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Planejamento Familiar e Contraceptivos

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1 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
Planejamento Familiar e Métodos Contraceptivos 
CONCEITO 
Para a OMS, planejamento familiar/anticoncepção é a possibilidade do indivíduo 
ou casal de ter a oportunidade de escolha do número desejado de filhos, do 
momento que desejam tê-los e do espaçamento das gravidezes, utilizando para 
isso métodos contraceptivos. 
E a garantia de acesso aos métodos anticoncepcionais preferenciais para mulheres 
e casais é essencial para garantir o bem-estar e a autonomia das mulheres, ao 
mesmo tempo em que apoia a saúde e o desenvolvimento das comunidades. 
É importante lembrar que os direitos sexuais e reprodutivos da mulher também 
devem ser observados e respeitados no planejamento familiar como: 
 Direito de decidir a quantidade de filhos e quando tê-los; 
 Direito de desfrutar das relações sexuais sem temor de gravidez ou de 
contrair uma infecção transmitida pela relação sexual; 
 Direito de gestar e ter o parto nas melhores condições; 
 Direito de conhecer, gostar e cuidar do corpo e órgãos sexuais; 
 Direito a uma relação sexual sem violência ou maus-tratos; 
 Direito de informação por profissional de saúde e acesso aos métodos 
contraceptivos. 
O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no planejamento, 
como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais. 
Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que incluiu a 
distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além de expandir as 
ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde reprodutiva. 
Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e ampliou o 
acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais de oito tipos de 
métodos nos postos de saúde e hospitais públicos. 
 DIU de cobre 
 Camisinha masculina e feminina 
 Anticoncepcional injetável (mensal ou trimestral) 
 Anticoncepcional oral (pílula combinada ou minipílula) 
 Vasectomia 
 Laqueadura 
 Diafragma 
 Anticoncepção de emergência 
 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
Os critérios de elegibilidade médica para o início do uso de métodos 
anticoncepcionais é uma das diretrizes da OMS baseadas em evidências que 
informa aos provedores do planejamento familiar se a mulher que apresentar 
condição médica ou física específica é capaz de usar método contraceptivo 
aconselhado e escolhido em segurança e com eficácia. 
 
Classificação das categorias 
O objetivo da classificação é assegurar segurança ao uso do método. 
 
 
2 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Nas categorias 1 e 4, são recomendações claramente definidas ou 
consideradas autoexplicativas. 
 Na categoria 2, torna-se necessário um parecer clínico abrangente e 
acompanhamento. Quando o parecer clínico for limitado, as categorias 1 e 
2 basicamente querem dizer que o método pode ser usado. 
 No atendimento de uma mulher com condição clínica classificada por 
categoria 3 exige juízo clínico especializado e acesso a serviço de saúde de 
referência e ser avaliado a gravidade da condição, a disponibilidade, 
viabilidade e aceitabilidade de outros métodos alternativos e acessíveis 
devem ser consideradas. Assim, o uso de método/condição classificado 
como categoria 3 não é geralmente recomendado, a menos que outros 
métodos mais apropriados não estejam disponíveis ou não sejam 
aceitáveis. Será necessário haver acompanhamento. 
 No atendimento clínico não especializado, portanto com juízo clínico 
limitado, as categorias 3 e 4 querem dizer que o método não deve ser 
usado. 
 
Segundo o Tratado de Ginecologia da Febrasgo, observamos a separação dos 
métodos contraceptivos em duas categorias: os modernos e os não modernos. 
 Método contraceptivo moderno: é um produto ou procedimento médico 
que interfere na reprodução durante as relações sexuais. 
São eles: esterilização masculina e feminina, dispositivos intrauterinos 
(DIU), implantes subdérmicos, contraceptivos orais, preservativos 
masculinos e femininos, injetáveis, pílulas contraceptivas de emergência, 
adesivos, diafragma e capuz cervical, agentes espermaticidas, anel vaginal 
e esponja vaginal. 
 Métodos contraceptivos não modernos: abordagens de conscientização 
da fertilidade como tabelinha, muco cervical, temperatura basal, 
sintotérmico; coito interrompido; amenorreia lactacional e abstinência 
sexual. 
 
 
EFICÁCIA 
 
 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
São os métodos baseados na identificação do período fértil durante o qual os 
casais se abstêm das relações sexuais ou praticam coito interrompido, a fim de 
diminuir a chance de gravidez. 
O período fértil pode ser identificado por meio: 
 Observação da curva de temperatura corporal 
 Características do muco cervical 
 Cálculos matemáticos baseados na duração, fisiologia do ciclo menstrual e 
meia-vida útil dos gametas. 
 
3 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
Os métodos comportamentais ou de abstinência periódica oferecem uma opção 
para um planejamento familiar natural, tanto pelas vantagens da falta de efeitos 
adversos quanto por princípios religiosos ou socioculturais. 
As limitações estão relacionadas à necessidade de abstinência periódica, o que é 
evidenciado pelas taxas de falha relativamente altas com uso típico. Além disso, 
doenças, sono interrompido e uso de medicamentos podem alterar ou interferir 
na observação e interpretação de alguns marcadores biológicos. 
 
