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Jesus, Missionário por Excelência1

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PAGE 
8
Jesus – o Missionário por Excelência - A Estratégia de Jesus
A PRIORIZAÇÃO DA PALAVRA – Marcos 1:38
1.
A estratégia de Jesus, Missionário por excelência
a. Como ele cumpriu ou está cumprindo sua vocação?
b. Como podemos aprender de seu exemplo?
c. Vamos examinar o “como” do ministério dele.
2.
A Palavra Missionário: é alguém enviado (palavra latina); equivalente grego é a palavra apóstolo. 
a. É alguém enviado com um propósito oficial. Não é um turista ou viajante.
b. Ele tem uma missão e mensagem que obedecem os desejos e vontade daquele que o enviou.
c. As palavras chave para ele são: arauto e embaixador (fortes no Novo Testamento).
d. A palavra missionário implica um mandado, e também um movimento.
e. A pergunta chave, no lugar aonde ele chega, não é “Por que você foi enviado?” mas “Por que você veio?”
f. A resposta do missionário diante da inquirição recebida é – a visão, os valores, a mensagem e estratégia de quem o enviou.
g. Jesus é o Missionário por Excelência porque ele foi enviado diretamente por Deus, o Pai, para cumprir a Sua vontade e mandado nesse planeta.
3.
A ênfase no Evangelho de Marcos não é no por quê do seu envio, mas no por quê da sua vinda.
4.
Vamos Examinar Algumas Passagens
a. Mc. 1:38 diz "E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim”.
(PREGAR)
b. Mc. 2:17 diz "E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”. (SALVAR)
c. Mc. 10:45 diz "Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. (SERVIR)
S.T.: Vejamos a Priorização da Palavra nas Vidas de Jesus e da Igreja
I.
a Priorização da Palavra na vida de Jesus
1. 
O homem que pode fazer qualquer coisa
Esse capítulo mostra uma visão poderosa de Jesus. A palavra chave aqui é autoridade. Temos aqui uma revelação da glória do Rei dos reis, mostrando a sua autoridade sobre todos os antigos inimigos da raça humana.
a. Ele tem autoridade sobre as almas dos homens. (1:16-20)
Ele chamou – e eles o seguiram – imediatamente – sem demora – sem hesitação - autoridade
b. Ele tem autoridade no seu ensino. (1:21,22,27)
Em vez do ensino chato dos escribas – sempre citando autoridades sem fim, e enrolando o povo com a sua verbosidade, e as suas regras complicadas – Jesus ensinava como quem tem autoridade.
c. Ele tem autoridade sobre demônios. (1:23-27,34 e muitos outros)
Quando a palavra de Deus chegou na sinagoga com força, os primeiros a reclamarem foram os demônios! E Jesus lidou com eles, com autoridade. Os demônios têm que pedir a permissão de Jesus para fazer o seu trabalho sujo – exatamente como Satanás fez no livro de Jó. Autoridade.
d. Ele tem autoridade sobre doenças (1:29-31, 32-34, 40-45; etc.)
Em toda comunidade humana há pessoas doentes, com uma variedade enorme de doenças e condições. E Jesus curava todo tipo. Imediatamente. Instantaneamente - a sogra de Simão. Ele curou toda sorte de enfermidades numa tarde só na cidade de Cafarnaum. Ele curou um homem com a doença mais amedrontadora da época – a lepra.
e. Ele tem autoridade sobre pecado e pode perdoar pecados(2:1-12)
Somente Deus pode perdoar pecado. Os escribas nunca admitiriam a possibilidade que um homem, na terra, tivesse a autoridade de Deus para perdoar. A prova foi dada ao mandar o paralítico andar. 
f. Ele tem autoridade sobre as forças da natureza. (4:35-41)
g. Ele tem autoridade sobre a morte. (5:21-24,35-43)
h. Ele tem autoridade para criar matéria nova. (6:30-44)
2. 
O problema do homem que pode fazer qualquer coisa
a. A autoridade de Jesus sobre todas as coisas tornou-o muito famoso:
(1) por causa do ensino (1:22)
(2) por causa de sua autoridade sobre demônios (1:27,28)
(3) por causa da cura da sogra de Pedro (1:32)
(4) por causa de todas as curas naquela noite especial em Cafarnaum (1:37)
(5) por causa da desobediência do leproso curado (1:45)
(6) por causa da cura do paralítico (2:1,2,13)
b. Vejamos um pouco dos problemas que Ele passou por causa da fama:
(1) Tinha de suportar grandes e exaustivas atividades diárias, além de pressão, perigo – usou o barco para se distanciar um pouco da multidão (3:7-10)
(2) Quase não tinha tempo para comer (3:20)
c. Algumas verdades espirituais por trás disso tudo:
(1) A fama e a pressão são o resultado de um ministério verdadeiramente milagroso. (4:1)
(2) A fama por causa dos milagres concede uma vida cheia de oportunidades.
(3) Jesus nunca fez propaganda de seu ministério, pelo contrário, por isso repetidamente a fama dEle cresceu.
(4) Quando qualquer pessoa, igreja ou movimento faz propaganda com posters, cartas, convites, livrinhos e tal, falando dos seus milagres, podemos ter certeza que nada vai acontecer. Quanto mais esforço para convencer pessoas que aquela pessoa ou igreja tem o dom de milagres, tanto mais temos certeza que ela não tem. Porque milagres verdadeiros fazem a sua própria propaganda. Há dois Fatos sérios a respeito dessa verdade:
(a) Temos experimentado uma mudança em nossa leitura dos Evangelhos. A igreja está pregando-se a si mesma como solução para todos os problemas da humanidade. Dizem: “nós somos a solução!”
(b) Precisamos levar a autoridade de Jesus a sério – só assim poderemos vislumbrar uma fama exatamente como a de Jesus.
(5) Num paradoxo maravilhoso, o homem que pode fazer qualquer coisa para melhorar o mundo não pode fazer tudo, por falta de tempo.
3.
A solução do homem que pode fazer qualquer coisa
a. Cristo priorizou as coisas que julgava serem mais importantes com vistas à Sua missão.
b. Cristo se concentrou nas atividades de valor. Por isso se lê em Atos 10:38, ele andou por toda parte, fazendo o bem.
c. O trecho meio estranho em 1:35-39 evidencia que Cristo tomou a melhor decisão. 
A multidão O buscava por causa dos milagres na noite anterior. Ele, enfrentando a tentação de ser simplesmente um milagreiro, com seriedade e com oração na madrugada, recusou satisfazer o desejo da multidão porque a prioridade dele não era ser milagreiro, mas ser pregador.
d. Na vida de Jesus, o bem de fazer milagres ameaçava o melhor de pregar a palavra. Como Missionário por Excelência, ele priorizou a pregação em vez dos milagres.
II.
a priorização da palavra NA VIDA DA igreja – Marcos 1:38
1. Como podemos aproveitar esse insight (esse empurrão) da prioridade de Jesus?
2. Ele, como Missionário por Excelência, é o nosso modelo e padrão.
3. A prioridade dEle tem relevância na igreja hoje em dia.
Três Aspectos Semelhantes a respeito da igreja.
1.
A igreja não pode fazer tudo
a. A igreja é um corpo maravilhoso. Ela existe simultaneamente na maioria dos países do mundo e pode tocar a vida de muitos ao mesmo tempo.
b. Mas a igreja não pode fazer tudo – e não tem um chamado para fazer tudo.
c. Embora nós já provarmos nesse mundo os poderes do mundo vindouro, ainda temos doenças e fraquezas, ainda temos divisões e dificuldades, ainda temos pecado.
d. Somos chamados para seguir nos passos de um Salvador que sofreu. Por definição, a igreja de Cristo nesse mundo é uma comunidade que sofre, que ministra a um mundo que sofre.
e. Então, a igreja deve reconhecer as suas limitações. Não podemos curar todas as doenças, corrigir todas as injustiças, lidar com todos os problemas e melhorar o mundo numa maneira geral.
f. O lema “Pare com o sofrimento” é um lema falso, e a igreja deve reconhecer o fato.
2.
A Igreja Deve Fazer o Bem
a. Jesus andou por toda parte, fazendo o bem. Mesmo tendo tomado a decisão para priorizar a pregação da palavra, ele continuou curando.
b. Cristo sentiu todo dia a tensão entre a expectativa da multidão e a sua própria prioridade. Mas ele fez o bem. Veja o exemplo do leproso – ele foi curado, mesmo não tendo certeza de que Jesus quisesse.
c. Devemos ser como Jesus, sempre cheio de compaixão, misericórdia e amor, para ajudar a muitos.
d. A igreja ainda deve fazer o bem. Não podemos falar donosso chamado como se fosse simplesmente espiritual sem nenhum lado físico. Não podemos nos esconder atrás do mandamento “prega a palavra” para evitar uma responsabilidade social e física. Como Paulo disse aos Gálatas (6:9,10)
e. Infelizmente, no Brasil de hoje, enquanto a igreja evangélica tem uma reputação de roubar os pobres, são os espíritas que têm uma reputação por fazer o bem. Irmãos façamos o bem a todos, como Jesus fez, com compaixão e amor.
