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RECURSO ORDINARIO final

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ALUNAS: Thais Fernandes Dantas 201403646 
 Thamires Torres Fonseca 201514979 
PONTO 07:
A 10.a Vara do Trabalho de São Paulo, analisando reclamação trabalhista ajuizada por Manuel, julgou na segunda-feira da última semana, improcedente a ação, por entender caracterizada hipótese de dispensa por justa causa, tomando por fundamento um único depoimento, prestado por testemunha arrolada pela reclamada. As testemunhas do reclamante que estavam presentes e que eram colegas de trabalho, não foram ouvidas pois não levaram as CTPS. A única testemunha inquirida, mesmo não tendo presenciado o ato de ter o empregado, Manuel, esmurrado o gerente da empresa, disse ter ouvido falar do ocorrido pelo próprio ofendido. Ficou evidenciado, na instrução processual, que: a) somente passados dois meses do fato, deu-se a demissão por justa causa, sem que tenha havido sequer uma advertência ao empregado; b) ninguém presenciou a agressão; c) a única testemunha do reclamado disse não trabalhar, nem nunca haver trabalhado, na empresa e que era amigo do sócio da empresa desde o ensino médio. Considerando a situação hipotética apresentada, redija a medida cabível, argumentando sobre o fundamento da despedida de Manuel e sobre as provas produzidas em juízo. 
Analise a hipótese da justa causa vir a ser descaracterizada, descrevendo quais serão as verbas e direitos devidos ao empregado. Observe que a sentença julgou improcedente a ação sem adentrar em outras questões. A sentença condenou o reclamante a pagar as custas processuais sobre o valor da causa de R$ 100.000,00 e honorários advocatícios em 10% a favor do patrono da empresa. Logo, hipoteticamente, considere a intimação nos termos da sumula 197 do TST.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 10 ª VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO.
Processo nº: ______
Manuel, reclamante recorrente, por meio de seu advogado nos autos da ação epigrafe que move em face da empresa XXX, reclamada ora recorrida, vem, respeitosamente na presença de vossa excelência com fulcro no artigo 895 da CLT interpor o presente:
 RECURSO ORDINARIO
Requerendo que o processo seja remetido ao TRT após apresentação contrarrazões recursais pela reclamada.
Ressalta- se que a parte reclamante logrou o benefício de justiça gratuita e não está, portanto, sujeito ao recolhimento de custas recursais, motivo pelo qual não junta o comprovante do recolhimento do preparo.
Termos em que pede deferimento.
 São Paulo-SP, 30 de maio de 2020.
 _____________________
 Advogado, OAB n: xxxxxx
RAZOES DE RECURSO ORDINARIO
Tribunal Regional do Trabalho 2 ª Região
Recorrente: Manuel
Recorrida:  XXX
Processo:   XXXX
Origem:     10 ª VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO 
COLENDO A TURMA
 NOBRES JULGADORES
1 - RESUMO DOS FATOS.
Houve a interposição de uma ação trabalhista, ocorreram nulidades ao longo da instrução a sentença julgou a ação improcedente.
2- NULIDADE DO PROCESSO POR CERCEAMENTO DE DEFESA 
É assegurado o direito das partes a possibilidade de fazer prova dos fatos que entendem necessários para solucionar a lide, tratando-se de uma garantia constitucional, o direito à ampla defesa e contraditório, estatuído no art. 5º, LV, da CF/88:
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes “.
Condutor absoluto do processo, o juiz deve fazer-se atuante em busca da verdade real. É o que dispõe o art. 765 da CLT: “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. ”
De acordo com o art. 130 do CPC, aplicado subsidiariamente ao processo do trabalho, que reza: “ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinaras provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias”.
Ao indeferir a testemunha de uma das partes, o julgador impede a obtenção de prova importante, acarretando prejuízo ao processo e configura cerceamento do direito ao contraditório e à ampla defesa constitucionalmente assegurado (art. 5º, LV).
