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RELATÓRIO FINAL - CLINICA DO IDOSO (Salvo Automaticamente)

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LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES
UNIVERSIDADE POTIGUAR – UNP
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
ESCOLA DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
ALEXSANDRA REGINA RIBEIRO NUNES SOUZA, FRANCISCO DHONATA DA SILVA, LUANA CRISTINA DE OLIVEIRA, MARIA ALCIMAR DANTAS DA SILVA, RAYANE GABRIELA DA SILVA, RAYSSA MAYARA MOTA DE SOUZA, ROSA MARIA BEZERRA DE MEDEIROS. 
PROJETO DE INTERVENÇÃO 
FRAGILIDADES NOS VÍNCULOS FAMILIARES E SEU IMPACTO NO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO 
NATAL/RN
2019
ALEXSANDRA REGINA RIBEIRO NUNES SOUZA, FRANCISCO DHONATA DA SILVA, LUANA CRISTINA DE OLIVEIRA, MARIA ALCIMAR DANTAS DA SILVA, RAYANE GABRIELA DA SILVA, RAYSSA MAYARA MOTA DE SOUZA, ROSA MARIA BEZERRA DE MEDEIROS. 
PROJETO DE INTERVENÇÃO
FRAGILIDADES NOS VÍNCULOS FAMILIARES E SEU IMPACTO NO PROCESSO DO ENVELHECIMENTO 
Relatório elaborado como requisito avaliativo final da disciplina de Clínica do idoso ofertada na 8ª série do curso de Psicologia da Universidade Potiguar - UnP.                                                  
DOCENTE: ANA ISAURA BENFICA TEIXEIRA
NATAL/RN
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................
1.1 Caracterização do Campo....................................................................
1.2 Apresentação da Demanda..................................................................
1.3 Público Alvo.........................................................................................
2. DESENVOLVIMENTO...............................................................................
2.1 Registro da Intervenção.......................................................................
2.2 Estratégia de Intervenção Usada.........................................................
2.3 Materiais Utilizados na Intervenção.....................................................
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS..................................................................
3.1 Resultados Esperados..........................................................................
3.2 Resultados Alcançados........................................................................
4. CONCLUSÃO.............................................................................................
REFERÊNCIAS..........................................................................................
1. INTRODUÇÃO 
O presente relatório foi desenvolvido pelos estagiários do 8º período do curso de Psicologia da Universidade Potiguar, como requisito final de avaliação da disciplina de Clínica do Idoso, sendo uma das matérias que compõe a ênfase da Saúde do currículo acadêmico. Dispondo como orientadora e tutora de campo a professora Ana Isaura Benfica Teixeira. 
O trabalho trata-se de uma proposta de intervenção realizada a partir de uma visita técnica ao Centro de Convivência para Pessoa Idosa, localizado no bairro Lagoa Azul na zona Norte de Natal/RN. A instituição trata-se de uma organização governamental administrada pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS). Apresenta como objetivo o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, visando à promoção de saúde e qualidade de vida para a população idosa. 
Entre os objetivos do projeto, estão: a análise dos dados coletados durante a visita técnica, sendo estes articulados com os materiais vistos em sala de aula, assim como, o desenvolvimento de pesquisas externas a plataformas científicas objetivando buscar formas de embasar teoricamente a proposta de intervenção. 
Com a visita foi possível realizar uma observação clínica do grupo, bem como a realização de uma entrevista com a psicóloga da instituição para se investigar a dinâmica de funcionamento do campo e os trabalhos realizados junto aos idosos usuários do serviço. Dentre as principais demandas que chegam no serviço, foi possível identificar a fragilidade nos vínculos, questões de saúde mental envolvendo medicalização, respeito, entre outros. Nesse sentido, foi selecionado para a criação de um projeto interventivo acerca das fragilidades nos vínculos familiares e seu impacto no processo de envelhecimento.
1.1 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO 
O Centro de Convivência para Pessoas Idosas, localizado no bairro Lagoa Azul na zona Norte de Natal, foi o campo escolhido pelo grupo para realização das visitas técnicas. A instituição trata-se de uma organização governamental administrada pela Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social (SEMTAS). Tendo como objetivo o desenvolvimento de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável visando à promoção de saúde e qualidade de vida para a população idosa. 
