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Revista dos Vinhos 367

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6 EDITORIAL
 OPINIÃO
10 Sarah Ahmed
14 Debra Meiburg MW
18 Jamie Goode
22 José João Santos
26 PROFILE
 Cláudio Martins
 ESCOLHAS DO MÊS 
30 Para a Mesa
32 Para a Cave
34 Altamente Recomendados
36 Boas Compras
40 CASTA
 Viosinho, de norte a sul.
42 VINHO & NÚMEROS
 Exportações e ameaças em tempo de pandemia.
44 VINHOS & TURISMO
 O regresso do enoturismo.
46 HOTÉIS & RESTAURANTES
 Sugestões para desconfinar.
48 NOTÍCIAS
 A restauração reabriu, mostramos como.
50 CERVEJAS
 Sovina, nova vida.
SUMÁRIO
52 ESTRELAS DE PORTUGAL
 Manuel Chicau, Adega Alentejana, São Paulo.
54 EATING DESIGN
 Marije Vogelzang, educadora de consciências.
56 MERCADOS
 Índia, oportunidade para os vinhos de Portugal.
58 A GRANDE ENTREVISTA
 Rodolfo Queirós, presidente da CVR Beira Interior.
62 JOANA SANTIAGO E NUNO DO Ó
 Um Alvarinho com “twist”.
68 MONTE DA RAVASQUEIRA
 Um mundo de natureza no Alentejo.
74 HERDADE GRANDE
 Uma Lança na Vidigueira.
80 BRANCOS ATLÂNTICOS
 Prova temática com sabor a mar.
86 VINHO VERDE
 Desvelamos novidades de seis produtores de referência. 
90 FAVA-RICA
 Receita e harmonizações para um ícone da gastronomia popular.
98 PORTO EXTRAVAGANZA
 Prova de três séculos em Seteais. 
102 DICAS PARA ORGANIZAR A GARRAFEIRA
 Um guia para evitar que que se perca entre garrafas.
106 CRÍTICA GASTRONÓMICA
 Elemento, o regresso do fogo.
110 NOVIDADES
127 GUIA REVISTA DE VINHOS
138 WINE LEGENDS João Portugal Ramos
62
80
9068
@revistadevinhos
A nova linha “Shade of Grey” da Küppersbusch alia elegância e modernidade dando a 
possibilidade de dar um toque pessoal a sua cozinha. A cor cinza torna-se uma 
combinação perfeita com superfícies naturais feitas em madeira, pedra ou betão e até 
mesmo em bancadas brancas.
O cinza é a cor do momento e dá-nos possibilidades infinitas.
ESPECIAL, VERSÁTIL E INTEMPORAL 
www.kuppersbusch.com.pt
A nova linha “Shade of Grey” da Küppersbusch alia elegância e modernidade dando a 
possibilidade de dar um toque pessoal a sua cozinha. A cor cinza torna-se uma 
combinação perfeita com superfícies naturais feitas em madeira, pedra ou betão e até 
mesmo em bancadas brancas.
O cinza é a cor do momento e dá-nos possibilidades infinitas.
ESPECIAL, VERSÁTIL E INTEMPORAL 
www.kuppersbusch.com.pt
EDITORIAL
Num tempo em que o distanciamento social 
continua a ser um ato obrigatório e a evolução 
da saúde pública um estado dependente da ação 
de todos e cada um de nós, inicia-se também um 
novo tempo: o da reabertura. Coincidente com a 
chegada do verão e da época do amadurecimento 
cresce a esperança e o otimismo, mas aumenta 
proporcionalmente o dever de sermos solidários e 
de, mais do que nunca, tirando partido das nossas 
capacidades, apoiarmos Portugal na recuperação 
da economia. 
Atrevo-me a dizer que Portugal, tal como a 
Europa e o mundo, está em dificuldades, tal é a 
incerteza sobre o futuro, tal é a consciência de 
sabermos que temos de rever o modelo em que 
assenta a nossa economia e a nossa sociedade, 
tal é a urgência de se fazer caminho. Como numa 
moeda, este apuro tem o reverso e, de forma cons-
ciente, todos sabemos que esse reverso, ou seja, 
uma boa parte da solução, está em cada um de nós. 
Assim foi, assim o será. 
Sabemos que a força de um país, de uma comu-
nidade, de uma família, de uma empresa, de um 
órgão de comunicação social, de uma instituição, 
de um Governo, reside nas pessoas, na capacidade 
de responsabilização, de reação e na empatia, na 
vontade de querer ir mais longe, de superar divi-
sões, trabalhando para transformar adversidades 
em desafios e desafios em novas metas. 
Portugal tem essa capacidade. Há e sempre houve vontade de ir mais longe. Há a inspiração que vem de uma 
história ímpar, de uma cultura universalista, de uma união territorial que nos torna uma das mais antigas nações, da 
força de uma das mais faladas línguas do mundo, que torna o nosso universo ainda mais lato. Se Portugal não tivesse 
essa capacidade, julgo que num espaço tão curto de tempo, como são 46 anos, não se teria transformado tanto. Hoje, 
as adversidades são outras, mas o desafio é o mesmo: transformar o país, reinventando a economia, fortalecendo a 
cultura e reforçando a presença no mundo. Portugal tem as pessoas certas para fazê-lo. 
Aqui há talento e há criatividade. Foi isto que nos levou a lançar mais uma campanha que tinha há muito em mente, 
mas vê a luz do dia no momento certo, destacando protagonistas em duas áreas onde Portugal dá cartas, o vinho e a 
gastronomia. Realçando o mérito alcançado por uns e o ousar das novas gerações. Os Legends e os New Age, os que 
já deixaram marcas e são embaixadores de Portugal e os que as estão a construir. Teremos duas ligas evolutivas, pois 
à medida do tempo e do percurso, o “New Age” poderá assumir o estatuto “Legend”. Teremos duas ligas que darão a 
Portugal comunicação positiva dentro e fora de portas, liderando pelo exemplo, mostrando a força e a importância 
da tenacidade, reconhecendo o mérito do trabalho. 
Lançamos esta campanha no momento em que Portugal reabre portas e num período em que a revitalização pas-
sará muito pelo mercado nacional, pelo apoio à economia local. Abrimos portas mas fiquemos dentro de fronteiras. 
É seguro, há diversidade e qualidade de oferta e experiências. Sabemos que todo o tipo de comércio se preparou 
para estes novos tempos, criando ambientes seguros, permitindo que cada um de nós aproveite o que a vida tem de 
melhor com a confiança de sempre. Abrimos portas e precisamos que cada um de nós dê o seu contributo, seja mais 
produtivo, mais presente, mais inovador. Se o fizermos, independentemente do tamanho da ação, o caminho será 
mais fácil em direção a um novo Portugal.
Um novo Portugal
Nuno Guedes Vaz Pires, diretor
nunopires@essenciadovinho.com
@nunogvpires
EDIÇÃO Nº 367 / JUNHO 2020
REVISTA DE 
VINHOS NAS 
REDES SOCIAIS
 
A inovação e a abertura de 
novos horizontes faz parte 
do nosso ADN. Também nas 
redes sociais gostamos de 
o fazer. A Revista de Vinhos 
disponibiliza nas diversas 
redes sociais inúmeros 
conteúdos, provas de vinhos 
e lançamentos online, 
entrevistas, dicas e suges-
tões sobre gastronomia e 
restaurantes, enoturismo, 
passeios e visitas. À 
distância de um clique.
8 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
PROMO DO MÊS
DESCONTO
NA COMPRA, INTRODUZA O CÓDIGO PROMOCIONAL 
#VINHODECAPAREVISTADEVINHOS
DESCONTO EXTENSÍVEL AO PACK QUINTA DA PACHECA.
Produtor com altos pergaminhos no Douro, a Quinta da 
Pacheca destaca-se pela irreverência de algumas propostas, 
como este rosé obtido exclusivamente de uvas da casta 
Touriga Nacional. Oriundas das parcelas de cota mais alta 
da propriedade, a 300 metros de altitude, o primeiro terço da 
fermentação ocorreu em cuba de aço inoxidável a temperatura 
controlada, sendo o mosto transferido para barricas novas e de 
segundo ano de carvalho francês, com bâtonnage das borras finas. 
É o parceiro ideal para as longas refeições de verão.
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Nesta edição com a Revista de Vinhos!
Salmão. Muito aromático, 
com fruta vermelha muitofresca, em particular 
morango e framboesa, 
acompanhadas de algumas 
notas de madeira bem 
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vinho intenso e com boa 
acidez, conferindo-lhe 
frescura, persistência e 
longevidade.
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15,00€
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19,50€
seu por
T
enho reparado que as pessoas estão a 
ganhar prática em encontrar o lado posi-
tiva das coisas durante o confinamento 
do coronavírus. Uma habilidade que, 
ironicamente, podemos aprimorar num 
qualquer retiro de ‘wellness’ em tempos normais.
No que toca à indústria do vinho, foi para mim sur-
preendente, pela positiva, observar as prateleiras dos 
vinhos, durante uma visita ao supermercado pouco 
antes do Reino Unido entrar em ‘lockdown’. A BBC 
News informou que as vendas totais de vinhos, cer-
vejas e espirituosos atingiram 1,1 mil milhões de libras 
nas quatro semanas anteriores a 22 de março, impul-
sionadas pelas vendas de mais 199 milhões de libras 
face ao período homólogo de 2019. Um pico que, 
incrivelmente, superou até o das altíssimas vendas de 
produtos alimentares.
Deixando de lado as preocupações sobre se o álcool 
está a ser consumido com moderação, foi animador 
ver que o vinho tem um lugar tão especial no coração 
do país. De facto, a 25 de março, o governo declarou 
que entre o “comércio essencial” estavam incluídas 
“lojas de bebidas alcoólicas”, permitindo que os 
comerciantes de vinho se atirassem à luta. A frota 
de importadores e restaurantes juntou-se, reenqua-
drando os modelos de negócios de venda direta aos 
consumidores.
Com a enxurrada de vídeos sobre ‘wine educa-
tion’ online e a verdadeira ‘Zoom-athon’ de provas e 
degustações ao vivo, existirá momento melhor para 
ser (ou tornar-se) ‘wine lover’? Estamos a ser assi-
duamente seduzidos com ideias tentadoras sobre 
como suportar o bloqueio, sem mencionar o stock 
destruído de garrafeiras (isto a confiar nos diários de 
quarentena postados nas redes sociais).
O confinamento levou-me a empreender a há 
muito devida ‘racionalização de garrafeira’, que me 
ofereceu a necessária pausa para refletir nas razões 
que fazem do vinho tão especial. Envelhecimento 
(evolução da garrafa) e, é claro, pura delícia, fazem 
parte do seu apelo, reforçado com uma garrafa do 
meu Châteauneuf-du-Pape preferido, o Château de 
Beaucastel 2003. Mas o vinho também serve um pro-
pósito maior. Para mim, olhar através de uma coleção 
de vinhos é agradavelmente semelhante às recorda-
ções dos álbuns fotográficos. Aquelas garrafas que 
guardam memórias de lugares, pessoas, festas, jan-
tares e ocasiões especiais. O vinho é o material de que 
são feitos os rituais - brindes para celebrar o sucesso 
ou comemorar a tristeza. E sonhos. Aposto que não 
estou só, fantasiando sobre a melhor forma de come-
morar a libertação do confinamento, saudar vidas 
perdidas e celebrar as pessoas da linha de frente.
Sarah Ahmed, jornalista e crítica de vinhos
Sarah Ahmed é uma reputada jornalista e crítica de vinhos britânica, especializada
em vinhos portugueses e australianos, no blogue "The Wine Detective".
