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Fichamento Livro Direito Civil Obrigacoes e Responsabilidade Civil - Silvo de Salvo Venosa

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Curso: Direito 
Disciplina: Direito Civil / Obrigações 
Docente: Ailderson Fortunato Oliveira 
Discente: Simone da Cruz 
 
VENOSA, Silvio de Salvo. DIREITO CIVIL: Obrigações e Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 
2021. 
A obra tem como finalidade de demonstrar sobre a responsabilidade civil, da qual o 
objetivo é indenizar o prejuízo. 
Segundo Venosa (2021, p.341) “Os danos que devem ser reparados são de índole 
jurídica, embora possam ter conteúdo também de cunho moral, religioso, social, 
ético etc., somente merecendo a reparação do dano a transgressões dentro dos 
princípios obrigacionais.” 
O estudo da responsabilidade civil se transforma constante, visto que ela 
acompanha a evolução social. 
O termo responsabilidade tem várias atribuições no ordenamento jurídico, 
assumindo consequências de uma ação ou no sentido de capacidade no caso do 
amental. No sentido amplo da responsabilidade o objetivo é identificar a conduta que 
reflete na obrigação de indenizar, podendo ser a responsabilidade direta ou indireta, 
e se não for possível identificar o agente que reponde pelo dano, a vítima terá 
prejuízo. 
No Direito penal considera apenas a responsabilidade direta, e no direito civil 
terceiros podem ser chamados a indenizar. 
Teoria da responsabilidade objetiva, é quando mesmo que seja tomado todos os 
cuidados necessários, ainda sim existe um risco e caso ocorra um dano é necessário 
indenizar. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. RISCO 
Risco criado, ou seja, é quando o a gente se coloca diante de um perigo, embora 
seja adotadas todas as medidas de segurança ainda sim o risco existe e poderá ter 
consequências graves. A responsabilidade sem culpa vem aumentando significante, 
pois observaram que o princípio da responsabilidade com culpa havia uma enorme 
dificuldade até mesmo de provar a própria culpa. 
Na responsabilidade objetiva é utilizado o seguro como forma de indenização, 
sendo, indenização por acidente do trabalho e em diversas outras situações na 
intenção de diminuir o prejuízo. Os tribunais adotaram também a responsabilidade 
objetiva agradava da qual tem indenização mais ampla e cunho punitivo. A 
responsabilidade objetiva e sem culpa só poderá aplicada quando existir a lei 
expressa, porém na sua ausência a responsabilidade pelo ato ilícito será subjetiva e 
será avaliado pelo juiz. 
Venosa (2021, p.356) “Na responsabilidade objetiva, como regra geral, leva-se em 
conta o dano, em detrimento do dolo ou da culpa. Desse modo, para o dever de 
indenizar, bastam o dano e o nexo causal, prescindindo-se da prova da culpa.” 
LINEAMENTO HISTÓRICOS 
 Quando ocorria um ato injusto a sociedade primitiva reagia de uma maneira 
violenta, visto que esta era o comportamento do homem antigamente, pois não havia 
um ordenamento jurídico da qual reparava os danos causados. 
Surge então o princípio da qual pune a culpa por danos injustamente provocados, ou 
seja, a origem da responsabilidade extracontratual. Após a Segunda guerra, houve 
um desenvolvimento muito grande para a sociedade, onde houve uma grande 
evolução tantos nos contratos quanto no dever de indenizar, é no campo da 
responsabilidade extranegocial que irá sempre surgir novas tentativas de soluções. 
RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL 
A conduta ilícita pode ser responsabilidade civil ou penal, ambas são independentes, 
mas tem reflexo uma a outra, cabe o legislador definir a conduta criminal. Os atos 
ilícitos de gravidade menor são considerados civil e o de maior gravidade penal. 
Qualquer que seja o campo existe uma infração a lei e um dever de conduta. No 
caso do crime e delito é aplicado a punição mais grave, para o ilícito civil será 
aplicada a reparação em espécie, ou seja, a indenização em dinheiro. 
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL. 
(RESPONSABILIDADE NEGOCIAL E EXTRANEGOCIAL) 
É necessário observar se o dano ocorreu através de uma obrigação preexistente, ou 
seja, contrato ou negócio jurídico unilateral, no entanto, com ou sem o negócio 
jurídico (contrato), pode ser obrigado a cumprir com a obrigação e ressarcir o dano. 
Venosa (2021, p.356) “quando em doutrina é feita referência singela á 
responsabilidade civil, devemos entender que se trata da responsabilidade 
extracontratual.” Na culpa contratual é analisada o inadimplemento e na 
extranegocial a conduta do agente, ambas se fundamentam-se na culpa. 
ATO ILÍCITO 
O ato é ilícito é a conduta realizada de forma contraria que está no ordenamento 
jurídico, e desta forma gera o dever de ressarcimento, tanto o ato ilícito civil e penal 
são reflexos o que muda é tipificação de cada um. 
CULPA 
A culpa é a falta de cuidado e observância do agente em relação ao seu dever, ou 
seja, um ato ilícito cometido, é analisado se tal conduta é aceitável ou normal pela 
sociedade ou se agiu com imprudência ou negligência. Mesmo que a culpa e o dolo 
não tenham nada em comum as consequências são idênticas. 
A culpa não é apenas uma conduta intencional (dolo), ela também se baseia nas 
condutas que da qual agiu de maneira negligente e imprudente, e para que ocorra a 
indenização é necessário avaliar se o agente agiu com culpa civil. 
Venosa (2021, p.365) “A indenização pecuniária não tem apenas cunho de 
reparação de prejuízo, mas também caráter punitivo ou sancionatório, pedagógico, 
preventivo e repressor.” 
A doutrina triparte a culpa em três parte sendo: grave, leve e levíssima. A culpa 
grave tem um grau elevado que se aproxima do dolo, quando o agente assume tal 
conduta tendo consciência de que um ato danoso pode ocorrer, na culpa leve 
quando ocorre uma infração por falta de atenção, a levíssima é quando diante de 
uma situação somente uma pessoa muito atenta ou perita poderia ter, mas em todas 
as situações obriga a indenizar, e a faixa dos valores respectivos será determinada 
pelo juiz. 
A culpa é baseada sob os princípios da negligência quando o a gente não age com 
atenção quando está realizando determinada conduta, imprudência quando o agente 
age sem pensar em tais consequências que podem prejudiciais e imperícia aquele 
que demonstra inabilidade para o seu ofício, profissão ou atividade. 
CULPA CONCORRENTE 
No direito penal, cada agente responde pessoalmente por seus atos danosos, a 
responsabilidade civil contratual ou extracontratual é diversa, constatando a culpa 
ocorre a indenização que será determinada pelo juiz o seu grau de intensidade. 
DANO E INDENIZAÇÃO. PERDA DE UMA CHANCE 
O dano é o prejuízo existente da qual poderá ser individual ou coletivo, só será 
indenizado o ato ilícito que causar um dano, e é necessário que o prejudicado 
comprove que sofreu o dano, ou perdeu a oportunidade de fazer algo por conta de 
um terceiro, tendo ciência que em caso de perde de chance não cabe reparação, 
mas um prêmio dependendo da situação ocorrida ou uma indenização da qual será 
estabelecida pelo legislador qual será mais adequada. 
A doutrina também fala a respeito do dano reflexo ou ricochete que é quando uma 
pessoa sofre as consequências do dano causada a outra por exemplo a morte e 
causa reflexo em seus dependentes. 
DANO MORAL OU EXTRAPATRIMONIAL 
O dano moral afeta a questão psíquica, moral e intelectual do agente, está dentro do 
direto das personalidades, este dano é o mais difícil de ser reparado e caberá ao juiz 
avaliar cada caso para que o dano seja reparado pois não afeta apenas a dor física 
ou psíquica, mas o dano moral também ligado com a Imagem, nome e a privacidade 
da pessoa. Avaliando a situação no país, a indenização não pode trazer prejuízo 
financeiro ao causador do dano, pois se não terá outro problema social, precisa ter 
um equilíbrio. 
O dano psicológico afeta o humor do agente podendo causar depressão entre outros 
bloqueios, e tem finalidade indenizatória. O dano moral gera um desconforto pois 
está relacionado a teoria dos valores é indenizável, cabe ao juiz com base em sua 
experiencia analisar o dano moral, a pessoa jurídica também é pacífica dessa 
modalidade de dano. 
NEXO CAUSAL 
O nexocausal é o vínculo entre a conduta do agente ao dano, é através dele que é 
identificado quem causou o dano, não haverá a indenização caso não seja 
identificado o nexo causal e quando o dano ocorrer por culpa da vítima. A teoria do 
nexo causal esta descrita no Código Penas artigo 13. 
EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE. ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL. 
CULPA DA VÍTIMA 
Venosa (2021, p.388) “São excludentes de responsabilidade, que impedem que se 
concretize o nexo causal, a culpa exclusiva da vítima, o fato de terceiro, o caso 
fortuito e a força maior e, no campo contratual, a cláusula de não indenizar.” 
No Código Civil, a culpa concorrente e a culpa exclusiva da vítima não tem relação 
de causa e efeito entre o prejuízo e o causador, porém por outro lado é mencionado 
que a culpa exclusiva anula o dever de indenizar, mas a concorrente mantém o seu 
dever. 
CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR 
A responsabilidade contratual e extracontratual, embora não sejam distintas agem 
como tal na responsabilidade civil. O caso fortuito é devido a força da natureza, já a 
força maior são os atos humanos inelutáveis. 
ESTADO DE NECESSIDADE. LEGITIMA DEFESA. EXERCICIO REGULAR DE 
DIREITO 
Não ocorrerá a indenização na hipótese em que o agente agir por legitima defesa, 
destruir ou remover algo que é perigoso onde pode causar lesão as pessoas. 
