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CADERNO DO GALLINARO - DIREITO PENAL APLICADO - FMU - 6º SEMESTRE

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AULA 01 – 11/02/2020 
(TERÇA) 063024 - ESTAGIO DE PRATICA SUPERVIS - PENAL 
FABIO GALLINARO 
 
Fábio.gallinaro@fmu.br 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA 
 
1- CLASSIFICAÇÃO 
A-Homicídio 
B-Part. Suicídio 
C-Infanticídio 
D- Aborto 
 
2- BEM TUTELADO 
A)VIDA - INTRA 
- EXTRA 
 
B) FIM DA VIDA? 
 
HOMICIDIO 
 
1- CONCEITO 
mailto:Fábio.gallinaro@fmu.br
 
2-OB. JURÍDICAS 
 
3- SUJEITOS - ATIVO 
- PASSIVO 
 
BIBLIO: 
Guilherme de Souza nucci 
Eugenio Passeli 
 
Paulo Rangel - processo penal 
 
 
 
A1- data: 24/03 - tema: crimes contra a incoluminidade a fé e a paz pública 
A3- data: 19/05 - tema: Leis de drogas e rito processual 
---------------------------------------------------------------- 
 
OBS: Crimes dolosos contra vida humana é de competência do tribunal do júri. 
 
SEGUE ABAIXO CRIMES CONTRA A VIDA: 
1. participação do suicídio - ex: baleia azul 
2. homicídio 
3. infanticídio 
4. aborto 
 
HOMICIDIO 
 
VIDA humana extra Uterina - é o bem tutelado contra os crimes contra as pessoas 
humanas, homicídio. 
| 
(Bem indisponível) 
 
 
Art.5 Cf/88 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
 
 
PACTO SAN JOSE DA COSTA RICA 
 
Artigo 4. Direito à vida 
 
 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve 
ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado 
da vida arbitrariamente. 
 
 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser 
imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e 
em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido 
cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente. 
 
 3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. 
 
 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, 
nem por delitos comuns conexos com delitos políticos. 
 
 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da 
perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher 
em estado de gravidez. 
 
 6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou 
comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a 
pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente. 
 
HOMICIDIO ART. 121 
 
Art.121- Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
Morte encefálica - diagnóstico da morte se dá através da cessação da morte encefálica, 
conforme lei 9434/97. 
 
 
Objetividade jurídica = bem jurídico tutelado, neste caso seria a vida humana extra 
Uterina. 
 
 
ART.123 - INFANTICÍDIO 
 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou 
logo após: 
 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
COMO A VIDA HUMANA SE INICIA? 
RESPOSTA: Primeiros cortes (incisões) ou contrações- vida humana extra uterina . 
 
Sujeitos 
1. Ativo- comete o crime - qualquer pessoa. 
2. Passivo- quem sofreu o crime. 
-------------------------------- 
 
HOMICIDIO 
 
3) SUJEITOS 
 
- ATIVO 
- Passivo 
 
4)Elemento Objetivo 
 
A) núcleo 
B) meios execuções 
 
5)Elemento Subjetivo 
 
A) dolo direto 
B) dolo eventual 
 
STF/HC 107.801/58 
 
6) HOMICIDIO SIMPLES 
 
7)H. PRIVILEGIADO 
A) 
B) 
 
RES. 1805/06 CFM. 
 
8) HOMICIDIO QUALIFICADO 
 
A)PAGA 
B)TORPE 
C)FICTIL 
 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
------ 
 
Omissão- art.13, parag. Segundo- forma omissiva apenas quem possui o "dever de 
cuidar" 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a 
quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. 
 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para 
evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: 
 
Sujeito passivo no crime de homicídio- qualquer pessoa que esteja vivo, caso esteja 
morto antes é um crime impossível visto que é impossível consumar a situação do crime. 
 
Elementos objetivos - palavras que compõe o tipo penal. - Preceito primário. 
 
EXEMPLO: 
Núcleo do tipo- (verbo) : MATAR. 
 
Nexo causal - a conduta tem que ser determinante para causar o resultado. 
 
" Conditio sine qua non" 
 
SEGUE SIGNIFICADO: 
1) Condição sem a qual não. Indica circunstâncias indispensáveis à validade ou a 
existência de um ato. 2) Denominação da teoria da equivalência das causas, pela qual se 
considera causa (ou concausa) do resultado delituoso qualquer fator (humano ou natural) que 
haja contribuído para a produção do mesmo. Também no sentido de ?sem isso, nada feito?. 
 
 
Elemento subjetivo - 
 
DOLO DIRETO - Caracteriza-se pela vontade livre e consciente de um indivíduo de 
praticar uma conduta tipificada na legislação penal. 
 
DOLO EVENTUAL - Segundo a legislação penal brasileira dolo eventual é um tipo de 
crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o 
risco de o produzir. 
 
CULPA CONSCIENTE: o agente não quer cometer o crime e acredita em suas 
habilidades. 
Ex: motorista que acelera muito o carro. 
 
 
 
ESPÉCIES - HOMICÍDIOS 
 
6- HOMICIDIO SIMPLES - nenhuma hipótese priveligiadora e nem qualificadora. 
 
Lei 8.072/90 - dispõe sobre crimes hediondos. 
 
Homicídio simples não é crime hediondo, somente em caso praticado por atividade 
típica de grupo de extermínio. 
 
7- HOMICIDIO PRIVELIGIADO 
 
Art. 121. Matar alguem: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 
 Caso de diminuição de pena 
 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, 
o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL - interesse coletivo por atrás disto. 
Ex: homicídio de um traficante. 
 
motivo de relevante valor moral - Interesse particular, mata a pessoa por aspecto 
pessoal de amor. Ex: MATAR alguém que está em estado terminal (eutanásia) - conduta 
positiva. 
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima - 
tem elemento temporal, só serve para o Homicídio. 
 
 
 
 
Não confundir com circunstância atenuante: 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
 
III - ter o agente: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de 
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
 
OBS: O referente ao art.65 não possui elemento temporal, serve para todos os crimes. 
 
Homicídio híbrido só se configura em elementos objetivos. 
 
HOMICÍDIO QUALIFICADO É HEDIONDO 
 
ESTUDAR DOSIMETRIA DA PENA* 
 
AULA 2 – 19-0-2020 (TERÇA) – PENAL PARTE ESPECIAL 
 
 
 
HOMICIDIO 
 
A) NEXO CAUSAL 
 
B) EMBRIAGUEZ 
 
QUALIFICADORA 
 
- " ANIMUS NECANDI" - intenção de matar. - Elemento subjetivo. 
 
CAUSAS DE AUMENTO 
 
1- HOMICIDIO CULPOSO (4°) 
 
2- HOMICIDIO DOLOSO (4°) 
 
3- MILÍCIA (6°) 
 
4- FEMINICIO (7°) 
 
CONSERVAÇÃO 
 
1) MORTE 
 
2) LEI 9434/97 
 
TENTATIVA 
 
1) IMPERFEITA 
 
2) PERFEITA 
 
HOMICIDIO CULPOSO 
 
1)ELEMENTOS 
2) EXEMPLOS 
3)TRANSITO 
4)PERDÃOJUDICIAL 
 
SUICÍDIO OU AUTOMUTILACAO 
 
1- Previsão 
2- Objetivo jurídico 
3- sujeitos 
 
3) ELEMENTOS SUBJETIVOS 
 
 
ANOTAÇÕES- 
 
qualificadora 
 
pagas- 
 
 
 
Art.30 cp 
QUALIFICADORAS 
 
 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo 
quando elementares do crime. A redação do artigo 30 do Código Penal quer impedir que 
circunstâncias e condições de caráter pessoal de um dos autores ou partícipes sirva para 
beneficiar ou prejudicar os demais. 
 