OPINIÃO
Agora que, em maior ou menor escala, o grande desconfinamento está à vista, quais 
serão os vinhos ideais para brindar nos encontros familiares e de amigos? E os 
formatos de garrafa mais indicados?
A Wine Detective investiga
os formatos das garrafas
12 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
O tamanho importa
Os vinhos efervescentes são a 
escolha óbvia para uma ocasião 
especial, especialmente quando 
servidos em grandes formatos, 
cujos nomes se inspiram em 
figuras bíblicas e históricas - Jeroboam (três litros), 
Matusalém (seis litros), Salmanazar (nove litros), 
Baltazar (12 litros), Nabucodonosor (15 litros) e assim 
por diante. São perfeitas para partilhar nas futuras e 
muito ansiadas reuniões com a família e amigos.
E lembrei-me da função mais prosaica destes 
grandes formatos na competição ASI Best Sommelier 
of the World 2019, quando o enólogo-chefe da 
Franciacorta, Mattia Vezzola, apresentou uma prova 
intitulada “O tamanho importa: Bellavista Gran 
Cuvée de 0,375 lt. até 9 lt.”. A idade base do vinho 
e do engarrafamento foram as mesmas para cada 
formato e, como seria de esperar, quanto menor a 
garrafa, maior a evolução (razão pela qual, aliás, a 
minha caixa de Porto Vintage 2011 é de meias gar-
rafas - não quero esperar mais 20 anos para começar 
a bebê-los!). Como explicou Vezzola, quanto maior o 
volume de vinho em relação à área de contacto com 
a cortiça, menor a taxa de entrada de oxigénio. O 
vidro mais grosso é outra vantagem dos grandes for-
matos, diz o eminente sommelier português Nelson 
Guerreiro, porque “significa maior proteção contra 
a luz, o calor e as mudanças de temperature”, que 
resulta no envelhecimento mais célere.
Com uma enorme amplitude entre os diversos for-
matos - a meia garrafa (com as suas notas de nou-
gatine e confeitaria) e a garrafa Salmanazar -, não 
se observou que o público tenha necessariamente 
preferido o maior formato, por mais impressionante-
mente jovem que fosse. Com isto em mente, a maioria 
(incluindo eu) preferiu o formato Matusalém que, de 
nome apenas, seria a escolha ideal para a libertação 
do confinamento – já que, de acordo com o livro 
do Génesis, Matusalém foi a pessoa mais velha na 
história da humanidade, morrendo na feliz velhice 
madura dos seus 969 anos.
Se o caro leitor estiver ten-
tado a ‘exagerar' na libertação, 
Guerreiro está bem posicio-
nado para fornecer dicas sobre 
como 'tente fazer isto em casa', 
depois de tomar parte da equipa 
de sommeliers encarregada da 
complicada tarefa de servir o Bellavista Gran Cuvée 
em garrafa Salmanazar, sem recurso a uma grua. 
Recomenda que duas pessoas manuseiem a garrafa, 
despejando-a primeiro num decanter de boca larga e, 
só depois, nos copos. Quanto ao que beber, em vez 
das bolhas de Champanhe ou Franciacorta de Itália, 
sem dúvida os produtores portugueses agradecerão 
o apoio. Embora nunca tenha investigado, tenho 
a certeza que os produtores de espumante portu-
gueses trabalham com grandes formatos. Julgo que 
os Alvarinhos Soalheiro e Niepoort Tiara são tão ele-
gantes em belas garrafas magnum quanto o seu con-
teúdo. No caso dos vinhos tintos, as Caves São João 
oferecem uma seleção invejável dos seus Porta dos 
Cavaleiros e Frei João.
Outra opção garantida e pronta para uso de for-
matos grandes são o Porto Tawny ou o Vinho 
Madeira. A Blandy's desenvolveu uma propensão 
para engarrafar Madeira vintage em magnum o que, 
como vinho famoso pela sua indestrutibilidade, tem 
a sua ressonância - e será certamente o vinho per-
feito para brindar à resiliência? As luxuriantes gar-
rafas premium de Tawnies Graham’s, numa variedade 
estonteante de formatos, variam de 20 cl. a 4,5 litros 
e que, segundo Anthony Symington, já não são feitas 
por especial pedido – “devido ao seu sucesso, agora 
são produtos de stock”. Nos restaurantes, atribui 
a popularidade dos Jeroboams de 4,5 litros à oferta 
de "teatralidade a copo” e, estando em evidente des-
taque, predispõem os consumidores a pensarem no 
Vinho do Porto para o final da refeição. “Verificamos 
um aumento significativo das vendas de sobremesas 
e pratos de queijo no fim das refeições”, acrescentou 
Symington, destacando a versatilidade do Tawny. 
Pela minha parte, não consigo pensar numa maneira 
melhor de nos fortificarmos nestes tempos.
A maioria prefere o 
formato Matusalém 
que, pelo nome apenas, 
seria a escolha ideal 
para a libertação do 
confinamento – já que, 
de acordo com o livro do 
Génesis, Matusalém foi 
a pessoa mais velha na 
história da humanidade, 
morrendo na feliz velhice 
madura dos seus 969 
anos.
Sarah Ahmed, jornalista e crítica de vinhos
OPINIÃO
14 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
BURMESTER_Casa_Br_RV_maio2020.pdf 1 19/05/2020 13:04
OPINIÃO
Debra Meiburg MW
Debra Meiburg é uma californiana radicada há mais de 25 anos em Hong Kong. “Master of Wine”, autorade vários livros, é considerada a mais 
influente líder de opinião sobre vinhos na China. Tornou-se presidente do Comité de Educação do Instituto de Masters of Wine em 2017.
T
ratando-se de um dos principais mer-
cados do mundo no consumo per capita 
de bebidas alcoólicas, beber é conside-
rado uma parte importante da vida social 
e de negócios na Coreia do Sul. Muitos 
cometem o erro de pensar que a Coreia é uma mini-
-China. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.
Os espumantes estão a despertar a curiosidade dos 
consumidores de vinho sul-coreanos. Trata-se do seg-
mento que mais cresce no mercado de vinhos do país, 
subindo para 18,2% do total de importações - em valor 
– em 2018, comparativamente aos 5,5% de 2008. A 
abertura de clubes e bares e os jovens consumidores 
millenial são considerados os principais impulsiona-
dores da procura. Mas, enquanto as “bolhinhas” estão 
a crescer, os tintos ainda lideram o consumo no mer-
cado de volume, respondendo por 63,1% das importa-
ções de vinho em valor (60,3% em volume) em 2018. 
Ou seja, os consumidores estão a complementar a sua 
dieta baseada no destilado a que chamam ‘soju’ com 
alternativas mais saudáveis e de teor alcoólico inferior.
Apesar do ambiente económico desafiante, 2018 
marcou um ano recorde para as importações de vinho 
na Coreia do Sul, totalizando 244 milhões de dólares, 
um aumento de 16,2% em relação a 2017. As lojas de 
descontos - conhecidas como hipermercados - são 
responsáveis por cerca de 70%. O operador da loja 
de departamentos Shinsegae L&B, que opera 150 
supermercados E-mart e 12 lojas Wine & More, vendeu 
60 milhões de dólares em vinhos. O restante foi par-
tilhado entre a cadeia HomePlus, com 140 pontos de 
venda (operado pela MBK Partners) e a Lotte Mart, 
que possui mais de 115 lojas. As ‘department stores’ e 
lojas especializadas em vinho (Tour du Vin, Sap dor, 
Wine 365, Hakdong Wine e Wineoutlet Lavin) garan-
tiram cerca de 10% das vendas. Estes canais off-trade 
respondem ao crescente número de famílias de classe 
média alta que consome vinho em casa, apesar do dife-
rencial de preços, que pode atingir os 40%.
As vendas no retalho superam amplamente as 
vendas em restaurantes e bares, numa proporção de 
80/20, com preços no canal on-trade três vezes supe-
riores ao canal grossista. A taxa de 50% de imposto 
sobre o álcool e os consideráveis custos de distribuição 
tornam o vinho um produto premium, desfrutado por 
um grupo limitado de sul-coreanos.
A ascenção dos sommeliers
O panorama do ‘fine dining’ na Coreia é impres-
sionante, assim como o é o número de sommeliers 
que estão a surgir neste universo, onde conquistam 
muitas oportunidades para aprimorarem as suas 
capacidades em restaurantes com estrelas Michelin 
e ‘hotspots’ emergentes de restauração. O Sommelier 
do Ano de 2018 da Coreia do Sul, Year Min Seok 
A Coreia do Sul esteve no olho do furacão na emergência da pandemia. Mas isso vai 
passar. E o país certamente recuperará o seu lugar como um dos mercados de vinho 
emergentes mais interessantes da Ásia para os muitos países e regiões produtoras do 
mundo que disputam cada gota do oceano de potencial deste continente.
Coreia do Sul, mercado
a atentar no pós-Coronavírus
16 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
2163W_Mateus_Insercao Revista Vinhos_225x297mm_AF.pdf 1 23/04/2019 10:44:54
OPINIÃO
Kyung, supervisiona a lista de vinhos no inovador e 
duplamente estrelado restaurante Jungsik. O vencedor 
de 2017, Wook Tae Han, é responsável pela carta de 
vinhos do Kwon Sook Soo, também com duas estrelas 
Michelin. A vencedora do ano passado, Kim Min-joo, 
do bar de vinhos de Seul Les Clefs de Crystal, é a pri-
meira mulher a vencer a competição - era uma das 
três mulheres no top 10 -, um sinal positivo para as 
mulheres nesta vertente da indústria, apesar do facto 
de existirem várias líderes femininas no comércio, 
formação e media. Paul Eun, gerente do Top Cloud 
52 e gestor das listas de vinhos dos três restaurantes 
Top Cloud de Seul, é um premiado sommelier e juiz 
de vinhos que devotou a sua experiência à educação e 
treino de novos sommeliers.
O abundante número de hotéis cinco estrelas em 
Seul abriga alguns talentos igualmente impressio-
nantes. O sommelier do Four Seasons Hotel Ian Seo 
aponta a diferença da oferta de vinhos no seu hotel 
daquela patente nas prateleiras dos supermercados, 
referindo a sua carta, em constante mudança, de 
vinhos artesanais de escassa produção, bem como a 
oferta substancial de vinho a copo. Faz parte de uma 
geração de sommeliers que cresceram na cultura do 
vinho na Coreia, que procura diversificar as cartas car-
regadas de Bordéus e Champanhe, para ofertas mais 
extensas. Os canais on-trade representam cerca de 10 
a 15% das vendas de vinho, uma taxa que estagnou 
devido aos altos custos e à falta de opções acessíveis.
Quando o clima é ameno durante a primavera e o 
outono, os mercados de vinho ao ar livre florescem, 
nos quais os importadores montam os seus stands 
para realizarem provas regulares e onde o público 
é incentivado a provar e a comprar os seus vinhos. 
Chamados 'Jang Teu', estes eventos são semelhantes 
aos mercados de rua europeus. Os grandes hotéis 
também estão em ação. O certame'Walking on the 
Cloud' é apresentado pelo Sheraton Grande Walkerhill 
Hotel, o Mayfield Hotel abriga o 'Dionysos Wine & 
Beer Festival' e o 'Wine and Busker' é realizado no 
JW Marriott Dongdaemun. Estes mercados comple-
mentam grandes feiras, como a Seoul Wine Expo, a 
Daejeon International Wine & Spirits Fair (sede do 
Asia Wine Trophy) e o Wine Meets World (WMW). 