(il.)
Sem essa de dizer que por fazer ações sociais, perderemos a visão do espiritual. Pelo contrário, o social prova nossa visão espiritual.
3.
A igreja deve priorizar a Palavra
a. Mc. 1:38 nos encoraja a priorizar o nosso ministério e colocar o ministério da Palavra no cerne dos nossos alvos e ambições. 
b. Esse mundo está passando e vai ser julgado e destruído. A única coisa que podemos dar que vai durar para sempre é a Palavra de Deus.
c. E temos que pregar essa Palavra, com toda a nossa força, buscando o derramamento do Espírito de Cristo sobre a Ela. 
d. Temos de cuidar para não ceder à tentação de tentar agradar o mundo, pois ele quer que a igreja se concentre apenas no lado social.
e. Cuidado com a sedução de um ministério de curas e ajuda, desvalorizando o ministério da Palavra.
f. Temos de ser sérios em oração, pedindo a ajuda dEle para manter a prioridade que Ele nos deu.
Conclusão: A Priorização da Palavra nos Faz Valorizar Aspectos de Liderança
1. Temos de lembrar de que, por sermos Missionários em lugar de Jesus, que como tais temos uma visão, valores, mensagem e estratégia de origem divina para aplicar.
2. Através da Palavra temos autoridade e direção para nossas ações.
3. Nós, infelizmente, não poderemos fazer tudo para todos, ao mesmo tempo. Temos limites.
4. A igreja não pode se elevar em lugar de Cristo ou do Espírito Santo.
5. Não podemos perder de vista a visão do ministério que Deus nos delegou, ou seja, pregar a Palavra.
A BUSCA DOS PECADORES – Marcos 2:17
Intro: O cerne da lição de Marcos 2 é o Conflito com os líderes religiosos (2:1-12)
1. A ênfase da vida de Jesus é mostrar um Deus presente em vez de Deus distante.
2. Os escribas viam Deus como sendo transcendente, poderoso, justo. Agiu no passado, mas não se espera muito dEle no presente. 
3. Jesus disse que poderia perdoar pecados (2:5) – isso mostra que, nEle, Deus se aproximou. Ele é Emanuel – Deus conosco.
4. Em Jesus temos perdão real em vez de perdão hipotético/virtual. Veja o Islã, Hinduismo, Catolicismo.
5. Jesus oferece Graça em vez de regrinhas.
6. O ser humano é um ser religioso. Ele cria regras quando não tem a certeza do perdão dos seus pecados, e assim se convence que está se aproximando de Deus, ou pelo menos, que é mais religioso que seu vizinho!
7. Os escribas tinham produzido muitas regrinhas baseadas na própria Lei de Deus, mas indo bem além da Lei. Criaram um verdadeiro código de conduta religioso que os faziam sentir-se confortáveis, superiores.
8. Jesus arrebentou com falsa teologia dos escribas. Ele não disse ao paralítico, “Se você se vestir corretamente, jejuar nos momentos certos, barbear-se da maneira certa – você terá mais chance de receber o perdão de Deus”. Ele disse, Filho, estão perdoados os teus pecados. E Ponto final. Graça pura. Perdão gratuito. Sem regrinhas, e o mais importante, antes de qualquer obediência por parte do paralítico.
(il.)
Felipe Henry, clérigo inglês do século XVII, disse certa vez: “Nascemos de costas para Deus e para o céu, e de frente para o pecado e o inferno, até que venha a graça e nos converta, fazendo-nos dar meia-volta”.
S.T.: VEJAMOS OS RESULTADOS DO PERDÃO DE JESUS:
I.
ALEGRIA EM VEZ DE TRISTEZA (18-20)
1. Uma religião de regrinhas não pode trazer felicidade a ninguém!
2. Os escribas eram homens infelizes. Suas críticas não alegravam, mas entristecia o mundo.
3. A palavra chave deles era “Não!” “Você não pode fazer isso, você não pode fazer aquilo!” A única regra positiva deles aqui é “Jejuem!” (2:18).
4. É Jesus quem diz que agora não é o momento de jejuar. Por que? Porque o noivo está presente. Um casamento é um momento para festejar, não para jejuar! 
5. Jesus está dizendo que agora é um momento festivo – porque ele está presente. Por que a presença dEle traz alegria? Porque só Ele concede perdão! Ele traz liberdade! Ele traz comunhão com Deus! Jesus em si mesmo é a razão da nossa alegria! Ele tem autoridade para fazer o que um monte de regrinhas nunca poderia fazer – ele pode perdoar as pessoas.
6. Então, enquanto as pessoas religiosas estão reclamando contra Jesus, encontramos os pecadores festejando na presença dEle. Isso leva ao segundo resultado...
A: Amado irmão, como vai a vida de alegria em você e seu lar?
II.
ACEITAÇÃO E ACOLHIDA AOS PECADORES EM VEZ DE REJEIÇÃO (13-17)
1. Jesus mostra na história do paralítico que Ele pode perdoar livremente.
2. Ele imediatamente depois disso chamou a Mateus (2:14). Logo depois o encontramos jantando com muitas pessoas com vidas terríveis (2:15). 
3. Na cultura oriental, compartilhar numa refeição é um sinal importante de aceitação mútua. Por causa da sua autoridade para perdoar pessoas somente pela Sua graça, Ele pôde aceitar pessoas como elas são.
4. Aceitar as pessoas não quer dizer que não as tenha desafiado a arrependerem-se. Também ele não disse: “Vou sentar e falar com vocês somente quando vocês voltarem de uma maneira adequada, de acordo com as regrinhas dos fariseus”.
5. Os escribas não gostaram disso – de jeito nenhum! O conforto e paz deles dependiam do seu sentimento de superioridade sobre esses “pecadores terríveis”. (Por que não evangelizamos? É porque não amamos as pessoas)
6. A superioridade deles andava de mãos dadas com a rejeição desses “pecadores”. Eles evitavam qualquer contato com eles. Aceitar essas pessoas (jantando com elas) deixou sua visão de mundo de cabeça para baixo! (Por que não investimos em Missões? É porque somos egoístas e não amamos os irmãos e os incrédulos).
(il.)
Um pastor pregava e dizia que no interior o amor das pessoas era diferente e as famílias eram mais próximas umas das outras, a ponto que todos poderiam ouvir do Evangelho e serem salvas, mas um outro pastor disse: é engano, pois eu mesmo fui um destes que rejeitava as pessoas pelo rótulo que fazia e contou a história de uma mulher de um líder de seita que ninguém queria se aproximar. Um dia ela, muito doente, o chamou e perguntou se não era muito tarde... Ele disse: tarde para quê? E ela, para aceitar a Cristo. Continuou: eu sempre via você indo a igreja e queria ir também, mas você nunca me convidou. Conversava comigo mas não falava nada. Fui filha de pastor evangélico. Fiquei orgulhosa de ir sem convite. Mas é possível aceitar a Cristo?
A: Você busca acolher e amar as pessoas independente de quem são?
III.
VIDA EM VEZ DE MORTE (3:1-5)
1. A diferença entre graça e obras é que um caminho traz vida e o outro traz a morte.
2. Cristo (a graça), deu vida ao paralítico (2:1-12). Vejam sua incapacidade (veio carregado por quatro homens, e foi para casa carregando o seu leito). Esse sinal da nova vida física é a prova da vida nova espiritual – ele tinha recebido perdão total dos seus pecados. Na história final, um homem que tinha ressequida uma das mãos (3:1-5) – um homem sem a possibilidade de fazer o trabalho braçal - esse homem recebeu uma vida nova porque ele recebeu uma mão nova. Ele foi curado.
3. Qual foi o resultado dessa cura? Lemos em 3:6 que: “E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.”.
4. Este homem maravilhoso, este noivo festivo, este salvador poderoso – eles queriam matar. Eles estavam prontos para conspirar com os seus inimigos, os herodianos (Que ironia! Do partido dos pecadores!) para tirar a vida de Jesus.
