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Prévia do material em texto

Aspectos Pedagógicos e
Metodológicos para o Ensino da
Técnica e Tática do Atletismo em
Ambientes Formais
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Caro(a) aluno(a), você já deve ter notado que estamos utilizando o termo ambiente formal. Pois é, ao
mencioná-lo estamos nos referindo à escola. Sendo assim, neste tópico estudaremos os aspectos
pedagógicos e metodológicos para o ensino da técnica e tática do Atletismo em ambientes formais
(dimensão conceitual, atitudinal e procedimental).
Para adentrarmos em nossa temática especí�ca, questiono a você: você teve contato com o atletismo nas
suas aulas de Educação Física no ensino fundamental e médio? Se sim, aprendeu todas as modalidades
citadas na unidade anterior, assim como as suas características e possibilidades dos grupos de provas? 
Infelizmente, para grande parte de vocês a resposta foi não, e assim como vocês, a maioria dos
graduandos do Curso de Educação Física da UNESP-Rio Claro matriculados na disciplina “Fundamentos
do Atletismo” em 2002, em que apenas (27%) tiveram contato com o atletismo no período escolar que
antecedeu a Universidade, enquanto os 73% não tiveram contato com essa modalidade esportiva no
mesmo período (MATTHIESEN, CALVO, 2003).
Devido à complexidade da modalidade Atletismo e suas diversas provas, ela poderia ser planejada da
mesma forma que as outras disciplinas como: Português, Matemática, História, Geogra�a, entre outras
que em cada série temos o ensino de um determinado conteúdo e a progressão do mesmo. Em cada
série poderia ser ensinado provas diferentes ou aspectos diferentes de determinadas provas, além de
levar em consideração o desenvolvimento motor das crianças, pois dessa forma poder explorar e
contribuir para o desenvolvimento do indivíduo.
Segundo Gallahue e Ozmuz (2005),  
@freepik
Perante a situação acima de baixo contato dos
alunos com o atletismo no ensino fundamental
e médio podemos nos perguntar: será que esse
baixo contato está relacionado ao fato dos
professores não ensinarem ou se os mesmos
não tiveram o contato com a modalidade no
ensino superior? 
 
Observa-se que grande parte desses
professores não se sentem seguros em
trabalhar com a modalidade, pelo fato de não
terem tido contato com todas as provas da
modalidade ou realmente não ter visto
praticamente nada sobre a mesma. Para que
essa realidade possa mudar temos uma
responsabilidade como pro�ssionais de
Educação Física de contribuir para a
divulgação e ensino da modalidade.  
O ser humano, durante a sua vida, apresenta algumas fases de desenvolvimento e, em
relação ao movimento, ele passa por estágios, ambos sendo in�uenciados por aspectos bio-
psico-sociais, ou seja, o desenvolvimento de habilidades motoras depende e é também
determinado pelo ambiente externo (oferecendo estímulos e oportunidades para a prática,
incentivando, assim, a permanência) e interno (existem in�uências herdadas geneticamente
nos indivíduos). 
Figura 1 - Ampulheta heurística das fases do movimento humano
Fonte: Gallahue e Ozmuz (2005).
Ao pensarmos no atletismo no ambiente formal (escolar), como devemos trabalhá-lo? de onde partimos?
Provavelmente a maior di�culdade seria onde praticá-lo, entretanto o atletismo pode ser praticado em
qualquer espaço. Segundo Matthiesen (2014), o ponto de partida dependerá das características de cada
grupo, da estrutura e das possibilidades de desenvolvimento oferecidas pelo local em que será
trabalhado e dos objetivos a serem atingidos pelo professor em cada uma de suas aulas.
Então nesse ambiente o objetivo do ensino do atletismo será fornecer às crianças e jovens experiências
que façam com que reconheçam os movimentos, regras o�ciais e características de cada uma das
provas, executando-as praticamente, de acordo com suas possibilidades, além da possibilidade de
através do atletismo contribuir com o desenvolvimento motor das crianças e jovens respeitando cada
fase.
E nesse ambiente o foco não será o desempenho, mas sim a vivência na modalidade, para isso sugere-se
a utilização de brincadeiras e jogos pré-desportivos em torno das habilidades motoras básicas do
atletismo, tais como: marchar, correr, saltar, lançar e arremessar são, sem sombra de dúvida, aliadas
importantíssimas na apreensão da linguagem corporal em torno dessa modalidade esportiva
(MATTHIESEN, 2007; 2012a). 
A partir das três dimensões: conceituais, procedimentais, atitudinais (BRASIL, 1998), Matthiensen (2014),
sugere a utilização das mesmas de maneira separada para o ensino do Atletismo no ambiente escolar. 
DIMENSÃO CONCEITUAL - O que se deve ‘saber’ do atletismo?
DIMENSÃO PROCEDIMENTAL - O que se deve ‘saber fazer’ do atletismo?
DIMENSÃO ATITUDINAL - Como o atletismo me ajuda a ‘ser?’
A utilização das dimensões dos conteúdos ampliará as possibilidades de abrangência e acesso aos
conhecimentos concernentes a essa modalidade esportiva (MATTHIESEN, 2014). Aos poucos, os alunos
perceberão que o correr, o saltar, o arremessar e o lançar do atletismo, não são simples atos de correr,
saltar, arremessar e lançar, mas envolvem regras e movimentos técnicos especí�cos que fazem dessa
modalidade esportiva o que ela é (MATTHIESEN, 2007; 2012a). Além de levá-lo a perceber o quanto do
atletismo há em suas atividades cotidianas e como é possível inseri-lo nas atividades do dia a dia
(MATTHIESEN, 2014).
De acordo com as dimensões, a seguir será apresentado cada uma das dimensões e como aplicá-las nas
aulas de atletismo baseado no modelo sugerido por Matthiesen, 2014. 
Dimensão Conceitual
Nessa dimensão é fundamental se explorar fatos, conceitos e princípios (BRASIL, 1998) que abranjam,
entre outras coisas:
O processo histórico e, portanto, a origem e evolução das provas do atletismo;
A relação de suas provas com a vida cotidiana;
As capacidades físicas especí�cas de cada uma delas;
As diferenças regionais e culturais em torno das provas do atletismo. 
Dimensão Procedimental 
Essa dimensão está relacionada ao fazer (BRASIL, 1998). Essa parte é a maneira de como iremos ensinar a
modalidade esportiva, quais estratégias utilizar. 
A utilização de jogos pré-desportivos e brincadeiras que envolvem habilidades motoras básicas como
marchar, correr, saltar, lançar e arremessar, ainda é o melhor caminho para se iniciar um trabalho com a
dimensão procedimental do atletismo (MATTHIESEN, 2014).
O planejamento dessas atividades deve estar relacionado ao objetivo principal da aula: 
Quais provas do atletismo devem ser vivenciadas pelos alunos nessa fase de idade ou série que eles
se encontram;
Quais movimentos devem ser executados por eles? Nesse ponto lembrando que é apenas iniciação
ao atletismo, então devemos focar nos movimentos básicos ou chave para determinada prova;
Como os materiais/implementos o�ciais e alternativos do atletismo devem ser manuseados?
E de acordo com a idade, pode-se acrescentar algumas regras o�ciais. 
Dimensão Atitudinal
Nesta dimensão, a modalidade atletismo será aplicado no dia a dia das alunos, utilizando o mesmo como
instrumento para estimular a re�exão sobre as normas, valores e atitudes (BRASIL, 1998) que pode
in�uenciar positivamente o comportamento dos alunos perante seus colegas e demais pessoas de seu
convívio, aprimorando o relacionamento social (família/amigos) fora do ambiente de ensino
aprendizagem (MATTHIESEN, 2014).
Ao se planejar as atividades, alguns pontos devem ser abordados nas aulas, podemos destacar: 
Como aprender a respeitar os adversários e a exercitar o diálogo com os demais competidores e
árbitros;
Quais conquistas e/ou histórias de vida podem ser resgatadas e utilizadas como exemplo de força
de vontade e de superação?
Promover uma re�exão sobre o meio ambiente a partir do atletismo;
Como o atletismo poderá estimular trabalhos em grupo de forma cooperativa e interacional,
favorecendo as relações interpessoais, além de situações em que haja uma colaboração entre eles
no processo de aprendizagem;
  De que forma o atletismo pode nos auxiliar a reconhecer e a valorizar atitudes quenão sejam
preconceituosas, em relação às habilidades, ao gênero, à religião, entre outras?
Ético na prática do atletismo? 
Para o desenvolvimento da aula e o ensino da modalidade o fazer (BRASIL, 1998), a modalidade será
dividida em grupo de provas de acordo com (MATTHIESEN, 2014). 
Marcha atlética: 
Desenvolva as habilidades motoras (andar, correr e marchar) em diferentes ritmos, para que os alunos
identi�quem as diferenças entre elas.
Figura 2 - Atividade “andar caminhar”
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 33 .
Ao comando do professor por um apito ou
algum sinal sonoro os alunos devem alterar a
caminhada com a corrida.
Figura 3 - Atividade “pega pega marchando”
Corridas rasas, revezamento e fundo: 
Explore ao máximo jogos de pegador, estafetas e jogos em grupo, iniciando por distâncias curtas;
Para trabalhar as corridas de fundo, utilize atividades alterando o ritmo e distância. 
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 32.
Deverá ser selecionado um pegador, o qual
deverá pegar (tocar os outros) apenas
marchando. E quem será pego também deverá
apenas marchar para se deslocar.
Figura 4 - Atividade “estafeta”
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 40.
Os Alunos dispostos em duas ou mais colunas
divididas ao meio. Ao sinal, o primeiro da coluna
deverá correr, indo em direção ao primeiro da
equipe que está do lado oposto, tocando-lhe as
mãos, e no revezamento pode-se acrescentar o
bastão ou algum objeto.
Figura 5 - Atividade “losango”
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 67.
O exercício será realizado em grupo. Cada grupo
de alunos deverá deslocar do um ponto ao outro
do losango de acordo com o tempo
estabelecido pelo professor.
Corridas com barreiras e obstáculos
Para essas provas pode-se explorar estafetas e corridas individuais, alterando as distâncias e o tipo de
obstáculos (caixas de papelão, cones, cordas). 