Muitos importadores organizam também as suas pró-
prias provas em Seul, com pequenos importadores por 
vezes unindo forças para levarem a cabo em conjunto 
as suas provas e degustações.
Os Jogos Olímpicos de Seul em 1987 impulsionaram 
a importação de vinho estrangeiro na Coreia do Sul 
há mais de três décadas. Onze importadores lideraram 
o caminho; agora existem 500 importadores licen-
ciados de bebidas alcoólicas (embora se estime que 
apenas 50 estejam ativamente a operar), com os 12 
primeiros a responderem por mais de 70% do total de 
importações. Os principais são as empresas Keumyang 
International, Lotte Liquor, Shindong Wine, Daeyoo 
Wine, A-Young Liquor Trading, Nara Cellar, Vinideus, 
Wine 2U Korea, Boa Trading, Handok Wine, Indulge, 
HiteJinro e Winenara.
Em 2018, as importações de vinho totalizaram 244 
milhões de dólares (40,3 milhões de litros), lideradas 
pelos vinhos franceses (79,5 milhões de dólares, + 
15,8% face a 2017), Chile (46,3 milhões, + 13,9%) 
e Itália (34,6 milhões, + 15,4 %) O mercado para os 
vinhos dos EUA, Espanha e Austrália é também sau-
dável.
No geral, os importadores sul-coreanos são tradi-
cionalistas, preferindo marcas famosas com prémios 
e pontuações Parker. Ironicamente, no entanto, o 
impacto dos troféus, medalhas e até certificados per-
de-se nas prateleiras dos supermercados, porque o 
governo sul-coreano não os reconhece.
Impulsionado pelas previsões de crescimento cons-
tante (ainda que modesto), o interesse internacional 
no mercado de vinhos da Coreia do Sul tem sido posi-
tivo. Apesar do ambiente económico desafiador (e da 
situação atual da COVID-19), as importações de vinho 
da Coreia do Sul nos últimos três anos marcaram um 
crescimento médio anual de 8,8%. É provável que as 
importações de vinho continuem em constante cres-
cimento, à medida que mais sul-coreanos optem pelo 
vinho em busca de um consumo mais saudável de 
álcool (no caso dos sul-coreanos mais velhos) e por 
estilos de vida modernos (sul-coreanos mais jovens). 
Crê-se que as oportunidades sejam mais fortes no mer-
cado intermédio, para vinhos de baixo a médio preço.
O crescente número de profissionais do vinho 
na cena gastronómica da Coreia, juntamente com 
o crescimento da cultura do vinho, estão a impul-
sionar a procura por cursos especializados. A WSA 
Wine Academy dominou o panorama da educação. 
A Wine Vision School,fundada por Moonsong Bang 
em 2008, é outro famoso projeto de educação. Há 
também vários ‘educators’ independentes, como Jin 
Ho Son, que trouxeram o seu conhecimento de vinhos 
franceses para a Coreia. Jun Cheol Kim aprendeu eno-
logia na Califórnia e regressou para produzir vinho na 
Coreia antes de iniciar a sua própria escola de vinhos. 
O ex-professor da Academy du Vin de Seul, Man Hong 
Kim, abriu a Manon Wine Academy. E a ex-diretora da 
WSA Wine Academy, In Soon Lee, começou por si a 
oferecer formação especializada em vinho.
E, se todos sabemos que o clima internacional está 
difícil no momento, estamos todos ansiosos para 
crescer no amanhã. E podemos esperar para ver o 
comboio de Seul a avançar a toda velocidade quando 
surgir o novo amanhecer.
Debra Meiburg MW
18 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
ANOS DE COMPROMISSO E RECOMPENSAS
Desde 1820 que temos levado o vinho do Porto Desde 1820 que temos levado o vinho do Porto 
extremamente a sério. Estamos dedicados extremamente a sério. Estamos dedicados 
a produzir o melhor. Isto requer gerações de a produzir o melhor. Isto requer gerações de 
conhecimento e compromisso permanente para conhecimento e compromisso permanente para 
dominar a nossa arte. Aprendizagem constante. dominar a nossa arte. Aprendizagem constante. 
Aperfeiçoamento constante. Mas nem tudo é Aperfeiçoamento constante. Mas nem tudo é 
trabalho duro. Também somos sérios quando trabalho duro. Também somos sérios quando 
chega o momento de aproveitar o resultado chega o momento de aproveitar o resultado 
dos nossos esforços. Seja bebendo um copo dos nossos esforços. Seja bebendo um copo 
de Six Grapes no final de uma semana agitada de Six Grapes no final de uma semana agitada 
ou assinalando algum dos grandes momentos ou assinalando algum dos grandes momentos 
da vida com uma garrafa especial de Vintage da vida com uma garrafa especial de Vintage 
– asseguramo-nos de tirar partido do caminho. – asseguramo-nos de tirar partido do caminho. 
Afinal, para que serve tanto esforço se não vier Afinal, para que serve tanto esforço se não vier 
associado a uma merecida recompensa?associado a uma merecida recompensa?
DISTRIBUIDO POR – PORTFOL IO V INHOS • PORTFOL IOV INHOS.PT 
 SEJA RESPONSÁVEL . BEBA COM MODERAÇÃO.
E
m 2016 estava 
com o meu colega 
escritor Treve Ring a 
passar algum tempo 
com Dirk Niepoort. 
Depois de alguns dias no Douro, 
regressamos ao Porto, com uma 
paragem no caminho, junto de 
uma pequena vinha minhota. 
Niepoort conversou com o pro-
dutor e demos uma volta pela 
vinha. Provamos alguns vinhos. 
Quando saímos, perguntamos 
a Dirk o que tinha ido lá fazer. 
Respondeu-nos que iria usar a 
vinha para fazer o seu Nat'Cool 
branco chamado 'Drink Me'. 
Ficamos intrigados. Foi a pri-
meira vez que ouvimos falar do 
Nat'Cool e parecia muito inte-
ressante.
O Nat'Cool tem dado passos 
ainda lentos mas está a ganhar força. A Niepoort 
nunca fez parte do clube dos vinhos naturais, mas 
ao longo dos anos o estilo Niepoort evoluiu, afastan-
do-se da agricultura convencional e da vinificação 
tecnológica em direção à baixa intervenção na vinha 
e na adega. Após experiências 
várias em 2015, os primeiros 
vinhos Nat'Cool foram o Drink 
Me Baga da Bairrada e um 
Douro Touriga Nacional de alti-
tude chamado Primata, lançado 
em 2016. O Baga era um vinho 
de maceração carbónica, sem 
adição de sulfitos - um Baga 
de expressão gulosa, com boa 
acidez e um pouco de estrutura. 
O Primata resultava da fermen-
tação de cachos inteiros em lagar 
e depois em aço inoxidável com 
estágio sobre borras no inverno 
e oferecia frutas expressivas e 
florais e frescura incrível. Em 
2017, mais vinhos juntaram-se 
ao clube. O Drink Me Vinho 
Verde era um lote de das castas 
Arinto, Azal e Trajadura, com a 
segunda fermentação em gar-
rafa, feita num estilo antiquado como um Pet Nat de 
baixa pressão, oferecendo belas notas de maçãs, peras 
e frutas cítricas com algum gás e um pouco de espe-
ciaria. Aventurando-se fora de Portugal, juntou-se-lhe 
Jonatan Garcia, da Suertes del Marques, em Tenerife, 
Lentamente, está a surgir uma nova onda no mundo do vinho. Chama-se Nat’Cool
e Dirk Niepoort é o cérebro por trás do movimento. Mas são cada vez mais
os nomes que se lhe associam.
Nat’Cool, ‘slow revolution’
Jamie Goode
‘Wine writer’, cronista do The Sunday Express, autor do blogue wineanorak.com, é doutorado em Biologia de Plantas e co-chair do International 
Wine Challenge. Começa esta colaboração regular na Revista de Vinhos e, muito em breve, também na brasileira Gula.
OPINIÃO
O Nat'Cool tem dado 
passos ainda lentos mas 
está a ganhar força. 
A Niepoort nunca fez 
parte do clube dos 
vinhos naturais, mas 
ao longo dos anos 
o estilo Niepoort 
evoluiu, afastando-se da 
agricultura convencional 
e da vinificação 
tecnológica em direção 
à baixa intervenção na 
vinha e na adega.
20 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
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que também criou um Nat 
Cool em 2017: o Listan Negro, 
desengaçado, que fermentou e 
envelheceu em cimento. É um 
vinho expressivo e muito fresco, 
com algumas notas redutoras e 
frutas vermelhas brilhantes.
Colaborações ‘cool’
Afinal o que é Nat'Cool? “ A ideia é fazer vinhos 
autênticos, típicos de cada região, sem muita maqui-
lhagem”, diz Niepoort. “Quero que seja comerciali-
zado em garrafas de litro: os vinhos são tão bons que 
uma garrafa de 750 ml. não é suficiente para dois”. 
Na ausência de regras para o vinho natural, Niepoort 
fez as suas próprias regras numa lista divertida que 
dá uma ideia do espírito deste projeto colaborativo.
1. Não há regras 
2. Respeitar sempre a primeira regra
3. Menos é mais
4. Cooler = menos álcool, menos extração, menos 
confusão
5. Autênticos, orgânicos, atitude ‘cool’
6. Garrafas de litro
7. Preço convidativo
8. A incrível leveza do ser
Os últimos dois anos assistiram a uma grande 
expansão do projeto e é algo a que Dirk dedica mais 
tempo. “Estou bastante satisfeito com os resultados”, 
diz. “É interessante ver também a qualidade dos 
vinhos. São vinhos com caráter que mostram de onde 
vêm – mas não cheios de defeitos e falhas”.
Outros colaboradores portu-
gueses incluem Pedro Ribeiro, 
da Herdade do Rocim, no 
Alentejo, primeiro com um 
vinho de ânfora tinto e agora 
também com um branco. Anna 
Jorgensen, de Cortes de Cima, também está a jun-
tar-se ao projeto com um tinto de ânfora de baixa 
extração, e o Nat'Cool de Vítor Claro é um Castelão 
da região de Lisboa. Nos Vinhos Verdes, Márcio 
Lopes está a fazer um Loureiro. Em França, Alain 
Graillot está a produzir o seu vinho nesta linha e, na 
Áustria, Wachter Wiesler possui um Nat´Cool, assim 
como Lukas Brandstätter, que produz os vinhos de 
Dorli Muhr. “Não é apenas para fazermos uma coisa 
gira”, diz Niepoort. “É criar um movimento. Acho que 
estamos um pouco cansados de demasiada snobeira 
e há alguns vinhos naturais estranhos: parece que, 
quanto mais f*****s são, melhor. A ideia é levar as pes-
soas que estão a fazer vinhos naturais que não façam 
coisas nojentas”.
Atualmente, há até um concurso de arte Nat'Cool. 
“Já tivemos mais de 100 pessoas de todo o mundo”, 
diz ele. “A qualidade das inscrições é incrível”. O ven-
cedor terá o seu design no rótulo e também receberá 
500€ em vinho.
A forma como as colaborações funcionam é que os 
parceiros que produzem e vendem o vinho (usando 
a garrafa de um litro e a marca Nat’Cool) pagam 
royalties de 5% das garrafas produzidas. A Niepoort 
está a planear criar um site para o Nat’Cool e a iniciar 
uma loja online. Além disso, a Niepoort vai abrir uma 
loja física em Vila Nova de Gaia, onde venderá estes 
vinhos. Eventualmente, Dirk gostaria de abrir uma 
loja física Nat'Cool. “A bola está a rolar”, conclui.
