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DIREITO AMBIENTAL - Responsabilidade Ambiental

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Direito Ambiental 
Responsabilidade Ambiental 
PREVISÃO LEGAL 
↪ Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-
se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e 
futuras gerações. 
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas 
ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas 
físicas ou jurídicas, a sanções penais e 
administrativas, independentemente da obrigação de 
reparar os danos causados. 
CONCEITO 
↪ A pessoa que poluiu o meio ambiente será 
aplicada uma tríplice responsabilização: 
↪ Esfera penal, administrativa e civil (obrigada a 
reparar o dano) 
↪ Essas esferas são independentes entre si. 
↪ A esfera penal e administrativa são consideradas 
sancionatórias, porque configuram a aplicação de 
uma penalidade por produzir o ato de poluição. 
↪ Na esfera civil será considerada como reparatória, 
com o objetivo de reparar o dano cometido. 
ELEMENTOS 
↪ Nexo de causalidade: é a ligação entre a conduta 
e o dano. 
↪ Configuram a Responsabilidade Objetiva = não há 
necessidade de auferir se a pessoa quis provocar o 
dano. (CIVIL) 
↪ Responsabilidade Subjetiva = identificar a 
culpabilidade do agente, através de dolo ou culpa. 
(PENAL) 
↪ Responsabilidade Administrativa é HÍBRIDA, porque 
pode ser tanto objetiva quanto subjetiva. 
Obs:* As recentes jurisprudências do STJ entendem 
que a resp. adm. tende mais a seara da resp. 
subjetiva. 
POLUIDOR: Lei 6.938/81 
↪ Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-
se por: 
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito 
público ou privado, responsável, direta ou 
indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental. 
DANO AMBIENTAL 
↪ Externalidade negativa: qualquer alteração adversa 
às condições do meio ambiente, que ponha em 
risco a qualidade de vida e a perenidade do meio 
ambiente. 
↪ É gênero do qual a poluição (dano decorrente de 
uma ação humana) é a espécie. 
Esfera coletiva: causa impacto a todos do local 
Difuso, pois atinge um grupo indeterminado de 
pessoas, sendo impossível de dividir esse dano. 
Será mensurado a partir das regras do direito 
ambiental. 
Esfera individual: sob as regras do direito privado 
(civil). 
É um dano divisível, atinge determinada pessoa e se 
tem como mensurar o tamanho do dano. 
↪ Pulverização de vítimas: diversas vítimas que não 
se consegue mensurar; difícil estabelecer um valor 
que possa representar a realidade em relação à 
existência do dano. 
Reconhece o preceito do art. 225 = 
intergeracionalidade 
O DANO AMBIENTAL É DE DÍFÍCIL REPARAÇÃO E 
DIFÍCIL VALORAÇÃO 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
ART. 14 DA LEI 6.938/81 
↪ Será imputada uma obrigação ao poluidor de 
reparar (obrigação de fazer) ou indenizar (obrigação 
de dar) o dano causado. 
↪ Mensura-se esse dano a partir de duas categorias: 
● Patrimonial: aquele que pode ser auferido de 
forma simples, com valores pecuniários. 
Valor para restabelecer o status quo ante. 
● Extrapatrimonial: aquele que ultrapassa valores 
pecuniários (dano moral, dano estético, dano 
existencial) 
Valores intangenciáveis pela condição humana, que 
ultrapassam a questão da reparação. 
Obs:* O STJ reconhece que sempre existirá o dano 
extrapatrimonial, pois o meio ambiente que existia 
antes já não será mais o mesmo, ou seja, haverá 
um dano intangível. 
● Natureza Objetiva: para o indivíduo ser 
responsabilizado, basta ter a conduta que causou o 
dano, ou seja, o nexo de causalidade. 
Responde pela Teoria do Risco Integral (não admite 
excludente de responsabilidade: caso fortuito, força 
maior, culpa da vítima e culpa de terceiros). 
● Propter Rem: a obrigação acompanha a coisa 
● Responsabilidade Solidária: porque todos que 
concorreram para o dano respondem de forma 
solidária. 
● Reparação “integrum”: responsabilidade integral do 
dano para reparar o dano. 
● Reparação “In natura”: Dar-se-á preferência ao 
restabelecimento do status quo ante, ou seja, a 
intenção é fazer com que o meio ambiente volte a 
ter a qualidade que tinha antes da existência do dano. 
Desse modo, significa que a medida compensatória é 
secundária, porque primariamente se tentará a 
correção, o restabelecimento ao estado anterior. 
● “Favor Debilis”: A balança do direito ambiental 
sempre será a favor da parte mais frágil da relação, 
isto é, o Meio Ambiente. 
● Poluidor Indireto: é aquele que não se importa; 
que financia; que se beneficia. 
● Inversão do Ônus: O poluidor deve provar que não 
é o causador/responsável pelo dano – Princípio da 
Precaução. 
● Imprescritibilidade: Buscar a reparação do dano 
ambiental é imprescritível, pode se dar a qualquer 
momento na esfera civil. 
 