Saltos 
Explore todos os tipos, isto é, para cima, para baixo, para os lados, com um ou dois pés, antes de ensinar
os saltos especí�cos de cada prova. Nessas provas devem ser contabilizados os saltos, para evitar lesões. 
Figura 6 - Atividade “losango”
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 98.
Em colunas, os alunos deverão transpor dois,
três, quatro conjuntos de duas cordas colocadas
paralela e sequencialmente no solo. Podendo
variar a quantidade de passadas entre cada
espaço, e a perna que vai passar o obstáculo. As
cordas podem ser substituídas por caixa de
papelão ou caixotes.
Figura 7 - Atividade “Salto marcado”
Fonte: Mini Atletismo, 2014, p. 20.
Para as provas de salto distância e triplo. Saltar
com os dois pés ou com um de acordo com o
comando do professor ou a brincadeira
amarelinha. Outra alternativa é o pique pega
saltando com apenas uma perna.
Figura 8 - Atividade “losango”
Arremesso e dos lançamentos
Utilize jogos em grupos com bola ou com materiais de texturas e formatos diferentes, até que os alunos
estejam preparados para conhecerem os movimentos especí�cos das provas. 
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 139.
Para as provas de salto em altura, saltar a corda
que deve estar a uma altura do chão e a queda
pode ser na areia ou colchão. Para o salto com
vara, utilizar a vara ou alguma adaptada como a
de bambu.
Figura 9. Atividade “Acerte o alvo”
Fonte: Matthiesen, 2012, p. 139.
Atividade voltada para o lançamento de dardo.
Duas equipes, dispostas em colunas de frente
para um alvo suspenso, existente entre elas. A
equipe marcará um ponto sempre que um de
seus executantes conseguir acertar o alvo.
Entretanto, essa atividade também pode ser
desenvolvida com as outras provas de
lançamento, porém deve-se colocar as
observações dos movimentos, que devem ser
realizados de acordo com a prova.
Características Especí�cas do
Atletismo
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
O Atletismo tem uma entidade maior que rege a modalidade mundialmente chamada World Athletics
(Atletismo Mundial). Cada país é responsável pela organização da modalidade, no Brasil a entidade
principal é a Confederação Brasileira de Atletismo e abaixo dela temos as federações dos estados.
Apesar de ser considerada uma única modalidade, o atletismo é composto por diversas provas, as quais
podemos dividi-las por grupos que apresentem características semelhantes. Além disso, nas
competições elas são divididas em provas de pista: as corridas; marcha atlética e provas de campo: os
saltos; arremesso e lançamentos.
As provas de pista, como é o caso da maioria das corridas e das provas de marcha atlética, ocorrem na
pista de atletismo de 400 m, com duas retas paralelas e duas curvas com raios iguais, normalmente
com 8 raias de 1m 22cm cada uma ( Confederação de Brasileira de Atletismo, 2020), além das pistas de
200 m para competições indoor. As outras provas de saltos, arremesso e lançamentos ocorrem em
locais especí�cos, próprios para o desenvolvimento das provas de campo (MATTHIESEN; RANGEL;
DARIDO, 2014) 
As categorias e respectivas faixas etárias da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), são as abaixo
relacionadas, atendendo às determinações previstas nestas Normas, nas Normas e Regras da WA
(Associação das Federações Nacionais) e da CONSUDATLE (Confederação Sul-Americana de Atletismo)
e de aplicação obrigatória no Atletismo Brasileiro:  
a) Categoria Sub-14: atletas com 12 e 13 anos, no ano da competição. 
b) Categoria Sub-16: atletas com 14 e 15 anos, no ano da competição. 
c) Categoria Sub-18: atletas com 16 e 17 anos, no ano da competição. 
d) Categoria Sub-20: atletas com 16, 17, 18 e 19 anos, no ano da competição. 
e) Categoria Sub-23: atletas com 16, 17, 18, 19, 20, 21 e 22 anos, no ano da competição. 
f) Categoria de Adultos: atletas a partir de 16 anos em diante (no ano da competição). 
g) Categoria de Masters atletas a partir de 35 anos em diante (idade a ser considerada no
dia da competição):
Figura 4 - Medidas das linhas e das raias da pista de atletismo
Fonte: CBAT (2020).
Figura 3 - Pista O�cial de Atletismo
Fonte: adaptada de Müller e Ritzdorf (2000); Baraldi e De Oliveira (2019 p. 19).
Chegamos ao �m da Unidade II de nossa apostila Esportes Individuais e, durante nossa caminhada, no
primeiro tópico veri�camos como deve ser o ensinamento do atletismo no ambiente formal (escolas).
Podemos compreender que as atividades nesse ambiente devem ter mais o foco de vivência na
modalidade atletismo, devendo priorizar as brincadeiras para promover a iniciação ao atletismo.
No segundo tópico estudamos como deve ser o ensinamento do atletismo no ambiente informal, que
esse tem o direcionamento mais competitivo. Dessa forma, os treinamentos são direcionados para
melhoria da técnica e consequentemente do desempenho, partindo do princípio do ponto chave de cada
prova
Apesar de ser uma modalidade realizada na pista e que utiliza diversos materiais, no tópico 3 vimos
algumas alternativas de local para a prática da modalidade, além da adaptação de material para a prática
da modalidade 
E por �m, veri�camos como deve ser o planejamento de uma aula/treino de Atletismo para diferentes
populações, que independente dos praticantes ela deverá ser planejada a partir de um objetivo do que se
pretende desenvolver durante a aula. 
Ao chegarmos no último tópico desta unidade, podemos veri�car que apesar de sempre ser falado que o
atletismo é o esporte base para as outras modalidades, devido aos movimentos de correr, lançar e saltar,
cada movimento desses apresentam uma especi�cidade dentro de cada prova, o que o diferencia das
outras modalidades esportivas. Devendo dessa forma nós pro�ssionais o ver dessa forma para que não se
perca a especi�cidade do Atletismo.
Concluímos mais uma etapa em busca de novos conhecimentos acerca dos Esportes Individuais, e nessa
unidade encerramos a modalidade Atletismo. Espero que ela faça parte das suas aulas e treinos
futuramente. Vamos com ânimo para próxima unidade, pois nela você aprenderá uma nova modalidade
esportiva.
Até mais!
Leitura complementar
Atletismo feminino nos Jogos Olímpicos 
Conclusão - Unidade 2
A primeira participação das mulheres na modalidadede atletismo feminino ocorreu durante os esportes
de exibição dos Jogos Olímpicos-JO, no ano de 1900. Contudo, somente nos Jogos de Amsterdã,
realizados entre 17 de maio e 12 de agosto de 1928, o atletismo feminino foi inserido, dando destaque para
a atleta americana Betty Robinson, a primeira mulher a vencer os 100m. A participação feminina
brasileira no atletismo em Jogos Olímpicos ocorreu em Londres no ano de 1948, quando se destacou
Benedicta Sousa de Oliveira, hoje considerada uma das maiores modelos de atleta olímpica do país.
No decorrer dos anos os Jogos Olímpicos mostraram um acréscimo gradual e progressivo na
participação das atletas brasileiras. Entretanto, o atletismo feminino não acompanhou esse índice,
mantendo uma média semelhante àquela da primeira participação no atletismo feminino, nos JO de
1948. A maior delegação no atletismo feminino foi composta por nove mulheres nos JO de Atlanta, em
1996. Para aumentar o número de mulheres no atletismo de alto nível, segundo estudiosos da
modalidade, é preciso criar um ambiente esportivo inclusivo, que englobe mulheres em todos os níveis
do atletismo, para que suas vozes sejam ouvidas e suas experiências e perspectivas re�etidas nas
decisões das organizações do esporte.
Apesar do baixo número de mulheres no alto nível do atletismo, podemos destacar uma brasileira para a
prova de salto em distância: a atleta Maurren Maggi foi medalhista de ouro na prova de salto em
distância nas Olimpíadas de Pequim 2018. 
Fonte: DE OLIVEIRA e COSTA (2016). 
Livro
Livro
Filme
Caro(a) aluno(a), chegamos ao �m de mais uma unidade. Parabéns pela imersão na leitura e
conhecimento! Compreender a modalidade esportiva, bem como as suas características e regras é o
primeiro passo para obter sucesso no trabalho com a modalidade! 
Nesta unidade abordamos os conteúdos referentes à natação, desde seu processo histórico até as regras
atuais das competições o�ciais. Esperamos que, após compreender os aspectos abordados na Unidade
III, você tenha conseguido identi�car as principais características da natação.
Trabalhar com esta modalidade exige além do conhecimento e habilidades que foram enfatizadas e
exploradas nesta unidade, o conhecimento dos aspectos pedagógicos e metodológicos para o ensino da
natação (tema que iremos abordar na próxima unidade). Portanto convido você a continuar esta imersão
na leitura e seguir em frente para a próxima unidade. Nela iremos abordar os temas relacionados à como
ensinar natação em diferentes faixas etárias (desde o nascimento à idade adulta). Além dos métodos de
organização e planejamento do ensino da natação. 
Vamos lá? 
Leitura complementar
Natação e incidência de lesões 
A natação é uma modalidade esportiva praticada por muitas pessoas, incluindo crianças, jovens e
adultos. A prescrição de atividades em ambientes aquáticos requer não apenas atenção, mas também
alguns cuidados durante a realização dos exercícios. Um dos principais desa�os encontrado por técnicos
e treinadores de natação é o controle e o monitoramento do treinamento da natação. Isto se deve ao fato
de que algumas ferramentas e estratégias utilizadas para o controle da prescrição do treinamento físico
podem não ser facilmente aplicadas e utilizadas no ambiente aquático.
Assim como em várias outras modalidades esportivas, na natação, o excesso de treinamento pode
aumentar o risco para ocorrências de lesões. Em um estudo realizado por Aguiar e colaboradores (2010),
os autores avaliaram 215 atletas de natação de ambos os sexos, participantes dos principais campeonatos
promovidos pela Federação Aquática Paulista. Dos 215 atletas avaliados, 121 relataram ao menos uma
lesão durante a temporada. Além disso, os autores observaram que as maiores taxas de lesões foram
musculares e tendíneas em relação às osteoarticulares e o local anatômico mais frequente das lesões é o
Conclusão - Unidade 3
ombro, exceto, para os nadadores de peito, que relataram lesões mais frequentes na região da coxa e
virilha. Por �m, ao veri�car a relação do treinamento físico com a incidência de lesão em nadadores, os
autores observaram que o excesso no volume de treinamento foi o principal causador de lesões nos
referidos atletas. 