Método rítmico do calendário (tabelinha ou Ogino-Knaus): 
Consiste no casal se abster do coito vaginal entre o primeiro e o último dia fértil, 
calculado pelo método estatístico de probabilidade de Ogino-Knaus. 
 Antes de usar este método, a mulher deve registrar o número de dias de cada 
ciclo menstrual durante, pelo menos, seis meses. 
 O primeiro dia da menstruação é sempre o dia número um. 
 O ciclo menstrual começa no primeiro dia da menstruação e termina no 
último dia antes da menstruação seguinte. 
 A mulher subtrai 18 da duração do seu ciclo mais curto, estimando, assim, o 
primeiro dia de seu período fértil. 
 Em seguida, ela subtrai 11 dias da duração do seu ciclo mais longo, que 
corresponde ao último dia de seu período fértil. 
 O casal deve evitar relações sexuais com penetração vaginal durante este 
período. 
 Exemplo: 
Se o ciclo menstrual variou entre 26 e 32 dias durante o registro: 
Ciclo mais curto: 26 - 18 = 8. A mulher deve evitar relações sexuais sem 
proteção a partir do 8º dia de cada ciclo (o dia 8 é o primeiro dia de 
abstinência). 
Ciclo mais longo: 32 - 11 = 21. Ela pode ter relações sexuais sem proteção 
a partir do 22º de cada ciclo (o dia 21 é o último dia fértil). 
Portanto, o casal não deve ter relação sexual com penetração vaginal do 
8º ao 21º dia do ciclo (período considerado fértil). 
 
 IMPORTANTE: se a mulher apresenta ciclos mais longos ou mais curtos, duas 
ou mais vezes em um ano, deve refazer os cálculos. Isso requer contínua 
anotação de seus ciclos. Em geral, mulheres com ciclos com variações de mais 
de seis dias não devem usar este método. Note que o período de abstinência 
pode ser de 16 dias ou mais. 
 
Método da ovulação ou do muco cervical (método billings) 
O método Billings baseia-se na análise e na percepção do muco cervical e no que 
ele provoca na vulva. O muco é uma secreção que apresenta características 
diferentes durante o ciclo menstrual, por isso é possível identificar a fase do ciclo 
em que uma mulher se encontra por meio dele. 
Características do muco durante as diferentes fases do ciclo: 
 Fase pré-ovulatória: Logo após o término da menstruação, inicia-se uma fase 
seca. Quando o muco surge, é esbranquiçado, opaco e pegajoso. 
 Fase ovulatória: À medida que o ciclo avança, o muco vai tornando-se mais 
elástico e lubrificante, até que se torna semelhante a uma clara de ovo (claro, 
transparente e escorregadio). Nessa fase, o muco, quando esticado, forma 
um fio. A sensação de lubrificação produzida por esse mucoindica que a 
mulher está no seu período fértil. 
O último dia de sensação de umidade lubrificante da vulva é chamado de 
ápice. Por ser o último dia, o ápice só é reconhecido quando a textura do 
muco muda novamente ou quando ele para de ser produzido. O dia do 
ápice indica que a ovulação ocorreu, está ocorrendo ou vai ocorrer em 
até 48 horas, ou seja, ele coincide ou precede a ovulação. 
 Fase pós-ovulatória: Na quarta noite após o dia ápice, dizemos que a mulher 
entra em um período de infertilidade. Esse é o período propício para 
relações para aquelas pessoas que não pretendem engravidar. 
 
É importante que a mulher anote todas as variações que ocorrem em seu muco 
para garantir maior sucesso no uso desse método. Recomenda-se que a percepção 
seja feita durante o dia e, à noite, seja feito o registro. 
De uma maneira resumida, podemos dizer que a sensação de umidade ou 
molhado indica o período fértil e que, na quarta noite após o ápice, inicia-se o 
período infértil. Aquelas que pretendem engravidar devem ter relações no período 
 
4 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
fértil, e as mulheres que não pretendem ter filhos naquele período devem evitar 
relações nesses dias. 
 
Vantagens 
É um método natural que atua tanto ajudando as mulheres que desejam 
engravidar como aquelas que desejam prevenir, de modo natural, uma 
gravidez. Esse método pode ser usado por pessoas que não podem fazer uso de 
outros métodos, como o anticoncepcional, ou que não se adaptaram a outros 
contraceptivos. 
Além disso, apresenta como benefício o fato de não gerar custos, nem efeitos 
colaterais e proporcionar um maior conhecimento do corpo pela mulher. 
Muitas usuárias realizam o método Billings por questões religiosas, uma vez que é 
um método aceito pela Igreja. 
Desvantagens 
Interfere no comportamento sexual e também não previne contra doenças 
sexualmente transmissíveis. 
 