5. O caminho da graça e perdão, o caminho de Jesus, traz alegria, aceitação, cura e vida.
6. O caminho de regrinhas e obras, o caminho dos escribas, traz tristeza e rejeição, crítica e morte. 
7. Não é surpreendente que Jesus coloca duas imagensfamosas a respeito desses dois caminhos em 2:21,22.
8. A idéia chave é “Incompatibilidade”. Não faz sentido misturar o velho e o novo. Não vale a pena usar tecido novo para remendar roupa velha. Não adianta colocar vinho novo em odres velhos. E é loucura tentar misturar a mensagem de graça com a mensagem de obras. São dois caminhos totalmente diferentes e incompatíveis.
9. E o centro da Sua mensagem é Justificação somente pela graça – graça livremente disponível em Jesus.
10. Agora estamos prontos para considerar o propósito ou estratégia de Jesus. É essa mensagem que nos leva ao propósito central de Jesus.
Conclusão: Armado com uma mensagem assim, de graça e justificação gratuita, o que podemos aprender? 
1.
O propósito de Jesus
(il.)
2:17 diz: “E Jesus, tendo ouvido isto, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”.
a. A estratégia dEle é buscar os pecadores. Ele veio para pregar, comunicando a Palavra. Mas essa comunicação tem um alvo específico e uma meta bem definida. Ele veio para chamar pecadores. 
(il.)
Como Paulo disse em 1 Tim 1:15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.
b. Eis aqui alguns ensinos importantes:
(1) Todos são pecadores, por isso a mensagem de Jesus é adequada para todo mundo;
(2) Nem todos reconhecem o seu pecado;
(3) Muitas pessoas não têm interesse na mensagem de Jesus porque elas acham que não têm necessidade. 
(4) É nesse sentido que Jesus disse que ele não veio chamar justos. Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Quando todo o mundo está doente, somente as pessoas que reconhecem a sua doença é que ligam para chamar o médico e recebem atenção e cura. 
(5) O aspecto grave da afirmação de Jesus aqui é que aqueles que não reconhecem a sua doença, o seu pecado, Ele vai tratar como se eles estivessem sãos, sem pecado. Ele não vai curá-los. Ele focalizará Sua atenção e esforço nas pessoas que reconhecem o seu pecado - as pessoas que são chamadas “pecadores” - as pessoas a respeito de quem a sociedade de “pessoas boas” nunca pára de chamar “sujas” e rejeitar. 
(il.)
O tratamento dos “justos” por Jesus aqui reflete o seu próprio ensino em Mateus 7:6 em que ele diz: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.”.
(6) Os religiosos, os justos, os sãos, são pessoas a quem Jesus recusa pregar, porque eles são realmente os porcos do mundo. As pessoas que ele focaliza, os alvos do seu ministério, são os “pecadores”.
(7) O ministério de Jesus era sempre uma busca positiva dos pecadores.
2.
As lições para nós hoje em dia
a. Há uma tendência perene da igreja deixar a pureza do Evangelho.
b. Como os Judeus no fim do Antigo Testamento, deixamos a graça e nos tornamos fariseus de novo. Como os primeiros leitores da carta aos Gálatas, subtraímos do Evangelho porque lhe adicionamos. Esquecemos que graça e obras são incompatíveis, e acabamos julgando irmãos usando regrinhas que nós criamos. 
c. Devemos reconhecer a tendência da igreja criar barreiras no caminho do pecador.
d. A nossa prática – mesmo uma prática boa, com boas bases – facilmente pode tornar-se uma regra que atrapalha a chegada dos pecadores ao reino de Deus.
e. Há uma tendência do pastor ficar somente com crentes.
f. É fácil perseguir ministérios que maximizam o nosso tempo com crentes e minimizam o nosso tempo com o povo do mundo.
g. Devemos ter uma prontidão para sermos rejeitados pelos líderes religiosos.
h. O ministério do Evangelho sempre mexe com pessoas religiosas, cuja religião consiste principalmente em regrinhas e práticas exteriores. É impossível pregar o Evangelho sem chatear pessoas que não acreditam na nossa mensagem – e quanto mais religiosas essas pessoas, cada vez mais dura a crítica.
(il.)
O grande pregador galés, Doutor Martin Lloyd-Jones, disse o seguinte, na sua exposição de Romanos 5: Se a nossa pregação do Evangelho não provoca críticas, é porque a nossa graça é gratuita demais, o perdão oferecido vem livre demais, a nossa mensagem encoraja uma vida sem restrições e regras e que precisamos pregar muito mais da moralidade da vida cristã. Se a nossa pregação do Evangelho não provoca críticas assim, então é provável que não estejamos pregando adequadamente o Evangelho.
i. O Evangelho sempre choca pessoas religiosas. Se não, não é o Evangelho. Esteja pronto para a rejeição!
j. Isso não quer dizer que podemos simplesmente desprezar a idade, autoridade, posição de qualquer líder na igreja. De jeito nenhum! Deus nos deu líderes, e temos que respeitá-los. Em geral, liderança na igreja é uma bênção. Mas nem sempre. 
k. Às vezes, nós fechamos a porta contra pecadores porque não queremos correr o risco das críticas de outras igrejas evangélicas. Você está pronto para correr o risco de ser criticado? Ser verdadeiramente santo é ser como Jesus. Jesus tinha amizade com o povo do mundo sem amizade com o mundo. Jesus amou os pecadores sem amar o seu pecado. 
l. Como faremos isso? Muitas respostas. Eis uma delas: Jesus amou o seu Pai. Esse amor perfeito manteve o seu compromisso total contra pecado e ao mesmo tempo o seu compromisso total para com os pecadores.
m. Nós devemos buscar um amor sempre crescente por Deus. Ganhamos esse amor pela ação do Espírito Santo através do Evangelho operando em nossa vida.
n. Nosso amor por Deus e valorização do Evangelho dEle produz um ódio radical ao pecado – e ao mesmo tempo um amor radical para com os pecadores. 
o. Uma dica que alguém me deu cedo na minha vida espiritual que sempre me ajudou bastante. “Quando alguém lhe conta uma história de pecado terrível, nunca fique chocado, e sempre fique chocado”. Nunca – porque conhecemos os nossos próprios corações. Sempre – porque conhecemos a pecaminosidade do pecado e o odiamos. 
p. Como podemos ter uma busca ativa de pecadores? Fazendo contato com eles! Fale com pessoas! Use a Bíblia. Pregue a palavra! Atividade santa e forte! Use a sua imaginação!
q. Se você não tem a certeza do perdão, aceite-o agora! Aproveite o perdão ainda disponível em Jesus, agora!
(il.)
O exemplo de Leila Tânia (nossa amiga), que se ofendeu com as fofocas dos irmãos sobre seu caráter e idoneidade, a ponto de permitir que Satanás a tirasse da batalha. Ela foi se afastando e ficou cerca de 10 anos longe da comunhão. Tentamos ajudá-la durante cerca de 8 anos, mas ela sentiu repugnância de nós e se afastou e perdemos o contato. 2 anos depois ela ligou dizendo: “Obrigado porque vocês não desistiram de mim”.
O COMPROMISSO PARA SERVIR – Marcos 10:45
Intro: A Palavra Servir não faz parte do vocabulário das Pessoas deste Mundo
1. Porque implica em renúncia de direitos e ambições;
2. Porque implica em possíveis humilhações;
3. Porque implica em deveres que precisarão ser cumpridos como parte de sua aprovação por Deus;
4. Porque pode implicar em Morte;
(il.)
Numa das peregrinações de Livingstone, de repente abandonado pelos companheiros de viagens. Perguntaram-lhe se tinha medo, ao que respondeu: “Sou imortal até que cumpra o meu trabalho”.
1.
O serviço do Filho do homem
b. Servir traz duas idéias:
(1)
De obediência à vontade do chefe – É dar atenção à Palavra e obediência.
Importava – Marcos 8:31 – A prioridade do plano de Deus deveria ser cumprida em Sua vida.
(2)
De trabalho para o bem de alguém
c. Serviço envolve em trabalhar para o bem dos homens
(1)
Em Atos 10:38 diz: “o qual andou fazendo o bem”, expressa bem esse trabalho.
(2)
A atitude de Jesus é de humildade e amor
d. Serviço focaliza a morte de Jesus como resgate
(1) 3 vezes ele havia predito a sua morte (8:31; 9:31; 10:33). Ele estava comprometido com a sua morte por causa da sua obediência a Deus. Agora Ele explica o propósito e sentido dela. 
(2) Ele morreu para resgatar muitas pessoas. Em português a palavra resgate tem vários sentidos – pode ser resgate de uma morte por afogamento, ou resgatede alguém seqüestrado. Em grego esses dois conceitos têm palavras diferentes. A idéia aqui é do pagamento do preço de um resgate. Ele morreu para pagar o preço, para experimentar a penalidade do nosso pecado, para resgatar o seu povo do inferno. 
