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AFECÇÕES CIRURGICAS DOS SISTEMAS REPRODUTIVOS E GENITAL · CIRURGIAS DO TRATO REPRODUTOR FEMININO. · Neoplasias mamárias · Neoplasias uterinas · Piometra · Prolapso Vaginal/ Hiperplasia/ Tumor · Prolapso uterino · CIRURGIAS DO TRATO REPRODUTOR MASCULINO · Hiperplasia prostática · Abscesso prostático · Cisto prostático · Neoplasia prostática · Neoplasia testicular e escrotal · Hipospadias · Fimose · Parafimose · Trauma e neoplasia peniana e prepucial Obs:. · Esterilização (castração) se refere tanto à Ovariohisterectomia (fêmeas), quanto à Orquiectomia (machos); · Mastectomia é o termo utilizado para a excisão (retirada) de uma ou mais glândulas mamarias ou tecidos mamários; · Episioplastia é o termo utilizado para a reconstrução vulvar; · Episiotomia é o termo utilizado para a exposição vulvar e vaginal. · Na consulta de avaliação cirúrgica deve-se realizar uma boa anamnese; 1) AUSCULTAÇÃO a) Frequência cardíaca CÃO ----- 80 – 120 bpm GATO ----160 – 240 bpm b) Frequência respiratória CÃO -----10 – 40 mpm GATO ---10 – 40 mpm 2) TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR (TPC) 3) PULSO FEMORAL 4) TEMPERATURA 5) PALPAÇÃO ABDOMINAL FÊMEAS a) Se atentando a sinais de dor (cifose= curvatura da coluna) b) Faz a palpação na região ovariana/ uterina/ inguinal, e subindo para região renal. c) Avalia a vesícula urinaria, se está repleta ou vazia; d) Avalia a vulva, expondo para observar a mucosa, se há alguma alteração, como secreção ou sangramento. e) Avalia a cadeia mamaria, deitando o animal em decúbito lateral e palpa as glândulas mamarias, desde a região torácica até a inguinal, observando se há algum nódulo ou alguma alteração. MACHOS a) Palpa região abdominal; b) Avalia região de testículo e pênis, avalia a coloração do esmegma (secreção do pênis); c) Faz toque retal para avaliar o tamanho da próstata. CONDUTA PRÉ OPERATORIA 1. Exames complementares; a) Hematopoiético b) Bioquímico c) Ultrassom abdominal 2) Estabilizar o paciente antes de entrar em cirurgia com fluidoterapia. CIRURGIAS DO TRATO REPRODUTOR FEMININO. TUMORES MAMARIOS · Tumor extremamente agressivo e rápido; · Geralmente não acomete todas as glândulas, o que difere da hiperplasia; · Solicitar exames complementares: · Realizar o estadiamento neoplásico (saber o avanço da neoplasia) · Solicitar ultrassom abdominal; · Raio x de tórax; · Hemograma; · Perfil hepático e renal; · Citologia ou encaminha a cadeia mamaria para avaliação. · Procedimento cirúrgico · Cuidar com os vasos que irrigam as glândulas mamarias; · Glândulas mamarias 1 e 2 · Ramos lateral e ventral da intercostal, vasos torácico interno e torácico lateral. · Glândulas mamarias 2 e 3 · Vasos epigástricos superficiais craniais. (perto da região xifoide) · Glândulas mamarias 3 e 4 · Vasos epigástricos superficiais caudais. · Realizar tricotomia ampla da região, e na região lateral · Retira uma cadeia mamaria toda e após 60 dias retira a outra; · Retirar o linfonodo axilar e inguinal. NEOPLASIAS UTERINAS · As cadelas podem apresentar sinais clínicos muitos parecidos com a piometra; · secreção vulvar; · Cio recorrente; · Comportamento agressivo: · Dor abdominal; · Dificuldade para urinar; · Dificuldade para defecar · Tipos de tumores uterinos: · Leiomioma · Fibroma · Leiomiossarcoma · Adenoma · Adenocarcinoma · Fibrossarcoma · Lipoma · Diagnostico: · Ultrassom · Tratamento: · Castração. PIOMETRA · É o acúmulo de material purulento no interior do útero. · Podendo ser apresentada de duas formas: · Aberta · Secreção fluida se exteriorizando pela vulva. · Fechada · A cérvix da cadela é muito contraída, impedindo que a secreção se exponha. · HIDROMÉTRIO – Secreção liquida; · MUCOMÉTRIO – Secreção mucoide; · HEMATOMÉTRIO – Secreção sanguinolenta; · PIOMETRA DE COTO – Quando ainda existe tecido uterino após castração; · Anormalidades potenciais em animais com piometra: · Hipoglicemia; · Azotemia – Aumento da creatinina e ureia; · Disfunção renal e hepática – Ocasionada pela alteração proteica (caquexia) · Anemia – Sequestro celular, pela contaminação bacteriana · Arritmias - Equilíbrio eletrolítico alterado · Leucocitose severa - Carga bacteriana · Hiperemia ou hipotermia no caso de choque · Frequência respiratória alterada ↑dor ↓sepse.SINAIS DE SEPSE · Frequência Cardíaca ↑160 bpm; · Temperatura ↑39,6 °C ou ↓37,7 °C; · Respiração frequência ↑20 respirações por minuto ou pressão parcial de CO2 menor que 32 mmHg. PROCEDIMENTOS · Estabilização com fluidoterapia; utilizar ringer com lactato, devido as perdas