Temperatura (Método de Ogino-Knauss) 
 Utiliza-se das variações da temperatura corporal para identificar a ovulação. 
 Logo após a ovulação, a progesterona liberada pelo corpo lúteo causa 
elevação da temperatura corporal em 0,2 a 0,5 graus. 
 Na maioria das mulheres isso ocorre no meio do ciclo menstrual. 
 Para utilizar este método, a mulher precisa verificar sua temperatura 
diariamente, da mesma maneira, no mesmo horário pela manhã, antes de 
sair da cama ou ingerir alimentos. 
 Após três dias da elevação da temperatura, o casal pode ter relações 
livremente. 
 Portanto, o período de abstinência deverá ser desde o primeiro dia do ciclo 
menstrual até três dias após a elevação da temperatura basal. 
 Depois disso, o casal pode ter relações sexuais até o início da próxima 
menstruação, o que deverá ocorrer nos próximos 10 a 12 dias. 
 Este método pode ser usado individualmente, ser parte do método 
sintotérmico ou ser usado como complemento do método do calendário, 
porque pode permitir reduzir o período de abstinência pós-ovulatória. 
Coito interrompido 
O coito interrompido baseia-se na capacidade do homem em pressentir a 
iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando 
assim a deposição do esperma. O método requer autocontrole por parte do 
homem, de forma que ele possa retirar o pênis pouco antes da ejaculação. 
É importante ressaltar: 
 Antes do ato sexual o homem deve urinar e retirar restos de esperma de 
uma eventual relação anterior; 
 O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozoides vivos o que 
aumenta o índice de falha; 
 Antes da ejaculação, o pênis deve ser retirado da vagina e o sêmen ser 
depositado longe dos genitais femininos; 
 Não oferece proteção contra DST/ AIDS. 
É comum a insatisfação sexual de um ou de ambos os parceiros, sendo que a 
mulher, muitas vezes fica extremamente insegura com o desenlace da relação. Tal 
fato pode ser mais notado entre casais jovens e/ou que tenham relações sexuais 
esporádicas. Nesse caso, o homem pode não frear a ejaculação. 
O uso constante do método, pode levar à repercussões mais sérias na esfera sexual, 
como: 
 Diminuição da libido por parte do casal 
 Ejaculação precoce e, às vezes, impotência sexual masculina 
 A mulher pode apresentar ao longo do tempo disfunção sexual, além de 
varizes e dor pélvica. 
 
 
Amenorreia lactacional 
 O método age dificultando a ovulação, porque o aleitamento produz 
alterações na liberação hormonal por desorganização do eixo hipotálamo-
hipófise-ovário. 
 A sucção frequente por parte do lactente envia impulsos nervosos ao 
hipotálamo, alterando a produção hormonal, o que leva à anovulação. 
 
 
5 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 
 
Método sintotérmico 
 O método combina os cálculos do calendário, da ascensão da temperatura 
basal na fase lútea e do monitoramento do muco cervical. 
 O monitoramento do muco cervical é base para esse método, e as outras 
técnicas fornecem “verificação dupla”. 
 
MÉTODOS DE BARREIRA 
 
São métodos que impedem a ascensão dos espermatozoides do trato genital 
inferior para a cavidade uterina por meio de ações mecânicas e/ou químicas. Desse 
grupo, os preservativos masculinos, seguidos dos femininos, são os mais utilizados 
atualmente. 
 
Camisinha, condom ou preservativo 
São conhecidos popularmente como camisinha ou também denominado, nos 
países de língua inglesa, como condom. 
Constitui um invólucro para o pênis, fino e elástico, podendo ser feito de látex, 
membrana de cécum animal ou de plástico. Os preservativos de látex (borracha 
vegetal) e de membrana intestinal (animal) são chamados de “naturais”, e os de 
plástico, de “sintéticos”. 
Modelos de látex → são os mais utilizados e representam quase a totalidade dos 
preservativos existentes no mercado. Podem ser lubrificados com silicone, 
glicerina, gel à base de água ou espermaticida em creme ou gel, mas não com 
substâncias à base de óleo, como derivados do petróleo, óleo mineral ou vegetal, 
como a vaselina, pois podem enfraquecer o látex. 
Preservativos de plástico (sem látex) → alguns ainda em fase de estudo, têm 
aproximadamente a mesma espessura que os preservativos de látex, são menos 
apertados, dando uma maior sensibilidade, não são danificados por lubrificantes 
à base de óleo e não causam reações alérgicas. Apresentam uma desvantagem em 
relação aos de látex, o alto custo. 
Preservativo de membrana animal → são pouco utilizados e, apesar de oferecer 
conforto, não são recomendados, pois protegem apenas contra a gravidez. Estes 
apresentam porosidades inseguras para prevenir DST. 
 
Eficácia 
 A taxa de falha varia de 3% a 14% no primeiro ano (3 a 14 gestações por 100 
mulheres/ano). 
 Estes índices mais altos estão relacionados em grande parte pela incorreta 
utilização pelo usuário e em menor parte pela resistência e tipo do material 
utilizado. 
 
Fatores de risco para ruptura ou deslizamento 
 Más condições de armazenamento e embalagem danificada. 
 Danificar o preservativo com o manuseio pelas unhas ou anéis. 
 Não observação do prazo de validade. 
 Lubrificação vaginal insuficiente. 
 Sexo anal sem lubrificação adequada. 
 
