Aula 04 educação a distancia

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Veronica Ramos Gomes
Aula 4
História da educação a distância: 
quando e como tudo começou?
Aula 4 • História da educação a distância: quando e como tudo começou?
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Meta
Apresentar ao aluno a trajetória histórica da Educação a Distância no 
Brasil.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, o aluno seja capaz de:
1. conhecer a história da EaD no Brasil; 
2. identificar diferentes projetos da EaD no Brasil. 
Educação a distância
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Introdução
Olá, estudantes!
Continuamos nossa viagem panorâmica pela história da EaD, agora 
no Brasil. 
Observe as manchetes de dois jornais de grande circulação no Brasil:
“Cresce número de alunos que optam por pós a distância; oferta 
gratuita avança” (Folha de São Paulo, 27/01/2013).
“Educação a Distância: matrículas vão de 5 mil para 1 milhão em 
10 anos” (O Globo, Rio de Janeiro, 4/03/2013).
Como foi a trajetória da EaD no país até chegarmos a estas manche-
tes em jornais de grande credibilidade? É isto que estudaremos agora.
Acontecimentos históricos, como o avanço do capitalismo industrial, 
transformações econômicas e sociais, advindas da evolução dos meios 
de transportes e de comunicação, também serviram de referencial para 
o desenvolvimento da educação a distância no país.
Numa primeira etapa, utilizamos o material impresso, enviado por 
correspondência. Após, passamos pelos veículos de comunicação de 
massa: primeiro rádio, depois a TV e, por último, a informática conju-
gada com outros meios de telecomunicação, criando, assim, uma rede 
multimídia. 
Temos, entretanto, pelo menos dois diferenciais em relação à história 
da EaD no mundo. O primeiro é o papel do rádio e da televisão, que fo-
ram utilizados de forma bastante eficaz e criativa. A segunda é a criação 
tardia da Universidade Aberta, que ocorreu muito recentemente, em 
2005, quando o Ministério da Educação em parceria com a ANDIFES 
(Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensi-
no Superior), fundou a UAB (Universidade Aberta do Brasil). Visando à 
expansão da educação superior no âmbito do Plano de Desenvolvimen-
to da Educação (PDE).
Começando nossa trajetória!
No início do século XX, por volta de 1904, já existiam anúncios, em 
jornais do Rio de Janeiro, oferecendo cursos profissionalizantes de da-
tilografia. Estes cursos não eram oferecidos por instituições de ensino, 
e sim por professores particulares. O único pré-requisito exigido do 
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aluno era ser alfabetizado. Não podemos esquecer que vivíamos numa 
República pós-abolição dos escravos, onde o número de analfabetos era 
muito grande.
Com o passar dos anos, o problema educacional agravar-se-ia, pois 
o país passaria por um processo industrial muito rápido. A industriali-
zação que emergia, demandaria mão de obra qualificada. E o Brasil, até 
por volta dos anos de 1950, ainda era um país essencialmente rural e sua 
economia voltada para a exportação de produtos agrícolas, principal-
mente o café. Nossa mão de obra, portanto, não era qualificada.
 Outro problema grave na nossa sociedade eram as questões agrárias, 
como concentração de terras, inviabilizando a agricultura familiar; as 
más condições de trabalho e de vida no campo. Esses fatores impul-
sionavam a vinda das pessoas para as cidades em buscas de maiores 
oportunidades. 
Os fundamentos da política para educação nessa época, como afir-
ma Barros, 2003, “refletia além da organização racional do trabalho, 
adequando o trabalhador a uma determinada ocupação industrial, mas 
também à fixação de homens e mulheres no campo de forma a conter o 
processo de crescimento urbano mediante uma distribuição racional da 
população pelas atividades rurais e urbanas.”
Você sabia?
A economia do Brasil Colônia e do Brasil Império era essencial-
mente rural e assentava-se na produção agrícola para exportação, 
baseada na exploração do latifúndio e da mão de obra escrava. 
A escola não se constituía, assim, no início da História do Brasil, 
uma necessidade para a população, que, em decorrência disto, 
não exigia do governo políticas públicas para sua implementação. 
