidade de melhoria das condições de vida aos hipossuficientes, visando concretizar a igualdade social, consagrada como fundamentos do Estado Democrático, citadas no artigo 1º, inciso IV, da CF de 88.
O bem-estar concedido pelo Estado direta ou indiretamente, dentro do contexto de composições de normas, possibilitando meios mais favoráveis de condições de vida e igualdade aos mais fracos, direitos que se somam a situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se ligam ao direito de igualdade. 
O Estado de Providência. 
Foi um paradigma predominante em países ocidentais na segunda metade do século 20, defendia o desenvolvimento do mercado, com políticas públicas e da interferência do Estado na economia com o intuito de corrigir erros e proteger a população. Na atualidade, esse modelo está em crise. O primeiro país a abandonar o modelo foi a Inglaterra, no governo de Margareth Thatcher. Ela alegou que o Estado não dispunha mais de recursos para sustentar o Estado de Bem-Estar Social e retirou os direitos que os cidadãos haviam conquistado no decorrer das décadas. 
No Brasil, essa implantação do Estado de Bem-Estar Social ocorreu entre as décadas de 1970 e 1980. Esse modelo seria inserido como investimento produtivo para a área assistencialista. Logo, se verificou a acentuada desigualdade social, com elevados índices de pobreza e o fracasso do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) governo FHC, 1994-2002, assumindo o modelo Neoliberal como direcionador do Estado. Seu sucessor, o presidente “Lula”, recuperou as ideias do Estado Providência, investindo em políticas sociais que resultaram na diminuição dos índices de pobreza. No entanto, os investimentos em políticas sociais ainda são pequenos e mal administrados no Brasil.
Muitas contramarchas no período de (1987-1989), esse impulso foi refeito a partir de 1990, quando o Brasil fez opção pelo Estado Mínimo ganhando impulso. Nessa visão, o desenvolvimento social prescinde de políticas universais. Esse plano se resume em uma única ação: focalização nos “mais pobres e necessitados”. As bases do modelo de Estado de Bem-Estar, estava na contramão da ação global e passou a interagir sob fogo cruzado. Entre 1990-2002, a proteção social viveu tensões entre esses dois paradigmas opostos, com especificidades em dois momentos: 
Por sua vez, a Constituição Federal de 1988 define em seu artigo 6º o que são Direitos Sociais: “a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ” 
Estratégia Econômica.
Como no governo FHC prevalecia o aconselhamentoda época – controle inflacionário por meio de taxas de juros elevadas, superávit primário e restrição ao gasto público com anúncio de cortes – seguiu até 2005, mantendo um ambiente econômico recessivo, que continuou limitando o desenvolvimento social. Primeiro, por seus reflexos sobre o mercado de trabalho, desencadeando em 2003 a taxa de desemprego para o pico de 13,4%, permanecendo em níveis elevados. 
Início do primeiro governo Lula, situação econômica crítica, inflação e reservas internacionais em seu maior nível desde 1994; saldo de transações correntes negativo; crescimento pífio da economia; dívida líquida do setor público atingindo o topo desde 90; despesas com juros elevados. Necessária seria uma reorganização da política urbana que desde o final dos anos 80, houve um esvaziamento das políticas nacionais. Daí por diante o Brasil contava com efetivas políticas nacionais de habitação popular, saneamento ambiental e transporte público. No ano de 2004, criação do Programa Universidade para Todos (Prouni) onde oferece bolsas de estudo em instituições privadas a estudantes de baixa renda, contribuindo com a educação e institui uma política firme em favor de negros e indígenas.
A rigidez entre os paradigmas, desde a década de 90, continuava acirrada, porque o Ministério da Fazenda defendia claramente a opção pelo “Estado Mínimo”, e o principal tema acerca dos rumos sociais estava entre “focalização” e “universalização”. O fato novo foi prontamente acolhido no campo social por segmentos do núcleo do governo, e a um passo da efetivação. 
Em conformidade com esse posicionamento, o sistema econômico e forças imprescindíveis do núcleo do governo também tentavam realizar novas reformas do Estado, de caráter liberalizante. Destaca-se a tentativa de implantar um programa de ajuste macroeconômico, dentro de um planejamento estratégico, que também era uma ameaçava às políticas universais.