Embora a lei não concorde com o fato de a pessoas fazer justiça com suas próprias 
mãos, mas na situação em que o agente age para a própria proteção nesse quesito 
a mesma não considera como ato ilícito, não ocorrendo a indenização desde que 
atinja os próprios agressores, mas caso atinge terceiro ou bem deste será 
necessário indenizar. Na situação em que o agente agir com excesso diante do ato 
danoso para se proteger este também devera responsabilizar pelo excesso 
cometido. Quando o agente precisar agir para se proteger e isso acarretar um dano 
a outra pessoa, também não terá a indenização. 
FATO DE TERCEIRO 
 No fato de terceiro tem o objetivo de saber se o terceiro pode responder pelo dano 
causado pelo agente, porém para que isso ocorra é necessário identificar o terceiro, 
e muitas vezes a vítima não consegue fazer isso, ou o agente tiver como provar 
também, mas é bem difícil isso acontecer pois raramente esse terceiro é identificado. 
CLAUSULAS DE NÃO INDENIZAR. CLAUSULA LIMITATIVA DE 
RESPONSABILIDADE 
Na questão contratual, existe sempre um conceito de prevenção dos riscos e das 
consequências dos danos, a limitação ou exclusão da responsabilidade contratual. 
É, portanto, uma clausulas pela qual uma das partes contratante declara que não 
será responsável pelos danos decorrentes do contrato, seu atraso total ou parcial, e 
o objetivo desta disposição é alterar o sistema de risco do contrato. Distingue-se a 
cláusula de não indenizar que afasta a indenização da clausula de irresponsabilidade 
que exclui a responsabilidade, no entanto, somente a lei pode excluir a 
responsabilidade. Com a proibição nos contratos por adesão é protegida a parte 
mais vulnerável do negócio jurídico, porém caso conste em contrato de adesão 
deverá estar em destaque. 
IMPUTABILIDADE 
A imputabilidade é responsabilizar alguém por ter cometido algum ato ou fato, no 
entanto, caso a agente ao cometer o ato e não tenha discernimento de entender o 
caráter ilícito da conduta não poderá ser responsabilizado pelo mesmo, porém é 
necessário verificar o estado mental dele. Os menores de 16 anos também são 
considerados inimputáveis, da qual os pais são responsáveis, e os considerado 
loucos, da qual respondem os curadores. 
DIREITO E RESPONSABILIDADE DE SUCESSOR HEREDITÁRIO 
É possível que quando ocorrer a morte do autor do dano, os herdeiros possam se 
responsabilizar e dar sequência no processo, até mesmo quando se tratar por 
proteger a honra do morto. 
RESPONSABILIDADE DIRETA E INDIRETA 
No sistema jurídico existe casos de pessoas responder por um dano causado por 
terceiro, visto que o direito positivo buscar reparar os danos causados por outrem, 
porem dentro da justiça o objetivo é fazer com que o causador do ato seja 
responsável por sua reparação, mas se apenas o causador for responsável irá existir 
diversas situações da qual não será ressarcida e na legislação também é possível a 
responsabilidade objetiva sem culpa, o Código Civil estabelece que o curador, os 
pais, empregador pode ter responsabilidade objetiva, lembrando que na 
responsabilidade por outrem existe a responsabilidade do causador, sendo, o agente 
tenha agido com culpa ou no caso do incapaz e da pessoa responsável por 
indenizar. É possível que o terceiro solicite o ressarcimento do que foi pago, salvo se 
o causador for seu descendente ou relativamente incapaz. 
RESPONSABILIDADE DOS PAIS PELOS FILHOS MENORES 
Os pais serão responsáveis pelos atos ilícitos praticados pelos filhos de menor idade 
ou que estejam sob sua autoridade, visto que é de responsabilidade dos pais 
manterem seus filhos sobre vigilância, e será isento de indenização somente se 
houver provas de que não agiu com culpa. Caso haja divorcio apenas um do cônjuge 
irá se responsabilizar, portanto haverá uma análise judicial sobre o caso em questão, 
e na situação em que o menor for emancipado isso não tira a responsabilidade dos 
pais sobre o mesmo exceto se ele for casado. 
RESPONSABILIDADE DE TUTORES E CURADORES 
Tutor é o responsável pelo do menor cujos pais faleceram, ausentes ou perderam o 
poder familiar, o curador é responsável do incapaz maior, e a responsabilidade 
desses perante a lei é a mesma que os pais, é permitido a ação regressiva do tutor 
ou curador e cabe o juiz verificar os a falta dos fatos de forma objetiva, se no fato o 
ato danoso seria injusto e culpável a responsabilidade do tutor ou curador. 
RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR E ASSEMELHADO 
A responsabilidade do empregador é a subordinação hierárquica ou não, neste caso 
o terceiro poderá ser responsabilizado pois cabe ao mesmo fiscalizar as funções 
atribuídas ao preposto, o fato danoso deve ter ocorrido em decorrência da relação 
entre o terceiro e o causador do dano. Embora o empregado cometa um dano e ele 
esteja em seu dia de folga a responsabilidade poderá ser para o terceiro, onde será 
aplicada a teoria do risco. Cabe o empregador provar que o causador não é seu 
subordinado e que o dano não foi causado em exercício do trabalho ou em razão 
dele. O fornecedor e o fabricante respondem por seus empregados independente da 
culpa. 
RESPONSABILIDADE DOS DONOS DE HOTEIS E SIMILARES 
Não será culpa presumida quando a hospedagem é gratuita. No entanto, é obrigação 
dos hotéis indenizar o agente na situação de qualquer ato danoso, não sendo valido 
aqueles avisos que são colocados dizendo que não é responsabilidade do hotel caso 
ocorra danos e furtos, pois ele deve sim se responsabilizar. 
RESPONSABILIDADE DOS ESTABELECIMENTOS 
Da mesma forma que o hotel o estabelecimento de ensino também é responsável 
pelos atos dos educandos, enquanto o aluno estiver no estabelecimento de ensino, 
ocorrendo qualquer ato ilícito o mesmo é responsável, visto que é o dever o 
professor fazer a vigilância do aluno e não existe uma distinção entre a pré escola ou 
ensino superior, pois o estabelecimento deve propor segurança a todos. 
RESPONSABILIDADE PELO PROVEITO DO CRIME 
Se trata dos participantes livremente do crime, onde esta entendida a aplicação do 
princípio do enriquecimento sem causa, para o equilíbrio do patrimônio. 
RESPPNSABILIDADE DAS PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO PUBLICO E DE 
DIREITO PRIVADO. RESPONSABILIDADE DO ESTADO E DO MAGISTRADO. 
RESPONSABILIDADE PELA DEFICIENTE. PRETAÇÃO JURISDICIAL. 
RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGOSLATIVOS 
Em suma, a responsabilidade civil das pessoas coletivas públicas geralmente não 
depende da prova da culpa, apenas requer a realidade do dano, a autoria e o nexo 
de causalidade. 
Há fatos da esfera do Estado que escapam efetivamente á responsabilidade 
objetiva, como mostra a doutrina, entende-se, porém, que todo ato ilícito cometidopelo Estado, por meio de seus órgão e agentes, implica responsabilidade e 
reparação de danos, mesmo sob a responsabilidade subjetiva. 
No que se refere aos atos do judiciário, prevalece a visão tradicional de que o Estado 
não é responsável pelos atos de competências, sob a garantia autônoma de Direito, 
visão que cada vez mais tem sido superada por uma série de vozes, opondo-se a 
isso, postura doutrinária. Essas orientações se baseiam no fato que, se o executivo 
não pode interferir nas decisões judiciais, também não pode responder a tais atos. 
Quanto a responsabilidade do Estado em caso de erro judicial, a previsão expressa 
está contida na Constituição Federa, a indenização por erro judiciário, neste caso um 
dos crimes mais graves que o Estado pode cometer contra o cidadão, deve ser a 
mais ampla possível, abrangendo tanto os danos materiais como imateriais ou 
morais. Além disso, o sistema de compensação não pode interferir no sistema 
judiciário e no mérito das decisões e, consequentemente no poder de coisas 
julgadas. 
No entanto, os efeitos materiais das decisões judiciais ou suas omissões podem 
causar danos concretos, O Juiz pode responder civil e criminalmente em caso de 
fraude, se o Estado responde, como já se argumentou, o juiz deve responder 
também. 
AÇÃO REGRESSIVA 
O terceiro pode recorrer ao causador o ressarcimento do dano referente ao 
pagamento que ele fez, sendo a possibilidade da ação regressiva, porém na prática 
nem sempre esse ressarcimento é possível. 
RESPONSABILIDADE PELO FATO DAS COISAS E PELA GUARDA OU FATO DE 
ANIMAIS 
Coisas, objetos, máquinas, aparelhos e animal feroz estão ligadas a uma pessoa da 
qual é o possuidor, e que pode causar danos a um terceiro. É de responsabilidade 
do possuidor tomar todas as medidas preventivas para impedir que ocorra o dano, o 
guardião pela coisa é o responsável pela reparação do dano que foi ocasionado pela 
coisa ou animal, nem sempre o proprietário será o guarda. 
RESPONSABILODADE PELA RUÍNA DE EDIFICIO 
Nesta situação o dono do edifício ou construção é o responsável por reparar os 
danos do mesmo a vítima terá que provar o dano e a relação de causalidade, e o 
dono precisa comprovar que mantinha a manutenção dele, a indenização não ocorre 
se o caso for por força maior ou culpa exclusiva da vítima. 