De acordo com Ghiraldelli Jr. (1991), em 1920, 75% da população 
brasileira eram analfabetos.
Maiores informações em: http://www.slideshare.net/giselefinatti-
baraglio/histria-da-educao-no-brasil-8567078
http://www.slideshare.net/giselefinattibaraglio/histria-da-educao-no-brasil-8567078
http://www.slideshare.net/giselefinattibaraglio/histria-da-educao-no-brasil-8567078
Educação a distância
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Vimos o mesmo fato na Aula 3: a indústria chegando com força 
como atividade econômica e uma população sem preparo para esta 
nova realidade. 
Então, o que fazer? 
A Educação a Distância poderia preencher esta lacuna deixada pelo 
ensino convencional. Pois, em uma ação emergencial, trabalhadores 
analfabetos (ou quase) passaram a ser treinados para trabalharem em 
máquinas modernas e sofisticadas e consequentemente passaram a in-
corporar o novo universo das oficinas e fábricas.
Continuando nossa trajetória...
É considerada como marco inicial da educação a distância no Brasil 
a criação em 1923, da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Resultado do 
esforço de membros da Academia Brasileira de Ciências, liderado por 
Henrique Morize e Roquete Pinto. Um ano após, é instalada a primeira 
Rádio Escola Municipal no Rio de Janeiro. Com dificuldades de manu-
tenção da rádio, Roquete Pinto doa a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro 
ao Ministério da Educação e Saúde.
O uso do rádio tem grande importância na disseminação da EaD 
no Brasil, pois nosso país tem dimensões continentais e, dentre outros 
aspectos geográficos, é muito marcado pelas águas. Veja o caso das 
populações ribeirinhas da Amazônia: elas habitam lugares onde só se 
chega de barco. As ondas do rádio alcançam com mais facilidade estes 
recantos do país.
A prioridade do rádio era formação de trabalhadores, tanto na cidade 
quanto no campo, já com o discurso de democratização do ensino. Mas, 
no “fundo”, tal discurso tinha como objetivos, além de melhorar a quali-
dade da mão de obra, evitar a migração em massa do campo para cidade. 
O rádio tem uma importância fundamental como ferramenta na his-
tória da EaD no Brasil, já em 1937 é fundado o Serviço de Radiodifusão 
Educativa do Ministério da Educação. A partir de então, algumas enti-
dades particulares utilizaram o veículo para veicular seus cursos, “des-
tacando-se, entre eles, A rádio Escola Postal e a Voz da Profecia, criada 
pela Igreja Adventista em 1943, com o objetivo de oferecer cursos bíblicos 
a seus ouvintes” (Alves, J.R.M., 2007).
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Mais adiante, na década de 60, a EaD avança, começando a funcio-
nar uma nova comissão de estudo e planejamento radiofônico para fins 
educativo. “Foi criado, na estrutura do Ministério da Educação e Cul-
tura, o Programa Nacional de Teleducação (Prontel), a quem competia 
coordenar e apoiar a teleducação no Brasil.” (Saraiva,1996). Este órgão 
foi substituído, anos depois, pela Secretaria de Aplicação Tecnológica 
(Seat), que foi extinta
Em 1941, é Criado o IUB (Instituto Universal Brasileiro), sediado em 
São Paulo, oferecendo cursos profissionalizantes por correspondência; é 
uma instituição privada que funciona até os dias de hoje.
Nos anos 70 e 80, as revistas populares do país veiculavam no inte-
rior de suas páginas anúncios da instituição, inclusive com um recorte 
para inscrição nestes cursos, que deveriam ser enviados pelo correio. 
Hoje, o curso tem página na Internet, é uma plataforma expositiva, ou 
seja, não há interação com os interessados.
O endereço do site do Instituto Universal Brasileiro é www.insti-
tutouniversal.com.br, caso você tenha interesse em conhecer dife-
rentes modelos de plataformas.