RESPONSABILIDADE PENAL 
Lei nº 9.605/98 – Lei de Crimes Ambientais 
↪ Pode responder pela penalidade → Pessoa Física 
 ↓ 
→ Pessoa Jurídica (multa ou restrição de direitos) 
↳ Decorre de uma decisão tomada por alguém com 
poder de gestão dentro da empresa (Ex: Diretor, 
Presidente ou Órgão Colegiado) 
↳ Decisão tomada pelo representante legal da 
empresa. 
↳ Quando houver algum benefício ou interesse para 
a empresa em razão do dano. 
Obs:* Para que a pessoa jurídica seja 
responsabilizada, deve ser utilizada a Teoria da Dupla 
Imputação = junto com a P.J. também estivesse no 
polo passivo uma P.F. 
Entretanto, essa teoria caiu em DESUSO, pois o STJ 
entende que não é mais necessário que uma 
pessoa física esteja no polo passivo. 
● Natureza Subjetiva: apura-se a culpabilidade, se 
houve dolo ou culpa na existência do dano. 
● Liquidação Forçada: pena de morte aplicada à 
pessoa jurídica. 
↳ Caso essa P.J. for criada única e exclusivamente 
para causar dano ao meio ambiente ela será 
forçadamente liquidada 
● Competência: em regra é da Justiça Estadual; 
↳ A Justiça Federal pode jugas as demandas quando 
for contra bens, serviços ou atividades de interesse 
da União; ou quando o dano decorrer de violação de 
Tratado Internacional. 
● Prescrição: Será de acordo com as regras do 
direito penal, ou seja, depende da pena. 
 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 
Lei nº 9.605/98 e Decreto 6.314/08 (Data da anistia de 
áreas consolidadas) 
● Objetivo: Punir toda pessoa que violar o uso, o 
gozo, a promoção, a proteção e a recuperação de 
recursos ambientais. 
↳ Configura-se sempre que a pessoa excede/.abusa 
um determinado direito. 
↳ É apurada pelo Poder de Polícia = os órgãos que 
fazem parte do SISNAMA. 
↳ Não há envolvimento do Judiciário. 
● Penas: → Advertência 
→ Multa = simples ou diária 
→ Apreensão 
→ Destruição 
→ Embargo de Obra 
→ Demolição 
→ Suspenção = total ou parcial 
 
● Procedimento 
 
DANO → AUTO DE INFRAÇÃO → Não pode conter uma rasura → É ato administrativo: prerrogativa de 
presunção de legitimidade e presunção de veracidade → DEFESA EM 20 DIAS (a pessoa responsabilizada pela 
atividade será notificada, em razão da existência desse auto de infração, citada para se defender) → Após a 
instrução do processo, haverá a DECISÃO, no prazo de 30 dias (prazo impróprio, mas caso não seja cumprido não 
gera anulação do procedimento) → Apresentar RECURSO, no prazo de 20 dias → DECISÃO 2º GRAU, no prazo 
de 30 dias (prazo impróprio) → EXECUÇÃO FISCAL (Caso de não pagamento). 
↳ Caso o Auto de infração seja do IBAMA, da decisão do órgão colegiado ainda dará para apresentar recurso para 
o Ministério do Meio Ambiente. 
↳ PRAZO DE PRESCRIÇÃO: da existência do dano → 05 ANOS → para elaborar o Auto de infração 
 ↳ Processo Administrativo inicia → não pode ficar parado por mais de 03 ANOS (DEFESA → 
DECISÃO) → Prescrição Intercorrente 
↳ DECISÃO → 05 ANOS → EXECUÇÃO FISCAL

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