RESPONSABILIDADE POR COISAS CAÍDAS DE EDIFICIOS 
Defini a responsabilidade pelo dano causado por coisa arremessada do interior de 
habitação para o exterior, e que ele representa perigo e quem responde pelo dano é 
o habitador, visto que ao habitar no condomínio o morador assume uma série de 
risco ao conviver com os condôminos, o condomínio poderá ingressar com ação 
regressiva contra o causador direto. Quando ocorre um dano e não é identificado 
quem foi o causador, todos são chamados para a reparação. 
RESPONSABILIDADE POR FATO OU GUARDA DE ANIMAIS 
Ocorrendo um acidente por conta de um animal feroz causando a perda da vida 
recebe o tratamento de presunção de culpa. Nos casos de acidentes causados por 
animais nas rodovias dificilmente acha o dono, nesta situação a jurisprudência 
admite, que o administrador ou concessionário da rodovia também responda por 
danos causados por animais na estrada pois é seu o dever de vigilância, ainda que 
sob o império da responsabilidade objetiva. 
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL: RESPONSABILIDADE MÉDICA E 
ODONTOLÓGICA O MÉDICO E AS RELAÇÕES DE CONSUMO 
Na antiguidade era o sacerdote e o mago que fazia o papel do médico e demorou 
muito para que existisse a figura efetiva do médico, antigamente a medicina era 
totalmente diferente da nossa atualidade, hoje os atendimentos são feitos em 
clínicas, hospitais. Cabe ao médico dar segurança ao seu paciente proporcionando 
seus conhecimentos para que haja cura, mesmo que não possa garantir a cura.O 
dever do médico é manter o paciente e sua família informada sobre o seu estado, 
quais os procedimentos que serão realizados, se tem riscos e a possibilidade de 
cura, e o médico também precisa obter o consentimento do paciente ou seu 
representante legal para poder realizar qualquer tipo de procedimento, salvo em 
caso de risco de morte. O tratamento médico é, atualmente, alcançado pelos 
princípios do Código de Defesa do Consumidor, embora a relação médica não possa 
ser caracterizada como relação tipicamente de consumo. O paciente coloca-se na 
posição de consumidor, e o médico como fornecedor. 
De acordo com o a evolução tecnológica houve um distanciamento humano, onde as 
pessoas passaram a ser objeto de uma ciência e não mais personagem de uma arte. 
A responsabilidade médica deve ser entendida não apenas como responsabilidade 
individual do profissional, mas também como responsabilidade de hospitais 
residências médicas, clínicas e associações de ajuda, enfim, aquele que 
desempenham o papel do profissional, muitas vezes procura fugir de suas 
obrigações sociais, morais e legais. Cabe ao juiz, sentindo o pulso da sociedade, 
situar corretamente a responsabilidade médica. 
NATUREZA DA RESPONSABILIDADE MÉDICA 
O Código Civil de 1916 colocou a responsabilidade dos médicos, cirurgiões, 
farmacêuticos, parteiras e dentistas dentro dos atos ilícitos, nos limites do art. 1.545, 
onde deverão responder pelos danos causados sempre que houver imprudência e 
negligência resultando em morte ou ferimento ou inabilitá-lo para o trabalho. 
José de Aguiar Dias (1979, v. 1:282) entende que a 
responsabilidade médica é de natureza contratual, sem 
qualquer dúvida, mas acaba por concluir que as duas ações, 
contratual e extracontratual, conduzem ao mesmo resultado; a 
confusão entre as duas espécies do mesmo gênero é falta 
meramente venial. Ora, se é escusável a 
confusão entre as duas modalidades de responsabilidade no 
tocante aos médicos, venial como diz o autor, é porque tal 
responsabilidade situa-se ora num campo ora noutro Venosa 
(2021, p.461). 
Venosa (2021, p.461) “A relação médico-paciente pode até mesmo ser de natureza 
estatutária, se o profissional for de hospital pertencente ao Estado. O médico que 
atua como funcionário público, causando danos a paciente, deve ser absorvido pela 
responsabilidade objetiva.” Os médicos também agem como empregados ou 
prepostos de hospitais, clínicas, casas de saúde e associações ou nos chamados 
convênios. Podemos concluir que para atividade médica existe ou pode existir 
responsabilidade contratual o dever do médico de prestar assistência nos casos 
urgentes e graves pois faz parte da ética profissional. 
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE 
Embora o médico não possa assegurar a cura, o mesmo deve utilizar de todas as 
técnicas para alcançá-la, e é de responsabilidade do paciente passar todas 
informações ao medico e vice e versa, na situação em que o paciente não puder ter 
informação sobre a gravidade do seu estado é preciso manter informado os parentes 
ou pessoas próximas, caso seja necessário efetuar algum procedimento médico será 
necessário que faça a confirmação, e no caso inexistente é utilizada a natureza 
extracontratual. A omissão na informação correta ao paciente pode acarretar 
responsabilidade profissional. Na situação em que o paciente precisar de doação de 
sangue, mas por uma questão religiosa ele recursar é necessário solicitar uma 
autorização judicial, mas caso ele esteja correndo risco de vida a transfusão poderá 
ser feita imediatamente. Não há valor maior do que a preservação da vida humana, 
não importando credo, crença ou religião. 
ÉTICA MÉDICA E RESPONSABILIDADE. SIGILO PROFISSIONAL 
O código de ética é um presente do mundo cultural. A lei é o código moral, ética 
significa conduta, a ética, como ciência preocupa-se com a moralidade e os 
costumes, com o mundo das coisas que deveriam existir. Portanto, existe a ética 
profissional que é um conjunto de princípios que regem os comportamentos 
funcionais de uma determinada profissão e ética médica. A ética agrupa conceitos 
de um determinado grupo social. 
Código de Ética deve consistir em regras de conduta que 
traduzam a aspiraçãoda sociedade sobre o que seja um médico, 
um engenheiro, um advogado, um economista consciencioso, 
capaz de exercer a profissão com dignidade e com respeito aos 
colegas e às pessoas que atende. 
A medicina é uma profissão que tem por fim cuidar da saúde do 
homem, sem preocupações de ordem religiosa, racial, política ou 
social, e colaborar para a prevenção da doença, o 
aperfeiçoamento da espécie, a melhoria dos padrões de saúde 
e de vida da coletividade. Venosa (2021, p.467). 
Assim, de acordo com o art. 229 do Código Civil em vigor, 
ninguém pode ser obrigado a depor sobre fatos a cujo respeito, 
por estado ou profissão, deva guardar segredo. O art. 207 do 
Código de Processo Penal estatui que são proibidas de depor as 
pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão 
devam guardar segredo, salvo se desobrigadas pela parte 
interessada e se desejarem prestar seu testemunho. Venosa 
(2021, p.468) 
O médico pode quebrar o sigilo quando for proteger o doente e a sociedade. 
CIRURGIA PLÁSTICA COMO OBRIGAÇÃO DE RESULTADO 
A cirurgia plástica avançou muito, principalmente em nosso país, e as intervenções 
cirúrgicas com finalidades estéticas são lícitas, é necessário que o médico saiba 
orientar o paciente em relação a realização ou não da cirurgia plástica e o mesmo 
deve garantir o resultado esperado. Nesta situação a cirurgia trata uma relação 
contratual onde terá uma obrigação de resultado, embora pode ocorrer cirurgias 
estéticas que não podem ser consideradas obrigações de resultados, pois o médico 
é obrigado a realizar tal procedimento afim de evitar danos irreversíveis diante de 
uma situação inadequada de trabalho, caberá o juiz avaliar o caso concreto. No caso 
do dano estético está ligado ao dano moral pois atinge a personalidade do agente é 
necessário a indenização. 
RESPONSABILIDADE PELA ANESTESIA 
É de suma importância mencionar sobre a anestesia pois as cirurgias só ocorrem 
mediante ela, a anestesia deve ter o mesmo cuidado que a cirurgia pois podem 
ocorrer danos irreparáveis, sendo assim é preciso tomar todas as medidas de 
proteção e precisa ter o consentimento do paciente e até mesmo testemunhas e 
avaliar as condições previas do agente. 
Existem três etapas nítidas na atividade do anestesista: uma 
fase preparatória, na qual o profissional avalia o estado do 
paciente e escolhe a melhor técnica, tendo em vista seu estado; 
o trabalho durante a ministração das drogas e o monitoramento 
do paciente durante a cirurgia e, no final, a atividade de recobro 
do paciente à consciência e o monitoramento dos efeitos da 
anestesia após o procedimento cirúrgico. A responsabilidade do 
anestesista persiste nessas três fases. Venosa (2021, p.471). 
Em situação de urgência não é possível que tenha o consentimento do paciente, e 
consequentemente, o trabalho inicial do profissional será prejudicada. 
Ao ser autorizada a cirurgia o paciente já é direcionado ao anestesista e dependo de 
qual for a cirurgia a anestesia apresenta maior perigo do que a cirurgia em si, por este 
motivo é necessário realizar todas as avalições do paciente para que no ato da cirurgia 
não ocorra nenhum dano. 
A avaliação antecedente à anestesia tem papel primordial na análise de eventual 
conduta culposa do profissional. A anestesia trata-se de uma atividade meio porque 
ela interage na cirurgia, e o anestesista precisa monitorar o paciente durante todo 
período, até a volta completa de sua consciência. 
Todos os que participaram da operação devem responder solidariamente, mormente 
dentro dos princípios do Código de Defesa do Consumidor. 
COMPLEXIDADE DA PROVA DA CULPA. A RESPONSABILIDADE MÉDICA NO 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
De qualquer modo, a prova da culpa médica ficará sujeita às intempéries da prova 
no processo. As vezes a acusação aponta para o chefe da equipe médica, para o 
profissional que fez o diagnóstico errado, mantém-se, em princípio, a 
responsabilidade individual do profissional liberal. 