Com a iniciativa do SESC (Serviço Social do Comércio), SENAC 
(Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e de emissoras de rádio 
em SP, foi criadaa Universidade do Ar. O ano era 1941 e o objetivo era 
atender a professores leigos. Em 1947, tal universidade atinge seu auge 
com mais de 80 mil alunos, oferecendo cursos de técnica comerciais 
para comerciantes e empregados, (lembram-se do papel da EaD na me-
lhoria da qualidade da mão de obra?). Era o comércio investindo em 
seus empregados para melhor atender a um consumidor promissor.
http://www.institutouniversal.com.b
http://www.institutouniversal.com.b
Educação a distância
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Dê uma olhada! Acesse os sites do SESC e SENAC para conhecer 
seus cursos!
www.senac.com.br e www.sec.com.br
Vamos a outros projetos importantes! 
No campo da alfabetização, o grande destaque é o Movimento de 
Educação de Base (MEB), criado na década de 60, com o objetivo de pro-
mover a alfabetização via rádio de grande alcance pelo Norte e Nordeste 
do país. Foi idealizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil 
(CNBB), com a colaboração do Ministério de Educação e do Desporto.
“O projeto ganhou um prêmio da UNESCO, pela qualidade apresen-
tada” (Berbat, 2008). Foi extinto pela ditadura militar. Mais uma vez, os 
caminhos da história afetando a educação a distância.
Destacamos também do Projeto SACI ou Sistema Avançado de Co-
municação Interdisciplinar. Ele foi concebido e operacionalizado, em 
caráter experimental, de 1967 a 1974 por inciativa do INPE (Instituto 
Nacional de Pesquisas Espaciais). Seu objetivo era o uso de satélite num 
sistema nacional de teleducação. O programa seria destinado para as qua-
tro primeiras séries do antigo Ensino Primário e para professores leigos.
O uso de satélite doméstico para fins educativos foi abandonado. 
Este modelo, naquele momento, tinha como objetivo formar uma rede 
nacional de escolas com programas de rádio, TV e material impresso 
de apoio. Além disto, teria a possibilidade do mecanismo de feedback 
constante dos alunos, graças a esta nova tecnologia.
Com objetivo de proporcionar formação básica e expansão do antigo 
Ensino Primário, foi criado o Projeto Minerva em 1970, veiculado pela 
Rádio Mec. Era gratuito, contava com material impresso; chegou a am-
bicionar oferecer curso até o antigo ginasial.
Paralelamente, o Projeto Madureza tinha como objetivo atender aos 
estudantes que haviam abandonado a escola, utilizando rádio, televisão 
e material impresso.
http://www.senac.com.br
http://www.sec.com.br
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O analfabetismo no Brasil ainda era muito grande, a educação a dis-
tância poderia ser um instrumento de melhoria, mas podemos observar 
que os projetos não se sustentavam por muito tempo. Portanto, houve 
momentos de grande estagnação, provocados pela ausência de políticas 
públicas no setor.
Em 1992, foi criada a Coordenadoria Nacional de Educação a Dis-
tância na estrutura do MEC e, a partir de 1996, a Secretaria de Educação 
a Distância, como forma de consolidar o artigo 80 da LDB.
Observação: Abordaremos o artigo 80 da LDB (Lei de Diretrizes e 
Base da Educação) na nossa Aula 5 sobre legislação.
Citando outros projetos!
Alguns projetos que ocorreram nos anos 70 visavam principalmente 
à formação inicial ou ao resgate de estudantes que abandonaram a sala 
de aula, como o Centro de Ensino Técnico de Brasília (CETEB), cujos 
objetivos eram formar e treinar recursos humanos. 
Podemos citar, ainda, outros projetos. O CEN (Centro Educacio-
nal de Niterói) oferecia cursos de Ensino Fundamental e Médio, para 
estudantes fora da faixa etária. Também o Colégio Anglo Americano, 
que desde o final da década de 70 oferece cursos por correspondência, 
em níveis fundamental e médio, para brasileiros que estão fora dos pais.
Ainda na década de 70, a Fundação Roberto Marinho, vinculada à 
TV Globo, começa seus projetos televisivos com fins educativos. Num 
primeiro momento, em parceria com a Fundação Padre Anchieta e a 
TV Cultura de São Paulo, ela deu início aos cursos supletivos para En-
sino Fundamental e Médio. Foram denominados Telecurso 1º e 2ª grau. 