Retratava-se no reflexo da indefinição da estratégia social de Lula, inicialmente ancorada no “Programa “Fome Zero”, depois substituído pelo Programa Bolsa Família ampliando o número de atendidos de 3,6 milhões para 12,8 milhões de famílias. Além dessa ampliação do alcance do programa, destaca-se a decisão de aumentar o valor dos benefícios e de incluir jovens com 16 e 17 anos, que passaram a contar com o chamado Benefício Variável Jovem (BVJ).
A possibilidade de ampliação dos recursos destinados aos brasileiros mais pobres e de fornecer uma verdadeira rede de proteção social, capaz de amparar a população sofrida, dependia de forma decisiva da realização de reformas capazes de reduzir os privilégios concedidos pelo atual sistema, seja por gastos diretos ou através de renúncias fiscais, para a elite e a grupos de renda mais alta. 
O fortalecimento do movimento social em torno da reforma urbana, preconizou na elaboração do Projeto Moradia, núcleo da ação do Ministério das Cidades instituído por Lula. (Política Nacional de Desenvolvimento Urbano), (Ministério das Cidades), ocorrendo a primeira Conferência Nacional das Cidades. O Conselho Nacional aprovou as propostas da Política Nacional de Habitação, Política Nacional de Saneamento, Política Nacional de Trânsito, Política Nacional de Mobilidade e Transporte Urbano, a Campanha Nacional pelos Planos Diretores Participativos, o Programa Nacional de Regularização Fundiária, dentre outras.
Outro grande marco foi a criação do Sistema Nacional de Habitação, voltado para o mercado de habitação popular; outra medida foi o uso de recursos subsidiados do FGTS em programas para as famílias com renda inferior a cinco salários mínimos.
Com os avanços, o crescimento econômico se destacou no final de 2006, emergindo um cenário favorável para a ampliação do papel do Estado na economia, abrindo novas perspectivas para a ampliação do Estado na consolidação da proteção social consagrado pela CF de 88.
Surge em 2007, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), visava impulsionar investimentos públicos e privados nas áreas de infraestrutura e no âmbito social. Com a crise internacional, novas medidas anticíclicas foram adotadas com sucesso, pois visavam impedir, sobrepujar, ou minimizar, os efeitos do ciclo econômico.
As contas públicas melhoraram, a arrecadação cresceu e a relação dívida líquida do setor público. Esse desempenho abriu maior espaço para a ampliação do gasto social. Também foi benéfico para o mundo do trabalho. Entre 2003 e 2010, a taxa de desemprego caiu pela metade (de 12,4% para 5,7%); o rendimento médio real mensal dos trabalhadores subiu 18%; e mais de 15 milhões de empregos formais foram criados (apenas em 2010, foram criados 2,5 milhões de vagas); a renda domiciliar per capita cresceu 23,5% em termos reais; e, o PIB per capita (US$) passou de 2.870 para 8.217. As causalidades foram determinantes para as fontes de financiamento da política social na contribuição do mercado formal apresentando melhoras, pois o crescimento teve impactos positivos sobre o mercado de trabalho, dando vigor ao mercado interno e criando vitalidade entre produção e consumo.
A democratização do crédito energizou a cadeia do consumo impulsionando o mercado interno, como a valorização do salário mínimo, com crescimento e impactos positivos inclusive para beneficiários da Seguridade, concedendo em torno de 33,4 milhões de benefícios, distribuídos: INSS urbano (15,7 milhões); INSS Rural (8,1); assistência Social (3,6) e Seguro-desemprego (6,1), com caráter distributivo evidente, contabilizando beneficiários indiretos. Na época, dados do IBGE, apontavam que para cada beneficiário havia 2,2 beneficiários indiretos. Sendo assim, a Seguridade Social beneficiou direta e indiretamente, quase 106 milhões de pessoas, cerca da metade da população do País. Mais de 2/3 desses benefícios equivaliam ao piso do salarial nacional.
Ainda no tocante as esferas sociais foram criadas Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado em Assistência Social (Creas); Na Previdência Social, o principal destaque é melhoria das contas financeiras voltando a ser superavitário, o que não ocorria desde 1997.
O Estado de Bem-estar Social Na Educação.