 
Art. 121. Matar alguém: 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
 II - por motivo futil; 
 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossivel a defesa do ofendido; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
MOTIVO TORPE- INC.I 
Motivo repugnante, desprezível. 
Exemplo: disputa pelo o ponto de venda de tráfico de drogas, matar por ciúmes, matar 
pela a pessoa ser homossexual, matar por vingança. 
 
 
 
FÚTIL- INC. II 
Motivo insignificante. 
Ex:matou por briga de trânsito ou por causa de futebol. 
 
OBS: Não confundir o motivo insignificante com o sem motivo. 
 
VENENO - INC. III 
VENEFICIO- EMPREGO DE VENENO NO HOMICIDIO, EFETUADO DIANTE DE 
DISSIMULAÇÃO. 
EX: Tomar VENENO mistura na bebida e a vítima não sabia que possuía veneno na 
bebida. 
 
FOGO E EXPLOSIVO- INC. III 
 
ASFIXIA- INC. III 
Poderá ser mecânica ou tóxica. 
Mecânica- afogamento, enforcamento, mata leão. 
Tóxica- mediante emprego de gás. 
 
TORTURA- INC III 
sofrimento desnecessário que se impõe a vítima. 
Tortura é a imposição de dor física ou psicológica apenas por prazer, crueldade. Como 
pode ser entendida também como uma forma de intimidação, ou meio utilizado para obtenção 
de uma confissão ou alguma informação importante. 
 
LEI 9455/97 - LEI DE TORTURA. 
 
MEIO MICIDIOSO - INC. IV 
Armadilha mortal. 
 
 
 
MEIO CRUEL - sofrimento além do necessário. 
 
NEM SEMPRE A REITERAÇAO DE GOLPES É MEIO CRUEL. 
 
OBS: NÃO CONFUNDIR TORTURA COM MEIO CRUEL 
 
EXPLICAÇÃO: 
A tortura pode ser sofrimento físico ou psicológico, a tortura não é o meio escolhido 
para matar a vítima. 
O meio cruel é o meio escolhido para matar a vítima.( é o mecanismo utilizado para 
matar). 
 
PERIGO COMUM - INC. III 
alguma coisa que pode colocar a vida dos outros em risco também. 
 
 
Traição - INC. IV 
Sorrateiro e inesperado 
 
EMBOSCADA- INC. IV 
Agente fica escondido esperando a vítima passar. 
 
DISSIMULAÇÃO - INC.IV 
Disfarça a situação. 
 
RECURSOS QUE DIFICULTAM A DEFESA DA VITIMA - INC. IV 
EX: Surpresa, 5 agentes contra 1. 
 
 
 
 
ASSEGURAR A EXECUÇÃO- INC. V 
 
Matar a mãe para realizar o estupro da filha. 
 
 
PARAG. 2°, INC. VI - FEMENICIDIO 
 
Art. 121. Matar alguem: 
 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 
13.104, de 2015) 
 
 
 
CONSIDERA: 
 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime 
envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) 
 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, 
de 2015) 
 
Ex: existe independendo da coabitação, deve ocorrer o menosprezo para se caracterizar 
o FEMENICIDIO ou violência doméstica. 
 
"Bis in idem " - O bis in idem é um fenômeno do direito que consiste na repetição de 
uma sanção sobre mesmo fato. 
 
CRIME EM RAZÃO DA FUNÇÃO 
O agressor tem que ter ciência por causa da função que ele possui. 
Ex: MATAR pois a vítima é policial militar. 
 
CONSUMAÇÃO- 
Se consume com a morte da vítima, o critério morte é refinada através da morte 
encefálica. 
 
1.TENTATIVA- é admissível quando a vítima não morrer. 
 
1.1. IMPERFEITA (inacabada) o agente não prática todos os atos executórios. 
Ex: saca a arma e efetua os tiros, entretanto não acerta a vítima e logo em seguida é 
desarmado. 
 
1.2. PERFEITA (PERFEITA- ACABADA - CRIME FALHO.) - crime falho, agente 
prática todos os atos executórios, entretanto não consegue matar a vítima. 
Ex: agente descarrega a arma na vítima entretanto não acerta de maneira mortal. 
 
TENTATIVA CRUENTA ATINGIU A VÍTIMA. 
TENTATIVA INCRUENTA 
 
NÃO ATINGIU A VÍTIMA. 
 
 
CAUSAS DE AUMENTO 
Vem expresso geralmente em fração - " a pena será aplica em ". 
 
 
A qualificadora antecede a primeira fase do cálculo do aumento. 
 
 
 
 
HOMICIDIO CULPOSO - ART. 121, PARAG. 4° 
 
Aumento de pena 
 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta 
de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar 
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar 
prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime 
é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação 
dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
A pena poderá ser aumentada por omissão, negligência, imprudência, imperícia. 
 
HOMICIDIO DOLOSO- 
 
HOMICIDIO causado por milícia- PARAG. 6 
 
Feminicidio - 
 
Medida protetiva- 
 
 
HOMICIDIO CULPOSO - 
COMPORTAMENTO DO AGENTE NEGATIVO OU POSITIVO, ENTRETANTO 
NAO HÁ O " ANIMUS NECANTI" – (NÃO TEM VONTADE DE MATAR). 
MODALIDADES: 
 
IMPRUDENCIA - CONDUTA POSITIVA . 
NEGLIGENCIA - CONDUTA NEGATIVA . 
IMPERÍCIA- FALTA DE PERÍCIA. 
 
Art.302 do CTB. Lei. 9503/97 - Responde somente quem efetuou com veículo 
automotor. 
 
Art.121, parag. 3. 
 
 
Exemplo: 
Engenheiro que não segue as regras normativas da construção, peões não utilizam os 
capacetes pois não foi fornecido. 
 
 
Perdão judicial- O perdão judicial é uma renúncia do Estado à pretensão punitiva, 
manifestada através do Juiz. 
Ex: pai que atropela o filho, dando ré na garagem. 
 
 
2- CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA: 
 
SUICÍDIO OU AUTOMUTILACAO 
 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-
lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
 
Sujeito Ativo e passivo - QUALQUER pessoa. 
 
Capacidade de discernimento- 
 
 
 
Elementos objetivos 
A- Induzir- incitar, provocar 
 
B- Mitigar- estimular uma ideia resistente. 
 
C- Auxiliar - prestar auxílio material 
 
4- Elemento Subjetivo - só possui a forma dolosa, não havendo forma culposa. 
 
 
5- Elemento Consumativa / Tentativa 
 
Com a nova legislação possui a tentativa na forma de auxiliar. 
 
6- Qualificadora 
Parágrafo primeiro e segundo 
 
 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-
lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei 
nº 13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
 
CAUSAS DE AUMENTO§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de 
resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
 
INC. I- Motivo egoístico- exemplo: neto que instiga a avó se matar por motivos 
financeiros. 
INC.II - vítima é menor, causa de aumento. 
 
 
CAUSA DE AUMENTO ATRAVÉS DE MEIOS TECNOLOGOS 
 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
-EX: BALEIA AZUL 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de 
rede virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
EQUIPARAÇÃO 
 
Lesão corporal grave ou gravíssima: 
 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 
2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
Se houver morte: 
 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) 
anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, 
nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
AULA 03 – 03/03/2020 – PENAL PARTE ESPECIAL (TERÇA) 
 
SUICÍDIO E AUTOMUTILACAO 
 
1- QUALIFICADORAS 
2- CAUSAS DE AUMENTO 
3- EQUIPARAÇÃO 
 
 
INFANTICÍDIO 
 
1- PREVISÃO 
2- OBJETIVO JURÍDICO 
3 - SUJEITOS ATIVOS E PASSIVOS 
4- ELEMENTOS OBJETIVOS 
A)ação jurídica 
B) estado puerperal 
C)elemento temporal 
- durante 
- logo após 
5- ELEMENTO SUBJETIVO 
6-CONST/TENT. 
7- PENA/AÇÃO 
 
ABORTO 
 
1)CONCEITO 
2)OBJETO JURÍDICA 
 
3)SUJEITOS 
 
- AUTOABORTO 
-ABORTO CONSENTIDO 
- PROVOCADO 3° 
 
A) ATIVO 
B)PASSIVO 
 
 
4) ELEMENTO OBJETIVO 
 
A)PROVOCAR 
B)FEITO VIVO 
C)INICIO GRAVIDEZ 
 
7- ESPÉCIES 
A- AUTOABORTO 
B- CONSENTIDO 
C - por terceiro 
D - QUALIFICADO 
 
E) legal - ART .128 
 
Necessario- Inc. I - Mãe corre o risco de morte. 
 
