Buscar

aula 2 finanças

Prévia do material em texto

MATEMÁTICA 
FINANCEIRA
Andrelise Hanna Huffel
Taxa de inflação
e correção monetária
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir inflação e correção monetária.
  Descrever os índices de inflação utilizados.
  Relacionar a inflação com o cenário econômico e empresarial do Brasil.
Introdução
A inflação e a correção monetária estão ligadas aos preços praticados no 
mercado. A inflação corresponde à elevação geral dos preços, ao passo 
que a correção monetária tem o intuito de minimizar e corrigir os impac-
tos da inflação. No Brasil, são utilizados diversos índices de preços, com 
amostragens e critérios diferentes, elaborados por diferentes instituições 
de pesquisas. É importante conhecer esses índices, entender como é 
medida a inflação e qual o papel da correção monetária nesse cenário. 
A inflação é um tema bastante discutido dentro da análise econômica e 
dos cenários políticos, visto que o País passou, nas últimas décadas, por 
diferentes experiências inflacionárias.
Neste capítulo, você aprenderá sobre inflação e correção monetária, 
bem como conhecerá os índices de inflação utilizados. Por fim, relacionará 
a inflação com o cenário econômico e empresarial do Brasil.
Inflação e correção monetária
Diante do cenário econômico do Brasil, o entendimento de infl ação é de 
extrema importância, uma vez que tem relação com os índices de preços, 
os quais estão completamente relacionados ao dia a dia das pessoas, ao seu 
poder de compra, conforme suas preferências e sua disponibilidade de renda. 
De acordo com Assaf Neto (2015), a inflação é um fenômeno econômico e 
pode ser interpretada como a elevação/o aumento contínuo nos preços gerais 
da economia durante períodos consecutivos. Em períodos de alta de inflação, 
os preços aumentam com rapidez, fazendo os consumidores, muitas vezes, 
terem de deixar de consumir determinados produtos e serviços, substituindo 
suas preferências de escolhas, por não possuírem condições financeiras para 
manter o padrão de compras dos períodos anteriores, ou períodos em que a 
inflação esteve estabilizada ou em queda.
Silva e Luiz (2010) afirmam que a característica de generalidade e continui-
dade faz da inflação um processo, e não uma ocorrência passageira. Quando 
se trata de um processo, entende-se que as elevações de preços ocorrem com 
assiduidade e constantemente. No Brasil, historicamente, tem-se um cenário 
econômico inflacionário, em que os consumidores perdem seu poder de com-
pra, o que reduz seu poder aquisitivo, deixando-os com a sensação de que seu 
dinheiro está desvalorizado, que estão empobrecendo (ASSAF NETO, 2015). 
Com a alta generalizada de preços, o número de pessoas que conseguem 
manter seu padrão de consumo torna-se reduzido, e estas passam a consumir 
um volume menor de produtos e serviços. 
É correto afirmar que a inflação está relacionada ao aumento generalizado 
e contínuo dos preços, de modo que aumentos significativos de preços de 
produtos isolados não caracterizam inflação. A escassez do produto muitas 
vezes pode fazer o preço deste se elevar, não se tratando, portanto, de infla-
ção, visto que não representa uma variedade de produtos. Silva e Luiz (2010) 
afirmam que, quando os preços dos bens se elevem por um curto período, 
estabilizando-se em seguida, há um ajuste da economia, e não um processo 
inflacionário. 
Segundo Lanzana (2017), é importante destacar que, dentro do conceito de 
inflação — que representa um processo, não um fato isolado —, os aumentos 
Taxa de inflação e correção monetária2
dos preços são contínuos, e não esporádicos, e são generalizados, e não iso-
lados. A inflação gera incertezas na economia, prejudicando o crescimento 
econômico, principalmente das camadas menos favorecidas da população, 
que não possuem acesso a instrumentos financeiros para se precaver dos 
efeitos da inflação.
Segundo Assaf Neto e Lima (2014), a correção monetária foi criada, em 
1964, com o objetivo de diminuir o impacto da inflação sobre o sistema 
econômico. Foi instituída com a finalidade de eliminar distorções causadas 
pela inflação. Um exemplo é a proteção e a correção em contratos que não 
preveem atualizações e reajustes, pois, nesses casos, a correção monetária 
ameniza as possíveis distorções.
A correção monetária repõe o poder de compra da moeda que a elevação 
dos preços extinguiu e visa a preservar o valor do dinheiro no tempo. Portanto, 
se houve desvalorização de um montante, a correção monetária, de modo 
sucessivo, devolve ao consumidor seu poder de compra. 
Os termos indexação, reajuste e atualização monetária são considerados sinônimos 
de correção monetária.
De acordo com Faro (1995, p. 304), “[...] a correção monetária procurou 
garantir a neutralização do efeito da perda do poder de compra da moeda, 
causada pela inflação, pela atualização dos valores monetários em função 
da variação de índices de preços [...]”. Portanto, a correção monetária tem a 
intenção de minimizar o impacto sofrido na vida dos consumidores, de modo 
que eles sintam menor impacto na sua cesta de compras, não precisando alterar 
suas escolhas em função de perda do poder aquisitivo.
3Taxa de inflação e correção monetária
Denomina-se indexação o reajuste automático de prestações contratuais de acordo 
com algum índice de preços. No caso de reajustes salariais, as regras de indexação 
costumam determinar um piso, mas nunca um teto. Para saber mais sobre indexação, 
leia o Capítulo A Dinâmica da Inflação, do livro Macroeconomia, de Mário Henrique 
Simonsen e Rubens Penha Cysne (SIMONSEN E CYSNE, 2009).
Índices de inflação
Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE, 
2019), o índice que mede ofi cialmente a infl ação brasileira é o Índice de Preços 
ao Consumidor Ampliado (IPCA). O Sistema Nacional de Índices de Preços 
ao Consumidor (SNIPC) produz contínua e sistematicamente o IPCA, que 
tem como objetivo medir a infl ação de um conjunto de produtos ou serviços 
comercializados no varejo, referente ao consumo pessoal das famílias. Esse 
sistema busca garantir a produção de índices de 90% das famílias pertencen-
tes às áreas urbanas de cobertura do SNIPC. A população-objetivo abrange 
famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a 
fonte, nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo 
Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além 
do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande. Tem como 
unidade de coleta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, 
concessionária de serviços públicos e internet, e sua coleta estende-se, em 
geral, do dia 01 a 30 do mês de referência.
Segundo Assaf Neto (2019), o IPCA apresenta-se em três versões:
  IGP-DI: abrange as variações de preços verificadas entre o primeiro 
e o último dia do mês de referência;
  IGP-M: abrange as variações de preços verificadas entre o dia 21 do 
mês anterior ao de referência e o dia 20 do mês de referência;
  IGP-10: abrange as variações de preços verificadas entre o dia 11 do 
mês anterior ao de referência e o dia 10 do mês de referência.
As características dos principais índices de preços na economia brasileira, 
medidos pelo IBGE (2019), são demonstradas no Quadro 1.
Taxa de inflação e correção monetária4
 Fo
nt
e:
 B
AC
EN
 (2
01
6,
 d
oc
um
en
to
 o
n-
lin
e)
. 
In
st
it
ut
o
Ín
di
ce
Ín
di
ce
s
co
m
po
ne
nt
es
Fa
ix
a 
de
 re
nd
a 
(e
m
 