Múltiplas medidas que estavam sendo delineadas e amadurecidas para a instituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a aprovação do Plano de Desenvolvimento da Educação. Outra iniciativa foi o “Plano de Metas Compromisso, “Todos pela Educação”, uma espécie de pacto nacional pela melhoria da qualidade da educação básica, com merecido destaque o processo de reforma da educação superior, visando ampliar instituições federais e a expandir a rede pública.
Na área da formação dos docentes da educação básica, houve a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que é uma rede de instituições públicas de ensino superior voltadas a oferecer cursos para esses profissionais. Outra medida foi estabelecer o piso salarial para professores da educação básica da rede pública de ensino. Quanto ao financiamento da educação, o avanço mais importante foi a aprovação em 2009 de uma PEC nº 96, que estabelecia a Desvinculação das Receitas da União (DRU) deixando de incidir gradativamente no orçamento da Educação até não ser mais cobrada, em 2011. A DRU autorizava o governo a reter 20% de toda arrecadação sem justificar no projeto de orçamento a destinação dos recursos. O ministério da Educação estima que o setor tenha perdido cerca de R$ 100 bilhões desde 1996, quando a DRU foi instituída. Os direitos sociais “se realizam pela execução de políticas públicas, destinadas a garantir amparo e proteção social aos mais fracos e mais pobres; ou seja, aqueles que não dispõem de recursos próprios para viver dignamente”. Dessa forma, podemos pensar que o Estado deve cumprir com o seu poder de tutela aos hipossuficientes. A Administração Pública tem o dever de zelar pelo cumprimento de tais tutelas preconizadas pela Constituição Federal.
O perfil político educacional nas escolas brasileiras.
Sabemos que a Política Educacionalfaz parte das Políticas Públicas do Brasil. Entende-se por Política Pública o processo que estabelece normas e decisões sob a responsabilidade do Estado. Este apresenta-se através de organismos políticos e entidades sociais civis a nossa Legislação. Através das políticas públicas o Estado regula as atividades governamentais que são de interesse público. Por outro lado, as políticas públicas educacionais dizem respeito as decisões que o governo faz em relação à Educação. 
É importante ressaltar que as políticas educacionais no Brasil envolvem especificamente questões escolares, no entanto, sabemos que a educação vai muito além do ambiente escolar. A educação é de grande relevância para a sociedade. A educação se faz através da família, centros religiosos, na rua e em todos os lugares que possa aprender. Porém, na escola a educação precisa ser delimitada através das políticas públicas. Estas devem ser planejadas com metas e objetivos eficazes, haja vista que, as mesmas envolvem toda a sociedade civil. As politicas públicas tem o dever de oferecer aos cidadãos brasileiros uma educação de qualidade. Para que este direito seja de fato garantido com qualidade e para todos surge a Política Educacional. 
POLÍTICAS PÚBLICAS
O impacto do PMM nos indicadores de saúde
Para verificar o possível impacto do PMM nos indicadores de saúde, foi realizada uma avaliação ‘quase-experimental’, antes e depois da implementação do programa nos 1.708 municípios com 20% ou mais da população vivendo em extrema pobreza e em áreas remotas de fronteira. Compararam-se a densidade de médicos, a cobertura da atenção primária e as hospitalizações evitáveis em municípios inscritos (n=1.450) e não inscritos (n=258) no programa. Trata-se de um desenho de estudo robusto para avaliação de impacto, no qual o grupo contrafatual (não inscrito) não é alocado pelo pesquisador, mas, sim, ocorre fortuitamente (neste caso, foi o gestor municipal que não solicitou a inscrição). Os resultados indicaram que, entre os 1.708 municípios estudados, os que tinham um ou mais 265 médicos por mil habitantes aumentaram de 163 em 2013 para 348 em 2015. A cobertura da atenção primária nos municípios inscritos aumentou de 77,9% em 2012 para 86,3% em 2015; e nos demais ficou estável. As internações evitáveis nos 1.450 municípios inscritos diminuíram de 44,9% em 2012 para 41,2% em 2015, mas permaneceram inalteradas nos 258 municípios controle. 