Neste sentido, saber controlar e monitorar a prescrição do treinamento físico em ambiente aquático é
considerado de grande importância na atualidade. Algumas estratégias são recomendadas para evitar o
aumento na incidência de lesões em nadadores, tais como, a realização de exercícios de alongamentos
(ativos e passivos), a realização de exercícios para fortalecimento muscular e o controle da técnica do
nado. Portanto, ao trabalhar com natação, busque sempre estratégias que permitam o melhor
acompanhamento e controle da prescrição e do treinamento físico. 
Livro
Livro
Filme
Acesse o documentário
https://www.youtube.com/watch?v=Rt9Od4j4kM8
Caro(a) aluno(a), chegamos ao �m de mais uma unidade. Parabéns pela imersão na leitura e
conhecimento! Compreender a natação, bem como as suas características e seus processos pedagógicos
envolvidos no ensino, é sem dúvidas, o principal caminho para obter sucesso ao trabalhar com esta
modalidade! 
Nesta unidade abordamos os conteúdos referentes à natação, desde seu processo de ensino-
aprendizagem, modelos pedagógicos de ensino, bem como, as diferenças entre o esporte no âmbito
escolar e o esporte no âmbito de alto rendimento. Esperamos que, após �nalizar esta unidade, você
tenha conseguido compreender os aspectos mais importantes envolvidos no ensino da natação.
Portanto, gostaria de parabenizá-lo pela imersão na leitura e estudos! E desejar além de sucesso, que
você tenha uma carreira brilhante no futuro! Lembre-se que um ótimo pro�ssional é sempre um
pro�ssional atualizado! Portanto, continue sempre estudando e buscando novos conteúdos e
conhecimentos!
Um grande abraço! 
Leitura complementar 
A presença dos pais nas aulas de natação: ajuda ou atrapalha o desenvolvimento das crianças? 
A presença dos pais nas aulas de natação infantil é sem dúvidas uma das rotinas mais frequentes
encontradas por diferentes professores atuantes na área. Mas a�nal, a presença dos pais ajuda ou
atrapalha o desenvolvimento das crianças? Esta é a principal pergunta que iremos responder neste
tópico.
A natação é uma das modalidades preferidas pelos pais para seus �lhos (as) logo nos primeiros meses ou
anos de vida. Por isso, o acompanhamento durante as atividades aquáticas e durante as aulas de natação
são cada vez mais frequentes. Neste sentido, além dos alunos(as), os professores muitas vezes dividem o
espaço da piscina com os pais e/ou responsáveis das crianças. Portanto neste tópico iremos aprender os
benefícios da presença dos pais e os limites dos mesmos durante as aulas de natação infantil.
Conclusão - Unidade 4
A presença dos pais durante as aulas de natação para as crianças, principalmente nos primeiros meses
ou ano de vida, é sem dúvidas, de grande importância para a adaptação e o desenvolvimento dos bebês
no ambiente aquático. A realização de tarefas e atividades junto aos pais reforça o vínculo de afetividade,
proporciona a sensação de segurança, além disso, contribui no processo de desenvolvimento motor,
psicológico, cognitivo e social dos bebês (CAMARGO et al., 2012). Entretanto, a participação excessiva dos
pais deve ser evitada, uma vez que, tal condição favorece a relação de interdependência e em longo
prazo, pode di�cultar o desenvolvimento do bebê. Neste sentido, saber os limites da participação dos pais
durante as aulas de natação infantil é de grande importância para o sucesso da atividade. 
A variação de atividades individuais e coletivas, com e sem a participação direta dos pais, é uma excelente
estratégia para as aulas de natação infantil. Além disso, manter o diálogo constante com pais sobre as
atividades e o desenvolvimento dos bebês é sem dúvidas, considerado indispensável para o sucesso das
aulas de natação. 
Fonte:  o autor 
Livro
Livro
Filme
Chegamos ao �m da Unidade I de nossaapostila Esportes Individuais e, durante nossa caminhada, conceituamos o
atletismo, conhecemos seus percursos históricos e, por �m, caracterizamos as provas do atletismo, assim como, as
principais regras.
Foi possível veri�car que sua origem, possui sua origem desde o início dos tempos, na era primitiva, na qual o homem
precisava correr, lançar, saltar, como meio de sobrevivência. Também foi possível observar que ao longo do tempo esses
movimentos básicos foram tomando forma e aperfeiçoados e deram origem à modalidade esportiva atletismo. Além
disso, 
Apesar de ser apenas uma modalidade, o atletismo possui diversas provas com características diferentes que podem ser
divididas em blocos de provas: Corridas, Marcha atlética, Saltos, Arremesso e Lançamentos e, as provas combinadas. E cada
uma dessas provas apresenta suas características e regras especí�cas.
Ao chegarmos no último tópico desta unidade, podemos veri�car que apesar de sempre ser falado que o atletismo é o
esporte base para as outras modalidades, devido aos movimentos de correr, lançar e saltar, cada movimento desses
apresentam uma especi�cidade dentro de cada prova, o que os diferencia das outras modalidades esportivas. Devendo
dessa forma nós pro�ssionais o ver dessa forma para que não se perca a especi�cidade do Atletismo.
Então, aluno(a), concluímos a primeira fase de nossa caminhada acadêmica, em direção à formação em Educação Física,
com foco nos esportes individuais. 
E agora dando continuidade à nossa caminhada, vamos descobrir o que nos aguarda na Unidade II.
Leitura complementar
Atletismo Teoria e Prática 
O atletismo, apesar de ser considerado um dos conteúdos clássicos da Educação Física, ainda é pouco difundido no Brasil.
Infelizmente, não há grandes di�culdades para a constatação dessa triste realidade. Você quer ver? Pense em sua própria
trajetória escolar e identi�que se o atletismo esteve presente em suas aulas de Educação Física durante os ensinos
fundamental e médio. Melhor dizendo, durante suas aulas de Educação Física na escola, você aprendeu atletismo? Até seu
ingresso no ensino superior, qual foi o seu contato com o atletismo? Conheceu, teórica e praticamente, as diferentes
possibilidades de corridas, saltos, arremessos e lançamentos?
Não se assuste se a resposta foi “não”; a�nal, essa realidade, infelizmente, vem se repetindo quando a mesma pergunta é
feita a universitários, em especial a graduandos do Curso de Educação Física da UNESP-Rio Claro. Para se ter uma ideia,
dos 56 alunos matriculados na disciplina “Fundamentos do Atletismo” em 2002 (27 do curso de Bacharelado e 29 do curso
de Licenciatura em Educação Física), apenas 15 (27%) tiveram contato com o atletismo no período escolar que antecedeu a
Universidade, enquanto os 41 restantes (73%) não tiveram contato com essa modalidade esportiva no mesmo período.1
Ainda que uma leitura da pesquisa original deva ser feita,2 gostaríamos de ressaltar que, de maneira geral, a de�ciência do
ensino do atletismo no período escolar que antecede a Universidade revela que os alunos chegam ao ensino superior
munidos de um conhecimento restrito acerca dessa modalidade esportiva, restando-lhes apenas um exíguo
Conclusão - Unidade 1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731065/epub/OEBPS/Text/fm05.html#fn1
https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788527731065/epub/OEBPS/Text/fm05.html#fn2
conhecimento televisivo, quase sempre centrado em algumas poucas provas. Espero que, com você, esse processo tenha
sido diferente!
Somado à discrepância existente entre os que tiveram ou não contato com o atletismo no período escolar, notou-se que,
mesmo entre aqueles, a maioria esteve em contato com corridas, sobretudo as de velocidade, ou saltos em distância e em
altura, em detrimento de tantas outras provas que compõem o atletismo. Observou-se, também, que a maior parte dos
alunos que tiveram contato com o atletismo estudou em escola particular, conquanto as condições de estrutura física e de
materiais não devam ser consideradas como um impedimento para o ensino dessa modalidade esportiva, passível de
inúmeras adaptações.
Esse é um exemplo simples que retrata a de�ciência em relação ao ensino do atletismo no ambiente escolar, repercutindo
em um desconhecimento dessa modalidade esportiva ao ingressar no ensino superior. Não sem propósito, vale a pena
proceder a outros aprofundamentos e novas investigações capazes de revelar as causas substanciais para justi�car,
irrefutavelmente, as possibilidades de ensino do atletismo na escola.
Nesse sentido, observamos, de maneira geral, que o conhecimento do atletismo não é apenas restrito no campo teórico,
mas, sobretudo, no campo prático, que envolve a realização de movimentos propriamente ditos. Assim, do pouco que se
conhece dele, muito se confunde com a história particular de crianças – pobres, na maioria das vezes – que fazem da
marcha, das corridas, dos saltos, dos arremessos e dos lançamentos um meio para a sua sobrevivência e inserção social.
Além disso, o que se conhece do atletismo mistura-se muito com a história dos Jogos Olímpicos, a�nal sempre fez parte de
sua programação, ainda que algumas provas tenham sido incorporadas mais recentemente. Assim, não é difícil
constatarmos que quase tudo o que se conhece sobre o atletismo está calcado em recordes, índices, marcas e
competições – sobretudo internacionais –, que deslumbram e emocionam os observadores mais atentos e que
acompanham as breves, escassas e esporádicas reportagens e informações veiculadas pela mídia brasileira.
É nesse sentido que, no Brasil, em época de Jogos Olímpicos – portanto, de 4 em 4 anos –, o atletismo, de mero
desconhecido da população, passa a divulgar nomes, provas, esforços físicos, conquistas e recordes, contando com o apoio
dos meios de comunicação de massa, sobretudo da televisão, até mesmo em horários de grande audiência. É nesse curto
espaço de tempo olímpico que grande parte da população brasileira entra em contato com as provas, os movimentos e as
glórias do atletismo, capazes de comover todos aqueles que acompanham o desempenho dos atletas, transformados pela
mídia em verdadeiros heróis.