Sentimental- ABORTO ético humanitário, aquele que é prática em decorrência de crime 
de estupro. 
 
 
Anencefalia- má formação do pubo cerebral. - ADPF 54. 
 
8)CONCEITO agentes 
 
9Penas / AÇÃO 
 
LESÃO CORPORAL 
1- CONCEITO 
 
2- OBJETO JURIDICO 
 
3 - SUJEITOS 
- ATIVO 
- Passivo 
 
4- ELEMENTO OBJETIVO 
A- ofender 
B-autolesao? 
 
 
5- ELEMENTO SUBJETIVO 
A) DOLO 
B)CULPA 
 
 
É NECESSARIO AUTORIZACAO JUDICIAL PARA O ABORTO SENTIMENTAL ? 
 
 
 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
SUICÍDIO E AUTOMUTILACAO 
 
Quais os núcleos? 
Núcleo dos artigos 122, instigar, induzir é auxiliar são os núcleos deste artigo. 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-
lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei 
nº 13.968, de 2019) 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
(Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de 
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 
2019) 
 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de 
rede virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 
2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) 
anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, 
nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
 
Quando se consuma ? 
Se consuma a partir dos núcleos. 
 
Admite a tentativa? 
Depende da modalidade, podendo ocorrer caso aconteça auxílio ou nas outras 
modalidades na forma escrita. 
 
Duas QUALIFICADORAS, quais são? 
1- quando da infração resulta lesão corporal grave ou gravíssima. 
2-e se resulta em morte. 
 
CAUSAS DE AUMENTO, quais são? 
1- motivo egoistico - induzindo o suicídio de alguém para conseguir um benefício 
próprio. 
 
2- motivo Torpe, motivo fútil- motivo desprezível, repugnante / insignificante. 
 
3- menor ou tem diminuída sua capacidade de resistencia- menor( 18 anos), diminuidade 
a capacidade de resistência ( pessoa que sofre de depressão). 
 
 
4- quando o crime é praticado na rede mundial de computadores, redes sociais ou 
transmissão em tempo real. 
 
5- ocorre quando o sujeito ativo é líder ou coordenador de grupo de rede social. 
EQUIPARAÇÃO 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza 
gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade 
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 
2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
(Responde por lesão corporal gravíssima) 
 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) 
anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, 
nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
(Responde por homicídio) 
 
INFANTICÍDIO 
 
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou 
logo após: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento. 
 
Bem tutelado? 
 A vida humana do nascituro ou do recém nascido. 
 
Sujeito ativo- mãe (crime próprio ) 
Sujeito passivo( feto ou recém- nascido) 
 
PARTICIPE × COAUTOR 
 
O mandante do crime, portanto, será coautor do crime juntamente com omatador (autor 
direto do crime de homicídio). O Partícipe não realiza a conduta típica, não pratica o exato 
núcleo do tipo penal, mas ele contribui de alguma forma para o crime acontecer, 
conscientemente da ilegalidade e dos objetivos delituosos. 
 
O artigo 30 do Código Penal prevê a incomunicabilidade ou não das circunstâncias ou 
condições. Assim dispõe: “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime”. 
 
EXEMPLO: da enfermeira que auxiliou no infanticídio, a enfermeira responde por 
homicídio e a mãe por infanticídio, caso a participe saiba do ESTADO PURPERAL da mãe e 
prática atos executórios. 
Caso a enfermeira apenas sabe do ESTADO puerperal e não prática dos atos executórios, 
apenas responderá por infanticídio e não o homicídio. 
A enfermeira tem que ter ciência do ato para ser participe. 
 
Elemento objetivo 
Matar- núcleo- pode ser praticado no ato omissivo. 
Ex: mãe deixa de amamentar filho. 
 
Estado puerperal-abalo de natureza psicológica que ocorre por queda de nível hormonal 
da mulher que influencia a mãe a causar a morte do filho. 
" matar o próprio filho sob a influência " 
 
 
Essa queda do nível hormonal ocasiona uma queda do nível nervoso- que é o Estado 
puerperal. 
 
Elemento temporal- durante o parto ou logo após. 
Parto normal - primeiras contrações nascimento, ou primeira incisão. ( durante o parto) 
 
QUANTO É O TEMPO LOGO APÓS O PARTO? 
Entendimento de 6 semanas a 8 semanas, levado em consideração o princípio da 
razoabilidade somente o perito poderá informar se houve o crime sob a influência do ESTADO 
puerperal. 
 
Elemento subjetivo? 
Crime DOLOSO não existe forma culposa. 
Consumação? 
Se consuma com a morte do feto. 
 
AGRAVANTE ART.61, INC.II, ALINEA - não precisa colocar a agravante pois ocorrera 
o "bis in idem" 
 
CRIME DE ABORTO - ART.124,125,126,127 E 128 
 
 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
(Vide ADPF 54) 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 
 Aborto provocado por terceiro 
 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) 
 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 
quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, 
grave ameaça ou violência 
 
 Forma qualificada 
 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um 
terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante 
sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe 
sobrevém a morte. 
 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) 
 
 Aborto necessário 
 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
 
 
Conceito- interrupção da gravidez com a morte do feto. 
Morte da vida INTRA uterina.( vida do feto) 
 
Integridade física da gestante quando o aborto é provocado por terceiro. 
 
SUJEITOS - 
1.AUTOABORTO - e aquele que a própria gestante toma um remédio. 
O sujeito ativo é a gestante ( crime próprio) 
 
2.CONSENTIDO -aquela modalidade que a gestante consente que alguém pratique o 
aborto por ela ( crime próprio) 
 
3. PROVOCADO POR TERCEIRO- ABORTO provocado por terceiro, qualquer 
pessoa pode provocar ( crime comum) 
 
 
SUJEITO PASSIVO 
1-AUTOABORTO- Somente o feto. 
2-CONSENTIDO- Gestante e o feto, gestante poderá participar no polo passivo caso 
suporte lesão gravíssima ou morte. 
3-POR TERCEIRO- Gestante e o feto. 
 
 
Elemento objetivo - 
Provocar "dar causa, originar" 
Necessariamente o feto deve estar vivo. 
 
Início da gravidez? 
Se dá o início a partir da nidação. 
 
Elemento subjetivo- 
CRIME doloso não existe possibilidade culposa. 
 
Pode existir o dolo eventual ? 
Pode, exemplo agredir a gestante assumindo o risco de dolo eventual . 
 
Consumação- 
Se consuma com a morte do feto a tentativa é admissível. 
 
 
 
POR TERCEIRO : 
 
8- concurso de agentes - 
Participe - - quem instiga, participa, sem realiza qualquer manobra abortiva. 
 
Caso participe da manobra abortiva, responde pelo o art. 125 e 126. 
 
Competência de julgamento é do tribunal do júri 
 
 
CRIMES CONTRA A PESSOA - ART.129 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Objeto juridico - Saúde- fisio psíquico. 
 
 
Sujeitos - qualquer pessoa ativo e passivo, crime comum . 
 
Elementos objetivos - o núcleo do tipo é OFENDER( DE LESIONAR - ATINGIR). 
 
