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1 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Planejamento Familiar e Métodos Contraceptivos CONCEITO Para a OMS, planejamento familiar/anticoncepção é a possibilidade do indivíduo ou casal de ter a oportunidade de escolha do número desejado de filhos, do momento que desejam tê-los e do espaçamento das gravidezes, utilizando para isso métodos contraceptivos. E a garantia de acesso aos métodos anticoncepcionais preferenciais para mulheres e casais é essencial para garantir o bem-estar e a autonomia das mulheres, ao mesmo tempo em que apoia a saúde e o desenvolvimento das comunidades. É importante lembrar que os direitos sexuais e reprodutivos da mulher também devem ser observados e respeitados no planejamento familiar como: Direito de decidir a quantidade de filhos e quando tê-los; Direito de desfrutar das relações sexuais sem temor de gravidez ou de contrair uma infecção transmitida pela relação sexual; Direito de gestar e ter o parto nas melhores condições; Direito de conhecer, gostar e cuidar do corpo e órgãos sexuais; Direito a uma relação sexual sem violência ou maus-tratos; Direito de informação por profissional de saúde e acesso aos métodos contraceptivos. O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva. Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos. DIU de cobre Camisinha masculina e feminina Anticoncepcional injetável (mensal ou trimestral) Anticoncepcional oral (pílula combinada ou minipílula) Vasectomia Laqueadura Diafragma Anticoncepção de emergência CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE Os critérios de elegibilidade médica para o início do uso de métodos anticoncepcionais é uma das diretrizes da OMS baseadas em evidências que informa aos provedores do planejamento familiar se a mulher que apresentar condição médica ou física específica é capaz de usar método contraceptivo aconselhado e escolhido em segurança e com eficácia. Classificação das categorias O objetivo da classificação é assegurar segurança ao uso do método. 2 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Nas categorias 1 e 4, são recomendações claramente definidas ou consideradas autoexplicativas. Na categoria 2, torna-se necessário um parecer clínico abrangente e acompanhamento. Quando o parecer clínico for limitado, as categorias 1 e 2 basicamente querem dizer que o método pode ser usado. No atendimento de uma mulher com condição clínica classificada por categoria 3 exige juízo clínico especializado e acesso a serviço de saúde de referência e ser avaliado a gravidade da condição, a disponibilidade, viabilidade e aceitabilidade de outros métodos alternativos e acessíveis devem ser consideradas. Assim, o uso de método/condição classificado como categoria 3 não é geralmente recomendado, a menos que outros métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam aceitáveis. Será necessário haver acompanhamento. No atendimento clínico não especializado, portanto com juízo clínico limitado, as categorias 3 e 4 querem dizer que o método não deve ser usado. Segundo o Tratado de Ginecologia da Febrasgo, observamos a separação dos métodos contraceptivos em duas categorias: os modernos e os não modernos. Método contraceptivo moderno: é um produto ou procedimento médico que interfere na reprodução durante as relações sexuais. São eles: esterilização masculina e feminina, dispositivos intrauterinos (DIU), implantes subdérmicos, contraceptivos orais, preservativos masculinos e femininos, injetáveis, pílulas contraceptivas de emergência, adesivos, diafragma e capuz cervical, agentes espermaticidas, anel vaginal e esponja vaginal. Métodos contraceptivos não modernos: abordagens de conscientização da fertilidade como tabelinha, muco cervical, temperatura basal, sintotérmico; coito interrompido; amenorreia lactacional e abstinência sexual. EFICÁCIA MÉTODOS COMPORTAMENTAIS São os métodos baseados na identificação do período fértil durante o qual os casais se abstêm das relações sexuais ou praticam coito interrompido, a fim de diminuir a chance de gravidez. O período fértil pode ser identificado por meio: Observação da curva de temperatura corporal Características do muco cervical Cálculos matemáticos baseados na duração, fisiologia do ciclo menstrual e meia-vida útil dos gametas. 