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RELATÓRIO FINAL ESTÁGIO ESCOLA AGNUS DEI

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RELATÓRIO FINAL
ESTÁGIO BÁSICO EM PROCESSOS DE ACOLHIMENTO
E AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
 
NOME DOS COMPONENTES:
· Iarema Fernandes de Souza Galvão
· Janaina Bulhões De Araújo
· José Deildo De Souza
· Ruth Caroline Fonseca
CURSO: PSICOLOGIA
SÉRIE: 8MA 	
		
		
				 
	APRESENTAÇÃO DA ÁREA
A Psicologia é considerada uma ciência abrangente, na qual se relaciona com diversas áreas de conhecimento, por meio de diferentes perspectivas, auxiliando o desenvolvimento humano em toda sua potencialidade. 
Nesse sentido, se faz oportuno destacar a relevância da psicologia aplicada no contexto escolar, inclusive acerca da atuação profissional do psicólogo escolar na orientação profissional do adolescente, através do valor do autoconhecimento para a escolha do seu papel social no exercício profissional, e para suas relações sociais. 
Cabe ressaltar, que nas escolas, muitas vezes a presença do psicólogo escolar é inexistente, e quando presente, sua atuação está voltada à resolução de demandas diárias concernentes a comportamento e aprendizagem. Inclusive, diante das diversas problemáticas escolares e da inexistência de equipe interdisciplinar, a atividade de orientação profissional, por mais relevante que seja para a promoção à saúde e educação, recebe atenção secundária. (MELO-SILVA et al., 2004, p. 42).
Diante desse contexto, cabe pontuar que é na fase da adolescência, que o estudante tem que realizar uma das mais importantes escolhas relacionadas ao seu futuro profissional e desempenho social. E é nesse momento, que o psicólogo escolar exerce papel fundamental auxiliando esse estudante nessa decisão, para a escolha de uma profissão ou um ofício que atenda às suas expectativas individuais e sociais.
Carvalho e Marinho Araújo (2010) ressalta que o psicólogo escolar aliado ao trabalho da escola, dentro de um contexto dialógico, poderá desenvolver um planejamento interdisciplinar através da troca de saberes entre a psicologia e a pedagogia, possibilitando o emprego de metodologias de intervenção, objetivando o desenvolvimento da Orientação Profissional, oferecendo subsídios importantes ao processo ensino-aprendizagem e de autoconhecimento aos alunos.
Nesse sentido, os alunos serão beneficiados sobremaneira, pois as atividades relacionadas a orientação profissional conduzidas pelo psicólogo escolar possibilitarão que os alunos reconheçam e valorizem suas competências e habilidades, potencialidades e fragilidades, favorecendo seu autoconhecimento, seu autoconceito, a construção da identidade, bem como, aprender a ressignificar suas decisões, conhecer as relações sociais no trabalho, as profissões e da própria formação profissional, ajudando-os a tomar a melhor decisão ao escolher a profissão.
	RELATO DE EXPERIÊNCIA
No dia 09 de outubro de 2019, às 14h, foi realizado o primeiro encontro para realização de atividades referentes ao estágio básico da disciplina de Processos de Acolhimento e Avaliação Psicológica junto a Centro Educacional Agnus Dei com os alunos da 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, por meio de três grupos, respectivamente. A Escola em pauta está localizada na Av. Aeroporto Augusto Severo, 532- Emaús, Parnamirim/RN.
Inicialmente, os grupos foram recebidos pela Coordenação da Escola em uma sala juntamente com a psicopedagoga da Escola. Nesse momento, foram apresentadas de forma geral e específica, as atividades que serão desenvolvidas e os objetivos propostos no que concerne à Orientação Profissional junto aos alunos. Nesse diálogo, pode-se observar uma certa cautela e orientação, por parte da Coordenação, inclusive, no cuidado em como deveríamos proceder nas atividades que seriam realizadas, bem como, na forma como abordar os assuntos, haja vista que a escola prima por uma educação cristã.
Percebendo o intuito da Escola em causar um certo controle nas condutas dos estagiários, coube esclarecer à Coordenação que todos os estagiários ali presentes estavam devidamente capacitados a desenvolverem uma postura ética profissional conforme preceitua o código de ética do profissional psicólogo.
Outrossim, acrescentamos que as atividades ali propostas não objetivavam fazer qualquer tipo de julgamento ou imposição quanto às decisões inerentes a cada um dos alunos daquela escola. Muito pelo contrário, estaríamos naquele espaço para acolher as expectativas já constituídas dos alunos, bem como, auxiliar e orientar através de ferramentas da psicoeducação e da avaliação psicológica, para que através do conhecimento, os mesmos possam significar ou ressignificar suas decisões e ajudá-los na escolha de uma futura profissão, deixando claro que os resultados não indicam algo absoluto e permanente, tendo em vista que as percepções de mundo estão em constante mudança à partir de suas vivências e interações com seus pares e a sociedade.