O projeto tinha o objetivo de melhorar a Educação Básica e também 
oferecer cursos profissionalizantes para a indústria. Olha aí novamente 
a formação de mão de obra industrial!
Com o apoio do Ministério da Educação, começaram a ser usadas as 
teleaulas, sempre com apoio de material impresso. Desde 1998, as tele-
aulas são transmitidas por milhares de emissoras em todo país.
Em seguida, outro avanço na área, segundo Bordenave (1987, p.64) 
“surge o Curso Supletivo João de Barro com formato de telenovela, voltado 
para os quatros primeiras séries e que se desdobrou no Projeto Conquista, 
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também em formato de telenovela, este voltado para as últimas séries do 
Ensino Fundamental. É considerado pioneiro no Brasil, usando recurso de 
televisão e teorias pedagógicas.”.
Observem quantos cursos a distância já citamos, voltados para a 
formação das séries inicias, em uma clara demonstração de como, nas 
décadas de 60, 70 e 80, o número de brasileiro sem a formação inicial 
era grande.
O Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), em 1979, tam-
bém utilizou os recursos da TVE para usar teleaula dramatizada, sem-
pre com apoio de material impresso.
Todos estes projetos foram, aos poucos, sendo extintos, sem uma ex-
plicação única, sempre por desinteresse dos governos envolvidos.
Já em relação à formação de professores ou sua formação continua-
da, usando a modalidade a distância, podemos apontar: 
•	 Projeto Logos (1977-1991), numa parceria do Ministério da Edu-
cação e governos estaduais e municipais; habilitou cerca 35 mil pro-
fessores leigos em 17 estados brasileiros sem afastá-los da sala de 
aula. Eram utilizados módulos e encontros mensais, nos quais eram 
efetuados exercícios e debates, levando em consideração a realidade 
dos professores. 
•	 Em 1979, é implantado o POSGRAD (Pós-graduação Experimental 
Tutorial a Distância), com a participação da Capes (Coordenação de 
Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior). Neste caso, o ob-
jetivo era atualizar professores universitários que trabalhavam fora 
dos grandes centros. Mais uma vez, o projeto foi extinto sem grandes 
explicações.
•	 Projeto Ipê, parceria da Secretaria de Educação do Estado de São 
Paulo, objetivando atualização de professores do Ensino Fundamen-
tal e Médio, utilizando material impresso e vídeo aula veiculada na 
TV Cultura.
•	 O projeto Um Salto para o Futuro surge na década de 90 e funciona 
até hoje. É transmitido via satélite em canal aberto em rede nacional. 
Tem o objetivo de atualizar, capacitar, debater, com professores do 
Ensino Médio e Fundamental, questões ligadas à educação. Com o 
passar do tempo, as questões levantadas nos programas só foram se 
diversificando, pois os professores estão cada vez mais envolvidos 
com os problemas sociais que envolvem os alunos.
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Os programas são concebidos, produzidos e veiculados pela Fun-
dação Roquete Pinto, utilizando multimeios (material impresso, radio, 
fax e telefone). Eles têm duração de uma hora, onde as perguntas dos 
professores são levadas ao ar via telefone. 
•	 Em consequência do projeto Um Salto para o Futuro, em 1992 é lan-
çada a TV Escola, uma ação da recém-criada Secretaria de Educação 
a Distância (SEED), voltado, para o aperfeiçoamento, formação e va-
lorização do professor e gestores da rede pública. É um canal exclusi-
vo, dedicado à educação. O canal funciona até hoje, com programas, 
documentários, entrevistas, que atendem a todas as disciplinas do 
currículo, tentando um aprofundamento e enriquecimento de cada 
assunto. Neste caso, as escolas recebem do Ministério da Educação 
todo aparato tecnológico, composto por antena parabólica, TV, DVD 
e material para gravação de programas.
Dê uma olhada!
Canal TV Escola, na Tv por assinatura SKY no canal 164.