Fonte: MATTHIESEN (2017). 
Livro
Livro
Filme
Conhecendo os quatro nados e sua
técnica
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Caros alunos(as) chegamos na terceira parte desta apostila. Nesta fase iremos aprender sobre os quatro
nados da natação (crawl, peito, costas e borboleta). Iremos compreender os fundamentos técnicos
envolvidos em cada estilo bem como as características de cada nado. Vamos juntos? 
Nado Crawl
O nado crawl é o estilo mais rápido de todos os nados da natação. É preferencialmente o primeiro estilo
a ser ensinado para as pessoas. O nome crawl é de origem australiana e seu surgimento ocorreu por
meio de Dick Cavill (membro da família de nadadores australianos) que descobriu que alternar os
movimentos dos braços e pernas resultaria em aumentos na velocidade e na propulsão (OLIVEIRA e
SILVA,  2015).
O nado crawl é dividido em fases: 1) Entrada e alongamento da mão à frente a cabeça; 2) Varredura
para baixo ou tração: com os braços �exionados e a palma da mão inclinada para fora, as pontas dos
dedos devem ser a primeira parte a entrar na água, em seguida a mão desloca para baixo num trajeto
curvilíneo terminando na posição de agarre. Na tração a mão e o antebraço dirigem-se para trás em
uma trajetória côncava para dentro 3) Empurre: esta fase inicia-se da máxima �exão dos cotovelos até a
sua completa extensão, o braço aproxima da superfície e a mão percorre uma trajetória para cima e
para trás empurrando a água até o �nal do movimento; 4) Recuperação: a fase inicia com a mão ao lado
da coxa, juntamente com a �exão de cotovelos projetando o braço a frente e o cotovelo saindo da água.
O movimento de pernada é realizado na vertical, alternado e de forma contínua. É neste momento em
que a respiração acontece, uma rotação da cabeça favorece a inspiração pela boca (veja foto abaixo).
Algunsdos erros mais comuns do estilo crawl relacionados à posição do corpo e durante o nado
incluem: quadril e cabeça altos (fora da água), levar o braço estendido à frente, levar o braço com a mão
mais alta que o cotovelo, entrada da mão na água muito próxima a cabeça, batida da perna com
elevação excessiva para fora da água e �exão excessiva dos joelhos (NAKAMURA, 1997). 
Nado Costas
O nado costas inicialmente tinha como principal objetivo facilitar a �utuação e o descanso do nadador.
Atualmente, o nado costas é semelhante ao nado crawl, entretanto, neste estilo, o nado é realizado em
decúbito dorsal, onde os braços realizam movimentos alternados e para cada ciclo de braçada são
realizadas seis pernadas (VASCONCELOS, 2012). 
Figura 1 - Nado crawl
Fonte: acesse o link Disponível aqui
https://search.creativecommons.org/photos/6293cb46-cb38-44f9-b90b-98ca49e0ab07
Os erros mais comuns do nado costas são: quadril baixo, lançar com violência o braço para trás, manter
os ombros dentro da água e a realização de movimentos de pedalada com as pernas (NAKAMURA 1997). 
Nado peito
O estilo peito é caracterizado pelo deslocamento humano na água na posição ventral do corpo,
possuindo movimentos simultâneos, simétrico e coordenado dos membros superiores e inferiores,
possuindo fases de ascensão e descenso de ombros e quadris permitindo, portanto a realização da
inspiração (SAAVEDRA et al., 2003).
Figura 2 - Nado costas
Fonte: acesse o link Disponível aqui
https://search.creativecommons.org/photos/66365642-e848-4b72-a521-1f2de558e725
O nado peito é o mais lento de todos os estilos de nados da natação. Entretanto, a sua técnica tem
evoluído constantemente nas últimas décadas. A caracterização das fases do nado durante a braçada
envolve: 1) Varredura para fora; 2) Agarre; 3) Varredura para dentro; e 4) Finalização e recuperação. Já
as fases do nado durante a pernada inclui a 1) Recuperação;   2) Varredura para fora; 3) Agarre; 4)
Varredura para dentro; 5) Levantamento e deslize (MAGLISCHO, 2010).
Os erros mais comuns durante a realização do estilo peito são: iniciar a braçada sem que os braços
estejam completamente estendidos à frente e as palmas das mãos estarem voltadas para fora; executar
a tração dos braços diferentemente um do outro; manter os joelhos e pés separados (assimetria do
movimento) na fase de �exão dos joelhos; executar a pernada muito na superfície (com parte dos pés
saindo da água) e terminar a pernada com elas estendidas e separadas (NAKAMURA 1997). 
Nado Borboleta
Figura 3 - Nado peito
Fonte: acesse o link Disponível aqui
https://search.creativecommons.org/photos/cfeda27e-7f67-40e8-a43a-7e418f1f1c45
Assim como o estilo peito, o nado borboleta é considerado um estilo que demanda muita técnica
durante a sua execução. O ciclo completo do estilo borboleta é composto por uma braçada e duas
pernadas. As fases durante a realização da braçada incluem: 1) Entrada e apoio; 2) Puxada; 3)
Empurrada e 4) Recuperação. As fases 1 e 3 são consideradas fases propulsivas e as fases 2 e 4 são
consideradas fases não-propulsivas da braçada. Já as fases da pernada são divididos em 1) fase
descendente e 2) fase ascendente, sendo que, um ciclo de pernada completa envolve a realização de
ambas as fases duas vezes (SILVEIRA et al., 2012).
Os erros mais comuns durante a realização do nado borboleta incluem: elevação exagerada do corpo;
entrada das mãos muito próxima à cabeça e com os cotovelos baixos; movimento alternado das pernas
(assimetria) e realizar a batida de pernas com os pés �exionados (NAKAMURA, 1997). 
Figura 4 - Nado borboleta
Fonte: acesse o link Disponível aqui
https://search.creativecommons.org/photos/491217ec-ebf0-4d10-b22e-2fc08ccf1455
Prezado(a) aluno(a),
Chegamos ao �nal da nossa apostila de Fundamentos teóricos e metodológicos dos Esportes
Individuais.
Durante a disciplina percorremos um caminho de muito conhecimento. Espero ter proporcionado a
você, conhecimentos teóricos e práticos sobre as modalidades Atletismo e Natação, que possam
contribuir para sua formação pro�ssional em Educação Física e, consequentemente, em sua atuação,
seja ela, em espaços formais ou informais.
Neste material, foi possível fazer uma viagem ao longo do tempo, veri�cando que o atletismo possui sua
origem desde o início dos tempos, na era primitiva, na qual o homem precisava correr, lançar, saltar,
como meio de sobrevivência. Também foi possível observar que ao longo do tempo esses movimentos
básicos foram tomando forma e aperfeiçoados e deram origem à modalidade esportiva atletismo. Além
disso, destacamos as inúmeras provas que compõem a modalidade atletismo, assim como as suas
regras especí�cas.
Destacamos também, como deve-se planejar uma aula/treino de Atletismo para diferentes populações
e seu ensinamento em diferentes ambientes (formais e informais). Apesar da complexidade de
determinadas provas e utilização de materiais especí�cos, o atletismo é uma modalidade que pode ser
adaptada, assim como os seus materiais, para ser praticada em diferentes locais.
Em relação a modalidade Natação, aprendemos sobre a sua história, os aspectos pedagógicos no
ensino-aprendizagem dos diferentes estilos de nados, bem como, a sua caracterização e suas principais
regras o�ciais. Além disso, vimos também que a natação é uma modalidade esportiva praticada por
pessoas de diferentes faixas etárias, incluindo bebês, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Portanto, o
conhecimento do processo de ensino-aprendizagem da natação para diferentes faixas etárias tem sido
considerado fundamental na formação pro�ssional.
Saber trabalhar com a natação em ambientes formais e informais é sem dúvidas, um grande diferencial
dos pro�ssionais na atualidade. Embora o ensino da natação no âmbito escolar pode apresentar
características diferentes do ensino da natação no âmbito esportivo de alto rendimento, em ambos os
contextos, a fase de iniciação do processo ensino-aprendizagem apresenta semelhança. Neste sentido,
independente do contexto e da idade, a adaptação ao ambiente aquático é considerada a principal fase
no ensino da natação.
Considerações Finais
Portanto caro(a) aluno(a) espero que esse material possa contribuir para sua formação e seus
conhecimentos a respeito das modalidades atletismo e natação. Espero que a partir do conhecimento
adquirido com esse material, você possa dar continuidade aos estudos sobre a temática, contribuindo
dessa forma com a ampliação da sua bagagem de conhecimento. Parabéns pela imersão na leitura e
estudos! 
Desejo sucesso em sua formação! 
Cuidados em Ambiente Aquático e
Processo de Ensino -Aprendizagem
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Caros alunos(as), até o momento, nós aprendemos sobre a história da natação e sua organização por
diferentes entidades nacionais e internacionais. A partir deste ponto, iremos aprender como ensinar e
trabalhar com natação com nossos futuros alunos(as). Portanto, a primeira pergunta que devemos fazer
é: como ensinar natação? Quais os aspectos e cuidados que devemos ter ao trabalhar em um ambiente
aquático? Estas são algumas perguntas que iremos responder neste tópico! 
O processo de ensino e aprendizagem da natação, incluindo o ensino dos seus diferentes nados (crawl,
borboleta, costas e peito) começa com a adaptação ao meio aquático. Por mais simples que pareça, esta
é considerada uma das principais fases do ensino aprendizagem da natação. Vale lembrar que muitas
pessoas incluindo, crianças, jovens e adultos, ao fazer a matrícula em escolas de natação, visam não
apenas ser um(a) atleta pro�ssional, mas o objetivo da grande maioria é simplesmente aprender a
nadar! Ou apenas, perder o medo de permanecer em um ambiente aquático! Portanto, saber como
trabalhar a adaptação ao meio aquático é o diferencial de grandes técnicos e treinadores!