6 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Uso de lubrificantes oleosos nos preservativos de látex. 
 Presença de ar e/ou ausência de espaço para recolher o esperma na 
extremidade do preservativo. 
 Tamanho inadequado do preservativo em relação ao pênis. 
 Perda de ereção durante o ato sexual. 
 Retirar o pênis da vagina sem que se segure a base do preservativo. 
 Não retirar o pênis imediatamente após a ejaculação. 
 Uso de dois preservativos. 
Vantagens 
 Ausência de efeitos sistêmicos. 
 Praticidade na colocação e uso. 
 Não requer manutenção diária. 
 Baixo custo e fácil acesso, não depende de prescrição médica. 
 Proteção comprovada contra várias DSTs (infecção por chlamydia, 
gonorrhoea, herpes simples tipo 2, sífilis, trichomoníase e hepatite B) 
inclusive a AIDS e, por conseguinte, as complicações advindas delas. 
 Diminuição na taxa deregressão das neoplasias intraepiteliais cervicais e 
lesões penianas por HPV. Apesar disso, ainda não se pode afirmar que o 
preservativo reduz o risco de contaminação pelo HPV. 
 
Desvantagens 
 Falha contraceptiva: rotura ou deslizamento. Ambas por uso inadequado. 
 Pode diminuir a sensibilidade peniana e retardar a ejaculação 
 Desconforto pela compressão, que é maior com os preservativos de látex. 
 Reação alérgica ao látex. 
 Irritação vaginal por atrito na fricção quando se usa preservativo não 
lubrificado. 
 
 
Preservativo ou camisinha feminina 
Consiste em um dispositivo que é inserido na vagina antes do coito com a 
finalidade de impedir que o pênis e o sêmen entrem em contato direto com a 
mucosa genital feminina. 
Ele tem um formato de tubo transparente apresentando um anel em cada 
extremidade. O anel móvel fica no interior da extremidade fechada e auxilia para 
uma melhor adaptação do preservativo ao fundo vaginal. O anel fixo, situado 
externamente, mantém a outra extremidade aberta recobrindo a parte central da 
vulva, ajudando a protegê-la e impedindo que o preservativo entre na vagina 
durante o coito. Adapta-se de maneira frouxa, mas de forma segura, auxiliada pela 
presença de um lubrificante à base de silicone (dimeticona) de alta viscosidade que 
aumenta a aderência na mucosa genital. 
Taxa de falha 
As taxas de falha variam de 5% a 21% (5 a 21 gestações por 100 mulheres no 
primeiro ano). Estas variações dependem do uso “perfeito”, ou seja, da forma 
ideal, com manuseio correto e em todas as relações, e do uso “típico”, que se refere 
ao modo como a média das usuárias utilizam o método na prática, ou seja, 
apresentando as falhas reais de uso. 
Vantagens 
 Confere dupla proteção, previne tanto para a gravidez quanto às DSTs. 
 Pode ser inserido com antecedência, fora do intercurso sexual, provocando 
menos interrupção do ato sexual. 
 Não precisa ser retirado imediatamente após a ejaculação. 
 Menor perda de sensibilidade que os preservativos masculinos 
 
Desvantagens 
 Falhas relacionadas ao uso incorreto 
 Tem um custo mais alto que o preservativo masculino. 
 Exige a aprovação do parceiro, tendo uma menor aceitação, pela estética e 
ruído. 
 Pode ser barulhento e pouco prático para algumas mulheres 
 É inapropriado para algumas posições sexuais. 
 A inserção correta pode ser difícil; usuárias inexperientes devem ser 
orientadas para praticar a inserção antes de usá-lo. 
 
7 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 
 
 
Os cinco modelos de preservativos 
femininos disponíveis no mercado, 
da esquerda para a direita: FC2®, 
Cupid®, Velvet®, VA-Wow® (VA®) e 
Woman’s® ou O’lavie® 
 
 
Diafragma 
O diafragma é um dispositivo vaginal de anticoncepção, que consiste em um capuz 
macio de borracha, côncavo, com borda flexível, que cobre parte da parede 
vaginal anterior e o colo uterino. 
 Servem como uma barreira mecânica à ascensão do espermatozoide da 
vagina para o útero. 
 Estão disponíveis os modelos de fabricação nacional e importados, de látex 
natural ou sintéticos e em diferentes numerações (55 a 95 mm de diâmetro). 
 É necessária a medição por profissional de saúde treinado, para determinar 
o tamanho adequado a cada mulher. 
 O prazo de validade → em média de 5 anos. 
 
Eficácia 
A taxa de gravidez é de 6% a 21% (índice de gestações em 100 mulheres no 
primeiro ano). Estas taxas variam em função do uso correto e consistente ao uso 
“típico”. 
 
Vantagens 
 É isento de efeitos sistêmicos. 
 É de fácil acesso, custo baixo e distribuído gratuitamente no Brasil pelo SUS 
(Programa de Planejamento Familiar). 
 É controlado pela mulher. 
 Previne algumas DSTs e complicações por elas causadas, especialmente 
gonococos e clamídia. 
 Previne a gravidez, se utilizado correta e consistentemente. 
 Não interfere no aleitamento materno. 
 Pode ser interrompido a qualquer momento. 
 Fácil de usar, com orientação e treinamento consistente. 
Desvantagens 
 Falhas relacionadas ao uso incorreto de 16% 
 Requer medição e instruções claras do profissional de saúde, inclusive com 
exame pélvico. 
 Não protege contra HIV, HPV, herpes genital e trichomonas porque não 
recobre a parede vaginal e vulva. 
 Corrimento vaginal intenso de odor fétido, caso o diafragma seja deixado por 
muito tempo no local. 
 Pode provocar dor pélvica, cólicas ou retenção urinária. 
 Pode aumentar o risco para infecção urinária. 
 
