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AULA 01 – 11/02/2020 (TERÇA) 063024 - ESTAGIO DE PRATICA SUPERVIS - PENAL FABIO GALLINARO Fábio.gallinaro@fmu.br CRIMES CONTRA A PESSOA 1- CLASSIFICAÇÃO A-Homicídio B-Part. Suicídio C-Infanticídio D- Aborto 2- BEM TUTELADO A)VIDA - INTRA - EXTRA B) FIM DA VIDA? HOMICIDIO 1- CONCEITO mailto:Fábio.gallinaro@fmu.br 2-OB. JURÍDICAS 3- SUJEITOS - ATIVO - PASSIVO BIBLIO: Guilherme de Souza nucci Eugenio Passeli Paulo Rangel - processo penal A1- data: 24/03 - tema: crimes contra a incoluminidade a fé e a paz pública A3- data: 19/05 - tema: Leis de drogas e rito processual ---------------------------------------------------------------- OBS: Crimes dolosos contra vida humana é de competência do tribunal do júri. SEGUE ABAIXO CRIMES CONTRA A VIDA: 1. participação do suicídio - ex: baleia azul 2. homicídio 3. infanticídio 4. aborto HOMICIDIO VIDA humana extra Uterina - é o bem tutelado contra os crimes contra as pessoas humanas, homicídio. | (Bem indisponível) Art.5 Cf/88 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: PACTO SAN JOSE DA COSTA RICA Artigo 4. Direito à vida 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente. 2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente. 3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido. 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos. 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez. 6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente. HOMICIDIO ART. 121 Art.121- Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Morte encefálica - diagnóstico da morte se dá através da cessação da morte encefálica, conforme lei 9434/97. Objetividade jurídica = bem jurídico tutelado, neste caso seria a vida humana extra Uterina. ART.123 - INFANTICÍDIO Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. COMO A VIDA HUMANA SE INICIA? RESPOSTA: Primeiros cortes (incisões) ou contrações- vida humana extra uterina . Sujeitos 1. Ativo- comete o crime - qualquer pessoa. 2. Passivo- quem sofreu o crime. -------------------------------- HOMICIDIO 3) SUJEITOS - ATIVO - Passivo 4)Elemento Objetivo A) núcleo B) meios execuções 5)Elemento Subjetivo A) dolo direto B) dolo eventual STF/HC 107.801/58 6) HOMICIDIO SIMPLES 7)H. PRIVILEGIADO A) B) RES. 1805/06 CFM. 8) HOMICIDIO QUALIFICADO A)PAGA B)TORPE C)FICTIL ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------ Omissão- art.13, parag. Segundo- forma omissiva apenas quem possui o "dever de cuidar" Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: Sujeito passivo no crime de homicídio- qualquer pessoa que esteja vivo, caso esteja morto antes é um crime impossível visto que é impossível consumar a situação do crime. Elementos objetivos - palavras que compõe o tipo penal. - Preceito primário. EXEMPLO: Núcleo do tipo- (verbo) : MATAR. Nexo causal - a conduta tem que ser determinante para causar o resultado. " Conditio sine qua non" SEGUE SIGNIFICADO: 1) Condição sem a qual não. Indica circunstâncias indispensáveis à validade ou a existência de um ato. 2) Denominação da teoria da equivalência das causas, pela qual se considera causa (ou concausa) do resultado delituoso qualquer fator (humano ou natural) que haja contribuído para a produção do mesmo. Também no sentido de ?sem isso, nada feito?. Elemento subjetivo - DOLO DIRETO - Caracteriza-se pela vontade livre e consciente de um indivíduo de praticar uma conduta tipificada na legislação penal. DOLO EVENTUAL - Segundo a legislação penal brasileira dolo eventual é um tipo de crime que ocorre quando o agente, mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de o produzir. CULPA CONSCIENTE: o agente não quer cometer o crime e acredita em suas habilidades. Ex: motorista que acelera muito o carro. ESPÉCIES - HOMICÍDIOS 6- HOMICIDIO SIMPLES - nenhuma hipótese priveligiadora e nem qualificadora. Lei 8.072/90 - dispõe sobre crimes hediondos. Homicídio simples não é crime hediondo, somente em caso praticado por atividade típica de grupo de extermínio. 7- HOMICIDIO PRIVELIGIADO Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Caso de diminuição de pena § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL - interesse coletivo por atrás disto. Ex: homicídio de um traficante. motivo de relevante valor moral - Interesse particular, mata a pessoa por aspecto pessoal de amor. Ex: MATAR alguém que está em estado terminal (eutanásia) - conduta positiva. sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima - tem elemento temporal, só serve para o Homicídio. Não confundir com circunstância atenuante: Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - ter o agente: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; OBS: O referente ao art.65 não possui elemento temporal, serve para todos os crimes. Homicídio híbrido só se configura em elementos objetivos. HOMICÍDIO QUALIFICADO É HEDIONDO ESTUDAR DOSIMETRIA DA PENA* AULA 2 – 19-0-2020 (TERÇA) – PENAL PARTE ESPECIAL HOMICIDIO A) NEXO CAUSAL B) EMBRIAGUEZ QUALIFICADORA - " ANIMUS NECANDI" - intenção de matar. - Elemento subjetivo. CAUSAS DE AUMENTO 1- HOMICIDIO CULPOSO (4°) 2- HOMICIDIO DOLOSO (4°) 3- MILÍCIA (6°) 4- FEMINICIO (7°) CONSERVAÇÃO 1) MORTE 2) LEI 9434/97 TENTATIVA 1) IMPERFEITA 2) PERFEITA HOMICIDIO CULPOSO 1)ELEMENTOS 2) EXEMPLOS 3)TRANSITO 4)PERDÃOJUDICIAL SUICÍDIO OU AUTOMUTILACAO 1- Previsão 2- Objetivo jurídico 3- sujeitos 3) ELEMENTOS SUBJETIVOS ANOTAÇÕES- qualificadora pagas- Art.30 cp QUALIFICADORAS Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. A redação do artigo 30 do Código Penal quer impedir que circunstâncias e condições de caráter pessoal de um dos autores ou partícipes sirva para beneficiar ou prejudicar os demais. Art. 121. Matar alguém: Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. MOTIVO TORPE- INC.I Motivo repugnante, desprezível. Exemplo: disputa pelo o ponto de venda de tráfico de drogas, matar por ciúmes, matar pela a pessoa ser homossexual, matar por vingança. FÚTIL- INC. II Motivo insignificante. Ex:matou por briga de trânsito ou por causa de futebol. OBS: Não confundir o motivo insignificante com o sem motivo. VENENO - INC. III VENEFICIO- EMPREGO DE VENENO NO HOMICIDIO, EFETUADO DIANTE DE DISSIMULAÇÃO. EX: Tomar VENENO mistura na bebida e a vítima não sabia que possuía veneno na bebida. FOGO E EXPLOSIVO- INC. III ASFIXIA- INC. III Poderá ser mecânica ou tóxica. Mecânica- afogamento, enforcamento, mata leão. Tóxica- mediante emprego de gás. TORTURA- INC III sofrimento desnecessário que se impõe a vítima. Tortura é a imposição de dor física ou psicológica apenas por prazer, crueldade. Como pode ser entendida também como uma forma de intimidação, ou meio utilizado para obtenção de uma confissão ou alguma informação importante. LEI 9455/97 - LEI DE TORTURA. MEIO MICIDIOSO - INC. IV Armadilha mortal. MEIO CRUEL - sofrimento além do necessário. NEM SEMPRE A REITERAÇAO DE GOLPES É MEIO CRUEL. OBS: NÃO CONFUNDIR TORTURA COM MEIO CRUEL EXPLICAÇÃO: A tortura pode ser sofrimento físico ou psicológico, a tortura não é o meio escolhido para matar a vítima. O meio cruel é o meio escolhido para matar a vítima.