Esse foi um dos primeiros estudos fornecendo evidências sobre impacto do PMM na saúde. Esse resultado evidencia que, apesar do pequeno número de médicos cooperados em relação ao total de médicos já disponíveis no País (1,8%) e da maior concentração destes em áreas litorâneas e nas Regiões Sudeste e Sul29, de fato, houve uma melhoria na distribuição de profissionais intra e inter-regiões e, especialmente, no acesso de amplos segmentos da população anteriormente excluídos de atendimento médico regular, mesmo nas regiões mais desenvolvidas. 
Os dados coletados e analisados pelo projeto a respeito do PMM, e aqui reunidos, indicam: i. o desenvolvimento da atenção médica do PMM em municípios onde antes não havia médicos; ii. melhoria da qualidade e aumento da quantidade de médicos formados no País; iii. atuação dos médicos do PMM em áreas rurais, remotas e mais vulneráveis; iv. redução de municípios com extrema carência de médicos (menos que 0,1 médico por mil habitantes); v. provimento de médico em áreas Quilombolas e em todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI); vi. fortalecimento e aumento da cobertura da APS em todo o território nacional; vii. significativa redução de hospitalizações por causas evitáveis; viii. criação de vínculo entre médico e paciente, com melhor adesão ao tratamento; ix. atendimento médico mais humanizado; x. maior satisfação da população e dos gestores com os serviços de saúde.
Vários embates sobre a avaliação de políticas públicas são realizados atualmente. Alguns a defendem como instrumento norteador para o sucesso ou insucesso da ação. Outros alegam que os métodos são complexos e onerosos. Há ainda aqueles que embora evidenciem sua importância, aponta que os resultados não são utilizados de maneira apropriada permitindo falhas na sua execução.
Contudo é sabido que os processos de avaliação e monitoramento foram solidificando a partir da promulgação da Constituição Federal em 1988. Essa afirmativa é endossada por Jannuzzi onde afirma que este marco, foi o ponta pé inicial que permitiu aos gestores darem novos rumos as ações propostas, culminando nos processos de avaliação e monitoramento.
Ainda na visão desse autor, a avaliação é: “Um conjunto de procedimentos técnicos para produzir informação e conhecimento (...) com a finalidade de garantir o cumprimento dos objetivos propostos” (Jannuzzi 2013). Partindo dessa visão, verifica-se o processo de avaliação como um instrumento de extrema relevância para o sucesso da proposição. É durante essa ação que se efetua intervenções quando necessário ou mantém aquilo que estiver dando certo. 
Nota-se o processo de avaliação e monitoramento é um levantamento eficaz para aprimoramento da ação, além de se obter dados para consolidação e produção de dados que contribuirão para ações futuras.
Ainda nessa perspectiva, Breynner aponta a avaliação como:
“Um processo que avalia criticamente, testa e mede o desenho, a implementação e os resultados do projeto ou programa, à luz de seus objetivos iniciais ou dos objetivos que orientam a formulação da ação”. (Revista Aval, Janeiro/Junho. Vol. 01, nº 15 2019, p 53.)
O autor evidencia sua importância para o sucesso da ação. É sabido que com a Promulgação da Constituição Federal em 1988, a participação da sociedade civil, tornou-se um instrumento de extrema relevância na execução das políticas públicas. A criação/expansão dos conselhos consultivos e deliberativos permitiu que a sociedade civil antes ignorada pelo “sistema”, passasse a propor mudanças e efetuar intervenções relevantes nos diversos cantos do Brasil onde estão inseridos.
Toda ação a que se propõe executar, deve passar pelo crivo da avaliação. Esse método possibilita ao executor visualizar o andamento da proposição, bem como, seus entraves, possibilitando intervenções. 
Quando se trata de Políticas Públicas essa metodologia deve ser aplicada em todas as fases do projeto. Esse processo segundo Breynner, “surgiu através do condicionamento de metodologias para obtenção de feedback para o repasse de verbas internacionais”. Partindo dessa premissa, não bastava construir um projeto arrojado, mas os investidores precisam ter uma visão mais ampla da execução do serviço, além de efetuar modificações ao longo de sua execução.
Outro aspecto importante no processo de consolidação das políticas públicas, e agregação de valor não somente para a gestão, mas para todos os envolvidos no processo, é sobre a manutenção e utilização de dados consolidados como pesquisas realizadas pelo IBGE e INEP que são indicadores oficiais, tonando-se referenciais para subsidiar qualquer projeto proposto. A partir da análise dessas informações, se aplicadas de forma correta, pode-se saber o momento certo de se efetuar uma intervenção, propiciando benefícios aos propositores uma vez que a avaliação tardia trará consequências desastrosas.