(3) A idéia de pagamento do resgate está ligada com a idéia de substituição. Ele pagou o nosso resgate no sentido que ele morreu em nosso lugar.
(4) Esse resgate foi realizado através da CRUZ, onde a ira de Deus contra o pecado da humanidade caiu sobre Cristo para que este mundo pecaminoso seja abençoado. Ele levou todo o nosso pecado, ele absorveu toda a nossa maldição, recebeu toda a nossa penalidade, para que nós recebêssemos toda a bênção que Deus tinha planejado desde antes da fundação do mundo. Lá na cruz pendia o foco de toda bênção, a pessoa chave de toda esperança, porque lá na cruz pendia o nosso pecado e maldição. Lá na cruz foram colocados desobediência e descrença, orgulho e ira, roubo e assassinato, perversão e estupro, adultério e crueldade, egoísmo e desonestidade, cobiça e mentira, idolatria e fraude. Lá na cruz podemos achar todos os pecados da humanidade. Lá na cruz Deus em Cristo recebeu a punição da nossa rebelião. 
(5) Cristo levou os nossos pecados sobre o madeiro (I Pe. 2:24) e podemos dizer que “morremos em Cristo”. Ele nos representou de uma maneira pessoal. Nele, o pecador morreu. Nele, o pecador sofreu a penalidade do seu pecado. Lá na cruz foi punido o depravado, o adúltero, o mentiroso, o homossexual, o incrédulo, o idólatra, o cobiçoso, o orgulhoso. Todo o povo de Deus foi punido lá na cruz, porque Ele recebeu tudo, em nosso lugar.
e. Como missionário por excelência, Ele veio com uma estratégia, um propósito definido de antemão. 1) Ele veio para pregar a Palavra. 2) Ele veio para buscar pecadores. Mas nenhum desses propósitos valeria nada sem o terceiro propósito. 3) Ele veio para dar a Sua vida em resgate por muitos.
f. Ele veio não somente para pregar o Evangelho, mas para ser o Evangelho. Sem a cruz, não haveria Evangelho para pregar.
g. A estratégia de Jesus é completa em si. Ele é o Evangelho. Ele prega o Evangelho. Ele busca os recipientes do Evangelho (porque a Palavra é comparada com a semente). 
2.
O serviço dos discípulos do Filho do homem
a. Mas como podemos aproveitar esse aspecto da estratégia de Jesus? Os primeiros dois aspectos têm a ver claramente com a nossa missão e propósito como missionários e arautos do Evangelho.
(1) Ele pregava o Evangelho e nós também devemos pregar o Evangelho.
(2) Ele buscava pecadores, e nós também devemos buscar pecadores.
(3) Ele morreu em lugar dos pecadores, mas não podemos seguir nos passos dEle à cruz. Ou podemos?
b. Precisamos notar algumas coisas em Mc. 10:45:
(1) A comunicação do nosso versículo. Jesus não falou imediatamente do Seu propósito em termos de resgate. Ele mesmo colocou a Sua grande obra na cruz sob um tema mais geral – serviço. Ou seja, o serviço que Ele fez na cruz é somente um exemplo muito específico – embora um exemplo de importância infinita – do serviço que constituiu a Sua vida por toda parte.
(2) Então, a vida de serviço que encontrou seu clímax na cruz, pode ser uma vida que nós, a igreja, podemos e devemos copiar.
(3) E qual é o contexto imediato deste versículo: O Contexto imediato está em 10:35-44 – relatando uma briga a respeito de posições. Os discípulos, ambiciosos, tinham reconhecido Cristo como o futuro Rei de Israel e das nações. Como os políticos que apóiam um candidato com vistas a obter cargos e papéis importantes, esses homens estavam brigando a respeito das posições de poder e glória que eles teriam quando Jesus fosse reconhecido como Rei.
(4) Os discípulos reconheciam Jesus como Rei, sem reconhecer que Ele é o Rei que deve sofrer. 
(5) É nesse contexto que Jesus ensina sobre serviço (42-45). Grandeza no reino de Deus tem a ver com serviço.
(6) O exemplo de Jesus – até mesmo na sua morte – deve informar e moldar a nossa vida como discípulos.
(7) Mas mesmo esse trechinho é somente uma parte do grande trecho de Marcos que começa depois da confissão de Pedro em 8:29 e continua até o fim do capítulo 10.
(8) Jesus faz três predições da Sua morte ligadas com o ensino mais concentrado, forte e abrangente a respeito do discipulado:
(a) Ele não ensinou sobre a sua morte na primeira parte do livro – até a confissão de Pedro.
(b) Ele falou muito pouco a respeito da vida do Cristão. 
(c) Depois da lição 1, onde Ele afirmou que é o Cristo, vêm as lições 2 e 3 em paralelo: O Cristo deve morrer.
(d) Assim a vida do discípulo é formada sobre o molde do serviço e da morte de Jesus.
(9) Como podemos descrever o conteúdo do discipulado? Usando o nosso versículo aqui – serviço.
(il.) 8:34 - Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
(10) Vamos pensar na situação do homem que está carregando a sua cruz:
(a) O tribunal já encerrou o julgamento – a sentença da morte já foi dada – existe agora somente o curto caminho entre o lugar do tribunal ou a prisão, para o lugar da execução – um caminho cercado pela multidão, um caminho com um soldado romano a cada lado – um caminho sem nenhuma possibilidade de fuga ou resgate.
(b) O homem que já está carregando a sua cruz é um homem com um só compromisso – a própria morte.
(c) E qual era a situação de Jesus no momento em que proferiu as palavras de Mc. 10:45: Não havia soldados, nem cruz visível, mas Ele se sentia totalmente cercado e confinado pela vontade de Deus. Estava andando para Calvário, não por causa das autoridades religiosas, nem por causa dos gritos da multidão, tampouco por causa de Pilatos ou pelos soldados Romanos; mas por causa do Seu compromisso com a vontade de Deus-Pai.
(d) A situação do discípulo que também toma a Sua cruz deve ser a mesma do Mestre.
Conclusão: Como Jesus, devemos ter um compromisso total para trabalhar para o bem dos homens.
Serviço – não é ser servido, mas servir. Se você tem esse conceito em sua cabeça e em seu coração, vai pôr fim a toda ambição vã e todo desejo de ser grande em termos humanos:
a. Em Mc. 9:33-35 somos exortados a pôr fim sobre o desejo de ser grande.
b. Em Mc. 9:36-37 somos exortados a pôr fim nas preferências pessoais.
c. Em Mc 9:38-40 somos exortados a pôr fim ao egoísmo de sermos uma comunidade fechada.
d. Em Mc. 10:35-45 somos exortados a pôr fim na nossa busca de poder.
(il.)
Latimer e Ridely, reformadores da igreja, sendo executados no fogo. Em certa altura, Latimer gritou: “Ridely, estamos acendendo uma fogueira na Inglaterra que jamais se apagará”
A exPAnsão do seu reino através do
trabalho do Espírito Santo na igreja – Atos 2
Intro: Já pensamos em três estratégias ou propósitos de Jesus como missionário por excelência.
1)
Ele priorizou a Sua vida para pregar a Palavra.
2)
Ele buscou pecadores.
3)
E ele mostrou um compromisso com o serviço – no sentido de uma obediência à vontade de Deus Pai, e um trabalho para o bem dos homens.
4)
Se nós queremos ser missionários excelentes precisamos seguir esses três elementos simples – mas difíceis – vividos por Jesus.
5)
A nossa excelência ou falha no ministério será julgada através de um exame de nosso desempenho nessas três áreas. 
6)
Aprendemos com Jesus que Ele trabalha expandindo o Seu reino. Ele constrói a Sua igreja usando pessoas no seu trabalho.
7)
Enquanto aqui na terra Ele escolheu homens para espalhar a Palavra dEle – e depois da ascensão Ele trabalha e acompanha o progresso da pregação.
8)
Isso tudo que falamos pode ser visto nos primeiros capítulos do livro de Atos.
9)
Também vamos aprender, passo por passo, porque existe tanta confusão a respeito de Atos e os acontecimentos dos primeiros capítulos.
(il.)
1.