( é o mecanismo utilizado para matar). PERIGO COMUM - INC. III alguma coisa que pode colocar a vida dos outros em risco também. Traição - INC. IV Sorrateiro e inesperado EMBOSCADA- INC. IV Agente fica escondido esperando a vítima passar. DISSIMULAÇÃO - INC.IV Disfarça a situação. RECURSOS QUE DIFICULTAM A DEFESA DA VITIMA - INC. IV EX: Surpresa, 5 agentes contra 1. ASSEGURAR A EXECUÇÃO- INC. V Matar a mãe para realizar o estupro da filha. PARAG. 2°, INC. VI - FEMENICIDIO Art. 121. Matar alguem: § 2° Se o homicídio é cometido: VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) CONSIDERA: § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) Ex: existe independendo da coabitação, deve ocorrer o menosprezo para se caracterizar o FEMENICIDIO ou violência doméstica. "Bis in idem " - O bis in idem é um fenômeno do direito que consiste na repetição de uma sanção sobre mesmo fato. CRIME EM RAZÃO DA FUNÇÃO O agressor tem que ter ciência por causa da função que ele possui. Ex: MATAR pois a vítima é policial militar. CONSUMAÇÃO- Se consume com a morte da vítima, o critério morte é refinada através da morte encefálica. 1.TENTATIVA- é admissível quando a vítima não morrer. 1.1. IMPERFEITA (inacabada) o agente não prática todos os atos executórios. Ex: saca a arma e efetua os tiros, entretanto não acerta a vítima e logo em seguida é desarmado. 1.2. PERFEITA (PERFEITA- ACABADA - CRIME FALHO.) - crime falho, agente prática todos os atos executórios, entretanto não consegue matar a vítima. Ex: agente descarrega a arma na vítima entretanto não acerta de maneira mortal. TENTATIVA CRUENTA ATINGIU A VÍTIMA. TENTATIVA INCRUENTA NÃO ATINGIU A VÍTIMA. CAUSAS DE AUMENTO Vem expresso geralmente em fração - " a pena será aplica em ". A qualificadora antecede a primeira fase do cálculo do aumento. HOMICIDIO CULPOSO - ART. 121, PARAG. 4° Aumento de pena § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) A pena poderá ser aumentada por omissão, negligência, imprudência, imperícia. HOMICIDIO DOLOSO- HOMICIDIO causado por milícia- PARAG. 6 Feminicidio - Medida protetiva- HOMICIDIO CULPOSO - COMPORTAMENTO DO AGENTE NEGATIVO OU POSITIVO, ENTRETANTO NAO HÁ O " ANIMUS NECANTI" – (NÃO TEM VONTADE DE MATAR). MODALIDADES: IMPRUDENCIA - CONDUTA POSITIVA . NEGLIGENCIA - CONDUTA NEGATIVA . IMPERÍCIA- FALTA DE PERÍCIA. Art.302 do CTB. Lei. 9503/97 - Responde somente quem efetuou com veículo automotor. Art.121, parag. 3. Exemplo: Engenheiro que não segue as regras normativas da construção, peões não utilizam os capacetes pois não foi fornecido. Perdão judicial- O perdão judicial é uma renúncia do Estado à pretensão punitiva, manifestada através do Juiz. Ex: pai que atropela o filho, dando ré na garagem. 2- CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA: SUICÍDIO OU AUTOMUTILACAO Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar- lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Sujeito Ativo e passivo - QUALQUER pessoa. Capacidade de discernimento- Elementos objetivos A- Induzir- incitar, provocar B- Mitigar- estimular uma ideia resistente. C- Auxiliar - prestar auxílio material 4- Elemento Subjetivo - só possui a forma dolosa, não havendo forma culposa. 5- Elemento Consumativa / Tentativa Com a nova legislação possui a tentativa na forma de auxiliar. 6- Qualificadora Parágrafo primeiro e segundo Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar- lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) CAUSAS DE AUMENTO§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) INC. I- Motivo egoístico- exemplo: neto que instiga a avó se matar por motivos financeiros. INC.II - vítima é menor, causa de aumento. CAUSA DE AUMENTO ATRAVÉS DE MEIOS TECNOLOGOS § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) -EX: BALEIA AZUL § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) EQUIPARAÇÃO Lesão corporal grave ou gravíssima: § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Se houver morte: § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) AULA 03 – 03/03/2020 – PENAL PARTE ESPECIAL (TERÇA) SUICÍDIO E AUTOMUTILACAO 1- QUALIFICADORAS 2- CAUSAS DE AUMENTO 3- EQUIPARAÇÃO INFANTICÍDIO 1- PREVISÃO 2- OBJETIVO JURÍDICO 3 - SUJEITOS ATIVOS E PASSIVOS 4- ELEMENTOS OBJETIVOS A)ação jurídica B) estado puerperal C)elemento temporal - durante - logo após 5- ELEMENTO SUBJETIVO 6-CONST/TENT. 7- PENA/AÇÃO ABORTO 1)CONCEITO 2)OBJETO JURÍDICA 3)SUJEITOS - AUTOABORTO -ABORTO CONSENTIDO - PROVOCADO 3° A) ATIVO B)PASSIVO 4) ELEMENTO OBJETIVO A)PROVOCAR B)FEITO VIVO C)INICIO GRAVIDEZ 7- ESPÉCIES A- AUTOABORTO B- CONSENTIDO C - por terceiro D - QUALIFICADO E) legal - ART .128 Necessario- Inc. I - Mãe corre o risco de morte. Sentimental- ABORTO ético humanitário, aquele que é prática em decorrência de crime de estupro. Anencefalia- má formação do pubo cerebral. - ADPF 54. 8)CONCEITO agentes 9Penas / AÇÃO LESÃO CORPORAL 1- CONCEITO 2- OBJETO JURIDICO 3 - SUJEITOS - ATIVO - Passivo 4- ELEMENTO OBJETIVO A- ofender B-autolesao? 5- ELEMENTO SUBJETIVO A) DOLO B)CULPA É NECESSARIO AUTORIZACAO JUDICIAL PARA O ABORTO SENTIMENTAL ? ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- SUICÍDIO E AUTOMUTILACAO Quais os núcleos? Núcleo dos artigos 122, instigar, induzir é auxiliar são os núcleos deste artigo. Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar- lhe auxílio material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) Quando se consuma ? Se consuma a partir dos núcleos. Admite a tentativa? Depende da modalidade, podendo ocorrer caso aconteça auxílio ou nas outras modalidades na forma escrita. Duas QUALIFICADORAS, quais são? 1- quando da infração resulta lesão corporal grave ou gravíssima. 2-e se resulta em morte. CAUSAS DE AUMENTO, quais são? 1- motivo egoistico - induzindo o suicídio de alguém para conseguir um benefício próprio. 