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Fundamentos da Gestão em Educação Autores: Lindolfo Anderson Martelli Maria Clotilde Bastos Tema 07 A Gestão de Pessoas em Instituições de Ensino seç ões Tema 07 A Gestão de Pessoas em Instituições de Ensino Como citar este material: BASTOS, Maria Clotilde & MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos da Gestão em Educação: A Gestão de Pessoas em Instituições de Ensino. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 07 A Gestão de Pessoas em Instituições de Ensino 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • O que é a gestão de pessoas e suas características em uma escola. • O clima organizacional e sua relação com os objetivos da organização e da gestão escolar. • A gestão democrática como meio para o alcance dos objetivos da escola. Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: políticas, estrutura e organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza Toschi, Editora Cortez, 2012, Livro-Texto. Roteiro de Estudo: Lindolfo Anderson Martelli e Maria Clotilde Bastos Fundamentos da Gestão em Educação 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES A Gestão de Pessoas em Instituições de Ensino A gestão das atividades escolares implica em racionalização do trabalho em geral e coordenação do trabalho das pessoas, em função dos objetivos definidos pela e para a escola. Conforme Paro (1988) a racionalização do trabalho agrega ações, processo e relações referentes à utilização equilibrada de conhecimentos e recursos materiais. Segundo Libâneo et al. (2012, p.411) coordenação e acompanhamento se referem a “ações e procedimentos destinados a reunir, articular e integrar as atividades das pessoas que atuam na escola, para alcançar objetivos comuns”. Na gestão escolar os processos de organização e racionalização do trabalho são construídos continuamente, com a participação dos seus usuários. São as pessoas que fazem acontecer os objetivos propostos, e, assim, quanto mais envolvimento tiver o grupo de profissionais que trabalham na escola, mais facilmente os objetivos são atingidos. Em qualquer instituição, a gestão de pessoas implica a forma como a organização orienta e gerencia o comportamento humano no trabalho. O conceito gestão de pessoas vem do contexto da Administração profissional. De acordo com Chiavenatto (2009, p. 17), “entre os vários Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Quais as especificidades da gestão de pessoas em instituições educacionais? • De que forma a organização e a gestão da escola podem criar condições para o estabelecimento de um clima organizacional em conformidade com os objetivos da escola? • A gestão democrática pode efetivamente interferir na qualidade da educação? • Como tornar os agentes educativos partícipes efetivos do processo de melhoria da qualidade do trabalho na escola? LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA recursos organizacionais, as pessoas destacam-se por ser o único recurso vivo e inteligente, por seu caráter eminentemente dinâmico e por seu incrível potencial de desenvolvimento”. A organização e a gestão da escola precisam estabelecer condições e meios para a realização dos seguintes objetivos: prover condições para o ótimo funcionamento da escola; promover o envolvimento das pessoas no trabalho por meio da participação; garantir a realização da aprendizagem. É muito importante que se entendam os princípios da gestão e da democracia para que ambos sejam conciliados como uma prática necessária no espaço escolar. Da união desses dois conceitos emerge a gestão democrática, que não pode ser reduzida a mera busca de soluções para problemas cotidianos do processo educativo, ditos autoritários se feitos isoladamente, ou participativos quando feitos a partir de decisões tomadas por todos os segmentos sociais. Não basta uma gestão escolar na qual as decisões são legitimadas por educadores, pais, alunos e comunidade que começam e terminam nelas mesmas, sem garantir o cumprimento de sua função social. A democratização da escola pública é tema presente nas discussões sobre educação desde a década de 1930. Durante os períodos de repressão, essa questão, embora sufocada, não deixava de existir, reacendendo com mais força a partir da década de 1980, em meio ao movimento para a redemocratização da sociedade brasileira. Nesse momento, também passa a fazer parte da pauta de reivindicações a democratização institucional, a democratização da gestão das escolas públicas. Na Constituição de 1988, a gestão democrática é citada como um dos princípios da educação, o que é corroborado na LDB 9.394 (1996). A partir dos textos legais, a escola passa a criar os mecanismos para viabilizar o processo de gestão democrática. Contudo, esse é um