O que é a igreja?
a. A igreja é um ativo corpo de pessoas. É uma organização ativa, ou um organismo vivo, cujos membros agem. 
b. Isso fica bem claro quando lemos esse capítulo, ou qualquer capítulo de Atos. O livro é cheio de ação. Não tem nada chato ou monótono aqui. É um livro com viagens, resgates, fugitivos, perseguições,aventuras, milagres, tempestades, soldados, tribunais, um terremoto, barcos, cobras, tumultos, reis e governadores – tudo em torno da igreja, que experimentava muito crescimento. É uma história empolgante. Daí o título de “Os Atos dos Apóstolos.” Atos é um livro histórico.
c. E de onde vem essa atividade? Quais as raízes da ação? Certamente que não procede da vontade e iniciativa dos apóstolos. Algo mais aconteceu. Temos aqui também a obra do Espírito Santo. Então, o título “Atos dos Apóstolos” é adequado – mas não é suficiente. 
d. A igreja é o corpo em que o Espírito Santo está ativo. É uma organização cuja atividade procede da influência e poder do Espírito. 
e. Alguns dizem que o título mais adequado para Atos é Os atos do Espírito Santo. Está claro aqui que nada que aconteceu nessas páginas teria acontecido sem a obra, a iniciativa dEle. É o livro dEle.
f. Vamos ver alguns textos que mostram isso:
(1) 1:4,5
(2) 1:8 – o resumo do livro – é expressamente ligado com a obra do Espírito Santo.
(3) Em momentos chaves do livro, quando a história passa por um crise, ou uma decisão de grande importância, a atividade do Espírito é bem enfatizada. 
(4) 8:26-29 – Felipe e o Etíope
(5) 11:15-17 – Pedro e Cornélio
(6) 13:2 – A separação de Saulo e Barnabé para a primeira viagem missionária
(7) A história desse livro é a história de homens guiados e direcionados pelo Espírito Santo. O livro é o livro dEle. É Os Atos do Espírito Santo.
(8) Mas mesmo esse título não é suficiente para descrever o livro. Os que criticaram o título antigo não leram suficientemente bem a introdução do autor, Lucas.
(9) Lucas está escrevendo o seu segundo livro. Os dois são endereçados a Teófilo, sobre quem sabemos quase nada. O nome dele significa “alguém que ama Deus”. Talvez ele fosse um pagão que Lucas estava evangelizando e convencendo da fé cristã. Talvez ele fosse um cristão novo, cuja fé deveria ser fortalecida. Talvez ele não existisse, e o nome dele seja somente uma maneira bem educada de endereçar aos leitores do livro.
(10) Lucas 1:1-4; Atos 1:1,2. Temos aqui duas palavras chaves. Começou, e até. Começou implica continuou. “Até” requer depois.
(11) O Livro 1 (de Lucas) tem a ver com a atividade de Jesus até a ascensão. O livro 2 (Atos) tem a ver com a atividade de Jesus depois da ascensão. O mesmo Jesus que trabalhava durante a história de Lucas de acordo com a vontade do Pai dEle está trabalhando durante a história de Atos. A vinda do Espírito Santo não sinaliza o fim da obra de Jesus, mas é exatamente o meio de sua continuidade.
(12) Isso é o assunto central do sermão de Pedro aqui em Atos 2:33 – “recebido do Pai...e derramou”.
(13) Jesus, tendo vencido na cruz pela a ressurreição, assentou-se à direita da Majestade nas alturas. Através da grande, suficiente e completa obra dEle na cruz, o Espírito foi derramado sobre a igreja. Através do Espírito, a obra de Jesus está sendo espalhada no mundo. Essa é a história de Atos. O livro é Os Atos de Jesus Cristo, ascendido.
(14) A igreja é o corpo em que o Senhor Jesus ressurreto e ascendido está trabalhando pelo seu Espírito Santo ativo. É uma organização cuja atividade procede de Jesus. 
(15) Jesus é o Senhor da Igreja – não somente com algum sentido de o Diretor nominal, que de fato não tem muito interesse na empresa, mas como o Senhor quem está envolvido em cada aspecto. Ela é a fonte de graça e poder. Ele é o nosso cabeça, que nos sustenta e nos direciona. Ele é a pedra angular, eleita e preciosa, a pedra que vive – a pedra chave da nossa construção, que define a direção de cada muro e torre do grande edifício. Ele é o glorioso Filho do homem que anda constantemente em meio aos candeeiros (que representam as igrejas locais). Ele está cuidando e protegendo, em todo o segundo, a igreja que ama. Ele é o grande pastor, que cuida das suas ovelhas, que nos alimenta e nos guia durante o nosso tempo. Como grande Pastor, e também como o noivo, ele já entregou a Sua própria vida pelas ovelhas, pela Sua noiva. Como noivo esperamos a Sua volta e o momento em que toda espera, todo sofrimento e todo pecado vai desaparecer da nossa experiência e viveremos em comunhão perfeita com Ele, face a face, durante a eternidade.
(16) Mas, até aquele dia, a igreja é a oficina, e escritório, e agencia, e fábrica, e usina, e escola, e fazenda e a loja de Jesus. Na igreja o trabalho dEle, já começado na terra, continua. Ele está tocando vidas ainda, ele está andando por toda parte fazendo o bem ainda, ele está servindo a raça humana ainda, através da sua igreja.
(17) Ou seja, Ele na Sua glória pediu do Pai o derramamento do Espírito Santo, e o Pai, na sua alegria e satisfação perfeita com a obra completa e suficiente do seu Filho, deu ao Filho o direito de derramar o Espírito sobre o Seu povo, e através daquele derramamento, Jesus continua trabalhando nesse planeta. A igreja é ainda a igreja de Jesus porque a igreja ainda tem a presença do seu Espírito. A igreja de Cristo é ainda a igreja pentecostal, ou a igreja não é nada!
(il.)
2.
Qual é o trabalho principal da igreja, e do Espírito dentro da igreja?
Existe tanta confusão a respeito da obra do Espírito Santo na igreja – e especificamente confusão a respeito desses capítulos do livro de Atos.
a.
A Igreja Pentecostal é uma Igreja que fala.
(1) Tudo tem a ver com uma idéia só – falar. Jesus, através do derramamento do Seu Espírito, leva a Sua igreja a falar. Isso acontece muitas vezes no livro de Atos. 2:4; 4:8,31.
(2) E isso faz sentido (1:8). Então, vamos examinar essa passagem com perguntas simples:
a.
Quem falou?
(1)
Toda a comunidade v.4 (1:14,15)
(2)
Cumprimento da profecia de Joel – toda a comunidade – homens e mulheres, jovens e velhos.
b.
Há algo diferente na sua fala?
(1)
Uma clareza e certeza e autoridade nova (1:6) (2:25-28)
(2)
Uma ousadia nova (2:22,23, 36)
c.
A quem estavam falando?
(1)
Judeus – mas de toda parte do império romano.
(2)
Uma multidão, junta na cidade para a festa de Pentecostes (plano de Deus) ouvindo a palavra dEle!
d.
Como estavam falando?
(1) Em línguas. Todas aquelas pessoas ouviram a Palavra de Deus na sua própria língua.
(2) Na graça de Deus, todos ouviram na sua língua materna. Através da obra de Jesus e a presença do Espírito Santo, a própria maldição de Babel é destruída!
(3) No primeiro dia da igreja pentecostal, ao invés dos apóstolos irem por toda parte do império, é o império que vem a Jerusalém! É a maneira sobrenatural do avanço do reino de Deus através do livro pelo fenômeno de línguas. A igreja fala não porque ela acha que seria legal, mas porque Deus planeja, Deus age, Deus dá os dons e capacidades necessários para alcançar o mundo!
e.
O que eles falaram?
(1)
Será que falaram línguas sem sentido? Essas línguas tiveram sentido!
(a)
Falaram das maravilhas de Deus! (11)
(b)
Falaram do Evangelho de Jesus Cristo. (no Sermão de Pedro)
(2)
No restante do livro de Atos, a mesma coisa aparece: O Espírito de Jesus é um Espírito que fala! Exatamente como Jesus tinha dito. (1:8) Jesus tinha escolhido os apóstolos, mas agora os apóstolos falam com clareza, autoridade, ousadia e poder porque eles têm o Espírito Santo! A grande obra do Espírito Santo em Atos é uma obra missionária, centralizada na pregação da Palavra. Os sermões em Atos – pelo menos os sermões aos Judeus – são em geral exposições das Escrituras do Antigo Testamento – mostrando que aquelas Escrituras falam de Jesus e comprovam que Ele é Cristo e Senhor.
(3)
Às vezes temos um certo medo desses capítulos por causa da muita confusão a respeito deles. Mas precisamos reclamar esses capítulos. São nossos! São os capítulos descrevendo a vida de toda a igreja de Cristo. A igreja é pentecostal ainda – ou não é a igreja! Somos pentecostais!
3.
Como podemos aproveitar das verdades que aprendemos?
a.
Temos que levar a sério o fato que a igreja é pentecostal desde o dia de pentecostes.