O dano provocado por essa ofensa deve ser juridicamente relevante. 
Sob pena de caracteriza outra infração o art. 21 da lei de contravenções ( vias de fato). 
 
Juridicamente relevante - algo que será apreciado no exame de corpo de delito - ex: 
manchas da lesão. 
 
Autolesão? 
Art.171, PARAG. Segundo, INC. V. 
Estelionato 
 
 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento: 
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
 V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo 
ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização 
ou valor de seguro; 
 
CONDUTA equiparada a autolesão que é equiparado ao estelionato. 
 
 
Elemento subjetivo 
O crime de lesão corporal pode ser doloso ou CULPOSO. 
 
Consumação e tentativa 
Se consuma quando a vítima suporta lesões corporais. 
 
Concurso de crime- 69,70 e 71 CP 
Concurso material 
 
 Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em 
que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, 
executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa 
de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de 
que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá 
simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 Concurso formal 
 
 Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente 
uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, 
entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam 
de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
 Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 
69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 
 
A tentativa é admissível para a modalidade dolosa. 
 
LESÃO DE CORPORAL LEVE- CAPUT. DO ART.129. 
 
129. Ofender a integridade corporal oua saúde de outrem. 
A lesão só será leve quando não for grave ou gravíssima. 
 
Questões importantes: 
Art.157 - violência - elementar 
Estupro - violência- elementar 
 
 
 
 
 
Importante salientar que é ação pública incondicionada: 
 
Incondicionada - quando é de iniciativa do ministério público, ele pode oferecer 
denúncia se entender se possui indícios suficientes do agente e materialidade. 
 
Condicionada - representação da vítima- 
A vítima quer que o ré seja condenado. 
 
Aonde está escrito que o crime de lesão corporal 
 
Art. 88 da lei n° 9.099/95. 
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de 
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. 
 
Aumento de pena - Parag. 7 do art. 129. 
 
CAUSAS DE AUMENTO 
 
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 
6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
 
 
JUS CORRIGENDI- castigo moderado, se houver abusos do meios de correção os pais 
podem ser responsabilizados pelo o art. 136 do CP. 
 
CRIME DE TORTURA mãe houver intenso sofrimento mental e físico. 
 
13.010/14 - LEI DA PALMADA 
 
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a 
salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. 
 
Maus tratos- 
 
 
POLICIAL ESTA DE POSSE DE UM MANDADO DE PRISÃO- ART.292 CPP. 
 
POLICIAL NAO PODERÁ EXCEDER, CASO EXCEDER RESPONDERÁ PELO O 
EXCESSO, CASO NAO EXCEDA USUFLUIR DO ESTRITO CUMPRIMENTO DO 
DEVER LEGAL. 
10/03/2020 - AULA 4 - PENAL PARTE ESPECIAL 
 
(CONTINUAÇÃO AULA PASSADA) 
 
8- LESÃO GRAVE 
 
9- LESÃO GRAVISSIMA 
 
10- LESÃO SEGUIDA DE MORTE 
 
11- LESÃO PRIVILEGIADA 
 
12- LESÃO CULPOSA 
 
13- VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
A- SUJEITOS 
- ATIVOS 
- PASSIVOS 
 
B- OBJETO JURIDICO 
 
C- ELEMENTO JURÍDICO 
 
D- ELEMENTO SUBJETIVO 
 
E- AGRAVANTES/INAPLICÁVEIS 
 
F-PENA 
 
G- AÇÃO 
 
STF, ADI 4424 Súmulas STJ. 
 
14)AUTORIDADES OU AGENTES 
 
 
RIXA 
 
1- OBJETO JURÍDICO 
2-ESPÉCIES 
3-ELEMENTO OBJETIVO 
4- ELEMENTO SUBJETIVO 
5- CONSUMADO / TENTATIVA 
 
PERIGO CONTAGEO VENERIO 
 
1- OBJETO JURIDICO 
2- 
3- SUJEITOS 
 
PERIGO DE CONTAGEO NECESSIDADE GRAVE 
 
- PERIGO VIDA / SAÚDE 
------------------------------------------ 
 
LESÃO corporal leve é aquela que não é grave ou gravíssima. 
 
 
LESÃO CORPORAL GRAVE 
Art.129, PARAG. 1, inciso 1 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
 
Ex: caso letal, dei um soco e aquela cai na pista de carro, podendo correr o risco de ser 
atropelado. 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
Ex: debilitar permanentemente um dos membros ou dos sentidos, ( redução), ( 
permanente - de duradoura, não de eterna). 
IV - aceleração de parto: 
Ex: antecipação do nascimento. 
 
 
 
 
 
Distinção com tortura 
 
Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental: 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de 
quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 
 
Tortura possui finalidade diferente do crime de lesão CORPORAL sendo elas- confissão, 
declaração, discriminação 
 
Tortura possui elemento objetivo distinto também - CONSTRANGIMENTO. 
 
CRIME DE LESAO GRAVE - 
PENAL PÚBLICA CONDICIONADA 
CRIME DE lesão gravíssima 
Art.129 CP 
§ 2º Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incuravel; 
 
Ex: doença física ou mental que a cura não foi alcançada pela a medicina. 
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
Ex: "perda" de membro ou sentido. 
IV - deformidade permanente; 
Ex: deformidade que ficará a vida inteira com a pessoa. 
V - aborto: 
Ex: parte da doutrina entende que não se caracteriza o aborto caso o agente ativo não 
saiba que a agente passiva estava grávida. 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Ação Penal Pública Incondicionada 
 
DISCUSSÃO : 
O entendimento que predomina é que não é gravíssimo caso perca um olho, POIS não 
perdi o sentido da visão, sendo apenas lesão grave. 
 
10 - Homicídio preterdoloso (preterintencional) 
 
Lesão corporal seguida de morte 
 
§ 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, 
nem assumiu o risco de produzí-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
EX: CRIME de competência para a justiça comum, ação pública incondicionada. 
 
CRIME ocorre na sala agente ativo bati no agente passivo, no qual cai na quina da escada. 
 
11- LESÃO CORPORAL PRIVELIGIADA 
 
Diminuição de pena 
§ 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral 
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz 
pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 
 
 
12- LESÃO CULPOSA 
 
DIFERENTE DA LESÃO CULPOSA DO ART. 303 DA LEI 9503/97 CTB. 
 
§ 6º Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
------------------------ 
LEI 9.099/95 - ART 88 
 
Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. 
Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de 
representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. 
 
--------------------------- 
Ação Penal Pública: 
 
Pública- incondicionada- titular da autoria é o MP. 
 
CONDICIONADA - Representação da vítima na autoria ou requisição do ministro da 
justiça em hipóteses especifica, por exemplo, contra a honra do presidente da República. 
 
Lesão culposa existe causas de aumento dentre elas: 
 
Perdão judicial- 
 
 
13 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA 
 
§ 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente 
das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, 
de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 
2006) 
 
Objeto jurídico- Ofender é o núcleo, possui como elementar as pessoas do parágrafo 
sexto , sendo um crime doloso, não ocorrendo de forma culposa. 
 
Agravantes INAPLICÁVEIS 
- bis in idem 
 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou 
qualificam o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; 
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou 
de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada 
pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
Causas de aumento específica na violência doméstica 
 
Art.129 -CP 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1 o a 3 o deste artigo, se as circunstâncias são as 
indicadas no § 9 o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 
10.886, de 2004) 
§ 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for 
cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) 
 
 
 
NÃO PODE SUSBSRITUIR A PENA POR ENTREGA DE CESTA OU PENA 
PECUNIÁRIA 
 
ART. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de 
pena que impliqueo pagamento isolado de multa. Ver tópico (19016 documentos) 
 
Único benefício que ele pode ter é o SURSI. 
 
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá 
ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem 
como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Ação Penal do art 129, § 9 - lesão corporal domiciliar 
 
Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. 
- (JEC NÃO SE APLICA). 
 