A população idosa nessa área da cidade é numerosa havendo cerca de 500 idosos cadastrados no serviço, apesar de que nem todos frequentem regularmente, alguns idosos só participam de atividades pontuais, mas a maioria mantém uma participação ativa e regular na instituição. Dentre as atividades desenvolvidas, estão: aula de ginástica e hidroginástica, reuniões em grupo, aulas de artesanato, pintura e reciclagem, grupo de teatro, coral, alfabetização, atividades lúdicas, atividades externas como passeios, dia do forró, além dos eventos temáticos em alguns meses. 
A estrutura física conta com recepção, salas de reuniões, área de convivência onde são realizados os eventos e atividades, piscina, refeitório e banheiros. Apesar de o espaço físico não ser tão abrangente, o campo apresenta uma boa organização de seus espaços, assim como, a estrutura física. Dentre os funcionais que compõe a equipe atuante na instituição, estão: psicóloga, assistente social, educador físico, coordenadora, cozinheiro e ASG.
1.2 DESCRIÇÃO DA DEMANDA 
Uma das atividades realizadas na visita técnica foi à entrevista com a psicóloga, sendo possível investigar mais sobre a dinâmica de funcionamento do Centro de Convivência e suas demandas. Sendo realizada uma entrevista semiestruturada onde direcionamos algumas perguntas que desencadeou a fala da psicóloga trazendo as principais demandas do serviço, entre elas destacando-se a fragilidade nos vínculos dos usuários da instituição. 
De acordo com o censo do IBGE de 2010, a população idosa brasileira é composta por 23 milhões de pessoas, totalizando 11% da população total do País. Esse aumento nos índices evidencia também o aumento na expectativa de vida para a população brasileira, que chaga há 74 anos. Onde 77,7 anos representa a expectativa de vida para as mulheres e 70,6 para os homens (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014). 
O aumento da população idosa provocou impacto e mudanças no perfil demográfico e epidemiológico do país, resultando assim, em demandas que necessitam de respostas eficazes das políticas públicas envolvendo diretamente o estado e a sociedade. Dentre esses âmbitos, destaca-se a familiar como a principal instância para promover o apoio e a garantia de um ambiente confiável e seguro para o desenvolvimento da pessoa idosa (SOUZA et al., 2015). Segundo o Estatuto do Idoso, são asseguradas às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos todos os seus direitos, sendo essa faixa etária caracterizada como pessoa idosa (ESTATUTO DO IDOSO, 2007).
	Outrossim, o presente trabalho visa desenvolver um projeto interventivo dentro da demanda da fragilidade dos vínculos familiares no processo do envelhecimento. Haja vista, a necessidade de analisar e compreender como essa fragilidade pode causar impactos na vida do idoso e tornar a fase da velhice ainda mais difícil, pois, essa fase por si só, já se caracteriza um processo complexo que apresenta alterações na trajetória de vida das pessoas, mesmo o envelhecimento sendo um processo heterogêneo e individual (VERAS et al., 2015). Mas alguns fatores podem intensificar o sofrimento que surge nesse período da vida, como a ausência do apoio familiar. 
	Segundo Cúnico e Arpini (2013) a família é um sistema profundo que está diretamente relacionado aos processos de mudanças histórica,social e cultural. Assim, ao falarmos de família estamos explanando sobre os conjuntos de pessoas ligadas por laços parentescos, que residem no mesmo domicílio ou que são responsáveis legais pelo idoso, mesmo não residindo na mesma unidade domiciliar. 
	Apesar de o conceito de família ter recebido grandes transformações ao longo dos anos, de modo que, atualmente esse conceito não se representa apenas por laços sanguíneos, sendo o próprio grupo de idosos que partilham experiências no Centro de Convivência, uma representação do conceito de família. Ademais, partiremos do aspecto que a família nuclear se caracteriza como o primeiro grupo de socialização e cuidados dos idosos, sendo possível perceber dentro desse núcleo as fragilidades dos vínculos familiares.
1.3 PÚBLICO ALVO 
	O presente relatório delineou propostas de intervenções sobre a fragilidade dos vínculos familiares, tendo como público alvo os idosos da instituição e seus familiares.
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 REGISTRO DA INTERVENÇÃO 
No dia 05 de novembro de 2019, foi realizada a visita técnica ao Centro de Convivência para Pessoas Idosa, tendo ocorrido das 10h00min às 11h30min. O grupo tinha cerca de 20 pessoas e apenas um participante era do sexo masculino. Nesse momento estava ocorrendo simultaneamente a aula de hidroginástica ministrada pelo educador físico da instituição, com dois participantes. Alguns idosos estavam sentados apenas observando as atividades realizadas sem maiores interações com os demais do grupo.