2- motivo Torpe, motivo fútil- motivo desprezível, repugnante / insignificante. 3- menor ou tem diminuída sua capacidade de resistencia- menor( 18 anos), diminuidade a capacidade de resistência ( pessoa que sofre de depressão). 4- quando o crime é praticado na rede mundial de computadores, redes sociais ou transmissão em tempo real. 5- ocorre quando o sujeito ativo é líder ou coordenador de grupo de rede social. EQUIPARAÇÃO § 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) (Responde por lesão corporal gravíssima) § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) (Responde por homicídio) INFANTICÍDIO Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento. Bem tutelado? A vida humana do nascituro ou do recém nascido. Sujeito ativo- mãe (crime próprio ) Sujeito passivo( feto ou recém- nascido) PARTICIPE × COAUTOR O mandante do crime, portanto, será coautor do crime juntamente com omatador (autor direto do crime de homicídio). O Partícipe não realiza a conduta típica, não pratica o exato núcleo do tipo penal, mas ele contribui de alguma forma para o crime acontecer, conscientemente da ilegalidade e dos objetivos delituosos. O artigo 30 do Código Penal prevê a incomunicabilidade ou não das circunstâncias ou condições. Assim dispõe: “Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime”. EXEMPLO: da enfermeira que auxiliou no infanticídio, a enfermeira responde por homicídio e a mãe por infanticídio, caso a participe saiba do ESTADO PURPERAL da mãe e prática atos executórios. Caso a enfermeira apenas sabe do ESTADO puerperal e não prática dos atos executórios, apenas responderá por infanticídio e não o homicídio. A enfermeira tem que ter ciência do ato para ser participe. Elemento objetivo Matar- núcleo- pode ser praticado no ato omissivo. Ex: mãe deixa de amamentar filho. Estado puerperal-abalo de natureza psicológica que ocorre por queda de nível hormonal da mulher que influencia a mãe a causar a morte do filho. " matar o próprio filho sob a influência " Essa queda do nível hormonal ocasiona uma queda do nível nervoso- que é o Estado puerperal. Elemento temporal- durante o parto ou logo após. Parto normal - primeiras contrações nascimento, ou primeira incisão. ( durante o parto) QUANTO É O TEMPO LOGO APÓS O PARTO? Entendimento de 6 semanas a 8 semanas, levado em consideração o princípio da razoabilidade somente o perito poderá informar se houve o crime sob a influência do ESTADO puerperal. Elemento subjetivo? Crime DOLOSO não existe forma culposa. Consumação? Se consuma com a morte do feto. AGRAVANTE ART.61, INC.II, ALINEA - não precisa colocar a agravante pois ocorrera o "bis in idem" CRIME DE ABORTO - ART.124,125,126,127 E 128 Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: (Vide ADPF 54) Pena - detenção, de um a três anos. Aborto provocado por terceiro Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: Pena - reclusão, de três a dez anos. Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide ADPF 54) Pena - reclusão, de um a quatro anos. Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência Forma qualificada Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte. Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF 54) Aborto necessário I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Aborto no caso de gravidez resultante de estupro II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Conceito- interrupção da gravidez com a morte do feto. Morte da vida INTRA uterina.( vida do feto) Integridade física da gestante quando o aborto é provocado por terceiro. SUJEITOS - 1.AUTOABORTO - e aquele que a própria gestante toma um remédio. O sujeito ativo é a gestante ( crime próprio) 2.CONSENTIDO -aquela modalidade que a gestante consente que alguém pratique o aborto por ela ( crime próprio) 3. PROVOCADO POR TERCEIRO- ABORTO provocado por terceiro, qualquer pessoa pode provocar ( crime comum) SUJEITO PASSIVO 1-AUTOABORTO- Somente o feto. 2-CONSENTIDO- Gestante e o feto, gestante poderá participar no polo passivo caso suporte lesão gravíssima ou morte. 3-POR TERCEIRO- Gestante e o feto. Elemento objetivo - Provocar "dar causa, originar" Necessariamente o feto deve estar vivo. Início da gravidez? Se dá o início a partir da nidação. Elemento subjetivo- CRIME doloso não existe possibilidade culposa. Pode existir o dolo eventual ? Pode, exemplo agredir a gestante assumindo o risco de dolo eventual . Consumação- Se consuma com a morte do feto a tentativa é admissível. POR TERCEIRO : 8- concurso de agentes - Participe - - quem instiga, participa, sem realiza qualquer manobra abortiva. Caso participe da manobra abortiva, responde pelo o art. 125 e 126. Competência de julgamento é do tribunal do júri CRIMES CONTRA A PESSOA - ART.129 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Objeto juridico - Saúde- fisio psíquico. Sujeitos - qualquer pessoa ativo e passivo, crime comum . Elementos objetivos - o núcleo do tipo é OFENDER( DE LESIONAR - ATINGIR). O dano provocado por essa ofensa deve ser juridicamente relevante. Sob pena de caracteriza outra infração o art. 21 da lei de contravenções ( vias de fato). Juridicamente relevante - algo que será apreciado no exame de corpo de delito - ex: manchas da lesão. Autolesão? Art.171, PARAG. Segundo, INC. V. Estelionato Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro; CONDUTA equiparada a autolesão que é equiparado ao estelionato. Elemento subjetivo O crime de lesão corporal pode ser doloso ou CULPOSO. Consumação e tentativa Se consuma quando a vítima suporta lesões corporais. Concurso de crime- 69,70 e 71 CP Concurso material Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro aquela. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um dos crimes, para os demais será incabível a substituição de que trata o art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos, o condenado cumprirá simultaneamente as que forem compatíveis entre si e sucessivamente as demais. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Concurso formal Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 A tentativa é admissível para a modalidade dolosa. LESÃO DE CORPORAL LEVE- CAPUT. DO ART.129. 129. Ofender a integridade corporal oua saúde de outrem. A lesão só será leve quando não for grave ou gravíssima. Questões importantes: Art.157 - violência - elementar Estupro - violência- elementar Importante salientar que é ação pública incondicionada: Incondicionada - quando é de iniciativa do ministério público, ele pode oferecer denúncia se entender se possui indícios suficientes do agente e materialidade. Condicionada - representação da vítima- A vítima quer que o ré seja condenado. Aonde está escrito que o crime de lesão corporal Art. 88 da lei n° 9.099/95. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. Aumento de pena - Parag. 7 do art. 129. CAUSAS DE AUMENTO § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) JUS CORRIGENDI- castigo moderado, se houver abusos do meios de correção os pais podem ser responsabilizados pelo o art. 136 do CP. CRIME DE TORTURA mãe houver intenso sofrimento mental e físico. 13.010/14 - LEI DA PALMADA Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Maus tratos- POLICIAL ESTA DE POSSE DE UM MANDADO DE PRISÃO- ART.292 CPP. POLICIAL NAO PODERÁ EXCEDER, CASO EXCEDER RESPONDERÁ PELO O EXCESSO, CASO NAO EXCEDA USUFLUIR DO ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL. 10/03/2020 - AULA 4 - PENAL PARTE ESPECIAL (CONTINUAÇÃO AULA PASSADA) 8- LESÃO GRAVE 9- LESÃO GRAVISSIMA 10- LESÃO SEGUIDA DE MORTE 11- LESÃO PRIVILEGIADA 12- LESÃO CULPOSA 13- VIOLÊNCIA DOMÉSTICA A- SUJEITOS - ATIVOS - PASSIVOS B- OBJETO JURIDICO C- ELEMENTO JURÍDICO D- ELEMENTO SUBJETIVO E- AGRAVANTES/INAPLICÁVEIS F-PENA G- AÇÃO STF, ADI 4424 Súmulas STJ. 14)AUTORIDADES OU AGENTES RIXA 1- OBJETO JURÍDICO 2-ESPÉCIES 3-ELEMENTO OBJETIVO 4- ELEMENTO SUBJETIVO 5- CONSUMADO / TENTATIVA PERIGO CONTAGEO VENERIO 1- OBJETO JURIDICO 2- 3- SUJEITOS PERIGO DE CONTAGEO NECESSIDADE GRAVE - PERIGO VIDA / SAÚDE ------------------------------------------ LESÃO corporal leve é aquela que não é grave ou gravíssima. LESÃO CORPORAL GRAVE Art.129, PARAG. 1, inciso 1 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. Lesão corporal de natureza grave § 1º Se resulta: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; II - perigo de vida; Ex: caso letal, dei um soco e aquela cai na pista de carro, podendo correr o risco de ser atropelado. III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; Ex: debilitar permanentemente um dos membros ou dos sentidos, ( redução), ( permanente - de duradoura, não de eterna). IV - aceleração de parto: Ex: antecipação do nascimento. Distinção com tortura Art. 1º Constitui crime de tortura: I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. Tortura possui finalidade diferente do crime de lesão CORPORAL sendo elas- confissão, declaração, discriminação Tortura possui elemento objetivo distinto também - CONSTRANGIMENTO. CRIME DE LESAO GRAVE - PENAL PÚBLICA CONDICIONADA CRIME DE lesão gravíssima Art.129 CP § 2º Se resulta: I - Incapacidade permanente para o trabalho; II - enfermidade incuravel; Ex: doença física ou mental que a cura não foi alcançada pela a medicina. III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função; Ex: "perda" de membro ou sentido. IV - deformidade permanente; Ex: deformidade que ficará a vida inteira com a pessoa. V - aborto: Ex: parte da doutrina entende que não se caracteriza o aborto caso o agente ativo não saiba que a agente passiva estava grávida. Pena - reclusão, de dois a oito anos. Ação Penal Pública Incondicionada DISCUSSÃO : O entendimento que predomina é que não é gravíssimo caso perca um olho, POIS não perdi o sentido da visão, sendo apenas lesão grave. 10 - Homicídio preterdoloso (preterintencional) Lesão corporal seguida de morte § 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. EX: CRIME de competência para a justiça comum, ação pública incondicionada. CRIME ocorre na sala agente ativo bati no agente passivo, no qual cai na quina da escada. 11- LESÃO CORPORAL PRIVELIGIADA Diminuição de pena § 4º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 12- LESÃO CULPOSA DIFERENTE DA LESÃO CULPOSA DO ART. 303 DA LEI 9503/97 CTB. § 6º Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de dois meses a um ano. ------------------------ LEI 9.099/95 - ART 88 Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas. --------------------------- Ação Penal Pública: Pública- incondicionada- titular da autoria é o MP. CONDICIONADA - Representação da vítima na autoria ou requisição do ministro da justiça em hipóteses especifica, por exemplo, contra a honra do presidente da República. Lesão culposa existe causas de aumento dentre elas: Perdão judicial- 13 - VIOLÊNCIA DOMÉSTICA § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Objeto jurídico- Ofender é o núcleo, possui como elementar as pessoas do parágrafo sexto , sendo um crime doloso, não ocorrendo de forma culposa. Agravantes INAPLICÁVEIS - bis in idem Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - ter o agente cometido o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge; f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica; (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Causas de aumento específica na violência doméstica Art.129 -CP § 10. Nos casos previstos nos §§ 1 o a 3 o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9 o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) § 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006) NÃO PODE SUSBSRITUIR A PENA POR ENTREGA DE CESTA OU PENA PECUNIÁRIA ART. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que impliqueo pagamento isolado de multa. Ver tópico (19016 documentos) Único benefício que ele pode ter é o SURSI. Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Ação Penal do art 129, § 9 - lesão corporal domiciliar Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. - (JEC NÃO SE APLICA). CRIME DE natureza CONDICIONADA ou incondicionada? O entendimento quando é praticada contra a mulher é ação pública incondicionada no caso de lesão LEVE ( contra a mulher ). O STJ trouxe 3 Súmulas dentre elas: Enunciado da Súmula 588 STJ: Súmula 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. OBS:Possui a impossibilidade para a Substituição a PENA RESTRITIVA DE DIREITO . Art.44 CP Art. 44. As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade, quando: (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998) I - aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; (Redação dada pela Lei nº 9.714, de 1998). Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. Insignificância: aquele que não ofende o bem jurídico tutelado de maneira contundente. Não cabe princípio de insignificância no CRIME DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Súmula 600 do STJ: “Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da lei 11.340/2006, lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima”. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) Essa qualificadora só é cabível quando é realizada na condição de sua profissão. Ex: agredir policial, POIS ele é policial. ART .137 - CRIME DE RIXA Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores: Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa. Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. RIXA PREORDENADA - aquela que os contadores combinam previamente a rixa. Ex: briga de torcidas organizadas, no qual combinam rixas através da internet. RIXA IMPROVISADA- O pessoal se encontra na saída e de repente decide realizar uma briga. ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM A RIXA: Núcleo- PARTICIPAR, necessariamente para esse crime ocorrer precisa haver violência física. Mínimo de 3 participantes. Lesões recíprocas. ANIMUS ricante- CRIME doloso. Se consumando: na prática das vias de fato ou na prática da violência.( instantâneo). Ação Penal Pública Incondicionada. DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE Perigo de contágio venéreo Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. § 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 2º - Somente se procede mediante representação. Perigo de contágio de moléstia grave Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. Perigo para a vida ou saúde de outrem Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em desacordo com as normas legais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998) Abandono de incapaz Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de seis meses a três anos. § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de um a cinco anos. § 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de quatro a doze anos. Aumento de pena § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: I - se o abandono ocorre em lugar ermo; II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) Art.130- doença venérea que sabe ou deveria saber. Bem tutelado a saúde. Possui modalidade dolosa e culposa. Se ele sabe que está contaminado e possui o interesse em transmitir a doença ela possui, ocorre o DOLO. Caso a vítima sabe, que a outra parte possui doença venérea não possui fato típico. Núcleo- expor. Moléstia veneria- DSTs, (AIDS não é classicada como doença veneria) Quando se consuma ? Basta a conjunção carnal ou ato libidinoso. CRIME DE ACAO Pública CONDICIONADA à representação --------------- ART.131 - MOLESTIA GRAVE - EXEMPLO:PESSOA ESPIRRA DE PROPOSITO PARA TRANSMITIR O CORONA VÍRUS. HIV - pode participar neste caso. Moléstia transmissíveis de outras formas. O crime se consuma APENAS COM A PRATICA DO ATO. É POSSIVEL A TENTATIVA neste caso. Se for uma moléstia mortal? Art132. CP - Perigo para a vida ou saúde de outrem Núcleo- expor. Pessoa determinada com o perigo iminente. É um crime subsidiariedade, caso não se aplique outros crimes dentre eles a lesão corporal, se aplica o crime do art.132 do CP. EX: Entrei no ônibus, não gosto do meu chefe, discuto com o motorista do ônibus, vou a via de fatos com o motorista do ônibus com isto coloco a vida dos demais passageiros em risco. Art133 - abandono de incapaz. SUJEITO ATIVO - A PESSOA que possui a guarda, possui o dever de tutelar. Núcleo do tipo - abandonar. Para se caracterizar o crime deve haver a presença destas características: sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade. Art.134 - Abandono ou exposição de recém nascido Sujeito ativo: Art.. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: Pena - detenção, de seis meses a dois anos. § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - detenção, de um a três anos. § 2º - Se resulta a morte: Pena - detenção, de dois a seis anos. Elementos objetivo:ocultar desonra própria Sujeito ativo: mãe Sujeito passivo : recém nascido Omissão de socorro - ART. 135 Omissão de socorro Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Não confundir com o art. 304 do CTB CTB - ART. 304 : Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. Dolo de perigo. CRIME omissivo, não se admite tentativa. ART.135 - A - HOSPITAIS EXIGIAM CHEQUES- CAUCOES E NOTAS PROMISSÓRIAS Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012). Maus-tratos. PRÓXIMA AULA: TEMA DA PROVA A1. DIREITO PENAL APLICADO – 24/03/2020 CRIMES CONTRA A SAÚDE PÚBLICA Infração de medida sanitária preventiva Art. 268 - Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa: Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou enfermeiro. Obs: Só podemos sair para rua em ocasiões especiais, entretanto saímos, poderemos sofrer esta pena. DOIS TIPOS PENAIS QUE ESTAMOS VIVENDO Perigo de contágio de moléstia grave Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (NÃO SE ENCAIXA O HIV) A AIDS não é considerada uma doença venérea, pois a AIDS não se transmite apenas através de relação sexual, possuindo outras formas de transmissão. Para se configurar deve ter o dolo. Esse crime só se caracteriza se houver um ato capaz de contagiar alguém. A tentativa é admissível, embora seja remota. 1 – Objetividade jurídica : saúde humana; 2)Sujeitos : a) Ativo: pessoa contaminada por moléstia grave; b)Passivo: qualquer pessoa, desde que não esteja infectada( art.17) 3)TIPO OBJETIVO: A) Praticas (ação livre) b) Moléstia Grave: hepatite, tuberculose, varíola; c) Moléstia de natureza letal: homicídio( tentado ou consumado) 4) Tipo subjetivo: dolo; 5) Consumação: a) Ato capax de contagiar; b)Indiferente o efetivo contágio: 6) Tentativa: admissível 7) Pena: reclusão, 1 a 4 anos e multa 8) Ação penal: pública incondicionada Epidemia Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos: Pena - reclusão, de dez a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) § 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro. § 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos. TEORIA DA EQUIVALENCIA DOS ANTECEDENTES – Nexo de causalidade TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA - Em direito, Imputação objetiva significa atribuir a alguém a responsabilidade penal, no âmbito do fato típico, sem levar em conta o dolo do agente, já que dolo é requisito subjetivo que deve ser analisado dentro da ação típica e ilícita. PRINCIPIO DA CONFIANÇA - O princípio da confiança baseia-se na expectativa de que as outras pessoas ajam de um modo já esperado, ou seja, normal. Consiste, portanto, na realização da conduta de uma determinada forma na confiança de que o