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UNIDADE II

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UNIDADE II
TÓPICOS INTEGRADORES I – LETRAS
2
Sumário
Para início de converSa ...................................................................................... 5
comunicaÇÃo e eXPreSSÃo ................................................................................. 6
conTeÚdo – unidade i ............................................................................................ 7
modelo comunicativo de Jakobson ............................................................................................ 7
Funções da Linguagem .................................................................................................................. 8
conTeÚdo – unidade ii ........................................................................................... 10
GramáTica naTuraL e GramáTica normaTiva ............................................. 10
Gramática natural .......................................................................................................................... 11
GramáTica normaTiva .......................................................................................... 12
conTeÚdo – unidade iii .......................................................................................... 13
eSTraTÉGiaS de LeiTura ......................................................................................... 13
Scanning e Skimming .................................................................................................................... 14
unidade iv ................................................................................................................... 14
coeSÃo e coerÊncia ................................................................................................ 14
coerência ......................................................................................................................................... 15
coesão .............................................................................................................................................. 16
3
TÓPicoS inTeGradoreS i - LeTraS
unidade ii
Para início de converSa
Querido (a) aluno (a), chegamos à unidade II da disciplina de Tópicos Integradores I – 
Letras.
Espero que as orientações elaboradas no guia da unidade 1, bem como o desta unidade, 
proporcionem a você, estimado (a) estudante, uma aprendizagem mais prazerosa. 
Antes de começarmos, quero relembrá-lo (a), sobre o que vimos na unidade passada, 
tudo bem? 
orienTaÇõeS da diSciPLina
Na unidade I conhecemos a disciplina, quais seus objetivos e qual a metodologia 
adotada nela. Em seguida, falamos um pouco sobre o curso de Letras e sua divisão 
em 03 áreas: Linguística, Gramática e Literatura. Abordamos também um pouco sobre 
o conceito de educação e encerramos com uma breve introdução sobre as disciplinas 
escolhidas para trabalharmos: Comunicação e Expressão, Estética e História da Arte e 
Filosofia da Educação.
Na unidade II, será o momento de estudarmos o conteúdo recortado da disciplina de 
Comunicação e Expressão. Primeiro, faremos a apresentação desta disciplina, depois o 
recorte dos conteúdos para, posteriormente, você ser apresentado à atividade reflexiva 
deste conteúdo.
Na unidade III será o momento de nos voltarmos para a disciplina de Estética e História 
da Arte: primeiro a apresentação, em seguida o recorte dos temas que iremos trabalhar 
e, posteriormente, a Filosofia da Educação. Vamos recordar o que esta disciplina aborda, 
a importância da Filosofia na formação do educador e as tendências pedagógicas.
Para finalizar a disciplina, será o momento da unidade IV. Nela, você irá escolher um 
tema de cada disciplina específica do curso de Letras e, em seguida, é o momento de 
você ser apresentado ao processo de criação da sua atividade, como se monta um 
estudo de caso, como se analisa e, consequentemente, como se ‘resolve’. 
Continuando a disciplina, chega o momento das resoluções dos estudos de caso 
para, então, finalizar com a apresentação do material final: seus estudos de caso com 
resolução.
4
PaLavraS do ProFeSSor
Bem, querido (a) aluno (a), esta é nossa disciplina de Tópicos Integradores.
Espero que nossa caminhada ao longo dessas 04 unidades seja feita em conjunto, de forma bastante 
produtiva e que possamos construir um produto final de qualidade com o objetivo da disciplina que é 
integrar as áreas de conhecimento do curso de Letras.
É isto, bom estudo e vamos lá!
comunicaÇÃo e eXPreSSÃo
Olá, aluno (a)!
Nesta unidade, nós iremos nos debruçar sobre o conteúdo presente na disciplina de Comunicação e 
Expressão, uma das escolhidas para trabalharmos a integração entre teoria e prática, através de 03 
disciplinas: duas específicas do curso de Letras e uma pedagógica.