O caso concreto deve fazer concluir pela existência do nexo 
causal dentro da teoria clássica de nosso sistema de 
responsabilidade. Como regra geral no sistema do consumidor, 
cabe a este, ou a seu representante, como destinatário do 
serviço médico, produzir a prova do defeito, o dano e o nexo de 
causalidade. Todavia, o juiz poderá determinar a inversão do 
ônus da prova, se verossímeis as alegações do consumidor ou 
quando este for hipossuficiente. Analisará então o juiz uma 
dessas condições: verossimilhança das alegações ou 
hipossuficiência. A prova, por parte do autor dessas demandas, 
pode ser mesmo um fardo intransponível, daí a posição legal. 
Venosa (2021, p.474). 
O médico deve saber utilizar a melhor técnica e recomendar os melhores 
tratamentos. 
RESPONSABILIDADE DO ODONTÓLOGO 
Odontologia não é considerada como parte da Medicina, a responsabilidade do 
dentista é contratual por sua própria natureza, porém pode eventualmente ser não 
contratual. Tem como obrigação o resultado ao paciente, na situação em que ele não 
atingir o resultado deverá responder por danos causado ao paciente. Os dentistas 
apenas podem realizar cirurgias passíveis de serem realizadas com anestesia local. 
sempre que houver responsabilidade desses profissionais, responderão eles, quanto 
muito, solidariamente com o profissional principal. 
RESPONSABILIDADE CIVIL NOS TRANSPORTES 
Na antiguidade o homem e as coisas eram transportados traves dos animais, mas 
hoje com a revolução industrial é transportado pela terra, mar e ar. Nesta fase de 
civilização os transportes e as telecomunicações se conectam. O contrato de 
transporte contém obrigação típica e emblemática de resultado, e a obrigação do 
transportador é levar a coisa, ou pessoa, até o destino programado, com relação ao 
passageiro e ao frete, a responsabilidade será contratual. Com relação a terceiros, a 
responsabilidade do transportador é aquiliana. O Código de Defesa do Consumidor 
estabeleceu a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços, com isso 
absorvendo toda a relação passageiro-transportador, com temperamentos a que nos 
referiremos a seguir seja atingido por um meio de transporte, terá legitimidade de 
postular indenização. 
RESPONSABILIDADE DAS ESTRADAS DE FERRO. EXTENSÃO DE 
APLICAÇÃO DESSA LEI. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR NOS 
TRANSPORTES 
O Decreto nº 2.681, de 7 de dezembro de 1912, anterior portanto ao Código Civil de 
1916, adotou a mesma linha do Código mercantil, estatuindo o que denominou “culpa 
presumida”. Dispôs no art. 1º: 
“As estradas de ferro serão responsáveis pela perda total ou parcial, furto ou avaria 
das mercadorias que receberem para transportar. Será sempre presumida a culpa e 
contra esta presunção só se admitirá se tiver provas. 
Foi estabelecida a responsabilidade objetiva e contratual da estrada tanto para as 
mercadorias quanto para os passageiros, a culpa será excluída se for 
responsabilidade da vítima ou força maior. O transporte tem como obrigação levar a 
bagagem do passageio ao destino respondendo pelos danos que vierem a ocorrer. 
Com relação aos terceiros, proprietários marginais, a responsabilidade é 
extracontratual, respondendo a estrada pelos atos de seus empregados e prepostos. 
A lei das estradas de ferro adotou a teoria objetiva ou teoria do risco. Na lei não se 
admite que o transportado prove que não agiu com culpa, porém admite prova de 
ocorrência referente a culpa exclusiva da vítima. Embora tenha sido feita referência à 
culpa presumida no diploma legal, a doutrina de há muito sempre se posicionou que 
se trata de admissão de responsabilidade do transportador independente de culpa. O 
passageiro que viaja com vagão assume o risco pelo acidente, no entanto quando 
ele estiver na estação ferroviária ela tem suas obrigações, cabe a ferrovia zelar pela 
segurança dos passageiros, se ocorrer um acidente por conta de o vagão estar em 
condições defeituosa, se admita culpa concorrente da vítima, nesse sentido se 
posicionam julgados do Superior Tribunal de Justiça.Observa Sérgio Cavalieri Filho (2000:221), quanto ao fato doloso de terceiro: 
“a melhor doutrina caracteriza o fato doloso de terceiro, vale 
dizer, o fato exclusivo de terceiros, como fortuito externo, com o 
que estamos de pleno acordo. Ele exclui o próprio nexo casual, 
equiparável à força maior, e, por via de consequência, exonera 
de responsabilidade o transportador. O transporte, em casos tais 
é a causa do evento; é apenas a sua ocasião. E mais: após a 
vigência do Código do Consumidor, esse entendimento passou 
a ter base legal, porquanto, entre as causas exonerativas da 
responsabilidade do prestador de serviços, o 3º, II do art. 14 
daquele Código inclui o fato exclusivo de terceiro” (2000:221). 
Venosa (2021, p. 491). 
 
O Código de Defesa do Consumidor veio alargar a responsabilidade objetiva do 
transportador, aplicando-se ao transporte coletivo de passageiros e ao transporte de 
carga por envolver relação de consumo. 
TRANSPORTE GRATUITO 
Coisas e pessoas podem ser transportadas gratuitamente, e ocorrendo um acidente 
leve da qual não foi culpa do agente não será realizado a indenização, agora caso 
ele age com negligência ele terá que ser responsabilizado pelo dano causado, seja 
em relação a coisa ou pessoa. 
Venosa (2021, p. 494). “No transporte desinteressado, de simples cortesia, o 
transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado 
quando incorrer em dolo ou culpa grave”. 
Desse modo, a responsabilidade extracontratual é a que melhor se amolda ao 
transporte gratuito. 
O transporte gratuito é aquele mencionado no Código Civil em vigor, por amizade ou 
cortesia. 
Não se confundem, por outro lado, transporte gratuito e 
transporte clandestino. No transporte clandestino, o 
transportador não tem conhecimento de que está levando 
alguém ou alguma mercadoria. Lembre-se da hipótese de 
clandestinos que viajam em compartimento de carga não 
pressurizado de aeronaves e vêm a falecer, assim como 
clandestinos em trens, ônibus, caminhões e navios. Provada a 
clandestinidade, não há responsabilidade do transportador nem 
do prisma da responsabilidade contratual, nem do da 
responsabilidade aquiliana. Venosa (2021, p. 496). 
TRANSPORTE AÉREO E APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
Uma das questões mais complexas enfrentadas é a harmonização da aplicação dos 
princípios do Código de Defesa do Consumidor no sistema jurídico abrangente do 
transporte aero. Para o transporte aéreo internacional, o documento legal é a 
Convenção de Varsóvia ratificada por mais de 100 países, aceita de acordo com 
nossos regulamentos pelo Decreto nº 20.704, de 24-11-31. 
O transporte aéreo nacional é regulado pelo Código Brasileiro de Aeronáutica, Lei nº 
7.565/86, que substituiu e revogou o Código Brasileiro do Ar. Transporte 
internacional é quando pode ocorrer interrupção de transporte, agora o nacional não. 
Com relação ao passageiro, a convenção internacional, no art. 
17, dispõe que o transportador responde 
“pelo dano ocasionado por morte, ferimento ou qualquer outra 
lesão corpórea sofrida pelo viajante, desde que o acidente, que 
causou o dano, haja ocorrido a bordo da aeronave, ou no curso 
de quaisquer operações de embarque ou desembarque”. 
O art. 18 responsabiliza o transportador pela destruição, perda 
ou avaria de bagagem despachada, ou mercadorias, desde que 
o fato tenha ocorrido durante o transporte aéreo. A 
responsabilidade da empresa aérea é, 
contudo, de índole subjetiva, pois o art. 20 estipula que não será 
responsável 
“se provar que tomou, e tomaram seus prepostos, todas as 
medidas necessárias para que se não 
produzisse o dano, ou que lhes não foi possível tomá-las”. 
Venosa (2021, p. 497). 
Venosa (2021, p. 498). “O transportador aéreo poderá se eximir da indenização se 
provar que tomou todas as providências necessárias para evitar o dano ou mediante 
culpa exclusiva da vítima conforme decorre dos arts. 20 e 21 da Convenção de 
Varsóvia”. 
Se aplicável o Código de Defesa do Consumidor pelo defeito do serviço, a 
indenização será integral, não admitindo limitação. Os julgados forçam para que o 
transportador reconheça a culpa grave para que seja realizado a indenização total ou 
parcial. 
Não há dúvidas de que a Convenção e o Código Aeronáutico permanecem em vigor 
em todas as questões relativas ao transporte aéreo internacional e nacional, sua 
estrutura, organização, serviços aéreos, segurança, aeronaves etc. A questão é de 
fato se a indenização aplica ao consumidor. E, a esse respeito a conclusão é 
bastante negativa. os danos indenizados tarifadamente se referem a danos 
materiais, os danos morais não se submetem ao tarifamento. 
Supremo Tribunal Federal: 
“O fato de a Convenção de Varsóvia revelar, como regra, a 
indenização tarifada por danos materiais não exclui a relativa aos 
danos morais. Configurados esses pelo sentimento de 
desconforto, de constrangimento, aborrecimento e humilhação 
decorrentes de extravio de mala, cumpre observar a carta 
Política da República – incisos V e X do art. 52 no que se 
sobrepõe a tratados e convenções ratificados pelo Brasil” (STF, 
2ª T., Rel. Marco Aurélio, RT 740/205). Venosa (2021, p. 502). 