Já Farah evidencia pontos para consolidação de uma política pública. O controle de recursos estratégicos, a articulação entre atores em torno de uma agenda e a criação de espaços para debates são apontados como itens primordiais na consolidação das políticas públicas. 
Partindo do pressuposto da redução das desigualdades sociais, Breynner afirma que quando se assume um processo de avaliação, o avaliador fará contribuições importantes em vários aspectos, possibilitando a articulação entre diversos autores, cumprindo seu papel de gestor. Ainda na visão do autor ele reafirma a necessidade de criar questionamentos como: Para que avaliar? Como avaliar? Avaliar, para quem? Respondendo a essas questões deve-se culminar em outra pergunta: Qual,enfim, o sentido de avaliar políticas públicas? 
Efetuando a aplicabilidade desses itens nas políticas públicas que serão executadas, tendo em vista o relato do Caso do Programa Mais Médicos, percebe-se que os principais beneficiário foram os cidadãos que vivem em locais distantes dos centros urbanos e que não possuem recursos suficientes para uma simples consulta por exemplo.
Vimos neste estudo, que a inserção do Programa Mais Médicos possibilitou avanços consideráveis nos municípios que efetuaram a adesão. Já naqueles que houve certa omissão dos gestores em não efetuar a adesão houve estagnação.
No relato apresentado o impacto foi redução nos casos de internações além da ampliação da cobertura da atenção básica. Neste último quesito, tendo a repercussão da mídia sendo amplamente divulgado, nota-se que em muitas regiões nem médicos existiam. A implantação do referido programa proporcionou a garantia de direitos expressos na Constituição Federal. 
De Mário et; al. reitera que há uma grande necessidade de se desenvolver um processo de avaliação que possa superar os percalços lançados. Já Arretche afirma que o processo de implementação corresponde a uma “outra fase da vida”, onde são desenvolvidas ações que se pretende alcançar objetivos. Assim, o gestor deverá estar atento as proposições que desejar implementar tendo como referencia o cidadão e onde está inserido. As políticas públicas existem para amenizar o sofrimento desses munícipes que se encontram desprovidos de vários direitos previstos em legislações.
 Após a abordagem de vários conceitos das Políticas Públicas a temática focou no processo de avaliação, que é necessária em qualquer tipo de trabalho, para poder ver, onde teve resultados satisfatórios e onde não teve, a fim de ser melhorado o trabalho além de efetuar as intervenções. Fazem toda a definição de avaliação segundo alguns autores, sobre a história e os tipos.
Esse processo permite aos gestores públicos verificar o ponto de partida, bem como sua execução para possibilitar melhorias ou correções das ações que não surtiram o efeito esperado. 
Carol W. Weiss aponta no artigo que compõe o livro “Antología Sobre Evaluación”, sobre a preparação do terreno, onde explicita o uso dos dados de uma pesquisa sobre fumantes que não teve seus resultados finais divulgados ou sequer continuidade da ação proposta. A partir dessa premissa, o fato remete-se a uma reflexão importante na aplicabilidade da função do gestor.
Não basta apenas ter uma iniciativa, é necessário efetuar todos os trâmites propostos, objetivando oferecer maior lisura ao processo, além de disponibilizar resultados concretos para a sociedade. Verifica-se que o processo de avaliação em uma pesquisa possibilita aos propositores uma revisão daquilo que não deu certo corrigindo-os em uma ação futura.
Na pesquisa em questão foi relatado pela autora que o estudo não teve a conclusão dos resultados colocando tanto os objetos de pesquisa, quando a sociedade em dúvida quanto a real eficácia da sua proposição. 
A partir dessa análise toda ação deverá ter um famoso clichê: “Início, meio e fim”. Efetuar uma política pública sem esses itens causará danos irreparáveis na gestão, ocasionando agravamento da realidade inicial.