Antes de iniciarmos nosso caminhar sobre o conteúdo propriamente dito, quero explicar a você, meu 
(minha) caro (a) estudante, que os assuntos expostos aqui serão retirados, diretamente, de dois atores 
do processo de ensino e aprendizagem a distância que você conhece bem: os guias de estudo e o livro 
texto. Como você já cursou a disciplina de Comunicação e Expressão, com certeza já deve ter visto e lido, 
tanto os guias, quanto o livro texto, também chamado de BUP, e convido você, aluno (a), a relembrar o que 
estudou. 
Preparado (a)? 
A unidade I inicia com um convite a fazer uma viagem sem sair da frente do computador, transitando pelo 
mundo mágico das modalidades de comunicação e dos diferentes tipos e mecanismos da linguagem. Temos 
que entender a que se refere o termo “Linguagem”, e posteriormente discutir o Modelo Comunicativo de 
Jakobson, as Funções da Linguagem, o que é Denotação e Conotação, a Crítica ao Modelo de Jakobson 
e, por fim, as Variedades Linguísticas.
Na unidade II, a disciplina apresenta como principais objetivos de aprendizagem entender a diferença 
entre gramática “natural” da língua e a gramática normativa; identificar em que partes se estrutura a 
gramática normativa; compreender que tipo de dúvida pode ser respondido pelo estudo de cada uma 
dessas partes e conhecer as principais fontes de consulta linguística adequadas a um profissional ou 
estudante de nível superior
5
Em seguida, na unidade III, o conteúdo programático apresenta como objetivos didáticos de estudo 
que devem ser alcançados por todos os alunos: definir interpretação de textos; conhecer as principais 
estratégias de leitura; identificar quais “pistas” um texto nos oferece para que formulemos hipóteses 
sobre ele; definir gênero textual; distinguir fontes primárias de secundárias; indicar os principais tipos de 
resumo e mencionar às quatro regras que devemos aplicar para resumir um texto fonte.
Por fim, na unidade IV, serão estudados os assuntos mais aplicados ao seu dia a dia, especialmente no 
que se refere à linguagem escrita exigida nos ambientes de formações, especialmente os de sua atuação 
profissional. O foco será na adequação ao contexto e na construção eficiente da linguagem escrita. 
Mas antes é interessante que você não esqueça que, para compreender um texto, o leitor deve utilizar-
se de estratégias de leitura, como: selecionar as informações mais relevantes; levantar hipóteses; fazer 
inferências; verificar hipóteses e, principalmente, os seus conhecimentos prévios que lhe darão subsídios 
para uma boa interpretação. Ao escrever, o autor concentra sua atenção em dois aspectos: de um lado, o 
contexto de produção e recepção em que ocorre o evento comunicativo e, do outro, a construção do texto 
em si.
Guarde eSSa ideia!
Bom, meu (minha) caro (a), agora que você já foi apresentado à disciplina de 
Comunicação e Expressão, quero deixar claro que não trabalharemos, lógico, todo 
o conteúdo disponibilizado ao longo das 04 unidades. Nós faremos um recorte de 
assuntos e estudaremos os elencados abaixo, de acordo com a respectiva unidade:
	Unidade I:Modelo Comunicativo de Jakobson e Funções da Linguagem;
	Unidade II: Gramática “natural” e gramática normativa;
	Unidade III: Estratégias de leitura;
	Unidade IV: Coesão e Coerência textuais.
Agora que você já conhece os assuntos que serão trabalhados, vamos dar início ao 
nosso passeio, relembrando o que foi estudado em Comunicação e Expressão.
conTeÚdo – unidade i
modelo comunicativo de Jakobson
Estudar o processo de comunicação está diretamente ligado a estudar as funções da linguagem. Na 
verdade, um completa o outro, eles são partes de um todo, mas aqui neste guia eles serão explicados 
e detalhados de maneira separada para que, depois, você possa compreender o processo de uma forma 
geral.