Inicialmente foi realizada uma roda de conversa com o grupo, onde foi explicado o motivo de nossa visita e dando-se início ao diálogo tendo como objetivo a fala, a escuta e a atenção, ministrada pela psicóloga da instituição, e como ouvintes a professora/ tutora e os estagiários.
Em um segundo momento através de uma conversa com a psicóloga, foi possível realizar uma escuta clínica acerca da dinâmica dos trabalhos realizados e seu funcionamento, bem como suas demandas.
Após a escuta das demandas verificou-se a necessidade de indicar uma proposta de intervenção voltada a trabalhar a fragilidade dos vínculos afetivos entre os idosos e seus familiares e/ou cuidador. Segundo Azevedo e Modesto (2016) para o idoso a família exerce um papel de suma importância no processo de envelhecimento, mesmo que ele não dependa de seus familiares, porém a presença dos mesmos traz uma sensação de bem-estar e proteção.
É importante ressaltar que estava previsto a prática de três visitas técnicas, sendo uma delas destinada a realização total ou parcial da intervenção desenvolvida, porém, devido a questões burocráticas referentes à Secretária responsável pela instituição, as vistas foram canceladas. Nesse sentido, foi possível executar apenas uma visita ao campo, onde as informações descritas ao longo do relatório foram colhidas nesse primeiro momento, havendo assim a ausência de algumas informações que seriam necessárias para se pensar formas de intervenções. Logo, este trabalho se trata apenas de uma proposta de intervenção, e não mais, da descrição de ações focais que poderiam ter sido desenvolvidas pelos estudos no campo. 
2.2 ESTRATÉGIA DE INTERVENÇÃO 
	Inicialmente foi realizada uma articulação com os textos usados na matéria Clínica do Idoso, assim como, outras pesquisas externas em busca de materiais que contemplasse de forma mais detalhada a importância dos vínculos familiares no processo de envelhecimento, para se estruturar ações no Centro de Convivência, que contemple essa temática. 
	Por conseguinte, a presente proposta de intervenção consiste na ideia de implementar no centro de Convivência um grupo de apoio para os familiares e cuidadores dos idosos usuários do serviço, onde incialmente o foco das ações será o acolhimento e escuta a esse público, com oficinas e palestras de psicoeducação, estruturadas com atividades focais para orientar quanto informações para os cuidados adequados com a pessoa idosa. Com objetivo de nortear a respeito do manejo no cuidado e promoção do bem-estar do idoso, do mesmo modo que, gerenciar as relações e comportamentos estressantes desencadeados através da rotina de ser cuidador, pensando formas de autocuidado (CASTRO; SOUZA, 2016).
	 Ademais, como foco secundário, trabalharíamos com os com os familiares e idosos juntos, desenvolvendo oficinas e atividade em equipe para trabalhar potencialidade de atividades que podem ser efetivadas pelo idoso e familiar e/ou cuidador, fortalecendo o bom convívio entre ambos. Produzir oficinas que promovam o fortalecimento do autocuidado do idoso e do cuidador,
	 A seguir, será descrito ações do “grupo piloto” que, podem ser realizadas em um mês determinado pela instituição, cada ação em uma semana. Também pode ser feito a articulação com a Unidade Básica de Saúde do bairro, convidando inicialmente um profissional de enfermagem para trabalhar em relação aos cuidados com os idosos juntamente com os estagiários de psicologia em uma oficina de psicoeducação.
Podemos justificar o direcionamento das ações inicialmente aos familiares e cuidadores, devido à necessidade que o cuidador tem em ser cuidado e acolhido, assim como, precisa ser orientado quanto à fase do envelhecimento e as adversidades que fazem parte desse processo. Sabe-se que, entre a violência física e psicológica, encontra-se a negligência passiva que se caracteriza por ações de cuidados inadequados frente às necessidades do idoso, devido à ausência de informações, conhecimentos insuficientes ou estresse do cuidador. 
Nesse contexto Areosa et al. (2014) promoveram uma pesquisa com cuidadores de idosos, a maioria familiares, em um município do interior do Rio Grande do Sul e constataram que os cuidadores não tinham preparo técnico para cuidar do idoso. Faz oportuno alertar para a necessidade dessas pessoas receberem orientações de como proceder em situações difíceis, sendo indispensável o manejo dos profissionais da saúde para capacitá-los tanto no cuidado com o outro, quanto no cuidado com si mesmo. 
