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Métodos contraceptivos

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	UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - BACHARELADO
JOÃO VICTOR SILVA DE LIMA
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
Presidente Prudente - SP
2020
Introdução
Os métodos contraceptivos já existem á várias centenas de anos e são usados para prevenir gravidez e as Infecções sexualmente transmissíveis (IST), o método mais antigo relatado é o coito interrompido, porém, obviamente não era nada eficazes e não evitava a gravidez e muito menos protegia contra IST. Muitos casos foram documentados no decorrer da história, como ingestão de mercúrio aquecido por mulheres na china para evitar a gravidez ou provocar aborto; Pasta de fezes de crocodilo com mel como uma barreira contraceptiva era usada no Egito antigo, até hoje pesquisadores tentam entender o porquê dessa estranha combinação. No trabalho de hoje vamos tratar de alguns métodos contraceptivos avançados e cientificamente aprovados, como por exemplo, a pílula contraceptiva oral combinada. 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Preservativo Masculino	4
Figura 2 - Camisinha feminina	5
Figura 3 - Diafragma	5
Figura 4 - Espermicida	6
Figura 5 - Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU)	7
Figura 6 - Pílula combinada	8
Figura 7 - Contraceptivo hormonal injetável	9
Figura 8 - Anel Vaginal	10
Figura 9 - Adesivos cutâneos hormonais	10
Figura 10 - Sinal de Exit (saída)	11
Figura 11 - Métodos contraceptivos	11
Figura 12 - Processo de esterilização feminina	12
Figura 13 - Processo de esterilização masculina	13
Métodos de Barreira
São os métodos mais conhecidos como camisinhas/preservativos, é o mais utilizado mundialmente e com custo mais baixo podendo ser adquiridos gratuitamente pelos postos de ESF - Estratégia Saúde da Família. Esses métodos são indicados as mulheres que não possam se utilizar de nenhum tipo de hormônio, ou para pessoas que buscam proteção contra ISTs. Os preservativos são divididos entre masculinos e feminino.
Preservativo masculino: É utilizado no pênis, desenrolando o preservativo por toda a extensão do pênis ereto. Ele funciona impedindo a entrada do sêmen no corpo da mulher, e como é um método descartável deve ser utilizado apenas uma vez, sendo descartado a cada atividade sexual. Existem preservativos de todos os formatos, tamanhos e materiais (sendo o látex o mais comum), de forma que mesmo com alergias ou pele sensível, há preservativos que oferecem conforto.
Tem uma taxa de eficiência de 98% se usado corretamente e de 82% se não for feito o uso correto, ele além de prevenir a gravidez também previne contra ISTs. Os pontos negativos do uso desse método são por questões pessoais, por exemplo, desconforto no pênis, perturbação no ato sexual e alergia ao látex.
Figura 1 - Preservativo Masculino, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Preservativo Feminino: É colocado no interior da vagina antes do ato sexual, impedindo que o esperma entre em contato com o útero da mulher, também é um método descartável e de uso único por ato sexual. O material usado é poliuretano, um material mais fino que o látex.
Tem uma taxa de eficiência 95% se usado corretamente e 79% se o uso não for correto, ele também assim como preservativo masculino previne gravidez e ISTs. Os pontos negativos desse preservativo já são um pouco mais agravantes, como o alto preço de cada unidade, as mulheres nas maiorias das vezes relatam desconfortos e barulho irritante e o seu uso exige pratica, pois, seu manejo pode ser complicado nas primeiras vezes.
Dentro dos métodos de barreira também temos o Diafragma, Espermicida e o Dispositivo Intrauterino (DIU), estes não fornecem proteção contra ISTs.
Figura 2 - Camisinha feminina, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Diafragma: Ele é um disco flexível pequeno em forma de abóboda com material composto por látex ou silicone. Ele é usado, inserindo-o na vagina para criar uma barreira, evitando o esperma de chegar ao útero. O Diafragma não é um método contraceptivo totalmente eficaz, sendo sempre recomendado combinar seu uso com o Espermicida. Ele tem uma taxa de 94% de eficácia se utilizado do jeito correto e 88% se usado de modo incorreto. 