Assim, tendo em vista o espírito do Código de Defesa do Consumidor, é 
perfeitamente defensável que o passageiro das empresas aéreas seja protegido por 
esse estatuto. há um conflito de normas no que diz respeito à indenização, embora 
existam coincidências em muitos pontos desses diplomas. 
A responsabilidade da Convenção de Varsóvia ainda é subjetiva, o que vem em total 
detrimento dos princípios do Código de Defesa do Consumidor, não protegendo a 
vulnerabilidade que este almeja. 
De qualquer modo, persiste a polêmica, e os tribunais deverão, por fim, estabelecer 
a corrente majoritária, se não intervier antes o legislador. 
SENTENÇA CRIMINAL E RESPONSABILIDADE CIVIL INTRODUÇÃO 
Assassinatos, lesões corporais, crimes automobilísticos, crime do colarinho branco 
muitas vezes trazem repercussões simultâneas tanto para o direito do Estado de 
punir quanto para o interesse da vítima na reparação. A questão poderia ser vista 
como dois círculos concêntricos, sendo a área do processo penal um círculo menor, 
porque a culpa criminal é julgada mais limitada e mais rígida quando a natureza da 
punição e porque, pelo crime, a punição não pode ir além do autor da conduta. 
Os casos de indenização são mais abrangentes porque a avaliação da culpa é mais 
aberta, aceitando-se culpas graves, ligeiras e muito ligeiras, todas as quais 
geralmente requerem indenização e como já examinamos existem terceiros que 
podem responder de forma justa ao comportamento do outro. 
A questão importante é analisar a repercussão das decisões do juízo criminal no 
juízo cível, o que foi decidido no âmbito civil não deve repercutir na esfera criminal. 
Embora possam ocorrer algumas situações pontuais. 
Nossa legislação adota a independência das jurisdições, com ação civil autônoma e 
ação penal, com alguma medida mitigadora, pois há relação entre as duas, em 
determinadas situações. A divisão em justiça civil e criminal é para facilitar a 
organização, para tornar mais simples a sua aplicação. De acordo com esse 
entendimento, em suma, como juízes de processos cíveis e criminais, é o mesmo 
fato que o ordenamento jurídico deve buscar decisões uniformes e que não se 
contradigam. 
Em tese, nada impediria, no mesmo processo, o juiz de avaliar a culpabilidade do 
réu, de o condenar às penas privativas da liberdade e outras admitidas pelo sistema 
penal e, ao mesmo tempo, estabelecer o valor da indenização por danos. Um único 
processo, para esses dois fins, enfrentaria obstáculos difíceis de superar, 
principalmente no que se refere aos prazos de prova e prescrição em direito penal, 
que são curtos em relação aos prazos das ações cíveis. No entanto, a possibilidade 
de ressarcimento dos danos no campo penal é limitada, uma vez que o Código de 
Processo Penal prevê a possibilidade de a vítima ter os objetos apreendidosem 
juízo criminal, bem como durante a fase de investigação. 
EXECUÇÃO DA SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA 
Teoricamente, no mesmo caso, nada impediria o juiz de avaliar a culpa do réu, 
condenando a penas de prisão e outras penas admitidas pelo sistema penal e 
determinando o valor da indenização. Um único processo para ambas as 
extremidades encontrará obstáculos intransponíveis, especialmente em termos de 
provas e prescrição, que são mais curtas do que os processos penais. Uma questão 
que o legislador não aborda diz respeito à execução de pena penal contra o 
empregador ou gestor, e outras hipóteses de responsabilidade pelo fenômeno do 
terceiro já examinadas. Portanto, devemos lembrar que ninguém pode ser 
condenado sem um processo de defesa plena se os argumentos processuais sobre 
os efeitos da sentença e da pena final não forem suficientes. 
O art. 935 do Código de Processo Civil, que regulamenta literalmente que a decisão 
transitará para as partes entre as quais foi proferida e que não beneficiará ou 
prejudicará terceiros. No entanto, a vítima não precisa esperar o resultado do 
processo criminal para iniciar a ação civil, e pode nem mesmo haver um processo 
criminal. No entanto, o parágrafo 64 do CPP estabelece a faculdade do juiz de 
suspender o processo se o conhecimento do litígio depender necessariamente da 
verificação da existência de ato ilícito. 265, IV, da sentença de mérito do Código de 
Processo” Concluímos, portanto, que a suspensão do processo cível neste caso é 
vista como uma exceção e não como uma regra geral. A condenação criminal 
continua com seus efeitos jurídicos. No entanto, os efeitos secundários de uma 
condenação criminal irrevogável permanecem no código penal vigente, ainda que 
haja prescrição retroativa. Os criminosos trouxeram uma inovação importante para o 
sistema penal no encaminhamento, que trata diretamente dessa questão. Assim, a 
ação proposta na Justiça Criminal encerrará a ação Criminal e estabelecerá a 
responsabilidade civil a ser reivindicada na Justiça Cível. Este mesmo diploma, no 
entanto, extingue a ação penal ao permitir ao réu aceitar incondicionalmente a lei 
restritiva ou a multa proposta pelo Ministério Público na ação penal aberta. Neste 
caso, existe, de facto, um retrocesso em termos de responsabilidade jurídica, pois, 
em qualquer caso, o autor do crime admite a sua culpa no tribunal penal. Qualquer 
que seja a natureza do processo penal público ou privado, esta ação terá esse efeito 
e fará com que a vítima peça uma indemnização. Em nossa opinião, esta atitude do 
arguido deve ser avaliada cuidadosamente pelo juiz à luz das provas durante o 
processo de indemnização, a fim de se decidir se o culpado é o culpado. Na prática, 
podemos até dizer que com a inversão do ônus da prova, a ação penal cível pode 
levar à presunção de culpa do réu na justiça civil. Código de Processo Penal. Sendo 
os danos civis uma consequência direta do dano, a pena está dispensada de 
mencionar a existência do dano. 
SENTENÇA PENAL ABSOLUTÓRIA 
Quanto às consequências de uma condenação criminal em juízo cível, deve-se ter 
em mente que, em suma, um fato que não foi categoricamente confirmado ou 
negado em juízo criminal não foi avaliado e, portanto, pode ser reexaminado em à 
zona de desobstrução. Segundo jurisprudência constante, a falta de prova da 
condenação criminal não impede a reavaliação da culpa e a sua prova para efeitos 
de responsabilidade civil. Se esta não for uma conclusão vinculativa, a paternidade 
pode ser revista por um juiz civil. Em suma, as absolvições, seja por falta de prova, 
seja por falta de culpa, não impedem a ação de indenização. O tribunal correcional 
afirma que uma sentença reconhecendo que um ato foi cometido em legítima defesa, 
em estado de emergência, no estrito cumprimento de uma obrigação legal ou no 
bom exercício da lei é considerada um obstáculo a uma sentença civil. A razão 
fundamental para esta disposição é que essas exclusões são da mesma natureza 
em matéria civil e penal. No entanto, o fato de constituir um obstáculo à decisão em 
matéria civil nada tem a ver com a obrigação de indenizar em caso de estado de 
emergência. Há uma sentença esclarecedora que acolheu a oposição de uma pena 
penal que reconheceu a legítima defesa nos pedidos do executivo. “A absolvição de 
uma ação de legítima defesa exclui a actio civilis ex delito, que em direito civil 
transmite coisa julgada. 
RESPONSABILIDADE POR DANO AMBIENTAL 
Nesse sentido, o direito, junto com outras ciências sociais, desempenha um papel 
importante. Nesse sentido, Edis Milaré afirmou em seu excelente trabalho sobre 
Direito Ambiental que "viver de forma sustentável significa aceitar a obrigação de 
buscar a harmonia com os outros e com a natureza no contexto do direito." A 
natureza e a lei da positividade. Como resultado, a Terra está cada vez mais sujeita 
a fenômenos atmosféricos e naturais cada vez mais caóticos, que afetam vagamente 
qualquer ponto do planeta. Meio ambiente e ecologia são termos comuns hoje em 
dia. Ecologia é uma ciência que estuda as relações dos organismos entre si e em 
seu ambiente. O ambiente é uma expressão repetitiva. O termo meio ambiente já 
representa o meio ambiente. É um ambiente natural no qual os organismos 
prosperam, principalmente solo, relevo, recursos hídricos, ar e clima. Cada país, 
cada nação e cada cidadão devem supervisionar esses princípios para fazer um 
progresso responsável. Nessa perspectiva, o combate ao desmatamento e a 
conservação dos recursos hídricos, cada vez mais valiosos, é enorme. A 
Constituição Brasileira de 1988 deu um grande passo nessa área ao dedicar o 
Capítulo VI do Título VIII ao meio ambiente, integrando-o aos arts 225. “Todos têm 
direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bom para o uso diário do 
homem e necessário para uma qualidade de vida saudável, que obriga os governos 
e a sociedade a proteger e preservar. “Preservá-lo para as gerações presentes e 
futuras”. Como as atividades do consumidor estão vinculadas à proteção ambiental, 
O desenvolvimento de tecnologia sempre traz altos investimentos para obter lucros 
sem um parceiro comparável que possa proteger o meio ambiente. 
DANO AMBIENTAL 
Em princípio, qualquer comportamento que ultrapasse os limites razoáveis e cause 
danos ao meio ambiente e instabilidade ecológica deve ser considerado um abuso. 
Este conceito de abuso não é individualista, como afirmam os princípios do Código 
Civil, mas a coletividade deve ser levada em consideração. Em princípio, qualquer 
atitude individual que cause dano real ou potencial à sociedade deve ser suprimida. 
