Buscar

Análise com base no texto_ Os Símbolos da Ausência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Análise com base no texto: Os Símbolos da Ausência
 "O homem é a única criatura que se recusa a ser o que ela é " 
 Albert Camus
 De acordo com a visão do autor ao contrário de nós, seres humanos, os animais são criaturas que desde o início já possuem sua formação completa, nunca precisaram que outros de sua espécie os ensinasse a viver, sempre possuíram um único foco, inquestionável e inconscientemente aceitado.De um lado, esse fator torna a vida dos mesmos mais simples, já que uma cadela, por exemplo, nunca irá questionar o fato de estar sempre presa em casa enquanto seu companheiro humano visitou diversos lugares em um dia. Por outro lado, mudanças climáticas e ações humanas podem levar várias espécies ao seu fim pela dificuldade de adaptação a novas condições ou por essa adaptação ser impossível. 
 É justamente por essa falta de programação inata, da liberdade de seguir vários caminhos, que as pessoas deixam de ser movidas por suas necessidades e passam a se mover de acordo com seus desejos. Fruto da cultura, o desejo é, segundo o autor, “um sintoma de privação e ausência”, e de acordo com o trecho “o homem faz a cultura a fim de criar os objetos do seu desejo”, revelam como a humanidade estava perdida com tanta liberdade e tantos possíveis caminhos a serem seguidos.
 Apesar de todos os esforços na busca por realizações não é novidade que nem sempre é possível que toda a carga de desejos possam se realizar e, mesmo não dando sempre certo nada nunca impediu que a humanidade continuasse sonhando com aquilo, ilustrando e insistindo que algum dia o desejado iria realmente acontecer. Daí nascem os símbolos, frutos da ausência do desejado, um sinal de esperança para o que mesmo que nunca visto ou feito, existe. Somando o fracasso cultural em obter seus desejos e a criação de símbolos para acender a esperança de que eles ainda vão acontecer surge a religião que, segundo o autor é uma “teia de símbolos, rede de desejos, confissão da espera, horizonte dos horizontes, a mais fantástica e pretensiosa tentativa de transubstanciar a natureza.”Ou seja, a religião nasce como aquela luz no fim do túnel, que permite às pessoas seguir o caminho que vai levar a realização tão aguardada. É através da religião também que os símbolos se classificam em sagrado ou não, de forma que um simples gesto ou objeto passa a ter um significado importante na vida de quem acredita.
 Por fim vem a questão, mas o que é de fato religião, e qual a necessidade de seus símbolos? Segundo a visão do escritor, a religião é um fruto da imaginação das pessoas, mas não no sentido pejorativo, e nem com a intenção de diminuir a fé das pessoas, e sim que, com essa filiação ela possui todo o “poder, o amor e a dignidade do imaginário”. E se fossemos parar para pensar na força que possui a religião segundo essa visão, ela é de fato surpreendentemente grande pois, todas os feitos incríveis já feitos pela humanidade saíram inicialmente do imaginário das pessoas. E a função dos símbolos nessa perspectiva é manter o sentido do mundo, ser a unidade física que mantenha as pessoas esperançosas e que impeça que muitos caiam na loucura e posteriormente cometam suicídio, que como explicitado no texto “é o único problema filosófico realmente sério”. Pois como defendido pelo autor ele se trata da questão do valor de vida, que é um problema simbólico, pois sem símbolos, a ordem, o sentido, e a vontade de viver, deixam de existir. 
Análise com base no texto: A Coisa que Nunca Mente
"Não existe religião alguma que seja falsa, Todos elas respondem, de formas diferentes, a condições dadas da existência humana."
E. Durkheim
 A partir do nascimento nos deparamos com milhares de coisas que em um primeiro momento não nos damos conta do que seja, nem o motivo de motivo de estarem ali e também não nos importamos com isso. Ao longo da vida, passamos a desejar entender o que nos rodeia, o que é? para o quê serve? por quê? São essas as perguntas que as crianças tanto fazem que possibilitam a elas conhecer essa imensidão chamada Terra a qual, nós seres humanos, carinhosamente nomeamos como nossa casa. Nessa linha de pensamento descobrimos o significados das coisas e a falta dele pois, como disse o autor, uma flor é uma flor, não possui um significado, ela simplesmente é o que ela é. Já outras coisas trazem consigo uma série de significados diferentes como uma aliança de casamento ou a expressão facial vista em uma foto. 
 Objetos que não possuem qualquer significado, podem passar a possuir a partir do momento em que a ele é adicionado uma legenda ou uma tradição a ele, como a flor, que quando entregue a alguém pode simbolizar o amor, ou a obra de arte, que de início pode ser somente uma tela pintada, mas após a descrição do artista ou de outro conhecedor da obra, pode se transformar na representação do sofrimento das pessoas que vivenciaram o período da Peste Negra. Dessa forma, essas coisas que antes eram desprovidas de significados passam a ser símbolos.
 Na tentativa de entender a religião filósofos positivistas tentaram usar o método de atribuir significado aos seus textos, o que falhou pelo motivo no qual hora era chegado a conclusão de que seus textos não possuíam significado, hora possuíam. Usando argumentos de Durkheim, o autor chega a conclusão de que a religião é um fato, uma realidade e que sendo uma instituição, “não é possível que seja edificada sobre um erro ou uma mentira”. Ademais a essência da religião é a força, não as ideias, não se trata de conhecer mais, saber mais, se trata de estar ligado com o transcendente ao qual o praticante crê. Fato esse, que leva o autor a pensar que a religião irá perpetuar, mesmo que modificada com o tempo, já que ela também é colocada como uma forma de manter o sentido na sociedade.

Continue navegando