Vale ressaltar aqui que o meio aquático produz uma sensação de estímulos diferente ao nosso corpo
quando comparado ao meio terrestre. Por exemplo, quando uma pessoa entra em um meio aquático(em uma piscina, por exemplo), um conjunto de alterações �siológicas ocorre dentro do nosso corpo,
incluindo, alterações no equilíbrio, na visão e audição, alterações na respiração, alterações no sistema
proprioceptivo e no sistema termorregulatório (CASTRO et al., 2016). Assim, o objetivo principal da
adaptação ao meio aquático é o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, tais como, equilíbrio,
respiração e propulsão. Mas como podemos trabalhar no desenvolvimento destas habilidades motoras?
Esta é a pergunta que iremos responder a seguir! 
Uma das estratégias utilizadas para a adaptação ao meio aquático é a aplicação de atividades lúdicas.
As atividades lúdicas proporcionam ao indivíduo o conforto de se exercitar na superfície da água, além
de promover a descontração e gosto pela prática (FIORI et al., 2019). Neste sentido, ao propor atividades
lúdicas devemos sempre lembrar que os principais objetivos são enfatizar a familiarização do indivíduo
ao meio aquático, o desenvolvimento do controle da respiração, da imersão, �utuação e deslize sobre a
água. Portanto, trabalhar o desenvolvimento destas habilidades por meio do uso de tarefas e
brincadeiras na água é uma excelente estratégia para o início do ensino da natação. 
O uso de equipamentos e acessórios, tais como, bolas, pranchas, espaguetes, bambolês, entre outros,
contribuem para uma ampla variedade de exercícios e atividades que estimulam o desenvolvimento
das habilidades motoras. Neste sentido, explorar as diferentes possibilidades de utilização destes
materiais é sem dúvida um grande diferencial na atuação pro�ssional.
Além das atividades lúdicas, atividades de técnicas (educativos), nados alternativos, deslocamentos
variados também podem ser utilizados como estratégias de adaptação ao meio aquático. O quadro 1
apresenta alguns exemplos de atividades que podem ser utilizadas como estratégias para o
desenvolvimento das habilidades motoras básicas.
Assim como em qualquer atividade, devemos ter alguns cuidados para a realização dos exercícios em
ambientes aquáticos. Um dos primeiros cuidados está relacionado à segurança da realização da
atividade, isto envolve aspectos relacionados à profundidade da piscina, a temperatura da água, bem
como o grau limpeza/pureza da água. Neste sentido, em piscinas profundas e/ou atividades com
crianças, o uso de �utuadores é indispensável. Além disso, o monitoramento da temperatura da água da
piscina, bem como, dos produtos químicos utilizados para a limpeza da mesma, devem ser realizados
com frequência para que evitem quadros de hipotermia (redução da temperatura interna do corpo) e a
incidência de alergias e/ou infecções (em decorrência dos produtos químicos utilizados na limpeza da
piscina) nos indivíduos praticantes.  
Portanto, nesta segunda parte aprendemos que uma das etapas iniciais do ensino e aprendizagem da
natação é a adaptação ao meio aquático. Vimos também que esta etapa é uma das mais importantes
nos estágios iniciais da natação que envolve o desenvolvimento de habilidades motoras básicas,
incluindo, o equilíbrio, o controle da respiração, �utuação, propulsão, imersão e deslize sobre a água.
Além disso, vimos também que a profundidade da piscina, a temperatura da água, bem como o grau
limpeza/pureza da água são um dos cuidados fundamentais para a realização das atividades em
ambientes aquáticos.
Quadro 1 – Exemplos de atividades para o desenvolvimento de habilidades motoras e adaptação ao
meio aquático.
Tarefa Objetivos aquáticos
Sentar na borda da piscina com os pés dentro da água e
movimentá-los em diferentes direções Propulsão
Caminhar e/ou correr livremente pela piscina Equilíbrio, propulsão
Inspirar (pelo nariz) e soltar o ar pela boca (no fundo da piscina). Respiração, Imersão
Caça ao tesouro. Colocar objetivos no fundo da piscina para que
os alunos(as) mergulhem e procurem os objetos.
Respiração, propulsão,
imersão e deslize.
Passar por dentro de um bambolê que deverá estar abaixo do
nível da água
Respiração, propulsão,
imersão e deslize
Flutuar de costas (decúbito dorsal) e de frente (decúbito ventral) Respiração, �utuação.
Flutuar e empurrar um espaguete na piscina Flutuação, equilíbrio,respiração e propulsão.
Fonte: Adaptado de GOMES (1995) e CABRITA et al., (2017).
Ensino-Aprendizagem da Natação:
do Nascimento a Idade Adulta
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
A natação infantil é uma das áreas que mais cresceram nas últimas décadas no Brasil. Saber trabalhar
com a natação infantil é um dos grandes diferenciais dos pro�ssionais atuantes na área. Portanto, neste
tópico abordaremos os conhecimentos acerca da natação infantil até a idade adulta, os principais
cuidados bem como as estratégias de trabalho. 
Quando falamos de natação infantil, as primeiras perguntas que surgem são: Qual a idade ideal para
começar a natação? A partir de qual idade uma criança pode fazer aulas de natação? Estas são algumas
perguntas que muitos pais, avós e familiares fazem com frequência aos professores e técnicos que
trabalham com natação!  Mas a�nal, existe uma idade mínima? Este será o tema que iremos aprender
neste primeiro tópico da unidade IV!  Vamos lá?
Embora ainda não haja um consenso sobre qual a melhor idade para iniciar a natação infantil, alguns
autores na literatura cientí�ca apontam que o início em um programa de atividades aquáticas para
bebês deve acontecer a partir dos três (03) meses de idade, pois nesta fase a criança já consegue
sustentar sua cabeça ou a partir de seis (06) meses de idade, pois, nesta idade a criança já estará com
suas vacinas devidamente tomadas (SAAVEDRA et al., 2003). A natação infantil pode ser dividida em
fases de acordo com a faixa etária das crianças. O quadro 1 apresenta as fases da natação infantil, bem
como, as atividades que devem ser priorizadas em cada uma das fases. Neste sentido, cabe aos
professores orientar sempre os pais sobre as faixas etárias para o início da natação infantil.
Agora que vimos sobre a natação infantil, chegou o momento de aprendermos sobre a natação na
idade adulta. Quando falamos em iniciação à natação, logo pensamos em crianças e adolescentes.
Entretanto, o desejo de aprender a nadar ocorre em todas as faixas etárias, incluindo o adulto e o idoso.
Portanto, saber trabalhar não apenas a iniciação à natação infantil, mas também com a iniciação à
natação para pessoas adultas é sem dúvidas de grande importância.
Como aprendemos na unidade III, o processo de ensino e aprendizagem da natação inicia-se pela
adaptação ao meio aquático. Neste sentido, o início do processo de ensino aprendizagem da natação
em pessoas adultas não é diferente. A adaptação ao meio aquático em pessoas adultas é uma das
etapas mais importantes para o desenvolvimento da natação. Nesta fase, os exercícios e as atividades
lúdicas devem objetivar o desenvolvimento das habilidades motoras básicas, tais como, controle da
respiração, �utuação, propulsão e equilíbrio (veja com mais detalhes na unidade III, tópico 2), o
desenvolvimento da con�ança (retirada do medo, seja de entrar ou permanecer na piscina) e o
aprendizado dos estilos de nados da natação (JUNIOR et al., 2018).
Diferentemente da iniciação à natação em crianças, o processo de ensino aprendizagem da natação em
adultos pode envolver também exercícios e atividades competitivas objetivando-se a avaliação de
desempenho físico. Neste sentido, o professor desempenha um papel importante no acompanhamento
da evolução do(a) aluno(a) durante o período de iniciação à natação em adultos. 
Espaço Físico, Materiais O�ciais e
Adaptações
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
No primeiro momento a maior di�culdade para se trabalhar o atletismo parece ser o espaço, pois na
maioria das vezes é possível observar a sua prática em uma pista o�cial de 400 metros. Pois não, o
atletismo, principalmente na iniciação, pode ser praticado em qualquer espaço, desde um pátio
pequeno até uma pista o�cial de atletismo. Essa falta de espaço normalmenteé observada nas escolas,
então utilize o espaço que tiver disponível: pista, quadras, pátio, espaço com grama ou areia, sala de
aula, adapte suas atividades de acordo com o espaço disponível. São muitas as possibilidades de
adequações e de aprofundamento dos conhecimentos e vivências, basta que haja criatividade!
(MATTHIESEN, 2014).
No atletismo temos diversos materiais e implementos, que vão desde materiais simples até outros mais
complexos com elevado custo �nanceiro. Entretanto, da mesma maneira que a pista, podemos adaptar
utilizando materiais alternativos e desenvolver a modalidade esportiva (MATTHIESEN, 2014). 
Abaixo temos algumas opções de utilização de material alternativos para os diferentes grupos de
provas: 
Quadro 4 - Materiais alternativos para as provas de corrida
Para
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Raias
giz branco ou �ta crepe para demarcá-las na quadra esportiva;
barbantes colocados no chão ou suspensos, a 30 cm do solo,
demarcando-as;
cordas ou linhas traçadas no chão para delimitá-las.
Blocos
buracos cavados no chão, caso o piso seja de terra;
companheiro para apoio dos pés.
Barreiras
barbante de 50 cm amarrados ou cabo de vassoura sobre
2 garrafas plásticas tipo pet;
1 cabo de vassoura (ou folha de jornal dupla enrolada) sobre 2 latas de
tinta de 10 L ou de 50 L;
1 cabo de vassoura sobre 2 cones ou 2 banquinhos ou 2 caixas de
papelão;
caixas de papelão, colocadas no chão invertidas para baixo;
canos de PVC encaixados, no formato da barreira.
Obstáculos
caixotes de madeira resistentes, no chão, boca para baixo;
bancos suecos, �xos nas extremidades.
Bastões
gravetos ou tubos de PVC de 30 cm, com as extremidades contornadas
com �ta crepe;
1 folha de jornal enrolada no formato de um bastão de 0,30 cm, envolvida
em papel contact ou plástico para preservá-lo.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 41).
Quadro 5 - Materiais alternativos para as provas de salto
Para
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Caixa de areia
giz branco, barbante ou �ta crepe para delimitação do espaço
correspondente na quadra esportiva;
cordas e cones para delimitação do espaço na quadra esportiva
Tábua de
impulsão
giz branco, barbante ou �ta crepe para delimitação do espaço
correspondente à tábua de impulsão, na quadra esportiva;
demarcar o local da impulsão utilizando um arco (bambolê), de acordo
com a distância adaptada para o salto em distância (30 cm) e para o
salto triplo (2 m) em relação ao local de queda.