O juiz 10 ª VARA DO TRABALHO DA CAPITAL DE SÃO PAULO ouviu uma única testemunha da Recorrida e indeferiu a oitiva da testemunha de Manuel sob o argumento de “as testemunhas não levaram a CTPS”, mas não há subsidio jurídico com esta regra basta ter um documento que possa ser civilmente identificado para que se apresente perante autoridade além do que atualmente muitos nem possuem a CTPS física pois já existe a forma eletrônica que é mais pratica.
Contudo, o indeferimento da testemunha que se fazia necessária para fazer provar às alegações da parte autora e essas testemunhas trabalhavam na empresa então poderiam esclarecer melhor o fato ocorrido e as incongruências dos depoimentos testemunhal da outra parte que nem se quer fazia parte da empresa, fica claro que com este ato o juiz feriu o princípio da ampla defesa.
Com a negativa do juízo em ouvir a testemunha trazida houve evidente cerceamento à defesa da Recorrente, impondo-se a nulidade do julgado e o retorno do mesmo à fase de instrução para oitiva de testemunha.
3- Reversão da justa causa
O inciso I, do art. 7• da Constituição Federal dispõe como um dos direitos fundamentais dos trabalhadores, a proteção contra a despedida arbitrária na relação de emprego:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
A dispensa de Manuel foi motivada baseado no art. 482, alínea ‘’k’’ da CLT, por agressão física contra seu gerente.
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
(...)
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
O ministro Mauricio Godinho Delgado do TST, ao disciplinar sobre o tema , destaca , para fins de enquadramento à Justa Causa , a necessária comprovação de : 
a ) tipicidade da conduta ;
 b ) autoria obreira da infração ;
 c ) dolo ou culpa do infrator ;
d ) nexo de causalidade ;
e ) adequação e proporcionalidade ;
f ) imediaticidade da punição ;
g ) ausência de perdão tácito ;
h ) singularidade da punição ( non bis in idem ) ;
 i ) caráter pedagógico do exercício do poder disciplinar;
Ressalta-se que no caso há insuficiência de motivos para justa causa pois a empresa não cumpriu os requisitos para que fosse assim justificado.
Devemos observar que a conduta do trabalhador deve ser grave, como consequência dos atos, o que, conforme será exposto a seguir, não ocorreu pois não foi provado a gravidade da lesão corporal feita no gerente da empresa por Manuel a lesão corporal teria que ser provada através de um exame de corpo de delito.
Leva-se em consideração a imediaticidade para ser justa causa, mas no caso o reclamante só foi dispensado após dois meses do ocorrido.
A dispensa por justa causa se afigura indevida, haja vista não há ausência de perdão tácito, mas pelo lapso temporal se presume que a falta cometida foi perdoada.
O empregador deveria ter aplicado punições anteriores como advertências para alertar Manuel além do que a justa causa deveria ter sido taxada pela empresa para Manuel ter total compreensão da situação.
Deste feito, fica nítido que não está presente todo os requisitos para ser dado justa causa ao recorrente, deveria estar presente todos os requisitos de forma concomitantes.
4- SUSPEICAO DA TESTEMUNHA DO RECLAMADO
Nos termos do artigo 829 da Consolidação das Leis do Trabalho, “a testemunha que for parente até o terceiro grau civil,amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. ”
No mesmo sentido o artigo 447, do Novo Código de Processo Civil, de aplicação subsidiária ao processo do trabalho, preceitua que “Podem depor como testemunhas todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou suspeitas”, sendo que, por sua vez, é considerado suspeito “o seu amigo íntimo” (§3°, inciso I).
Portanto a testemunha do reclamado se enquadra como mero informante pois é amigo desde de infância do reclamado por consequência não se enquadra no rol de testemunha, e não fica provado o ato que foi acusado Manuel.
5- Dos honorários sucumbenciais
Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que a Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus interesses. Requer a condenação da Reclamada nos honorários sucumbenciais no percentual de 15 % sobre o valor bruto total resultante da demanda e as custas processuais.
6- DOS PEDIDOS 
Diante o exposto requer que seja conhecido e processado o presente recurso acolhendo a preliminar arguida determinando o recolho do feito a instância originária e no mérito do recurso que o mesmo seja provido para que a sentença seja reformada.
Termos em que
Pede deferimento,
São Paulo, 30 de maio de 2020.
 Advogado
OAB nº

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