processo que implica muito mais do que uma determinação legal e que, embora tenha feito parte do conjunto de reivindicações dos educadores, precisava de tempo, conhecimento e ação para que criasse concretude, a partir das vivências realizadas. Exige o entendimento de todos os agentes desse processo, sobre as possibilidades, responsabilidades e benefícios para a escola. A gestão democrática escolar exige uma mudança na forma de entender como a escola pode ser gerida e como se pode participar desse processo. Isso é um aprendizado que requer que a comunidade escolar assuma a sua parte de responsabilidade pelo projeto da escola. Moacir Gadotti (1994) define alguns princípios para a gestão democrática: desenvolvimento de uma consciência crítica; envolvimento das pessoas; participação e cooperação; autonomia. O autor acrescenta que autonomia e autogestão são condições indispensáveis para a construção de relações humanas e sociais mais justas e humanizadas, por isso devem estar fundadas na ética. 8 Paro (2001) contribui com a reflexão ao enfatizar que a democracia não pode depender de concessões, sendo preciso verificar em que condições essa participação pode tornar-se efetiva. Os mecanismos de participação são os espaços destinados a levar a uma gestão colegiada, em que todos os segmentos da escola tenham possibilidade de interferir e de compreender sua responsabilidade nessa construção. O objetivo central a ser atingido é a educação de qualidade. A educação de qualidade não pode ser aquela vinculada aos ditames do mercado econômico, mas aquela que cumpra um objetivo emancipatório, no sentido de oferecer uma formação crítica e conscientizadora, com sólida base científica e ampliação das capacidades cognitivas, operativas e sociais. A participação é requisito para a gestão democrática. Nesse sentido, quando a escola efetiva os espaços de participação, ela pode viver plenamente os objetivos de todos, o que pode conduzir a um melhor trabalho pedagógico com melhores resultados educacionais. A participação é a busca de caminhos e diálogos para estabelecer prioridades visando ao interesse coletivo, com responsabilidades perante as mudanças. Atuar de forma coletiva para o enfrentamento dos problemas, buscar de forma conjunta as soluções, a realização de experiências inovadoras por meio do consenso dialogado, promover um clima harmônico mas com liberdade para o autodesenvolvimento e o crescimento da instituição, são os grandes desafios da gestão democrática. Para Libâneo, Oiveira e Toschi (2012, p. 438-446), existem quatro concepções distintas de gestão: centralizada, colegiada, participativa e a cogestão; bem como quatro estilos de gestão: técnico-científica, autogestionária, interpretativa e democrático-participativa. Dentre as concepções apresentadas, a concepção democrático-participativa é aquela que, segundo os autores, precisa ser perseguida pela escola na contemporaneidade. Ou seja, a que enfatiza as relações humanas, que implica participação e responsabilidade dos indivíduos de forma consciente. Por intermédio da participação é possível conhecerefetivamente os objetivos e as metas da escola, sua estrutura organizacional e sua dinâmica. Tanto no modelo autogestionário quanto no democrático-participativo, as relações entre os integrantes da instituição escolar são mais integradas; por esse motivo seu modelo organograma é circular. Para garantir que o processo de participação seja realmente democrático, é importante assegurar e implementar mecanismos que permitam o aprimoramento dos processos de provimento ao cargo de diretor, a criação e a consolidação de órgãos colegiados na escola como os Conselhos Escolares e Conselhos de Classe. A participação democrática LEITURAOBRIGATÓRIA 9 depende da consolidação de grêmios estudantis, da construção coletiva do projeto político- pedagógico da escola, da progressiva autonomia da escola, da discussão e implementação de novas formas de organização e de gestão escolar e da garantia de financiamento público da educação e da escola nos diferentes níveis e modalidades de ensino. Para Libâneo, Oiveira e Toschi (2012, p. 451), a gestão democrática deve favorecer a preparação e a qualificação dos professores, a construção de um projeto pedagógico-curricular; um bom clima de organizacional; boa estrutura; direção e coordenação pedagógica articuladas com todos os professores; boas condições físicas e materiais; conteúdos bem-selecionados e disponibilidades da equipe. Para Bowditch e Buono (1997 apud OLIVEIRA; CARVALHO; ROSA, 2012) o clima organizacional é definido como uma percepção sintetizada do ambiente e da atmosfera da empresa, trazendo consequências no desempenho, nos padrões de interação entre as pessoas, na satisfação com o trabalho e a empresa e nos