3 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Os métodos comportamentais ou de abstinência periódica oferecem uma opção para um planejamento familiar natural, tanto pelas vantagens da falta de efeitos adversos quanto por princípios religiosos ou socioculturais. As limitações estão relacionadas à necessidade de abstinência periódica, o que é evidenciado pelas taxas de falha relativamente altas com uso típico. Além disso, doenças, sono interrompido e uso de medicamentos podem alterar ou interferir na observação e interpretação de alguns marcadores biológicos. Método rítmico do calendário (tabelinha ou Ogino-Knaus): Consiste no casal se abster do coito vaginal entre o primeiro e o último dia fértil, calculado pelo método estatístico de probabilidade de Ogino-Knaus. Antes de usar este método, a mulher deve registrar o número de dias de cada ciclo menstrual durante, pelo menos, seis meses. O primeiro dia da menstruação é sempre o dia número um. O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina no último dia antes da menstruação seguinte. A mulher subtrai 18 da duração do seu ciclo mais curto, estimando, assim, o primeiro dia de seu período fértil. Em seguida, ela subtrai 11 dias da duração do seu ciclo mais longo, que corresponde ao último dia de seu período fértil. O casal deve evitar relações sexuais com penetração vaginal durante este período. Exemplo: Se o ciclo menstrual variou entre 26 e 32 dias durante o registro: Ciclo mais curto: 26 - 18 = 8. A mulher deve evitar relações sexuais sem proteção a partir do 8º dia de cada ciclo (o dia 8 é o primeiro dia de abstinência). Ciclo mais longo: 32 - 11 = 21. Ela pode ter relações sexuais sem proteção a partir do 22º de cada ciclo (o dia 21 é o último dia fértil). Portanto, o casal não deve ter relação sexual com penetração vaginal do 8º ao 21º dia do ciclo (período considerado fértil). IMPORTANTE: se a mulher apresenta ciclos mais longos ou mais curtos, duas ou mais vezes em um ano, deve refazer os cálculos. Isso requer contínua anotação de seus ciclos. Em geral, mulheres com ciclos com variações de mais de seis dias não devem usar este método. Note que o período de abstinência pode ser de 16 dias ou mais. Método da ovulação ou do muco cervical (método billings) O método Billings baseia-se na análise e na percepção do muco cervical e no que ele provoca na vulva. O muco é uma secreção que apresenta características diferentes durante o ciclo menstrual, por isso é possível identificar a fase do ciclo em que uma mulher se encontra por meio dele. Características do muco durante as diferentes fases do ciclo: Fase pré-ovulatória: Logo após o término da menstruação, inicia-se uma fase seca. Quando o muco surge, é esbranquiçado, opaco e pegajoso. Fase ovulatória: À medida que o ciclo avança, o muco vai tornando-se mais elástico e lubrificante, até que se torna semelhante a uma clara de ovo (claro, transparente e escorregadio). Nessa fase, o muco, quando esticado, forma um fio. A sensação de lubrificação produzida por esse mucoindica que a mulher está no seu período fértil. O último dia de sensação de umidade lubrificante da vulva é chamado de ápice. Por ser o último dia, o ápice só é reconhecido quando a textura do muco muda novamente ou quando ele para de ser produzido. O dia do ápice indica que a ovulação ocorreu, está ocorrendo ou vai ocorrer em até 48 horas, ou seja, ele coincide ou precede a ovulação. Fase pós-ovulatória: Na quarta noite após o dia ápice, dizemos que a mulher entra em um período de infertilidade. Esse é o período propício para relações para aquelas pessoas que não pretendem engravidar. É importante que a mulher anote todas as variações que ocorrem em seu muco para garantir maior sucesso no uso desse método. Recomenda-se que a percepção seja feita durante o dia e, à noite, seja feito o registro. De uma maneira resumida, podemos dizer que a sensação de umidade ou molhado indica o período fértil e que, na quarta noite após o ápice, inicia-se o período infértil. Aquelas que pretendem engravidar devem ter relações no período 4 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP fértil, e as mulheres que não pretendem ter filhos naquele período devem evitar relações nesses dias. Vantagens É um método natural que atua tanto ajudando as mulheres que desejam engravidar como aquelas que desejam prevenir, de modo natural, uma gravidez. Esse método pode ser usado por pessoas que não podem fazer uso de outros métodos, como o anticoncepcional, ou que não se adaptaram a outros contraceptivos. Além disso, apresenta como benefício o fato de não gerar custos, nem efeitos colaterais e proporcionar um maior conhecimento do corpo pela mulher. Muitas usuárias realizam o método Billings por questões religiosas, uma vez que é um método aceito pela Igreja. Desvantagens Interfere no comportamento sexual e também não previne contra doenças sexualmente transmissíveis. Temperatura (Método de Ogino-Knauss) Utiliza-se das variações da temperatura corporal para identificar a ovulação. Logo