Após esse diálogo, que à primeira impressão causou uma certa surpresa, tendo em vista que, segundo a vontade deles, os estagiários não teriam autonomia para desenvolver suas atividades, os grupos foram direcionados para cada turma correspondente. Nosso grupo em questão, ficou responsável por desenvolver atividades com a turma da 1ª série, que era composta naquele dia, por uma média de 12 a 15 alunos e estavam sob a responsabilidade do professor de artes.
O PRIMEIRO ENCONTRO
À princípio, foi planejado por meio de supervisão, que nesse primeiro encontro seriam realizadas: a apresentação pessoal do grupo, da disciplina, do objetivo geral do estágio e dos objetivos específicos das atividades em grupo para trabalhar dinâmicas, a quantidade de encontros e o formato dos mesmos, bem como, ferramentas norteadoras para Orientação Profissional.
De forma pormenorizada, o grupo fez uma breve apresentação pessoal e logo após se dividiu. Enquanto estavam sendo colocadas as informações acima citadas no quadro, os demais organizaram as cadeiras em formato de círculo e distribuíram crachás em branco, para que os alunos colocassem seus nomes e idades na parte da frente e na parte de trás, um sonho que envolvesse uma profissão ou ofício e uma característica/qualidade pessoal. Após a organização, iniciou-se a atividade proposta onde cada um se apresentou e falou de suas escolhas escritas no crachá mas de forma geral.
Tal atividade teve como intuito: interagir, se conhecer, descontrair e acolher as expectativas que eles tinham em relação às futuras escolhas profissionais e suas qualidades, percebendo como cada um se enxergava. 
Para o segundo momento, foram distribuídos balões e cada um colocou um papel com a profissão ou profissões que escreveram nos crachás dentro dos balões e encheram. Em seguida, foi pedido que os mesmos se espalhassem e começassem a levar os balões ao alto sem deixá-los cair e após a contagem, todos iriam jogar os balões com força sem pegá-los de volta para que se misturassem e com isso, os alunos pegassem os balões uns dos outros.
Dando continuidade, o grupo pediu que um aluno de cada vez, estourasse seu balão e ao tirar o papel, ele tentasse adivinhar de quem era a profissão que estava escrita no papel. Para isso, teve 3 chances. Ao adivinhar, ou não, a palavra foi dada a pessoa que escreveu, que falou sobre essa escolha. Foi perguntado se tal escolha era inerente ao seu desejo ou existia ali alguma influência da família ou de alguém próximo à ele.
De forma geral, todos se mostraram bastante empolgados e decididos em suas escolhas, inclusive contradizendo a percepção da Coordenação que segundo ela: “Todos ainda estão no mundo da lua e nem pensam à respeito sobre suas futuras profissões”.
Levando-se em conta esse primeiro momento, no que tange as fases dos processos da prática para Orientação Profissional, foi estabelecido o contrato através do diálogo entre os estagiários, alunos e professor através das informações apresentadas e acima citadas, acerca do planejamento das atividades a serem desenvolvidas nos encontros subsequentes.
Ademais, através da dinâmica de gruporealizada, foi possível levantar dados e iniciar uma análise dos desejos individuais e familiares envolvidos na escolha de uma futura profissão, inclusive sobre influências e até imposições.
Com os dados obtidos, foi possível planejar o segundo encontro, o que infelizmente ficou apenas na teoria, haja vista que a escola não teve mais interesse em dar seguimento ao estágio.
PLANEJAMENTO DO SEGUNDO E DEMAIS ENCONTROS
Após o levantamento de dados obtidos através da dinâmica junto aos alunos no dia 09/10/19, com o intuito de saber se os mesmos já haviam pensado em algum curso que desejariam atuar profissionalmente, o grupo obteve os seguintes resultados, quais sejam:
· Cardiologia – 2 alunos
· Medicina - 2 alunos
· Engenharia - 2 alunos
· Arquitetura - 2 alunos
· Dermatologia - 1 aluno
· Design - 2 alunos
· Psicologia - 2 alunos
· Odontologia - 1
· Veterinária - 1 aluno
· Jogador de LoL profissional - 01 aluno
Nesse sentido, o grupo idealizou para o encontro do dia 23/10/2019, a aplicação da atividade 8, intitulada: Trabalhando rótulos, na pág. 22 do guia: Tô do Rumo - Jovens e escolha Profissional.
Tal atividade tem como objetivo, trabalhar estereótipos e preconceitos sobre determinadas profissões, bem como mostrar a caminhada desde o início da formação acadêmica até a atuação profissional, que muitas vezes é “romantizada” ou até supervalorizada em termos financeiros, no entanto envolvem sacrifícios e dificuldades.
E para consolidar o que foi trabalhado em sala de aula, foi indicado um aplicativo chamado: Eligis que tem como base, proporcionar a descoberta do perfil através do autoconhecimento, abordar conhecimentos sobre os cursos, analisar as opções e oferecer orientação e ajuda individual levando o aluno para um resultado, conforme suas escolhas atuais. Com isso, através dessa ferramenta, eles poderão experienciar se os resultados obtidos, coincidem com as profissões que eles disseram no primeiro encontro. 