Outros colaboradores 
incluem Pedro Ribeiro, 
da Herdade do Rocim, 
no Alentejo. Anna 
Jorgensen, de Cortes de 
Cima, também está a 
juntar-se ao projeto e o 
Nat'Cool de Vítor Claro 
é um Castelão daregião 
de Lisboa. Nos Vinhos 
Verdes, Márcio Lopes 
está a fazer um Loureiro.
Jamie Goode
OPINIÃO
22 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
HC_Pub_RV_220x297_VF_paths.pdf 1 20/05/22 16:18
José João Santos, jornalista e crítico de vinhos
P
or muitas bolas de cristal, cartas atiradas 
para a mesa ou adivinhações que tais, nem 
bruxas nem bruxos conseguirão deter-
minar como será o balanço e contas deste 
2020. Estamos a desconfinar, é certo, mas 
um terrível grau de incerteza continua a pairar sobre 
a economia mundial, terminado que praticamente 
está o primeiro semestre do ano. Se o surto inicial 
da Covid-19 fechou fronteiras e dizimou perspetivas, 
um segundo ou terceiros surtos poderão ter impactos 
igualmente devastadores. Há, no entanto, duas frases 
batidas que ao longo dos tempos e das convulsões 
têm-se comprovado: as crises provocam uma espécie 
de seleção natural entre quem tinha fôlego e quem 
apenas aparentava respirar saúde; os que sobrevivem 
às crises sem amputações significativas saem refor-
çados e ficam em clara vantagem competitiva sobre 
os demais.
Ninguém está no negócio do vinho para empo-
brecer, ainda que alguns tentem transmitir essa 
ideia. Evidentemente, há escalas e dimensões bem 
distintas, mas até o micro produtor que faz do vinho 
modo de vida quer mais do que pagar despesas, quer 
viver do ofício e não somente sobreviver dele. Por 
grande paixão e emotividade que haja em fazer vinho, 
produzi-lo deverá ser sempre encarado como um 
negócio – só assim, aliás, se pode construir um futuro.
Ao longo dos últimos três meses, a Revista de 
Vinhos tem conversado com dezenas de operadores 
no mercado – produtores, distribuidores, importa-
dores, lojistas… – e a conclusão geral a que se chega 
é evidente. Não só em Portugal como pelo resto do 
mundo, as marcas bem posicionadas no off trade 
(supermercados) têm conseguido ultrapassar esta 
fase sem grandes quebras, havendo até registo de 
aumento de vendas em segmentos e países especí-
ficos (no Norte da Europa e nos EUA, por exemplo). 
Pelo contrário, quem tem o negócio muito focado na 
hotelaria, restauração e pequenas lojas especializadas 
regista quebras significativas, que o enfoque repen-
tino no comércio online não consegue disfarçar. 
O maior desafio enfrenta-o precisamente este 
segundo grupo de produtores, a maioria de pequena 
e de média dimensão, certamente expectante em per-
ceber se a retoma de uma normalidade possível será 
rápida ou demorada.
Afastados das grandes superfícies por opção pró-
pria ou por não corresponderem aos critérios de 
volume e de preço mais ou menos convencionados, ao 
longo dos anos voltaram-se (e bem) para a área onde 
José João Santos assume a direção de conteúdos da EV-Essência do Vinho e tem a paixão da escrita, 
da reportagem, da formação e da prova. É ainda autor de um podcast sobre vinhos.
OPINIÃO
Seria um erro de palmatória tentar contornar a quebra de vendas que a pandemia 
tem provocado através da baixa de preços. Em poucos meses estariam a ser deitados 
ao lixo muitos anos de busca incessante por criação de valor, muito rapidamente 
caminharíamos para o território do descrédito ou da terra do nada.
A tentação a que importa resistir
24 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
reputação, notoriedade e valor 
de marca se constroem – a res-
tauração. Uns conseguiram-no 
fazer um pouco pelo país, outros 
em circuitos geográficos mais 
restritos: Lisboa, Porto, Algarve, 
Madeira. Por visão de futuro ou 
por necessidade de crises pas-
sadas, uma larga franja destes 
produtores apostou na internacionalização, inves-
tindo muito tempo e muito dinheiro para colocar 
vinhos em restaurantes e garrafeiras especializadas 
de Nova Iorque, Londres, Paris, Tóquio, Hong Kong 
ou São Paulo. Essas viagens permanentes fizeram-se 
ainda à custo de sacrifício pessoal, na convicção de 
que era possível rentabilizar a paixão de uma vida.
Este esforço individual, em muitas circunstâncias 
também coletivo, tem trazido frutos, obviamente não 
à velocidade que nós, portugueses, ambicionamos. A 
verdade é que Portugal deixou de ser “the next big 
thing” da crítica mundial para se tornar num caso 
sério de vinhos personalizados, com berços e terroirs 
tão diversificados como as castas a partir das quais 
são obtidos. Lentamente, existe a vontade do mundo 
em (re)descobrir Portugal também através do vinho.
Baixar preço não pode ser solução
Como é sabido, a restauração é dos setores mais 
agoniados pela crise. Muitos optaram simplesmente 
por fechar portas, outros tentaram uma pequena 
almofada de conforto no take-away. Todos, no 
entanto, sabem que essa não é a solução. A pouco e 
pouco alguns reabrem, mas será necessário esperar 
mais um pouco para percebermos quantos não o 
voltarão a fazer. A indústria do turismo, viagens e 
hotelaria também viu-se obrigada a cumprir serviços 
mínimos, o que não ajuda.
Os dados oficiais indicavam recentemente um novo 
aumento das exportações portuguesas de vinho, esti-
madas em 820,5 milhões de euros em 2019 (mais 
2,5% face a 2018). O preço médio por litro ven-
dido continua aquém do desejável (2,77€), ainda 
assim um crescimento de 2,3% por comparação ao 
ano anterior. A tendência dos 
anos mais recentes sugere um 
aumento progressivo de valor e 
quedas ligeiras de volume, algo 
que não é necessariamente mau. 
Pelo contrário, face à dimensão 
como país, o futuro no contexto 
global terá necessariamente de 
passar por vender menos mas 
vender melhor. As batalhas da quantidade não podem 
ser as nossas, devemos estar prontos a enfrentar a 
longa guerra da valorização no contexto mundial, 
expondo as nossas mais-valias de diferenciação.
Seria, portanto, um erro de palmatória tentar con-
tornar a quebra de vendas que a pandemia tem pro-
vocado através da baixa de preços. Em poucos meses 
estariam a ser deitados ao lixo muitos anos de busca 
incessante por criação de valor, muito rapidamente 
caminharíamos para o território do descrédito ou da 
terra do nada. Afinal, processar uva é bem diferente 
de ser produtor de vinho…
Haverá este ano pressão dos mercados para que 
o produtor baixe preços? Certamente, mas também 
este ano tem havido pressão do Míldio sobre a gene-
ralidade das regiões e não é por isso que não se trata 
a vinha para garantir a próxima vindima. 
Os tempos que vivemos são difíceis e continuarão 
desafiantes, mas a notoriedade e a agregação de valor 
integram um processo contínuo de esforço e de cons-
trução, tantas vezes estendido por gerações, que não 
pode ficar à mercê de um negócio ocasional, por mais 
tentador que aparente ser no momento.
Diferentes especialistas económicos têm previsto 
uma retoma mais rápida no pós-crise. Longe de 
dominar essa esfera de previsões, acredito que os 
clientes voltarão a encher as salas dos restaurantes, 
os aviões e os hotéis. Estamos a reaprender alguns 
dos códigos da vida em sociedade, mas continuamos 
ávidos por novas descobertas, por comer e por beber 
bem, por regressar aos sítios de sempre.
Nervos de aço, paciência de chinês, convicção 
redobrada. Será um pouco de tudo isto que se espera 
do produtor de vinhos nesta fase. 
OPINIÃO
José João Santos, jornalista e crítico de vinhos
Haverá este ano pressão 
dos mercados para 
que o produtor baixe 
preços? Certamente, mas 
também este ano tem 
havido pressão do Míldio 
sobre a generalidade das 
regiões e não é por isso 
que não se trata a vinha 
para garantir a próxima 
vindima.
26 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
WWW.FALUA.NET
PROFILE
texto Nuno Guedes Vaz Pires · foto Ricardo Garrido
Claúdio Martins é um dos impulsionadores do vinho tranquilo mais caro do mundo, o bordalês Liber Pater, que foi 
apresentado mundialmente no Essência do Vinho – Porto de 2019. Porém, este ‘wine advisor’ é também embaixador 
dos vinhos portugueses no mundo, tendo em carteira alguns dos mais interessantes projetos nacionais. 
Aos 20 anos, decide partir para Londres, ondecedo contactou com o mundo dos vinhos. Trabalhou, entre outros, 
no icónico Coq D’Argent e foi responsável pela New Street Wine Shop, localizada na City. Em 2014 criou a Martins 
Wine Advisor, consultora que apoia sobretudo privados e empresas de vinho e bebidas ou aquisição de ativos, 
como vinhos e propriedades. Beirão, tem no vinho português um imenso orgulho e considera que a estratégia de 
valorização dos nossos vinhos é o melhor caminho a seguir.
Cláudio
Martins
28 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
ESTAMOS JUNTOS
EM 2020 MANTEMOS O NOSSO COMPROMISSO
MAIS INFORMAÇÕES: 
Departamento Comercial / comercial@essenciadovinho.com 
Pedro Lopes / 961 359 720 / pedrolopes@essenciadovinho.com
Sofia Reboredo / 961 533 062 / sofiareboredo@essenciadovinho.com 
com a e a
para a parceria Revista de Vinhos / TAP Wine Experience
 e para a edição especial Natal da revista brasileira Gula
 Provadores da Revista de Vinhos e da revista Gula 
e convidados internacionais.
A 21ª edição do evento de vinhos de referência na Grande Lisboa. 
INSCRIÇÕES JÁ ABERTAS PARA EXPOSITORES!
1 DIA
PRO F I S S I ONA I S
2 DIAS
CONSUM IDOR
SEGUNDA › 01 NOVEMBRO
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AC E S S Ó R I O S D E V I N H O | G A R R A F E I R A S | LOJA S G O U R M E T | FO O D B OX
Seleção de Vinhos
 SÁB. 31 OUT › DOM. 01 NOV
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pubs RV_ECV_2020_Dupla.pdf 1 02/06/2020 19:04
31 O U T > 2 N O V
21 ª E D I Ç Ã O
C E N T R O D E C O N G R E S S O S D E L I S B O A • J U N Q U E I R A
W W W. E N C O N T R O C O M V I N H O S . P T
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pubs RV_ECV_2020_Dupla.pdf 2 02/06/2020 19:04
Para a Mesa
ESCOLHAS DO MÊS
A evolução de Azevedo
A ligação da Sogrape aos domínios de Azevedo data dos anos 80. Neste período, a empresa 
aprendeu as especificidades de cada parcela e o emprego das leveduras autóctones. Isso 
mesmo se vê a cada lançamento de um novo vinho desta marca.
Com um historial que remonta à fundação 
da nacionalidade, a Quinta de Azevedo integra 
o universo Sogrape desde 1980. É uma pro-
priedade que merece ser visitada, pela sua 
beleza senhorial, da qual se destaca a torre do 
século XV ou o solar, cuidadosamente recupe-
rado, ou as vinhas bem tratadas, que formam 
um quadro de grande beleza.
Com cerca de 40 hectares, é notório o pro-
fundo conhecimento de cada parcela de vinha 
de onde saem os vinhos desta marca. No caso, 
este Alvarinho Reserva, que resulta de um ano 
bem seco, sempre com o toque do enólogo 
António Braga. 