Num país onde atividade humana é enfatizada tanto, temos que re-equilibrar a nossa visão da igreja. A igreja não é a nossa propriedade!É de Deus Pai! É de Jesus Cristo! É do Espírito Santo! Sem a obra da Trindade no nosso meio, não temos nada, não somos nada, não podemos fazer nada. Ou seja – podemos fazer muita coisa, mas não como a igreja verdadeira. Atividades podem continuar, mas sem o poder, a vontade e a glória de Deus.
(1)
Oração - Temos que buscar cada vez mais a presença do Espírito Santo em nosso meio, pois temos falta de oração intercessora séria. Essa falta é pecado – tem a ver com um conceito da igreja centralizada em homens, não em Deus. Temos que crer na necessidade da obra de Deus, e mostrar isso em oração.
(2)
Confiança – Às vezes o pastor se sente isolado e com todas as lutas pela frente, com o peso da igreja nas suas costas e parece não agüentar mais? Mas temos um grande encorajamento – temos a marca chave da presença do poderoso Espírito de Deus. Nunca estamos.
b)
Temos que levar a serio a comunidade onde cada membro tem o Espírito Santo.
(1)
Num país onde religiosidade reina, nós temos que lembrar que todo crente novo tem tanto de Deus quanto um crente mais vivido, mas não tem uma fé madura. 
(2)
Temos de cuidar de não ordenarmos pastores neófitos, jovens, sem treinamento, experiência ou maturidade. Mas não desvalorizemos os pequeninos do reino de Deus. Todo irmão, toda irmã, tem a vida de Deus no coração, e pode falar as maravilhas dEle, dentro e fora da comunidade. 
(3)
Todos nós somos missionários, por sermos Cristãos! Todos nós temos responsabilidade de comunicar a Palavra, porque temos o Espírito Santo! 
(4)
Não existem Cristãos passivos na verdadeira igreja pentecostal. A nossa herança é o Espírito e é nEle que temos de falar. Na igreja existe uma variedade de dons. Nem todos devem falar na congregação da igreja. Nem todos têm dons específicos de ensino. Mas não existe o Cristão sem o dom de dar algum testemunho a um outro ser humano a respeito da graça de Deus em Jesus, porque não existe o Cristão sem o Espírito Santo – e o Espírito Santo é o Espírito que fala!
c.
Temos que levar a sério a proclamação da palavra como a obra principal do Espírito Santo.
(1)
Qual foi o resultado da presença do Espírito Santo na Igreja? Ouçam a reclamação dos fariseus e demais líderes em 5:28. Uma cidade cheia da doutrina! Qual doutrina? O nome de Jesus! Aqui encontramos o cerne da obra do Espírito.
(2)
Num país onde entretenimento reina no meio do mundo evangélico, temos que redescobrir o pentecostalismo da Bíblia. O derramamento do Espírito causou uma grande declaração das maravilhas de Deus em Jesus Cristo. Quando ouvimos afirmações de avivamentos, de derramamentos do Espírito, de experiências fora do comum, temos que medir com essa passagem.
(3)
Temos que avaliar a nossa vida também. Qual é o seu impacto ou da sua igreja na sua comunidade? 
(4)
Que Deus esteja conosco, que Ele derrame o Espírito sobre nós, para que alcancemos as nossas cidades com o Evangelho!
O GRANDE CASAMENTO - Salmo 45
Introdução:
1) Qual o último aspecto da estratégia de Jesus que vamos considerar? Na sua vida aqui na terra: 1) Ele priorizou a pregação da Palavra, 2) Ele buscou pecadores, e 3) Ele se dedicou para servir a Deus no serviço dos homens. 4) Através do derramamento do Espírito Ele ainda faz exatamente as mesmas coisas. Na Igreja Jesus ainda está pregando, ainda buscando os pecadores, ainda servindo os homens. O sinal do trabalho de Jesus nesse mundo é – homens e mulheres da igreja, trabalhando. 
(il.)
Colossenses 1:28,29 diz: “A quem anunciamos, admoestando a todo o homem, e ensinando a todo o homem em toda a sabedoria; para que apresentemos todo o homem perfeito em Jesus Cristo; E para isto também trabalho, combatendo segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.”
2) Paulo disse que se afadigava em prol do Evangelho. A palavra grega favorita de Paulo a respeito do seu ministério é uma palavra que tem o sentido de trabalho braçal duro. Os pastores precisam reconhecer que o ministério da Palavra é um trabalho duro (suor), e que buscar outros meios e modelos para edificar o povo de Deus está fora do padrão das Escrituras.
3) Há mais um elemento da estratégia de Jesus – tempo. Hoje, mais ou menos 2000 anos se têm passado e Ele tem mantido a mesma estratégia. Ele ainda não voltou, mas não é por causa de esquecimento, negligência ou preguiça, mas pelo contrário, por causa de sua longânime misericórdia para com pecadores (2 Pe. 3:9 - não querendo que alguns pereçam, senão que todos venham a arrepender-se). Ele tem um grande projeto missionário – o grande projeto da salvação. É um projeto de longo prazo. É um projeto que mantém a mesma estratégia antiga, e vai continuar até a Sua volta.
4) É por esta causa que temos tantos versículos na Palavra que falam de paciência, de uma colheita que demora, mas que vem gloriosa, como aquele verso já citado de Gálatas 6:9,10 que diz: “E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.”
5) O obreiro Cristão vive e ministra com urgência, mas não com pressa ou afobação. O trabalho é urgente – mas o tempo está nas mãos do Senhor. Nunca precisamos entrar em pânico.
1.
Contexto cultural
a. Um casamento no Oriente Médio. Precisamos entender a cultura deles.
b. Cada cultura tem os seus próprios costumes de casamento. Mas em geral os casamentos nos países que tiveram uma influência européia um aspecto é comum: o noivo chega primeiro, e ele deve esperar a noiva.
c. Na Ásia, em geral, o costume é diferente. A noiva fica na casa do pai dela com as suas amigas e a família, esperando a chegada do noivo e os amigos dele. Estes desfilam da casa dele para a casa dela, uma festa móvel no caminho. Às vezes Ele demora muito.
(il.)
Há um caso de um cozinheiro de um jornalista que fez a noiva esperar por mais de 24 horas, chegando bêbado. Ele visitou todos os bares no caminho para a casa dela.
d. A situação deste Salmo é da cultura oriental – sem os bares, mas com uma noiva esperando e um noivo demorando.
2.
Um casamento Real
O casamento neste Salmo era um casamento real – um rei casou com uma princesa. Podemos observar o seguinte:
a.
Riqueza
Um casamento real era uma ocasião para muito luxo: mesmo aqui.
8. Todas as tuas vestes cheiram a mirra e aloés e cássia, desde os palácios de marfim de onde te alegram.
b. 
Convidados
Um casamento real era uma ocasião quando muitas pessoas importantes eram convidadas: mesmo aqui.
9. As filhas dos reis estavam entre as tuas ilustres mulheres; à tua direita estava a rainha ornada de finíssimo ouro de Ofir.
12. E a filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor.
3.
Importância Política
Estes convites a um casamento real eram importantes para estabelecer bons relacionamentos com outros países. Mais, o próprio casal muitas vezes representava uma aliança entre dois estados, garantindo paz e estabilidade através da sua união e dos seus filhos. Aqui, neste salmo, a importância do casamento é assegurada:
16. Em lugar de teus pais estarão teus filhos; deles farás príncipes sobre toda a terra.
17.Farei lembrado o teu nome de geração em geração; por isso os povos te louvarão eternamente.
4.
Poeta Laureado / Oficial
a. Um aspecto importante, mas talvez estranho para nós, é o papel do poeta. Este salmo começa e termina com descrições do trabalho e do alvo do poeta – muito incomum no livro de salmos. 
b. Hoje em dia, quando temos um casamento dessa forma esperamos cobertura ao vivo na TV, com um comentarista descrevendo todas as coisas que acontecem – por exemplo os nomes dos convidados que chegam, as roupas da noiva e cada parte da cerimônia. Naquela época, Eles não tinham jornais ou televisão, e o povo ouvia notícias através dos cânticos e poemas dos poetas oficiais do reino. Se você quisesse uma descrição das roupagens bordadas da noiva, teria ido ao centro da cidade, talvez na feira, para escutar um menestrel ou trovador cantando um salmo sobre o casamento real.
c. Por causa disso, vamos entendero papel do salmista como se Ele fosse um comentarista da TV. 
Antes de começar, temos que pensar um pouco na interpretação do Salmo:
Interpretação
A Bíblia é como uma corda grossa – com muitos fios finos. Podemos ver o desenvolvimento, por exemplo, do sistema de sacrifício, do templo, da monarquia, da sabedoria e da aliança – cada idéia como um fio correndo através do Antigo Testamento, todas as idéias entrelaçadas e interligadas. Todas as promessas, todos os temas, todos os fios do Antigo Testamento fecham em Jesus Cristo. Nosso desafio, como leitores da Bíblia, é seguir os fios para entender a revelação que Deus está dando sobre o Filho dEle.