comportamentos que geram absenteísmo e rotatividade. O clima organizacional está em constante mudança graças a fatores externos e internos à instituição, o que significa que, a partir de constatações sobre a interferência disso no trabalho, pode-se mudar as situações visando à eficácia do trabalho. Embora essa situação esteja vinculada a fatores psicológicos – que não são tangíveis –, nem por isso estes são menos determinantes se comparados aos fatores físicos. Assim, a motivação aparece como fator intrínseco no sentido de garantir um clima organizacional adequado. Nos estudos sobre administração, o papel da liderança exercido pela gestão aparece como fator relevante na melhoria do clima organizacional. Na escola, a gestão implica criar ambientes que favoreçam a participação do grupo que compõe a instituição nas decisões e na construção coletiva dos objetivos e das práticas escolares. Para Lück et al. (2002, p. 18) algumas ações podem criar um clima estimulador da participação da comunidade escolar interna e externa: 1. Criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo; 2. Promover um clima de confiança; 3. Valorizar as capacidades e aptidões dos participantes; 4. Associar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar esforços; 5. Estabelecer demanda de trabalho centrada nas ideias e não em pessoas; e 6. Desenvolver a prática de assumir responsabilidades em conjunto. LEITURAOBRIGATÓRIA 10 O posicionamento contrário ao controle por parte da gestão indica liderança, sendo esse um fator primordial na qualidade da gestão e do ensino. Escolas que apresentam um bom resultado pedagógico, em geral, têm dirigentes que são líderes, motivando toda a comunidade escolar a utilizar seu potencial na promoção de um ambiente escolar estimulante e positivo e também a buscar desenvolver o seu próprio potencial, sendo ativos e criativos na resolução de problemas e enfrentamento de dificuldades. Isso é um aprendizado por parte da gestão, uma vez que demanda o desenvolvimento de habilidades específicas. Conforme Lück (2009), duas competências da gestão democrática são fundamentais: A primeira competência é a de que o diretor lidera e garante a atuação democrática efetiva e participativa do conselho escolar ou órgão colegiado semelhante, do conselho de classe, do grêmio estudantil e de outros colegiados escolares. A segunda seria a de liderar a atuação integrada e cooperativa de todos os participantes da escola, na promoção de um ambiente educativo e de aprendizagem, orientado por elevadas expectativas, estabelecidas coletivamente e amplamente compartilhadas. (LÜCK, 2009 apud MOORE; GUIMARÃES; NORMAND, 2013, p.3312, grifos nossos). A construção do perfil necessário para o gestor escolar apoia-se em três eixos: o conhecimento, a comunicação e a historicidade. O conhecimento é o objeto específico da ação escolar; a comunicação é condição básica para a obtenção e a sistematização de contribuições, o que é imprescindível para garantir a participação de todos os envolvidos; e finalmente o aspecto histórico relaciona-se ao entendimento de que a escola é uma instituição com características específicas em contextos determinados (WITTMAN, 2000). Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) pontuam que é possível resistir a formas conservadoras de organização e gestão. A participação é o principal meio para assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes na organização e no funcionamento da escola. Entre os principais princípios de uma gestão escolar participativa estão: a autonomia da escola e da comunidade no processo escolar; a relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe escolar; o envolvimento da comunidade escolar; o planejamento; a formação continuada; a avaliação compartilhada; as relações humanas produtivas e criativas. Para atingir essas finalidades, as instituições determinam papéis e responsabilidades para o conselho da escola, a direção, o setor técnico-administrativo, o setor pedagógico, as instituições auxiliares e o corpo docente. Enfim, como toda instituição, as escolas buscam resultados, o que implica uma ação racional, estruturada e coordenada. Desse modo, constitui- se como desafio da escola a complexidade do processo de ensino, e, para seu desenvolvimento, faz-se necessário que o gestor saiba redistribuir funções, descentralizando atribuições, a fim de organizar cada setor, compartilhando responsabilidades e estimulando a equipe envolvida. LEITURAOBRIGATÓRIA 11 Segundo Santos (2002, p. 41), os gestores escolares possuem várias e importantes funções dentro da escola, atribuições estas que nem sempre são realizadas com satisfação. No entanto, pode-se reverter esse quadro com as seguintes ações: 1. Efetivando a gestão participativa, envolvendo todos os profissionais da escola no planejamento das atividades nos aspectos administrativos, pedagógicos, políticos e éticos. 