após a ovulação, a progesterona liberada pelo corpo lúteo causa elevação da temperatura corporal em 0,2 a 0,5 graus. Na maioria das mulheres isso ocorre no meio do ciclo menstrual. Para utilizar este método, a mulher precisa verificar sua temperatura diariamente, da mesma maneira, no mesmo horário pela manhã, antes de sair da cama ou ingerir alimentos. Após três dias da elevação da temperatura, o casal pode ter relações livremente. Portanto, o período de abstinência deverá ser desde o primeiro dia do ciclo menstrual até três dias após a elevação da temperatura basal. Depois disso, o casal pode ter relações sexuais até o início da próxima menstruação, o que deverá ocorrer nos próximos 10 a 12 dias. Este método pode ser usado individualmente, ser parte do método sintotérmico ou ser usado como complemento do método do calendário, porque pode permitir reduzir o período de abstinência pós-ovulatória. Coito interrompido O coito interrompido baseia-se na capacidade do homem em pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma. O método requer autocontrole por parte do homem, de forma que ele possa retirar o pênis pouco antes da ejaculação. É importante ressaltar: Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de uma eventual relação anterior; O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozoides vivos o que aumenta o índice de falha; Antes da ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina e o sêmen ser depositado longe dos genitais femininos; Não oferece proteção contra DST/ AIDS. É comum a insatisfação sexual de um ou de ambos os parceiros, sendo que a mulher, muitas vezes fica extremamente insegura com o desenlace da relação. Tal fato pode ser mais notado entre casais jovens e/ou que tenham relações sexuais esporádicas. Nesse caso, o homem pode não frear a ejaculação. O uso constante do método, pode levar à repercussões mais sérias na esfera sexual, como: Diminuição da libido por parte do casal Ejaculação precoce e, às vezes, impotência sexual masculina A mulher pode apresentar ao longo do tempo disfunção sexual, além de varizes e dor pélvica. Amenorreia lactacional O método age dificultando a ovulação, porque o aleitamento produz alterações na liberação hormonal por desorganização do eixo hipotálamo- hipófise-ovário. A sucção frequente por parte do lactente envia impulsos nervosos ao hipotálamo, alterando a produção hormonal, o que leva à anovulação. 5 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Método sintotérmico O método combina os cálculos do calendário, da ascensão da temperatura basal na fase lútea e do monitoramento do muco cervical. O monitoramento do muco cervical é base para esse método, e as outras técnicas fornecem “verificação dupla”. MÉTODOS DE BARREIRA São métodos que impedem a ascensão dos espermatozoides do trato genital inferior para a cavidade uterina por meio de ações mecânicas e/ou químicas. Desse grupo, os preservativos masculinos, seguidos dos femininos, são os mais utilizados atualmente. Camisinha, condom ou preservativo São conhecidos popularmente como camisinha ou também denominado, nos países de língua inglesa, como condom. Constitui um invólucro para o pênis, fino e elástico, podendo ser feito de látex, membrana de cécum animal ou de plástico. Os preservativos de látex (borracha vegetal) e de membrana intestinal (animal) são chamados de “naturais”, e os de plástico, de “sintéticos”. Modelos de látex → são os mais utilizados e representam quase a totalidade dos preservativos existentes no mercado. Podem ser lubrificados com silicone, glicerina, gel à base de água ou espermaticida em creme ou gel, mas não com substâncias à base de óleo, como derivados do petróleo, óleo mineral ou vegetal, como a vaselina, pois podem enfraquecer o látex. Preservativos de plástico (sem látex) → alguns ainda em fase de estudo, têm aproximadamente a mesma espessura que os preservativos de látex, são menos apertados, dando uma maior sensibilidade, não são danificados por lubrificantes à base de óleo e não causam reações alérgicas. Apresentam uma desvantagem em relação aos de látex, o alto custo. Preservativo de membrana animal → são pouco utilizados e, apesar de oferecer conforto, não são recomendados, pois protegem apenas contra a gravidez. Estes apresentam porosidades inseguras para prevenir DST. Eficácia A taxa de falha varia de 3% a 14% no primeiro ano (3 a 14 gestações por 100 mulheres/ano). Estes índices mais altos estão relacionados em grande parte pela incorreta utilização pelo usuário e em menor parte pela resistência e tipo do material utilizado. Fatores de risco para ruptura ou deslizamento Más condições de armazenamento e embalagem danificada. Danificar o preservativo com o manuseio pelas unhas ou anéis. Não observação do prazo de validade. Lubrificação vaginal insuficiente. Sexo anal sem lubrificação adequada. 