Impulsão
caixotes de madeira resistentes, step, banco sueco ou a tampa do plinto.
Cuidado para não escorregar no ato da impulsão.
Setor de queda
colchões para amortecimento da queda, com cuidado para que não
escorreguem, segurando-os de encontro ao solo.
Poste
2 gravetos dentro de garrafas pet, com suporte para o sarrafo e a �ta
métrica para medição, ou garrafas pet e corda elástica.
Sarrafo
1 graveto com cerca de 3 m de comprimento;
cordas elásticas ou trançadas com tecido.
Vara
cabos de vassoura ou caibros;
varas de bambu com 2 m de comprimento.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 41).
Quadro 6 - Materiais alternativos para as provas de arremessos e lançamentos
Para
CONFECCIONAR MATERIAL UTILIZADO
Peso
jornal amassado no formato de bola, que caiba na palma da mão.
Colocá-la em 1 meia ou sacola plástica, fechada com �ta crepe ou
costurada. O peso poderá ser aumentado com areia.
Pelota
jornal amassado no formato de uma bola, tipo tênis. Colocá-la dentro de
1 meia ou sacola plástica, fechada com �ta crepe ou costurada, cujo peso
poderá ser aumentado colocando-se areia.
Dardo
folha de jornal dupla, enrolada no formato de um dardo, contornando-o
com papel contact;
cabo de vassoura ou bambu, contornando-se a empunhadura com
barbante. A ponta poderá ser confeccionada com garrafa pet ou uma
bolinha de meia/ borracha, facilitando a queda.
Disco
2 pratinhos de bolo ou círculos de papelão, com jornal amassado ou 1
saco com areia dentro, para �car mais pesado. Contornar os pratos com
�ta crepe ou com uma borracha de mangueira, envolvendo-o com papel
alumínio ou plástico.
Martelo
jornal amassado no formato de uma bola que caiba na palma da mão.
Colocá-la em 1 meia de nylon ou sacola plástica, fechada com �ta crepe
ou costurada. O peso poderá ser aumentado com areia. Para o cabo,
utilizar a meia de nylon trançada ou uma corda. Para a empunhadura,
utilizar 1 pedaço de borracha no formato de 1 triângulo ou um rolo usado
de durex ou �ta crepe.
Setor de queda
de arremesso e
lançamentos
giz branco, barbante ou �ta crepe para delimitação do espaço
correspondente na quadra esportiva, no formato em ‘V’.
Círculo de
arremesso e
lançamento
giz, barbante ou cordas para delimitar o círculo de acordo com a prova.
Fonte: MATTHIESEN (2014, p. 43).
Unidade 2
Conhecendo e Ensinando o
Atletismo
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Introdução
Olá, aluno(a), seja bem-vindo(a) à segunda unidade da nossa apostila de Esportes Individuais,
“Conhecendo e Ensinando o Atletismo”.
Ao �nalizar a unidade anterior, você deve ter se perguntado o que virá depois? E como vamos ensinar
essa modalidade que contém um elevado número de provas com diferentes especi�cidades? Vamos lá!
Na etapa anterior conhecemos sobre a modalidade Atletismo, o seu histórico, assim como as provas e
suas características, nesta unidade iremos dar prosseguimento ao conteúdo, de forma que você consiga
veri�car como deve ser o ensinamento do atletismo em diferentes ambientes (formais e informais).
Além disso, você aprenderá como adaptar o local e material para a prática da modalidade e a planejar
uma aula/treino de Atletismo para diferentes populações.
Sendo assim, se prepare para se aprofundar um pouco mais nessa modalidade e prepare o fôlego, pois
passaremos por momentos de marcha, corridas, arremesso, lançamentos e saltos. 
Vamos juntos desvendar tais possibilidades! 
Ótimo estudo! 
Plano de Estudo
Aspectos pedagógicos e metodológicos para o ensino
da técnica e tática do Atletismo em ambientes formais
(dimensão conceitual, atitudinal e procedimental); 
Aspectos pedagógicos e metodológicos para o ensino
da técnica e tática do Atletismo em ambientes
informais;
Espaço físico, materiais o�ciais e adaptações; 
Organização e estruturação de aulas para o trabalho
com a iniciação do Atletismo no âmbito do esporte
educacional e esporte de rendimento. 
Objetivos de Aprendizagem
Estudar e explorar os aspectos pedagógicos e
metodológicos para o ensino do atletismo em
ambientes formais e informais.
Conhecer os espaços físicos, matérias o�ciais e
adaptados para o ensino e prática do atletismo.
Conhecer como é a organização de uma aula de
atletismo da iniciação ao esporte de alto
rendimento.
Unidade 3
Esportes Individuais: Natação
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Introdução
Olá, aluno(a), bem-vindo(a) à Unidade III da nossa apostila de Esportes individuais!
Após estudarmos os contextos históricos, as características e provas do atletismo, bem como os
aspectos pedagógicos do ensino e aprendizagem do atletismo chegamos ao momento de
compreender e conceituar outra modalidade de esporte individual: a natação! 
Nesta unidade iremos aprender sobre a história da natação, os cuidados que devemos ter em ambiente
aquático e o processo de ensino aprendizagem dos quatro nados. Após isso, iremos aprender sobre as
provas de natação e suas regras o�ciais. Você pode estar se perguntando, mas como vou aprender
sobre natação se eu mesmo não sei nadar? Fique tranquilo(a)! Nesta unidade você aprenderá como
ensinar natação e como trabalhar com esta modalidade esportiva!
Sim, caro aluno(a) é isso mesmo! Mas para que você tenha sucesso, o conhecimento sobre a história da
natação, os cuidados em ambiente aquático e as regras o�ciais é algo indispensável. Portanto, dedique-
se aos estudos e mergulhe na leitura!
Vamos em frente? 
Ótimo estudo! 
Plano de Estudo
Introdução à natação: O panorama histórico da
natação de sua origem a contemporaneidade.
Cuidados em ambiente aquáticoe processo de
ensino-aprendizagem.
Conhecendo os quatro nados e sua técnica.
Provas de natação: Caracterização e regras
o�ciais.
Objetivos de Aprendizagem
Conceituar e contextualizar o panorama
histórico da natação de sua origem a
contemporaneidade.
Compreender os cuidados em ambiente
aquático e processo de ensino-aprendizagem.
Conceituar e contextualizar os quatro nados e
sua técnica.
Conceituar e contextualizar a caracterização e as
regras o�ciais da natação.
Introdução a Natação: O Panorama
Histórico da Natação de sua
Origem a Contemporaneidade
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Qual a origem da natação? Esta será a primeira pergunta que iremos responder! De fato, nós podemos
imaginar que a natação não deve ser um esporte tão recente, os primeiros registros históricos sobre a
natação foram encontrados no Egito no ano 5000 a.C, entretanto, nesta época, a natação ainda não era
considerada um esporte, mas sim uma mera função de sobrevivência em ambiente aquático
(SAAVEDRA et al., 2003). Na Grécia antiga, a natação era considerada fundamental para a formação
física de jovens e soldados, mas foi somente a partir do século XVII que os estilos de nados e as regras
começaram a ser estabelecidas (COB, 2020).
A primeira disputa o�cial de uma prova de natação ocorreu em 1858 na Austrália! Isso mesmo, somente
em meados do século XIX! Desde então a natação foi evoluindo e em 1896, a natação foi incluída pela
primeira vez nos Jogos Olímpicos de Atenas, sendo realizadas três provas o�ciais: 100m, 500m e 1200m
de nado livre. As provas foram realizadas em mar aberto! Isso mesmo! As primeiras provas o�ciais de
natação nos Jogos Olímpicos não foram realizadas na piscina! As competições o�ciais de natação em
piscina só começaram a ser realizadas, anos depois. 
De acordo com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), o primeiro campeonato
o�cial de natação no Brasil aconteceu em 1898 no Rio de Janeiro e consistiu na travessia entre a
Fortaleza de Villegaignon e a praia de Santa Luzia, uma distância de 1500m de nado livre. As
competições o�ciais de natação em piscinas fechadas começaram a ser realizadas somente no século
XX, entre os anos de 1930 e 1940, após a criação da Federação Internacional de Natação (FINA).
A FINA foi fundada em 1908 e é uma entidade reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI),
responsável por administrar competições internacionais de natação. Desde a determinação das
medidas o�ciais das piscinas de competição de natação até as regras o�ciais, as competições
internacionais de natação seguem as diretrizes estabelecidas pela FINA. 
Atualmente as competições o�ciais de natação em piscinas fechadas incluem a realização de quatro
nados (crawl, borboleta, peito e costas) em diferentes distâncias, realizados de forma individual ou
combinados (medley). Mas isto nós veremos com mais detalhes a seguir!
Portanto, nesta primeira parte vimos que a natação é uma modalidade esportiva antiga que foi incluída
pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Atenas de 1858 e as criações das entidades regulamentadoras
permitiu a evolução e a padronização da natação como modalidade esportiva. 
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No Brasil, as competições o�ciais nacionais
são organizadas pela Confederação Brasileira
de Desportos Aquáticos (CBDA) . Fundada em
1977, a CBDA além da natação, também
administra outras quatro modalidades: águas
abertas, polo aquático, saltos ornamentais e
nado artístico. Filiada a CBDA, as Federações
Estaduais de Desportos Aquáticos, também
são responsáveis por organizar e administrar
competições regionais e estaduais em todo
território brasileiro. 
Introdução ao Atletismo: O
Panorama Histórico do Atletismo
de sua Origem a
Contemporaneidade
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
O Atletismo conta a história esportiva do homem no Planeta. É chamado de esporte-base, porque sua
prática corresponde a movimentos naturais do ser humano: correr, saltar, lançar (Confederação
Brasileira de Atletismo – CBAT, 2020). 
A origem do Atletismo retrocede até a origem do gênero humano, quando os primeiros habitantes que
se alimentar por meio da caça e, por isto, necessitavam lançar objetos, correr ora atrás, ora à frente dos
animais, saltar obstáculos e riachos a �m de proteger a si e aos outros (BARALDI e OLIVEIRA, 2019, p. 15).