Tal resultado, será trazido para serem discutidos no 3º encontro. Com isso, o grupo teria condições de realizar a fase da ligação entre as características, competências e habilidades para alguma área específica, onde seriam proposta uma roda de conversa para que cada um pudesse expor como foi a experiência com o aplicativo e suas percepções quanto aos resultados, e pediria que eles escrevessem os resultados e seus nomes em um papel, para serem entregues ao grupo, no final. Salientando que caberia ao grupo esclarecer que tais decisões não são decisivas e sim que seria um primeiro contato com esse vasto mundo das profissões.
Diante dos resultados em mãos, para o 4º encontro e último, o grupo iria elaborar um folder explicativo para cada profissão/ aluno, contendo informações de ordem acadêmica e mercado de trabalho, bem como indicações de sites que pudessem se aprofundar à respeito. 
Tal ferramenta entraria como recurso psicoeducativo oportuno à ampliação das perspectivas de Ser e de suas escolhas, pois muitas vezes, o percurso para a maturidade na teoria pode parecer bem empolgante, no entanto, na prática, implica mexer com a autonomia, independência e acréscimo de responsabilidades, o que produz angústia e medo, por ir de encontro com o que já se está acostumado (Erthal, 2012).
E no segundo momento, seria realizada uma pequena confraternização com um “amigo secreto” surpresa, onde todos iriam escrever uma mensagem para seu amigo e o presente seriam saquinhos com guloseimas.
RESULTADOS
 De modo geral, os alunos demonstraram que pensar sobre suas escolhas foi bastante relevante, tanto para a escolha profissional, como para a vida em suas relações pessoais. 
Um aspecto sobre o qual o grupo iria se dedicar a discutir com os alunos ao longo dos encontros, seria sobre a capacidade de escolher, tendo em vista que a escolha é inerente a existência humana. Afinal de contas, Existir, de alguma maneira, é escolher, logo, não há escolha sem uma certa angústia ou insegurança, pois o indivíduo se torna responsável pelas suas escolhas que dão certo, mas que também, às vezes, nem tanto. A escolha provoca um certo risco pela sua incerteza. (Erthal, 2012).
Levando-se em conta tal perspectiva, é possível considerar que, de forma parcial, a atividade desenvolvida conseguiu atingir o objetivo principal, qual seja: de fazer com que os alunos refletissem um pouco sobre suas escolhas relacionadas às suas futuras profissões, de uma forma livre, com o intuito de ampliar suas consciências. Os alunos captaram que sejam quais forem suas escolhas - profissional ou de vida, resultarão em responsabilidades e consequências, necessitando uma certa atenção e cautela. 
Outro fator que vale ser ressaltado, diz da importância da liberdade, haja vista que o ser humano não pode fugir dela, pois a única coisa que ele não consegue impedir é o fato de ser livre para escolher quem ele quiser, assim como fazer suas escolhas, sem imposição ou pressão externa.
Por fim, caso o estágio tivesse continuado, também caberia a necessidade de estreitar o diálogo junto à equipe de profissionais e a Gestão da escola, objetivando a melhoria nas relações entre eles, assim como propor mudanças tanto no clima institucional, assim como na introdução de conteúdos relativos à orientação profissional para os alunos em suas grades curriculares, direcionados às 1ª, 2ª e 3ª séries do ensino médio, a fim de oportunizar reestruturação de crenças e uma ressignificação da realidade que permita a construção consciente e organizada do projeto de vida em todos os âmbitos a todos os envolvidos nesse processo.
	REFERÊNCIAS
Aplicativo Elegis. Disponível em: <https://www.eligis.com.br/>. Acesso em 24/11/2019
CARVALHO, Tatiana Oliveira de; MARINHO-ARAUJO, Claisy Maria. Psicologia escolar e orientação profissional: fortalecendo as convergências. Rev. bras. orientac. prof[online]. 2010, vol.11, n.2, pp. 219-228. ISSN 1679-3390. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid >. Acesso em 22/11/2019. 
ERTHAL, T. C. S. Trilogia da existência: teoria e prática da Psicoterapia Vivencial. Curitiba: Appris, 2012.
MELO-SILVA, L. L.; Lassance, M. C. P. & SOARES, D. H. P. A orientação profissional no contexto da educação e trabalho. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 5(2), 31-52, 2004. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902004000200005>. Acesso em 22/11/2019.
SILVA, A.R.S; INDALÉCIO, E. de Brito & GOMES, M. Gabriella. Psicologia Escolar aplicada à Orientação Vocacional e Interação Social. Revista Saberes da UNIJIPA. Ji-Paraná, vol.8 nº 1, jan/ jun, 2018. Disponível em: <https://unijipa.edu.br/wp-content/uploads/Revista%20Saberes/ed8/2.pdf>. Acesso em 22/11/2019.
SOUZA, Raquel. Guia Tô no Rumo - Jovens e escola profissional - Subsídio para educadores. Ação Educativa. São Paulo, 2014.

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