A vinificação ocorre na adega da proprie-
dade, empregando leveduras autóctones pre-
viamente selecionadas (no caso sobretudo a 
QA23), com alguma maceração pré-fermen-
tativa e estágio em inox com bâttonage das 
borras finas durante três meses. Mais que um 
vinho de verão, é um vinho de gastronomia.
 17
Azevedo Alvarinho 
Reserva 2019
Regional Minho / Branco / 
Sogrape Vinhos 
6,49€ / 11ºC
—
Amarelo. Aroma contido 
e delicado, pouco dado a 
exuberâncias. Fruto de polpa 
branca, nuance herbal, flor de 
laranjeira. Na boca é aprazível, 
alguma untuosidade na prova, 
fresco e frutado, um Alvarinho 
que dará muito prazer à mesa. 
MB
Para aMesa
32 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
Para a Cave
ESCOLHAS DO MÊS
A nobreza de um Tejo senhorial
Fundada em 1775, a Quinta do Casal Branco, em Almeirim, tem historial e têmpera
que lhe conferem um carisma especial no Tejo. Foi outrora coutada real
e espraia-se por 1.100 hectares. 
17,5
Falcoaria Fernão Pires 
Vinhas Velhas 2018
Regional Tejo / Branco / 
Casal Branco
15,00€ / 11ºC
—
Apesar da juventude no nariz, já 
se faz notar pela complexidade, 
riqueza da qualidade da fruta e 
a envolvência da barrica. Frutos 
secos e alguns abaunilhados. 
Cheio e sofisticado na boca, 
envolvente. Frescura primorosa, 
com o sabor e persistência em 
plano elevado. NGVP
Com adega datada de 1817, ou seja, há mais 
de 200 anos, a propriedade compreende 
119ha de vinhas em solos de charneca, de 
alguma argila e também calhau rolado. 
Castelão (20ha), Alicante Bouschet e Fernão 
Pires (19ha) dominam o encepamento. Há 
vinhas velhas centenárias plantadas em vaso 
e em consociação com olival, uma segunda 
área de vinhas com perto de 70 anos e uma 
terceira zona, já de vinha com armação, com 
cerca de 55 anos.
A diversidade de solos ajuda a compor o 
puzzle: a maioria das vinhas está em areia e 
foram já identificados vários terroirs nesses 
solos de areia. A casta Fernão Pires, em solos 
de charneca, tem comportamentos diferentes 
consoante o perfil do solo. 
Com enologia de Manuel Lobo e o apoio de 
Joana Lopes, a enóloga residente, os vinhos 
desta quinta procuram alcançar premissas de 
identidade e caráter. A marca Falcoaria, cuja 
primeira colheita remonta a 1989, é dedicada 
aos vinhos de guarda que poucos associam à 
região. Puro engano, como se vê neste exem-
plar que aqui lhe trazemos. 
Para aCave
34 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
VINHOS DO PORTO 
E DO DOURO
www.ivdp.pt
TESOUROS 
PARA DESCOBRIR… 
E APAIXONAR-SE!
Beba com moderação.
C
M
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CMY
K
IVDP_PAG PUB_225x297.pdf 1 06/06/2017 09:46
ESCOLHAS DO MÊS
b 
A escolha de
Nuno Guedes Vaz P ires
b 
A escolha de
José João Santos
b 
A escolha de
Manuel Moreira
 18
Cortes de Cima 
Homenagem a Hans 
Christian Andersen 
Syrah 2015
Regional Alentejano / 
Tinto / Cortes de Cima
30,50€ / 16ºC
—
Rubi. Apesar do caráter 
internacional, prevalece 
a frescura geral, fusão 
de componentes, fruta 
muito sofisticada, toque 
mentolado, suco de carne, 
barrica muito bem fundida, 
registo personalizado. Fresco 
apesar da idade.
 18
Dona Georgina 
2008
Dão / Tinto / Quinta de 
Lemos
58,80€ / 16ºC
—
Rubi concentrado. 
No aroma sobressai 
a complexidade e 
sofisticação. Fruta vermelha 
madura, tons balsâmicos a 
lembrar bosque ou pinhal, 
carne seca, tostados muito 
cremosos. Sumptuoso na 
boca, amplo, estrutura 
e textura sedosas, bem 
revestida de fruta, 
elegante, taninos imensos e 
aveludados, final demorado, 
profundo e requintado. MM
 17,5
A Laranja Mecânica 
by António 
Maçanita 2018
Reg. Alentejano / Branco 
/ Fitapreta Vinhos
19,90€ / 11ºC
—
Alaranjado. Notas delicadas 
de alperce, tâmara, pêssego, 
melaço, querosene. 
Untuoso e com sensação de 
tanino, mostra bom volume 
e saudável profundidade. 
O final é vibrante e fresco. 
Um grande exemplo do que 
pode ser um “orange wine”. 
 17,5
Herdade do Rocim 
José Vieira Ribeiro 
Primeira Barrica 
2015
Regional Alentejano / 
Tinto / Rocim
75,00€ / 16ºC 
—
Rubi concentrado. 
No aroma sobressai 
a profundidade, a 
complexidade e a riqueza 
aromática, que evoluem a 
cada rotação do copo. As 
notas de barrica já em fusão 
com as da garrafa, fruta de 
inequívoca qualidade. MM
 17,5
Maçanita Irmãos e 
Enólogos Touriga 
Nacional Cima 
Corgo 2017
Douro / Tinto / Maçanita 
Vinhos
29,90€ / 16ºC
—
Púrpura. Nariz de esteva, 
cereja escura, bergamota, 
grão de café, balsâmicos, 
acrescento terroso. Tanino 
muito firme, estrutura larga, 
volumoso. Termina em 
profundidade, com uma nota 
suplementar de frescura e 
um traço derradeiro vegetal. 
36 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
Vinhos de patamar de qualidade muito boa e excelente, com plena garantia de deixar 
de sorriso rasgado qualquer felizardo que tenha oportunidade de os degustar.
Altamente Recomendados
ESCOLHAS DO MÊS
b 
A escolha de
Célia Lourenço
 17
Vieira de Sousa 10 
Anos White Port 
Vinho do Porto / 
Fortificado / Vieira de 
Sousa
23,00€ / 14ºC
—
Amarelo acobreado. Aroma 
com frutos cristalizados, 
laranja seca, alperceseco, 
tostados e especiarias, caju 
seco, algum ranço. Na boca 
é delicioso! A frescura é 
incrível, adocicado, toque 
amargo a contrastar, 
sedutor. Final fresco, 
aromático, para momentos 
distintos. NGVP
 17
Dona Santana 2008
Dão / Tinto / Quinta de 
Lemos
16,00€ / 16ºC
—
Rubi vivo. Alia de forma 
primorosa frescura de 
estilo, complexidade e 
personalidade. Aroma de 
frutado ainda jovial, bagas 
vermelhas, evidente tom 
floral, tostados e fumados 
belíssimos. Mais estrutura 
que corpo na boca, acidez 
notória, taninos de grão 
fino mais firmes que 
musculados, final longo, 
aromático, a ecoar flores, 
fruta e balsâmicos de 
floresta. MM
 17
Quinta de Pancas 
Reserva Cabernet 
Sauvignon Touriga 
Nacional & Syrah 
2016
Regional Lisboa / Tinto / 
Quinta de Pancas Vinhos
12,90€ / 16ºC
—
Granada. Perfil sedutor, 
balsâmicos a envolver a 
fruta vermelha, a barrica e o 
tempo de garrafa enaltecem 
a riqueza e complexidade. 
Estruturado na boca, com 
fruta e taninos, calibrados 
pela elegância. Acidez bem 
doseada, final demorado, 
complexo e persistente, com 
tons terrosos e especiarias. 
MM
 17
Quinta dos 
Castelares Reserva 
2017
Douro / Tinto / Casa 
Agrícola Manuel Joaquim 
Caldeira
14,99€ / 16ºC
—
Rubi escuro. Os aromas 
estão ainda dominados 
pela madeira e respetivas 
notas tostadas. Depois, 
descobrimos a ameixa, o 
mato e um caráter balsâmico 
que se estende ao longo 
da prova. A boca é também 
dominada pela barrica, com 
tosta e especiaria.
 17
Quinta Nova de 
Nossa Senhora do 
Carmo 2019
Douro / Rosé / Quinta 
Nova de Nossa Senhora 
do Carmo
14,80€ / 11ºC
—
Rosa salmão muito pálido. 
Aroma jovem, revigorante 
e refrescante, bagas 
vermelhas super frescas, 
romãs, flores e vegetal. 
Suavidade e doçura 
glicérica no ataque de boca, 
que de imediato dão lugar 
à acidez e à secura fenólica 
de inteligente extração e 
controlo. Saboroso, perfeito 
de ligeireza e frescura. 
NGVP
junho 2020 · 367 ⁄ Revista de Vinhos · 37@revistadevinhos
ESCOLHAS DO MÊS
 16,5
Apelido 2017
Regional Alentejano / 
Tinto / Miguel Louro 
Wines
10,90€ / 16ºC
—
Rubi vivo. Fresco, fruta 
silvestre, algo herbal e 
mentolado. Boa estrutura e 
corpo a sobressair na boca. 
A acidez impõe equilíbrio. 
Os taninos são afirmativos e 
maduros. Não pode faltar à 
mesa. MM 
 16,5
Bridão Private 
Colection 2017
Tejo / Tinto / Adega 
Cooperativa do Cartaxo
9,20€ / 16ºC
—
Rubi. Aroma amplo e 
generoso na fruta vermelha 
madura, alguma ameixa, 
tons florais doces e bons 
tostados. Boca bem 
composta, fruta suculenta, 
taninos largos, aveludados, 
final um tanto acalorado, 
embora amansado pela 
acidez. MM 
 16,5
Casa Ferreirinha 
Papa Figos 2019
Douro / Branco / Sogrape 
Vinhos
7,49€ / 11ºC
—
Amarelo, laivos 
esverdeados. Boa fruta de 
caroço no nariz, citrinos, 
apontamento vegetal. Na 
boca é seco e harmonioso, 
com acidez vibrante a 
conferir garra ao conjunto, 
mas sem excessos. Final 
saboroso e cheio, com 
ligeiro amargor, num vinho 
bastante consensual e 
gastronómico. MB 
 16,5
Graínha Reserva 
2018
Douro / Tinto / Quinta 
Nova de Nossa Senhora 
do Carmo
13,90€ / 16º
—
Rubi intenso e vivo. Aroma 
muito fino, elegante mesmo 
apesar da juventude. 
Descobrem-se os tons a 
cereja e ameixa. Subtil na 
madeira. Belo nariz! Na 
boca agrada pelo balanço. 
Boa fruta, taninos polidos, 
prontos, frescura funcional, 
corpo de medidas justas, 
barrica quase sem se dar 
por ela, para brilhar à mesa 
e não só! MM
 16,5
Monte da Capela 
Reserva 2018
Alentejo / Tinto / Casa 
Clara
9,99€ / 16ºC
—
Rubi vivo. Frescura 
aromática, fruta muito 
limpa, madurez focada e 
calibrada, balsâmico. Na 
boca permanece o perfil da 
frescura, corpo moderado, 
estrutura polida, frutado 
de qualidade, bem seco, 
comprimento assinalável, de 
saborosa persistência. MM
38 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
ESCOLHAS DO MÊS
Prazer garantido a bom preço, já que um bom vinho também pode ser amigo da carteira.