Nós precisamos seguir dois desses fios aqui. Este Salmo é um dos...
Salmos Reais
Há alguns salmos sobre o rei e o reino de Israel. A 1) monarquia no Antigo Testamento é um fio da revelação de Deus – um fio que aponta para Jesus, a realização de todos os temas do Antigo Testamento. Cada rei era um modelo positivo ou negativo – a maioria negativo – para criar uma grande esperança do Rei genuíno de Deus. Nós podemos ler todos os salmos reais como poemas sobre Jesus, nosso Rei. Este Salmo é um Salmo sobre Jesus.
Mas, além disso, o Salmo 45 é um Salmo de...
2) Casamento
Casamento é um fio que percorre a Bíblia como um todo. Muitas vezes a imagem de um casamento, e a festa de um casamento, é usada para descrever o relacionamento entre Deus e o seu povo. Os profetas Ezequiel, Jeremias e Oséias a usaram, Paulo a usou em Efésios para descrever a relação entre Cristo e a Sua igreja, e João recebeu a mesma coisa em Apocalipse. Mais de uma vez, Jesus usou exatamente este símbolo da noiva esperando pelo seu noivo para descrever a espera da igreja, entre a primeira e a segunda vinda dEle. É este Elemento que é muito relevante quando consideramos este salmo. O salmo trata da nossa situação hoje – nós vivemos esperando a volta de Jesus, o noivo da igreja. Vivemos entre a vitória de Jesus na cruz e a vitória de Jesus no julgamento.
Então – trataremos desse Salmo como um poema que tem a ver com Jesus e a sua igreja.
S.T: O Salmo Enfoca Três Pessoas – o poeta, o noivo, e a noiva...
I.
O Poeta (entusiasmado)
1. Notemos o entusiasmo do poeta. É difícil perceber nos salmos os sentimentos do escritor, mas aqui Ele compartilha conosco as emoções dele enquanto ele começa o seu trabalho de escrever.
2. Ele fala que seu coração transborda com boas palavras, e a sua língua é como a pena de habilidoso escritor. Poderíamos dizer assim: Ele tem muito para dizer, porque para ele o trabalho de escrever é muito fácil. Ele tem uma grande vontade de descrever o casamento, porque a sua incumbência era uma alegria.
3. É como se fosse um comentarista de futebol. Imagine um comentarista brasileiro, fã de nossa Seleção, que tem a sua primeira oportunidade para comentar a final da Copa do Mundo. Comentar qualquer jogo seria um privilégio, e comentar o jogo de sua própria equipe seria alegria pura. Ele não teria problema em achar palavras – como o salmista.
4. Cada um de nós tem pelo menos um tema, um assunto, sobre o qual podemos falar facilmente. Num grupo tem sempre a pessoa mais quieta, mas se houver uma mudança de assunto, para o seu passatempo favorito, esta pessoa se tornará tagarela. Cada um de nós tem um entusiasmo por algo.
5. Mas o salmista tem um entusiasmo para falar sobre Jesus e o relacionamento dele com a sua noiva – a igreja. Quando Ele fala de Jesus, sente-se privilegiado. Não lhe faltam palavras. Seu coração transborda. Notem bem: O entusiasmo dele não é por glorificar o seu próprio nome. Ele não diz, “Agora tenho a minha chance – meu nome vai ser lembrado através dos séculos por causa do meu poema do casamento. Ficarei famoso!!!” O seu propósito é glorificar o casal real – compare o primeiro e o último verso:
1. O MEU coração ferve com palavras boas, falo do que tenho feito no tocante ao Rei.
17. Farei lembrado o teu nome de geração em geração; por isso os povos te louvarão eternamente. O nome que faz o coração dEle transbordar é Jesus – a glória dEle, a vitória dEle, a graça dEle, a salvação nEle, o relacionamento com a noiva dEle – estes assuntos são mais emocionantes do que tudo. 
6. E pra você? Cada um de nós pode falar facilmente sobre algo – mas sobre Jesus? O nome dEle faz o seu coração transbordar? Você gosta de falar sobre Jesus Cristo? 
7. O Cristianismo não é uma religião. Não é um caminho de regras, um sistema de moralidade. Tem moral, mas a moral não é a essência do Cristianismo. O Cristianismo não é liturgias e rituais. Tem rituais – somente dois, muito simples. O Cristianismo é reconhecer Jesus (conhecer, confiar, obedecer, amar, falar com Ele, esperar por Ele). O Cristianismo é um relacionamento, uma amizade com Jesus. 
8. E quando a gente ama Jesus verdadeiramente, de coração, com todo o nosso ser, a gente fala muito de Jesus. Você fala muito dEle?
II.
O Rei (vitorioso)
Temos muitos detalhes aqui sobre o Rei, o noivo no casamento. 
1.
Ele é humano, mas também Deus. 
2. Tu és mais formoso do que os filhos dos homens... 6. O teu trono, ó Deus, é eterno;
2. Ele ama a justiça e odeia a iniqüidade, e por isso Ele tem o direito de ser ungido de uma maneira única.
7. Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros..
3. Embora Ele odeie a iniqüidade, as palavras dEle são cheias de graça.
2. A graça se derramou nos teus lábios; (Verdade tão importante para o pecador!)
4. O reino dEle vai permanecer para sempre, um reino de eqüidade, justiça e bondade:
6. O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de eqüidade.
a. É fácil para nós reconhecer o nosso Salvador, Jesus Cristo neste Salmo. Ele é Deus e Homem, Ele vai julgar com justiça, Ele odeia o pecado, mas o seu falar aos pecadores é cheio de graça, e seu reino dura para sempre.
b. Vamos focalizar um aspecto da descrição que temos aqui. O Salmo enfatiza mais do que tudo a batalha e a vitória do Rei. 
c. O que este noivo faz, enquanto Ele está desfilando para a casa da noiva? Como Ele passa o tempo? Ele está celebrando? O que está acontecendo? Ele não tem uma festa móvel. E ele não está perdendo o seu tempo. Ele ataca os seus inimigos:
3. Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.
4. E neste teu esplendor cavalga prosperamente, por causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis.
5. As tuas flechas são agudas no coração dos inimigos do rei, e por elas os povos caíram debaixo de ti.
d. E o poeta – o comentarista – está bem empolgado e envolvido. 
e. Mas o salmista aqui parece mais um comentarista ou torcedor de futebol no Brasil. Ele usa imperativos! Ele está torcendo enquanto comenta! Ele está pulando e dançando ao lado do desfile do noivo, gritando em voz alta
f. Ponha a espada na cintura! Avance para vencer! Vamos lá! Força! Mais raça! Mais garra! Quebra! Bate! Usa tua espada! Atira as tuas flechas! Penetra os corações dos teus inimigos! Vença! Vai! Vai! Vai!
g. E que vitória é essa? Como podemos interpretar este Salmo, em relação à Bíblia como um todo?
h. A vitória aqui não é a vitória da cruz, a vitória que abriu as portas da cidade de Deus, como lemos no Salmo 24. Para ter aquela vitória, Jesus viveu sem glória visível, lemos (Is. 53) que Ele não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia.... As portas no Salmo 24 abriram depois da vitória, na ascensão de Jesus. O Rei das batalhas no Salmo 45 é um Rei da glória, um Rei do poder, o mais formoso dos filhos dos homens. O Rei do Salmo 45 é Jesus Cristo depois da sua ressurreição e ascensão, Jesus glorificado, Jesus que reina e que luta!
i. Mas, ao mesmo tempo, a vitória de Jesus aqui não é a última vitória sobre pecado no grande dia de julgamento, como lemos em Salmo 2. Porque temos aqui a noiva, ainda esperando. Ele vai unir-se com a sua noiva no último dia, mas ainda não. A vitória do Salmo 45 acontece entre a vitória da cruz e a ressurreiçãoe a ascensão e a vitória da volta e do julgamento de Cristo.
j. O que Jesus faz entre a vitória definitiva da cruz e a vitória culminante do último dia?
k. Ele está agindo nesse mundo, através da sua Palavra e o seu Espírito Santo. Ele derramou o Espírito para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Ele está usando todos os seus servos – qualquer Cristão que vive e proclama o Evangelho – para destruir fortalezas, anular sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo. Ele está expandindo o seu reino, convertendo pessoas de todas as raças, línguas e nações, transformando a vida do seu povo, construindo a sua igreja. Quando a gente lê no livro dos Atos que “crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor” estamos lendo sobre as vitórias de Jesus, Conquistador.
l. Qual é a vitória de Jesus no Salmo 45? O avanço do reino dEle através do evangelismo e das missões. As vitórias progressivas e contínuas da pregação da Palavra e do testemunho dos santos. Vivemos no meio de uma batalha – a batalha para glorificar Jesus no mundo, o mesmo Jesus que é o nosso general. A batalha do evangelismo. 
m. Este Salmo apresenta um grande desafio. A visão da vitória do Cristo aqui é tão emocionante, mas muitas vezes não estamos empolgados com missões e evangelismo. Quero colocar os seguintes pontos nos seus corações:
Interesse
1. Hoje em dia muitas pessoas nas igrejas no mundo inteiro parecem desinteressadas ou indiferentes quando o assunto de missões surge. Na geração passada, a idéia mais emocionante na vida Cristã era missões – a evangelização do mundo – mas agora estamos mais preocupados com a nossa satisfação no culto e na vida do dia a dia. Deixamos escapar o nosso interesse em missões, nosso sentimento da importância e relevância do evangelismo. Missões? Um assunto tedioso e chato!