8 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 
 
 
Espermicidas 
São substâncias introduzidas na vagina antes da penetração vaginal, funcionando 
como método de barreira química à ascensão do espermatozoide para a cavidade 
uterina. 
 Existem no mercado em diferentes formas de apresentação: espumas, gel, 
cremes, película ou filme e comprimidos vaginais. 
 Devem ser colocados com no máximo 1 hora de antecedência da 
ejaculação vaginal. 
 Atualmente são pouco utilizados de forma isolada e podem ser associados 
a métodos de barreira mecânica para aumentar a sua efetividade. 
 Vale ressaltar que não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou 
portadoras de DST, principalmente HIV/AIDS, pela possibilidade de 
provocar microlesões nas mucosas. 
 
Esponjas 
São dispositivos pequenos, macios e circulares de poliuretano contendo 
espermicida (nonoxinol 9), colocados no fundo da vagina, recobrindo o colo 
uterino. 
 Antes da introdução vaginal, ela deve ser umedecia com água filtrada e 
espremida para distribuir o espermaticida. 
 Permanece eficaz por 24 horas após a inserção, independentemente do 
número de coitos vaginais. Após a última ejaculação, ela deve permanecer 
por no mínimo 6 horas, não ultrapassando 24 a 30 horas. 
 São pouco prescritos como método anticoncepcional e não estão 
disponíveis no mercado brasileiro. 
 
Capuz cervical 
É um dispositivo menor que o diafragma, côncavos, que recobre e adere ao colo 
do útero. 
 É usado com espermicidas, funcionando como métodos anticoncepcionais 
de barreira cervical. 
 Pode permanecer no canal vaginal por mais tempo que o diafragma, até 
48 ou 72 horas. 
 Não deve ser utilizado em pacientes com alto risco ou portadoras de 
HIV/AIDS. 
 Não é prescrito no Brasil como método contraceptivo. 
 
9 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 
 
 
Pílula Anticoncepcional 
Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas 
anticoncepcionais são esteróides utilizados isoladamente ou em associação com a 
finalidade básica de impedir a concepção. 
Tipos de Pílula 
Classificam-se em: 
 Combinadas → compõem-se de um estrogênio associado a um 
progestogênio. 
 Minipílulas ou apenas com progestogênio → é constituída por 
progestogênio isolado. 
 
Funções dos Hormônios 
Estrogênio 
 Inibe o FSH – causando menor desenvolvimento folicular 
 Estabiliza o endométrio (impedindo a não ter tanto sangramento, os 
sangramentos de escape) 
 No fígado, ele estimula a produção do SHBG (globulina carreadora de 
hormônio sexual) 
- Estrogênio → ↑SHBG → ↑ligação de SHBG a testosterona, diminuindo a 
fração livre de testosterona. 
- Dessa forma, o estrogênio em doses mais altas é importante na SOP, pois 
irá diminuir a fração livre de testosterona. 
Progesterona 
 Inibe o pico de LH – causando a anovulação 
 Deixa o muco cervical mais espesso, dificultando a migração do 
espermatozoide 
 Causa atrofia endometrial 
 
COMBINADOS 
Benefícios 
 Diminuição do fluxo menstrual 
 Diminuição da dismenorreia (cólica) 
 Diminui os sintomas da TPM 
 Regularização dos ciclos menstruais 
 Diminuição da incidência de CA de ovário e endométrio 
 Diminuição da incidência de Doença inflamatória pélvica (DIP) e gestação 
ectópica 
 
OBS: O método combinado por ter o estrogênio estará mais relacionado ao risco 
trombogênico. 
 
Contraindicações dos métodos combinados 
 Enxaqueca com aura (alterações visuais com dor em seguida) 
 Enxaqueca associada aidade ≥ 35 anos 
 Tabagismo e idade ≥ 35 anos 
 Histórico de TVP/TEP prévio 
 Hipertensas 
 Diabetes mellitus com presença de vasculopatia (OBS: se for apenas 
diabética pode fazer uso) 
 Doenças cardiovasculares (IAM, AVC, prótese valvar, hipertensão 
pulmonar primária ou secundária, estenose mitral com fibrilação atrial ou 
aumento do átrio esquerdo, cardiomiopatia, doença cardiovascular 
hipertensiva, síndrome de Marfan) 
 Antecedente pessoal de câncer de mama atual ou no passado não usa 
hormônio nenhum 
 Cirrose descompensada 
 
10 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
 Lúpus Eritematoso sistêmico (LES), se tiver presença de anticorpo 
antifosfolipide ou anticorpo desconhecido 
 Cirurgia + imobilização 
 Anticonvulsivantes (ex: fenitoína) 
 Paciente que estão amamentando (6 semanas – 6 meses) 
 