2. Solucionando a insatisfação dos profissionais em razão da sensação de impotência e inutilidade diante do fracasso da escola em educar as novas gerações. 3. Conscientizando todos de que somente a prática participativa e democrática pode provocar mudanças significativas e benéficas para a escola. Os autores Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 521) destacam que existem muitas dificuldades para a promoção da participação democrática na escola, de ordem social e cultural, decorrentes das novas configurações da realidade social. Questões como desemprego, prostituição infantil, violência entre grupos, tráfico de drogas, uso de armas, liberação sexual, desintegração familiar, bullying, entre outros, são verdadeiros desafios para a gestão da escola. Essas questões repercutem na disciplina e na cultura organizacional escolar, pois trazem comportamentos inadequados, insubordinação, agressão física e verbal, desrespeito e ameaça aos alunos professores para o cotidiano escolar. O despreparo em lidar com essas questões revela a necessidade de repensar as práticas de gestão, as formas de organização do trabalho escolar e o envolvimento entre alunos e professores. Diante dessas questões, para que a participação democrática não seja prejudicada, os autores Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 522) sugerem que a gestãoincorpore medidas como: • Promoção de encontros de orientação educacional grupal para conversação dirigida sobre questões de formação moral, relacionamentos, problemas típicos da juventude. • Envolvimento de alunos nas discussões de normas disciplinares, incluindo formas de prevenção de violência física e de agressões verbais. • Promoção de ações que fortaleçam os laços com as famílias e a comunidade. • Investimento em ações de capacitação dos professores para lidar com dilemas morais e com o manejo da classe; diante das novas atitudes que os alunos exibem na sala. LEITURAOBRIGATÓRIA 12 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Leia o texto “A importância da abordagem histórica da gestão educacional” de José Claudinei Lombardi, que apresenta uma visão crítica sobre as diferentes concepções que cercam a escola, em especial a perspectiva a-histórica e suas consequências. Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/revis/Especial/Final/art3_22e.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. Políticas educacionais no Brasil: desfiguramento da escola e do conhecimento escolar O texto discute a repercussão das políticas educacionais em vigência no Brasil nas concepções de escola e de conhecimento escolar e sua incidência na constituição de desigualdades educativas na sociedade. Disponível em: <http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/ index.php/cp/article/view/3572>. Acesso em: 09 dez. 2016. Para se implantar um processo de mudança na organização escolar é importante que a gestão seja planejada. Portanto, é primordial atentar-se para as mudanças sociais e culturais da contemporaneidade, para as transformações da comunidade escolar e a necessidade de investimento e valorização dos recursos humanos e técnicos disponíveis. Tal desafio é permanente e precisa ser discutido em reuniões colegiadas que visem detectar os fatos considerados geradores de mudanças estratégicas na organização e os benefícios que podem ser tirados disso. LEITURAOBRIGATÓRIA http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/revis/Especial/Final/art3_22e.pdf http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/3572 http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/view/3572 13 LINKSIMPORTANTES Acesse o artigo de Heloísa Lück, intitulado “A dimensão participativa da gestão escolar”, em que a autora apresenta algumas considerações sobre a participação, o papel da gestão escolar nesse processo e o objetivo da participação para a qualidade do trabalho educacional. Disponível em: <http://faibi.com.br/arquivos/downloads/pedagogia/estagio/estagio_ gestao1/08_dimensao_participativa_gestao_escolar.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. Leia o artigo “Gestão escolar eficaz”, de Giomar Namo de Mello e de Lourdes Atié, que fazem uma discussão sobre a gestão escolar democrática em suas diferentes manifestações. Disponível em: <http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/gestao_ eficaz_cr.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. Vídeos “Desafios contemporâneos – a educação”, tema do programa Café Filosófico, que aborda os desafios da escola contemporânea em relação a currículo, gestão, papel social, entre outros. O programa é veiculado pela TV Cultura. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=QKS26X7ye5o>. Acesso em: 1 fev. 2014. http://faibi.com.br/arquivos/downloads/pedagogia/estagio/estagio_gestao1/08_dimensao_participativa_gestao_escolar.pdf http://faibi.com.br/arquivos/downloads/pedagogia/estagio/estagio_gestao1/08_dimensao_participativa_gestao_escolar.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/gestao_eficaz_cr.pdf http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/gestao_eficaz_cr.pdf http://www.youtube.com/watch?v=QKS26X7ye5o 14 Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Os conselhos escolares são considerados espaços de participação e representam uma das formas de realização da política de participação na gestão escolar. Para a participação importa a criação de meca- nismos para viabilizar que a comunidade escolar possa de forma efetiva contribuir com a gestão da escola pública. Conside- rando a referência de funcionamento dos Conselhos Escolares que você tem e a contribuição do conselho no processo de gestão democrática da escola, descreva de que forma o conselho pode efetivamen- te representar um espaço para a garantia da participação? Questão 2: Prover as condições, os meios e todos os recursos necessários para o ótimo funcio- namento da escola e do trabalho em sala de aula e garantir a realização da apren- dizagem para todos os alunos são alguns dos objetivos da: a) Organização e da gestão da escola. b) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394 (1996). c) Instituição dos Conselhos escolares. d) Criação de um Sistema Nacional de Educação. e) Avaliação Institucional. AGORAÉASUAVEZ 15 Questão 3: Analise as afirmativas seguintes em rela- ção ao processo de organização e gestão escolar: I. As escolas são ambientes formativos que podem criar ou modificar os modos de pensar e agir das pessoas. II. Todas as pessoas que trabalham na escola realizam ações educativas, embora com responsabilidades diferentes. III. As formas de organização e gestão são fins e nunca meios, e sempre devem ser tratadas dessa forma para evitar equívocos na gestão. IV. As instituições escolares precisam ser democraticamente administradas, para que todos os integrantes canalizem esforços para a realização dos objetivos escolares. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II e III. b) I, II, III e IV. c) II, III e IV. d) III e IV. e) I, II e IV. Questão 4: A autonomia das escolas em suas decisões é relativa, uma vez que estão subordinadas ao Sistema de Ensino. Isso significa que: a) É preciso lutar contra essa situação por meio de atitudes que demonstrem a autonomia total da escola. b) As escolas fazem parte de um sistema e, portanto, devem subjugar-se a ele. Para isso existem as leis e os instrumentos normativos. c) Existe a influência do Sistema de ensino sobre a escola, porém é salutar que as escolas adotem uma atitude crítica em relação às medidas e determinações oficiais. d) Mesmo em uma sociedade democrática, não existe autonomia, não há como ser assim, pois são muitos os sujeitos e instituições que agem sobre a escola. e) As escolas ainda não se deram conta de que são totalmente autônomas, uma vez que, se decidirem por isto, podem fazer o seu trabalho como bem quiserem. Questão 5: Afirmar que a participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática, uma vez que possibilita o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo AGORAÉASUAVEZ 16 de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar, significa que é feita uma opção de educação. Isso pode refletir na melhoria da aprendizagem por favorecer: I. Melhor conhecimento dos objetivos e das metas da escola, de sua estrutura organizacional e de sua dinâmica. II. Um clima de trabalho favorável e uma maior aproximação entre professores, alunos e pais. III. Um compromisso de toda comunidade somente com os resultados das avaliações externas. IV. O aprendizado da autonomia, por meio de práticas não autoritárias de tomada de decisão. Estão corretas apenas as afirmativas: a) I, II, III e IV. b) I, II e IV. c) II, III e IV. d) II e III. e) I e IV. Questão 6: Conforme Libanêo, Oliveira e Toschi (2012), existem pelo menos duas maneiras de se ver a gestão educacional centrada na escola: na perspectiva neoliberal e na pers- pectiva sociocrítica. Tendo a escola pública comoreferência, como cada uma dessas abordagens se caracteriza? Questão 7: Como compreender a afirmação de que a escola é o espaço de realização tanto dos objetivos do sistema de ensino quanto dos objetivos de aprendizagem? De que for- ma isso pode ser identificado nas práticas escolares? Questão 8: Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), a escola é uma instituição social com objeti- vos explícitos, qual seja, o desenvolvimen- to das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos por meio da aprendiza- gem dos conteúdos – conhecimentos, ha- bilidades, procedimentos, atitudes, valores – para se tornarem cidadãos participativos na sociedade em que vivem. Diante disso, qual é a organização escolar que se mostra necessária? Questão 9: O trabalho escolar, em relação a sua fina- lidade e seu significado, implica uma dire- ção. Nessa perspectiva, destaca-se o papel do diretor da escola na gestão da organiza- ção do trabalho escolar. Como articular a função de gestão democrática e as respon- sabilidades administrativas e burocráticas? AGORAÉASUAVEZ 17 Questão 10: Dentre os princípios da concepção da ges- tão democrática, está a autonomia da es- cola e da comunidade educativa. Conside- rando a importância que a autonomia tem para a concepção de gestão democrático- -participativa, de que forma se deve articu- lar a busca de autonomia e as condições concretas de realização do autogoverno? AGORAÉASUAVEZ A gestão de pessoas nas instituições de ensino numa perspectiva de participação foi o tema dessa unidade. As práticas democráticas implicam conhecimento sobre a estrutura do sistema de ensino e também o aprendizado sobre as práticas democráticas de gestão. O propósito da escola é a aprendizagem, com significado social, de forma que os alunos dominem os conhecimentos para melhor participação na sociedade e na busca de efetivação dos seus direitos. Porém, não é possível prescindir das normas uma vez que a escola, fazendo parte de um sistema, deve seguir um conjunto de leis e procedimentos que fazem parte da organização e estruturação desse sistema. Isso não pode ser um fator limitador no sentido da busca da democratização das práticas escolares, mas deve sim significar o entendimento sobre as possibilidades das instituições escolares diante das condições possíveis de realização da gestão democrática. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 18 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. ______. Lei n. 9.394/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 1997. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2008. ______. Treinamento e desenvolvimento de recursos humanos: como incrementar talen- tos na empresa. 7. ed. rev. atual. Barueri: Manole, 2009. GADOTTI, Moacir Gadotti. Gestão Democrática e Qualidade de Ensino. 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Disponível em: <http://www.anpae.org.br/ congressos_antigos/simposio2009/05.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. SILVA, Luiz Heron da (Org.). A escola cidadã no contexto da globalização. Petrópolis, Vozes, 1998. p. 300-307. Disponível em: <http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/ arquivos/File/sem_pedagogica/fev_2010/a_gestao_da_educacao_vitor.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. SANTOS, Clóvis Roberto dos. O gestor educacional de uma escola em mudanças. 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Instituto Catarinense de Pós-graduação, out. 2008. Disponí- vel em : <http://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev04-04.pdf>. Acesso em 1 fev. 2014. WITTMAN, Lauro Carlos. Autonomia da escola e democratização de sua gestão: novas de- mandas para o gestor. Em Aberto, Brasília, vol. 12, n. 72, p. 88-96, fev./jun. 2000. Disponível em: <http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/em_aberto_72.pdf>. Acesso em: 1 fev. 2014. Autonomia: significa a capacidade de pessoas e grupos para a livre determinação de si próprios. A autonomia se opõe às formas autoritáriasde tomada de decisão. Sua realização concreta nas instituições dá-se pela participação na livre escolha de objetivos e processos de trabalho e na construção conjunta do ambiente de trabalho (Cf. LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 451). Numa acepção filosófica, é a faculdade de uma pessoa ou organização de se autorregular por meio de suas próprias regras. Nas ciências sociais é a independência de vontade, em relação a todo desejo ou objeto de desejo e a capacidade de agir pela razão. Para muitos teóricos, o caminho da humanização está vinculado à construção da autonomia, com independência dos fatores biológicos, naturais e sociais, e também com a construção de um sentido de responsabilidade solidária. Somente um ser autônomo pode ser responsável, uma vez que pode responder pelas suas omissões e ações, só por meio da autonomia os seres humanos podem ser agentes de mudanças sociais. Kant é referência sobre o assunto e considera a autonomia da vontade, o princípio supremo da moralidade, como o fundamento da dignidade da natureza humana e de toda natureza racional. Autogestionária: a gestão autogestionária baseia-se na responsabilidade coletiva, na ausência de direção centralizada e na acentuação da participação direta