Os seus contras acabam se elevando nos prós quando colocado em analise, dado que, para se começar a usar o Diafragma precisa de consulta medica, pois, cada vagina tem seu tamanho e o diafragma precisa ser especifico para ela, também é necessário o uso de espermicida junto a ele para que sua eficácia seja maior e é necessário permanecer com o diafragma até 6 horas após o ato sexual.
Figura 3 - Diafragma, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Espermicida: O espermicida não é contraceptivo, pois utilizando apenas dele não terá quase nenhuma eficácia, por isso é chamado de complemento contraceptivo e deve ser usado junto com o diafragma, capuz cervical ou preservativo, assim então tendo um bom efeito. Ele é comercializado em todos os tipos de formatos, cremes, espumas, géis e etc. A forma de se usar o espermicida é aplicando ele na região da vagina de 5 a 90 minutos antes do ato sexual e deixando-o de 5 a 8 horas após o ato, as demais instruções variam de acordo com qual contraceptivo vai ser utilizado junto dele. A sua taxa de eficiência é uma das menores, sendo apenas de 82% se usado corretamente e 72% se não tiver bom uso. 
Ele não pode ser usado como método sozinho, pois não é eficaz, se você também estiver usando medicamento para infecção vaginal por fungos, o espermicida pode não funcionar tão bem, pode causar um pouco de irritação, reações alérgicas, infecção do trato urinário.
Figura 4 - Espermicida, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU): É um dispositivo pequeno, em forma de T, com um fio ou cilindros de cobre, que é colocado dentro do útero, ele libera íons de cobre que retêm o esperma e entrava bastante a sua capacidade de locomoção em torno do útero, existem casos em que o espermatozoide consegue ultrapassar o DIU, o cobre impede a implantação do ovo fecundado na parede do útero. O DIU mesmo sendo um método muito eficaz pode não ser adequado para todas as mulheres, por isso, é recomendado fazer uma consulta médica e tomar a decisão junto ao profissional médico.
O DIU é inserido no útero da mulher através da vagina por um profissional da área da saúde podendo permanecer por até 5 ou 10 anos, claramente que pode ser retirado em qualquer momento que a mulher quiser. A taxa de eficiência de um DIU de cobre é de 99%, sendo um dos mais eficiente entre todos os métodos.
Alguns dos únicos contras a esse método é que ele não protege contra ISTs e pode tornar o fluxo menstrual um pouco mais intenso.
Figura 5 - Dispositivo Intrauterino de cobre (DIU), Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Métodos Hormonais 
Os contraceptivos hormonais são métodos para prevenção da gravidez à base de formas sintéticas de hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona. Alguns desses métodos combinam os dois hormônios, enquanto outros têm apenas progesterona. Eles podem ser tomados, injetados, inseridos na vagina, aplicados à pele ou implantados sob a pele. Os métodos hormonais não protegem contra nenhuma ISTs, sendo apenas proteção a uma gravidez. 
Dentro desses métodos temos a Pílula contraceptiva oral combinada, Contraceptivo hormonal injetável, Anel vaginal, Adesivos cutâneos com hormônios e DIU hormonal.
Pílula contraceptiva oral combinada: A pílula é um comprimido que deve ser tomado diariamente, contendo estrógeno e progesterona que impedem a liberação dos óvulos pelo ovário, a pílula também deixa o muco cervical espesso, assim, o esperma não consegue atingir o óvulo. 
O uso da pílula é como qualquer outro comprimido, deve ser ingerido oralmente com ou sem água e seguindo as orientações vindas no folheto de cada cartela de medicamento, porém, para saber exatamente como começar e seguir o tratamento adequadamente é necessário se consultar no médico, para ele passar o medicamento certo para seu organismo. 