comportamento do outro agente se dará conforme o que acontece normalmente. PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO AO REGRESSO (COMPORTAMENTO LÍCITO) - Uber transporta uma pessoa com COVID- 19 até o centro chegando lá a pessoa começa a transmitir o vírus. O comportamento do Uber foi lícito, não se responsabilizado pelo o comportamento do passageiro. Um comportamento lícito não permite que se imputem objetivamente a quem o praticou atos subsequentes de terceiros; Objetividade jurídica: Saúde Pública Objeto material: GERME PATOGÊNICO DISTINÇÃO: EPIDEMIA: ( LOCAL DETERMINADO) ENDEMIA: ( REGIÃO DETERMINADA) PANDEMIA: (VÁRIAS REGIÕES OU PAÍSES) Elemento subjetivo : DOLO Consumação: produção de resultado naturalístico Causa de aumento: MORTE ( CRIME HEDIONDO ) Epidemia culposa – Paragrafo segundo. § 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos. CRIMES CONTRA A HONRA CONCEITO: COMPLEXO OU CONJUNTO DE PREDICADOS OU CONDIÇÕES DA PESSOA QUE LHE CONFEREM CONSIDERAÇÃO SOCIAL E ESTIMA PROPRIA. 2 – ESPÉCIES: A) HONRA OBJETIVA – conceituação do individuo perante a sociedade (calúnia e difamação) B) HONRA SUBJETIVA – opinião do sujeito a respeito de si mesmo (injúria) 3-CONSENTIMENTO DO OFENDIDO: A) HONRA OBJETIVA E SUBJETIVA: bens jurídicos disponíveis; B) EXEMPLOS: -AÇÃO PENAL PRIVADA -RENÚNCIA -PERDÃO 4- LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL A) LEI DE IMPRENSA (STF,ADPF 130) - Supremo julga Lei de Imprensa incompatível com a Constituição Federal B) CÓDIGO ELEITORAL,etc. 5-PESSOA JURIDICA COMO SUJEITO PASSIVO 5.1-CRIME DE CALÚNIA ( POSSIBILIDADE) A) IMPUTAÇÃO FALSA DE CRIME AMBIENTAL( CF, Art. 225, Parag. Terceiro e LEI nº 9.605/98) B) IMPORTUNAÇÃO FALSA DE CRIMES CONYTRA A ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA( CF,Art.173, Parag. Quinto) 5.2) CRIME DE DIFAMAÇÃO ( POSSIBILIDADE) A)PESSOA JURIDICA REPUTAÇÃO - PESSOA JURIDICA NÃO PODE SOFRER CRIME DE INJURIA, POIS NÃO POSSUI HONRA SUBJETIVA. CALÚNIA Calúnia Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 1-Conceito – caluniar alguém imputando-lhe falsamente fato definido como crime. 2-Objetividade jurídica : Honra objetiva(reputação) 3- SUJEITOS: ATIVO: Qualquer Pessoa Passivo: qualquer pessoa determinada. a) Inimputáveis ( menores e doentes mentais) b) B) Mortos ( art. 138, prag. Segundo – FAMILIARES) c) Desonrados (políticos corruptos): não é crime impossível. “ Ninguém é privado completamento de honra” (ANÍBAL BRUNO) 4-ELEMENTO OBJETIVO 4.1-NÚCLEO DO TIPO: - CALÚNIAR A) IMPUTAR (FALSAMENTE) B(PROPALAR – Levar ao conhecimento de outrem a calúnia que tem conhecimento; C-Divulgar 4.2) Espécies a) Inequívoca ou explícita: ofensa direta; b) Equívoca ou implícita: ofensa indireta c)Reflexa: Imputa o crime a uma pessoa, acusada outra 4.3)REQUISITOS A) Imputação de fato criminoso determinado B) Falsidade da imputação (elemento normativo do tipo) 4.4) DESCARACTERIZAÇÃO DA CALÚNIA a) Imputação de contravenção penal : difamação b) Imputação de fato atípico; difamação ou injúria 5) ELEMENTO SUBJETIVO? A) DOLO DIREITO: B) DOLO EVENTUAL5.1)HIPÓTESES DE EXCLUSÃO DO DOLO A) ANIMUS JACANDI: gracejar ou caçoar B) ANIMUS NARRANDI: Relatar um fato (testemunha) C) ANIMUS DEFENDI (CP,Art.142,I: Lei nº 8.906?94, art. 7 ° Parag. Segundo) D) ANIMUS CORRIGENDI DISCIPLINANDI: corrigir aquele que se encontra sob sua guarda ou vigilância; E) ANIMUS CONSULENDI: Intenção de aconselhar F) Exaltação emocional ou discussão. 6)CONSUMAÇÃO A) Dá-se quando a falsa imputação se torna conhecida por outrem B) É necessário que haja publicidade C)Basta uma pessoa D) Consentimento do ofendido: Inexistência de crime 7-TENTATIVA: É admissível para a calúnia escrita. 8-Exceção da Verdade(art.138, parag. Terceiro) : Possibilidade de o agente provar que a ofensa é verdadeira. 8.1) Procedimento( CPP,Art.523) Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal. a) Contestação do querelante B) Inquirição de testemunhas C) Decisão proferida juntamente coma causa principal 8.2) Hipóteses de inadmissibilidade da exceção da verdade ( Parag. Terceiro, I a III) 9-EXCEÇÃO DE NOTORIEDADE DO FATO(CPP, Art. 523) A) Afirmação de domínio público – induzido pelo entendimento do público B) Agente pode ser induzido a erro de tipo 10 -Distinção entre denúncia caluniosa ( art. 339) Denunciação caluniosa Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº 10.028, de 2000) Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. § 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção. a) Imputação falsa de crime ou contravenção: b) Conhecimento da autoridade Policial c) Instauração de I.P. ou ação penal d) Crime contra a administração da justiça Comunicação falsa de crime ou de contravenção Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. DIFAMAÇÃO Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Injúria 1) CONCEITO: Imputar a alguém fato ofensivo à sua reputação. 2) Objetividade Jurídica a) Honra objetiva b) Conceito do individuo no meio social 3)Sujeitos: 3.1)Ativo: Qualquer Pessoa 3.2) Passivo: Qualquer Pessoa a)Pessoa jurídica: admissível(STF,RTJ 113/88) B) Memória dos mortos ( Somente Lei de Imprensa – art.24) C) Desonrados: a honra à personalidade humana 4)ELEMENTO OBJETIVO: a) Difamar (Núcleo): Atribuir fato ofensivo alguém b)Reputação: respeito que o individuo goza no meio social c) Haverá crime se o fato for verdadeiro d)Imputação de fato definido como contravenção penal e)Propalar e divulgar: configuram o crime, mesmo que não descritos no tipo 5)Elemento Subjetivo a)DOLO: direto ou eventual b)Animus diffamandi 6)Consumação a) No instante em que terceiro toma conhecimento b) A ciência apenas do ofendido não consuma o crime (honra objetiva) c 7)Tentativa a) Inadmissível na palavra oral b) Admissível para a forma escrita 8) Exceção da verdade( 139, parag. Único) 8.1) Irrelevante se o fato imputado é falso ou verdadeiro 8.2)Admissibilidade: a)Ofensa à reputação de funcionário público b)No exercício de suas funções c)EX: afirmação de que o funcionário trabalha embriagado d)Não extensível ao Presidente da República(doutrina) Disposições comuns Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas funções; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro DIREITO PENAL APLICADO – 31/03/2020 AVALIAÇÃO A1 – Provavelmente ocorrerá dia 14 de ABRIL, através do sistema Blackboard (questões de múltipla escolha com fundamentação de artigo de lei) . AVALIAÇÃO A2 – Moldes do professor (QUESTÕES DISSERTATIVAS) . CRIME DE INJÚRIA ART.140 CP Injúria Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. 