sa
lá
ri
os
 m
ín
im
os
)
Á
re
a 
de
ab
ra
ng
ên
ci
a
Pe
rí
od
o 
de
co
le
ta
 d
e 
pr
eç
os
D
iv
ul
ga
çã
o
D
es
de
IB
G
E
IP
CA
-1
5
N
ão
 h
á
1–
40
9 
RM
s +
 B
ra
sí
lia
 e
 
G
oi
ân
ia
D
o 
m
ei
o 
do
 
m
ês
 a
nt
er
io
r a
o 
m
ei
o 
do
 m
ês
 d
e 
re
fe
rê
nc
ia
At
é 
di
a 
25
 
do
 m
ês
 d
e 
re
fe
rê
nc
ia
20
00
IP
CA
10
 R
M
s +
 B
ra
sí
lia
, 
G
oi
ân
ia
 e
 C
am
po
 
G
ra
nd
e
D
e 
1 
a 
30d
o 
m
ês
 
de
 re
fe
rê
nc
ia
At
é 
di
a 
15
 
do
 m
ês
 
su
bs
eq
ue
nt
e
19
79
IN
PC
1–
5
 Q
ua
dr
o 
1.
 C
ar
ac
te
rís
tic
as
 d
os
 p
rin
ci
pa
is 
ín
di
ce
s d
e 
pr
eç
os
 