6 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Uso de lubrificantes oleosos nos preservativos de látex. Presença de ar e/ou ausência de espaço para recolher o esperma na extremidade do preservativo. Tamanho inadequado do preservativo em relação ao pênis. Perda de ereção durante o ato sexual. Retirar o pênis da vagina sem que se segure a base do preservativo. Não retirar o pênis imediatamente após a ejaculação. Uso de dois preservativos. Vantagens Ausência de efeitos sistêmicos. Praticidade na colocação e uso. Não requer manutenção diária. Baixo custo e fácil acesso, não depende de prescrição médica. Proteção comprovada contra várias DSTs (infecção por chlamydia, gonorrhoea, herpes simples tipo 2, sífilis, trichomoníase e hepatite B) inclusive a AIDS e, por conseguinte, as complicações advindas delas. Diminuição na taxa deregressão das neoplasias intraepiteliais cervicais e lesões penianas por HPV. Apesar disso, ainda não se pode afirmar que o preservativo reduz o risco de contaminação pelo HPV. Desvantagens Falha contraceptiva: rotura ou deslizamento. Ambas por uso inadequado. Pode diminuir a sensibilidade peniana e retardar a ejaculação Desconforto pela compressão, que é maior com os preservativos de látex. Reação alérgica ao látex. Irritação vaginal por atrito na fricção quando se usa preservativo não lubrificado. Preservativo ou camisinha feminina Consiste em um dispositivo que é inserido na vagina antes do coito com a finalidade de impedir que o pênis e o sêmen entrem em contato direto com a mucosa genital feminina. Ele tem um formato de tubo transparente apresentando um anel em cada extremidade. O anel móvel fica no interior da extremidade fechada e auxilia para uma melhor adaptação do preservativo ao fundo vaginal. O anel fixo, situado externamente, mantém a outra extremidade aberta recobrindo a parte central da vulva, ajudando a protegê-la e impedindo que o preservativo entre na vagina durante o coito. Adapta-se de maneira frouxa, mas de forma segura, auxiliada pela presença de um lubrificante à base de silicone (dimeticona) de alta viscosidade que aumenta a aderência na mucosa genital. Taxa de falha As taxas de falha variam de 5% a 21% (5 a 21 gestações por 100 mulheres no primeiro ano). Estas variações dependem do uso “perfeito”, ou seja, da forma ideal, com manuseio correto e em todas as relações, e do uso “típico”, que se refere ao modo como a média das usuárias utilizam o método na prática, ou seja, apresentando as falhas reais de uso. Vantagens Confere dupla proteção, previne tanto para a gravidez quanto às DSTs. Pode ser inserido com antecedência, fora do intercurso sexual, provocando menos interrupção do ato sexual. Não precisa ser retirado imediatamente após a ejaculação. Menor perda de sensibilidade que os preservativos masculinos Desvantagens Falhas relacionadas ao uso incorreto Tem um custo mais alto que o preservativo masculino. Exige a aprovação do parceiro, tendo uma menor aceitação, pela estética e ruído. Pode ser barulhento e pouco prático para algumas mulheres É inapropriado para algumas posições sexuais. A inserção correta pode ser difícil; usuárias inexperientes devem ser orientadas para praticar a inserção antes de usá-lo. 7 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Os cinco modelos de preservativos femininos disponíveis no mercado, da esquerda para a direita: FC2®, Cupid®, Velvet®, VA-Wow® (VA®) e Woman’s® ou O’lavie® Diafragma O diafragma é um dispositivo vaginal de anticoncepção, que consiste em um capuz macio de borracha, côncavo, com borda flexível, que cobre parte da parede vaginal anterior e o colo uterino. Servem como uma barreira mecânica à ascensão do espermatozoide da vagina para o útero. Estão disponíveis os modelos de fabricação nacional e importados, de látex natural ou sintéticos e em diferentes numerações (55 a 95 mm de diâmetro). É necessária a medição por profissional de saúde treinado, para determinar o tamanho adequado a cada mulher. O prazo de validade → em média de 5 anos. Eficácia A taxa de gravidez é de 6% a 21% (índice de gestações em 100 mulheres no primeiro ano). Estas taxas variam em função do uso correto e consistente ao uso “típico”. Vantagens É isento de efeitos sistêmicos. É de fácil acesso, custo baixo e distribuído gratuitamente no Brasil pelo SUS (Programa de Planejamento Familiar). É controlado pela mulher. Previne algumas DSTs e complicações por elas causadas, especialmente gonococos e clamídia. Previne a gravidez, se utilizado correta e consistentemente. Não interfere no aleitamento materno. Pode ser interrompido a qualquer momento. Fácil de usar, com orientação e treinamento consistente. Desvantagens Falhas relacionadas ao uso incorreto de 16% Requer medição e instruções claras do profissional de saúde, inclusive com exame pélvico. Não protege contra HIV, HPV, herpes genital e trichomonas porque não recobre a parede vaginal e vulva. Corrimento vaginal intenso de odor fétido, caso o diafragma seja deixado por muito tempo no local. Pode provocar dor pélvica, cólicas ou retenção urinária. Pode aumentar o risco para infecção urinária. 