6
O modelo comunicativo foi criado por volta de 1960 pelo linguista russo Roman Jakobson. A teoria para 
explicar a comunicação humana foi uma adaptação do modelo criado para a matemática, desenvolvido 
pelo matemático e engenheiro elétrico Claude Shannon, com o nome de “Uma teoria matemática 
da comunicação” no ano de 1948. Jakobson recebeu um exemplar e decidiu adaptar a teoria para a 
comunicação humana e resultou no modelo que conhecemos hoje. 
viSiTe a PáGina
Para ler mais sobre este assunto, você pode acessar o artigo “O modelo comunicativo 
de Jakobson” na seguinte página da internet: LINK
Após adaptar a teoria matemática para o modelo que estudamos hoje, o linguista russo definiu que para 
estabelecer uma comunicação limpa e sem ruído, 06 agentes são necessários:
	 Emissor ou remetente: trata-se de quem está emitindo a mensagem e pode ser individual ou 
coletivo. É a primeira pessoa do processo comunicativo e cabe ao emissor a intenção da significação e a 
produção de uma série de significantes;
	 Receptor ou destinatário: se o emissor é a primeira pessoa, o receptor é a segunda. É quem 
recebe a mensagem, a outra parte do processo e pode ser, também, individual ou coletivo. Ele recebe a 
mensagem e interpreta, partindo dos significantes até chegar à intenção de significação;
	 Mensagem: é o objeto da comunicação, o conjunto de informações que o emissor deseja 
transmitir;
	 Código: trata-se do sistema de signos que o emissor e o receptor precisam compartilhar para que 
a mensagem seja passada;
	 Canal ou contato: o meio físico, o suporte material ou sensorial pelo qual o emissor e o receptor 
se comunicam. O canal pode ser de diferentes formas, como: visual (gestos, expressões faciais), auditiva 
(tom da voz), verbal (palavras), sensorial (manipulação de objetos) e pictórica (figuras, gráficos); 
	 Referente ou contexto: é o assunto ou situação a qual a mensagem se refere, pode se dar em 
circunstâncias de espaço e tempo onde o receptor se encontra.
Na página 03 do livro, temos uma imagem que ilustra o modelo comunicativo de Jakobson que você, 
provavelmente, já deve ter visto em algum momento do ensino médio. Esse esquema representa o modelo 
mais utilizado por professores de português para explicar a comunicação humana. 
Que tal irmos aos exemplos para que possamos compreender melhor o modelo de Jakobson?
Funções da Linguagem
Como vimos anteriormente, estudar as funções da linguagem está diretamente ligado a estudar a teoria 
da comunicação de Jakobson. São 06 agentes da comunicação e são 06, também, o número de funções, 
onde cada uma terá uma relação direta e próxima com um determinado agente.
7
Quero deixar claro, querido (a) aluno (a), que um mesmo texto pode apresentar uma ou mais funções, mas 
sempre haverá uma em destaque, a qual poderemos classificar o texto. Aproveito também para indicar 
um livro básico para quem quiser se aprofundar neste assunto, trata-se do “Funções da Linguagem”, de 
Samira Chalhub, pertencente a séries princípios, da Editora Ática.
 
Este capítulo do nosso guia será escrito tomando como base este livro, ok? 
Figura 1 - Funções da Linguagem 
Fonte: LINK
Bem, agora que já esclarecemos tudo, vamos às funções. Abaixo vamos falar um pouco de cada função 
da linguagem.
	 Função Emotiva
Estudamos acima que o primeiro agente da comunicação é o emissor, aquele que emite a mensagem e 
a função referente a este elemento é a função emotiva. Marcada comumente pela 1ª pessoa, que, ao 
mesmo tempo, envia seu “sentir” para a 2ª pessoa, o receptor. Outra característica marcante desta função 
é a utilização de interjeições, adjetivos, advérbios e pontuação, especialmente exclamações e reticências. 
A função emotiva, meu (minha) caro (a), carrega sempre a marca da subjetividade, a marca de quem fala, 
o emissor.
	 Função Conativa
Esta função está orientada para o destinatário ou receptor e apresenta como marca gramatical o uso 
do imperativo, do vocativo e da 2ª pessoa do verbo. Também conhecida por função apelativa, a função 
conativa vem do latim “conatum”, cujo significado é tentar influenciar alguém através de um esforço, 
onde o verbo apresenta uma ação verbal do emissor de se fazer notar pelo destinatário, seja através de 
uma ordem, exortação, chamamento ou invocação. A linguagem da propaganda, cujo objetivo é convencer 
o destinatário, é um exemplo claro de função conativa.