 O Professor Paulo Jannuzzi evidenciou no vídeo sobre vários aspectos que antes haviam obtido melhorias e que no atual cenário está em retrocesso. Citou a diminuição da carga tributária, a retomada da pobreza e extrema pobreza, culminando em desigualdades sociais, a retomada do trabalho infantil. Todos esses fatores aferidos por órgãos competentes como IBGE, e que apontam para um retrocesso de políticas públicas. Outro fator que contribuiu bastante para o declínio dessas ações, foi o corte de recursos em áreas importantes. Outro fator que possibilita o agrave da situação é a instituição de midiatização das políticas públicas além das fake news, veiculadas na internet com uma velocidade gigantesca. A partir desses dados, tem-se na a execução de uma política pública um modelo de intervenção eficaz que passa a envolver todos os atores. Em um determinado conselho, por exemplo, a Constituição prevê a composição de vários segmentos da sociedade (executivo, legislativo, sociedade civil, associações, etc.) Esse misto de cidadãos fortalece o processo desde que haja envolvimento eficaz dos membros, pois não estão vinculados a um dos três poderes. Eles são autônomos em suas decisões para emitirem pareces e fiscalizarem o que for preciso dentro de sua jurisdição.
 A agenda de avaliação no Brasil, segundo Jannuzzi necessita ser resgatada, uma vez que compromissos importantes estão minimizados. Ele enfatiza ainda sobre a questão da segurança alimentar, recuperar o desenvolvimento de maneira amplificada. É importante ressaltar que o autor relata que políticas públicas não é composta de apenas uma ação, tipo reduzir a fome ou pobreza, mas vários eventos de acordo a necessidade dos cidadãos. Outro aspecto relevante relatado pelo autor é que a implementação das políticas deve estar no centro das ações. Os demais adventos serão melhores gerenciados se o script se pautar nessa premissa.
O processo de avanço tecnológico e modernização das empresas.
 Tendo como consequência a redução do escoamento do trabalho. Com o avanço tecnológico e a introdução das máquinas, ocorreram e têm ocorrido impactos diretos na força de trabalho, consubstanciando significativos índices de desemprego em razão da necessidade de mão-de-obra especializada. Noutro prisma, o avanço tecnológico produz formas de enriquecimento no modelo capitalista que se dá pela aplicação, na sociedade, da mercadoria abstrata denominada especialização, que materializa o acirramento na relação trabalho e sociedade.
Introdução
Cumpre, prima face, demonstrar que o trabalho é atividade humana por excelência. Somente o homem, por suas capacidades, pode observar a natureza e modificá-la pela sua ação volitiva. Em consonância com o que se apresenta, buscamos agasalho nas linhas de Karl Marx:
Antes de tudo, o trabalho é um processo entre o homem e a Natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a Natureza. Ele mesmo se defronta com a matéria natural como uma força natural. Ele põe em movimento as forças naturais pertencentes à sua corporalidade, braços e pernas, cabeça e mão, a fim de apropriar-se da matéria natural numa forma útil para sua própria vida. Ao atuar, por meio desse movimento, sobre a Natureza externa a ele e ao modificá-la, ele modifica, ao mesmo tempo, sua própria natureza. Ele desenvolve as potências nela adormecidas e sujeita o jogo de suas forças a seu próprio domínio. Não se trata, aqui, das primeiras formas instintivas, animais, de trabalho. (Marx, 2015, p. 255).
Seguindo a lição de Marx (2015, p. 255), é necessário compreender que o trabalho é um processo exclusivamente humano, em que há a efetiva modificação da natureza para produção de riquezas. De acordo com Pinto (2007, p. 13), dessa última constatação, isto é, trabalho como imanente à espécie humana, pode-se deduzir quão longe está a origem das preocupações dos homens e mulheres com relação à organização de suas atividades de trabalho.
Da correlação entre Marx e Pinto, temos o trabalho como atividade exclusiva e imanente dos homens e mulheres; ocorre, que, necessário é deduzir que há um distanciamento entre os atores da atividade laboral e organização das suas atividades ou como elas são modificadas na relação espaço e tempo. Portanto, na contemporaneidade, o mundo do trabalho adquiriu novas formas no seu modus operandi, com a introdução das máquinas que são um produto do processo tecnológico.