Segundo o Art. 3.º do Estatuto do Idoso: 
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (ESTATUTO DO IDOSO, 2007, p. 08). 
Além disso, a família se caracteriza como o principal núcleo responsável por propiciar um ambiente saudável e seguro que garanta uma boa qualidade de vida e desenvolvimento de novas potencialidades do idoso. E esses cuidados não podem ser ofertados apenas no âmbito biológico de forma isolada, sem considerar os aspectos psicológicos e socioeconômicos (SOUZA et al., 2015).
 Assim, o estado também precisa comparecer com suas responsabilidades diante da população idosa, através dos equipamentos e Redes de Saúde e Assistência Social, no caso dos centros de convivência, por exemplo. Salientado que essas instituições não são responsáveis por substituir as responsabilidades pertinentes às famílias e cuidadores, o objetivo é servir como rede de apoio. 
Segundo Mendes et al. (2005) os Centros de Convivência é de grande relevância por proporcionar um espaço destinado a atividades físicas, educativas e sociais, estimulando a participação desses idosos em seu meio social.
 Durante esse processo de envelhecimento podem surgir questões que afetam a saúde mental de grande parte dos idosos, pois, a velhice por si só, já se caracteriza um processo complexo que apresenta alterações na trajetória de vida das pessoas, mesmo o envelhecimento sendo um processo heterogêneo e individual. Deste modo, alguns aspectos intensificam essas alterações, como por exemplo, a entrada na aposentadoria e a perda dos papéis sociais, tonando-se um mais um evento estressor na velhice com o qual os familiares e cuidadores não conseguem mediar com o idoso (TAVARES et al., 2014).	
Nessa fase existe uma ruptura não somente na rotina das atividades do trabalho, mas tambémcom colegas, os quais se estabeleceram vínculos ao longo dos anos no contexto laboral. O que pode acarretar em sentimentos de solidão e quadros de tristezas e desânimo com a nova realidade, assim como, os filhos provavelmente já saíram de casa e construíram suas famílias, logo, o idoso se ver sozinho e incapaz de descobrir novas potencialidades que podem ser exploradas nessa fase da velhice (TAVARES et al., 2014).
Com a finalidade de criar um grupo de apoio aos familiares, onde possam ser orientados quanto às formas de mediar junto ao idoso essas questões que aparecem com frequência no processo do envelhecimento, sem desencadear conflitos e estresses maiores nas relações de ambos. 
2.3 RECUROS NECESSÁRIOS 
Grupo de apoio ao familiar e cuidador do idoso: Os recursos necessários para serem utilizados no primeiro mês do referido grupo, configurando-se como, o “mês piloto”, estão descritos no quadro a seguir. Dependendo da adesão do público alvo, podem ser feito ajustes, pensando em novas formas de trabalhar com esse público e tornar o grupo permanente. Idealizando a oferta de cuidados e orientações aos familiares e cuidadores pode ser uma forma de fortalecer os vínculos familiares dos usuários do Centro de Convivência da pessoa Idosa.
	PÚBLICO
	ATIVIDADE
	MATERIAS NECESSÁRIOS 
	PROFISSIONAIS
	Familiares e cuidadores
	Acolhimento e escuta qualificada.
	Sala reservada na instituição;
Entrevista aberta ou semiestruturada.
	Psicóloga;
Assistente Social.
	Familiares e cuidadores
	Oficina de Psicoeducação:
Tema: Formas de cuidados para com o idoso.
Atividade: Palestra e realização de um mapa mental sobre os cuidados adequados.
	Área de convivência da instituição;
Folhas A4;
Cartolinas;
Lápis grafite; lápis de cor; apontador; borracha; tintas.
	Psicóloga;
Assistente Social;
Enfermeira (o) UBS.
	Familiares e cuidadores;
Idosos.
	Oficina com atividades grupais:
Tema: Fortalecimento de vínculos.
Dinâmica grupal: “juntos somos mais fortes”. (https://demonstre.com/juntos-somos-mais-fortes/);
Dinâmica da escuta ativa e autocuidado: Cada participante diz uma qualidade sua e uma atividade de lazer que gostaria de fazer com a família. Ao final, o familiar vai ter que repetir a qualidade e atividade que o idoso disso. Após, o idoso faz o mesmo com o familiar.
Finalizar com um exercício de alongamento.
	Área de convivência da instituição;
Pacote de palitos de churrasco;
Cadeiras;
Caixa de som microfone.
	Psicóloga;
Assistente Social;
Educador Físico.