eletrolíticas oriundas da disfunção renal, azotemia, o animal tem vomito e diarreia; · Hemograma; · Hemogasometria; · Antibioticoterapia. · Piometra fechada · Paciente caquético · Frequência cardíaca baixa · Frequência respiratória baixa · Abdome abaulado · Pulso fraco · Piometra aberta · Paciente Com secreção sanguinolenta purulenta ou mucoide ou serosa · Temperatura alterada ↑. · Diagnostico: · Raio x – vísceras mais craniais e presença de líquido no útero · Ultrassom abdominal · Tratamento: · Castração · Cuidado para não romper o útero e causar uma peritonite; · Lembrar de tirar os ovários. · Pós operatório: · 24h em observação; · Fluidoterapia; · Antibioticoterapia; · Analgesia; · E o paciente não estiver azotemico, AINE; · Protetor gástrico; · Polivitamínico. *NÃO USAR CORTICOIDE PROLAPSO VAGINAL/HIPERPLASIA · Ocorre durante o estro ou proestro; · Protusão do tecido vaginal; · Podendo ter laceração; · Associado a pós parto; · Emergência; · Estabilizar o paciente; · Lavar região; · Tricotomia; · Traciona para colocar para dentro; · Castração; · Dependendo pode ser realizado a episioplastia. PROLAPSO UTERINO · Eversão e protusão de uma porção do útero pela cérvix; · Emergência; · Associado ao pós parto; · Estabilizar o paciente; · Lavar região; · Tricotomia; · Castração. CIRURGIAS DO TRATO REPRODUTOR MASCULINO · Sinais clínicos: · Depressão/ letargia; · Esforço excessivo para urinar/defecar (tenesmo); · Hematúria; · Vômitos; · Desconforto/dor; · Poliúria/polidipsia. ABSCESSO PROSTÁTICO · Tratamento: · Castração · Após a castração pode ser realizada a drenagem da próstata com guiada pelo ultrassom. CISTO PROSTÁTICO · Tratamento: · Realizar a castração e prostectomia. TUMOR · Tipos de tumor: · Adenocarcinoma · Carcinoma de células de transição · Carcinomas indiferenciados · Carcinoma de células escamosas · Leiomiossarcoma · Hemangiossarcoma · Tratamento cirúrgico · Dependendo do tamanho do tumor, castra e espera para ver se reduz, caso não, realiza a prostectomia. · O tratamento para pequenos cistos parenquimais é a castração. · Cães com grandes cistos devem ser castrados e os cistos drenados, retirados ou diminuídos. · A ressecção incompleta pode ser necessária para prevenir a incontinência. · Conduta pré-operatória · Os animais com cistos prostáticos são em geral estáveis. · Se a marsupialização ou uma cirurgia prolongada for antecipada, é prudente providenciar o tratamento antimicrobiano pré-operatório. · Tumores Testiculares e Escrotais ESCROTAIS: · Tumores de mastócitos (MCTs) · Melanomas TESTICULARES: · Célula de Sertoli · Célula intestinal · Seminoma · Carcinoma embrionário · Lipoma · Fibroma · Hemangioma · Condroma · Teratoma · Sinais clínicos · Aumento de volume de saco escrotal ou ao palpar o testículo está fora da anatomia normal · Hiperestrogenismo excesso de testosterona, se converte em estrógeno, o animal apresenta características femininas. Sinais de hiperestrogenismo: · Alopecia simétrica bilateral · Pelos quebradiços · Fraco crescimento dos pelos · Pele fina · Hiperpigmentação · Aumento do mamilo · Aumento mamário · Atrofia peniana · Edema e perda da firmeza prepucial · Micção agachada · Redução da libido · Atração por machos · Atrofia testicular · Atrofia prostática ou aumento cístico · Anemia · Trombocitopenia ou neutropenia HIPOSPADIA · É uma anomalia de desenvolvimento em machos na qual a uretra se abre ventral e caudalmente em relação ao orifício normal. · Raro · Tratamento: · Deveser realizado uma cirurgia de correção da uretra e prepúcio NEOPLAISA PENIANA · Diagnostico: · Exame físico · Tratamento: · Penectomia · Urestrostromia · Castração FIMOSE · Incapacidade de exteriorizar o pênis do estojo prepucial, a abertura prepucial é muito pequena ou inexistente. · Falha no desenvolvimento ou o resultado de trauma e estenose prepucial · Pode ocorrer secundariamente a uma neoplasia peniana ou prepucial ou celulite prepucial · A incapacidade de expor o pênis causa irritação prepucial e infecção secundaria ao acúmulo de urina no prepúcio. · A balanopostite causa uma descarga prepucial · Sinais clínicos: · O animal em dificuldade em expor o pênis · Balanopostite · Tratamento: · Plastia na região prepucial. PARAFIMOSE · Incapacidade de retrair o pênis para dentro do estojo prepucial. · Tratamento: · Correção cirúrgica, plastia na região prepucial. *priapismo – é a ereção persistente do pênis sem a excitação sexual; Falopexia – É o procedimento para criar uma aderência permanente entre o corpo do pênis e a mucosa do prepúcio.
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