e por igual de todos os membros da instituição. Tende a recusar o exercício de autoridade e as formas mais sistematizadas de organização e gestão (Cf. LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 446). GLOSSÁRIO http://www.posuniasselvi.com.br/artigos/rev04-04.pdf http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/em_aberto_72.pdf 21 Coletivo: é um conjunto de pessoas que buscam um objetivo comum. O comportamento coletivo implica que o comportamento de cada pessoa esteja subordinado ao grupo. Durkheim aborda a questão da consciência coletiva como o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à população de uma determinada sociedade, constituindo um sistema com vida própria. Esse sistema exerce como que uma força sobre seus membros, de forma coercitiva. Mesmo que as práticas sejam externas ao indivíduo, elas exercem influência sobre seu comportamento e suas crenças. É um sistema que existe fora do indivíduo, mas que o controla pela pressão moral e psicológica, ditando as maneiras como a sociedade espera que se comporte. Conselho Escolar/Colegiado escolar: é um grupo formado por representantes de pais, professores, alunos, funcionários e direção, que se reúne para sugerir medidas e soluções ou para tomar decisões. É uma forma de buscar a melhoria da qualidade da educação escolar e garantir a participação de todos no processo da tomada de decisão da escola. É um órgão colegiado que tem como objetivo promover a participação da comunidade escolar nos processos de administração e gestão da escola, visando assegurar a qualidade do trabalho escolar em termos administrativos, financeiros e pedagógicos, desempenhando, portanto, funções de natureza normativas deliberativas e fiscalizadoras das ações globais da escola. Cooperação: é a ação de realizar conjuntamente tarefas com propósitos comuns. Para que isso ocorra, são necessárias determinadas condições, tais como a existência de interesses comuns e consenso em relação aos fins a atingir. Do ponto de vista sociológico, cooperação é uma forma de integração social e pode ser entendida como ação conjugada em que pessoas se unem para alcançar um mesmo objetivo. Mesmo enfatizando-se o conjunto, a doutrina cooperativa destaca a importância da pessoa, do ser humano em primeiro lugar e em seguida a associação democrática, por meio de colaboração e ajuda mútua a fim de corrigir os males da sociedade capitalista. Coordenação pedagógica: a coordenação pedagógica faz parte do setor pedagógico da escola. Sua atribuição prioritária é prestar assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. Dentre as atribuições do coordenador pedagógico está o relacionamento com os pais e com a comunidade, especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico curricular e didático da escola, à comunicação das avaliações dos alunos e à interpretação feita por eles (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 467). GLOSSÁRIO 22 Corpo docente: o corpo docente é o conjunto dos professores em exercício na escola, cuja função básica consiste em atribuir, para o objetivo prioritário da instituição, o processo de ensino-aprendizagem. Direção: o significado do termo direção, no contexto escolar, difere de outros processos direcionais, especialmente empresariais. Direção vai além da mobilização das pessoas para a realização eficaz das atividades, pois implica intencionalidade, definição de um rumo educativo, tomada de posição ante objetivos escolares sociais e políticos, em uma sociedade concreta. Democrático-participativa: baseia-se na relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe. Acentua a importância da busca de objetivos comuns assumidos por todos. Defende uma forma coletiva de tomada de decisões. Entretanto, advoga que, uma vez tomadas as decisões coletivamente, cada membro da equipe assume sua parte no trabalho, admitindo a coordenação e a avaliação sistemática da operacionalização das deliberações. Gestão: a gestão é a atividade pela qual são mobilizados meios e procedimentos para atingir os objetivos das organizações, envolvendo, basicamente, os aspectos gerenciais e técnico-administrativos (Cf. LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 438). Gestão escolar: expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos. Instituições auxiliares: paralelamente à estrutura organizacional, muitas escolas mantêm instituições auxiliares, como a Associação de Pais e Mestres (APM), o Grêmio Estudantil, a Caixa Escolar, entre outras. Liderança: condição de líder, aquele que dirige ou aglutina um grupo; a liderança informal surge quando uma pessoa se destaca no papel de líder, sem possuir forçosamente um cargo. O líder formal é eleito por uma organização e passa a assumir um cargo de autoridade. O líder proporciona