Neste contexto, o tamanho da anomalia também deve ser levado em consideração 
ao examinar os danos ambientais. 
a anormalidade se verifica quando há uma modificação das 
propriedades físicas e químicas dos elementos naturais de tal 
grandeza que estes percam, parcial ou totalmente, sua 
propriedade de uso. Esta anormalidade está intimamente ligada 
à gravidade do dano, ou seja, uma decorre da outra, já que o 
prejuízo verificado deve ser grave e, por ser grave, é anormal. 
Venosa (2021, p. 524). 
Há uma redução significativa deste conceito no caso de dano à natureza, o agressor 
responsabilizado só tem potencial para causar dano, caso em que é feita a presunção. 
Isto deve estar, antes de tudo, de acordo com a inspiração romana para a igualdade, 
onde quem tira proveito de uma atividade deve responder ao risco ou desvantagem 
desta e evitar a chamada socialização do dano. Os juízes ambientais devem ser vistos 
de uma nova perspectiva. Em primeiro lugar, atuará a este nível um advogado, que 
não deve ser apenas um defensor dos interesses individuais, mas também um 
planejador social. Nesse sentido, os principais problemas e soluções que afetam 
nosso planeta e nossas vidas dependem da destruição da camada de ozônio, 
desertificação, desmatamento, poluição da água e do ar, tecnologia e legislação, e as 
ciências que devem trabalhar juntas. Direito. Nesse marco dodireito ambiental, 
surgem os chamados direitos comuns, porque a proteção não pertence ao detentor 
dos direitos exclusivos ou aos interesses individuais, mas se estende à comunidade e 
a cada um de seus membros. O direito ambiental não é, portanto, regido pela distinção 
entre direito público e direito privado. Este é o terceiro tipo do que a doutrina chama 
de direito social, bem como de direitos de proteção ao consumidor. 
REPARAÇÃO DO DANO AMBIENTAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA 
A decisão de incluir um capítulo sobre proteção ambiental na Constituição de 1988 
foi de profundo significado. Por outro lado, ainda no que se refere ao aspecto 
constitucional, a garantia do direito de aquisição deve ser vista com ressalvas em 
termos de proteção ambiental. 
A Lei nº 7.347 / 85 dispõe sobre a instauração de ações civis públicas de 
responsabilidade por danos ao meio ambiente, aos consumidores, bens e direitos 
com valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Da mesma forma, o 
Ministério Público pode celebrar acordos extrajudiciais em matéria ambiental, com 
mandato de título executivo, conhecidos como empreendimento regulatórios. Nesse 
sistema, a sociedade tem considerado o Ministério Público como um interlocutor em 
matéria de direito ambiental e do consumidor. A Lei nº 7.347 / 85 permite que as 
associações com fins ambientais também atuem na Justiça, além de outras 
associações jurídicas listadas no setor das artes. 
Os atos e atividades considerados prejudiciais ao meio ambiente sujeitarão o 
infrator, naturais ou legais, a sanções penais e administrativas, independentemente 
da obrigação de reparar os danos causados. Portanto, basta ao autor demonstrar o 
dano e a relação de causa e efeito descritos pelo comportamento e pelas atividades 
do agente. Parece, portanto, que em termos de danos ambientais, a teoria da 
responsabilidade objetiva foi adotada em termos da modalidade de risco integrado. A 
responsabilidade baseia-se unicamente no fato de haver uma atividade da qual 
ocorreu o prejuízo. 
RESPONSABILIDADE POR ATIVIDADES NUCLEARES 
Na mesma luz examinada, devem ser vistos os danos causados pela energia 
nuclear, que também está diretamente relacionada ao meio ambiente. Por sua 
própria natureza, as atividades nucleares criam seus próprios princípios de 
responsabilidade civil, que se distanciam dos modelos tradicionais. Fundamentada 
no princípio da canalização ou concentração, a responsabilidade civil incide sobre 
uma única pessoa, os exploradores das atividades nucleares, que serão obrigados a 
indemnizar independentemente da culpa e mesmo da causa. O enorme e assustador 
perigo que a energia nuclear representa para a humanidade não poderia limitar a 
responsabilidade civil aos parâmetros tradicionais. Conclui-se que existe uma 
limitação de responsabilidade que não está abrangida pelos princípios gerais da 
responsabilidade civil. 
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
Podemos dizer que existem direitos antes e depois dos direitos do consumidor no 
ordenamento jurídico brasileiro. A Lei de Defesa do Consumidor foi promulgada com 
a arte em mente. A abrangência dessa lei pode ser percebida no conceito de 
consumidor e fornecedor. Portanto, o Código do Consumidor deve ser entendido 
como uma superestrutura legal, cujo direito pertence aos chamados direitos sociais. 
Até a promulgação dessa lei, não existiam medidas eficazes de proteção ao 
consumidor. A escolha da lei brasileira de incluir pessoas jurídicas no contexto dos 
direitos do consumidor é criativa. A posição do Código de Defesa do Consumidor é 
louvável, pois as pessoas jurídicas são colocadas na mesma posição e no mesmo 
contexto de vulnerabilidade em relação aos consumidores. Desta forma, também é 
considerado consumidor o legítimo indivíduo que adquire produtos para uso próprio, 
sem integrá-los em outro ou revendê-los. A vulnerabilidade do consumidor está 
indelevelmente ligada ao contexto das relações de consumo, tal como definidas por 
lei, e é independente do contexto económico ou cultural da pessoa em causa. Obter 
prova em contrário. Em matéria de violação dos direitos do consumidor, havendo 
mais de um autor, todos respondem solidariamente pelos danos previstos no código 
do consumidor. “Embora o Código de Defesa do Consumidor já esteja em vigor há 
muitos anos,” Tal escolha de política legislativa levanta preocupações por não dar 
lugar a várias isenções, o que pode excluir atividades do grande movimento de 
consumidores, como as empresas envolvidas, nomeadamente os bancos e 
seguradoras, públicas ou privadas. Lei de Proteção ao Consumidor, emergiu como 
uma verdadeira "ditadura do consumidor". 
RELAÇÃO DE CONSUMO E RESPONSABILIDADE CIVIL 
Além disso, é necessário criar uma ferramenta processual para proteger todo um 
grupo de consumidores que são prejudicados ou prejudicados por um determinado 
produto ou serviço, ao analisar a legislação dos EUA, a responsabilidade do produto 
varia desde os simples efeitos de uma compra até a responsabilidade total do 
fabricante em décadas. Assim, o fornecedor só fica exonerado da responsabilidade 
pela indenização quando o produto ou serviço se revelar, em suma, isento de 
causalidade ou culpa única da vítima. Sempre que um produto é colocado no 
mercado, existe o risco de o fabricante ter de considerar o risco comercial. Muitas 
pessoas entendem que, na prática, é muito difícil perceber a culpa simultânea da 
vítima, devido à obrigação de segurança inerente a qualquer produto colocado no 
mercado. Não há manifestação de erro do consumidor, desde que seja comprovado 
que não há defeitos no produto ou serviço, nenhum dano ocorrerá, o juiz deve, 
portanto, avaliar em um caso particular se o dano ocorreu, mesmo em parte, como 
resultado de um defeito ou defeito do produto ou serviço. Para um produto ou serviço 
apresentar defeito, ele deve ser verificado no momento da entrega. A proteção é 
exercida para os chamados transeuntes, ou seja, seres humanos, físicos ou morais, 
que, mesmo que não estejam diretamente envolvidos na relação de consumo, 
tenham afetado sua saúde ou segurança, em razão do produto ou serviço, por 
exemplo, se um dispositivo eletrônico ou motor explodir devido a um defeito no 
produto e afetar não só o consumidor que o comprou, mas também seus familiares, 
todos têm o direito de reclamar uma indenização pelo dano. 
REPARAÇÃO DE DANOS 
Não deve ser confundido com responsabilidade do produto ou serviço. Os itens 
referem-se a defeitos do produto por defeitos de qualidade ou quantidade, 
irregularidades ou inadequação para seus respectivos usos. Na prática o consumidor 
sempre poderá escolher imediatamente a ação de reparo. A lei também permite ao 
consumidor utilizar imediatamente uma alternativa de três ações para reparar danos 
pela extensão da falha, a substituição de peças defeituosas comprometa a qualidade 
do produto. Qualidade ou características do produto, o que reduz o valor do produto 
ou, se for um produto essencial. Em princípio, o produto deve conter exatamente o 
que a embalagem, o rótulo e a mensagem publicitária representam. 
A obrigação legal de garantir a idoneidade dos produtos e serviços decorre da 
encomenda, pontual ou não. 