8 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Espermicidas São substâncias introduzidas na vagina antes da penetração vaginal, funcionando como método de barreira química à ascensão do espermatozoide para a cavidade uterina. Existem no mercado em diferentes formas de apresentação: espumas, gel, cremes, película ou filme e comprimidos vaginais. Devem ser colocados com no máximo 1 hora de antecedência da ejaculação vaginal. Atualmente são pouco utilizados de forma isolada e podem ser associados a métodos de barreira mecânica para aumentar a sua efetividade. Vale ressaltar que não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou portadoras de DST, principalmente HIV/AIDS, pela possibilidade de provocar microlesões nas mucosas. Esponjas São dispositivos pequenos, macios e circulares de poliuretano contendo espermicida (nonoxinol 9), colocados no fundo da vagina, recobrindo o colo uterino. Antes da introdução vaginal, ela deve ser umedecia com água filtrada e espremida para distribuir o espermaticida. Permanece eficaz por 24 horas após a inserção, independentemente do número de coitos vaginais. Após a última ejaculação, ela deve permanecer por no mínimo 6 horas, não ultrapassando 24 a 30 horas. São pouco prescritos como método anticoncepcional e não estão disponíveis no mercado brasileiro. Capuz cervical É um dispositivo menor que o diafragma, côncavos, que recobre e adere ao colo do útero. É usado com espermicidas, funcionando como métodos anticoncepcionais de barreira cervical. Pode permanecer no canal vaginal por mais tempo que o diafragma, até 48 ou 72 horas. Não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou portadoras de HIV/AIDS. Não é prescrito no Brasil como método contraceptivo. 9 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Pílula Anticoncepcional Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais são esteróides utilizados isoladamente ou em associação com a finalidade básica de impedir a concepção. Tipos de Pílula Classificam-se em: Combinadas → compõem-se de um estrogênio associado a um progestogênio. Minipílulas ou apenas com progestogênio → é constituída por progestogênio isolado. Funções dos Hormônios Estrogênio Inibe o FSH – causando menor desenvolvimento folicular Estabiliza o endométrio (impedindo a não ter tanto sangramento, os sangramentos de escape) No fígado, ele estimula a produção do SHBG (globulina carreadora de hormônio sexual) - Estrogênio → ↑SHBG → ↑ligação de SHBG a testosterona, diminuindo a fração livre de testosterona. - Dessa forma, o estrogênio em doses mais altas é importante na SOP, pois irá diminuir a fração livre de testosterona. Progesterona Inibe o pico de LH – causando a anovulação Deixa o muco cervical mais espesso, dificultando a migração do espermatozoide Causa atrofia endometrial COMBINADOS Benefícios Diminuição do fluxo menstrual Diminuição da dismenorreia (cólica) Diminui os sintomas da TPM Regularização dos ciclos menstruais Diminuição da incidência de CA de ovário e endométrio Diminuição da incidência de Doença inflamatória pélvica (DIP) e gestação ectópica OBS: O método combinado por ter o estrogênio estará mais relacionado ao risco trombogênico. Contraindicações dos métodos combinados Enxaqueca com aura (alterações visuais com dor em seguida) Enxaqueca associada aidade ≥ 35 anos Tabagismo e idade ≥ 35 anos Histórico de TVP/TEP prévio Hipertensas Diabetes mellitus com presença de vasculopatia (OBS: se for apenas diabética pode fazer uso) Doenças cardiovasculares (IAM, AVC, prótese valvar, hipertensão pulmonar primária ou secundária, estenose mitral com fibrilação atrial ou aumento do átrio esquerdo, cardiomiopatia, doença cardiovascular hipertensiva, síndrome de Marfan) Antecedente pessoal de câncer de mama atual ou no passado não usa hormônio nenhum Cirrose descompensada 10 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Tumor hepático (maligno ou adenoma) Lúpus Eritematoso sistêmico (LES), se tiver presença de anticorpo antifosfolipide ou anticorpo desconhecido Cirurgia + imobilização