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
3.1 RESULTADOS ESPERADOS
		Com base na análise feita tanto nos dados coletados na visita técnica, como no material que serviu como embasamento teórico para o desenvolvimento da proposta de intervenção apresentada, espera-se que, o grupo de apoio específico para os familiares e cuidadores dos idosos usuários do Centro de Convivência, possa despertar o interesse do público alvo do projeto. Já que, trata-se de ações idealizadas especialmente para esse público, onde o mesmo vai ter um espaço específico para receberem acolhimentos e orientações quanto ao papel de cuidador. Do mesmo modo que, espera-se que as ações realizadas no grupo, tanto as direcionadas para os familiares como as em conjunto com os idosos, possam servir como forma de fortalecimento dos vínculos familiares. 
3.2 RESULTADOS ALCANÇADOS 
	Não se aplica ao presente relatório, pois a intervenção não foi aplicada. Trata-se apenas de uma proposta, devido ao cancelamento das visitas. 
4. CONCLUSÃO 
	Diante dos fatos mencionados, faz-se necessário ressaltar que, o aumento da expectativa de vida traz mudanças significativas no perfil demográfico da população brasileira, desse modo, é de extrema importância direcionar os estudos e pesquisas científicas para esse campo de atuação, assim como, repensar novas formas de cuidados para a população idosa. 
	Formas estas que incluam também o cuidado ao cuidador, pois, os cuidadores formais ou familiares que exercem essa função nem sempre dispõe de conhecimentos adequados para as práticas de cuidado, o que pode ocasionar em negligencia com os idosos, caracterizando-se como violação dos direitos da pessoa idosa. 
	Com base na literatura revisada, em sua maioria os cuidadores apresentam esgotamento físico, emocional e psicólogo, o que contribui para fragilidade nos vínculos familiares e ate abandono. Quando se pensa em formas de apoio e cuidados para familiares e cuidadores estamos contribuindo para que haja uma possível diminuição dos fatores que acarretam em fragilidades dos vínculos familiares que trazem impactos no processo do envelhecimento. 
REFERÊNCIAS
AREOSA, S. V. C; HENZ, L. F; LAWISCH, D; Areosa, R. C. Cuidar de si e do outro: estudo sobre os cuidadores de idosos. Psicologia, Saúde & Doenças, 15(2), 482-494, 2014. 
AZEVEDO, P. A. C., & MODESTO, C. M. S. (2016). A (re)organização do núcleo de cuidado familiar diante das repercussões da condição crônica por doença cardiovascular. Saúde em Debate, 40(110), 183-194. doi: https://dx.doi. org/10.1590/0103-1104201611014
BRASIL. Ministério da Saúde. Estatuto do Idoso (Legislação da Saúde, p. 70). Editora do Ministério da Saúde, Brasília-DF, 2 ed, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o cuidado das pessoas idosas no SUS: Proposta de modelo atenção integral. Editora do Ministério da Saúde. Brasília-DF, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_cuidado_pessoa_idosa_sus.pdf Acesso em: 01 de Dezembro de 2019. 
CASTRO, M. L; SOUZA, N. D. Programa de intervenção Psicossocial aos cuidadores informais familiares: o cuidar e o autocuidado. [s.n.], rev. Iterações, n. 42, p. 150-162, 2016. Disponível em: file:///C:/Users/Documento/Downloads/11819-Texto%20do%20Trabalho-34945-1-10-20170401%20(1).pdf Acesso em: 01 de Dezembro de 2019. 
CÚNICO, Sabrina Daiana; ARPINI, Dorian Mônica. A Família em Mudanças: Desafios para a Paternidade Contemporânea. Pensando Famílias, [s. l.], 30 maio 2019.
MENDES, M. R. S. S. B; GUSMÃO, J. D; FARO, A. C. M; LEITE, R. C. B. O. A situação social do idoso no Brasil: uma breve consideração. Acta paulista de enfermagem, 18(4), 422-6, 2005.
NERI, L. A; YASSUDA, S. M (orgs). Velhice Bem-Sucedida: Aspectos afetivos e cognitivos (Viva Idade). [s.n.] Papirus Editora, 2014. 
SOUZA, A. et al. Conceito de insuficiência familiar na pessoa idosa: Análise crítica da literatura. REBEn, Alfenas-MG, nov-dez, 2015. 
VERAS, M. L. M. et al. Processo de envelhecimento: Um olhar do idoso. Revista Interdisciplinar, Teresina-PI, v. 8, n. 2, p. 113-122, Junho, 2015.

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