	 Função Poética
Até agora vimos a função focada no emissor, a emotiva, no receptor, a conativa e agora chegou o momento 
de virmos a função poética cujo enfoque, encontra-se na mensagem. Nesta função a mensagem está 
voltada para si mesma: as características físicas do signo são privilegiadas. A poesia exibe, no sintagma, 
não o acaso, mas a necessidade.
8
	 Função Metalinguística
A função metalinguística apresenta como enfoque o código. Uma mensagem metalinguística implica que 
a seleção operada no código combine elementos que retornem ao próprio código. A função metalinguística 
é uma equação: a linguagem-objeto (tema) é tratada com a linguagem do tema. É necessário observar que 
o termo código sai do seu território linguístico e assume, livremente, conotações mais amplas – aliada à 
noção de linguagem. 
	 Função Fática
É o tipo de função que se suporta no físico, no canal, e que tem por objetivo testar o canal, interromper 
ou reafirmar a comunicação. De acordo com Jakobson “O empenho em iniciar e manter a comunicação 
é típico das aves falantes; dessarte, a função fática da linguagem é a única que partilham com os seres 
humanos. É também a primeira função verbal que as crianças adquirem; elas têm tendência a comunicar-
se antes de serem capazes de ouvir ou receber comunicação informativa” (CHALUB, pg. 28). 
	 Função Referencial
A última função que estudaremos é a referencial que fala sobre o objeto referido e tem como tarefa 
organizar os signos em função do referente, produzindo informações em ambiguidade. Esta linguagem 
de primeiro grau se manifesta através da relação de co-realidade do signo, dirigindo-se ao significado no 
objeto. A função referencial está focada em enviar a mensagem de maneira direta, clara e objetiva e está 
diretamente ligada à linguagem denotativa.
conTeÚdo – unidade ii
GramáTica naTuraL e GramáTica normaTiva
Caro (a) aluno (a), nosso conteúdo inicia com a indicação para que assista ao vídeo “O que é Gramática”, 
com duração de nove minutos e cinquenta e três segundos, que traz à tona uma reflexão sobre os tipos e 
funções da gramática, assim como suas aplicações sociais na vida cotidiana.
veJa o vídeo!
LINK
(William R. Cereja – GRAMÁTICA).
Procure registrar, no computador, os diferentes tipos de gramática e suas aplicações, 
como descrito pelo autor e Professor William Roberto Cereja. 
9
Para PeSquiSar
Segue abaixo uma lista para ajudar a identificar os principais núcleos temáticos 
abordados no vídeo supracitado: 
	Gramática prescritiva e suas funções
	Gramática descritiva e suas funções
	Classe de Palavras
	Ensino da Língua Portuguesa
	A variação dos sentidos das palavras, frases e orações
Gramática natural
No livro texto da disciplina, especialmentenas páginas 43 e 44, explica sobre a gramática natural, essa 
gramática inata do falante e que todos possuem, independente de ter sido alfabetizado ou não. 
Abaixo podemos ver o trecho contido no BUP, (PERINI, 2002):
Essa gramática “natural” de que estamos falando inclui regras referentes à pronúncia, à grafia (caso 
a língua tenha expressão escrita), à formação de palavras e à combinação dessas palavras em frases.
Ora, toda língua possui essas regras: ou você consegue imaginar alguma língua cujos falantes possam 
pronunciar, formar e combinar as palavras como bem entenderem? 
Se houvesse uma língua assim, ela não se prestaria à comunicação, porque seus usuários não 
compreenderiam uns aos outros, já que não haveria nenhum padrão, nenhuma referência”.
Uma hora diriam ‘o pato nadou no lago’, outra hora diria ‘lago no pato nadou o’. Uma hora alternariam 
consoantes e vogais para formar palavras como pato e lago, outra hora enfileiraria os sons em uma 
sequência impronunciável, como ptlghjx ou auiaeaia. Uma hora o verbo se flexionaria em tempo e pessoa 
(o pato nadou); outra hora, os nomes é que se flexionariam dessa maneira (o lago patou, o pato lagou). 
Impossível entender-se assim, não é?
Portanto, somos obrigados a reconhecer que toda língua possui uma gramática – e que suas regras são 
conhecidas por todos os falantes dessa língua, inclusive por aqueles que jamais se sentaram em um 
banco escolar”.