Tabela 4.1: Os principais projetos da EaD no Brasil.
1922/1923 Rádio Sociedade do RJ – Fundação RoquetePinto
1939 Fundado o Instituto Rádio Monitor – Cursos por Correspon-
dência
1939 Exército e Marinhos – Cursos por Correspondência
1941 Instituto Universal Brasileiro – Cursos por correspondência, 
ligados a formação profissional básica.
1950/1960 MEB – Movimento de Educação de Base
1967/1974 Projeto SACI/INPE – Tele-educação via satélite, com mate-
rial por rádio e impresso, para ensino fundamental e “treina-
mento” de professores.
1970 Projeto Minerva – Usava o rádio em rede Nacional.
1970 Fundação Roberto Marinho, Fundação Padre Anchieta e TV 
Cultura de SP: Educação Supletiva a Distância, Telecurso de 
1º e 2º Grau
1976 SENAC: Sistema nacional de Tele-educação, cursos através 
de material instrucional (em 1995, já haviam atendido mais 
de dois milhões de estudantes).
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1979 Centro Educacional de Niterói: Módulos instrucionais com 
tutoria e momentos presenciais, cursos de ensino funda-
mental e médio para jovens e adultos e qualificação técnica.
1979 Colégio Anglo Americano, RJ: Cursos por correspondência, 
em nível fundamental e médio.
1979 UNB: cursos através de jornais e revistas. No ano de 1989, 
é lançado CEAD e também o Brasil EaD
1991 Fundação Roquete Pinto: Programa Um Salto para o Futuro 
– Destinado à formação continuada de professores do 
Ensino Fundamental
1992 UFMT/FAE/NEAD: Programa em Nível de Licenciatura Plena 
para a educação básica e serviços de orientação acadêmica
1993 SENAI – EaD: Oferece cursos sobre Qualidade Total para 
Empresas.
1995 MULTIRIO, RJ: Cursos em nível fundamental e médio, atra-
vés de programas televisivos e de material impresso
1995 Início da programação da TV Escola – MEC.
1995/ 1996 Formação do laboratório de EaD do Programa de Pós-gra-
duação em Engenharia de Produção da UFSC
1996 Criação de SEED – Secretaria de Educação a Distância
1997 Escola Brasil – Programa de Rádio: voltado para o Ensino 
Fundamental
1999 Curso de atualização para professores – Instituto de Geo-
grafia da UERJ
2000 Consórcio CEDERJ – parceria entre o Governo do estado 
do RJ (Fundação CECIERJ) e a UFF, UENF, UNIRIO, UFRRJ, 
UERJ, UFRJ 
2000 UNIREDE – Consórcio de 70 Instituições Públicas de Ensino 
Superior
2003 Realização do primeiro ESUD: Congresso Brasileiro de Ensi-
no Superior a Distância
2005 Criação da Universidade Aberta do Brasil – UAB
2013 USP inaugura os primeiros cursos superiores abertos à 
distância
Fonte: Adaptado por Marcio da Costa Berbat, 18/02/2008. Fonte: BARROS. D.M.V., 
pp.27-45, 2003; BELLONI, 2006
Alcançando no Nível Superior...
Nossas Forças Armadas também utilizam a EaD na formação e qua-
lificação de seus integrantes. A Marinha utiliza ensino por correspon-
dência desde 1939. O exército oferece curso por correspondência para 
preparação de oficiais para admissão à escola de Comando do Estado 
Maior; e o Centro de Estudo de Pessoal (CEP) desenvolve cursos de atu-
alização, utilizando material impresso e outras mídias (Saraiva,1996).
Aula 4 • História da educação a distância: quando e como tudo começou?
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O Projeto Veredas ofereceu formação superior para professores 
do 1º ao 4º anos que só possuíam Ensino Fundamental, vinculado a 
UFMG, sua duração de 2002 a 2005.
A UnB (Universidade de Brasília) tem experiência desde 1979 em 
EaD. Foi a universidade pioneira no Ensino Superior a Distância, ofe-
recendo mais de vinte e nove cursos, sendo que seis deles foram tra-
duzidos do Open University, de Londres (lembra-se dela? A primeira 
universidade aberta do mundo!).
