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Relatório - Educação Especial

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VANESCA BRASIL RODRIGUES
PESQUISA E ANÁLISE DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA ESCOLA INCLUSIVA
Data de observação: 04/10/2019
Nível de ensino: Educação básica – Ensino Fundamental
Salvador – BA
2019
I. Introdução
O presente relatório apresenta a proposta de prática como componente curricular, realizado na Escola Municipal de Periperi, situada na cidade de Salvador – BA, no dia 04/10/2019. A escola atende a Educação Básica, de nível Fundamental, onde a turma observada corresponde ao 2º ano e a professora responsável pela turma é a Pedagoga, com Especialização em Psicomotricidade, Silvana Martins de Souza e o aluno incluído possui 8 anos.
II. Objetivo
Observar a prática educacional inclusiva através de entrevista com a pedagoga responsável, refletir, analisar e relacionar os fatos expostos com o conteúdo da disciplina de Educação Especial.
III. Descrição da atividade observada
De acordo com o que foi observado no dia 04 de outubro de 2019, a escola possui rampas de acesso, banheiro adaptado para deficientes e barras de apoio para caminhar, mas de um modo geral, o espaço físico ainda necessita de implementações eficazes para oferecer apoio e segurança aos portadores de deficiência que frequentam o ensino regular de ensino.
Segue abaixo a entrevista que explicita todo o contexto educacional ligado a inclusão de alunos com deficiência, através de vivências do cotidiano da professora responsável em questão:
1- Qual a formação do professor?
A professora Silvana Martins de Souza é formada em Pedagogia e possui especialização em Psicomotricidade.
Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta?
O aluno apresenta Transtorno do Espectro Autista (TEA). Não se comunica através da fala, tem dificuldade na interação social, faz movimentos repetitivos e tem sensibilidade ao barulho.
2- Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula?
A rede Municipal de Salvador trabalha com Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), documento exigido pela resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, onde os professores fazem adaptações necessárias no seu plano de aula, respeitando a individualidade e características do aluno incluído.
3- Quais recursos adaptados estão disponíveis e quais adaptações no currículo são realizadas para adequar sua prática pedagógica as necessidades específicas do aluno incluído?
Temos poucos jogos, aparelhos tecnológicos e atividades específicas para autistas na sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE). As adaptações curriculares são feitas através de uma pesquisa de conhecimento do aluno, com a ajuda da família e dos profissionais que o acompanha. 
Com o aluno em questão, a abordagem de temas que facilitam a interação social é prioridade, levando sempre em questão o trabalho com habilidades e conhecimentos que o aluno já possui.
4- As atividades desenvolvidas mobilizam os saberes, as habilidades e as interações entre os diferentes alunos da turma?
Sim. Como dito anteriormente, as interações são de extrema importância e ocorrem de acordo com a realidade trazida com o aluno. Mesmo em um tempo de aprendizagem diferenciado, percebo avanços no aluno incluído e em toda turma, que interage através de brincadeiras.
5- O tempo e os recursos são adequados?
Tempo em sala de aula regular, sim. Já os recursos são poucos em relação a demanda de alunos que recebemos em nossa escola.
6- Ocorrem parcerias entre professor, aluno, equipe pedagógica, gestor da escola e a família do aluno incluído?
Sim. A escola tem a preocupação de envolver toda a comunidade escolar nas práticas educacionais.
7- Como a avaliação de aprendizagem do aluno com necessidades específicas é realizada?
A avaliação é realizada com base no PDI, ou seja, de acordo com parâmetros que foram estabelecidos anteriormente. Observamos diariamente se houve avanço na comunicação, socialização, independência, dentre outros aspectos. 
As observações são registradas no Diário de Classe, nas seguintes etapas:
1 - Diagnóstico inicial;
2 - Parecer descritivo da 1ª unidade;
3 - Parecer descritivo da 2ª unidade;
4 - Parecer descritivo da 3ª unidade;
5 - Parecer final.
8- Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação?
Grandes desafios são enfrentados todos os dias, como: falta de recursos e materiais necessários para trabalhar com alunos com diferentes deficiências. Não temos formações continuadas, pois geralmente essas formações são dadas somente aos professores do AEE. Falta também Auxiliar de desenvolvimento infantil (ADIS), para acompanhar junto ao professor, os alunos incluídos.
Na minha sala, no turno matutino, por exemplo, temos três alunos com necessidades especiais laudados e dois ainda sem laudo, com apenas uma ADI para acompanhar.
É de extrema importância a formação para quem está apoiando o aluno e isto não tem ocorrido.
O que temos visto hoje nas escolas são diversos alunos com deficiências nas escolas regulares, porém, o sistema não tem dado a real importância e não se investe muito nesse quesito. 
IV. Sugestões
De acordo com o que foi relatado na entrevista acima, pode-se entender que o contexto educacional da escola inclusiva, na Escola Municipal de Periperi acontece de acordo com a Lei nº13.146, de julho de 2015, a chamada Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, (Estatuto da Pessoa com Deficiência), pois recebe crianças com deficiência no sistema regular de ensino, fazendo com que haja integração com outras crianças, portadoras e não portadoras de deficiência, além de possibilitar a participação de toda comunidade escolar num processo de socialização e contribuição para a prática do Projeto Político Pedagógico da instituição, promovendo condições de igualdade e liberdade.
Mesmo com a garantia de uma escola inclusiva, os desafios educacionais ainda existem e são fatos importantes a serem destacados, pois como demonstrado pela professora Silvana, a falta de investimento na educação continuada dificulta os procedimentos em sala de aula, assim como a lotação das classes, escassez de recursos físicos e falta de profissionais capacitados no apoio à prática educacional. 
As necessidades dos alunos devem ser atendidas, e para isso as necessidades dos profissionais de educação devem ser ajustadas às novas perspectivas de práticas pedagógicas, colocando o respeito a diversidade como prioridade.
Para que os desafios sejam vencidos, o esforço deve ser integral, direcionando aos gestores uma atuação que vise o aproveitamento de recursos e a reorganização dos sistemas educacionais, dando autonomia e apoio ao professor na construção diário do saber. O professor, por sua vez, deve enfatizar a disponibilidade aos alunos de forma acolhedora e positiva, recebendo apoio da equipe de Educação Especial para que suas competências pedagógicas sejam melhoradas e o ensino tenha qualidade. 
Por fim, o governo precisa abranger os interesses educacionais e investir em cursos de formação continuada e valorização dos profissionais que estão inseridos na Educação inclusiva, assim como fazendo melhorias nos espaços físicos onde acontecem os processos de aprendizagem.
V. Referências 
BRASIL, 2015, Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 10 out. 2019.
ALONSO, Daniela. Educação Inclusiva: desafios da formação e da atuação em sala de aula. Nova Escola, São Paulo, dez. 2013. Disponível em: http://novaescola.org.br/conteudo/588/educacao-inclusiva-desafios-da-formacao-e-da-atuacao-em-sala-de-aula. Acesso em: 11 out. 2019.

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