5Taxa de inflação e correção monetária
A partir de julho de 1999, o IPCA passou a ser utilizado como índice de 
preços oficial da política monetária do Banco Central do Brasil (BC), no 
contexto do regime de metas de inflação. Por esse sistema, o BC atua para 
que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta preestabelecida, a qual 
é anunciada publicamente e funciona como uma âncora para as expectativas 
dos agentes sobre a inflação futura, permitindo que desvios da inflação em 
relação à meta sejam corrigidos ao longo do tempo (BACEN, 2016). 
No Brasil, a meta para a inflação é definida pelo Conselho Monetário 
Nacional (CMN), e cabe ao BC adotar as medidas necessárias para alcançá-la. 
O índice de preços utilizado é o IPCA, calculado pelo IBGE (2019). A meta 
se refere à inflação acumulada no ano (BACEN, 2019a). A Figura 1 apresenta 
as metas de inflação do País desde 2009. O comparativo foi realizado com os 
valores de inflação efetivados até maio/2019. 
Figura 1. Preços – IPCA e meta para a inflação.
Fonte: BACEN (2019a, documento on-line). 
No desenho atual do sistema, o CMN define, em junho, a meta para a 
inflação de 3 anos-calendário à frente. A meta está definida até 2022, e cabe 
ao BC executar as políticas necessárias para cumprir as metas fixadas. Esse 
horizonte mais longo reduz incertezas e melhora a capacidade de planejamento 
das famílias, das empresas e do governo.
Taxa de inflação e correção monetária6
Segundo Assaf Neto e Lima (2014), a taxa de inflação da economia brasi-
leira encontra-se atualmente dentro das metas estabelecidas pelo governo. As 
metas de inflação para os próximos anos são as seguintes (BACEN, 2019a):
  2019: 4,25%;
  2020: 4,00%;
  2021: 3,75%;
  2022: 3,50%.
O IPCA reflete a variação dos preços das cestas de consumo das famílias, 
as quais refletem o padrão de consumo das famílias. Essa cesta inclui: alimen-
tação e bebidas; habitação; artigos de residência; vestuário; transporte; saúde 
e cuidados pessoas; despesas pessoais; educação; comunicação.
A Figura 2 apresenta o índice geral de inflação correspondente ao período 
de maio/2017 até maio/2019, marcado pela composição da cesta de consumo.
Figura 2. Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA).
Fonte: Adaptada de IBGE (2019, documento on-line).
7Taxa de inflação e correção monetária
No período exposto, os menores índice foram os de agosto/2017, seguidos 
de setembro/2017 e março/2018. Os maiores índices foram os de abril/2019, 
seguidos de maio/2019 e março/2019.
A Figura 3 mostra o comportamento da inflação registrado no Brasil a 
partir de 1995. De 1995 até 1998, tem-se uma queda no índice, que corrobora 
com a afirmação de Assaf Neto e Lima (2014) de que a inflação somente foi 
controlada a partir de 1994, com a implantação do Plano Real. O Plano Real 
foi um dos planos de combate à inflação do Brasil, o qual conseguiu reduzir 
a inflação de forma duradoura no País. Esse plano foi dividido em três fases: 
ajuste fiscal, indexação completa da economia e reforma monetária.
Figura 3. Variação acumulada no IPCA.
Fonte: IBGE (2019, documento on-line). 
Relação da inflação com o cenário econômico
e empresarial do Brasil
A infl ação está relacionada com o cenário econômico e empresarial do Brasil, 
pois impacta sobre o comportamento econômico individual de consumidores e 
de empresas, considerando-se a distribuição de produção e de renda entre eles.
O comportamento econômico individual de consumidores é diretamente 
afetado em períodos de alta inflação, uma vez que o aumento da inflação 
indica que os preços estão subindo acima do esperado, de modo que o poder 
de compra dos consumidores se torna reduzido.
A Figura 4 apresenta a evolução do rendimento médio mensal real de todos 
os trabalhos das pessoas ocupadas, de acordo com o IBGE (2019).
Taxa de inflação e correção monetária8
Figura 4. Rendimento médio mensal real de todos os trabalhos de pessoas ocupadas.
Fonte: IBGE (2019, documento on-line).
Observa-se que o rendimento médio no período compreendido entre ja-
neiro/2012 e maio/2019 ficou entre R$ 2.169,00 e R$ 2.306,00. Ou seja, a 
evolução salarial não acompanhou a inflação, corroborando com o fato de 
que os consumidores perdem poder aquisitivo devido à inflação.
Para exemplificar essa perda, será utilizada a “Calculadora do cidadão” (BACEN, 2019b), 