Entretanto, não devemos limitá-lo a apenas essa de�nição, porque senão a especi�cidade do atletismo
acaba sendo deixada em segundo plano, comprometendo o seu conhecimento amplo.
Ao longo do tempo esses movimentos básicos já observados nos primeiros habitantes foram se
tornando forma aos poucos e se transformando em movimentos especí�cos da modalidade Atletismo.
A grande variedade de movimentos, é justi�cada pelo fato dele englobar muitas provas, as quais cada
uma apresenta suas características especí�cas. É possível observar movimentos semelhantes do
atletismo em outras modalidades esportivas, entretanto com especi�cidades diferentes, cabendo a nós
pro�ssionais de Educação Física, ter claro essas diferenças para não resumir a modalidade do atletismo
em apenas correr, lançar e saltar e deixando de lado a sua especi�cidade.
Ao compararmos os movimentos realizados naquela época com os movimentos atuais, observamos que
a maior diferença está na �nalidade. De acordo com Baraldi e Oliveira (2019, p. 15),
Os objetivos e signi�cados dos movimentos produzidos pelo ser humano, portanto,
também são considerados nesta interpretação da realidade, fazendo- se humano e
produzindo a sua existência, compreendidos aqui numa visão histórico-social dos
movimentos. Podemos, então, a�rmar que existe uma diferença gigantesca entre os
movimentos que fazem parte do conjunto de atividades atléticas conhecidas por nós, hoje,
e aqueles que julgamos ser, em sua gênese histórico-social, de forma bem elementar.
Os registros mostram que as primeiras manifestações do atletismo no formato competitivo
aconteceram na Europa, praticada por duas raças no extremo do continente. A modalidade era
praticada pelos povos irlandeses do período pré-céltico e os gregos de Acádia, assim como os seus
vizinhos, os cretenses da época minóica (1750-1400 a. C.) (CABRAL, 2004; BARALDI e OLIVEIRA, 2019, p.
16). 
Durante o período dos primeiros registros até os dias atuais, foram observados diversos jogos em que se
notava a presença do atletismo no formato competitivo. Dentre as diversas manifestações podemos
destacar: às reuniões atléticas da Grécia Antiga, da Irlanda que também estavam ligadas às cerimônias
religiosas e aos funerais (CABRAL, 2004). 
Os Jogos Píticos dedicados a Apolo (deus grego da beleza e juventude), eram realizados próximo a
Delfos, na cidade de Pítia, a partir de 527 a. C., celebravam- se primeiramente, a cada oito anos e, depois,
no ano seguinte, a cada Olimpíada (BARALDI e OLIVEIRA, 2019, p. 16). Em Istmia, eram realizados os
Jogos Ístmicos, a cada dois anos, assim como em Argos, os Jogos Nemeus celebravam a vitória de
Héracles (�lho de Zeus na mitologia grega) sobre Nemeia (monstro mitológico), vencido naquele
mesmo local (CABRAL, 2004; BARALDI e OLIVEIRA, 2019, p. 16). Esses jogos olímpicos são os mais
antigos e o seu início remonta ao ano de 884 a. C., mas, na história o�cial, é datado de 776 a. C. (CABRAL,
2004).
O atletismo moderno, é marcado com a criação do Amatheur Athletic Club, segundo relatos em 1886,
fundado com o propósito de organizar campeonatos nacionais na Inglaterra (OLIVEIRA, 2013). As
primeiras edições e descrições dos Jogos Londrinos são datadas do século XII, e são marcadas pelo
gosto dos reis pelo esporte, que patrocinavam as competições. Iniciando com o rei Henrique II, depois
com o rei Henrique V que era um admirador de corridas, e Henrique VII, um especialista em lançamento
de martelo (OLIVEIRA, 2013).
Algumas instituições tiveram um papel importante na divulgação da modalidade promovendo
competições. A Universidade de Cambridge deu início a organização dessas competições em 1857.
Algunsanos depois, em 1860 e em 1864, a universidade de Oxford, organiza uma competição que marca
o início de confrontos entre entidades duas universidades (MATTHIESEN; RANGEL; DARIDO, 2014). 
O Atletismo apresenta uma relação com os jogos Olímpicos, estando presente desde as primeiras
edições. Não por acaso, a primeira competição esportiva de que se tem notícia foi uma corrida, nos
Jogos de 776 A.C., na cidade de Olímpia, na Grécia, que deu origem às Olimpíadas. A prova, chamada
pelos gregos de "stadium", tinha cerca de 200 metros e o vencedor, Coroebus, é considerado o primeiro
campeão olímpico da história (Confederação Brasileira de Atletismo – CBAT, 2020). Já os primeiros Jogos
Olímpicos da era moderna, em 1896, foram realizados com provas de 100, 400, 800 e 1500m; e fora da
pista, a maratona com 40 km. Foram realizados os saltos em distância, triplo, em altura e com vara. Os
arremessos contemplaram disco e peso (BARALDI e OLIVEIRA, 2019). E as mulheres tiveram a sua
primeira participação nos Jogos Olímpicos somente em Amsterdã, em 1928. En�m, esse esporte sempre
esteve ligado aos Jogos Olímpicos, ele é considerado, por muitos pro�ssionais da área, o primeiro dos
esportes (OLIVEIRA, 2013).
Figura 1 - Estádio Panatenaico, construído em 536 a.C., foi sede das Olimpíadas de 1896 em Atenas
Fonte: tech tudo.
Apesar do espetáculo das competições, e um grande número de atletas negros como detentores de
records em diversas provas do Atletismo. Nem sempre foi assim, esses atletas passaram por períodos de
preconceito, racismo e inferioridade perante a atletas brancos. Mas ao longo dos anos eles
conquistaram seu espaço, mostrando a sua capacidade durante os jogos Olímpicos, dos quais um dos
jogos foi marcado pelas vitórias de Jesse Owens nas Olimpíadas de Berlim em 1936, derrubando a ideia
de superioridade ariana construída por Hitler durante o regime nazista, mostrando que era apenas uma
ideia racista. E o segundo episódio aconteceu nas Olimpíadas de 1986 em houve protestos de dois
atletas negros que subiram ao pódio com os punhos fechados com luvas pretas, que era um dos
símbolos da luta dos “Panteras Negras”.
SAIBA MAIS
Assista ao vídeo sobre as olimpíadas e suas modalidades, acessando link a seguir:
ACESSAR
CONECTE-SE
Assista ao vídeo de Jesse Owens e o preconceito nas Olimpíadas de Berlim em 1936,
acessando link a seguir:
ACESSAR
CONECTE-SE
Assista ao vídeo sobre as Olimpíadas 1968 e a luta dos “Panteras Negras”, acessando link a
seguir:
ACESSAR
https://www.youtube.com/watch?v=aCNX-nJmePs
https://www.youtube.com/watch?v=GTNod9LiHWI
https://www.youtube.com/watch?v=opOphJhg0XU
Para chegar ao período atual, o atletismo passou por diversas mudanças, marcado por datas e
acontecimentos descritos a seguir.
Figura 2 - Datas importantes na história do Atletismo 
Fonte: Baraldi e Oliveira (2019 P. 20).
E por �m, recentemente a IAAF - International Association of Athletics (Associação Internacional das
Federações de Atletismo) altera sua denominação para World Athletics (Atletismo Mundial) 
Unidade 1
Esportes Individuais: Atletismo
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Introdução
Olá, aluno(a), seja-vindo à primeira unidade da nossa apostila de Esportes Individuais!
Em algum momento você já deve ter em algum momento ouvido falar ou teve contato com o Atletismo
ou algum movimento especí�co da modalidade. Muitas pessoas o associam às corridas, outras com a
de�nição clássica de que é o esporte base todas as outras modalidades esportivas.
E a�nal o Atletismo é isso? Já se perguntaram porque a relação do Atletismo com a Grécia? Apesar de
pouco difundido no Brasil, por que é considerado um conteúdo clássico da Educação Física?
Neste capítulo, você conhecerá um pouco da origem do atletismo, e isso trará uma nova interpretação
do conjunto de movimentos que ao longo da história tornaram a modalidade que é conhecida hoje.
Além disso, será possível observar que o atletismo vai muito além dos simples movimentos básicos de
correr, lançar e saltar. Ele é resultado de um processo de construção social e histórica do indivíduo.
O conhecimento das características básicas da modalidade é importante para o desenvolvimento do
ensino da mesma, você poderá conhecer cada uma das provas assim como as regras que compõem a
modalidade Atletismo nos dias atuais. Para isso faremos uma longa viagem no tempo na história do
atletismo, espero que você aproveite a viagem e que possa levar esses conhecimentos adquiridos para
além da nossa disciplina, mas que também aplique na sua atuação pro�ssional, divulgando a
modalidade de Atletismo, assim como a prática dos movimentos que o compõem.
Se prepare, iremos iniciar nossa caminhada pelas trilhas da diversão!
Plano de Estudo
De�nição e contextualização histórica
do Atletismo.
Características do Atletismo.
Descrição das regras e provas do
atletismo.
Objetivos de Aprendizagem
Conceituar e conhecer o percurso histórico do
Atletismo
Atletismo.
Descrever as características especí�cas do
atletismo, assim como: as provas e suas
respectivas regras o�ciais.
Materiais de Apoio para o Ensino
da Natação
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Caros alunos(as) conforme aprendemos até aqui, o processo de ensino-aprendizagem da natação
contempla desde a iniciação até a fase de aprimoramento. Vimos também as características presentes
em cada uma das fases, bem como, o objetivo de cada uma delas. Conforme percebemos, o ensino da
natação envolve desde a aplicação de atividades lúdicas até exercícios especí�cos para o
aprimoramento da técnica em cada estilo de nado. Neste sentido, saber quais materiais podem ser
utilizados no desenvolvimento das atividades e quais os cuidados ao utilizá-los é considerado um passo
importante no processo de ensino da natação. Portanto, neste tópico iremos aprender sobre o uso de
materiais de apoio no ensino da natação, vamos juntos?