CRIME DE natureza CONDICIONADA ou incondicionada? 
O entendimento quando é praticada contra a mulher é ação pública incondicionada no 
caso de lesão LEVE ( contra a mulher ). 
 
 
 
O STJ trouxe 3 Súmulas dentre elas: 
 
Enunciado da Súmula 588 STJ: 
Súmula 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com 
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa 
de liberdade por restritiva de direitos. 
 
OBS:Possui a impossibilidade para a Substituição a PENA RESTRITIVA DE DIREITO 
. 
 
Art.44 CP 
Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) 
 
I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for 
cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o 
crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998). 
 
Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou 
contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
Insignificância: aquele que não ofende o bem jurídico tutelado de maneira contundente. 
 
Não cabe princípio de insignificância no CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 
Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no 
artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima”. 
 
 
 
 
 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança 
Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro 
ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um 
a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) 
 
Essa qualificadora só é cabível quando é realizada na condição de sua profissão. 
Ex: agredir policial, POIS ele é policial. 
 
 
ART .137 - CRIME DE RIXA 
 
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. 
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo 
fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
 
RIXA PREORDENADA - aquela que os contadores combinam previamente a rixa. 
Ex: briga de torcidas organizadas, no qual combinam rixas através da internet. 
 
RIXA IMPROVISADA- O pessoal se encontra na saída e de repente decide realizar uma 
briga. 
 
ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM A RIXA: 
Núcleo- PARTICIPAR, necessariamente para esse crime ocorrer precisa haver violência 
física. 
 
Mínimo de 3 participantes. 
 
Lesões recíprocas. 
 
ANIMUS ricante- CRIME doloso. 
Se consumando: na prática das vias de fato ou na prática da violência.( instantâneo). 
 
Ação Penal Pública Incondicionada. 
 
 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
 
Perigo de contágio venéreo 
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a 
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
§ 2º - Somente se procede mediante representação. 
Perigo de contágio de moléstia grave 
 
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está 
contaminado, ato capaz de produzir o contágio: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Perigo para a vida ou saúde de outrem 
 
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou 
da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em 
estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. (Incluído 
pela Lei nº 9.777, de 1998) 
 
Abandono de incapaz 
 
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, 
e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
Aumento de pena 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. 
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 
2003) 
 
 
Art.130- doença venérea que sabe ou deveria saber. 
Bem tutelado a saúde. 
Possui modalidade dolosa e culposa. 
Se ele sabe que está contaminado e possui o interesse em transmitir a doença ela possui, 
ocorre o DOLO. 
Caso a vítima sabe, que a outra parte possui doença venérea não possui fato típico. 
 
Núcleo- expor. 
Moléstia veneria- DSTs, (AIDS não é classicada como doença veneria) 
Quando se consuma ? 
Basta a conjunção carnal ou ato libidinoso. 
 
CRIME DE ACAO Pública CONDICIONADA à representação 
--------------- 
ART.131 - MOLESTIA GRAVE - 
 
EXEMPLO:PESSOA ESPIRRA DE PROPOSITO PARA TRANSMITIR O CORONA 
VÍRUS. 
HIV - pode participar neste caso. 
Moléstia transmissíveis de outras formas. 
 
O crime se consuma 
APENAS COM A PRATICA DO ATO. 
 
É POSSIVEL A TENTATIVA neste caso. 
Se for uma moléstia mortal? 
 
Art132. CP - Perigo para a vida ou saúde de outrem 
 
Núcleo- expor. 
Pessoa determinada com o perigo iminente. 
 
É um crime subsidiariedade, caso não se aplique outros crimes dentre eles a lesão 
corporal, se aplica o crime do art.132 do CP. 
 
EX: Entrei no ônibus, não gosto do meu chefe, discuto com o motorista do ônibus, vou a 
via de fatos com o motorista do ônibus com isto coloco a vida dos demais passageiros em risco. 
 
Art133 - abandono de incapaz. 
 
SUJEITO ATIVO - A PESSOA que possui a guarda, possui o dever de tutelar. 
 
Núcleo do tipo - abandonar. 
Para se caracterizar o crime deve haver a presença destas características: sob seu cuidado, 
guarda, vigilância ou autoridade. 
 
Art.134 - Abandono ou exposição de recém nascido 
 
Sujeito ativo: 
 
Art.. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Elementos objetivo:ocultar desonra própria 
Sujeito ativo: mãe 
Sujeito passivo : recém nascido 
 
 
Omissão de socorro - ART. 135 
Omissão de socorro 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e 
iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
Não confundir com o art. 304 do CTB 
CTB - ART. 304 : 
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato 
socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar 
auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não 
constituir elemento de crime mais grave. 
 
Dolo de perigo. 
CRIME omissivo, não se admite tentativa. 
 
ART.135 - A - 
 
HOSPITAIS EXIGIAM CHEQUES- CAUCOES E NOTAS PROMISSÓRIAS 
 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o 
preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento 
médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). 
 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 
2012). 
 
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta 
lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, 
de 2012). 
 
Maus-tratos. 
 
PRÓXIMA AULA: TEMA DA PROVA A1. 
DIREITO PENAL APLICADO – 24/03/2020 
 
CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA 
Infração de medida sanitária preventiva 
 Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou 
propagação de doença contagiosa: 
 Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde 
pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro. 
Obs: Só podemos sair para rua em ocasiões especiais, entretanto saímos, poderemos 
sofrer esta pena. 
 
DOIS TIPOS PENAIS QUE ESTAMOS VIVENDO 
Perigo de contágio de moléstia grave 
 Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está 
contaminado, ato capaz de produzir o contágio: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
(NÃO SE ENCAIXA O HIV) 
A AIDS não é considerada uma doença venérea, pois a AIDS não se transmite apenas 
através de relação sexual, possuindo outras formas de transmissão. 
Para se configurar deve ter o dolo. 
Esse crime só se caracteriza se houver um ato capaz de contagiar alguém. 
A tentativa é admissível, embora seja remota. 
1 – Objetividade jurídica : saúde humana; 
2)Sujeitos : 
a) Ativo: pessoa contaminada por moléstia grave; 
b)Passivo: qualquer pessoa, desde que não esteja infectada( art.17) 
3)TIPO OBJETIVO: 
A) Praticas (ação livre) 
b) Moléstia Grave: hepatite, tuberculose, varíola; 
c) Moléstia de natureza letal: homicídio( tentado ou consumado) 
4) Tipo subjetivo: dolo; 
5) Consumação: 
a) Ato capax de contagiar; 
b)Indiferente o efetivo contágio: 
6) Tentativa: admissível 
7) Pena: reclusão, 1 a 4 anos e multa 
8) Ação penal: pública incondicionada 
 
 Epidemia 
 Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: 
 
 Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 
25.7.1990) 
 § 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. 
 § 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta 
morte, de dois a quatro anos. 
TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES – Nexo de causalidade 
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA - Em direito, Imputação objetiva significa 
atribuir a alguém a responsabilidade penal, no âmbito do fato típico, sem levar em conta o 
dolo do agente, já que dolo é requisito subjetivo que deve ser analisado dentro da ação típica e 
ilícita. 
PRINCIPIO DA CONFIANÇA - O princípio da confiança baseia-se na expectativa de 
que as outras pessoas ajam de um modo já esperado, ou seja, normal. Consiste, portanto, na 
realização da conduta de uma determinada forma na confiança de que o comportamento do 
outro agente se dará conforme o que acontece normalmente. 
PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO AO REGRESSO (COMPORTAMENTO LÍCITO) 
- Uber transporta uma pessoa com COVID- 19 até o centro chegando lá a pessoa 
começa a transmitir o vírus. O comportamento do Uber foi lícito, não se responsabilizado pelo 
o comportamento do passageiro. 
Um comportamento lícito não permite que se imputem objetivamente a quem o praticou 
atos subsequentes de terceiros; 
Objetividade jurídica: Saúde Pública 
Objeto material: GERME PATOGÊNICO 
DISTINÇÃO: 
EPIDEMIA: ( LOCAL DETERMINADO) 
ENDEMIA: ( REGIÃO DETERMINADA) 
PANDEMIA: (VÁRIAS REGIÕES OU PAÍSES) 
Elemento subjetivo : DOLO 
Consumação: produção de resultado naturalístico 
Causa de aumento: MORTE ( CRIME HEDIONDO ) 
Epidemia culposa – Paragrafo segundo. 
 § 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta 
morte, de dois a quatro anos. 
CRIMES CONTRA A HONRA 
 
CONCEITO: COMPLEXO OU CONJUNTO DE PREDICADOS OU CONDIÇÕES 
DA PESSOA QUE LHE CONFEREM CONSIDERAÇÃO SOCIAL E ESTIMA PROPRIA. 
 