1)CONCEITO: Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou decoro. 2)Objetividade jurídica 2.1) Honra subjetiva 2.2) Espécies de honra subjetiva: a) honra-dignidade: atributos morais(desonesto, corrupto, egoísta, ladrão, canalha, cachorro, etc) b) Honra-decoro: atributos intelectuais e físicos (burro, coxo, gordo, careca , etc.) c) Palavras devem constar da queixa-crime, sob pena de inépcia. 2.3) Injuria real ( artigo 140, paragrafo segundo) § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: a) NATUREZA DO ATO: esbofetear, levantar a saia, rasgar roupa, raspa cabelo; b) MEIO EMPREGADO: atirar ovo, jogar bebida no rosto. 3)Sujeitos Ativo: Qualquer Pessoa Passivo: a) Qualquer Pessoa, desde que tenha capacidade de entendimento de expressão ultrajante b) Memória dos mortos: Impossibilidade – ausência de previsão legal. 4-Elemento Objetivo: Crime doloso de ação livre A) Injuriar “ manifestação, por qualquer meio de um conceito ou pensamento que importe ultraje, menoscabo ou vilipêndio contra alguém” ( Nelson Hungria) B) Crime de ação Livre: palavra oral, escrita, pintura, gesto, etc. C) Atribuições de qualidade negativas ou defeitos ( não se trata de imputação de fato concreto) D) EX: jogar lixo na porta da residência, atirar conteúdo de bebida no rosto, insultos, xingamentos. 4.1) ESPÉCIES A) Imediata: proferida pelo próprio agente. B) Mediata: o agente se vale de outra pessoa para executar a ofensa C) Direta: refere-se ao próprio ofendido D)Oblíqua: atinge pessoa estimada pelo ofendido E)Indireta ou reflexa: ao ofender alguém, também se atinge a honra de terceira pessoa F) Equívoca: por meio de expressões ambíguas G) Explícita: expressões que não se revestem de dúvidas4.2) Distinção com desacato (art.331 ) Desacato Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. a) Crime contra a administração da justiça b) Ofensa na presença do funcionário público c) Tipo Subjetivo: desprestigiar a função pública d) Sujeito passivo primário: o Estado. 4.3) Distinção com ultraje a culto (art.208) Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único - Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência. a) Crime contra o sentimento religioso b) Tipo Subjetivo: intenção de escarnecer alguém por motivo de crença ou função religiosa. 5) Tipo subjetivo – INJÚRIA A) DOLO( animus injuriandi) B) Discussão ou exaltação: exclui o dolo 6) Consumação a) Sujeito passivo toma ciência da ofensa b)Crime formal c) Prescinde que terceiros tomem conhecimento da ofensa 7)Tentativa: Possibilidade na injúria escrita. INJÚRIA 8) Forma qualificada (art.140, parag. Terceiro) § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. a) Elementos preconceituosos ou discriminatórios b) Xingamentos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem, pessoa idosa ou portadora de deficiência c) Distinção: LEI N° 7.716/89 (arts.3º a 20) CF,art.5°,XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei (LEI N º 7.716/89); 9) Perdão Judicial(art.140, parag. 1° ) § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria a) Provocação da ofensa pelo ofendido, de forma reprovável b) Retorsão imediata Natureza jurídica do perdão judicial: é uma causa extintiva da punibilidade, só pode ser concedido em casos expressos na lei. CAUSAS DE AUMENTO – CRIMES CONTRA A HONRA Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas funções; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) Obs: O inc. IV não se aplica, pois ocorrerá “ bis in iden” com art.140, parag. Terceiro. IMUNIDADES – CRIMES CONTRA A HONRA Exclusão do crime Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício. Parágrafo único - Nos casos dos inc. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 1) Abrangência: a)Oral: júri e debates b)escrita: alegações finais, recursos, etc. c) não se aplica à calúnia d) Nexo entre a ofensa e a discussão da causa e) Alcance: autor e réu 2)EXEMPLOS: a) Chamar de aproveitador ou desonesto b) Chamar o juiz de arbitrário ou ditador “A imunidade prevista no artigo 7º, Parag.2° da LEI 8.906/94 é limitada aos crimes de injúria e difamação, não abrangendo o crime de calúnia, descrito no artigo 138 do CP (precedentes do STF e do STJ). “A imunidade profissional do advogado não compreende o desacato, pois conflita com a autoridade do magistrado na condução da atividade jurisdicional” RETRATAÇÃO Retratação Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, de 2015) 2)Conceito: retirar o que foi dito, assumir que errou 3)Requisitos: a) Deve ser total e incondicional b)Independe de aceitação do ofendido 4)Efeito: causa extintiva da punibilidade (CP, art.107,VI) 5)Momento: até a sentença de 1º instância 6)Inaplicabilidade: injúria 7) Extensão: não se estende a outros querelados que não retratam. AÇÃO PENAL 1)Previsão Legal: Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3º do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009) 2) Regra: Ação Penal Privada 3) Exceções: a) Requisição do Ministro da Justiça( art.141,I) b) Representação do ofendido (art.141, II) STF, SÚMULA 714: É CONCORRENTE A LEGITIMIDADE DO OFENDIDO, MEDIANTE QUEIXA, E DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO, PARA A AÇÃO PENAL POR CRIME CONTRA A HONRA DE SERVIDOR PÚBLICO EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. c) Públicidade incondicionada: injúria real se a vítima sofre lesão corporal grave ou gravíssima ( art.140, parag. 2º) d) Pública condicionada : injúria real se a vítima sofre lesão corporal leve ( art.88, da Lei nº 9.099/95) e) Pública condicionada à representação: injúria qualificada ( art.140, parag.3º) PROCEDIMENTO 1) Rito sumário ou sumaríssimo Art. 519. No processo por crime de calúnia ou injúria, para o qual não haja outra forma estabelecida em lei especial, observar-se-á o disposto nos Capítulos I e III, Titulo I, deste Livro, com as modificações constantes dos artigos seguintes. 2) Audiência de reconciliação Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo- as, separadamente, sem a presença dos seus advogados, não se lavrando termo. Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provável a reconciliação, promoverá entendimento entre eles, na sua presença. Art. 522. No caso de reconciliação, depois de assinado pelo querelante o termo da desistência, a queixa será arquivada. 