a coesão necessária para realizar os objetivos do grupo. Quando é eficaz, sabe como motivar os elementos do seu grupo ou equipe. Atualmente a teoria afirma que a liderança é um comportamento que pode ser exercitado e aperfeiçoado. As habilidades de um líder envolvem carisma, paciência, respeito, disciplina e, principalmente, a capacidade de influenciar os subordinados. GLOSSÁRIO 23 Setor pedagógico: o setor pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e orientação educacional. As funções dos especialistas na área variam conforme a legislação estadual e municipal e em muitos lugares suas atribuições são unificadas (feitas apenas por uma pessoa) ou desempenhadas por professores. Setor técnico-administrativo: o setor técnico-administrativo da escola responde pelos meios de trabalho que asseguram o atendimento dos objetivos e das funções da escola. Responde também pelos serviços auxiliares (zeladoria, vigilância e atendimento ao público) e pelo setor de multimeios (biblioteca, laboratórios, brinquedoteca etc.) (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 465). Técnico-científica: a gestão sob o aspecto técnico-científico é baseada na hierarquia de cargos e funções, nas regras e nos procedimentos administrativos para a racionalização do trabalho e a eficiência dos serviços escolares. A versão mais conservadora dessa concepção é denominada de administração clássica ou burocrática. A versão mais recente é conhecida como modelo da gestão da qualidade total, com grande ênfase nos métodos e nas práticas de gestão da administração empresarial. GLOSSÁRIO Questão 1 Resposta: É importante que os participantes dos conselhos conheçam a legislaçãopertinente e a forma que devem ser organizados. Os conselhos devem ser constituídos por representantes de todos os segmentos da escola e escolhidos por meio de um processo democrático. Depois de instituído, o conselho deve se reunir com periodicidade, seguindo uma pauta a fim de realmente discutir as questões de interesse da escola, no sentido de contribuir com as decisões sobre os rumos da instituição. As reuniões precisam ser registradas em atas, e todos os documentos relacionados ao conselho devem ser organizados, de maneira a subsidiar com informações para eventuais necessidades. GABARITO 24 Questão 2 Resposta: Alternativa A. Questão 3 Resposta: Alternativa E. Questão 4 Resposta: Alternativa C. Questão 5 Resposta: Alternativa B. Questão 6 Resposta: A neoliberal significa liberar boa parte das responsabilidades do Estado, deixando às comunidades e escolas a iniciativa de planejar, organizar e avaliar os serviços educacionais. Na perspectiva sociocrítica, a decisão significa valorizar as ações concretas dos profissionais na escola que sejam decorrentes de sua iniciativa, de seus interesses, de suas interações em razão do interesse público dos serviços educacionais prestados, sem com isso desobrigar o Estado de suas responsabilidades. Questão 7 Resposta: As análises críticas sobre o sistema de ensino e sobre as políticas educacionais perdem sua força analítica se não tiverem como referência a escola e as salas de aula. No âmbito da escola, isso se verifica pela forma como o professor, no seu trabalho, demonstra seu entendimento sobre o funcionamento do sistema de ensino nacional e estadual e as relações entre as políticas educacionais e os reflexos dela em sala de aula. Questão 8 Resposta: É aquela que melhor favorece o trabalho do professor, existindo uma interdependência entre os objetivos e funções da escola e a organização e gestão do trabalho escolar. Todas as inovações implementadas na escola serão de pouca valia se não refletirem na melhoria da aprendizagem dos alunos. GABARITO 25 GABARITO Questão 9 Resposta: O diretor deve ser alguém que consiga aglutinar as aspirações, os desejos, as expectativas da comunidade escolar e que articule a adesão e a participação de todos os segmentos da escola na gestão de um projeto comum. Como dirigente, ele deve ter uma visão de conjunto e uma atuação que apreenda a escola em seus aspectos pedagógicos, administrativos, financeiros e culturais. Questão 10 Resposta: As escolas podem traçar o próprio caminho, envolvendo, com os objetivos da escola, professores, alunos, funcionários, pais e comunidade próxima. Porém, essa autonomia é relativa, uma vez que as escolas públicas não são organismos isolados, isto é, integram um sistema escolar e dependem das políticas e da gestão públicas. Isso significa que a gestão da escola deve ser exercida levando em conta o planejamento, a organização, a orientação, o controle de suas atividades internas e a aplicação criadora das diretrizes gerais que recebe dos níveis superiores da administração e do ensino.
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