2 – ESPÉCIES: 
A) HONRA OBJETIVA – conceituação do individuo perante a sociedade 
(calúnia e difamação) 
B) HONRA SUBJETIVA – opinião do sujeito a respeito de si mesmo 
(injúria) 
 
3-CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: 
A) HONRA OBJETIVA E SUBJETIVA: bens jurídicos disponíveis; 
B) EXEMPLOS: 
-AÇÃO PENAL PRIVADA 
-RENÚNCIA 
-PERDÃO 
 
4- LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 
A) LEI DE IMPRENSA (STF,ADPF 130) - Supremo julga Lei de Imprensa 
incompatível com a Constituição Federal 
B) CÓDIGO ELEITORAL,etc. 
 
5-PESSOA JURIDICA COMO SUJEITO PASSIVO 
5.1-CRIME DE CALÚNIA ( POSSIBILIDADE) 
A) IMPUTAÇÃO FALSA DE CRIME AMBIENTAL( CF, Art. 225, Parag. Terceiro e 
LEI nº 9.605/98) 
B) IMPORTUNAÇÃO FALSA DE CRIMES CONYTRA A ORDEM ECONÔMICA E 
FINANCEIRA( CF,Art.173, Parag. Quinto) 
5.2) CRIME DE DIFAMAÇÃO ( POSSIBILIDADE) 
A)PESSOA JURIDICA REPUTAÇÃO 
 
 
- PESSOA JURIDICA NÃO PODE SOFRER CRIME DE INJURIA, POIS NÃO 
POSSUI HONRA SUBJETIVA. 
 
CALÚNIA 
 Calúnia 
 
 Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou 
divulga. 
 § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
 
1-Conceito – caluniar alguém imputando-lhe falsamente fato definido como crime. 
2-Objetividade jurídica : Honra objetiva(reputação) 
3- SUJEITOS: 
ATIVO: Qualquer Pessoa 
Passivo: qualquer pessoa determinada. 
a) Inimputáveis ( menores e doentes mentais) 
b) B) Mortos ( art. 138, prag. Segundo – FAMILIARES) 
c) Desonrados (políticos corruptos): não é crime impossível. “ Ninguém é 
privado completamento de honra” (ANÍBAL BRUNO) 
 
4-ELEMENTO OBJETIVO 
4.1-NÚCLEO DO TIPO: - CALÚNIAR 
A) IMPUTAR (FALSAMENTE) 
B(PROPALAR – Levar ao conhecimento de outrem a calúnia que tem 
conhecimento; 
C-Divulgar 
 
4.2) Espécies 
a) Inequívoca ou explícita: ofensa direta; 
b) Equívoca ou implícita: ofensa indireta 
c)Reflexa: Imputa o crime a uma pessoa, acusada outra 
 
4.3)REQUISITOS 
A) Imputação de fato criminoso determinado 
B) Falsidade da imputação (elemento normativo do tipo) 
 
4.4) DESCARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA 
a) Imputação de contravenção penal : difamação 
b) Imputação de fato atípico; difamação ou injúria 
 
5) ELEMENTO SUBJETIVO? 
A) DOLO DIREITO: 
B) DOLO EVENTUAL5.1)HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO DOLO 
A) ANIMUS JACANDI: gracejar ou caçoar 
B) ANIMUS NARRANDI: Relatar um fato (testemunha) 
C) ANIMUS DEFENDI (CP,Art.142,I: Lei nº 8.906?94, art. 7 ° Parag. Segundo) 
D) ANIMUS CORRIGENDI DISCIPLINANDI: corrigir aquele que se encontra sob 
sua guarda ou vigilância; 
E) ANIMUS CONSULENDI: Intenção de aconselhar 
F) Exaltação emocional ou discussão. 
 
6)CONSUMAÇÃO 
A) Dá-se quando a falsa imputação se torna conhecida por outrem 
B) É necessário que haja publicidade 
C)Basta uma pessoa 
D) Consentimento do ofendido: Inexistência de crime 
 
7-TENTATIVA: É admissível para a calúnia escrita. 
 
8-Exceção da Verdade(art.138, parag. Terceiro) : Possibilidade de o agente provar 
que a ofensa é verdadeira. 
8.1) Procedimento( CPP,Art.523) 
Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato 
imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser 
inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em 
substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal. 
a) Contestação do querelante 
B) Inquirição de testemunhas 
C) Decisão proferida juntamente coma causa principal 
 
8.2) Hipóteses de inadmissibilidade da exceção da verdade ( Parag. Terceiro, I a 
III) 
 
9-EXCEÇÃO DE NOTORIEDADE DO FATO(CPP, Art. 523) 
A) Afirmação de domínio público – induzido pelo entendimento do público 
B) Agente pode ser induzido a erro de tipo 
 
 
10 -Distinção entre denúncia caluniosa ( art. 339) 
Denunciação caluniosa 
 Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, 
instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade 
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada 
pela Lei nº 10.028, de 2000) 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
 § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou 
de nome suposto. 
 § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de 
contravenção. 
a) Imputação falsa de crime ou contravenção: 
b) Conhecimento da autoridade Policial 
c) Instauração de I.P. ou ação penal 
d) Crime contra a administração da justiça 
 
Comunicação falsa de crime ou de contravenção 
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de 
contravenção que sabe não se ter verificado: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
DIFAMAÇÃO 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Exceção da verdade 
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
Injúria 
 
1) CONCEITO: Imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação. 
2) Objetividade Jurídica 
a) Honra objetiva 
b) Conceito do individuo no meio social 
 
3)Sujeitos: 
3.1)Ativo: Qualquer Pessoa 
3.2) Passivo: Qualquer Pessoa 
a)Pessoa jurídica: admissível(STF,RTJ 113/88) 
B) Memória dos mortos ( Somente Lei de Imprensa – art.24) 
C) Desonrados: a honra à personalidade humana 
4)ELEMENTO OBJETIVO: 
a) Difamar (Núcleo): Atribuir fato ofensivo alguém 
b)Reputação: respeito que o individuo goza no meio social 
c) Haverá crime se o fato for verdadeiro 
d)Imputação de fato definido como contravenção penal 
e)Propalar e divulgar: configuram o crime, mesmo que não descritos no tipo 
5)Elemento Subjetivo 
a)DOLO: direto ou eventual 
b)Animus diffamandi 
6)Consumação 
a) No instante em que terceiro toma conhecimento 
b) A ciência apenas do ofendido não consuma o crime (honra objetiva) c 
7)Tentativa 
a) Inadmissível na palavra oral 
b) Admissível para a forma escrita 
 
8) Exceção da verdade( 139, parag. Único) 
8.1) Irrelevante se o fato imputado é falso ou verdadeiro 
8.2)Admissibilidade: 
a)Ofensa à reputação de funcionário público 
b)No exercício de suas funções 
c)EX: afirmação de que o funcionário trabalha embriagado 
d)Não extensível ao Presidente da República(doutrina) 
 
Disposições comuns 
 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se 
qualquer dos crimes é cometido: 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da 
calúnia, da difamação ou da injúria. 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto 
no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se 
a pena em dobro 
 
DIREITO PENAL APLICADO – 31/03/2020 
AVALIAÇÃO A1 – Provavelmente ocorrerá dia 14 de ABRIL, através do sistema 
Blackboard (questões de múltipla escolha com fundamentação de artigo de lei) . 
AVALIAÇÃO A2 – Moldes do professor (QUESTÕES DISSERTATIVAS) . 
CRIME DE INJÚRIA 
ART.140 CP 
Injúria 
 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou 
pelo meio empregado, se considerem aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação 
dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
 
1)CONCEITO: Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou decoro. 
2)Objetividade jurídica 
2.1) Honra subjetiva 
 
2.2) Espécies de honra subjetiva: 
a) honra-dignidade: atributos morais(desonesto, corrupto, egoísta, ladrão, canalha, 
cachorro, etc) 
b) Honra-decoro: atributos intelectuais e físicos (burro, coxo, gordo, careca , etc.) 
c) Palavras devem constar da queixa-crime, sob pena de inépcia. 
 