 
10
GramáTica normaTiva 
Seguindo o estudo sobre as gramáticas, chegamos à normativa, um conjunto de regras e normas que 
sistematiza a língua e torna-a um padrão, como podemos ver no trecho extraído do livro texto, Comunicação 
e Expressão (2014, p.43-44):
No entanto, a maioria das pessoas, por desconhecer esse fato, acredita que a palavra gramática designa 
unicamente o conjunto de regras que aprendemos (ou tentamos aprender) na escola. A gramática a que essas 
pessoas se referem é de um tipo muito específico: trata-se da gramática normativa, que, como o nome sugere, 
busca estabelecer normas ou regras para o uso da língua. 
PraTicando
Para compreender melhor a diferença entre às duas gramáticas, compare as construções:
Considero ele um bom profissional
Considero-o um bom profissional
Ambas fazem parte da gramática do português brasileiro, mas apenas a segunda é reconhecida pela 
gramática normativa do português brasileiro. Você já deve ter desconfiado, então, de que a gramática 
normativa está intimamente ligada à norma padrão. E é isto mesmo: podemos dizer que a gramática 
normativa sistematiza a norma padrão. Em geral, essa sistematização é apresentada em livros volumosos 
que muitos chamam simplesmente de gramática. 
São exemplos desse tipo de livro a Nova gramática do português contemporâneo, de Celso Cunha e 
Lindley Cintra, e a Moderna gramática portuguesa, de Evanildo Bechara.
Contudo, essas gramáticas não são muito utilizadas por estudantes, pois sua organização não é 
propriamente didática. Na maioria das vezes, os professores de português disponibilizam a seus alunos, 
versões mais acessíveis da sistematização normativa, apresentadas em livros didáticos ou apostilas de 
português.
Fique atento (a), ao fato do livro texto abordar uma variação da Gramática denominada de “Gramática 
Natural”, ou seja, a gramática do falante, a gramática da sociedade, que nos satisfaz no processo da 
comunicação. 
Mas, o ponto principal do nosso estudo é sabermos em que parte da gramática normativa tiramos dúvidas 
como: 
“Interviu” ou “interveio”;
Falta três dias ou faltam três dias. 
11
Ou seja, ajudá-lo (a) a identificar a natureza de cada uma de suas dúvidas de gramática e mostrar-lhe a que 
fonte recorrer em cada caso. Observe como é importante identificar as diversas partes em que a gramática 
normativa se estrutura. Ainda na leitura obrigatória do livro texto da página 45 a 71, você encontrará, mais 
uma vez, as divisões da gramática com seus respectivos exemplos. Será apresentado a você um gráfico da 
gramática normativa. Observe que cada parte tem uma importância no estudo da nossa língua.
Entendido?
Vamos iniciar para a unidade III...
conTeÚdo – unidade iii
eSTraTÉGiaS de LeiTura
Meu caro (a), você já deve ter observado que ler não é só a capacidade de juntar letras, palavras, frases. 
Com certeza, ler é mais que isso, não é verdade?
É compreender a forma como está tecido o texto. Ler bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. 
Uma leitura bem-feita é aquela capaz de depreender de um texto ou de um livro a informação essencial. 
Ter a leitura de mundo, saber o que está acontecendo ao nosso redor, é muito importante para podermos 
fazer uma boa leitura.
No momento de sua leitura, o leitor precisa apropriar-se do que o texto fala, ou seja, ele precisa produzir 
sentido durante a leitura. Na página 81 do livro texto encontramos uma figura que ilustra as estratégias 
de leitura e que trago aqui abaixo para você:
Figura 2
Fonte: Extraída do livro texto, pág. 81.
12
Das páginas 80 a 92 do seu livro texto, você pode ler mais detalhadamente sobre as estratégias de leitura, 
mas vou explicar, transcrever aqui os dois tipos de seleção: scanning e skimming, conforme consta na 
página 83 do BUP.
Scanning e Skimming
Scanning (escaneamento ou varredura) – assim como os detectores de metais nas entradas dos bancos 
“varrem” o corpo da pessoa em busca de armas ou outros objetos metálicos, ao realizar um scanning 
o leitor “varre” o texto em busca de determinada informação. O scanning equivale, portanto, a uma 
“passada de olhos” direcionada para um objetivo específico.
