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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

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LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS 
A CULTURA DOS SURDOS E A LEI 10.436 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A cultura dos surdos e a lei 10.436 
 
A metodologia bilíngue parte do reconhecimento do surdo em contato com duas 
línguas, o bilinguismo tem como pressuposto básico a necessidade de o surdo ser bilíngue, 
ou seja, este deve adquirir a Língua de Sinais, que é considerada a língua natural dos 
surdos, como língua materna e como segunda língua, a língua oral utilizada em seu país. 
O bilinguismo acredita que dominando a Língua de Sinais é mais fácil para o surdo 
perceber estes aspectos na língua oral, já que ele tem exemplos na língua de sinais para 
se guiar. O não reconhecimento da educação dos surdos através da Libras preconiza 
discriminação, incapacidade e exclusão, impossibilitando ao surdo ao convívio natural 
em sociedade, A aceitação da língua provoca a aceitação da sua própria cultura, ter uma 
cultura é viver em igualdade, a cultura é expressa e vivida em suas comunidades, é através 
do grupo que se compartilha aspectos comuns com os quais se identificam. É por meio 
da cultura surda que o surdo pode entender melhor o seu mundo e dessa forma se for 
preciso modificá-lo, e assim, se ajustar, tornando seu mundo acessível. A cultura favorece 
a definição da identidade surda, os surdos não se compreendem como pessoas deficientes, 
não se identificam pela questão audiológica. Para que o surdo construa sua identidade é 
necessário manter uma posição intercultural, pois a identidade surda só se constrói dentro 
de uma cultura visual. A Língua Brasileira de Sinais é um meio de garantir a socialização 
e interação do surdo na sociedade, além de contribuir para a valorização e reconhecimento 
da cultura surda, garantindo ao surdo a possibilidade de reconhecimento e legitimação 
desta forma de comunicação, uma vez que está estabelecida em lei a importância da 
Libras. Através da lei nº 10.436, o governo federal reconheceu a Libras como meio legal 
de comunicação e expressão oficial da comunidade surda brasileira, além de oficializar a 
Libras no Brasil, indica que as instituições devem atender o surdo com o uso da Libras. 
O Decreto 5.296/04 reafirma essa premissa ao demonstrar que as condições de 
acessibilidade aos surdos e o atendimento através da Libras, seja por servidor fluente ou 
por intérprete de língua de sinais. Há também o Decreto de Lei nº. 5.626/2005, que 
implanta o uso da Libras em todas as unidades escolares e a inclusão desta como 
disciplina curricular nos cursos de licenciatura de Pedagogia (Educação Especial), 
Fonoaudiologia e nas demais licenciaturas que envolvam o ensino pedagógico na grade 
curricular do Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio e de qualquer curso superior 
oferecido por universidades e faculdades que estejam credenciadas ao Ministério da 
Educação, com o objetivo de formar os alunos graduandos numa perspectiva mais 
inclusiva, para que eles possam atuar ou conviver futuramente com pessoas surdas e 
trabalhar com estes. É o papel do educador capacitado identificar as dificuldades e propor 
intervenções, é necessário que educadores tenham paciência para que este processo de 
ensino-aprendizagem seja sólido, não sendo uma das tarefas mais fáceis ensinar 
educandos surdos, mas é necessário encarar o desafio para que consiga uniformidade nas 
duas línguas do surdo, visto que o mesmo é bilíngue desde o seu nascimento, então uma 
escola bilíngue é essencial para que a educação deste seja efetiva. Infelizmente a maior 
parte das cidades brasileiras não seguem o que estabelece a lei, não proporcionando às 
pessoas surdas de forma que estas possam levar uma vida próxima da normalidade. 
 A falta de profissionais capacitados torna-se uma grande barreira na comunicação 
enfrentado pelos surdos, gerando assim evasão escolar, baixo acesso ao ensino superior e 
ao mercado de trabalho, por isso a importância da Libras, a utilização da Libras vem 
colaborar para a inclusão social dos surdos e deve ser cada vez mais incentivada na 
sociedade e não utilizada apenas nas instituições escolares, possibilitando ao surdo 
interação em sociedade, construindo sua identidade, colaborando ainda para a melhoria 
da qualidade de vida da população surda, assegurando os direitos como cidadão e o 
respeito às diferenças e os direitos assegurados através da lei. Cabe ao governo garantir a 
inclusão dos surdos na sociedade e cabe a sociedade o respeito.

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