uma disponibilidade do BC que permite atualizar valores nominais por diversos índices 
de preços. O valor e a data inicial utilizados na Figura 5 correspondem ao valor de 
R$ 2.169.00 no primeiro trimestre (jan-fev-mar) de 2012. A data final informada é de 
maio/2019. O índice de correção que será utilizado é o IPCA.
Figura 5. Calculadora do cidadão: correção de valores.
Fonte: BACEN (2019b, documento on-line). 
9Taxa de inflação e correção monetária
A Figura 6 apresenta o resultado da simulação pelo IPCA. O valor obtido 
deveria ser a evolução salarial desse período para o assalariado manter o seu 
poder de compra.
Figura 6. Calculadora do cidadão: resultado da correção de 
valores.
Fonte: BACEN (2019b, documento on-line). 
O valor atualizado até o mês de maio/2019, considerando-se o IPCA, ficou 
em R$ 3.322,44, ao passo que, na tabela apresentada pelo IBGE (2019), o valor 
é de R$ 2.289,00. Ou seja, para o consumidor acompanhar a economia, tendo o 
seu consumo mantido nesse período, com base no IPCA, o rendimento médio 
em maio/2019 deveria ser de R$ 3.322,44. A diferença entre o valor oficial e 
o valor corrigido é de R$ 1.033,44.
Paralelo a essa constatação, tem-se o comportamento econômico do setor 
empresarial. As decisões do empresariado são tomadas com base no padrão 
de comportamento de boa parte dos consumidores. A empresa é a unidade 
produtiva responsável pela produção e a comercialização de bens e serviços e 
pela contratação de pessoal. Quando os empresários realizam investimentos 
produtivos para ampliar a capacidade de produção, necessitarão de mão 
de obra qualificada para trabalhar. Os empresários são responsáveis pelos 
salários dos trabalhadores, que, por sua vez, são os consumidores. Se os 
salários estiverem pressionados para baixo, isso afetará o poder de compra 
Taxa de inflação e correção monetária10
dos consumidores. Ao afetar o poder de compra, tem-se consumidores 
comprando menos ou modificando seus hábitos de consumo, o que faz a 
empresa ter queda nas quantidades demandadas.
Segundo Assaf Neto (2015), a inflação pode ser causada pelo lado dos 
custos, pelo lado da demanda ou por uma conjugação desses dois fatores. A 
inflação de custos é um processo de elevação das taxas de juros, salários, 
câmbio, entre outros, que determina um acréscimo nos custos de produção. 
Ao elevar o custo da produção, repassa-se esses custos de insumos para os 
preços praticados, com a finalidade de não prejudicar a margem de lucro da 
empresa. Se os preços dos insumos necessários para a produção aumentam, 
possivelmente o preço desse bem aumentará. A inflação pelo lado da demanda 
está relacionada a muita procura e pouca oferta. Nesse caso, como a quantidade 
de produtos disponíveis para venda é inferior à quantidade necessitada pelos 
consumidores, os preços se elevam.
Desse modo, observa-se que o cenário econômico e empresarial no Brasil tem 
interações contínuas entre o comportamento econômico individual de consu-
midores e de empresas, devido à distribuição de produção e de renda entre eles.
ASSAF NETO, A. Matemática financeira e suas aplicações. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
BACEN. Calculadora do cidadão. 2019b. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/aces-
soinformacao/calculadoradocidadao. Acesso em: 11 ago. 2019.BACEN. Índices de preços no Brasil: informações até 2016. 2016. Disponível em: https://
www.bcb.gov.br/conteudo/home-ptbr/FAQs/FAQ%2002-%C3%8Dndices%20de%20
Pre%C3%A7os%20no%20Brasil.pdf. Acesso em: 11 ago. 2019.
BACEN. Metas para inflação. 2019a. Disponível em: https://www.bcb.gov.br/controlein-
flacao/metainflacao. Acesso em: 11 ago. 2019.
FARO, C. Princípios e aplicações do cálculo financeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995.
IBGE. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA. 2019. Disponível em: 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-
-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 
11 ago. 2019.
11Taxa de inflação e correção monetária
LANZANA, A. E. T. Economia brasileira: fundamentos e atualidade. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2017. 
SILVA, C. R. L.; LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 19. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2010.
SIMONSEN, M. H.; CYSNE, R. P. Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
Taxa de inflação e correção monetária12

Continue navegando