Skimming – você sabe o que é uma escumadeira? 
É uma espécie de colher grande e chata, cheia de furos, que se passa sobre a superfície de um líquido 
para retirar espuma ou nata, por exemplo. Em inglês, a ação de passar a escumadeira sobre um líquido 
chama-se skimming. Só por essa indicação, você já deve estar imaginando que, na leitura, a técnica de 
skimming está relacionada a “filtrar” algo do texto lido, ou coletar algumas informações superficiais. E é 
isso mesmo! O skimming representa um passo além do scanning, pois, em vez de buscar uma informação 
pontual, o leitor tenta saber um pouco mais sobre o texto, geralmente com a intenção de decidir se vale 
a pena lê-lo de maneira mais detalhada.
unidade iv
coeSÃo e coerÊncia
Chegando cada vez mais perto do final dessa unidade e, consequentemente, dessa disciplina, aprofunde 
sua prática de redação, estudando detalhadamente coesão e coerência, (BUP – pg. 139-140):
A coerência é o sentido do texto estabelecido pelo leitor com base no seu conhecimento prévio e nas 
sinalizações textuais deixadas pelo autor. A coesão, por sua vez, é o próprio conjunto formado por essas 
sinalizações textuais. Dito de outra maneira: reconstruir a coerência de um texto é responsabilidade do leitor; 
porém, para consegui fazê-lo, ele precisa receber alguma ajuda do autor, e essa ajuda é dada por meio de 
indicações textuais, que são os mecanismos coesivos.
Além disso, essa definição nos indica que, por mais que se esforce, o leitor pode falhar na tentativa de 
reconstruir a coerência por um motivo muito simples: o texto pode ser, de fato, incoerente. Não há como 
reconstruir algo que jamais foi construído. Em casos assim, mesmo que tenham sido usados vários mecanismos 
de coesão, eles não são capazes de produzir sozinhos a coerência.
13
coerência
Certamente você já ouviu, em comentários sobre textos, falas como “Este texto é incoerente” ou “Falta 
coerência nas ideias”. 
Mas o que é mesmo coerência?
Para buscar a resposta, faça uma leitura obrigatória das páginas 138 a 150. Então, vamos aplicar o que 
você leu nestas páginas. 
Observe a placa abaixo:
Figura 3 
Fonte: LINK
Se é aberto todos os dias, como o descanso semanal pode ser na terça-feira?
Diante desse espaço introdutóriosobre a noção de incoerência, podemos chegar a uma definição sobre 
a coerência textual. Ela se constrói no plano das ideias e na relação lógica dessas ideias. Um texto com 
coerência é aquele que produz sentido, não há contradição entre suas partes. 
Muitos linguistas afirmam que a coerência é construída pelo leitor no transcorrer da leitura, e essa 
construção depende de alguns fatores. Vamos conhecê-los:
1. Do conhecimento de mundo. Formamos modelos cognitivos ao longo de nossa vivência, nossa 
experiência;
2. Do conhecimento compartilhado;
3. Do conhecimento dos elementos linguísticos constantes no texto;
4. Dos interlocutores, levando-se em consideração a situação de uso em que se encontram, as suas 
intenções de comunicação, suas crenças e a função comunicativa do texto.
5. Das Inferências, que são as reflexões, que fazemos a partir de alguma ideia, referentes a determinado 
texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve algo.
14
coesão
A coesão é o próprio conjunto formado por sinalizações textuais. Dito de outra maneira: reconstruir a 
coerência de um texto é de responsabilidade do leitor; porém, para conseguir fazê-lo, ele precisa receber 
alguma ajuda do autor, e essa ajuda é dada por meio de indicações textuais, que são os mecanismos 
coesivos. 
Nobre estudante, você percebeu como um elemento está intrinsecamente ligado ao outro?
Na página 141 você pode encontrar as seguintes informações (os mecanismos de coesão referencial 
aqueles que fazem referência ao que já foi mencionado):
	 Substituição: O termo citado antes é substituído por um pronome, numeral ou advérbio.