2.3) Injuria real ( artigo 140, paragrafo segundo) 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou 
pelo meio empregado, se considerem aviltantes: 
a) NATUREZA DO ATO: esbofetear, levantar a saia, rasgar roupa, raspa cabelo; 
b) MEIO EMPREGADO: atirar ovo, jogar bebida no rosto. 
 
3)Sujeitos 
Ativo: Qualquer Pessoa 
Passivo: 
a) Qualquer Pessoa, desde que tenha capacidade de entendimento de 
expressão ultrajante 
b) Memória dos mortos: Impossibilidade – ausência de previsão legal. 
 
4-Elemento Objetivo: Crime doloso de ação livre 
A) Injuriar “ manifestação, por qualquer meio de um conceito ou 
pensamento que importe ultraje, menoscabo ou vilipêndio contra alguém” ( Nelson 
Hungria) 
B) Crime de ação Livre: palavra oral, escrita, pintura, gesto, etc. 
C) Atribuições de qualidade negativas ou defeitos ( não se trata de 
imputação de fato concreto) 
D) EX: jogar lixo na porta da residência, atirar conteúdo de bebida no rosto, 
insultos, xingamentos. 
 
 
4.1) ESPÉCIES 
A) Imediata: proferida pelo próprio agente. 
B) Mediata: o agente se vale de outra pessoa para executar a ofensa 
C) Direta: refere-se ao próprio ofendido 
D)Oblíqua: atinge pessoa estimada pelo ofendido 
E)Indireta ou reflexa: ao ofender alguém, também se atinge a honra de terceira pessoa 
F) Equívoca: por meio de expressões ambíguas 
G) Explícita: expressões que não se revestem de dúvidas4.2) Distinção com desacato (art.331 ) 
Desacato 
 Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
 
a) Crime contra a administração da justiça 
b) Ofensa na presença do funcionário público 
c) Tipo Subjetivo: desprestigiar a função pública 
d) Sujeito passivo primário: o Estado. 
 
4.3) Distinção com ultraje a culto (art.208) 
Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo 
 
 Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função 
religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar 
publicamente ato ou objeto de culto religioso: 
 Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 
 Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, 
sem prejuízo da correspondente à violência. 
 
a) Crime contra o sentimento religioso 
b) Tipo Subjetivo: intenção de escarnecer alguém por motivo de crença ou 
função religiosa. 
 
5) Tipo subjetivo – INJÚRIA 
A) DOLO( animus injuriandi) 
B) Discussão ou exaltação: exclui o dolo 
 
6) Consumação 
a) Sujeito passivo toma ciência da ofensa 
b)Crime formal 
c) Prescinde que terceiros tomem conhecimento da ofensa 
7)Tentativa: Possibilidade na injúria escrita. 
 
 
INJÚRIA 
8) Forma qualificada (art.140, parag. Terceiro) 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação 
dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
a) Elementos preconceituosos ou discriminatórios 
b) Xingamentos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem, pessoa idosa 
ou portadora de deficiência 
c) Distinção: LEI N° 7.716/89 (arts.3º a 20) 
CF,art.5°,XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (LEI N º 7.716/89); 
 
9) Perdão Judicial(art.140, parag. 1° ) 
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a 
injúria; 
 II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria 
a) Provocação da ofensa pelo ofendido, de forma reprovável 
b) Retorsão imediata 
Natureza jurídica do perdão judicial: é uma causa extintiva da punibilidade, só 
pode ser concedido em casos expressos na lei. 
 
 
CAUSAS DE AUMENTO – CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se 
qualquer dos crimes é cometido: 
 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo 
estrangeiro; 
 
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
 
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação 
da calúnia, da difamação ou da injúria. 
 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de 
deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, 
aplica-se a pena em dobro. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Obs: O inc. IV não se aplica, pois ocorrerá “ bis in iden” com art.140, 
parag. Terceiro. 
 
IMUNIDADES – CRIMES CONTRA A HONRA 
 
Exclusão do crime 
 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
 
 I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por 
seu procurador; 
 
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo 
quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; 
 
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em 
apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. 
 
 Parágrafo único - Nos casos dos inc. I e III, responde pela injúria ou pela 
difamação quem lhe dá publicidade. 
 
1) Abrangência: 
a)Oral: júri e debates 
b)escrita: alegações finais, recursos, etc. 
c) não se aplica à calúnia 
d) Nexo entre a ofensa e a discussão da causa 
e) Alcance: autor e réu 
2)EXEMPLOS: 
a) Chamar de aproveitador ou desonesto 
b) Chamar o juiz de arbitrário ou ditador 
 
“A imunidade prevista no artigo 7º, Parag.2° da LEI 8.906/94 é limitada aos 
crimes de injúria e difamação, não abrangendo o crime de calúnia, descrito no artigo 
138 do CP (precedentes do STF e do STJ). 
 
“A imunidade profissional do advogado não compreende o desacato, pois 
conflita com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional” 
RETRATAÇÃO 
Retratação 
 
 Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da 
calúnia ou da difamação, fica isento de pena. 
 
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia 
ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se 
assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. 
(Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) 
2)Conceito: retirar o que foi dito, assumir que errou 
3)Requisitos: 
a) Deve ser total e incondicional 
b)Independe de aceitação do ofendido 
4)Efeito: causa extintiva da punibilidade (CP, art.107,VI) 
5)Momento: até a sentença de 1º instância 
6)Inaplicabilidade: injúria 
7) Extensão: não se estende a outros querelados que não retratam. 
 
AÇÃO PENAL 
1)Previsão Legal: 
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante 
queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. 
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no 
caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do 
ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 
140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009) 
 
2) Regra: Ação Penal Privada 
3) Exceções: 
a) Requisição do Ministro da Justiça( art.141,I) 
b) Representação do ofendido (art.141, II) 
STF, SÚMULA 714: 
É CONCORRENTE A LEGITIMIDADE DO OFENDIDO, MEDIANTE 
QUEIXA, E DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONDICIONADA À 
REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO, PARA A AÇÃO PENAL POR CRIME 
CONTRA A HONRA DE SERVIDOR PÚBLICO EM RAZÃO DO 
EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. 
c) Públicidade incondicionada: injúria real se a vítima sofre lesão corporal 
grave ou gravíssima ( art.140, parag. 2º) 
d) Pública condicionada : injúria real se a vítima sofre lesão corporal leve ( 
art.88, da Lei nº 9.099/95) 
e) Pública condicionada à representação: injúria qualificada ( art.140, 
parag.3º) 
 
PROCEDIMENTO 
 
1) Rito sumário ou sumaríssimo 
Art. 519. No processo por crime de calúnia ou injúria, para o qual não haja outra forma 
estabelecida em lei especial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Titulo I, deste 
Livro, com as modificações constantes dos artigos seguintes. 
2) Audiência de reconciliação 
Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes 
oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-
as, separadamente, sem a presença dos seus advogados, não se lavrando termo. 
Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar 
provável a reconciliação, promoverá entendimento entre eles, na sua presença. 
Art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o 
termo da desistência, a queixa será arquivada. 
3) Exceção da verdade ou notoriedade do fato 
 
Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da 
notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no 
prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na 
queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou 
para completar omáximo legal. 
 