A eficiência desse método é 99% com seu uso correto e de 92% com o uso errado,que seria pular alguma pílula. Os seus contras ou mais popularmente seus efeitos podem ser dos mais variados, alguns deles são cefaleia, alterações de humor, mastalgia, náuseas, alterações no peso, alterações no ciclo menstrual, não comumente mas pode desenvolver pressão alta em algumas mulheres, trombose, ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e como dito acima, não previne contra ISTs.
Figura 6 - Pílula combinada, Fonte: World Health Organization
Contraceptivo hormonal injetável: Esse método consiste em uma injeção contendo hormônios, que pode ser apenas progesterona, ou progesterona e estrógeno juntos, que tem o mesmo efeito da pílula contraceptiva, que é impedir a ovulação e deixar o muco do colo uterino espesso. Ela é prescrita uma por mês ou de uma a cada três meses, dependendo de como foi acordado com o médico e é recomendado a aplicação feita por um profissional da saúde treinado. O uso da injeção é feito por profissionais, sendo altamente desencorajado se fazer em casa.
A injeção tem uma das maiores eficiências entre os métodos, sendo de 99% com o uso correto feito por um profissional de saúde. Seus efeitos colaterais variam muito também, assim como a pílula, dentre os efeitos estão cefaleia, alterações de humor, aumento de peso, incômodo abdominal, pode a de 3 meses levar até um ano para o retorno da menstruação e da fertilidade depois de parar de tomar, pode causar ciclos menstruais irregulares, assim como a pílula existe raras exceções como trombose, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, também não previne contra ISTs.
Figura 7 - Contraceptivo hormonal injetável, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Anel Vaginal: É um anel transparente e flexível de polietileno vinil acetato que, depois de inserido na vagina, vai aos poucos liberando os hormônios progesterona e estrogênio no corpo para evitar que os ovários liberem óvulos e torna o muco cervical espesso, como os dois métodos citados anteriormente. 
Ele é utilizado como se fosse um absorvente interno, inserindo-o na vagina encostado na parede vaginal, tendo que ficar na vagina por três semanas, dando uma semana de pausa e colocando um novo após esse período. É aconselhável uma consulta no médico antes de começar a utilizá-lo, tanto para saber qual o melhor para o organismo quanto para saber como usá-lo corretamente.
A eficiência do Anel Vaginal é de 99% se usado da forma correta, e de 91% se houver uso incorreto dele. Como os anteriores, ele também tem seus diversos efeitos colaterais, como, corrimento, desconforto na vagina, irritação, dores de cabeça, alterações de humor, alteração do peso e nas raras exceções como trombose, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, também não previne contra ISTs.
Figura 8 - Anel Vaginal, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Adesivos cutâneos hormonais: São pequenos selos que contêm estrogênio e progesterona que entram na corrente sanguínea através da pele, onde impedem a liberação de óvulos pelos ovários e também tornam o muco cervical espesso. O uso desse método trata-se de aplique o adesivo diretamente na pele na parte inferior do abdômen ou superior do braço, nas nádegas ou nas costas, deixando-o por vinte e um dias corridos, trocando de sete em sete dias, e ficando uma semana de pausa na quarta semana. 
A eficiência do Adesivo é de 99% se usado da forma correta, e de 91% se houver uso incorreto dele. Como os anteriores, ele também tem seus diversos efeitos colaterais, como, um pouco de prurido e vermelhidão no local da aplicação, irritação, dores de cabeça, alterações de humor, alteração do peso e nas raras exceções como trombose, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, também não previne contra ISTs.
Figura 9 - Adesivos cutâneos hormonais, Fonte: Portal do Governo Brasileiro
Outros métodos contraceptivos
Neste trabalho já foi retratado os métodos de barreira e hormonais, porém, temos mais alguns métodos que não se aplicam nessas duas categorias, que são o Coito Interrompido, a Tabelinha e a Esterilização.