	 Reiteração: O termo citado antes é repetido ou retomado por meio de palavras de sentido 
semelhante.
Na mesma página você encontra os mecanismos de coesão recorrencial. O conhecimento dos mecanismos 
da coesão recorrencial é muito importante para as nossas produções textuais. Quando se quer atingir 
determinados efeitos em um texto, precisamos de subsídios necessários para poder escolher a melhor 
maneira de apresentar as nossas ideias e alcançar os objetivos traçados. 
São mecanismos de coesão recorrencial:
	 Paralelismo: Repete-se a estrutura, mas com conteúdo diferente;
	 Recorrência de termos: Assemelha-se ao paralelismo, mas um termo em especial é repetido;
	 Paráfrase: É uma maneira diferente de dizer algo que já foi dito, geralmente acrescentando uma 
correção ou novo detalhe. Costuma ser introduzida por expressões como, isto é, ou seja, ou melhor;
	 Elipse: Um elemento já citado é omitido, mas o leitor consegue recuperá-lo facilmente por 
inferência;
	 Ritmo e outros recursos fonológicos: Neste caso, a conexão entre as ideias são ativadas pelo 
som e ritmo das palavras.
Na página 142, você se depara com o quadro sobre coesão sequencial, que transcrevo abaixo para você:
	 Sequenciação temporal: Indica a ordem temporal em que ocorrem os fatos do texto;
	 Sequenciação lógica: Indica a conexão lógica entre ideias do texto.
15
Caro (a) aluno (a), você já cursou a disciplina de Comunicação e Expressão e, certamente, deve se lembrar 
da atividade contextualizada dela que solicita que faça uma análise do trecho da canção “Bye Bye Brasil”, 
de Chico Buarque, indicando se o texto possui coesão e coerência e justificando.
Bye, Bye, Brasil
Oi, Coração
Não dá pra falar muito não
Espera passar o avião
Assim que o inverno passar
Eu acho que vou te buscar
Aqui tá fazendo calor
Deu pane no ventilador
Já tem fliperama em Macau
Tomei a costeira em Belém do Pará
Puseram uma usina no mar
Talvez fique ruim pra pescar
Meu amor...
 
Para reFLeTir
Pois bem! Quero lhe propor um exercício reflexivo. Vamos lá?
Reflita sobre como você, enquanto futuro professor, trabalharia esse texto e explicaria 
coesão e coerência textuais para seus alunos em sala de aula. Vamos utilizar esta 
atividade como mote para o nosso questionário avaliativo da unidade IV, ok?
 
Para reSumir
Querido (a) estudante, chegamos ao final da nossa segunda unidade da disciplina de 
Tópicos Integradores I. Ao longo desta unidade você relembrou alguns assuntos já 
trabalhados e estudados por você na disciplina de Comunicação e Expressão.
Iniciamos nossa unidade estudando dois assuntos da unidade I da disciplina: o modelo 
comunicativo de Jakobson e, conjuntamente, as funções da linguagem. A relação 
que cada função da linguagem tem com cada agente do modelo do linguista russo. 
Em seguida, passamos ao assunto escolhido da unidade II: a gramática natural e a 
gramática normativa. Vimos a distinção entre ambas e suas funções.
Sobre a unidade III, relembramos as estratégias de leitura e dois processos importantes: 
o scanning, escaneamento ou varredura, e o skimming, a filtragem. Por fim, na unidade 
IV, estudamos dois elementos básicos e imprescindíveis na produção textual: a coesão, 
o próprio conjunto formado por sinalizações textuais, e a coerência, o sentido do texto 
estabelecido pelo leitor com base no seu conhecimento prévio e nas sinalizações 
textuais deixadas pelo autor. 
16
PaLavraS do ProFeSSor
É isto, meu (minha) caro (a)! Espero que nossa caminhada esteja sendo apreciada e que 
relembrar estes assuntos, esteja sendo tão prazeroso para você, o quanto está sendo 
para mim.
Bons estudos e nos vemos na unidade III.
Até lá!
	Para início de conversa
	COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
	CONTEÚDO – UNIDADE I
	Modelo Comunicativo de Jakobson
	Funções da Linguagem
	CONTEÚDO – UNIDADE II
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