MINIPÍLULAS OU APENAS COM PROGESTOGÊNIO 
A minipílula deve ser tomada de forma ininterrupta. Cada cartela possui 28 
comprimidos e não há pausa entre uma cartela e outra e deve ser tomada na 
mesma hora todos os dias. 
Nome comercial comum é o Cerazette. 
Benefícios 
 Menos contraindicações que os métodos combinados 
 Diminuição do fluxo menstrual 
 Diminuição de dismenorreia 
 Diminuição da incidência de câncer de ovário e endométrio 
 Diminuição de DIP e Gestação ectópica 
 
Efeitos colaterais 
 Amenorreia (por ser progesterona de forma continua) 
 Spotting (sangramentos de escape, devido a progesterona causar atrofia 
do endométrio, deixando os vasos mais expostos) 
 Ganho de peso 
 
Contraindicações 
 Câncer de mama 
 TVP/TEP atual (quadro passado pode) 
 Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
 Lúpus + anticorpo antifosfolípide ou desconhecido 
 Cirrose descompensada 
 IAM/AVC em uso de método de progesterona 
 Enxaqueca com aura em uso de método de progesterona (ex: não tinha 
enxaqueca com aura e ao utilizar a progesterona passou a ter) 
 
Anticoncepcionais injetáveis 
É um método contraceptivo que traz progesterona ou associação de estrogênios, 
com doses de longa duração. A injeção pode ser mensal ou trimestral. 
 Este método contraceptivo possui o mesmo mecanismo de ação das 
tradicionais pílulas anticoncepcionais, pois suspende a ovulação, reduz a 
espessura endometrial e espessa o muco cervical. 
 São aplicados por via intramuscular 
 Além de proteger a mulher da gravidez, os injetáveis diminuem a intensidade 
das cólicas menstruais, previnem anemia e podem ser usados da adolescência 
à menopausa, sem pausas. 
 Porém, esses contraceptivos podem causar retenção de líquido, aumentar as 
varizes e diminuir a libido da mulher. 
 
Implante Contraceptivo Subdérmico 
 Todos os implantes subdérmicos para uso clínico em humanos utilizam 
progestagênios. 
 Este método oferece uma excelente opção anticoncepcional para 
mulheres que têm contraindicações para métodos hormonais 
combinados e é uma excelente alternativa para aquela mulher que deseja 
proteção contra gravidez em longo prazo e que seja rapidamente 
reversível. 
 Nomes comerciais: Norplant, Implanon. 
Vantagens 
 Com taxa de 99%, é o método contraceptivo mais eficaz que existe 
 Adequado para mulheres que desejam um meio contraceptivo reversível 
de longa duração por até 3 anos e querem evitar esquemas de controle 
diário, semanal ou mensal 
 Pode ser usado durante a amamentação após o parto 
 
11 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Pode ser uma alternativa às mulheres para as quais o uso do hormônio 
estrógeno é contraindicado. 
 
Desvantagens 
 Requer a assistência de um profissional da área da saúde treinado para 
colocação e remoção 
 Pode inicialmente causar alteração dos padrões de sangramento 
 Pode causar alteração de peso, dor abdominal e nos seios 
 Não protege contra infecção por HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente 
transmissíveis (DSTs) 
 
Adesivo Transdérmico 
 
O adesivo transdérmico é um sistema matricial com uma superfície de 20 cm², que 
contém 750 mg de etinilestradiol (EE) e 6 mg de norelgestromina (NGMN). Ocorre 
liberação diária de 20 mg EE e 150 mg de NGMN, sendo o último convertido em 
levonorgestrel através de metabolismo hepático. 
Possui a mesma eficácia, contraindicações e perfil de efeitos adversos que os 
anticoncepcionais orais combinados. 
 
Vantagens 
 A principal vantagem é a comodidade de uso. 
 Ausência do metabolismo de primeira passagem hepática e níveis 
plasmáticos mais estáveis (sem picos e quedas) 
 Facilidade de uso para pacientes com dificuldades de deglutição. 
 Uso em pessoas portadoras de síndromes desabsortivas intestinais, assim 
como naquelas que foram submetidas a operações bariátricas, condição 
cada vez mais frequente. 
 
Contraindicações 
 As contraindicações são as mesmas dos demais anticoncepcionais 
hormonais combinados. 
 
Instruções para uso 
 Deve ser aplicado sobre pele limpa e seca, no primeiro dia do ciclo ou após 
a prescrição. 
 Usar um adesivo a cada sete dias, rodiziando semanalmente os locais de 
aplicação (abdome inferior, parte externa do braço, parte superior das 
nádegas, dorso superior). 
 Usar por três semanas consecutivas, retirando o terceiro adesivo ao final 
dos 21 dias e aguardar o sangramento de privação. 
 O uso contínuo, sem pausa, também pode ser empregado. 
 
 
Contracepção de emergência (Levonorgestrel) 
 É uma progesterona. 
 Dose de 1,5 mg VO em dose única ou dividido em duas em intervalos de 12 
horas 
 Pode ser utilizada até 5 dias após a relação desprotegida, porém, quando 
mais precoce melhor, idealmente em até 72h. 
Mecanismo de ação 
O mecanismo de ação varia de acordo com o momento do ciclo menstrual em que 
a contracepção de emergência é administrada: 
 Se na primeira fase do ciclo, antes do pico do LH (hormônio luteinizante), 
a CE altera o crescimento folicular, impedindo ou retardando a ovulação 
por muitos dias. 
A ovulação é impedida ou adiada em 85% dos casos; não havendo contato 
dos gametas feminino e masculino. 
 