Anticonvulsivantes (ex: fenitoína) Paciente que estão amamentando (6 semanas – 6 meses) MINIPÍLULAS OU APENAS COM PROGESTOGÊNIO A minipílula deve ser tomada de forma ininterrupta. Cada cartela possui 28 comprimidos e não há pausa entre uma cartela e outra e deve ser tomada na mesma hora todos os dias. Nome comercial comum é o Cerazette. Benefícios Menos contraindicações que os métodos combinados Diminuição do fluxo menstrual Diminuição de dismenorreia Diminuição da incidência de câncer de ovário e endométrio Diminuição de DIP e Gestação ectópica Efeitos colaterais Amenorreia (por ser progesterona de forma continua) Spotting (sangramentos de escape, devido a progesterona causar atrofia do endométrio, deixando os vasos mais expostos) Ganho de peso Contraindicações Câncer de mama TVP/TEP atual (quadro passado pode) Tumor hepático (maligno ou adenoma) Lúpus + anticorpo antifosfolípide ou desconhecido Cirrose descompensada IAM/AVC em uso de método de progesterona Enxaqueca com aura em uso de método de progesterona (ex: não tinha enxaqueca com aura e ao utilizar a progesterona passou a ter) Anticoncepcionais injetáveis É um método contraceptivo que traz progesterona ou associação de estrogênios, com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou trimestral. Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo de ação das tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a espessura endometrial e espessa o muco cervical. São aplicados por via intramuscular Além de proteger a mulher da gravidez, os injetáveis diminuem a intensidade das cólicas menstruais, previnem anemia e podem ser usados da adolescência à menopausa, sem pausas. Porém, esses contraceptivos podem causar retenção de líquido, aumentar as varizes e diminuir a libido da mulher. Implante Contraceptivo Subdérmico Todos os implantes subdérmicos para uso clínico em humanos utilizam progestagênios. Este método oferece uma excelente opção anticoncepcional para mulheres que têm contraindicações para métodos hormonais combinados e é uma excelente alternativa para aquela mulher que deseja proteção contra gravidez em longo prazo e que seja rapidamente reversível. Nomes comerciais: Norplant, Implanon. Vantagens Com taxa de 99%, é o método contraceptivo mais eficaz que existe Adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível de longa duração por até 3 anos e querem evitar esquemas de controle diário, semanal ou mensal Pode ser usado durante a amamentação após o parto 11 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Pode ser uma alternativa às mulheres para as quais o uso do hormônio estrógeno é contraindicado. Desvantagens Requer a assistência de um profissional da área da saúde treinado para colocação e remoção Pode inicialmente causar alteração dos padrões de sangramento Pode causar alteração de peso, dor abdominal e nos seios Não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) Adesivo Transdérmico O adesivo transdérmico é um sistema matricial com uma superfície de 20 cm², que contém 750 mg de etinilestradiol (EE) e 6 mg de norelgestromina (NGMN). Ocorre liberação diária de 20 mg EE e 150 mg de NGMN, sendo o último convertido em levonorgestrel através de metabolismo hepático. Possui a mesma eficácia, contraindicações e perfil de efeitos adversos que os anticoncepcionais orais combinados. Vantagens A principal vantagem é a comodidade de uso. Ausência do metabolismo de primeira passagem hepática e níveis plasmáticos mais estáveis (sem picos e quedas) Facilidade de uso para pacientes com dificuldades de deglutição. Uso em pessoas portadoras de síndromes desabsortivas intestinais, assim como naquelas que foram submetidas a operações bariátricas, condição cada vez mais frequente. Contraindicações As contraindicações são as mesmas dos demais anticoncepcionais hormonais combinados. Instruções para uso Deve ser aplicado sobre pele limpa e seca, no primeiro dia do ciclo ou após a prescrição. Usar um adesivo a cada sete dias, rodiziando semanalmente os locais de aplicação (abdome inferior, parte externa do braço, parte superior das nádegas, dorso superior). Usar por três semanas consecutivas, retirando o terceiro adesivo ao final dos 21 dias e aguardar o sangramento de privação. O uso contínuo, sem pausa, também pode ser empregado. Contracepção de emergência (Levonorgestrel) É uma progesterona. Dose de 1,5 mg VO em dose única ou dividido em duas em intervalos de 12 horas Pode ser utilizada até 5 dias após a relação desprotegida, porém, quando mais precoce melhor, idealmente em até 72h. Mecanismo de ação O mecanismo de ação varia de acordo com o momento do ciclo menstrual em que a contracepção de emergência é administrada: Se na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hormônio luteinizante), a CE altera o crescimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação por muitos dias. A ovulação é impedida ou adiada em 85% dos casos; não havendo contato dos gametas feminino e masculino. 