Em 2000, foi criado o consórcio CEDERJ, com a proposta para for-
mação de uma rede regional de EaD, parceria entre o Estado do Rio de 
Janeiro (Fundação CECIERJ) e as universidades estaduais e federais do 
RJ, são elas: UFF, UENF, UNIRIO, UFRJ, UERJ, UFRRJ. Oferece cursos 
principalmente de licenciatura e adota o modelo semipresencial por en-
tender que algumas atividades são feitas nos polos regionais. 
A UNIREDE, Universidade Virtual Pública do Brasil, reúne seten-
ta universidades federais, estaduais e municipais de todo Brasil. Criada 
inicialmente com o intuito de democratizar o Ensino Superior de Qua-
lidade através da EaD, vem capacitando professores do IES (Instituto de 
Ensino Superior), atendendo a uma demanda do MEC e capacitando 
também na educação básica.
Em 2005, ocorre a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), 
relembrando que na Europa as UAs já existem desde 1968. 
A UAB tem dentre seus objetivos: 
•	 oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação ini-
cial e continuada de professores da Educação Básica.
•	 oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores 
e trabalhadores em educação básica dos estados, distrito federal e 
municípios.
Dê uma olhada! 
Acesse o site www.uab.capes.gov.br e conheça outros objetivos da 
Universidade Aberta do Brasil, estas informações enriquecerão 
seus conhecimentos. 
http://www.uab.capes.gov.br
Educação a distância
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Conclusão
Muito recentemente, em 12/06/2013, a Universidade de São Paulo 
(USP) e o portal Veduca lançaram os primeiros cursos de nível superior 
abertos, gratuitos para o grande público. As aulas de Física Mecânica e 
Probabilidade Estatística são ministradas por docentes da universidade 
e veiculadas pela plataforma virtual.
A Universidade de Campinas (UNICAMP) também oferece desde o 
começo de 2013 aulas avulsas em vídeo.
Com a participação das grandes instituições de ensino do país na 
modalidade, a EaD tende a crescer mais, fortalecer e a diminuir o pre-
conceito. Até porque estamos numa época em que as profissões estão 
em constante renovação e o tempo das pessoas encurtado. Manter-se no 
mercado de trabalho significa está preparado para as inovações.
Logo, você está dando continuidade a história da EaD.
 Atividade Final 
Atende aos Objetivos 1 e 2.
Releia nossa aula e escreva sobre os projetos de EaD no Brasil. 
E quais os pontos em comum entre a história da EaD no mundo e no 
Brasil?
Resposta Comentada
A EaD no Brasil também utilizou, num primeiro momento, a corres-
pondência, depois os meios de comunicação de massa e, agora, estamos 
na geração multimídia. 
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A formação de mão de obra qualificada para a indústria foi uma das 
motivadoras da EaD no país. Também foi muito utilizada na alfabetiza-
ção de adultos e na formação continuada de professores.
Resumo
•	 A Educação a Distância no Brasil foi marcada pela evolução dos 
meios de transportes e comunicação. 
•	 Passamos pelas fases da correspondência, os meios de comunicação 
de massa, como rádio, TV e estamos agora integrados com as novas 
tecnologias. 
•	 A Educação a Distância também foi formadora de mão de obra para 
indústria. 
•	 Funcionou também como forma de manter a população no campo 
por mais tempo. 
•	 Foram criados vários projetos com o objetivo de alfabetizar a popu-
lação, formar estudantes nas séries iniciais e capacitação de profes-
sores.
•	 Faltavam políticas públicas para firmação destes projetos.
•	 O material impresso sempre foi usado independente da tecnologia 
adotada pelo curso.
•	 A Universidade Aberta do Brasil (UAB - Universidade Aberta do 
Brasil) foi criada tardiamente, somente 2005.
Informação para a próxima aula
Nossa próxima aula, será a respeito da legislação que rege a modalidade 
que vocês escolheram para fazer sua graduação... Vamos em frente!
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