A facilidade de resgate em prateleira também é uma chave desta seleção.
Boas Compras
 16,5
Quinta da Atela 
Valwine 2018
Regional Tejo / Branco / 
Quinta de Vale de Ventos
10,20€ / 11ºC
—
Amarelo palha. Perfumado, 
tons tropicais, vagem, aneto 
e erva-principe. Combina 
estrutura e volume na 
boca. Tem frescura, acidez 
revigorante, ligeiro amargo, 
untuoso e estruturado. 
Finda com persistência, 
denuncia guarda. MM
 16,5
Pousio Reserva 
Bruto
IVV / Espumante / Casa 
Agrícola HMR
14,95€ / 8ºC
—
Dourado, bolha fina e 
persistente. Nariz muito 
fresco, com notas iniciais 
de maçã verde, pastelaria, 
toque cítrico. Seco, com boa 
efervescência, equilibrado, 
fruto muito limpo no final 
prolongado e sedutor. MB
 16,5
Quinta dos 
Carvalhais Colheita 
2019
Dão / Branco / Sogrape 
Vinhos
7,99€ / 11ºC
—
Amarelo. Nariz apelativo, 
com frutos de polpa branca, 
citrinos, pomóideas, ligeiro 
tostado. Na boca é untuoso, 
bela acidez e mineralidade, 
bom corpo e equilíbrio na 
prova de boca. Ainda com 
muito para crescer. MB
 16,5
Quinta dos 
Castelares Biológico 
Reserva 2018
Douro / Branco / Casa 
Agrícola Manuel Joaquim 
Caldeira
5,50€ / 11ºC
—
Amarelo citrino. Nariz 
reservado, em fundo 
floral, com notas de ervas 
aromáticas. É um vinho 
que se apresenta mais 
pela elegância que pela 
exuberância. Algum volume 
de boca, equilibrado, 
sem arestas, tem fruta 
discreta e bondade nas 
lembranças de doçura. Final 
bem projetado, com uma 
presença vegetal fresca. CL
 16,5
Titular Reserva 
2017
Dão / Tinto / Caminhos 
Cruzados
13,00€ / 16ºC
—
Rubi cereja. Fruta 
elegante, sugestões de 
barrica, envolvente floral e 
balsâmica. Mais estrutura 
que corpo na boca, médio 
palato cheio de fruta, 
taninos redondos e sedosos, 
alguma secura e acidez. 
Belíssima compostura geral, 
pronto, mas com aptidões 
de guarda. MM
junho 2020 · 367 ⁄ Revista de Vinhos · 39@revistadevinhos
MELHORES
2020
LISTA DE VENCEDORES
GRANDE MEDALHA DE OURO
QUINTA DE GOMARIZ 
- SOC. AGRÍCOLA E COMERCIAL UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DE GOMARIZ COLHEITA SELECCIONADA AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
Portugal e os portugueses mostraram o seu melhor, agora é a vez de mostrarmos 
os Melhores Verdes 2020. 112 anos após a demarcação da Denominação de Origem, o Vinho Verde 
é uma Região que se soube reinventar, acompanhando os desafios da viticultura e dando resposta 
aos desejos dos clientes em mais de 100 mercados onde estamos presentes.
O concurso “Os Melhores Verdes” é, precisamente, a afirmação da excelência dos vinhos 
que hoje se produzem nesta Região.
MEDALHA VERDE OURO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM SUPERIOR
VINHO VERDE BRANCO
CASA TORRE DE VILAR - UNIPESSOAL, LDA
CASAL DA TORRE DE VILAR ESCOLHA
VINHO VERDE BRANCO 
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ESCOLHA
VINHO VERDE ROSADO
QUINTA DA RAZA, LDA
DOM DIOGO COLHEITA SELECCIONADA 
VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
CASA DE VILA VERDE - SOC. AGRÍCOLA, LDA
PLUMA RESERVA ALVARINHO
COLHEITA ≤ 2017
SOC. AGRÍCOLA DA CASA PINHEIRO, LDA 
QUINTA DE ALDERIZ ALVARINHO
VINHO VERDE ALVARINHO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ARINTO
VINHO VERDE ARINTO
QUINTA DE GOMARIZ - SOC. AGRÍCOLA E 
COMERCIAL UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DE GOMARIZ COLHEITA 
SELECCIONADA AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
AB - VALLEY WINES, LDA
OPÇÃO LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
QUINTA DA LEVADA - SOC. AGRÍCOLA 
UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DA LEVADA AZAL
VINHO VERDE DE CASTA
ADEGA COOPERATIVA PONTE BARCA E 
ARCOS DE VALDEVEZ, CRL
ADEGA PONTE DA BARCA VELHA XO
AGUARDENTE DE VINHO VERDE
VALADOS DE MELGACO, LDA
VALADOS DE MELGAÇO RESERVA BRUTO 
ALVARINHO
ESPUMANTE DE VINHO VERDE BRANCO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ALVARINHO
VINHO REGIONAL MINHO
MEDALHA VERDE PRATA
CONVÍVIO DE SABORES UNIPESSOAL, LDA
PECADO CAPITAL ESCOLHA
VINHO VERDE BRANCO 
QUINTA DA RAZA, LDA
RAZA ESCOLHA
VINHO VERDE ROSADO
ADEGA COOPERATIVA DE PONTE DE 
LIMA, CRL
ADEGA PONTE DE LIMA VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
VERCOOPE - UNIÃO DAS ADEGAS COOP. 
REGIÃO VINHOS VERDES, UCRL
VIA LATINA GRANDE RESERVA VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
SOCIEDADE AGRÍCOLACASA DE VILA 
NOVA, LDA
VILA NOVA RESERVA AVESSO
COLHEITA ≤ 2017
SAVAM - SOC. AGRÍCOLA DE VINHO 
ALVARINHO DE MONÇÃO, LDA
SOLAR DE SERRADE ALVARINHO
VINHO VERDE ALVARINHO
MODESTO AUGUSTO FREITAS CASTRO
MODESTU'S ARINTO
VINHO VERDE ARINTO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
QUINTA DE AMARES VINICULTURA, LDA
QUINTA D'AMARES LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
SOCIEDADE AGRÍCOLA CASA DE VILA 
NOVA, LDA
VILA NOVA LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM AZAL
VINHO VERDE DE CASTA
CARLOS ALBERTO CODESSO
DONA PATERNA ALVARINHO XO
AGUARDENTE DE VINHO VERDE
ALVAIANAS, LDA
ALVAIANAS RESERVA BRUTO ALVARINHO
ESPUMANTE DE VINHO VERDE BRANCO
 
DOS SANTOS, LDA
MANHUFE ALVARINHO
VINHO REGIONAL MINHO
MELHORES
2020
LISTA DE VENCEDORES
GRANDE MEDALHA DE OURO
QUINTA DE GOMARIZ 
- SOC. AGRÍCOLA E COMERCIAL UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DE GOMARIZ COLHEITA SELECCIONADA AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
Portugal e os portugueses mostraram o seu melhor, agora é a vez de mostrarmos 
os Melhores Verdes 2020. 112 anos após a demarcação da Denominação de Origem, o Vinho Verde 
é uma Região que se soube reinventar, acompanhando os desafios da viticultura e dando resposta 
aos desejos dos clientes em mais de 100 mercados onde estamos presentes.
O concurso “Os Melhores Verdes” é, precisamente, a afirmação da excelência dos vinhos 
que hoje se produzem nesta Região.
MEDALHA VERDE OURO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM SUPERIOR
VINHO VERDE BRANCO
CASA TORRE DE VILAR - UNIPESSOAL, LDA
CASAL DA TORRE DE VILAR ESCOLHA
VINHO VERDE BRANCO 
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ESCOLHA
VINHO VERDE ROSADO
QUINTA DA RAZA, LDA
DOM DIOGO COLHEITA SELECCIONADA 
VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
CASA DE VILA VERDE - SOC. AGRÍCOLA, LDA
PLUMA RESERVA ALVARINHO
COLHEITA ≤ 2017
SOC. AGRÍCOLA DA CASA PINHEIRO, LDA 
QUINTA DE ALDERIZ ALVARINHO
VINHO VERDE ALVARINHO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ARINTO
VINHO VERDE ARINTO
QUINTA DE GOMARIZ - SOC. AGRÍCOLA E 
COMERCIAL UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DE GOMARIZ COLHEITA 
SELECCIONADA AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
AB - VALLEY WINES, LDA
OPÇÃO LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
QUINTA DA LEVADA - SOC. AGRÍCOLA 
UNIPESSOAL, LDA
QUINTA DA LEVADA AZAL
VINHO VERDE DE CASTA
ADEGA COOPERATIVA PONTE BARCA E 
ARCOS DE VALDEVEZ, CRL
ADEGA PONTE DA BARCA VELHA XO
AGUARDENTE DE VINHO VERDE
VALADOS DE MELGACO, LDA
VALADOS DE MELGAÇO RESERVA BRUTO 
ALVARINHO
ESPUMANTE DE VINHO VERDE BRANCO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM ALVARINHO
VINHO REGIONAL MINHO
MEDALHA VERDE PRATA
CONVÍVIO DE SABORES UNIPESSOAL, LDA
PECADO CAPITAL ESCOLHA
VINHO VERDE BRANCO 
QUINTA DA RAZA, LDA
RAZA ESCOLHA
VINHO VERDE ROSADO
ADEGA COOPERATIVA DE PONTE DE 
LIMA, CRL
ADEGA PONTE DE LIMA VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
VERCOOPE - UNIÃO DAS ADEGAS COOP. 
REGIÃO VINHOS VERDES, UCRL
VIA LATINA GRANDE RESERVA VINHÃO
VINHO VERDE TINTO
SOCIEDADE AGRÍCOLA CASA DE VILA 
NOVA, LDA
VILA NOVA RESERVA AVESSO
COLHEITA ≤ 2017
SAVAM - SOC. AGRÍCOLA DE VINHO 
ALVARINHO DE MONÇÃO, LDA
SOLAR DE SERRADE ALVARINHO
VINHO VERDE ALVARINHO
MODESTO AUGUSTO FREITAS CASTRO
MODESTU'S ARINTO
VINHO VERDE ARINTO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM AVESSO
VINHO VERDE AVESSO
QUINTA DE AMARES VINICULTURA, LDA
QUINTA D'AMARES LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
SOCIEDADE AGRÍCOLA CASA DE VILA 
NOVA, LDA
VILA NOVA LOUREIRO
VINHO VERDE LOUREIRO
AB - VALLEY WINES, LDA
ABCDARIUM AZAL
VINHO VERDE DE CASTA
CARLOS ALBERTO CODESSO
DONA PATERNA ALVARINHO XO
AGUARDENTE DE VINHO VERDE
ALVAIANAS, LDA
ALVAIANAS RESERVA BRUTO ALVARINHO
ESPUMANTE DE VINHO VERDE BRANCO
 
DOS SANTOS, LDA
MANHUFE ALVARINHO
VINHO REGIONAL MINHO
CASTA
Viosinho
texto Marc Barros / foto arquivo
A casta Viosinho faz parte de um conjunto de variedades de origem nortenha, presente sobre-
tudo nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes, que formam um lote ganhador, quer na pro-
dução de vinhos brancos tranquilos, quer Vinhos do Porto brancos. 
Variedade de maturação precoce e produção baixa, oferece níveis médios ou baixos de acidez, 
sobretudo a cotas baixas. Porquê, então, esta predileção pela casta? Adaptabilidade e estrutura. 