Com o advento da maquinaria e a otimização da produção, o ser humano atua como partícipe do processo produtivo. A atual organização do mundo do trabalho estabelece a urgência de profissionais especializados, em vários setores, que sejam capazes de capturar o atual contexto exigido pelo mercado nas linhas do trabalho e sociedade.Na presente atividade, discutem-se as alterações no mundo do trabalho pela lente do processo tecnológico que automatizou a linha de produção, provocando a ascensão do desemprego e gerando barbáries na sociedade pelo modelo de produção capitalista.
1 O avanço tecnológico e a modernização das empresas e indústrias
Está exposto no Livro I da Ética a Nicômaco de Aristóteles: “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso, foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam” (Aristóteles, 1992, 1094 a, p. 17.). Não seria demasiado afirmar que a lição Estagirita não foi bem compreendida. Toda ação e propósito humano visam o fim último que é bem; o bem comum. O capitalismo, sobretudo, não observa qualquer princípio que indique a socialização da riqueza como um bem que deve atingir a toda a humanidade.
A questão surge: o avanço tecnológico e modernização das empresas e indústrias visam ao bem comum? O início da relação laboral com o capitalismo ocorreu na Idade Média, em função da organização dos artesãos num mesmo espaço realizando atividades sob o mando de um burguês; surgiu, assim o poder de emulação que é a capacidade que trabalho possui de mobilizar trabalhadores para realizar determinadas tarefas. Com o advento da manufatura ocorreu a divisão do trabalho; contudo, na Revolução Industrial, o homem migra do trabalho manual para a máquina-ferramenta; do atelier ou manufatura para a fábrica onde novos formatos de trabalho foram sendo implantados. Segundo Marx (2015), “foi através da porta da fábrica, que o homem pobre, a partir do século XVIII, foi introduzido no mundo burguês, onde a fábrica, com vistas à racionalização, já era pensada a partir das máquinas e não a partir do homem, levando a uma cisão entre concepção e execução do trabalho, processo esse extremamente alienante para o trabalhador”.
Com a máquina, o meio de trabalho logo se converte num concorrente do trabalhador. A autovalorização do capital por meio da máquina é diretamente proporcional ao número de trabalhadores cujas condições de existência ela aniquila” (MARX, 2015, p.502-503).
O sistema de produção capitalista baseia-se no fato de que o trabalhador vende sua força de trabalho como mercadoria. A divisão do trabalho unilateraliza tal força, convertendo-a numa habilidade absolutamente particularizada de manusear uma ferramenta parcial. O meio trabalho liquida o trabalhador. Sem dúvida, esta antítese direta aparece de modo mais evidente quando a maquinaria recém-introduzida concorre com a tradicional produção artesanal ou manufatureira (Marx. 2015, p,504).
Com o advento da maquinaria, que é resultado do processo tecnológico, o trabalhador é introduzido na fábrica onde a mesma é concorrente do trabalhador, que passa a realizar meio trabalho. Para tal, o trabalhador emprega sua força de trabalho em concorrência com a maquinaria. Nesse sentido, deve-se compreender o processo de funcionamento de tais apetrechos tecnológicos.
A modernização das empresas e indústrias e o desenvolvimento tecnológico dependem, na leitura de Marx, de trabalhadores capacitados. Conectando o aludido enlevo com a contemporaneidade, os trabalhadores devem ser adestrados, em linhas de manuseio, para a operacionalização das dinâmicas exigidas pelas máquinas modernas inseridas nas modernas empresas e indústrias, o que implica em investimentos consistentes e contínuos.
A modernização e recuperação da atividade industrial não é acompanhada pela criação de empregos na mesma velocidade e proporção. À medida que o avanço tecnológico se dá e se insere nas empresas e indústrias, surge a otimização que implica em aumento de capital e reprodução do mesmo. No entanto, tal processo se materializa para a facilitação do trabalho e aumento da produção e não com vistas às condições do trabalhador e, nesse sentido, as fileiras intermináveis de desempregados se avolumam em razão da imposição, pelo capital, de trabalhadores qualificados para os ambientes governados pelas tecnologias. Tal percepção é evidente pelas palavras de Taylor:
Um tipo de homem é necessário para planejar e outro diferente para executar o trabalho. [...] em quase todas as artes mecânicas, a ciência que rege as operações do trabalho é tão vasta e complexa que o melhor trabalhador adaptado à sua função é incapaz de entendê-la, quer por falta de estudo, quer por insuficiente capacidade mental. (Taylor, 1990, p. 43).