2. Este Salmo nos mostra uma visão surpreendente de missões – uma visão do noivo, marchando para encontrar a sua noiva, mas no processo destruindo os seus inimigos, levando os cativos, pondo fim à rebelião nas mentes deles, tornando os Cristãos, obedientes à palavra do Rei. 
3. Esta visão não é chata ou tediosa! Este Salmo pode reativar o nossa ânimo para missões.
Oração
1. Um aspecto central deste Salmo é os gritos do Salmista. Ele fala ao Rei, com avisos e encorajamentos, para estimulá-lo no seu desfile e batalha. O Rei tem poder, Ele tem armas, Ele tem a vitória, mas ainda esse comentarista empolgado continua gritando. O enfoque das palavras dele é a glória do Rei, a vitória dEle e o casamento dEle. Ele não busca qualquer bênção para ele mesmo – o desejo do Salmista é simplesmente buscar o reino de Deus através do Rei que ele ama.
2. Para que oramos? Quais são os desejos que nós expressamos em oração? Muitas vezes o centro das nossas orações é a nossa necessidade. A gente pode aprender com o Salmista.
3. Orar por missões é glorificar Jesus em Sua batalha. Ele tem o poder, Ele tem a autoridade, Ele tem a vitória - nós não podemos adicionar nada, mas glorificá-lo. Ele tem prazer quando o seu povo deseja avançar pelo Seu reino. Precisamos recuperar a oração súplice dessa forma. Precisamos orar como o Salmista.
4. Senhor Jesus, a nossa cidade não gosta do Teu nome. O nosso país é cheio de crime, de imoralidade e de corrupção. No mundo que tu criaste muitas pessoas não sabem nada do Teu Evangelho. Até quando SENHOR? Até quando SENHOR? Põe a tua espada – a tua Palavra – na cintura! Avança para vencer! Envia o teu Espírito Santo! Ajuda os teus pregadores! Vamos lá! Usa a tua espada! Atira as flechas do Teu Evangelho! Penetra e muda os corações dos Teus inimigos! Vença! Vai! Vai! Glorifica o Teu nome em mim, Senhor. Amém. Uma reunião de orações dessa forma não seria chata!
Envolvimento
1. O progresso do reino de Deus através da vitória de Jesus é uma obra dEle. O crescimento da igreja, evangelismo, missões – todos são trabalhos de Jesus. Isso é a base do nosso envolvimento e atividade no trabalho de evangelismo. Se o trabalho pertencesse somente a nós, estaríamos sem confiança, porque não podemos mudar a mente e o coração de qualquer pessoa. Mas a realidade é assim: seguimos um líder que já morreu pelo seu povo, que tem poder para abrir os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos, para incluí-los no rol do Seu povo. Ele já tem a vitória: a nossa parte é caminhar na luz da vitória dEle. 
2. Ele nos chama a um envolvimento na grande obra dEle. Jesus está agindo no mundo através da palavra e do Espírito Santo. Mas onde mora o Espírito Santo? Onde fica o templo dEle? A igreja local e cada cristão pessoalmente. A igreja local e cada um de nós pessoalmente é uma ferramenta – uma arma - de Jesus Cristo. Precisamos levar a sério a nossa responsabilidade nessa grande marcha da vitória dEle. 
3. A gente precisa notar bem que o processo de envolvimento em missões comece aqui, agora. Seu campo de missão é aqui, agora. Alcance seus amigos, parentes, vizinhos – você é representante de Deus para eles. 
Urgência
1. A vitória de Jesus nesse Salmo é a vitória entre a cruz e o julgamento. Ele está reunindo pessoas do mundo inteiro, pessoas que serão bem acolhidas no último dia. 
2. Mas esta fase da vitória não vai permanecer indefinidamente. O dia vem quando Ele vai voltar, para julgar todas as pessoas da história do mundo. Naquele dia, muitas pessoas vão sofrer, e o sofrimento deles será eterno. 
3. À luz deste fato, o trabalho do evangelismo – do interesse, da oração e do envolvimento pessoal – é um trabalho urgente. As realidades são tão sérias. Uma pergunta – No último dia vocês poderão dizer – “Sim, pregamos o Evangelho aos moradores da nossa cidade. Cumprimos bem a nossa responsabilidade para com os nossos vizinhos e amigos e colegas. Levamos a sério a nossa responsabilidade para alcançar o restante do estado, o restante do Brasil, os países da fala portuguesa, todo o mundo.” Vocês vão ouvir, “Muito bem, servo bom e fiel” do nosso Mestre e General?
4. A vitória de Jesus neste Salmo é um grande encorajamento – mas um grande desafio que a gente tem que enfrentar.
III.
A Noiva (e seu dever)
1. A equipe de cobertura ao vivo deixa o desfile de noivo e se move para a casa da noiva. O comentarista tem muitas coisas para falar sobre ela. 
2. Mas quando Eles chegam, o comentarista – o poeta do Salmo – tem que avisá-la. As palavras dele lá na casa dela começam com imperativos: Ouve, vê, dá atenção, esquece!
3. A gente pode imaginar a cena. O dia começou – o dia do casamento. Ela estava bem pronta, esperando perto da janela da casa, de vez em quando saindo na rua para ver melhor - nervosa – o foco da sua existência era a chegada do noivo. Mas durante a espera perdeu a empolgação. Quanto mais o atraso se prolongava, menos ela ficava atenta. Depois de horas ela deixa a janela e relaxa sobre o sofá. Ela toma um café. Ela escuta um CD. Depois de umas horas mais, ela assiste ao filme. No final ela começa de novo todos os passatempos e responsabilidades da casa do pai dela. Ela esquece o casamento. Ela esquece o noivo. 
4. E o Salmista chega. Ele a lembra do noivo e do casamento. Com quatro imperativos Ele a acorda. 
a. Ouve – a palavra vem – creia de novo nas palavras do noivo – o Evangelho.
b. Vê – a sua situação – uma noiva que esquece o seu casamento, e o seu noivo!
c. Dá atenção – use a sua mente!
d. Esquece – deixe a casa do seu pai para trás, volte para a janela. Espere de novo!
5. Muitas vezes cristãos individuais e a igreja como um todo têm exatamente o mesmo problema. As coisas do mundo ocupam o nosso tempo e o nosso coração – não necessariamente coisas ruins, mas coisas que podem distrair nos da esperança de Jesus e a herança eterna que temos nEle.
6. Uma característica de muitas coisas no mundo é que elas podem dar o sentimento que não tem nada na vida mais importante do que elas. Para cada um de nós a tentação pode ser diferente, mas o efeito é a mesma coisa. Cozinhar, tocar ou escutar música, ler,surfar, jogar futebol, escalar, viajar, instrução e formação, casamento e sexo – todas estas coisas são boas em si mesmas, mas podem nos desviar de Cristo. 
7. O mundo, a nossa própria natureza, e o Diabo dizem que essas coisas são a razão do meu ser, os alvos mais excelentes do mundo, mais do que tudo vale a pena me esforçar para ganhá-las. Todo dia, em qualquer lugar, estamos expostos a essa propaganda.
8. Estes pensamentos são mentiras de Satanás. Ele pode usar as coisas que Deus criou para nos roubar o céu. Resista!!!!
9. Deus espera que sua igreja recupere sua posição na janela, esperando o nosso Salvador, Jesus Cristo. Uma noiva que esquece o seu noivo é louca e está numa posição triste. Precisamos da ajuda de Deus para evitarmos esta possibilidade, e continuarmos esperando o nosso noivo, Jesus Cristo!
(il.)

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