Ou seja, trata-se de uma variedade que se dá bem em vários tipos de solos e produz vinhos bem 
estruturados, aos quais se juntam características sensoriais atraentes, desde logo um caráter 
floral intenso, mas também frutos exóticos e muita mineralidade.
Daí que, estando presente sobretudo nas vinhas velhas das regiões supracitadas, integra quase 
todas as novas plantações de vinhas e está a expandir-se para sul, sobretudo para a região de 
Lisboa, onde é responsável por algumas das mais atrativas propostas em monovarietais. De 
acordo com os dados do IVV de abril de 2018, a casta responde por 1038 ha. de vinha, cerca de 
1% do encepamento nacional, sendo no entanto expectável que o número seja já superior.
Como casta precoce que é, não apresenta problemas de maior na vinha, exigindo no entanto 
cuidados particulares dada a sua sensibilidade ao oídio. Altamente produtiva, pede solos secos ou 
bem drenados e adapta-se a diferentes modelos climáticos, a qualquer tipo de condução e por-
ta-enxerto. Os seus vinhos apresentam grau alcoólico considerado muito bom, podendo atingir 
facilmente 13% a 14% de volume. Por outro lado, dada a sua baixa sensibilidade à oxidação, aos 
vinhos desta variedade reconhece-se bom potencial de envelhecimento. Percebe-se, por isso, a 
preferência de que, sobretudo no Douro, a casta é alvo. Com efeito, integra o lote típico do Vinho 
do Porto branco, juntamente com Gouveio, Malvasia Fina ou Rabigato. Nos vinhos tranquilos, 
são cada vez mais as opções em monovarietal. Deixamos aqui algumas opções a experimentar.
1.
2.
3.
4.
dicas
À casta Viosinho são atribuídas características 
aromáticas especiais que fazem dela um pilar 
nos brancos do Douro. Salientam-se, desde logo, 
os aromas florais intensos e ligeiras notas 
vegetais, bem como a componente de fruta 
exótica, que pode ser mais ou menos exacerbada 
tendo em conta a vinificação.
Para além disso, apresenta boa estrutura e 
volume alcoólico, fazendo com que, na boca, 
os vinhos desta casta mostrem bom corpo e 
alguma doçura, caso os níveis de álcool saiam do 
equilíbrio. Sendo envolvente, pode terminar chato, 
dada a sua acidez média. Esta dificuldade pode 
ser ultrapassada na vinha, se a casta for plantada a 
cotas mais elevadas, ou na adega.
Assim, as tendências de vinificação desta casta 
apontam para a produção de vinhos capazes 
de fazer realçar a sua componente floral e 
mineralidade, ao invés de apostar no caráter 
mais frutado. A vinificação em inox a baixas 
temperaturas, ou com recurso a barricas já usadas 
ou sem tosta, vão nesse sentido. Obtêm-se desta 
forma vinhos que podem ser menos do agrado do 
público habituado a procurar fruta, mas certamente 
mais interessantes e, até, misteriosos.
A disseminação da casta pelo país vitícola é já uma 
realidade. Entre os vinhos monocasta disponíveis, 
ficam algumas sugestões das regiões do Douro, 
Lisboa e Trás-os-Montes: 100 Hectares Viosinho 
2018; AdegaMãe Viosinho 2018; D. Graça Reserva 
Viosinho 2018; Quinta de Ventozelo Viosinho 
2018; Quinta do Gradil Viosinho 2018; Quinta do 
Portal Unlocked Viosinho 2015 e; Quinta Valle 
Madruga Viosinho 2018. Boas Provas!
42 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
VINHOS & NÚMEROS
Os números também contam histórias sobre o mundo do vinho.
Fontes: IVV, Ministério da Agricultura, OEMV - Observatório Espanhol do Mercado do Vinho.
texto Marc Barros · infografia Angela Reis
Exportações e ameaças em tempos de pandemia
As exportações de vinhos portugueses registaram uma quebra abrupta nos dois primeiros meses de 2020 face 
ao período homólogo de 2019, depois do crescimento recorde do ano passado (ver RV365). Há sinais de retoma 
concluído o primeiro trimestre, ainda que inconclusivos. Mas há outras ameaças a pairar. Afigura-se essencial o 
aumento das ações de promoção dos vinhos portugueses no exterior e a procura por novosmercados; ações que 
não se compadecem de burocracias nem atitudes mesquinhas de competição.
Ameaças à retoma
Na última década:
Em sentido inverso:
 Países Terceiros
+ 2,7% em valor
+ 22,7% em volume 
 Manteve preço médio (2,56 euros)
Maiores quebras em (volume e valor):
UNIÃO EUROPEIA
- 14,4% em valor
- 11,1% em volume
-3,7 % no preço médio por litro (2,62 euros)
Curiosamente: no 1º bimestre o preço médio por 
litro subiu ou decresceu ligeiramente (-3% no caso 
do Reino Unido, +4,3% em Itália, +7,5% nos EUA e 
48,4% na China!)
Vendas em valor passaram de 614 ME em 2010
para 821 ME em 2019
Será possível sonhar com a meta de 1000 ME de 
exportações ainda este ano?
CHINA
Importações a desacelerar nos últimos dois anos.
Mercado que representa 2.180 ME e 613 milhões de 
litros.
 Para Portugal, 20 ME e 6,4 milhões de litros.
 Perda de 20% deste mercado significa quebra total 
de 400 ME e 110 milhões de litros.
JAPÃO
Anuncia-se potencial desaceleração.
Mercado japonês cada vez mais importante para 
certas regiões, como Vinho Verde.
RÚSSIA
Nova lei do vinho em vigor a partir de junho. 
Visa estimular a procura doméstica.
Em suma: Tudo dependerá da duração da crise e das 
hipóteses de um segundo semestre visivelmente melhor.
BREXIT
Falta de acordo comercial entre Londres e Bruxelas.
EUA
Tarifas impostas pelo governo Trump a alguns países 
(França, Alemanha, Reino Unido e Espanha) e não a 
outros (Itália, Portugal) pode, nesta fase, ser vital para 
os vinhos portugueses.
Exportações no primeiro trimestre de 2020:
+ 4 ,4 % em volume (717.158 hl.)
+ 2,1 % em valor (185 ME)
-2,2 % no preço médio de venda por litro (2,59 euros)
44 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
VINHOS & TURISMO
O mundo regressa lentamente à normalidade. As portas do enoturismo estão de novo abertas. Desfrutemos…
Enoturismo, o regresso
texto Marc Barros / fotos D.R.
Meses de confinamento e incerteza estão, lentamente, a ser debelados no que se refere ao segmento do 
enoturismo, que vinha a ganhar importância acrescida no negócio das empresas. As primeiras unidades reabrem 
portas, tomando cautelas especiais para receber visitantes, que se antecipam ávidos de descobertas, provas de 
vinhos e, sobretudo, contacto com a Natureza. Ainda por cima quando se avizinha o período mais importante do 
ano, a vindima. Eis algumas sugestões.
Quinta da 
Pacheca 
A Quinta da Pacheca rea-
briu o Wine House Hotel, 
Wineshop e restaurante. Os 
espaços de enoturismo, que 
já se encontram certificados 
com o selo «Safe & Clean», 
serão comercializados em apenas cinquenta por cento da capacidade, 
tendo igualmente sido estabelecido o espaçamento de dois metros de 
distância entre mesas, exceto para famílias. 
Todo o staff utiliza equipamento de proteção e está obrigado ao plano 
interno desenhado pela empresa. A Quinta da Pacheca possui 75 hec-
tares de vinha e amplos espaços ao ar livre e o The Wine House Hotel 
conta com quinze quartos, aos quais somam dez wine barrels, quartos 
em barricas de luxo.
Quinta da Pacheca: Rua do Relógio do Sol, 261 / 5100-424 Cambres, Lamego / T. 254 331 229 / E. 
reservas@quintadapacheca.com
Rota da Bairrada 
A Rota da Bairrada reabriu os 
seus dois espaços, na Curia e 
Oliveira do Bairro, ambos com 
o selo ‘Clean & Safe’. Para já, 
é possível comprar vinho e 
demais produtos, assim como 
consultar a equipa da Rota 
para criação de roteiros, mar-
cação de visitas e estadias. 
Nesse sentido, foi também lan-
çado o ‘Guia de Enoturismo 
Bairrada 2020’ em formato 
digital. A rota reúne oito 
municípios – Águeda, Anadia, 
Aveiro, Cantanhede, Coimbra, 
Mealhada, Oliveira do Bairro 
e Vagos - e 26 produtores de 
vinho, 28 restaurantes, 17 uni-
dades de alojamento e quatro 
empresas de animação.
Rota da Bairrada: https://loja.rotadabair-
rada.pt/media/PDF-Flip/index.html
Torre de Palma
Wine Hotel
O Torre de Palma Wine Hotel, 
inserido na Herdade de Torre 
de Palma, em Monforte, reabre 
portas, juntamente com o res-
taurante Basilii e adega. A uni-
dade dispõe de 19 quartos com 
capacidade para 50 hóspedes, 
tendo elaborado um guia com 
todos os processos de higiene 
e segurança a adotar. Para além 
das normas reforçadas de lim-
peza e desinfeção nos vários 
espaços, será ainda disponibi-
lizado serviço médico no hotel. 
Torre de Palma Wine Hotel: Herdade de 
Torre de Palma / 7450-250 Monforte
T. 245 038 890 / M. 936 004 264
E. reservas@torredepalma.com
Casa do Rio
Nas margens do Douro, entre 
o Parque Natural do Douro 
Internacional e o Parque 
Arqueológico do Vale do Côa, 
que é o mesmo que dizer entre 
Vila Nova de Foz Côa e a fron-
teira com Espanha, a Casa do 
Rio assume-se como projeto de 
enoturismo de nicho, direcio-
nado para um público muito 
particular. Desde logo, pelo seu 
perfil intimista, próximo da natu-
reza, pela ligação umbilical aos 
vinhos do Douro Superior, mas 
também pelo desenho do arqui-
teto Francisco Vieira de Campos. 
Está novamente apta a receber 
hóspedes, sob apertadas medidas 
e assegurando o cumprimento 
dos requisitos 'Clean & Safe' do 
Turismo de Portugal.
Casa do Rio
Quinta do Orgal / EN 222, km 213 / 5150-145 
Vila Nova de Foz Côa / T. 279 764 339
E. reservas@quintadovallado.com
Caves de Vinho
do Porto
É um dos mais importantes 
pontos nacionais dedicados 
ao enoturismo. A marginal de 
Vila Nova de Gaia quer recu-
perar algum do movimento que 
estava a registar no último ano 
e, para tanto, algumas caves já 
anteciparam a reorganização 
da dinâmica das visitas, acom-
panhada da formação dos cola-
boradores. O objetivo é conse-
guir que os visitantes usufruam 
de experiências ímpares mas 
seguras e, em simultâneo, 
manter a qualidade de serviço e 
a hospitalidade.
46 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
1000
REPORTAGEM
fotos Arquivo e D.R.
1. Hotéis Pestana 
reabrem na Madeira
Com os seus hotéis na Madeira 
encerrados desde o final de 
março, o Pestana Hotel Group 
pretende começar a abrir algumas 
unidades neste destino a partir 
de julho. As unidades irão abrir de 
acordo com as tendências que o 
cliente procura no pós-COVID-19, 
ou seja, self-catering, espaços 
verdes, áreas exteriores, edifícios 
com poucos andares, se possível, 
autónomos, com entradas sepa-
radas e em cima da praia. 