Portanto, se as operações do trabalho são tão vastas e complexas que o melhor trabalhador adaptado à sua função é incapaz de entendê-la, quer por falta de estudo, quer por insuficiência mental, claro está que o trabalhador não acompanha no mesmo ritmo os avanços tecnológicos que implementam máquinas complexas no mundo do trabalho. O não acompanhamento do processo tecnológico, pelo trabalhador, determina a necessidade de mão-de-obra especializada e, com a escassez da mesma, trabalhadores perdem seu postos de emprego por não terem especializações para a nova dinâmica das empresas e indústrias ritmadas pelos apetrechos da ciência e tecnologia que materializaram o avanço tecnológico sob a égide da capilaridade do capital para maior produção e reprodução de mais capital.
O acirramento pelos postos de emprego faz, então, com que as pessoas busquem a mercadoria abstrata denominada especialização. O capital mais uma vez revela sua face nefasta que espolia tudo que é possível e de todas as formas da classe trabalhadora. Em tal contexto tecnológico, o não especializado e não adaptado à otimização tecnológica das empresas e indústrias é posto em desuso, como mercadoria que é, pela lente do modo de produção capitalista.
Considerações finais
Na fábrica não se encontram em jogo apenas “as questões relativas à acumulação do capital, mas também os mecanismos responsáveis pela concentração do saber e, consequentemente, de dominação social” (DECCA, 1982, p. 39). Em se tratando de relações sociais capitalistas, foi por meio do surgimento da fábrica e do avanço tecnológico que o capitalismo conseguiu exercer controle sobre as pessoas, através de diversas instituições relacionadas na criação e proteção de seus interesses e, ainda, descobriu uma possibilidade para sua produção.
Assim, no interior do próprio mercado capitalista, a tecnologia iria aparecer como elemento determinante, uma vez que, constituído esse mercado, a sua expansão passou a se dar a partir da produção e do consumo crescente de bens de produção (bens de consumo produtivo). Esse é o momento no qual as próprias categorias e instâncias do capital aparecem automatizadas, e a técnica, agora passa a determinar de ponta a ponta a lógica do próprio mercado, impondo uma progressiva e crescente divisão social do trabalho. (DECCA, 1982, p. 70)
A automação e a técnica, oriundas do processo tecnológico, não se descolam do aumento do desemprego em razão da não qualificação para dividir a força de trabalho com a ação da maquinaria e todo aparelhamento tecnológico. No campo concreto, o capital gera uma nova forma de acumular riquezas pela via das especializações para atuar no moderno mundo do trabalho. O desemprego gera abatimentos físicos e psicológicos nas pessoas, com elevado número de desempregados sem a capacidade, por vezes, de se alimentar. O avanço tecnológico e a modernização das empresas e indústrias comportam, em si, o grande paradoxo do capital que é tornar eficaz as alinhas de produção, mas retiram do trabalhador a sua única riqueza: seu trabalho.
Tamanha a parasitagem do capital, que a reposta à questão aristotélica não se resolve; “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isso foi dito, acertadamente, que o bem é aquilo a que todas as coisas visam” (Aristóteles, 1992, 1094 a, p. 17.). O capitalismo, o avanço tecnológico e a modernização das empresas e indústrias visam ao bem comum? Toda maquinaria posta em ação com o argumento de aprimorar as condições de vida da humanidade estão visando o bem comum?
Acreditamos que a resposta assumetons negativos. O capital agregado ao avanço tecnológico e a grande maquinaria somente socializam o empobrecimento da classe trabalhadora, com os vultuosos índices de desemprego, não só por falta de especialização no mundo do trabalho, mas pelo fato de que o crescente avanço tecnológico e automação nas empresas e indústrias surgem como ato pensado para reduzir os custos de produção mesmo, sendo que, para tal, a classe trabalhadora seja então despossuída até da ilegítima forma de obtenção do salário que se converte em alimento.
E, ilegítimo é, como o todo produzido pelo capitalismo o é; pois, o mesmo não socializa riquezas. Em contrário senso, o capital, socializa o pauperismo que se reproduz nas sociedades mais avançadas, das tecnologias.
REFERÊNCIAS
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