12 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Se administrado na segunda fase do ciclo menstrual, após ocorrida a ovulação, a CE atua por meio destes mecanismos para impedir a fecundação: Alteração do transporte dos espermatozoides e do óvulo pela Trompas de Falópio, modificando o muco cervical tornando-o hostil à espermomigração e interferindo na capacitação espermática. OBS: Não há qualquer evidência científica de que a CE exerça efeitos após a fecundação dos gametas. Não há nenhuma sustentação que a CE seja um método que resulte em aborto. DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS Os DIUs são considerados métodos contraceptivos de longa ação. Constituem o método mais comum de contracepção reversível utilizado no mundo. Dois dispositivos comumente usados no Brasil incluem: DIU-Cu T380A DIU-LNG (levonorgestrel) Ambos se apresentam com poucas contraindicações, são bem tolerados, custo- efetivos, possuem baixa taxa de descontinuidade e fácil uso e podem ser utilizados após o parto. Dispositivo intrauterino de cobre Mecanismo de ação O principal mecanismo de ação do DIU-Cu situa-se no desencadeamento pelos sais de cobre e polietileno da reação de corpo estranho pelo endométrio. A liberação de uma pequena quantidade de metal estimula a produção de prostaglandinas e citocinas no útero. Como resultado, forma-se uma “espuma” biológica na cavidade uterina, que, por sua vez, possui efeito tóxico sobre espermatozoides e óvulos, alterando a viabilidade, transporte e capacidade de fertilização deles, além de dificultar a implantação por meio de uma reação inflamatória crônica endometrial. A presença de cobre no muco cervical também atua na diminuição da motilidade e viabilidade dos gametas masculinos. A inibição da ovulação não está presente nesse método. Além dos efeitos pré-fertilização, pode-se observar retardoou aceleração no transporte dos embriões, dano a eles e diminuição da implantação. Indicação É indicado para mulheres que procuram métodos reversíveis de longa ação. Deve ser aconselhado durante a consulta, quando se observa uso inconsistente do método atual que é dependente da usuária para ter a sua eficácia garantida. É pertinente assinalar que o método pode ser indicado para pacientes nulíparas (mulher que nunca teve filhos), inclusive adolescentes. Nesse último grupo, o DIU-Cu, em particular, apresenta taxa de expulsão maior quando comparada a outras faixas etárias. OBS: Duração de 5 a 10 anos 13 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Contraindicações absolutas: Gravidez; Doença inflamatória pélvica (DIP) ou DST atual, recorrente ou recente (nos últimos três meses); Sepse puerperal; Imediatamente pós-aborto séptico; Cavidade uterina severamente deturpada; Hemorragia vaginal inexplicada; Câncer cervical ou endometrial; Doença trofoblástica maligna; Alergia ao cobre (para DIUs-Cu). Contraindicações relativas: Fator de risco para DSTs ou HIV; Imunodeficiência; de 48 horas a quatro semanas pós-parto; Câncer ovário; Doença trofoblástica benigna. Efeitos colaterais Aumento da dismenorreia Aumento do sangramento uterino Início do uso: Em pacientes eumenorreicas, pode ser inserido dentro de 12 dias a partir do início da menstruação. Deve-se ter certeza razoável de que não há gestação. Em pacientes amenorreicas (exceto puerpério), a inserção pode ser realizada a qualquer momento, desde que se possa determinar que não há gravidez (período menstrual melhor período para colocar). Em puérperas (em amamentação ou não, incluindo parto cesáreo), pode ser inserido em até 48 horas do parto, inclusive imediatamente após a dequitação placentária. Durante o parto cesáreo, pode-se colocar o dispositivo antes da sutura uterina. Entre 48 horas e quatro semanas após o parto, o uso de DIU-Cu não é usualmente recomendado, a não ser que outro método não seja disponível. Pode ser inserido imediatamente após aborto. Contracepção de emergência: pode ser inserido até cinco dias do coito desprotegido, desde que não haja mais de cinco dias da ovulação. A segurança do método durante a amamentação constitui fato sedimentado, sem evidência de que o uso de DIU-Cu influencie a performance da lactação ou o crescimento neonatal. Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel Mecanismos de ação Muco cervical espesso e hostil à penetração do espermatozoide, inibindo a sua motilidade no colo, no endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo a fertilização; Atrofia endometrial Não é anovulatório, pois a ação dele é somente na cavidade uterina. Porém, algumas pacientes (10%) podem absorver um pouco para a corrente sanguínea. Alta concentração de LNG no endométrio, impedindo a resposta ao estradiol circulante; Forte efeito antiproliferativo no endométrio; Inibição da atividade mitótica do endométrio; Manutenção da produção estrogênica, o que possibilita boa lubrificação vaginal. Os efeitos benéficos do SIU-LNG são os seguintes: Aumento da concentração de hemoglobina; Tratamento eficaz do sangramento uterino aumentado; Alternativa para a histerectomia e ablação endometrial; Prevenção da anemia; Pode ser utilizado com veículo para a terapia de reposição hormonal; 14 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP Minimiza os efeitos do tamoxifeno sobre o endométrio. OBS: Duração de 5 anos Com esses efeitos não contraceptivos, o SIU-LNG pode oferecer alternativas ao tratamento do sangramento uterino aumentado, da hiperplasia endometrial e da adenomiose. Contraindicações Câncer de mama TVP/TEP atual Tumor hepático (maligno ou adenoma) Lúpus com anticorpo antifosfolípide ou desconhecido Enxaqueca com aura depois de introduzido o SIU A inserção e o uso do SIU-LNG podem apresentar algumas complicações, e essas possibilidades, embora não tão frequentes, devem ser discutidas com a paciente antes da inserção. Efeitos adversos mais comuns são: Expulsão; Dor ou sangramento; Perfuração; Infecção; Gravidez ectópica; Gravidez tópica; Amenorreia; Acne; Spotting (sangramentos irregulares); Cistos ovarianos (5 a 10% das pacientes), porém, geralmente so acompanha, sem necessidade cirúrgica. MÉTODOS DEFINITIVOS Laqueadura (ligação de trompas) É um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, ou seja, que impede que a mulher engravide novamente. Nesse procedimento, as tubas uterinas são obstruídas, cortadas e/ou amarradas, impedindo a descida do óvulo e subida do espermatozoide, tendo como resultado um índice de concepção menor que 1%. Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no abdome, por laparoscopia ou via vaginal, e a cirurgia dura, em média, quarenta minutos. É necessário o uso de anestesias, geralmente do tipo raquidiana, e internação de pelo menos meio-dia. Após a cirurgia são necessários dez dias de repouso. É importante que a mulher não tenha relações sexuais por cerca de uma semana, e seja utilizada camisinha por aproximadamente um mês, em todas as relações. A menstruação e suas atividades hormonais raramente são afetadas. O Brasil é campeão em laqueaduras, apresentando cerca de 40% das mulheres, em idade reprodutiva, esterilizadas. No Brasil, a regulamentação deste procedimento deu-se através da Lei Nº 9.263/96, de autoria do Deputado Federal Eduardo Jorge, após intensa discussão pela sociedade civil, igrejas, gestores de políticas públicas, conselhos profissionais incluindo a realização de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI - 1993). Art. 10º Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada o acesso ao serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando a desencorajar a esterilização precoce; 15 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP II - risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos. Parto ou aborto É vedada até 42° dia pós-parto ou aborto. Mas existem exceções: cesáreas sucessivas anteriores (principalmente após a 3º cesárea devido ao risco) ou doença de base (risco a saúde). E nesses casos deve-se ter o relatório de dois médicos. Atenção! Para realização da laqueadura e vasectomia é necessário documento escrito e firmado. Além disso, é preciso consentimento do cônjuge, e se for incapaz, é necessária autorização judicial. Vasectomia É uma cirurgia que visa a contracepção, ou seja, impedir a gravidez da parceira, através da ligadura dos canais deferentes, que são os condutos por onde passam os espermatozoides. Libido e impotência sexual O bloqueio dos canais deferentes impede apenas a passagem dos espermatozoides, não interferindo na produção hormonal, não tendo, portanto, nenhuma relação com alteração da libido ou do desempenho sexual, apenas com a reprodução. 16 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP REFERÊNCIAS Tratado de ginecologia Febrasgo. Editores Cesar Eduardo Fernandes, Marcos Felipe Silva de Sá; Coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho et al. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. FEBRASGO, Manual de Anticoncepção. 2015 Hoffman et al. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
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