OUTRAS MODALIDADES DE RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADVOGADOS 
DEFESA DE RESPONSABILIDADE CIVIL 
 Quanto à responsabilidade do advogado, é contratual no nosso país, na grande 
maioria das oportunidades decorrentes especificamente do mandato. Assim, 
geralmente é celebrado um acordo prévio entre o advogado e o seu cliente. Existe 
também a possibilidade de a relação entre advogado e cliente não ser negociada ou 
mesmo estatutária, como é o caso, por exemplo, de advogados oficiais e juristas. É 
dever do advogado defender o participante em juízo e prestar-lhe aconselhamento 
profissional. O estatuto jurídico estabelece como atividade exclusiva dos advogados 
os serviços de consulta, assessoria, orientação jurídica e aplicação perante qualquer 
órgão judicial. O advogado é obrigadoa exercer a sua diligência e competência 
profissional na defesa da causa, mas não está vinculado ao resultado, que é sempre 
errado e sujeito aos caprichos do processo. A conduta do advogado gira em torno de 
encaminhamentos, mas tem características próprias de prestação de serviços e 
contratos, contratos que se fecham. O advogado deve informar o cliente de todos os 
problemas e possibilidades que o caso envolve e das vantagens e desvantagens das 
medidas judiciais propostas. O advogado que, por comprovada negligência, não 
cumprir as obrigações assumidas no contrato ordenado pelo tribunal, prescrevendo o 
seu direito ao eleitor, está obrigado a reparar os danos causados pela sua 
negligência. A difícil questão é saber se um advogado é responsável pelo sucesso 
de um caso quando se trata de pareceres e opiniões jurídicas. Não é necessário 
provar a intenção, a lei estipula que o advogado é responsável pela intenção ou falta 
cometida no exercício da profissão. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DOS BANCOS E DEMAIS INSTITUIÇÕES 
FINANCEIRAS 
Outro ramo importante da responsabilidade legal é a responsabilidade de bancos e 
instituições financeiras. No entanto, como os bancos são depositantes confiáveis de 
seus depositantes, é justo esperar deles o mais alto nível de serviço e justiça. A 
responsabilidade dos bancos no âmbito dessas atividades pode ser contratual ou 
extracontratual. Por outro lado, como ressaltamos aqui, todas as atividades dos 
bancos e instituições financeiras são afetadas pelos princípios da Lei de Defesa do 
Consumidor, embora não pelo dispositivo expresso e pelos princípios gerais desta 
Lei. Existem certas questões de responsabilidade bancária que dizem respeito a 
doutrina e jurisprudência. “A responsabilidade do banco pode ser reduzida se o 
cliente falhar ao mesmo tempo, ou pode ser excluída se a falha for apenas da 
vítima”. 
RESPONSABILIDADE DOS NOTÁRIOS 
O Estado de obrigação geralmente designa os notários como funcionários públicos 
que são agentes do Estado. Embora o notário público preste um serviço especial e 
os serviços notariais nomeados sejam executados em privado, os serviços públicos 
transferidos são tratados como muitos serviços existentes. Os notários são titulares 
de cargos públicos e, portanto, funcionários públicos em sentido lato. 
RESPONSABILIDADE POR FURTO DE VEÍCULOS EM ESTABELECIMENTOS 
COMERCIAIS E ASSEMELHADOS 
As principais características do contrato de garagem, portanto, são a arrumação do 
veículo e o espaço que lhe é atribuído, com ou sem pagamento direto, com ou sem 
manobrista. Se a propriedade oferece apenas estacionamento com manobrista sem 
oferecer estacionamento próprio em via pública, não há contrato de garagem, mas o 
prestador do serviço é contratualmente responsável pelo risco de perda ou 
deterioração do imóvel. A responsabilidade é o resultado de um contrato de 
garagem, seja você afiliado a outra empresa ou autônomo. Em relação à garagem 
do condomínio, o contrato de condomínio pode reservar a responsabilidade do 
condomínio em caso de furto ou dano. Neste caso, o condomínio não se 
responsabiliza pela execução do contrato ou pela decisão da assembleia, salvo nos 
casos de prova de dolo ou abuso grave. No que se refere ao contrato de garagem, 
este artigo sobre indenização por vagas de estacionamento é inválido, pois aposta 
unilateralmente no acordo de fusão e também viola os princípios da Lei de Defesa do 
Consumidor. 
RESPONSABILIDADE DE EMPREITEIROS E CONSTRUTORES 
A responsabilidade dos arquitetos, engenheiros, empreiteiros e construtores 
geralmente mantém certas especificidades em relação a outros profissionais liberais. 
Quanto à responsabilidade da construtora em relação ao dono da obra, nos 
referimos ao que foi dito sobre o contrato de obra, o empreiteiro de materiais e mão 
de obra é responsável por um período de cinco anos pela segurança e segurança da 
obra, por obras consideráveis, pelos materiais e pelo solo, exceto este último, se não 
o achar sólido, notificou o proprietário a tempo. O construtor, seja o empreiteiro ou 
qualquer outra qualificação, será sempre o responsável pela solidez da obra e não 
apenas pela considerável construção. Esta responsabilidade deve ser entendida de 
acordo com as responsabilidades profissionais de engenheiros e arquitetos. O 
Código Civil de 1916 tratava apenas dos contratos de trabalho em uma época em 
que outros tipos de negócios, inclusive a construção civil, ainda não haviam sido 
desenvolvidos. Acrescentando que o Código de Defesa do Consumidor provocou 
uma mudança fundamental em todos os ramos de atividade e o construtor, como 
prestador de serviços, passou a ser objetivamente responsável pelos danos 
causados. 
DANO INFORMÁTICO 
A lei deve garantir e proteger, como direito fundamental, um nível mínimo de 
privacidade para todos a todo custo. Nesse universo, portanto, há um novo campo 
do direito em desenvolvimento, o direito da computação. Embora não tenhamos 
legislação específica já elaborada em direito comparado e direito interno, cabe ao 
advogado o enfrentamento de novas questões, que na realidade são questões 
antigas, sob novas formas, nomeadamente de responsabilidade civil. A Lei de 
Defesa do Consumidor, uma lei moderna e avançada, já estabelece as diretrizes 
básicas para o comércio eletrônico na legislação brasileira. 
RESPONSABILIDADE POR DEMANDA ANTECIPADA DE DÍVIDA OU DE DÍVIDA 
JÁ PAGA 
Como se sabe, a possibilidade de recuperação de uma dívida antes do vencimento é 
uma exceção no ordenamento jurídico, como no caso da falência do devedor. A 
dívida em parcelas regulares pode ser considerada prescrita se as partes 
concordarem que o atraso em uma das parcelas leva à liquidação de toda a dívida. 
Se a dívida for exigível em processos anteriores, geralmente morosos, de forma já 
extinta a pedido do devedor, a aplicação da sanção não é proporcional nem justa. 
Quem exigir uma dívida já quitado total ou parcialmente, sem poupar os valores 
recebidos nem reclamar mais do que deve, fica obrigado a pagar ao devedor, na 
primeira hipótese, o dobro do que possui. Por outro lado, a lei estipula que essas 
sanções só podem ser impostas se forem exigidas, ou seja, por ação de cobrança 
com pedido de pagamento indevido. Porém, se o credor desistir da ação antes da 
contestação do litígio, o réu pode continuar a sofrer danos decorrentes, por exemplo, 
da mera divisão de ações. Com efeito, esta última situação pode ocorrer mesmo que 
a ação seja integralmente intentada e o arguido compreenda que as sanções 
previstas nos dois artigos acima referidos não são suficientes para compensar o 
prejuízo. Em qualquer caso, o lesado deve propor a sua própria ação, que pode ser 
um pedido reconvencional se o procedimento o permitir. 
RESPONSABILIDADE NO ÂMBITO DA FAMÍLIA 
O autor também observa que, como a legislação brasileira não possui uma regra 
específica sobre o dano matrimonial. Por outro lado, para autores que, como nós, 
vêem o casamento como um negócio jurídico, sua anulação deve levar à rescisão. 
Como já foi referido, neste caso continua a ser difícil determinar quais os danos que 
devem ser efetivamente indenizados, o que só pode ser definido pelo caso concreto, 
pelos princípios gerais da responsabilidade civil e, em particular, pela decisão do 
juiz, tanto em casamento como em casamento ordinário lei. É um fato, como já 
dissemos, que nem toda dissolução de um casamento ou de um casamento 
consuetudinário como resultado de divórcio ou divórcio acarreta uma obrigação de 
compensação. Quando duas pessoas decidem não mais morar juntas, respeitando 
sua individualidade e dignidade, bem como a dignidade de seus filhos menores, não 
é prejudicial. O próprio departamento não cria compensação, como afirmam alguns. 
É verdade que essa possibilidade de indenização é claramente demonstrada em 
casos extremos, como tortura, lesão corporal grave, difamação, abandono ilegal etc. 
Quanto mais difícil é a relação moral e psicológica, mais difícil é definir o dano. Por 
estas razões,não é necessário estabelecer uma regra geral de indenização como 
parte das reivindicações da doutrina. Como enfatizamos, isso é considerado um 
mero alívio, com conotações que implicam compensação por dano moral. Como foi 
enfatizado, todo problema familiar gira em torno da proteção da dignidade humana. 
DANO E REPARAÇÃO 
DANO EMERGENTE E LUCRO CESSANTE. PERDA DA CHANCE 
No caso de danos não contratuais ou não comerciais, não há obrigação pré-
existente de confiar. Descobrimos que essa solução é a mais adequada para certos 
tipos de danos, como danos ambientais. No entanto, isso não é possível ou 
inaceitável na prática do direito privado conhecido, principalmente devido a danos 
irreparáveis, como a morte. Avaliar e regular os danos muitas vezes é apenas uma 
medida de mitigação, especialmente quando o valor monetário é uma compensação 
por algo. Danos futuros devem ser avaliados adequadamente quanto às 
consequências dos danos atuais. Este método de reparo de danos é uma aplicação 
da teoria da perda aleatória. Os legisladores de responsabilidade não estão em 
posição de estabelecer critérios de precificação em geral, como tem sido feito na 
responsabilidade de aviação, por exemplo. Portanto, a indenização, principalmente 
por danos emocionais, não pode ser tão baixa que se torne trivial, nem que 
enriqueça injustamente a vítima. A regra tradicional é que a indenização é medida 
em danos e não em grau de culpa. 
DANOS MATERIAIS E DANOS IMATERIAIS. DANOS MORAIS. DANO 
EXTRAPATRIMONIAL OU MORAL À PESSOA JURÍDICA. AVALIAÇÃO DOS 
DANOS MORAIS 
O dano mental visa precisamente corrigir as violações dos direitos da personalidade. 