No Funchal, o primeiro a abrir 
foi o Pestana Casino Studios, 
unidade que corresponde a este 
novo enquadramento. Segue-se 
a abertura do Pestana Quinta 
do Arco, no norte da Madeira, 
para o mercado local. O grupo 
prevê ainda a abertura Pestana 
Bay Ocean Aparthotel, na Praia 
Formosa,e, eventualmente, o 
Pestana Carlton, devido ao 
Vacation Club, o clube de férias 
do grupo. Na ilha de Porto Santo, 
foi reaberto o Pestana Porto 
Santo. A unidade dispõe de 320 
quartos, mas somente 100 estarão 
em funcionamento na fase de 
abertura. 
2. Onyria Quinta da 
Marinha Hotel
Preparado para os novos tempos, 
o Onyria Quinta da Marinha Hotel 
reabre a 9 de junho depois de 
uma remodelação de 3,5 milhões 
de euros. Na reabertura, os hós-
pedes poderão esperar a mesma 
envolvência única do Parque 
Natural Sintra-Cascais a que se 
juntam uma nova decoração e 
novas atividades. O selo Clean & 
Safe, a chave virtual e as medidas 
de higiene e segurança refor-
çadas fecham a oferta.
QUINTA DA MARINHA
2750-005 Cascais, Portugal / T.214 860 100
www.quintadamarinha.com
3. Quinta Nova de 
Nossa Senhora do 
Carmo
Foi uma das primeiras quintas do 
país a abrir um turismo dedicado 
ao vinho. A Quinta Nova de Nossa 
Senhora do Carmo reabre já 
no próximo dia 5 de junho com 
espaços renovados e a certifi-
cação Clean and Safe"’.
QUINTA NOVA DE NOSSA SENHORA DO 
CARMO
5085-222 Covas do Douro
Portugal / M. 969 860 056
T. 254 730 430 / 254 730 420
www.quintanova.com
4. Quinta do Portal 
O primeiro dia do mês de junho 
marcou a reabertura do enotu-
rismo da Quinta do Portal, em 
Celeirós, no Douro. O mesmo 
aconteceu com o restaurante, a 
loja da quinta e as visitas guiadas 
às caves. Todos estes serviços 
carecem de marcaçãoprévia:
reservas@quintadoportal.pt
cvisitas@quintadoportal.pt
M. 925 779 499 / 968 120 127
5. Vila Galé Clube 
de Campo
Trata-se de uma unidade pensada 
para famílias, num ambiente rural 
tipicamente alentejano. Conta com 
84 quartos, a que se juntam duas 
vivendas, com três e dois quartos. 
Oferece experiências associadas 
à natureza, como balonismo, pas-
seios pela herdade, passeios em 
moto 4, ‘birdwatching’, caminhadas 
matinais, ou seja, num grande 
envolvimento e em harmonia com 
a natureza.
Reaberto a partir do dia 9 de junho.
HERDADE DA FIGUEIRINHA - SANTA VITÓRIA
7800-730 Beja / T. 284 970 100
6. The Prime 
Energize Hotel
Medidas excecionais de segu-
rança atestadas pelo selo Clean & 
Safe, acesso a uma zona exclusiva 
na praia de Monte Gordo e possi-
bilidade de praticar desporto com 
todos os cuidados e acompanha-
mento profissional. É desta forma 
que o Hotel The Prime Energize, 
em Monte Gordo, reabriu portas a, 
a tempo de receber todos os que 
queiram desfrutar do sol algarvio 
com toda a segurança.
Hotel Design de quatro estrelas 
localizado em pleno Sotavento 
algarvio, o The Prime Energize 
situa-se a escassos 400 metros 
da praia de Monte Gordo. Junto 
à Reserva Natural do Sapal de 
HOTÉIS E RESTAURANTES
REABREM O PAÍS AO TURISMO
48 · Revista de Vinhos ⁄ 367 · junho 2020 @revistadevinhos
Com o paulatino regresso 
do mundo à normalidade, 
também os hotéis e os 
restaurantes portugueses 
estão prontos para mostrar 
a melhor gastronomia 
e hospitalidade em 
segurança. Deixamos 
algumas sugestões.
Castro Marim, está rodeado por 
uma extensa área de pinhal que 
convida à comunhão com a natu-
reza, seja através dos circuitos 
para bicicletas, de caminhadas ou 
até de piqueniques com os mais 
pequenos – o hotel tem várias 
suítes preparadas para receber 
famílias. Em junho, as tarifas diá-
rias começam nos 85,00€/noite, 
com pequeno-almoço incluído. 
HOTEL THE PRIME ENERGIZE
Rua de Ceuta, 4 / 8900 – 435 Monte Gordo
T. 281 001 300 / WhatsApp: 918 267 705
E. rsv.mg@theprimehotels.com
RESTAURANTES
1. VINUM Restaurant 
& Wine Bar
Com uma das mais privilegiadas 
vistas sobre o Porto e o rio Douro, 
o VINUM Restaurant & Wine Bar 
reabriu com todo o serviço de 
restaurante disponível no terraço. 
Os menus clássicos, esses, estão 
intocados e merecem destaque: 
Costeletão de Vaca Velha de 
Trás-os-Montes e o peixe fresco 
do Mercado de Matosinhos.
VINUM RESTAURANT & WINE BAR
Rua do Agro 141/ 4400-003 Vila Nova de Gaia
T. 220 930 417
www.vinumatgrahams.com
2. Restaurante 
Sagardi
O Sagardi Cozinheiros Bascos, 
na baixa do Porto, já está de 
novo a receber marcações. Dois 
meses depois de ter fechado, 
o Sagardi volta a preparar os 
melhores pratos bascos no início 
desta semana, com uma lotação 
limitada a 10 pessoas.
RESTAURANTE SAGARDI
Rua de São João, 54 - Porto / T. 221 130 987
E. reservas@sagardi.pt
www.sagardi.pt
3. 100 Maneiras e 
Bistro
69 dias depois, os restaurantes 
do chef Ljubomir Stanisic voltam 
a reabrir portas, com todas as 
medidas de segurança.
BISTRO 100 MANEIRAS
quinta a segunda, das 18h às 23h
sábados e domingos das 12h às 23h
RESTAURANTE 100 MANEIRAS
quinta a segunda, das 18h às 23h
4. Restaurante 
Barão Fladgate
Com uma vista privilegiada sobre 
o Douro, o Barão Fladgate, restau-
rante das caves Taylor's, reabre 
depois do confinamento já a partir 
desta quinta-feira.
As reservas são obrigatórias e 
podem-se fazer através de tele-
fone (223 772 951) ou pelo email 
bookings@baraofladgate.pt
RESTAURANTE BARÃO FLADGATE
Rua do Choupelo, 250
4400-088 Vila Nova de Gaia
5. Restaurante 
Terroso
Combinação perfeita de restau-
rante e bar de vinhos, o lugar 
encanta à partida. Comida de 
verdade, preparada na hora pela 
talentosa Vitalina, cozinheira de 
primeira linha, que pessoalmente 
pilota o fogão. Uma carta de 
vinhos de virar a cabeça. E um 
serviço, feito pelo próprio Pedro 
Jorge, inigualável na precisão, no 
conhecimento e na simpatia.
Pedro Jorge respeita o vinho 
e os produtores como poucos. 
Conhece-os pessoalmente. 
Domina tudo sobre harmoniza-
ções.
Portanto, é fazer a reserva e 
deixar-se levar pelas maravilhas 
de Vitalina, pelos vinhos de 
Pedro Jorge. E pela deliciosa 
tranquilidade e calma desta casa 
escondida numa rua bucólica de 
Cascais.
RESTAURANTE TERROSO 
Rua do Poço Novo 17, Cascais / T. 214 862 137
6. Rei dos Leitões 
Depois de mais de dois meses 
fechado e acabado de completar 
73 anos, o bairradino Rei dos 
Leitões voltou a abrir as portas ao 
público. Tendo em conta o con-
texto atual e as medidas impostas 
pela Direcção-Geral de Saúde, foi 
criada uma nova infraestrutura 
de apoio ao restaurante. Assim, 
a entrada no Rei é agora feita 
por uma espécie de “passadeira 
vermelha”, feita com calçada à 
portuguesa e algumas árvores. 
REI DOS LEITÕES
Avenida da Restauração, 17 / Mealhada 
7. Sicario Taqueria 
Mexicana
A partir de 3 de junho, o Sicario, 
espaço dedicado à gastronomia 
mexicana, abre oficialmente as 
portas ao público com medidas 
de higiene e segurança refor-
çadas, de acordo com as reco-
mendações da Direção Geral de 
Saúde, apenas aos jantares, das 
quartas aos sábados (entre as 
19h30 e as 23h00), e aos almoços 
de domingo (das 12h00 às 18h00). 
Para essa data estão reservadas 
mais novidades e muita “buena 
onda”, ao bom estilo mexicano. 
SICARIO
R. Roberto Ivens 340 / 4450-218 Matosinhos
T.22 766 8382
@revistadevinhos
NOTÍCIAS
“Vamos servi-lo de máscara, mas por baixo dessa máscara, vamos estar com o mesmo 
sorriso de sempre. Estamos desejosos de voltar e a contar convosco”. Foi assim que, 
a 14 de maio, no Instagram, José Avillez anunciava a abertura do Bairro do Avillez. 
“Abrimos dia 1 de Junho e vamos ter muitas novidades”. As novidades tinham a ver com 
os novos menus, certamente, mas sobretudo com a adaptação do grupo às orientações 
da Direção Geral de Saúde. 
Por esta altura, diversos restaurantes publicavam nas redes sociais mensagens de teor 
idêntico. Fortemente abalado pela crise do COVID-19, o setor procurava assim adap-
tar-se ao novo normal, com um espírito positivo, muito diferente daquele que pudemos 
verificar na semana anterior a ser imposto o estado de emergência que levou ao fecho 
obrigatório dos restaurantes. O prejuízo já o sentiram na pele e o futuro próximo está 
longe de ser risonho. Porém, é muito positivo ver que o setor não atirou a toalha ao 
chão, nem se deixou ficar apenas pela reclamação de apoios. Inconformados, cada um 
procura agora adaptar os seus espaços às novas regras e os conceitos aos novos consu-
midores, sobretudo aqueles que estavam muito expostos ao turismo vindo do estran-
geiro. 
E quais são as regras para que possamos voltar aos restaurantes com confiança? Uma 
das principias medidas recomendadas pela Direção Geral de Saúde é a redução da 
capacidade máxima dos restaurantes. Esta medida visa assegurar o distanciamento 
físico recomendado de 2 metros entre as pessoas, privilegiando, se possível, a utilização 
de áreas exteriores. Porém, é acrescentado nesta orientação que “os coabitantes podem 
sentar-se frente a frente ou lado a lado, a uma distância inferior”. A DGS recomenda 
igualmente que seja aplicado um sistema de reservas. Foi o que fez, por exemplo, a 
pequena Taberna da Rua das Flores, em Lisboa, que nos seus 8 anos de existência 
nunca trabalhou com reservas. Agora passaram a fazê-lo e por slots de horários. As 
autoridades de saúde desaconselham ainda os lugares de pé, por ser mais difícil de 
assegurar o distanciamento social, e as operações do tipo self-service, como é o caso 
dos buffets. 
Em termos de higiene, é importante lembrar que os standards dos restaurantes já há 
muito que são bastante elevados, nomeadamente no que diz respeito às regras do HCCP 
(e com a fiscalização da ASAE sempre à perna). Todavia, agora têm de reforçar algumas 
destas normas e aplicar outras novas, como por exemplo, desinfetar pelo menos seis 
vezes por dia todas as zonas de contato frequente - como sejam as maçanetas de portas, 
torneiras de lavatórios,

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