 Sabemos que o ensino da natação não é uma tarefa muito simples. Neste sentido, diversos materiais de
uso pedagógico favorecem o ensino da natação e são comumente utilizados por diferentes técnicos e
treinadores. O uso de �utuadores, tais como, bóias, pranchas e espaguetes, por exemplo, podem
contribuir no desenvolvimento de diversas habilidades, tais como, equilíbrio, �utuação e deslize. Outros
materiais, tais como, bambolês, cones e pratinhos, por exemplo, são comumente utilizados em
atividades de imersão, propulsão e mergulho. E por �m, temos os materiais de uso obrigatório para
aulas de natação, estes incluem os trajes de banho, óculos e touca. 
Obviamente, sabemos que existem dezenas de outros materiais que podem auxiliar no processo de
ensino da natação. Alguns deles podem ser utilizados para a melhora do deslocamento, como por
exemplo, pés de borracha (ou pés de pato), outros podem contribuir para a melhora da capacidade
física, tais como os halteres. Mas, o objetivo aqui, não será listar cada uma dos materiais, mas é fazer
vocês perceberem que, embora o uso destes materiais possa facilitar o ensino da natação, requer alguns
cuidados ao utilizá-los. 
Além dos materiais de uso prático, ou seja, aqueles que podem ser utilizados durante as aulas de
natação, temos também os materiais de apoio aos professores. Estes incluem apostilas e livros que
apresentam informações relevantes sobre o planejamento das aulas, bem como as estratégias e
exemplos de exercícios e atividades para serem utilizadas nas diferentes fases de ensino da natação. Por
isso, a leitura e o acesso aos livros didáticos são inevitáveis ao trabalhar com esta modalidade esportiva.
Vale lembrar aqui, que o auxílio visual, ou seja, a utilização de materiais visuais, tais como, imagens e
vídeos podem não apenas ajudar os técnicos e professores no planejamento das atividades, mas
também durante a realização das aulas. Neste sentido, a visualização da execução correta do
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Um dos principais cuidados ao utilizar os
materiais de apoio no ensino à natação está
associado à higienee o manuseio correto dos
mesmos. Por isso, sempre antes e após utilizá-
los é necessário a veri�cação da limpeza e
condição de uso. 
 
Secar bem os materiais antes de guardá-los é
uma estratégia importante para evitar o
possível acúmulo de fungos e bactérias. Além
disso, é necessário reservar um local especí�co
para guardar os materiais, de preferência, bem
arejado, ao abrigo do sol e de fácil acesso aos
alunos e professores. 
movimento pelo aluno por meio de vídeos, podem favorecer o ensino e a correção da técnica de nado
realizada.  Portanto, cabe ao professor a escolha de quais materiais podem melhor auxiliar os seus
alunos no processo de ensino-aprendizagem da natação. 
Organização e Estruturação de
Aulas para o Trabalho com a
Iniciação do Atletismo no Âmbito
do Esporte Educacional e Esporte
de Rendimento
AUTORIA
Dr. Bruno Pereira Melo 
Dr. Francisco de Assis Manoel
Agora veremos alternativas de como planejar uma aula de atletismo tanto no âmbito Educacional
quanto no esporte de alto rendimento. Como exemplo utilizaremos a mesma modalidade para os dois
ambientes para detectarmos as diferenças dos planejamentos.
O primeiro passo para o planejamento das aulas é ter um objetivo do que irá trabalhar na aula. Para o
nosso exemplo de aula/ treino, iremos desenvolver a prova de salto triplo, que é uma das provas que
mais trouxe vitórias para o Brasil no atletismo. 
Âmbito do Esporte Educacional
Como vimos no início desta unidade, a atletismo no ambiente escolar pode ser planejada seguindo as
três dimensões (BRASIL, 1998), e nas aulas veremos como elas se interagem no planejamento e decorrer
da mesma.
Tema: conhecer o salto triplo do atletismo. Conteúdos conceitual, procedimental e atitudinal.
Conceitual: Conhecer o salto triplo como sendo a prova em que o Brasil mais conquistou medalhas
olímpicas no atletismo.
Procedimental: Vivenciar o salto triplo a partir de jogos pré-desportivos.
Atitudinal: Evidenciar as diferenças existentes entre a participação masculina e feminina nesta prova,
tendo como base as vivências e as atitudes de meninos e meninas nas aulas.
Parte inicial da Aula
É nessa parte em que iremos explorar a dimensão conceitual, em que serão desenvolvidas atividades
que proporcione aos alunos conhecerem a prova, assim como seus recordistas (MATTHIESEN, 2014). 
Roda de conversa inicial
1. Pergunte para os alunos se eles conhecem a prova, se já ouviram falar da mesma. Apresente
imagens de alguns atletas brasileiros que foram destaques nessa prova.
2. Com base em imagens de Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira
(João ‘do Pulo’), apresenta aos alunos as maiores conquistas do salto triplo brasileiro.
3. Traga uma comparação da evolução dos recordes para essa prova
4. Apresente vídeos para que eles possam ver como é a prova de salto triplo.
5. E faça uma re�exão com eles, perguntando porque determinados países são melhores nessa prova
comparado a outros. Se tem uma característica comum entre os atletas.
Parte intermediária da Aula
É nessa parte em que iremos explorar a parte procedimental, em que tem que ser desenvolvidas
atividades que proporcione aos alunos a vivenciarem a prova.
1. Como aquecimento da aula, pode ser desenvolvida a atividade “mamãe da rua”, essa brincadeira
consiste em que um pegador ou mais �cam em um determinado espaço, e as outras pessoas
devem atravessar de um lado para o outro sem que o pegador as pegue. Para o salto triplo
podemos adaptar estabelecendo que todos tenham que saltar em só uma perna, depois só sobre
a outra e, pode ir di�cultando, apenas dois saltos com cada perna.
2. No espaço correspondente às marcas dos recordistas, colocar quatro arcos em sequência, com
espaço de 30 cm entre eles. À frente do último arco, haverá uma letra do nome do atleta, escrita
em um pedaço de papel.
Parte �nal da Aula
É nessa parte em que iremos explorar a parte atitudinal (MATTHIESEN, 2014).
Roda de conversa �nal
1. Discuta com os alunos as diferenças entre as marcas dos atletas do salto triplo, levantando os
principais motivos que poderiam ter contribuído para essa evolução.
2. Discuta com os alunos as principais razões para que o salto triplo seja a prova em que o Brasil mais
conquistou medalhas olímpicas no atletismo. 
3. Discutir com os alunos como as potencialidades individuais podem ser valorizadas em uma aula
ou competição do salto triplo, sem que os menos habilidosos sejam menosprezados;
4. Discutir porque temos um baixo número de mulheres nessa prova. 
Avaliação
Ao �nal da aula, o professor deverá fazer uma avaliação do aprendizado dos alunos para dessa forma
planejar as aulas seguintes.
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Distribuídos em quatro colunas, os alunos
deverão correr em direção aos arcos
posicionados ao �nal das marcas dos
recordistas, saltando dentro deles alternando-
se os pés, sendo que no último arco
executarão a queda com os dois pés. Retirarão
um papel de uma caixa de papelão,
retornando para a coluna com uma das letras
do nome do atleta em mãos. Ao �nal da
atividade, o grupo deverá formar o nome do
atleta (MATTHIESEN, 2014). 
Esporte de alto rendimento
Quando pensamos no planejamento do treinamento do atletismo voltado para o alto rendimento, o
objetivo principal é a melhoria do desempenho. Dessa forma, para que se obtenha os melhores
resultados nos treinamentos, os mesmos devem ser planejados de maneira individualizada. 
Parte inicial do treino
1. O treino começa com um aquecimento de corrida, por exemplo, ou podendo utilizar outras formas
para o aquecimento.
2. Educativos: realiza-se alguns que são comuns para todas as provas e depois realiza os que são
especí�cos para a prova do salto triplo. 
Parte intermediária ou principal do treino
Nessa parte temos dois tópicos especí�cos para trabalhar: A técnica do salto e treinamento de força.
Normalmente trabalha-se a parte técnica antes das outras partes, quando o objetivo é a melhoria da
técnica.
1. Para melhorar a parte de �nalização do salto, iremos sugerir os seguintes exercícios: 
Com auxílio de um plinto ou caixote o atleta efetuará um passo e o impulso em um dos pés em
um caixote (ou tampa de plinto), observando o local da queda (MATTHIESEN, 2017).
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Assim como no planejamento no âmbito
educacional, no alto rendimento a aula ou
treino deve ter um objetivo especí�co. Vamos
imaginar a situação hipotética: Após as
avaliações de rotina foi detectado que ele está
com di�culdade de fazer o segundo salto com
a mesma perna devido a um desequilíbrio
muscular na perna, além da di�culdade em
�nalizar o salto na areia. 
 
Objetivo da sessão de treino: Treino técnico
para �nalização do salto e treino de força 
Correr de 5 a 6 m antes de começar a saltar. A partir de uma marca, realizar o hop e o step. A queda do
step deverá ser sobre uma plataforma de 15 cm de altura. Após a plataforma, deverá ser realizado o
jump ou o salto, caindo na areia. O ritmo entre os saltos deverá ser mantido (BARALDI e OLIVEIRA 2019). 
2. E na segunda parte do treino será focado no treinamento de força para membros inferiores
(pernas). Pode ser realizado um treino geral de membros inferiores tanto na academia ou com
pesos livres. Só terá que levar em consideração um detalhe: como o atleta está com desequilíbrio
muscular em uma das pernas, então deve-se realizar mais exercícios ou algum especí�co para essa
perna.
Em relação ao número de repetições e de saltos do treino técnico, irão depender das características do
atleta, assim como a fase do treinamento que ele se encontra.
Parte �nal do treino
Figura 28 - Exercício de salto sobre o caixote
Fonte: acesse o link Disponível aqui
Figura 29 - “Exercício para o salto triplo com plataforma”
Fonte: adaptado de Müller e Ritzdorf (2002); Baraldi e Oliveira 2019, p. 109.
Nessa parte temos a volta a calma, que pode ser realizada alguma atividade de baixa intensidade
seguida de um período de alongamento. Em alguns lugares os atletas têm à disposição �sioterapeutas
que sempre realizam alguma ação para acelerar

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