12 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Se administrado na segunda fase do ciclo menstrual, após ocorrida a 
ovulação, a CE atua por meio destes mecanismos para impedir a 
fecundação: Alteração do transporte dos espermatozoides e do óvulo pela 
Trompas de Falópio, modificando o muco cervical tornando-o hostil à 
espermomigração e interferindo na capacitação espermática. 
OBS: Não há qualquer evidência científica de que a CE exerça efeitos após a 
fecundação dos gametas. Não há nenhuma sustentação que a CE seja um método 
que resulte em aborto. 
 
 
DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS 
 
Os DIUs são considerados métodos contraceptivos de longa ação. Constituem o 
método mais comum de contracepção reversível utilizado no mundo. 
Dois dispositivos comumente usados no Brasil incluem: 
 DIU-Cu T380A 
 DIU-LNG (levonorgestrel) 
Ambos se apresentam com poucas contraindicações, são bem tolerados, custo-
efetivos, possuem baixa taxa de descontinuidade e fácil uso e podem ser utilizados 
após o parto. 
 
 
 
 
 
Dispositivo intrauterino de cobre 
Mecanismo de ação 
 O principal mecanismo de ação do DIU-Cu situa-se no desencadeamento 
pelos sais de cobre e polietileno da reação de corpo estranho pelo 
endométrio. 
 A liberação de uma pequena quantidade de metal estimula a produção de 
prostaglandinas e citocinas no útero. 
 Como resultado, forma-se uma “espuma” biológica na cavidade uterina, 
que, por sua vez, possui efeito tóxico sobre espermatozoides e óvulos, 
alterando a viabilidade, transporte e capacidade de fertilização deles, além 
de dificultar a implantação por meio de uma reação inflamatória crônica 
endometrial. 
 A presença de cobre no muco cervical também atua na diminuição da 
motilidade e viabilidade dos gametas masculinos. 
 A inibição da ovulação não está presente nesse método. 
 Além dos efeitos pré-fertilização, pode-se observar retardoou aceleração 
no transporte dos embriões, dano a eles e diminuição da implantação. 
 
Indicação 
 É indicado para mulheres que procuram métodos reversíveis de longa 
ação. 
 Deve ser aconselhado durante a consulta, quando se observa uso 
inconsistente do método atual que é dependente da usuária para ter a sua 
eficácia garantida. 
 É pertinente assinalar que o método pode ser indicado para pacientes 
nulíparas (mulher que nunca teve filhos), inclusive adolescentes. 
 Nesse último grupo, o DIU-Cu, em particular, apresenta taxa de expulsão 
maior quando comparada a outras faixas etárias. 
 OBS: Duração de 5 a 10 anos 
 
 
 
13 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
Contraindicações absolutas: 
 Gravidez; 
 Doença inflamatória pélvica (DIP) ou DST atual, recorrente ou recente (nos 
últimos três meses); 
 Sepse puerperal; 
 Imediatamente pós-aborto séptico; 
 Cavidade uterina severamente deturpada; 
 Hemorragia vaginal inexplicada; 
 Câncer cervical ou endometrial; 
 Doença trofoblástica maligna; 
 Alergia ao cobre (para DIUs-Cu). 
Contraindicações relativas: Fator de risco para DSTs ou HIV; Imunodeficiência; de 
48 horas a quatro semanas pós-parto; Câncer ovário; Doença trofoblástica benigna. 
 
Efeitos colaterais 
 Aumento da dismenorreia 
 Aumento do sangramento uterino 
 
Início do uso: 
 Em pacientes eumenorreicas, pode ser inserido dentro de 12 dias a partir 
do início da menstruação. Deve-se ter certeza razoável de que não há 
gestação. 
 Em pacientes amenorreicas (exceto puerpério), a inserção pode ser 
realizada a qualquer momento, desde que se possa determinar que não há 
gravidez (período menstrual melhor período para colocar). 
 Em puérperas (em amamentação ou não, incluindo parto cesáreo), pode 
ser inserido em até 48 horas do parto, inclusive imediatamente após a 
dequitação placentária. Durante o parto cesáreo, pode-se colocar o 
dispositivo antes da sutura uterina. 
Entre 48 horas e quatro semanas após o parto, o uso de DIU-Cu não é 
usualmente recomendado, a não ser que outro método não seja 
disponível. Pode ser inserido imediatamente após aborto. 
 Contracepção de emergência: pode ser inserido até cinco dias do coito 
desprotegido, desde que não haja mais de cinco dias da ovulação. 
A segurança do método durante a amamentação constitui fato sedimentado, sem 
evidência de que o uso de DIU-Cu influencie a performance da lactação ou o 
crescimento neonatal. 
 
Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel 
Mecanismos de ação 
 Muco cervical espesso e hostil à penetração do espermatozoide, inibindo 
a sua motilidade no colo, no endométrio e nas tubas uterinas, prevenindo 
a fertilização; 
 Atrofia endometrial 
 Não é anovulatório, pois a ação dele é somente na cavidade uterina. 
Porém, algumas pacientes (10%) podem absorver um pouco para a 
corrente sanguínea. 
 Alta concentração de LNG no endométrio, impedindo a resposta ao 
estradiol circulante; 
 Forte efeito antiproliferativo no endométrio; 
 Inibição da atividade mitótica do endométrio; 
 Manutenção da produção estrogênica, o que possibilita boa lubrificação 
vaginal. 
 
Os efeitos benéficos do SIU-LNG são os seguintes: 
 Aumento da concentração de hemoglobina; 
 Tratamento eficaz do sangramento uterino aumentado; 
 Alternativa para a histerectomia e ablação endometrial; 
 Prevenção da anemia; 
 Pode ser utilizado com veículo para a terapia de reposição hormonal; 
 
14 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
 Minimiza os efeitos do tamoxifeno sobre o endométrio. 
 OBS: Duração de 5 anos 
Com esses efeitos não contraceptivos, o SIU-LNG pode oferecer alternativas ao 
tratamento do sangramento uterino aumentado, da hiperplasia endometrial e da 
adenomiose. 
 
Contraindicações 
 Câncer de mama 
 TVP/TEP atual 
 Tumor hepático (maligno ou adenoma) 
 Lúpus com anticorpo antifosfolípide ou desconhecido 
 Enxaqueca com aura depois de introduzido o SIU 
A inserção e o uso do SIU-LNG podem apresentar algumas complicações, e essas 
possibilidades, embora não tão frequentes, devem ser discutidas com a paciente 
antes da inserção. 
Efeitos adversos mais comuns são: 
 Expulsão; 
 Dor ou sangramento; 
 Perfuração; 
 Infecção; 
 Gravidez ectópica; 
 Gravidez tópica; 
 Amenorreia; 
 Acne; 
 Spotting (sangramentos irregulares); 
 Cistos ovarianos (5 a 10% das pacientes), porém, geralmente so 
acompanha, sem necessidade cirúrgica. 
 
 
 
MÉTODOS DEFINITIVOS 
 
Laqueadura (ligação de trompas) 
É um processo cirúrgico feito com objetivo contraceptivo, ou seja, que impede que 
a mulher engravide novamente. Nesse procedimento, as tubas uterinas são 
obstruídas, cortadas e/ou amarradas, impedindo a descida do óvulo e subida do 
espermatozoide, tendo como resultado um índice de concepção menor que 1%. 
 Ela pode ser feita a partir de corte cirúrgico no abdome, por laparoscopia 
ou via vaginal, e a cirurgia dura, em média, quarenta minutos. 
 É necessário o uso de anestesias, geralmente do tipo raquidiana, e 
internação de pelo menos meio-dia. 
 Após a cirurgia são necessários dez dias de repouso. 
 É importante que a mulher não tenha relações sexuais por cerca de uma 
semana, e seja utilizada camisinha por aproximadamente um mês, em 
todas as relações. A menstruação e suas atividades hormonais raramente 
são afetadas. 
 O Brasil é campeão em laqueaduras, apresentando cerca de 40% das 
mulheres, em idade reprodutiva, esterilizadas. 
 
No Brasil, a regulamentação deste procedimento deu-se através da Lei Nº 
9.263/96, de autoria do Deputado Federal Eduardo Jorge, após intensa discussão 
pela sociedade civil, igrejas, gestores de políticas públicas, conselhos profissionais 
incluindo a realização de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI - 
1993). 
 
Art. 10º Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes situações: 
I - em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e cinco 
anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo 
mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, 
período no qual será propiciado à pessoa interessada o acesso ao serviço de 
regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, 
visando a desencorajar a esterilização precoce; 
 
15 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
II - risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em 
relatório escrito e assinado por dois médicos. 
 
Parto ou aborto 
É vedada até 42° dia pós-parto ou aborto. Mas existem exceções: cesáreas 
sucessivas anteriores (principalmente após a 3º cesárea devido ao risco) ou doença 
de base (risco a saúde). E nesses casos deve-se ter o relatório de dois médicos. 
 
Atenção! Para realização da laqueadura e vasectomia é necessário documento 
escrito e firmado. Além disso, é preciso consentimento do cônjuge, e se for incapaz, 
é necessária autorização judicial. 
 
 
Vasectomia 
É uma cirurgia que visa a contracepção, ou seja, impedir a gravidez da parceira, 
através da ligadura dos canais deferentes, que são os condutos por onde passam 
os espermatozoides. 
Libido e impotência sexual 
O bloqueio dos canais deferentes impede apenas a passagem dos 
espermatozoides, não interferindo na produção hormonal, não tendo, portanto, 
nenhuma relação com alteração da libido ou do desempenho sexual, apenas com 
a reprodução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 MARC 5 – Heloísa Paraíso 6ºP 
REFERÊNCIAS 
 
 Tratado de ginecologia Febrasgo. Editores Cesar Eduardo Fernandes, 
Marcos Felipe Silva de Sá; Coordenação Agnaldo Lopes da Silva Filho et al. 
1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. 
 FEBRASGO, Manual de Anticoncepção. 2015 
 Hoffman et al. Ginecologia de Williams. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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