Coito Interrompido: Como dito no começo desse trabalho, o coito interrompido é uma prática vinda de muito séculos atrás, porém, não tem nada de cientifico nesse método e muito menos é aconselhado por profissionais da saúde. Esse método consiste apenas em retirar o pênis da vagina antes da ejaculação, para assim evitar que o esperma entre na vagina e cause uma gravidez, entretanto, é cientificamente comprovado que o liquido pré-ejaculatorio contém espermatozoides, sendo assim, um método falho e na maioria das vezes inútil.
Figura 10 - Sinal de Exit (saída), Fonte: Google Imagens
Tabelinha: Esse método consiste em saber em qual fase está no ciclo menstrual e em que fases não está fértil e fazer sexo nesses intervalos. Este método exige que a mulher observe os sinais de fertilidade precisamente e com cuidado. Há vários métodos, tais como contar os dias na tabelinha, prestar atenção às flutuações da temperatura corporal e monitorar bem de perto as alterações no muco cervical.
Está técnica se baseia no que sabemos sobre a menstruação e que há dias específicos durante cada ciclo menstrual, antes e logo após a ovulação, em que a mulher pode engravidar e outros em que não pode, que é onde entram os conhecimentos detalhados e os cálculos. Requer um controle do ciclo menstrual perfeito e mesmo assim é passível de falhas, e obviamente, não protege contra ISTs.
Figura 11 - Métodos contraceptivos, Fonte: Google Imagens
Esterilização: Trata-se de um método contraceptivo definitivo, adequado para pessoas que têm certeza de que nunca vão querer ou não querem mais ter filhos. A esterilização é possível tanto para mulheres como para homens. 
Nas mulheres as formas mais comuns de esterilização feminina são as técnicas cirúrgica, como, a ligadura e corte das trompas, sendo denominada laqueadura. É uma cirurgia na qual as trompas da mulher são amarradas ou cortadas, evitando que o óvulo e os espermatozoides se encontrem. A operação afeta apenas o potencial de fertilidade da mulher e não tem nenhuma influência na libido ou na capacidade de ter relações sexuais ou no ciclo menstrual. A laqueadura pode ser revertida, mas é procedimento difícil, sem garantia de sucesso e extremamente caro.
Nos homens é geralmente denominada vasectomia. Trata-se de um procedimento cirúrgico em que são cortados os dutos que conduzem o esperma, sendo que a operação pode ser realizada sob anestesia local. Após o procedimento, o homem ainda consegue ejacular, mas não tem mais espermatozoides. Isso afeta o potencial de fertilidade do homem, mas não tem nenhuma influência na libido nem na capacidade de ter relações sexuais. A vasectomia também pode ser revertida, e também uma facilidade maior que a esterilização da mulher. 
A esterilização em ambos os sexos é algo feito permanentemente, necessita obrigatoriamente de aconselhamento médico. Mesmo com a cirurgia a pessoa ainda pode contrair ISTs, então o uso de preservativos continua recomendado.
Figura 12 - Processo de esterilização feminina, Fonte: Febrasgo
Figura 13 - Processo de esterilização masculina, Fonte: Febrasgo
Referências Bibliográficas 
Febrasgo. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/. Acessado em 11 de Maio de 2020
Ministério da Saúde. Assistência em planejamento familiar. Manual técnico. 4. ed. 2002. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.pdf. Acessado em 11 de Maio de 2020
NIH. What are the different types of contraception?. Disponível em: https://www.nichd.nih.gov/health/topics/contraception/conditioninfo/types. Acessado em 11 de Maio de 2020
MOREIRA, LMA. Métodos contraceptivos e suas características. 3rd ed. Salvador: EDUFBA, 2011, pp. 125-137. Bahia de todos collection. ISBN 978-85-232-1157-8. Disponível em: http://books.scielo.org/id/7z56d/pdf/moreira-9788523211578-12.pdf. Acessado em 11 de Maio de 2020
WHO. Family planning/Contraception. Disponível em: 
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/family-planning-contraception.Acessado em 11 de Maio de 2020.

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