3) Exceção da verdade ou notoriedade do fato Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar omáximo legal. PEDIDO DE EXPLICAÇÕES: Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. (NÃO INTERROMPE OU SUSPENSE O PRAZO DECADENCIAL DA QUEIXA-CRIME) CRIMES PATRIMONIAIS FURTO -ART. 155 Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 1) Objetividade Jurídica -Propriedade - Posse 2) SUJEITOS 2.1)ATIVOS a) Qualquer pessoa b) Subtração de coisa própria? Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 2.2)PASSIVO A)Qualquer pessoa ( física ou jurídica) B) Ladrão que furta ladrão? -Ladrão que furta ladrão? Pratica o crime de receptação. 3) ELEMENTOS OBJETIVOS -SUBTRAIR -TROMBADA -COISA MÓVEL Critérios para a aplicação do princípio da insignificância (STF) A) Mínima ofensividade da conduta; B) Baixo grau de reprovabilidade da conduta; C) Inexpressividade da lesão ao bem jurídico; D) Ausência de periculosidade social da ação; DIREITO PENAL APLICADO – 07/04/2020 (14/04)PROVA SEMANA QUE VEM DAS 8:30 até 21:50, realizar a atividade e enviar de volta. Questões de múltipla escolha que deverá ser fundamentada. A1 - TEMA: CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA – ART.121 À 128 do CP 2 QUESTÕES 5 alternativas cada uma CONTINUAÇÃO ( FURTO) 3.5) Critérios para a aplicação do princípio da insignificância (STF) a) Mínima ofensividade da conduta; b) Baixo grau de reprovabilidade da conduta; c) Inexpressividade da lesão ao bem jurídico; d) Ausência de periculosidade social da ação Entendimentos do STJ sobre o princípio da insignificância: • A prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo inaplicável o princípio da insignificância. O princípio da insignificância deve ser afastado nos casos em que o réu faz do crime o seu meio de vida, ainda que a coisa furtada seja de pequeno valor. A lesão jurídica resultante do crime de furto não pode ser considerada insignificante quando o valor dos bens subtraídos perfaz mais de 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos. 3.6) Não podem ser objeto de furto a)Bens imóveis ? Não, pode ser possível. b)Ser humano? Não é possível. c)Bens de uso comum? Não pode ser possível, não possível roubar a luz do sol ou a água do mar. d)Coisa abandonada ou achada? Achado não é roubado, mas é outro crime apropriação de coisa achada, conforme : Art.169 CP Apropriação de coisa achada II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias. 3.7) Furto famélico O furto famélico ocorre quando alguém furta para saciar uma necessidade urgente e relevante. É a pessoa que furta para comer. É uma excludente de ilicitude, por causa do estado de necessidade. 4) ELEMENTO SUBJETIVO a)Dolo direto ou eventual Não existe forma culposa. b)Erro de tipo – art. 20 CP c)Furto de uso Utiliza de maneira momentânea e devolve a coisa de forma intacta ao dono. d)Restituição intacta ao dono 5) CONSUMAÇÃO a)Desapossamento (STJ, Repetitivos, Tema 934) b)Posse mansa e pacífica O entendimento majoritário entende-se o furto se consuma com o mero desapossamento. 6) TENTATIVA a)Admissível É admissível, só é difícil de ser caracterizada, exemplo o agente pula a casa da vitima e separa alguns bens para serem furtados, quando ele vai tentar pular o muro ele é surpreendido pela a polícia. b)Desistência voluntária – art. 15 CP Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Caso: 1- Sujeito entra no supermercado com sua própria mochila e coloca um whisky na mochila, quando ele chega no ponto de saída do mercado o sujeito retorna e devolve a bebida(se arrependendo) . R: Não praticou nenhum crime. 2- Sujeito pula o murro do vizinho para furtar o botijão de gás, entretanto se arrepende. R: Sujeito vai responder pelos os crimes até então praticas, não responderá por furto somente por invasão de domicilio. 7) REPARAÇÃO DO DANO a)Antes do recebimento da denúncia b)Depois do recebimento da denúncia 8) REPOUSO NOTURNO (§ 1º) a)Possível ao furto qualificado? § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. É uma qualificadora, se for praticada durante o repouso noturno. b)Casa habitada? c)Repouso dos moradores? 9) FURTO PRIVILEGIADO (§ 2º) 9.1) Requisitos a)Primariedade Réu primário b)Pequeno valor (salário mínimo) Até um salário mínimo vigente dos fatos. c)Direito subjetivo público Se preenche os requisitos o juiz não pode negar o beneficio do furto privilegiado. 9.2) Consequências: a)Substituição da reclusão por detenção b)Diminuição de 1/3 a 2/3 c)Pena exclusiva de multa 9.3) Furto qualificado - privilegiado a) Compatibilidade entre as circunstâncias b) Possível para as qualificadoras de caráter objetivo (meios e modo de d)Julgamentos de recursos repetitivos (STJ, Tema 561) 561 - Legitimidade do Ministério Público para ajuizamento de ação civil pública que visa a anular ato administrativo com fundamento na defesa do patrimônio público. e)STJ, Súmula 511: “é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º. do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva” Julgados do STF: HC 97.051, Rel. Min. Carmen Lúcia HC 97.034, Rel. Min. Ayres Britto Julgamentos de recursos repetitivos (STJ, Tema 561) STJ , Súmula 511: “é possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º. do art. 155 do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva” 10) QUALIFICADORAS (§§ 4º, 4º A e 5º) 10.1) Destruição ou rompimento de obstáculo: a)Exame de corpo de delito (CPP, art. 158) Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: b)Violência contra o obstáculo inerente à própria coisa? (vidro do veículo) R: Haverá furto qualificado se o sujeito quebra o vidro do carro para furtar o veículo? Resposta: depende do entendimento do judiciário, com base na pericia do art. 158 do CPP, segundo o entendimento do STJ não é qualificadora HABEAS CORPUS. FURTO DE VEÍCULO. ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO (QUEBRA DO VIDRO LATERAL DIREITO). INCIDÊNCIA DA FORMA QUALIFICADA DO DELITO. ORDEM DENEGADA. 1. O rompimento ou a destruição de obstáculo, independentemente da exterioridade ou não deste em relação à coisa objeto da subtração, implica, em princípio, no reconhecimento do furto em sua forma qualificada. 2. Sob qualquer ângulo que se aprecie o art. 155, § 4o., I do CPB, não se constata referência sobre o obstáculo ser exterior ou próprio à coisa subtraída, bastando que seja necessário à subtração que se destrua ou se vença algo que atrapalhe a consecução do objetivo delituoso. 3. Parecer do MPF pela denegação da ordem. 4. Ordem denegada. (STJ, Rel. Min. Napoleão
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