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES: 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação 
ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se 
recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
(NÃO INTERROMPE OU SUSPENSE O PRAZO DECADENCIAL DA 
QUEIXA-CRIME) 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES PATRIMONIAIS 
FURTO -ART. 155 
Furto 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
1) Objetividade Jurídica 
-Propriedade 
- Posse 
 
2) SUJEITOS 
2.1)ATIVOS 
a) Qualquer pessoa 
b) Subtração de coisa própria? 
 Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha 
em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção: 
 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
 
2.2)PASSIVO 
A)Qualquer pessoa ( física ou jurídica) 
B) Ladrão que furta ladrão? 
-Ladrão que furta ladrão? 
Pratica o crime de receptação. 
 
3) ELEMENTOS OBJETIVOS 
-SUBTRAIR 
-TROMBADA 
-COISA MÓVEL 
 
Critérios para a aplicação do princípio da insignificância (STF) 
A) Mínima ofensividade da conduta; 
B) Baixo grau de reprovabilidade da conduta; 
C) Inexpressividade da lesão ao bem jurídico; 
D) Ausência de periculosidade social da ação; 
 
 
DIREITO PENAL APLICADO – 07/04/2020 
(14/04)PROVA SEMANA QUE VEM DAS 8:30 até 21:50, realizar a atividade e enviar 
de volta. 
Questões de múltipla escolha que deverá ser fundamentada. 
A1 - TEMA: CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA – ART.121 À 128 do CP 
2 QUESTÕES 5 alternativas cada uma 
 
CONTINUAÇÃO ( FURTO) 
 
3.5) Critérios para a aplicação do princípio da insignificância (STF) 
a) Mínima ofensividade da conduta; 
b) Baixo grau de reprovabilidade da conduta; 
c) Inexpressividade da lesão ao bem jurídico; 
d) Ausência de periculosidade social da ação 
 
Entendimentos do STJ sobre o princípio da insignificância: 
• A prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de 
obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo 
inaplicável o princípio da insignificância. 
O princípio da insignificância deve ser afastado nos casos em que o réu faz do crime o 
seu meio de vida, ainda que a coisa furtada seja de pequeno valor. A lesão jurídica resultante 
do crime de furto não pode ser considerada insignificante quando o valor dos bens subtraídos 
perfaz mais de 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos. 
 
3.6) Não podem ser objeto de furto 
a)Bens imóveis ? 
Não, pode ser possível. 
b)Ser humano? 
Não é possível. 
c)Bens de uso comum? 
Não pode ser possível, não possível roubar a luz do sol ou a água do mar. 
d)Coisa abandonada ou achada? 
Achado não é roubado, mas é outro crime apropriação de coisa achada, conforme : 
Art.169 CP 
Apropriação de coisa achada 
 II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, 
deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade 
competente, dentro no prazo de quinze dias. 
3.7) Furto famélico 
O furto famélico ocorre quando alguém furta para saciar uma necessidade urgente e 
relevante. É a pessoa que furta para comer. 
É uma excludente de ilicitude, por causa do estado de necessidade. 
 
4) ELEMENTO SUBJETIVO 
a)Dolo direto ou eventual 
Não existe forma culposa. 
b)Erro de tipo – art. 20 CP 
c)Furto de uso 
Utiliza de maneira momentânea e devolve a coisa de forma intacta ao dono. 
d)Restituição intacta ao dono 
5) CONSUMAÇÃO 
a)Desapossamento (STJ, Repetitivos, Tema 934) 
b)Posse mansa e pacífica 
O entendimento majoritário entende-se o furto se consuma com o mero 
desapossamento. 
6) TENTATIVA 
a)Admissível 
É admissível, só é difícil de ser caracterizada, exemplo o agente pula a casa da vitima e 
separa alguns bens para serem furtados, quando ele vai tentar pular o muro ele é surpreendido 
pela a polícia. 
b)Desistência voluntária – art. 15 CP 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede 
que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
Caso: 
1- Sujeito entra no supermercado com sua própria mochila e coloca um 
whisky na mochila, quando ele chega no ponto de saída do mercado o sujeito retorna 
e devolve a bebida(se arrependendo) . 
R: Não praticou nenhum crime. 
2- Sujeito pula o murro do vizinho para furtar o botijão de gás, entretanto se 
arrepende. 
R: Sujeito vai responder pelos os crimes até então praticas, não responderá por 
furto somente por invasão de domicilio. 
 
7) REPARAÇÃO DO DANO 
a)Antes do recebimento da denúncia 
b)Depois do recebimento da denúncia 
 
8) REPOUSO NOTURNO (§ 1º) 
a)Possível ao furto qualificado? 
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
É uma qualificadora, se for praticada durante o repouso noturno. 
b)Casa habitada? 
c)Repouso dos moradores? 
9) FURTO PRIVILEGIADO (§ 2º) 
9.1) Requisitos 
a)Primariedade 
Réu primário 
b)Pequeno valor (salário mínimo) 
Até um salário mínimo vigente dos fatos. 
c)Direito subjetivo público 
Se preenche os requisitos o juiz não pode negar o beneficio do furto privilegiado. 
9.2) Consequências: 
a)Substituição da reclusão por detenção 
b)Diminuição de 1/3 a 2/3 
c)Pena exclusiva de multa 
 
9.3) Furto qualificado - privilegiado 
a) Compatibilidade entre as circunstâncias 
b) Possível para as qualificadoras de caráter objetivo 
(meios e modo de 
d)Julgamentos de recursos repetitivos (STJ, Tema 561) 
561 - Legitimidade do Ministério Público para ajuizamento de ação civil pública que 
visa a anular ato administrativo com fundamento na defesa do patrimônio público. 
 
e)STJ, Súmula 511: “é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º. do art. 
155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o 
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva” 
 
Julgados do STF: 
HC 97.051, Rel. Min. Carmen Lúcia 
HC 97.034, Rel. Min. Ayres Britto 
Julgamentos de recursos repetitivos (STJ, Tema 561) 
STJ , Súmula 511: “é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º. do art. 
155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o 
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva” 
10) QUALIFICADORAS (§§ 4º, 4º A e 5º) 
10.1) Destruição ou rompimento de obstáculo: 
a)Exame de corpo de delito (CPP, art. 158) 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando 
se tratar de crime que envolva: 
b)Violência contra o obstáculo inerente à própria coisa? (vidro do veículo) 
R: Haverá furto qualificado se o sujeito quebra o vidro do carro para furtar o veículo? 
Resposta: depende do entendimento do judiciário, com base na pericia do art. 158 do CPP, 
segundo o entendimento do STJ não é qualificadora 
 
HABEAS CORPUS. FURTO DE VEÍCULO. ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO 
(QUEBRA DO VIDRO LATERAL DIREITO). INCIDÊNCIA DA FORMA 
QUALIFICADA DO DELITO. ORDEM DENEGADA. 
1. O rompimento ou a destruição de obstáculo, independentemente da exterioridade ou 
não deste em relação à coisa objeto da subtração, implica, em princípio, no reconhecimento 
do furto em sua forma qualificada. 2. Sob qualquer ângulo que se aprecie o art. 155, § 4o., I 
do CPB, não se constata referência sobre o obstáculo ser exterior ou próprio à coisa subtraída, 
bastando que seja necessário à subtração que se destrua ou se vença algo que atrapalhe a 
consecução do objetivo delituoso. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 4. Ordem 
denegada. (STJ, Rel. Min. Napoleão

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