Geralmente, a indenização por dano físico ou não por si mesma vai além, ou melhor, 
vai além de simplesmente reparar o dano. Se foi só em 1988, com a entrada em 
vigor da Constituição, que se discutiu a questão da indenização ou não indenização 
do dano, a partir daí, a visão se voltou para o limite e a forma de indenização, uma 
questão passou a interessar teoricamente e jurisprudência. Sem dúvida, a 
Constituição de 1988 fez declarações que ficaram enterradas por décadas no 
ordenamento jurídico brasileiro, abordando o dano moral. Por muito tempo, tem se 
discutido se os danos moralmente privados, ou seja, os danos sem consequências 
patriarcais, devem ser compensados. Com postura que negava veementemente a 
possibilidade de danos morais, inicialmente homologada pelo STF, esse juiz passou 
a reconhecer o dano moral com consequências patriarcais até a promulgação da 
Constituição promulgada em 1988, eventualmente instituindo o instrumento legal 
contra os tribunais e mais das doutrinas concorrentes. Danos mentais incluem danos 
à herança espiritual ou aos ideais de uma pessoa, em suma, sua dignidade, que se 
traduz em direitos de personalidade modernos. No entanto, em nossa jurisprudência, 
é crescente o reconhecimento do dano mental à pessoa jurídica, ao estender o 
conceito às pessoas nele envolvidas. Por muito tempo, a doutrina mais antiga, 
baseada na violação de direitos muito individuais no caso de pessoa jurídica, o dano 
moral sofrido pela pessoa jurídica afetará sua reputação e tradições de mercado e 
terá sempre efeitos econômicos, ainda que indiretos. Em todos os casos, a 
reparação de danos morais infligidos às pessoas jurídicas ainda está sujeita a certas 
limitações doutrinárias e jurídicas, especialmente por parte dos defensores do 
caráter, pessoas físicas, exclusivamente para as pessoas físicas. Para esta posição, 
seus defensores levam em consideração que dano moral significa dor e sofrimento, 
que é exclusivo do Ser Humano. No entanto, não é apenas a dor e o sofrimento que 
conduzem ao dano emocional, mas, em um sentido mais amplo, um desconforto 
incomum no comportamento do ofendido e, neste aspecto, a vítima pode ser uma 
pessoa física ou jurídica. Sempre que os danos são calculados, existe o risco de o 
próprio legislador permitir que os infratores se comportem com segurança, violando a 
norma. Nesse sentido, é importante que o juiz conheça a formação cultural e social 
da vítima para que possa avaliar com precisão a extensão do dano. 
LIQUIDAÇÃO DO DANO. PENSÃO PERIÓDICA E PAGAMENTO INTEGRAL 
ÚNICO 
A liquidação é o resultado da ação compensatória, em fase de implementação, ou 
seja, para que a indenização da vítima seja real e efetiva, dentro dos parâmetros 
estabelecidos pelo técnico. Também tenha em mente que, com base no que é 
exigido na prática, o Código de 2002 permite o pagamento em dinheiro de 
indenização por danos corporais, se desejado, e reclamado pela parte lesada. No 
entanto, nada impede a vítima de reclamar uma indenização de determinado 
montante, ainda que seja aplicada uma pensão periódica. No entanto, no caso de 
pessoas que não podem trabalhar, via de regra, para protegê-las, apenas uma 
pensão periódica pode garantir um reembolso exato. Não obstante os esforços neste 
sentido, no caso das pessoas coletivas de direito privado, qualquer que seja a sua 
dimensão económica, a garantia do capital não pode ser levantada se desestabilizar 
os direitos do beneficiário. Como tal, o devedor não pode ficar confinado a este tipo 
de pensão. Os bens sob custódia, sejam reais ou pessoais, terão a mesma 
finalidade. O espírito não é o mesmo que a pensão alimentícia segundo o direito da 
família. 
INDENIZAÇÃO EM CASO DE HOMICÍDIO 
Um aspecto importante deste tipo de compensação é o montante e a duração da 
pensão. A pensão deve ser determinada pelo rendimento e esperança de vida da 
vítima. Quando houver alteração do salário-mínimo ou da categoria de ocupação da 
vítima, a pensão deve ser reajustada. Parece, por exemplo, que o valor da pensão 
deve ser fixado em 2/3 do rendimento da vítima, visto que provavelmente 1/3 foi 
destinado à subsistência do falecido. Havendo vários beneficiários, como mais 
irmãos, os juízes pactuaram o direito de enumeração entre eles para que, após o 
término da pensão, ela permaneça integral, somando o restante em relação aos que 
já atingiram a idade de maioria. No que diz respeito ao período de recebimento da 
pensão, é considerada a expectativa de vida do falecido. A pensão alimentícia é 
paga até a idade de 24/25 anos ou até que se casem, se formem na universidade e 
se instalem fora de casa. Em caso de morte de menor ou de viúva sem atividade 
remunerada, a pensão não é normalmente paga porque essas pessoas não 
contribuem para a manutenção da casa. Quanto ao filho menor, a jurisprudência 
evoluiu de tal forma que, no futuro, ele contribuirá para a pensão alimentícia conjunta 
até os 24/25 anos, quando é provável que se case e deixe a casa do pai. Da mesma 
forma, em caso de falecimento da dona de casa, ela recebe uma pensão pela 
expectativa de vida, levando em consideração sua contribuição para os serviços 
domésticos. 
INDENIZAÇÃO NA LESÃO CORPORAL 
Em caso de lesão ou outro dano, o infrator é obrigado a reembolsar as despesas 
com tratamento e lucros cessantes até o final do período de convalescença, além de 
pagar multa intermediária da sanção penal correspondente. Para a multa penal de 
que trata o dispositivo, a doutrina tradicional foi entendida como vazia, pois no 
passado e no presente o Código Penal não prevê multa para o crime de lesão 
corporal. O artigo 49 do Código Penal regula a multa, que geralmente é definida no 
dia em que a multa é aplicada, com um mínimo de 10 dias e um máximo de 360 dias 
para todas as infrações para as quais essas sanções são impostas. Além disso, um 
juiz criminal pode substituir uma pena privativa de liberdade por uma multa por 
danos menores. No caso em apreço, apoiou assim o juiz civil na determinação do 
montante da indemnização de acordo com os limites dos dias de multa previstos no 
Código Penal, o que representa uma confortável mobilidade de valores em termos 
de cumprimento das indenizações. Porém, para além da indemnização pelos danos 
sofridos e pelos lucros cessantes quantificados, nada impede o tribunal de 
indemnizar a referida parte da multa penala título de indemnização por danos 
morais e corporais. A multa criminal pode ser substituída por indenização de claro 
caráter moral, desde que entendamos que não pode ser aplicada por incumprimento 
técnico. coincidentemente com a duplicação de multas criminais perfeitamente 
executáveis, como vimos. 
LEGÍTIMA DEFESA DO CAUSADOR DO DANO 
Refere-se a um crime cometido pelo agressor para repelir a agressão da vítima, caso 
em que fica excluída a responsabilidade pelo ato cometido em caso de legítima 
defesa. Se, ao praticar um ato legítimo de defesa, o agente causar dano a terceiro 
não responsável pela agressão não provocada, ainda tem o dever de reparar o dano. 
INDENIZAÇÃO POR INJÚRIA, DIFAMAÇÃO E CALÚNIA. INDENIZAÇÃO POR 
OFENSA À LIBERDADE PESSOAL 
A indenização por dano, difamação ou calúnia consiste na indenização pelos danos 
causados à parte lesada. Se o lesado não puder provar o dano material, caberá ao 
juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, de acordo com as circunstâncias 
do caso. O aparelho acrescenta difamação, que sempre foi entendida como 
compensação, completando a trilogia que evoca os clássicos crimes contra a honra. 
O legislador do atual Código afasta-se do princípio estabelecido no antigo Código 
que se referia à multa penal, quando o dano material não pudesse ser provado. 
Portanto, não há dúvida de que é possível reclamar a indenização cumulativa dos 
danos materiais e intangíveis decorrentes desses atentados à honra. Se houver 
apenas dano moral, nos termos da lei, o valor da indenização será determinado de 
forma justa. Por outro lado, não faria sentido restringir o âmbito da compensação por 
tal comportamento contra a honra e permitir compensação suficiente para outras 
ofensas, como privacidade, imagem, nome, honra dos mortos etc., para eles, estes 
são todos direitos da mesma natureza. 
RESPONSABILIDADE POR USURPAÇÃO E ESBULHO 
Conclui-se que o valor é apenas um, porém, se o item perdido tiver valor sentimental 
para a vítima, esse valor será contabilizado como um mais o valor real. “Condenar a 
ré no pagamento do preço das joias, conforme indicado pelo perito, acrescido de 
20% do valor da multa, estimada pela autora”. De lege ferenda, é melhor que este 
dispositivo seja vinculado preferencialmente ao valor sentimental quando existe e 
vice-versa, ao contrário, ao valor material da coisa que desapareceu. Da mesma 
forma, se o infrator estiver em posse de um cão de companhia que não possa mais 
ser devolvido por morte ou fuga, o valor do sentimento deve ser estimado com 
precisão e confiabilidade, será maior que o valor do cão de estimação. Na verdade, o 
ponto positivo que valoriza o sentimentalismo é a compensação emocional, um dos 
raros casos em que o Código Civil de 1916 o respeita explicitamente. 
 
CONCLUSÃO 
A obra em questão trata-se da obrigação da responsabilidade civil e indenização dos 
danos cometidos em diversas profissões e no dia a dia do agente/vítima da qual 
involuntariamente poderá ocasionar algum ato ilícito, até mesmo causado por 
terceiros.

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